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Le nucléaire à l'épreuve de l'organisation

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Licence eden-75-b15193056f0240d2-91187f1f51284f9e accordée le 01 avril 2016 à E16-00693618-bourrier-mathilde

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Le nucléaire à l'épreuve

de l'organisation

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LE TRAVAIL H U M A I N

Collection dirigée par Jean-Michel Hoc

directeur de recherche a u CNRS

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Le nucléaire à l'épreuve de l'organisation

M A T H I L D E B O U R R I E R Maître de conférences en sociologie à l'Université de Technologie de Compiègne

P R E S S E S U N I V E R S I T A I R E S D E F R A N C E

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A Marc

Dans la même collection :

Reason, J. (1993). L'erreur humaine (J.-M. Hoc, trad.). (Édition origi- nale, 1990).

Amalberti, R. (1996). La conduite de systèmes à risques.

Trinquet, P. (1996). Maîtriser les risques du travail.

Cellier, J.-M.. De Keyser, V., & Valot, C. (Eds.). (1996). La gestion du temps dans les environnements dynamiques.

Schwartz, Y. (1997). Reconnaissances du travail.

Leplat, J. (1997). Regards sur l'activité en situation de travail.

Kouabenan, D.R. (1999). Explication naïve de l'accident et prévention.

Grosjean, M. & Lacoste, M. (1999). Communication et intelligence col- lective. Le travail à l'hôpital.

Bourrier, M. (1999). Le nucléaire à l'épreuve de l'organisation.

ISBN 2 13 050257 1

Dépôt légal - 1 édition : 1999, septembre

© Presses Universitaires de France, 1999 108, boulevard Saint-Germain, 75006 Paris

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Introduction

L objet de cet ouvrage est d'aborder sous l'angle organisationnel le problème de la fiabilité humaine. Le livre propose d'utiliser l'analyse sociologique des organisations pour étudier les bases sur lesquelles la fia- bilité organisationnelle se construit. En général, la question de la fiabi- lité est abordée sous l'angle de l'activité humaine, du « facteur humain » (Nicolet & Cellier, 1984 ; Fadier, 1994). Il s' agit ainsi de mieux évaluer le rôle de l'homme face à la machine et de parvenir à mieux délimiter ce qui revient à la machine et ce qui revient à l'homme. Or, si la fiabilité est avant tout pensée au travers de dispositifs techniques dans des termes probabilistes, il n'en demeure pas moins vrai que ce sont des équipes, au sein d'organisations précises, qui actionnent chaque jour les précieux boutons des dispositifs de sûreté. En dépit de l'implantation d'automa- tismes sans cesse plus perfectionnés, il reste à l'homme de très grandes zones d'intervention, tant auprès qu'en dehors de ces dispositifs. Ces zones d'intervention sont le théâtre de confrontations de points de vue, donnant lieu à des décisions qui sont prises au sein de collectifs de tra- vail. C est pour cette raison que ces derniers constituent aujourd'hui des objets prioritaires d'étude.

On convient généralement que l'organisation du travail est un facteur

déterminant dans l'obtention d'un fonctionnement sûr, mais on sait

aussi que l'on ne peut prétendre conseiller l'adoption d'un type d'orga-

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n i s a t i o n d u travail a u x d é p e n s d ' u n a u t r e . P a s p l u s d a n s c e s o r g a n i s a - t i o n s d i t e s à « h a u t r i s q u e », q u e d a n s d ' a u t r e s , u n one best way, q u i g a r a n - tirait d e s p e r f o r m a n c e s d e h a u t e fiabilité, n e p e u t ê t r e p r é c o n i s é . L e s r é s u l t a t s d e s é t u d e s d e c a s s u r l e s q u e l s l ' o u v r a g e se f o n d e s u g g è r e n t q u ' i l e x i s t e p l u s i e u r s m a n i è r e s d e s ' o r g a n i s e r p o u r o b t e n i r u n f o n c t i o n n e m e n t fiable. Ils i n d i q u e n t é g a l e m e n t q u e les v o i e s p o u r y p a r v e n i r s o n t p a r f o i s p a r a d o x a l e s et t o u j o u r s c o n t i n g e n t e s . C e t t e p e r s p e c t i v e n é c e s s i t e d ' ê t r e p a r t i c u l i è r e m e n t a t t e n t i f a u x r é g u l a t i o n s s u r l e s q u e l l e s les o r g a n i s a t i o n s d e ce t y p e p r é t e n d e n t et p e u v e n t f o n c t i o n n e r . C a r c ' e s t d a n s c e t t e m i s e e n m u s i q u e , p a r f o i s c a c o p h o n i q u e , q u e la c o n s t r u c t i o n sociale d e la fia- bilité s ' é t a b l i t p e u à p e u .

ACCIDENTS ORGANISATIONNELS, ERREUR HUMAINE ET FIABILITÉ ORGANISATIONNELLE

L e s a c c i d e n t s d e Tchernobyl (Ballard, 1 9 8 8 ; H a w k e s , 1 9 8 6 ; M e d v e - dev, 1 9 9 1 ) , d e Three M i l e I s l a r d ( K e m e n y , 1 9 7 9 ; N e l k i n , 1981 ; P e r r o w , 1 9 8 4 ; Rees, 1 9 9 4 ; Sills, W o l f , & S h e l a n s k i , 1 9 8 1 ) , d e la n a v e t t e C h a l - lenger ( H e i n m a n n , 1 9 9 3 e t 1 9 9 7 ; M c C u r d y , 1 9 9 3 ; S a u s s o i s & L a r o c h e , 1991 ; V a u g h a n , 1 9 9 0 , 1 9 9 6 e t 1 9 9 7 ) , l'affaire d u s a n g c o n t a m i n é (Set- b o n , 1993) o u la c o n t a m i n a t i o n d e B h o p a l ( S h r i v a s t a v a , 1987) o n t p l a c é a u p r e m i e r p l a n t o u t e u n e série d e f a c t e u r s s o c i a u x e t o r g a n i s a t i o n n e l s s u s c e p t i b l e s d ' e x p l i q u e r ce q u e l ' o n a p p e l l e d é s o r m a i s à la suite d e C h a r l e s P e r r o w , d e s a c c i d e n t s « s y s t é m i q u e s » ( P e r r o w , 1984) o u à la s u i t e d e J a m e s R e a s o n d e s a c c i d e n t s « o r g a n i s a t i o n n e l s » ( R e a s o n , 1 9 8 7 ) .

L ' a c c i d e n t d e T c h e r n o b y l a f o u r n i a u x e x p e r t s et a u x a n a l y s t e s u n e triste o c c a s i o n d ' e f f e c t u e r u n e p l o n g é e d a n s le m a q u i s d e la m i s è r e o r g a - n i s a t i o n n e l l e . O n s a i t q u e les r a t i o n n e m e n t s f r é q u e n t s e n p i è c e s d e r e c h a n g e , le m a n q u e d e m o y e n s p o u r e f f e c t u e r la m a i n t e n a n c e p r é v e n - tive o b l i g e a i e n t r é g u l i è r e m e n t les t e c h n i c i e n s d u site à v i o l e r les p r e s - c r i p t i o n s t e c h n i q u e s . C e s v i o l a t i o n s , q u e R e a s o n ( 1 9 8 7 ) e t R e a s o n , P a r - ker, L a w t o n et P o l l o c k ( 1 9 9 4 ) a p p e l l e n t d a n s le c a s d e T c h e r n o b y l d e s misventions (des m a l v e n t i o n s ) , f a i s a i e n t p a r t i e d u q u o t i d i e n d e s o p é r a - t e u r s ; elles é t a i e n t d e v e n u e s u n m o d e n o r m a l d ' o p é r e r . S a n s elles, j a m a i s le r é a c t e u r n ' a u r a i t p u p r o d u i r e . A v e c T c h e r n o b y l , le m o n d e d é c o u v r e b r u t a l e m e n t t o u t e l ' o p a c i t é d e p r a t i q u e s d e travail, q u e l ' o n n e p e u t véri- t a b l e m e n t q u a l i f i e r d e « d é l i n q u a n t e s », t a n t elles r e f l é t a i e n t le d é s i r d e b i e n faire d e d i z a i n e s d ' h o m m e s , e n l u t t e c o n s t a n t e a v e c d e s r é a c t e u r s , d o n t o n a p u b i e n s û r c r i t i q u e r la t e c h n o l o g i e . T c h e r n o b y l b a i g n a i t d a n s

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u n e c u l t u r e d e la p é n u r i e e t d e la v i o l a t i o n . D a n s le m ê m e o r d r e d ' i d é e s , l' a n a l y s e q u e p r o p o s e l ' a n t h r o p o l o g u e D i a n e V a u g h a n d e l ' e x p l o s i o n e n vol d e Challenger ( V a u g h a n , 1 9 9 6 et 1 9 9 7 ) n o u s fait p r o g r e s s i v e m e n t p é n é t r e r a u c œ u r d ' u n e n c h a î n e m e n t d e m i c r o - d é c i s i o n s , é t a l é e s s u r p l u s i e u r s a n n é e s , q u i o n t c o n t r i b u é , l e n t e m e n t m a i s s û r e m e n t , à é c a r t e r les b o r n e s d ' u n f o n c t i o n n e m e n t a c c e p t a b l e .

C e s a c c i d e n t s c o n s t i t u e n t u n e difficulté m a j e u r e p o u r les t h é o r i c i e n s d e l' e r r e u r h u m a i n e , d e l ' a v e u m ê m e d ' u n d e ses p l u s b r i l l a n t s r e p r é - s e n t a n t s : J a m e s R e a s o n . D ' a p r è s s a r é c e n t e a n a l y s e d e la s i t u a t i o n ( R e a s o n , 1 9 9 8 ) , l ' a p p r o c h e d é s o r m a i s c l a s s i q u e e n m a t i è r e d ' e r r e u r h u m a i n e - e m p r u n t a n t m a j o r i t a i r e m e n t à la P s y c h o l o g i e e t à la P s y c h o - logie e r g o n o m i q u e et c o g n i t i v e - n e p e u t e x p l i q u e r d e f a ç o n s a t i s f a i s a n t e les d é f a i l l a n c e s o r g a n i s a t i o n n e l l e s . P a r a d o x a l e m e n t , il n ' e s t p a s p e r s u a d é q u e p a r e i l p r o j e t ait f i n a l e m e n t u n e q u e l c o n q u e utilité, p a r c e q u ' i l fait e n t r e r e n l i g n e d e c o m p t e d e s f a c t e u r s s u r l e s q u e l s o n a f i n a l e m e n t p e u d e prise. E s t - o n face à u n d é c o u r a g e m e n t d e c h e r c h e u r , u n p e u a b a t t u d e v a n t l ' é n o r m i t é d e la t â c h e , o u d o i t - o n s ' i n t e r r o g e r s u r les m o y e n s e m p l o y é s p o u r a t t e i n d r e le b u t r e c h e r c h é ? L ' a r g u m e n t d e ce livre p e n c h e p l u t ô t p o u r la s e c o n d e h y p o t h è s e : o n n e c o m p r e n d r a les d é f a i l l a n c e s o r g a n i s a t i o n n e l l e s q u e si o n d i s p o s e d ' u n e m e i l l e u r e c o n n a i s s a n c e d e s m o d a l i t é s d e l ' a c t i o n collective a u s e i n d e c e s s y s t è m e s à h a u t r i s q u e , c 'est-à-dire e n s ' a t t a c h a n t à l ' é t u d e d u f o n c t i o n n e m e n t n o r m a l . C ' e s t d a n s c e t t e p e r s p e c t i v e q u ' i l f a u t lier la n o t i o n d e fiabilité o r g a n i s a t i o n - n e l l e à celle d ' a c c i d e n t s y s t é m i q u e . C e t t e e n d o g é n é i t é d e s d e u x n o t i o n s fait e n q u e l q u e s o r t e le p e n d a n t à u n e a n a l y s e d é j à c o n d u i t e d e p u i s u n e v i n g t a i n e d ' a n n é e s e n P s y c h o l o g i e et e n E r g o n o m i e , q u i a c o n t r i b u é à d é m o n t r e r q u e les n o t i o n s d ' e r r e u r h u m a i n e et d e r é u s s i t e n e d e v a i e n t pas être p e n s é e s s é p a r é m e n t m a i s a u c o n t r a i r e e n v i s a g é e s c o m m e les d e u x faces d ' u n e m ê m e p i è c e ( A m a l b e r t i , 1 9 9 6 ; R e a s o n , 1 9 9 3 ) . D è s lors, la q u e s t i o n c o n c r è t e q u e t o u t le m o n d e se p o s e et q u i r e s t e p o u r l ' i n s t a n t s a n s r é p o n s e e s t la s u i v a n t e : c o m m e n t , p o u r q u o i et s o u s q u e l l e s c o n d i - t i o n s u n s y s t è m e o r g a n i s é p e u t - i l se f i s s u r e r p u i s b a s c u l e r e n p r o v o q u a n t u n e c a t a s t r o p h e ?

LES ENJEUX AUTOUR DE L'ÉMERGENCE DE LA NOTION DE « FACTEURS ORGANISATIONNELS »

A la s u i t e d e la t r a g é d i e d e Tchernobyl, les e x p e r t s o c c i d e n t a u x o n t r é f l é c h i n o n s e u l e m e n t a u x m o y e n s d ' a m é l i o r e r la c o n c e p t i o n d e c e t y p e

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d e r é a c t e u r s , m a i s ils o n t é g a l e m e n t l a n c é u n s l o g a n , q u i d e p u i s a fait c o u l e r b e a u c o u p d ' e n c r e , celui d e « c u l t u r e d e s û r e t é » (Williams, 1 9 9 1 ) P a r c e s l o g a n s é d u i s a n t , les é t a t s - m a j o r s d e s d i f f é r e n t e s c o m p a g n i e s et d e s i n s t i t u t i o n s d e c o n t r ô l e i n t e r n a t i o n a l e s o n t c h e r c h é u n m o y e n d e p r e n d r e e n c o m p t e le p h é n o m è n e o r g a n i s a t i o n n e l e t ses i m p l i c a t i o n s p o u r la s û r e t é . Il f a u t n o t e r q u ' i l s l ' o n t a b o r d é s o u s l ' a n g l e c u l t u r e l et n o n s o u s c e l u i d e la c o n c e p t i o n o r g a n i s a t i o n n e l l e , p a r c r a i n t e p e u t - ê t r e q u ' u n d é b a t m a l c o m p r i s s u r celle-ci c o n d u i s e à p r é t e n d r e i m p o s e r u n t y p e d ' o r g a n i s a t i o n p a r t i c u l i e r . C e n ' é t a i t s a n s d o u t e p a s le b u t d e l ' A g e n c e I n t e r n a t i o n a l e d e l ' É n e r g i e A t o m i q u e . N é a n m o i n s c e t t e c r a i n t e d e s o p é r a t e u r s n u c l é a i r e s , p l u s o u m o i n s f o n d é e , p e r m e t e n c o r e a u j o u r - d ' h u i d ' é l u d e r t o u t d é b a t s u r les s t r a t é g i e s o r g a n i s a t i o n n e l l e s d ' u n i v e r s à r i s q u e , a u p r o f i t d ' u n e n o t i o n p l u s p o l i c é e , p l u s d i p l o m a t i q u e , o ù t o u t le m o n d e p e u t faire e n t e n d r e s a d i f f é r e n c e , « s a c u l t u r e d e s û r e t é ». O n a ainsi l ' i m p r e s s i o n q u e la v o i e d e la c o n c e p t i o n o r g a n i s a t i o n n e l l e est d é s e r t é e c a r t r o p i r r é m é d i a b l e m e n t t e i n t é e d ' u n t a y l o r i s m e h o n n i q u i n ' e s t p l u s d e r i g u e u r . C e p e n d a n t , la vitalité d e la n o t i o n d e « c u l t u r e d e s û r e t é » s o u l è v e d a v a n t a g e d e q u e s t i o n s q u e d e r é p o n s e s : « f a u s s e m e n t q u a l i t a t i v e », elle sert t r o p s o u v e n t à m a s q u e r l ' i g n o r a n c e d e c e r t a i n s p h é - n o m è n e s o r g a n i s a t i o n n e l s d e b a s e a u p r o f i t d ' u n e p s e u d o - c o n n a i s s a n c e i n t e r c u l t u r e l l e , q u i suffirait à p r e n d r e e n c o m p t e les p h é n o m è n e s o r g a - n i s a t i o n n e l s .

P l u s r é c e m m e n t , et à l ' o p p o s é , o n a v u n a î t r e d e n o u v e l l e s m é t h o d e s d ' a n a l y s e p r o b a b i l i s t e d u r i s q u e q u i p r é t e n d e n t i n t é g r e r les f a c t e u r s o r g a - n i s a t i o n n e l s m a i s u t i l i s e n t e n réalité u n e r e p r é s e n t a t i o n a s s e z r e s t r i c t i v e d e l ' o r g a n i s a t i o n . O n p a r l e d'« a r t e f a c t s o r g a n i s a t i o n n e l s », d e « p r o c e s - s u s o r g a n i s a t i o n n e l s », o u e n c o r e d e « f a c t e u r s m a n a g é r i a u x ». Il s ' a g i t p a r e x e m p l e d e s m é t h o d e s I M A S ( E m b r e y , 1 9 9 2 ) , S A M ( P a t é - C o r n e l l , 1 9 9 0 ; P a t é - C o r n e l l & F i s c h b e c k , 1 9 9 3 ; P a t é - C o r n e l l & M u r p h y , 1 9 9 6 ) o u e n c o r e W P A M ( D a v o u d i a n , W u , & A p o s t o l a k i s , 1 9 9 4 a et b). C e p e n - d a n t , si c e s a p p r o c h e s o f f r e n t u n f o r m a l i s m e s y s t é m i q u e q u i e n s u r f a c e p e r m e t d e c o d e r les i n t e r a c t i o n s e n t r e s o u s - s y s t è m e s , elles t r a i t e n t les o r g a n i s a t i o n s c o m m e d e s m a c h i n e s . E n c o n s é q u e n c e , elles n ' o f f r e n t a u c u n e p o s s i b i l i t é d ' a c c é d e r a u x p r o b l è m e s d e l ' a c t i o n collective et e n p a r t i c u l i e r à sa d i m e n s i o n s t r a t é g i q u e . O n p o u r r a n o u s o p p o s e r q u e tel n ' e s t p a s l e u r b u t . L e u r o b j e c t i f é t a n t d e q u a n t i f i e r l ' i m p a c t d e telle o u 1. IAEA, International Atomic Energy Agency. Safety Culture, Safety series N° 75- INSAG-4, 1991. Voici comment la « culture de sûreté » est définie : « la culture de sûreté est l'ensemble des caractéristiques et des attitudes qui dans les organismes et chez les indi- vidus, font que les questions relatives à la sûreté des centrales nucléaires bénéficient, en priorité, de l'attention qu'elles méritent en raison de leur importance ».

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telle d i s p o s i t i o n o r g a n i s a t i o n n e l l e , d u t y p e « claire d i v i s i o n d e s r ô l e s »,

« d u c o m m a n d e m e n t » , o u d e telle o u telle a b s e n c e d ' u n service (« f o r m a t i o n » p a r e x e m p l e ) s u r u n t a u x d ' e r r e u r o u d e d é f a i l l a n c e . P a r ailleurs, l e u r s u c c è s a u p r è s d e d i f f é r e n t e s c o m m u n a u t é s i n d u s t r i e l l e s d é m o n t r e q u e les b e s o i n s d e r e p r é s e n t a t i o n d e c e s s y s t è m e s s o n t i m p o r - t a n t s . Il f a u t e n t e n i r c o m p t e c a r il s ' a g i t c l a i r e m e n t d ' u n e p i e r r e d a n s le j a r d i n à l ' a n g l a i s e d e s s c i e n c e s sociales, q u i o n t d u m a l à p r é s e n t e r u n e c a r t o g r a p h i e lisible d e l e u r s r e c h e r c h e s d a n s le d o m a i n e . Il n ' e n r e s t e p a s m o i n s q u e c e s m é t h o d e s , p o u r s o p h i s t i q u é e s q u ' e l l e s s o i e n t , n e n o u s o f f r e n t q u ' u n e m i s e e n b o î t e d e l ' o r g a n i s a t i o n , u n e s o r t e d e p r é - m â c h é , q u i n o u s laisse à la s u r f a c e d e la vie o r g a n i s a t i o n n e l l e .

C ' e s t p o u r q u o i , il n o u s s e m b l e u r g e n t d e p r o p o s e r a u m o i n s l ' é b a u c h e d 'une t r o i s i è m e voie, e n t r e celle d e la c u l t u r e e t celle d e l ' a n a l y s e p r o - b a b i l i s t e d e s f a c t e u r s o r g a n i s a t i o n n e l s . L e s e n j e u x é c o n o m i q u e s , poli- t i q u e s , i n s t i t u t i o n n e l s et s c i e n t i f i q u e s s o u s - j a c e n t s s o n t i m p o r t a n t s . E n effet d e n o m b r e u x p a y s s o n t c o n c e r n é s p a r la r é f l e x i o n a u t o u r d e s o r g a - n i s a t i o n s à « h a u t r i s q u e » et d e s f a c t e u r s o r g a n i s a t i o n n e l s d e la fiabilité.

Il a p p a r a î t a u j o u r d ' h u i c l a i r e m e n t q u e la c o n c e p t i o n , la t r a n s f o r m a t i o n , voire l ' a m é l i o r a t i o n d e ces s y s t è m e s s o c i o - t e c h n i q u e s n e p e u v e n t ê t r e lais- sées a u x s e u l e s m a i n s d e s i n g é n i e u r s , f u s s e n t - i l s s p é c i a l i s t e s d e s û r e t é d e f o n c t i o n n e m e n t . C e p e n d a n t , b i e n s o u v e n t , les s p é c i a l i s t e s d e s c i e n c e s sociales (à l ' e x c e p t i o n p e u t - ê t r e d e s e r g o n o m e s ) n e s o n t c o n s u l t é s q u ' u n e fois l ' o r g a n i s a t i o n e n place, voire a p r è s l ' a c c i d e n t . O r c e r t a i n s d e c e s spécialistes se d i s e n t las d e faire office d e p o m p i e r o u d e faire-valoir et r é c l a m e n t q u e la c o n t r i b u t i o n d e s t r a v a u x e n s c i e n c e s sociales soit i n t é - g r é e d è s la c o n c e p t i o n ( H e i n m a n n , 1 9 9 7 ; L a P o r t e & Keller, 1 9 9 5 ) . C e livre est u n e t e n t a t i v e d e d i a l o g u e e n t r e d e s s p h è r e s q u i t r o p s o u v e n t s ' i g n o r e n t .

L E P R O P O S D U L I V R E

L e c o n s t a t d e d é p a r t est d o n c le s u i v a n t : d e n o m b r e u x c h e r c h e u r s o n t c o n t r i b u é à d é m o n t r e r q u e la fiabilité se j o u e d a n s u n c o l l e c t i f d e travail et q u ' e l l e d é p e n d d u s u b s t r a t d e la r e l a t i o n d e travail ( C h i s h o l m , 1 9 8 9 ; L e p l a t & d e T e r s s a c , 1 9 9 0 ; R o c h l i n , 1 9 8 8 ; d e T e r s s a c , 1 9 9 2 ; V a u g h a n , 1 9 9 6 ; W e i c k , 1 9 9 3 , 1 9 9 5 ) ; e n c o n s é q u e n c e la sociologie, m a i s égale- m e n t l ' a n t h r o p o l o g i e o u l ' e t h n o l o g i e d o i v e n t p o u v o i r f o u r n i r d e s clefs d e n t r é e à u n e c o n n a i s s a n c e p l u s fine d e s m o d e s d ' i n t e r a c t i o n d a n s c e s

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o r g a n i s a t i o n s (Bouvier, 1 9 8 9 ; B u r a w o y , 1 9 9 1 ) . P a r ailleurs, u n c e r t a i n é t a t d e fiabilité, c ' e s t - à - d i r e u n c e r t a i n é q u i l i b r e , p e u t ê t r e p e r t u r b é p a r d e s b o u l e v e r s e m e n t s e x t é r i e u r s , d ' o r d r e f i n a n c i e r , é c o n o m i q u e o u j u r i - d i q u e . O n p e u t p e n s e r à u n e r é d u c t i o n m a s s i v e d'effectifs, à u n c h a n - g e m e n t i m p o r t a n t d e l ' e n v i r o n n e m e n t c o n c u r r e n t i e l d ' u n e e n t r e p r i s e , o u à l ' i n t r o d u c t i o n d ' u n e n o u v e l l e r é g l e m e n t a t i o n d u travail ( H a l e & B a r a m , 1 9 9 8 ) . Il c o n v i e n t d o n c d ' i n t é g r e r c e s p h é n o m è n e s à u n e é t u d e d e fia- bilité o r g a n i s a t i o n n e l l e afin d ' a v o i r u n e c h a n c e d e c o m p r e n d r e les fragi- lités e n d o g è n e s d e s s y s t è m e s à h a u t r i s q u e .

L e p r o p o s d e c e t o u v r a g e est d ' é t u d i e r les f o n d e m e n t s s o c i o l o g i q u e s d e la fiabilité o r g a n i s a t i o n n e l l e g r â c e à u n e a n a l y s e s y s t é m i q u e , a u t r a - vers d e l ' a n a l y s e d u f o n c t i o n n e m e n t d e q u a t r e c e n t r a l e s n u c l é a i r e s , s o u s l ' a n g l e d e la r é a l i s a t i o n d e q u a t r e « a r r ê t s d e t r a n c h e ». O n d é m o n t r e q u e la fiabilité n ' e s t p a s u n a t t r i b u t , u n é t a t q u e c e r t a i n e s o r g a n i s a t i o n s p o u r - r a i e n t d u r a b l e m e n t a t t e i n d r e - t a n d i s q u e d ' a u t r e s m o i n s p e r f o r m a n t e s o u m o i n s r i c h e s e n s e r a i e n t é c a r t é e s - g r â c e à l ' a d o p t i o n d e tel d i s p o s i - tif s o p h i s t i q u é d e traçabilité d e s activités o u d e tel s y s t è m e d ' a u d i t i n t e r n e . L a fiabilité o r g a n i s a t i o n n e l l e est b i e n d a v a n t a g e à a n a l y s e r c o m m e le p r o - d u i t d e c h o i x , d e d é c i s i o n s e t d e r é g u l a t i o n s s u c c e s s i v e s , p a r a l l è l e s e t c o n c o m i t a n t e s , c o n g r u e n t e s o u c o n t r a d i c t o i r e s s e l o n les cas.

C e t o u v r a g e se p r o p o s e d e j e t e r les b a s e s d ' u n p o s s i b l e d i a l o g u e e n t r e p l u s i e u r s c o u r a n t s d e t r a v a u x , q u i s ' i g n o r e n t l a r g e m e n t j u s q u ' à p r é s e n t . O r u n tel d i a l o g u e s e r a i t f r u c t u e u x . L a p r é s e n t a t i o n d e c e s d i f f é r e n t s c o u - r a n t s fera l ' o b j e t d e s c h a p i t r e s 1 et 2. J u s q u ' à p r é s e n t la n o t i o n d e « fia- bilité o r g a n i s a t i o n n e l l e » a s u r t o u t é t é é t u d i é e soit à u n n i v e a u i n s t i t u - t i o n n e l , s a n s p a r t i r d e s a c t e u r s d e l ' o r g a n i s a t i o n et d e l ' é c o n o m i e d e l e u r s r e l a t i o n s ( L a P o r t e & C o n s o l i n i , 1991 ; P e r r o w , 1 9 8 4 ; R o b e r t s , 1 9 9 3 ) , soit à u n n i v e a u m i c r o - s o c i a l , s a n s g r a n d i n t é r ê t p o u r les i n t e r a c t i o n s d e s a c t e u r s a v e c le c a d r e o r g a n i s a t i o n n e l , p o l i t i q u e et i n s t i t u t i o n n e l p l u s g é n é r a l d e l e u r s a c t i o n s ( L e p l a t & d e T e r s s a c , 1 9 9 0 ) . D ' u n côté, o n est e n p r é s e n c e d ' u n e t r a d i t i o n d ' é t u d e s , d ' o r i g i n e et d ' i n s p i r a t i o n a m é r i - c a i n e s , o ù les o r g a n i s a t i o n s s o n t p e u é t u d i é e s e n s ' a p p u y a n t s u r d e s a n a - lyses d e l'activité et d e s i n t e r a c t i o n s e n t r e les a c t e u r s c a r o n c o n s i d è r e le p l u s s o u v e n t q u ' e l l e s s o n t d a n s u n e large m e s u r e d é t e r m i n é e s p a r la t e c h - n o l o g i e e m p l o y é e . O n p r ê t e ainsi a u x o r g a n i s a t i o n s d e s s t r a t é g i e s glo- bales, q u i s o n t e n g r a n d e p a r t i e d é c o n n e c t é e s d e l ' a c t i o n d e s i n d i v i d u s . O r n o u s p e n s o n s q u ' i l est difficile d e p a r l e r d e s t r a t é g i e s d ' o r g a n i s a t i o n s a n s c o n s i d é r e r l'activité d e s a c t e u r s q u i les c o m p o s e n t . D e l ' a u t r e , d a n s u n e t r a d i t i o n p l u s e u r o p é e n n e , o n c o n s i d è r e q u e les a c t e u r s s o n t a u c e n t r e d e t o u t e la p r o b l é m a t i q u e d e la fiabilité, q u i n ' e s t e n v i s a g é e q u e c o m m e u n e s u c c e s s i o n d e s t r a t é g i e s d e r é d u c t i o n d ' é c a r t efficaces. C ' e s t

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g r â c e à l e u r s a c t i o n s , à l e u r s t e n t a t i v e s d e r é c o n c i l i e r le s c h é m a p r e s c r i t a v e c la réalité d u travail, à l e u r s c a p a c i t é s à d é p a s s e r le c a d r e d e l e u r s o b l i g a t i o n s d e f a ç o n à p r e n d r e e n c h a r g e i m p l i c i t e m e n t t o u t e u n e série d e r e s p o n s a b i l i t é s , q u e la f r a c t u r e est r é d u i t e , p e r m e t t a n t ainsi a u sys- t è m e p r o d u c t i f d e d é l i v r e r d e l ' é n e r g i e e n t o u t e s û r e t é . Il n o u s a p p a r a î t q u e d a n s c e t t e t r a d i t i o n , o n é l u d e t r o p f a c i l e m e n t le c a d r e o r g a n i s a t i o n - n e l et t e c h n o l o g i q u e p r é c i s a u s e i n d u q u e l les s t r a t é g i e s d e s a c t e u r s se d é v e l o p p e n t . O n a ainsi p o u r h a b i t u d e d e p a s s e r r a p i d e m e n t s u r l ' o r g a - n i s a t i o n f o r m e l l e q u i n e p e u t f o u r n i r q u ' u n c o n t e x t e g r o s s i e r s a n s g r a n d e n s e i g n e m e n t p o u r q u i s ' i n t é r e s s e à la « réalité » d e l ' a c t i o n collective. O n c o u r t ainsi le r i s q u e d e p a s s e r à c ô t é d e s s t r a t é g i e s o r g a n i s a t i o n n e l l e s , q u i p e r m e t t e n t d e r é c o n c i l i e r les p r a t i q u e s d e s a c t e u r s a v e c la t e c h n o l o - gie et les s t r u c t u r e s a u s e i n d e s q u e l l e s ils o p è r e n t .

LA FIABILITÉ D'UNE ORGANISATION À HAUT RISQUE SE TRADUIT DANS DES ÉQUILIBRES

C e livre se v e u t u n e r é p o n s e à c e m a n q u e e t v o u d r a i t f o u r n i r les m o y e n s d e p e n s e r la fiabilité e n t e r m e s o r g a n i s a t i o n n e l s . L a l i t t é r a t u r e s u r les o r g a n i s a t i o n s à « h a u t r i s q u e » q u i utilise le c o n c e p t d e fiabilité, néglige q u e celle-ci e s t u n e c o n s t r u c t i o n sociale, et q u ' e l l e a u n c a r a c - t è r e d y n a m i q u e . O r , la fiabilité s u p p o s é e d ' u n e o r g a n i s a t i o n n e p e u t ê t r e q u e le p r o d u i t d ' u n e c o m b i n a i s o n d e f a c t e u r s , p a r n a t u r e c h a n g e a n t e , et d o n t il est s o u v e n t b i e n difficile d e d é m ê l e r les r e l a t i o n s .

N o t r e a p p r o c h e c o n s i s t e d o n c à se p l a c e r a u c œ u r d ' o r g a n i s a t i o n s à

« h a u t r i s q u e », e n les a n a l y s a n t d u p o i n t d e v u e d e s a c t e u r s , s a n s a priori q u a n t à la s t r a t é g i e q u ' i l s a d o p t e r o n t . L e s o r g a n i s a t i o n s d u travail q u e n o u s a v o n s é t u d i é e s f o u r n i s s e n t t o u t à la fois d e s c o n t r a i n t e s et d e s res- s o u r c e s p o u r les a c t e u r s , d ' o ù n a î t r o n t d e s stratégies, q u i s o n t o b j e t s p r i o - ritaires d ' é t u d e , c a r elles s o n t à la r a c i n e d e s p r o b l è m e s d e s û r e t é d e c e s o r g a n i s a t i o n s . Il se d é g a g e q u e l ' o n n e p e u t é t u d i e r les r e s s o r t s d e la fia- bilité d e c e t y p e d ' o r g a n i s a t i o n s , s a n s v é r i t a b l e m e n t c o m p r e n d r e c o m - m e n t les a c t e u r s i n d i v i d u e l s o u collectifs s ' e f f o r c e n t t o u s les j o u r s d e r é a - liser l e u r s t â c h e s , e n n é g o c i a n t l e u r p a r t i c i p a t i o n à u n e o r g a n i s a t i o n e x t r ê m e m e n t c o n t r a i g n a n t e .

C ' e s t p o u r q u o i , il n o u s s e m b l e q u e l ' a n a l y s e o r g a n i s a t i o n n e l l e q u e n o u s a l l o n s f o u r n i r d o i t n a t u r e l l e m e n t c o n d u i r e à u n e é v a l u a t i o n d e c h a q u e m o d e d e f o n c t i o n n e m e n t d e f a ç o n à t e n t e r d ' é t a b l i r le c o û t socio- l o g i q u e d e c e s o r g a n i s a t i o n s . E n définitive, la fiabilité d ' u n e o r g a n i s a -

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t i o n p e u t ê t r e a n a l y s é e c o m m e le p r o d u i t d ' u n e série d ' é q u i l i b r e s s t r a - t é g i q u e s , q u ' i l c o n v i e n t d e d é c o u v r i r . P l a c e r les a c t e u r s et l e u r s i n t e r a c - t i o n s e n p r e m i è r e ligne r e v i e n t à é v a l u e r les b a s e s d u lien social q u i les u n i t . C ' e s t ainsi q u e l ' o n p e u t r e n d r e o p é r a n t le c o n c e p t d e « fiabilité o r g a - n i s a t i o n n e l l e », d o n t l ' é t u d e n e p e u t s ' a b s t r a i r e d e s r a p p o r t s e n t r e les a c t e u r s , ni d e s s t r a t é g i e s q u ' i l s m e t t e n t e n œ u v r e p o u r a c c o m p l i r l e u r s t â c h e s .

L ' a c t i v i t é h u m a i n e avait d é j à é t é d é c r i t e et a n a l y s é e p a r les p s y c h o - e r g o n o m e s ( F a v e r g e , 1970) c o m m e f o n d a m e n t a l e m e n t et c o n s u b s t a n - t i e l l e m e n t d u a l e , c ' e s t - à - d i r e à la fois s o u r c e d e fiabilité et d ' i n f i a b i l i t é , v o i r e d e « s u r - f i a b i l i t é » ( G u i l l e r m a i n & M a z e t , 1 9 9 3 ) . C e p e n d a n t , il m a n q u e p a r e i l l e analyse, n o n p l u s a u n i v e a u d e l ' i n d i v i d u m a i s a u n i v e a u d e l ' o r g a n i s a t i o n t o u t e n t i è r e . L a fiabilité o r g a n i s a t i o n n e l l e d e tel o u tel s y s t è m e p e u t ê t r e a t t e i n t e p a r d e s v o i e s t r è s i n a t t e n d u e s , a u p r i x d e sacri- fices i m p o r t a n t s , voire excessifs : il i m p o r t e d o n c d e f o u r n i r les m o y e n s d ' u n e é v a l u a t i o n à la h a u t e u r d e s r i s q u e s q u i s o n t e n j e u . C ' e s t à c e t t e t â c h e q u e ce livre v o u d r a i t p o u v o i r c o n t r i b u e r .

L E S T E R R A I N S E T L E P R O B L È M E D E L ' A R R Ê T D E T R A N C H E

TERRAINS D'ENQUÊTE

C e t o u v r a g e r e p o s e p r i n c i p a l e m e n t s u r u n travail d ' e n q u ê t e , réalisé d e 1991 à 1 9 9 5 , d a n s q u a t r e sites n u c l é a i r e s , e n F r a n c e et a u x É t a t s - U n i s . N o u s a v o n s é t u d i é q u a t r e sites q u i , p o u r s e m b l a b l e s q u ' i l s s o i e n t d ' u n p o i n t d e v u e t e c h n o l o g i q u e , n ' e n s o n t p a s m o i n s d i f f é r e n t s d e p a r l e u r s h i s t o i r e L e s d o n n é e s c o n c e r n a n t les e n t r e t i e n s réalisés f i g u r e n t e n a n n e x e .

L e s d e u x sites f r a n ç a i s a p p a r t i e n n e n t à l ' o p é r a t e u r p u b l i c É l e c t r i c i t é d e F r a n c e . L e p r e m i e r , B u g e y , est l ' u n d e s sites les p l u s a n c i e n s d u p a r c 1. Pour des précisions supplémentaires concernant l'histoire des programmes nucléaires français et américain et les contextes institutionnels et politiques des deux pays vis-à-vis de l'énergie nucléaire, on renvoie le lecteur à notre thèse de doctorat (Bourrier, 1996b) et aux auteurs suivants (Bupp & Derian, 1978; Campbell, 1988; Damian, 1983; Gold- schmidt, 1980; Jaspers, 1988 et 1990; Joppke, 1992; Touraine, 1980 ainsi qu'aux tra- vaux du défunt United States Office of Technology Assessment, 1984 et 1993).

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n u c l é a i r e a v e c c e l u i d e F e s s e n h e i m . A u m o m e n t d e l ' é t u d e c i n q t r a n c h e s é t a i e n t e n f o n c t i o n n e m e n t - q u a t r e R é a c t e u r s à E a u P r e s s u r i s é e ( R E P ) d e 9 0 0 M W et u n r é a c t e u r g r a p h i t e gaz. B u g e y e s t l ' u n i q u e site q u a t r e t r a n c h e s p a r m i n o t r e é c h a n t i l l o n . L e s q u a t r e t r a n c h e s R E P o n t é t é p r o - g r e s s i v e m e n t m i s e s e n service e n t r e 1 9 7 8 et 1 9 7 9 , t a n d i s q u e la t r a n c h e

« g r a p h i t e g a z » a v a i t é t é m i s e e n service e n 1 9 7 2 et a c h e v a i t s o n cycle e n a t t e n d a n t l ' a r r ê t c o m p l e t d e ses i n s t a l l a t i o n s e n 1 9 9 4 . Il est s i t u é e n p a y s d u Bugey, d a n s le d é p a r t e m e n t d e l'Ain, a u b o r d d u R h ô n e , et c o m m a n d e l' e n t r é e d u f a m e u x c o u l o i r r h o d a n i e n . A u m o m e n t d e l ' é t u d e , le site e m p l o i e 1 4 0 0 p e r s o n n e s et f o u r n i t 6 % d e la p r o d u c t i o n d ' é l e c t r i c i t é d ' o r i g i n e t h e r m i q u e .

L e site d e N o g e n t est, à la d i f f é r e n c e d e c e l u i d u B u g e y , l ' u n d e s p l u s r é c e n t s d u p a r c n u c l é a i r e français. L a m i s e e n service d e s d e u x t r a n c h e s d e 1 3 0 0 M W d a t e d e 1 9 8 7 . Il e s t installé d a n s u n d é p a r t e m e n t é c o n o - m i q u e m e n t affaibli p a r la crise textile q u i f r a p p e la ville d e T r o y e s q u i se t r o u v e à p r o x i m i t é . P r o c h e d e Paris, l ' i m p l a n t a t i o n d u site r e n c o n t r a u n e o p p o s i t i o n a s s e z i m p o r t a n t e m e n é e p r i n c i p a l e m e n t p a r l ' a s s o c i a t i o n

« S t o p - N o g e n t ». A u m o m e n t d e l ' é t u d e , e n 1 9 9 4 , le s i t e e m p l o y a i t 6 0 0 p e r s o n n e s et c o n t r i b u a i t p o u r 5 % d e la p r o d u c t i o n t h e r m i q u e f r a n - çaise. L e p e r s o n n e l d u site p r o v i e n t m a j o r i t a i r e m e n t d e s p l a n s d e r e s t r u c - t u r a t i o n et d e r e c o n v e r s i o n d e s c e n t r a l e s t h e r m i q u e s c l a s s i q u e s d e l ' e s t d e la F r a n c e et d e la r é g i o n p a r i s i e n n e . E n réalité, e n d é p i t d e la m o d e r - nité d e s i n s t a l l a t i o n s d e N o g e n t , le p e r s o n n e l a, e n c o m p a r a i s o n a v e c le p e r s o n n e l d u B u g e y , u n e p l u s faible e x p é r i e n c e n u c l é a i r e . E n effet, les a g e n t s p l a c é s à N o g e n t e n 1 9 8 7 s o n t p a r m i les d e r n i e r s à a v o i r q u i t t é les c e n t r a l e s c l a s s i q u e s , f o r m a n t ainsi les d e r n i e r s b a s t i o n s d ' i r r é d u c t i b l e s d u t h e r m i q u e « c l a s s i q u e », q u i a v a i e n t j u s q u e - l à r é u s s i à é c h a p p e r a u x r e c o n v e r s i o n s d a n s le n u c l é a i r e . B e a u c o u p é t a i e n t n o s t a l g i q u e s d e s a n c i e n n e s c e n t r a l e s à c h a r b o n .

L e s d e u x c e n t r a l e s a m é r i c a i n e s , à l ' o p p o s é g é o g r a p h i q u e m e n t , l ' u n e c ô t e O u e s t et l ' a u t r e c ô t e E s t , o n t é g a l e m e n t u n p a s s é a u x a n t i p o d e s . L a c e n t r a l e c a l i f o r n i e n n e a d é f r a y é la c h r o n i q u e p e n d a n t d e n o m b r e u s e s a n n é e s , t a n d i s q u e la c e n t r a l e e n Virginie s e m b l e a v o i r m e n é u n e exis- t e n c e b e a u c o u p p l u s paisible.

L ' h i s t o i r e d e la c o n s t r u c t i o n d e D i a b l o C a n y o n e n fait d è s l ' a b o r d u n site à p a r t . S i t u é e n C a l i f o r n i e c e n t r a l e , à m i - c h e m i n e n t r e L o s A n g e l e s et S a n F r a n c i s c o , d a n s le c o m t é d e S a n L u i s O b i s p o , le site c o m m a n d e l' u n e d e s p l u s b e l l e s v u e s d e la c ô t e c a l i f o r n i e n n e . C ' e s t é g a l e m e n t l ' u n d e s sites les p l u s c o n t r o v e r s é s d e s É t a t s - U n i s . Il fut le t h é â t r e d e b a t a i l l e s i n n o m b r a b l e s e n t r e s o n p r o p r i é t a i r e , Pacific G a s a n d E l e c t r i c ( P G & E ) , l' É t a t d e C a l i f o r n i e et ses h a b i t a n t s . L e p r o j e t d e c o n s t r u c t i o n f u t d é c i d é

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e n 1 9 6 3 , m a i s les d e u x t r a n c h e s d e 1 0 8 4 et 1 1 0 6 M W n e f u r e n t m i s e s e n service r e s p e c t i v e m e n t q u ' e n 1 9 8 5 et e n 1 9 8 6 . D e s e r r e u r s d e c o n c e p - t i o n c o m m i s e s p e n d a n t la c o n s t r u c t i o n , q u i o n t d o n n é l ' i m p r e s s i o n q u e la c o m p a g n i e n é g l i g e a i t d e s a s p e c t s e s s e n t i e l s c o n c e r n a n t la s é c u r i t é , se s o n t s o l d é e s p a r u n r è g l e m e n t f i n a n c i e r , a p p e l é R a t e Case Settlement, à l ' o r i g i n e d é f a v o r a b l e à P G & E E n d é p i t d e c e s d é b u t s h o u l e u x politi- q u e m e n t e t m é d i a t i q u e m e n t et r i s q u é s f i n a n c i è r e m e n t , il s ' a v è r e a u j o u r - d ' h u i q u e D i a b l o Canyon, l ' u n i q u e - e t t r è s p r o b a b l e m e n t d e r n i e r - j o y a u n u c l é a i r e d e P G & E , est u n e e n t r e p r i s e n o n s e u l e m e n t b i e n n o t é e p a r la N u c l e a r Regulatory Commission, m a i s é g a l e m e n t l ' u n e d e s p l u s p r o f i t a b l e s d u pays. A u m o m e n t d e l ' é t u d e p r è s d e 2 0 0 0 p e r s o n n e s veillent à s o n b o n f o n c t i o n n e m e n t .

L ' e n v i r o n n e m e n t d e N o r t h A n n a c o n t r a s t e a v e c c e l u i d e D i a b l o C a n y o n : à l ' O u e s t m a s s i v e m e n t a n t i n u c l é a i r e , a u x m a n i f e s t a t i o n s s p e c - t a c u l a i r e s , s ' o p p o s e u n S u d c o n s e r v a t e u r et paisible. S i t u é e s e n Virginie c e n t r a l e d a n s u n e r é g i o n r u r a l e et p a u v r e , d a n s le c o m t é d e L o u i s a , les d e u x t r a n c h e s d e 9 0 0 M W a p p a r t e n a n t à la Virginia Electric P o w e r C o m p a n y (la V E P C O ) , f u r e n t c o n s t r u i t e s a u d é b u t d e s a n n é e s 1 9 7 0 p a r W e s t i n g h o u s e e t c o n n e c t é e s a u r é s e a u r e s p e c t i v e m e n t e n 1 9 7 8 et 1 9 8 0 . P o u r l ' a n e c d o t e , il se t r o u v e q u e N o r t h A n n a a v a i t servi d e m o d è l e a u x t r a n c h e s d u B u g e y . E n effet, la licence a c h e t é e p a r F r a m a t o m e à W e s t i n g - h o u s e e s t celle d ' u n e t r a n c h e P W R d u m o d è l e d e N o r t h A n n a . A u m o m e n t d e l ' é t u d e d e t e r r a i n e n 1 9 9 3 , N o r t h A n n a c o n n a î t u n c e r t a i n r e n o m , p u i s q u e le r e m p l a c e m e n t d ' u n d e s g é n é r a t e u r s d e v a p e u r fut r é a - lisé e n u n t e m p s r e c o r d e t q u e p a r ailleurs les i n s p e c t e u r s d e la N u c l e a r R e g u l a t o r y Commission v e n a i e n t d e classer la c e n t r a l e p a r m i les top per- formers. L a c o m p a g n i e e s t l ' u n d e s g r a n d s p o u r v o y e u r s d ' e m p l o i s d e la r é g i o n , d ' a u t a n t q u e les d i r i g e a n t s f a v o r i s e n t le r e c r u t e m e n t l o c a l d e m a n i è r e à b é n é f i c i e r d ' u n e m a i n - d ' œ u v r e s t a b l e . A u m o m e n t d e l ' é t u d e 1 0 0 0 p e r s o n n e s t r a v a i l l e n t s u r le site.

1. Après la mise en service des tranches, PG&E, monopole privé local, a dû fixer en accord avec l'État de Californie le prix auquel l'électricité de la centrale allait être vendue.

PG&E demanda que toutes les dépenses de construction soient incorporées dans le tarif, y compris toutes celles qui avaient largement dépassé le cadre du budget initialement fixé.

Pour les directeurs de PG&E, les retards ne sont pas de leur faute mais imputables aux autorités de sûreté, qui ont constamment demandé des modifications coûteuses. Pour les avocats de la Public Utilities Commission et pour l'Attorney General de Californie, la faute revient sans conteste aux dirigeants de la compagnie. Après trois années de bataille achar- née, un Rate Case Settlement a finalement été signé en 1986. Une franchise de 2 milliards fut infligée à Diablo Canyon, ainsi que la menace de voir le projet s'écrouler si la disponi- bilité des tranches n'excédait pas les 58 % (le chiffre moyen de la disponibilité des tranches américaines en 1986).

(22)

ARRÊT DE TRANCHE : OBJET DE CHOIX

Nous avons choisi d'étudier un événement particulier dans la vie d'une centrale, la révision annuelle de maintenance, l'arrêt de tranche. Pour particulier qu'il soit, ce moment nous a servi de révélateur et de cataly- seur à l'étude des sites dans leur ensemble.

Environ tous les ans, la production des centrales nucléaires est stop- pée de façon à permettre une révision des installations et le recharge- ment partiel en combustible. Cette opération est appelée « arrêt de tranche ». Elle est prévue et planifiée. Elle est importante dans le cycle de vie d'une centrale à deux points de vue, celui de la sûreté et celui de la rentabilité financière. D'un côté le maintien d'un niveau de sûreté élevé dépend en grande partie des réparations et de la maintenance préven- tive réalisées pendant l'arrêt. De l'autre, la durée des arrêts est le facteur principal du coefficient de disponibilité des tranches. Plus l'arrêt est court et plus la rentabilité est assurée, mais moins on dispose de temps pour les révisions de maintenance. Jusqu'au début des années 90, la variance était grande selon les pays et les centrales. Certains arrêts pou- vaient durer 37 jours, tandis que d'autres dépassaient 60 jours. Désor- mais, la plupart des arrêts (sauf en cas de programmation de travaux exceptionnels) durent environ 30 jours. Les compagnies électriques cher- chent donc à minimiser leurs durées d'arrêt, sous la contrainte des exi- gences de sûreté.

La réalisation d'un arrêt soulève plusieurs difficultés qui intéressent

tout particulièrement le sociologue des organisations : tout d'abord les

enjeux en termes de sécurité pour le personnel sont importants puisqu'en

dépit de l'arrêt partiel des installations, cette période - contrairement à

l' opinion qui prévalait jusque dans les années 80 - est une des plus

risquées pour les intervenants, notamment en termes d'exposition aux

rayonnements ; de plus, le nombre d'opérations à réaliser est très impor-

tant, celles-ci sont toutes interdépendantes et doivent respecter un ordre

strict selon un planning fixé à l'avance, qui vise à optimiser les durées de

chaque phase et partant de l'arrêt dans son ensemble. C'est pourquoi

les questions de coordination sont extrêmement cruciales ; troisième-

ment, le respect du planning dépend en grande partie du soin accordé à

la préparation et à la planification détaillée des activités, mais il dépend

également de l'établissement des bonnes relations entre les équipes de

Conduite et celles de Maintenance. Or la coopération entre les deux prin-

cipales entités d'un site nucléaire ne va pas de soi car elles poursuivent

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des buts très souvent opposés ; enfin, de façon plus cruciale encore, un dernier problème vient hanter l'ensemble du déroulement d'un arrêt de tranche. Il s'agit de la gestion des procédures qui doivent être appliquées de façon à réviser, réparer, tester ou changer le matériel. Le monde nucléaire est un monde ultra-prescrit où, compte tenu des risques encou- rus, la prescription de la moindre des activités vise à empêcher toute dérive, toute déviance, toute improvisation qui pourraient être sources d'erreur. Les intervenants de maintenance sont donc censés se confor- mer à d'impressionnantes batteries de procédures et de gammes. Dans les chapitres qui vont suivre on cherchera à répondre aux questions sui- vantes : comment les intervenants peuvent-ils suivre ces prescriptions quand, dans le même temps, il leur faut faire face à des aléas et à des situations imprévues, qui sont au cœur de toute intervention de mainte- nance ? Comment réussissent-ils à se conformer à de longues procédures quand dans le même temps ils sont soumis à des pressions temporelles importantes liées au coût de l'arrêt de tranche?

PROBLÈMES DE MÉTHODE

Les vertus du décalage que procure la comparaison sont connues. On

pense à Durkheim mais plus récemment ma pensée va vers le célèbre

anthropologue Clifford Geertz, qui livre dans After the Fact, Two Coun-

tries, Four Decades, One Anthropologist (1995), la plus belle manière de

prendre à bras-le-corps cet épineux problème de la comparaison, en

soulevant justement toutes les limites d'un exercice cependant indis-

pensable. Il décrit dans un style inimitable l'affreuse impression d'être

aux prises en permanence avec des sables mouvants, d'où surgissent tels

des pantins articulés un peu d'histoire personnelle, un peu d'histoire des

pays concernés, beaucoup d'observations, pas toujours aussi systéma-

tiques qu'on le voudrait, elles-mêmes étayées, relayées ou mises en défaut

par des entretiens, que l'on voulait, dans notre cas, par souci canonique,

le plus «semi-directifs» possible. Hélas, les acharnés du «terrain» le

savent bien, c'est un but vers lequel on s'efforce de tendre, sans véritable

espoir d'y parvenir, tant se bousculent les faits, les événements, les contre-

temps, sans parler de l'idée que les interviewés se font d'une enquête de

terrain, détournant conversations, objets et perspectives, souvent pour

notre plus grand bonheur (Whyte, 1984).

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LE PIÈGE DE L'EXPLICATION CULTURELLE

De façon plus concrète encore, il faut souligner que les comparaisons internationales et donc interculturelles, pour aussi essentielles qu'elles soient, présentent cependant une difficulté majeure, celle d'offrir une explication prête à l'emploi. Il est ainsi tentant d'expliquer les différences que l'on observe par le «facteur culturel» (Alvesson, 1993 ; Casassus- Montero, 1989; Hofstede, 1980 ; Hofstede, Neuijen, & Daval Ohavy, 1990; Rochlin & Von Meier, 1994 ; Tayeb, 1994). Par exemple, si les intervenants de la centrale californienne, comme ceux de la centrale vir- ginienne, suivent à la lettre les procédures, c'est «à cause» de la judi- ciarisation extrême des relations humaines aux États-Unis, basées sur le respect du contrat, ou de « l'échange fair entre égaux» comme dirait Philippe d'Iribarne (1989). Par opposition au Bugey, où les comporte- ments de déviance et le règlement des problèmes dans l'informel seraient une caractéristique d'une gestion « à la française », fondée sur le respect des devoirs et des droits implicites de chacun selon son état. Soit.

A chaque pays, sa façon de régler selon sa culture les modalités du « tra- vailler ensemble » et partant du « vivre ensemble » en société. L'étude monographique d'entreprises ou d'institutions - parce qu'elles sont comme une « tranche de société » - permet ainsi de se faire une idée de la manière dont les problèmes se règlent plus largement dans une société considérée. Nous avons été tentée par ces explications, combien sédui- santes et rassurantes.

Hélas, nous avons dû nous rendre à l'évidence que nos quatre cas ne présentent pas de régularité nationale, deux à deux, propres à nous faire adopter une explication d'ordre culturel. Pour simple qu'il soit, l'échiquier a trop de cases. Compte tenu de la grille adoptée, pas de régularités trou- blantes, pas de « modèle français », pas de « modèle américain ». La cen- trale californienne est aussi différente de la centrale située en Virginie que des centrales françaises. Quant à la proximité de certaines observations, faites au Bugey ou à Nogent, elles résultent bien davantage de choix orga- nisationnels similaires que de l'influence d'un facteur culturel. Le facteur culturel ne nous semble donc pas devoir être pris en considération comme facteur explicatif des comportements observés, au niveau où nous les avons observés. Ce qui ne dispense nullement de s'informer sur le contexte politique, social, économique dans lequel s'insère chaque unité.

Nous avons privilégié une explication d'ordre endogène : en effet, en

fonction des potentialités, des ressources et des contraintes de chaque

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organisation, et de chaque division du travail, les acteurs adoptent des stratégies de manière à répondre du mieux qu'ils peuvent aux problèmes qui leur sont posés. La variance que l'on a observée dans leurs compor- tements sera fonction des différences dans l'organisation du travail de chacune des centrales. Nous avons ainsi beaucoup mieux compris Bugey après avoir étudié Diablo Canyon, et pareillement la clef explicative du fonctionnement de Diablo Canyon nous a été donnée par North Anna.

Enfin, notre recherche démontre à nouveau si besoin était qu'il n'y a pas de déterminisme technologique sur l'organisation. Ce qui ne veut pas dire pour autant qu'il n'existe pas des similitudes dans l'organisation des activités à un niveau global, comme on le verra dans le chapitre 4.

C'est un résultat déjà amplement démontré (Alsène, 1990), qui ne néces- site pas que nous nous y attardions davantage. La « théorie de la conver- gence » a vécu (Form, 1976, 1979) !

ORGANISATION DE L'OUVRAGE

La méthode d'exposition répond à plusieurs objectifs, en apparence contradictoires. Le premier vise à donner au lecteur toutes les infor- mations permettant d'apprécier la différence de stratégies organisa- tionnelles employées par chaque site. Pour cela nous avons eu soin d'éla- borer pierre après pierre le cadre organisationnel au travers de la description des dispositifs en présence. Le deuxième objectif vise à pré- senter en coupe les quatre sites (ce qui revient à dire que nous n'avons pas fait le choix d'une présentation monographique, site après site). Ce mode de présentation permet d'établir en permanence la comparaison entre les quatre organisations. Enfin, on a cherché à respecter la chronologie du travail de maintenance. Il est en effet impossible de comprendre comment se passent les arrêts de tranche, ni d'en saisir les enjeux, si l'on ne sait pas comment sont organisées les activités en fonc- tionnement normal.

La première partie est consacrée à la présentation des principaux résul-

tats de la littérature sur le sujet. Le chapitre 1 est consacré aux princi-

paux résultats des théories sur les organisations à « haut risque ». Nous

en soulignerons les apports et les limites. Le second chapitre reprend les

principales articulations de la problématique de l'Autonomie et de la

Prescription, de manière à en détailler les fondements et à en dégager la

portée pour notre objet.

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La seconde partie de l'ouvrage est consacrée à la construction et à la comparaison progressive des différents cadres organisationnels au sein desquels les différents protagonistes vont évoluer. Dans le chapitre 3, on s est attaché à présenter les spécificités de l'univers nucléaire, concer- nant notamment le risque radiologique, obligeant à la mise en place de parades aussi bien physiques qu'administratives ou organisationnelles, qui visent à maîtriser le risque. Elles structurent fortement l'activité des acteurs. Dans le chapitre 4, on s'intéresse aux fondations organisation- nelles de chaque site. Ces informations sont indispensables à la com- préhension de ce qui se joue au moment d'un «arrêt de tranche ». Le chapitre 5 est consacré à la présentation des trois catégories d'acteurs, celle de l'exécution, celle de la prescription et celle de la supervision, impliquées dans un arrêt de tranche. Leur portrait est tracé avant le début de l'arrêt. Le décor est planté : nous disposons d'une scène diversement agencée selon les sites et de personnages, dont les rôles sont également diversement distribués, et dont les consignes de jeu sont plus ou moins détaillées. Dans le chapitre 6 enfin, nous assistons à la métamorphose des organisations du travail au moment de l'arrêt de tranche. Dans trois cas sur quatre, les transformations sont d'importance tout en prenant racine sur le terreau existant, décrit dans les chapitres précédents.

La troisième partie, articulée autour des chapitres 7 et 8, présentera le fonctionnement des arrêts de tranche, selon deux angles, celui des chantiers (chapitre 7) et celui des structures d'arrêt (chapitre 8), au tra- vers des stratégies et des solutions d'organisation inventées par les acteurs de l'arrêt. Nous verrons dans le chapitre 8 à quels problèmes tente de répondre la mise en place d'organisations temporaires, et par différence nous essaierons de formuler des hypothèses sur les raisons qui permet- tent à la centrale de Virginie de se passer d'une organisation temporaire.

Auparavant, nous aurons examiné le fonctionnement des chantiers. On analysera ainsi pourquoi une « stratégie de contournement » est employée au Bugey, et pourquoi à Diablo Canyon comme à North Anna, le suivi des procédures est possible, tandis que l'on s'interrogera également sur ce qui est en jeu sur les chantiers de Nogent, dont le fonctionnement s 'obscurcit sans pour autant conduire à une « stratégie de contourne- ment ».

Enfin dans une quatrième partie, on procédera à une évaluation du fonctionnement global et en perspective de chacune des organisations.

Dans le chapitre 9, nous évaluerons chacun des systèmes et essaierons

de dégager les implications sur les fonctionnements adoptés, en mon-

trant le caractère foncièrement dual de leur régulation. Tandis que dans

le chapitre 10, il nous appartiendra de tirer le bilan de nos résultats et

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de les confronter aux approches et théories exposées dans les chapitres 1 et 2 afin de les discuter.

REMERCIEMENTS

Ces lignes sont à la fois les plus faciles et les plus difficiles à écrire.

Faciles car lorsque l'on y pense c'est que l'on touche au but, et difficiles tant se mêlent les souvenirs, les discussions, les rencontres avec des per- sonnes de multiples horizons qui ont toutes contribué à plus d'un titre à ce livre, sans parler des lieux et des ambiances, magiques, étranges ou hostiles, dont les évocations défilent souvent devant les yeux. Que tous et toutes sans distinction soient ici une première fois remerciés.

Ce livre est issu de ma thèse de doctorat, réalisée au Centre de Socio- logie des Organisations et soutenue à l'Institut d'Études Politiques de Paris en décembre 1996. Les travaux de terrain proprement dits ont été réalisés sur quatre sites nucléaires en France et aux États-Unis entre 1991 et 1995. Je commencerai donc par les personnels des centrales (Bugey, Nogent, Diablo Canyon, North Anna) avec lesquels j'ai partagé de longues heures d'entretien. Qu'ils soient ici remerciés pour leur patience, leur ouverture d'esprit et leur gentillesse. Une mention toute particulière doit être faite pour les personnels de Diablo Canyon, qui ont non seulement dû répondre à mes questions mais également dû m'apprendre les rudi- ments de l'argot local sans lequel je n'aurais pas survécu. Je garde un souvenir particulièrement vivant de ma rencontre avec Rick Etzler, Bill Mac Lane, Bryant Giffin, à Diablo Canyon, avec Wayne Anthes et Greg Kane à North Anna, avec Yves Lecoanet au Bugey, avec Alain Keramsi et Claude Jeandron à Nogent.

Ce livre permet non seulement de boucler un certain nombre de dos-

siers (du moins provisoirement) et de gagner un peu de place (simple

naïveté?) mais il donne également l'occasion de rendre un hommage à

un certain nombre de personnes qui ont soutenu ce projet, à diverses

phases de sa gestation. A Berkeley, je remercie tout particulièrement mes

amis de l' Institute of Governmental Studies, à commencer par leur direc-

teur de l'époque Nelson Polsby, Eunice Baek, Terry Dean, Mark Levin,

Craig Thomas, Paul Schulman, également Chris Ansell, Suzanne Ryan

et Ulrike Hodges. Deux personnes ont plus que toutes autres contribué

à faire de mes années aux États-Unis une aventure intellectuelle et

humaine d'une grande richesse, il s'agit de Todd La Porte et Gene

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Rochlin, mes directeurs « d'adoption », qui ont su répondre de multiples façons à la quête qui m'animait en arrivant à Berkeley. Aujourd'hui encore ils m'aident à garder un cap, si cap il y a. A Paris, ma pensée va vers Werner Ackermann, mon directeur de thèse, qui m'a donné un cer- tain goût pour les chemins de traverse, un goût que j'avais préalablement contracté sans le savoir (ou presque !) auprès de Dominique Desjeux au sein du magistère en sciences sociales de l'université Paris-V, et que les conseils de Jean-Claude Thoenig, inoubliable président, concernant le

«own way» n'ont fait qu'aggraver. Je voudrais également remercier Claude Gilbert et Isabelle Bourdeaux, pour l'intérêt qu'ils portent à mes travaux au sein du programme Risques Collectifs et Situations de Crise du CNRS et pour une décisive suggestion dont ils ne manqueront pas de remarquer l'effet, Jacques Leplat pour ses conseils si précieux et Catherine Ballé pour ses recommandations attentionnées. Les idées qui sont présentées dans le livre ont fait l'objet de séminaires ou de discus- sions plus informelles avec des chercheurs, qui m'ont aidée à stabiliser ma pensée : je pense tout particulièrement à Jean Saglio, René Amal- berti, Alain Gras, Bernhard Wilpert, Andrew Hale, Alain Garrigou, Hubert Guillermain, Ghislaine Doniol-Shaw et Annie Thébaud-Mony et mes nouveaux collègues de l'université de Compiègne. Enfin, ma bourse d'allocataire de recherches n'aurait pas été suffisante sans le concours financier du Commissariat à l'Énergie Atomique (CEA), et tout particulièrement de l'Institut de Protection et de Sûreté Nucléaire (IPSN). Je remercie les responsables des études « facteur humain » André Oudiz, puis Pierre Boutin, ainsi que les membres de leurs équipes et en Particulier mon amie Geneviève Baumont, de leur disponibilité et de leurs encouragements. Je remercie également mes amis Fabienne Ankaoua, Antoine Blanchard, Bénédicte de La Brière, Didier Levy, Patrick Weil, Catherine Vilkas, Sophie Romana, Jacques Rougerie ainsi que ma famille.

Enfin, mais surtout, ma pensée va vers Marc à qui ce livre est entière-

ment dédié : il a rendu cette aventure possible en conservant intactes les

cider house rules.

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Les enseignements

des théories des organisations à « haut risque »

« Bienvenue dans le monde des technologies à haut risque.

Vous avez peut-être remarqué qu'elles se multiplient et vous n'aurez pas tort...la plupart de ces entreprises à risque pos- sèdent un potentiel catastrophique et la capacité d'ôter la vie à des centaines de personnes d'un seul coup, ou d'abréger et de paralyser les vies de milliers et de millions d'autres. La mauvaise nouvelle c'est que chaque année il existe de plus en plus de ces systèmes. » (Perrow, 1984, p. 3)

De nombreux chercheurs (Clarke, 1989 ; La Porte & Consolini, 1991 ; Perrow, 1984; Roberts, 1988 et 1993 ; Sagan, 1993) ont souligné l'accroissement du nombre d'organisations, dans des secteurs comme le nucléaire civil et militaire, la chimie, ou l'aviation, qui utilisent quoti- diennement des technologies à risque, dont les conséquences en cas d'erreur peuvent être dramatiques. Les risques inhérents à leur utilisa- tion sont une menace non seulement pour le public qu'elles servent mais également pour elles-mêmes, pouvant aller jusqu'à leur anéantissement.

Ils ont constaté que ces «risques technologiques majeurs» (Lagadec,

1981) sont de surcroît de plus en plus difficilement cernables et com-

préhensibles (Perrow, 1984; Gras, 1993). D'autres chercheurs ralliés

sous la bannière de la notion de «Macro Système Technique» remar-

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quent également qu'un nombre croissant d'activités est réalisé au sein des sociétés contemporaines à l'aide de réseaux d'organisations dirigeant et régulant des opérations complexes au moyen de technologies avan- cées (Gras, 1993 ; Hughes, 1983 ; Mayntz & Hughes, 1988).

Encore plus directement reliée au problème du risque et à l'origine moins reliée au problème des technologies avancées, une vaste littéra- ture sociologique a abordé des catégories de problèmes comme la per- ception individuelle et collective du risque, les conditions de l'accepta- bilité sociale du risque, la prise de risque délibérée, le traitement du risque au sein des groupes, au sein des organisations, ou encore ce que l'on appelle la construction sociale du risque (on pourra se référer aux travaux de Douglas & Wildavsky, 1982 ; Duclos, 1987, 1989, 1991 ; Le Breton, 1995 ; Nelkin & Brown, 1984). L'attrait de cette littérature réside dans son attention aux discours et aux pratiques des acteurs du risque. Para- doxalement, ce corpus de travaux très important ne nous apprend que relativement peu de choses sur le fonctionnement des organisations dites à « haut risque ». En effet, il apparaît que les acteurs du risque ne sont souvent envisagés que du strict point de vue de leur rapport au risque au détriment de l'étude proprement dite du fonctionnement des orga- nisations au sein desquelles ils opèrent. C'est principalement pour cette raison que ce livre ne puise que marginalement aux sources de ce que l'on regroupe habituellement sous le vocable de « sociologie du risque ».

L'étude de la sociologie du risque ne peut se passer d'une analyse du fonctionnement de ces organisations.

En revanche, il nous a semblé qu'une filiation fructueuse émergeait en partant des travaux sur la complexité des organisations bureaucra- tiques jusqu'aux travaux récents sur les « organisations hautement fiables », en passant par ceux associés à la théorie de l'« accident normal ».

En effet, la littérature sur la complexité organisationnelle fournit un

angle privilégié pour l'étude des organisations qui nous intéresse, per-

mettant de s'interroger sur ce qui apparaît comme l'une de leurs carac-

téristiques essentielles, à savoir la complexité de leur fonctionnement et

des interactions qui s'y nouent. Un brin de généalogie nous aidera donc

à mieux saisir l'originalité des travaux sur les organisations dites à « haut

risque ».

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1. LA COMPLEXITÉ DES ORGANISATIONS BUREAUCRATIQUES

Originellement, la notion de « complexité » s'applique d'abord et avant tout aux organisations bureaucratiques. Ce mot qui qualifie les régula- tions bureaucratiques est emblématique d'un ensemble de travaux et de recherches qui ont critiqué et mis à l'épreuve la vision weberienne d'une bureaucratie rationnelle (Crozier & Thoenig, 1975 ; Etzioni & Lehman,

1969 ; Etzioni, 1961 ; Landau, 1969 ; Perrow, 1986).

Dans cet esprit, Landau défendant l'administration américaine jugée trop tentaculaire et inefficace, forge en 1969 trois concepts restés fameux, celui de redundancy, de duplication et d ' Son intention est alors d attirer l'attention sur ce que certains critiques considèrent comme des poches d'inefficacité mais qui à la réflexion, selon lui, permet de fiabili- ser l'ensemble de l'organisation. La redondance, la duplication et le recou- vrement ne sont donc pas forcément à éliminer, mais plutôt à favoriser dans certains types d'organisations. C'est le cas, par exemple, lorsque le degré d'incertitude est élevé et les conséquences d'une action mal pré- parée importantes pour l'organisation et pour ceux qu'elle sert. L'éla- boration de ces trois concepts a servi de point de départ à des analyses faites sur des organisations, réclamant la mise en place de mécanismes de contrôle très particuliers.

Dans le prolongement des premières réflexions, Landau (1973) et

Weick (1977) ont cherché à identifier les conditions qui permettraient

aux organisations complexes, auxquelles appartiennent les bureaucraties,

de surmonter les dysfonctionnements dont on les accuse, à juste titre le

plus souvent (impossibilité de se réformer, manque de flexibilité, manque

d 'anticipation...). Pour Landau, un manque de contrôle et une incapa-

cité à organiser une véritable critique interne sont trop souvent le lot des

systèmes bureaucratiques. Cependant, il indique que l'incapacité des

bureaucraties à se réformer n'est pas inéluctable, critiquant sur ce point

Crozier (Landau, 1973, p. 534). Pour Landau, il est crucial de replacer

la connaissance à la base de la légitimité de ces systèmes, c'est-à-dire qu'il

faut qu'en permanence les membres de ces organisations puissent enri-

chir, tester et critiquer les connaissances sur lesquelles sont fondées leurs

décisions de façon à prendre en compte au mieux toutes les zones

d ombre et d'incertitudes structurellement inévitables. Landau forge

alors le concept de la Self Correcting Organization capable de réactuali-

ser et d'enrichir en permanence le stock de connaissances sur lequel ses

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