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VAL,OR DA PRODUÇ.RO INDUSTRIAL BRASILEIRA - 1914/1929

performance internacional que transforma a historia dos povos em uma competiç&o na qual os retardatarios necessitam

VAL,OR DA PRODUÇ.RO INDUSTRIAL BRASILEIRA - 1914/1929

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ANO Foritet SILVA (1981, p. 103),

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4ecQrr.4>r. , a>~. Um dos estudos mais instigantes da*.iridüstrialização Brasileira (23) coloca grande ênfase na tgestação: de novas formas de acumulação basead*s no trabalho

assalariado e no capital, das condições que ^determinam òástoricamente .'essas novas formast a economia cafeeira e, :mtravês';da. economia cafmeira, o modo de inserçSko do Brasil -na*economia mundial capitalista.

>.- . . Se se considerar, então, café e

; indústria como-' elementos, das novas formas de acumulação de -capital no Brasil, cuja . formação (como foi visto) tem sum ,.- origem nas décadas finais do século XIX, e tendo em conta as

••. es ped fie idades do processo de industrial ização (postas em 7,,relevo*nos tópicos anteriores),. ter-se-A que concluir pela 'Contradição que a relação sugerida implica, tio passo que, - 'comi-to^" incremento do comércio exterior, resultante da

expaWsão-das exportações do café, ocorre um crescimento Considerável da indústria, viabilizando todo o desenvolvimento capitalista brasileiros este mesmo processo gera aspectos contraditórios, relacionados aos limites impostos ao desenvolvimento da indústria pela própria posição dominante da economia cafeeira na acumulação de capital. Assim, em' *•-« constitua a economia cafeeira o sus tentáculo de todo o processo de industrialização do pais, considerando-se a condição subordinada da economia brasileira no contexto da economia mundial, o café também representa os limites, ao menos naquela etapa histórica, da industrialização possível.

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•<t.'F#nv;>< fís mudanças politico' institucionais ocorridas no final dos anos vinte, associadas a'crise"**' de 1929, viriam a resolver em grande parte as contradições apontadas. Em relação a esta última, Suzigan observas1 que no final da década de 1920, a economia brasileira foi lafetada pela crise de superprodução do setor agrícola-exportador de café e, subseqüentemente, pela crise econômica mundial.

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:••"•-••'• Como resultado, em praticamente todos os setores da indústria de transformação, os investimentos foram drasticamente reduzidos, particularmente emi1931"1932. Contudo, deve ser observado que os efeitos da Brande Depressão da década de 1930 sobre o investimento na industria de transformação foram menos intensos do que os da Primeira Guerra Mundial e tiveram uma duração mais curtat em 1933ca'recuperação ja estava se iniciando.

,2a Q primeiro Governo Betulio (1930/1943)

170

Sem lugar a duvida, e a partir de 1930 que tem inicio a decolagem do desenvolvimento brasileiro» £ .no decorrer dos anos trinta que o Brasil entra efetivamente em sua etapa da Revolução Industrial <24>.

Para se pensar em industrialização, nas circunstancias da evolução econômica do Brasil, cumpre que se diferencie entre a instalação de atividades industriais complementares do comercio exterior, que pouca influência tiveram na formação de uma mentalidade industrial (25) e a substitutiva de importações, na qual assenta o verdadeiro processo de industrialização brasileira.'

£ deste "verdadeiro processo de industrialização brasileira", que se assenta sobre a substituição de importações, e que tem seu inicio no decorrer dos anos trinta, que se preocupa este tópico. Antes, porem, convém verificar como e que o Brasil atravessa a crise de 1929 e alcança a industrialização.

4.2.1. O IMPACTO Dfí DEPRESSÃO SOBRE ft ECONOMIA BRASILEIRAt

fíte o final dos anos 20, a industrialização acompanhou o setor de exportação dentro dos padrões de um modelo de crescimento baseado na exportação, fí produção de cafe para exportação era o instrumento do crescimento, e a demanda externa, naturalmente, desempenhava o papel principal. Neste contexto, a industria manufatureira era uma atividade subordinada; a expansão da produção dependia, em larga medida, de um mercado criado pela renda do cafe (26), e os investimentos dependiam da capacidade de importação de maquinas e matérias-primas resultante das exportações de cafe. £ inequívoco que, com o advento da crise mundial desencadeada em 1929, inicia-se um amplo processo de transformação (27). Em primeiro lugar, a economia do cafe e abalada significativamente* " 0 cafe -observa Caio Prado Jr. - que durante um século lhe assegurara (ao Brasil) neste terreno (comercio internacional) uma posição notável, ja relativamente pouco lhe poderá dar. Não foi apenas uma crise passageira que atingiu a economia cafeeira em 1929. fís dificuldades vam de mais longe e são muito mais profundas " (PRADO Jr., 1961, p.

293).

£m segundo lugar, a política de defesa da economia do cafe, abalada pela crise, provocaria efeitos inesperados* " ...a política de defesa do setor cafeeiro nos anos da grande depressão concretiza-se num verdadeiro programa de fomento da renda nacional. Praticou-se no Brasil, inconscientemente, uma política anticidica de maior

£m terceiro lugar, considerando-se que a crise mundial tenha exigido a limitação à importação (dada a queda nas receitas de exportado)) e levado as carências no mercado interno, resultou na criado de " incentivos para aumentar a produção interna das industrias brasileiras que competiam com as importações. MSo demorou muito para que parte do capital liquido oriundo do programa de valorização do cafe e do programa geral do reajustamento econômico encontrasse o caminho para aplicar-se, direta ou indiretamente, em novas empresas industriais " (BAER, 1983, p. 17).

£m quarto lugar, tendo-se em conta que as transformacües associadas aos abalos sofridos pela economia do cafe acabariam despertando uma política de defesa do setor (que por sua vez viria a constituir uma verdadeira política anticidica) e, provando o surgimento de condições propicias ao desenvolvimento de atividades industriais, cabe assinalar que resultados este conjunto de eventos teria sobre o mercado internot " ...o fator dinâmico principal, nos anos que se seguem à crise, passa a ser, sem nenhuma duvida, o mercado interno. A produçüo industrial, que se destinava em sua totalidade ao mercado interno, sofre durante a depressão uma queda de menos de 10 por cento, e ja em 1933 recupera o nivel de 1929 (...) (28). £ evidente que, mantendo-se elevado o nivel de procura e repassando-se uma maior parte dessa procura dentro do pais, através do corte das importações, as atividades ligadas ao mercado interno puderam manter, na maioria dos casos, e em alguns aumentar, sua taxa de rentabilidade. Esse aumento da taxa de rentabilidade se fazia concomitantemente com a queda dos lucros no setor ligado ao mercado externo (...). As atividades ligadas ao mercado interno n&o somente cresciam impulsionadas por seus maiores lucros, mais ainda recebiam novo impulso ao atrair capitais que se formavam ou desinvertiam no setor de exportação M (FURTADO, 1977, p.

198). '

Isto posto, pode-se inferir que a crise do comercio exterior tradicional, que assume características dramáticas a partir de 1929, pôs em marcha uma serie de processos que convergiam no sentido de abrir o caminho A industrialização.

Bresser Pereira, colocaria em relevo, entre outros fatores, que o inicio da decolagem da economia brasileira esta no surgimento inesperado e paradoxal de uma imensa oportunidade de investimentos industriais devido a depresstko mundial dos anos trinta»

4.2.2. O CRESCIMENTO D/i INDUSTRIA ATE O FlNfèL 0A lia 6UERRAt

A efetiva realização de investimentos industriais ao longo dos anos inciais da década de 1930 encontra expiicação no fato de que a redução da capacidade de importar deixou um vazio de oferta a preencher. Em outras palavras, as inversões se viabilizaram em função das tensões resultantes da crise do comercio exterior, impulsionando as.

atividades ligadas ao mercado interno.

/> partir de então o crescimento da produção industrial na fase de recuperação foi certamente baseado de inicio na capacidade de produção existente, mas à medida que a capacidade ociosa foi sendo gradualmente absorvida novos investimentos tornaram-se necessários. Embora os custos da maquinaria importada estivessem mais altos devidos aos efeitos das politicas comerciais sobre os preços relativos de importação, o investimento na industria de transformação aumentou substancialmente a partir de 1933, particularmente em industrias que substituíam importações (29).

Dai e» diante, não so se expandiram as industrias tradicionais (têxtil e produtos aiimentares), como ganharam novas dimensões certos setores que pouca expressão possuíam no decênio de 1920 - a metalurgia, a fabricação de produtos químicos e a de cimento. Em conjunto, o Brasil n&o so parece ter contornado satisfatoriamente a Brande Depressão, como nela ter encontrado motivação para a mudança de sua estrutura econômica no sentido da industrialização. Em media, entre 1930 e 2940 o produto real cresceu de 4,61 ao ano, o produto industrial se expandindo de 5,21 anuais, taxas extremamente favoráveis para um período de recessão mundial.

" Um novo impulso de industrialização iria ser provocado pela Segunda Guerra mundial. Com a escassez internacional de vários produtos e com as dificuldades de transporte marítimo, o volume físico de importações caiu de 411 entre 1939 e 1942. fís importações, embora sofrendo alguma redução em quantidade, ganharam em diversificação e foram beneficiadas pela melhoria das relações de trocas (...). P) industria nacional, afastada a concorrência externa, expandiu-se em ritmo bastante rápido (...). Entre 1941 e 1947 o produto real pode crescer de 5,11 ao ano, a componente industrial aumentando, em media, de 6,51 anuais "

(SIMONSEN, 1979, p. 35).

INDICES SETORIAIS DO PRODUTO REAL - 1930/1945

Bresser Pereira, contudo, contestaria a assertiva de que a Segunda Guerra tenha estimulado um novo surto de desenvolvimento industrial, lembrando que o que ocorreu no Brasil foi uma reduçfko no ritmo de seu desenvolvimento industrial durante a guerra. Enquanto no qüinqüênio anterior a produção industrial brasileira crescera 431, entre 40 e 44 aumenta em apenas 301. Se considerarmos também 45, teremos um crescimento de 371 durante a guerra contra 49Z nos seis anos anteriores. e se a produç&o industrial não apresentou indices favoráveis durante a guerra, o mesmo poderemos afirmar em relaçUo ao produto real e ao produto real per capita, que entre 40 e 45 cresceu, respectivamente, de apenas 23% e 01.

A principal raz&o de tal redução no ritmo de desenvolvimento esta no fato de que, naquelas circunstâncias especificas, o desenvolvimento industrial brasileiro se encontrava ainda em significativa dependência da importação de equipamentos, tendo em vista a incipiência da industria brasileira de bens de capitais. Contudo, embora ainda faltasse h economia brasileira um mínimo de autonomia, e inequívoco o esforço industrializante empreendido a partir do inicio da década dos trinta. Os resultados do processo de industrialização podem ser medidos pelos indices de crescimento setorial na tabela abaixot

TAXA ACUMULADA DE CRESCIMENTO (1) DOS INDICES DE PRODUTO PERÍODO ' AGR1C. INDUS. TOTAL POPUL. PROD.PER CAP.

1930-32/

1940-42 2,06 7,20 4,71 2,00 ' 2,56 1940-42/

1945-47 2,42 9,10 5,49 2,30 3,02 2,06 7,20 4,71

2,42 9,10 5,49

Fonteí HADDAÜ <1970, p. 17),