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LE MOIS HYDRO-ÉLECTRIQUE : ACADÉMIE DES SCIENCES Sur le gouffre des Corbeaux et la Fontestorbes

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Academic year: 2022

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(1)

P o u r d e s t e n s i o n s d é p a s s a n t 5.000 v o l t s , cette m a i s o n e m p l o i e d e s p a r a f o u d r e s à c o r n e s o r d i n a i r e s , a v e c u n e r é - s i s t a n c e o h m i q u e e n s é r i e a v e c la terre. Cette r é s i s t a n c e s§

c o m p o s e d'un r é c i p i e n t e n a r g i l e , rempli d ' e a u a d d i t i o n n é e de s u b l i m é . Ce r é c i p i e n t doit être i s o l é .

L a l i g n e v e n a n t du parafoudr^e, de m ê m e q u e l e fil a l l a n t à la t e r r e , s o n t c o n n e c t é s a u x c o u v e r c l e s m é t a l l i q u e s d u récipient. A c h a q u e c o u v e r c l e e s t fixé u n e s o r t e de r e s s o r t en s p i r a l e , bon c o n d u c t e u r , d i r i g é v e r s l'intérieur, et p l o n - g e a n t d a n s l'eau.

L a S o c i é t é Aiioth c o n s t r u i t é g a l e m e n t l e s p a r a f o u d r e s W ù r t s ; c e u x - c i s o n t c o n s t i t u é s d'une s é r i e de r o u l e a u x m é - t a l l i q u e s s é p a r é s par d e s i n t e r v a l l e s d e q u e l q u e s m i l l i m è - t r e s et m o n t é s s u r u n s o c l e en p o r c e l a i n e . S u i v a n t l a t e n - s i o n , on l e s g r o u p e en s é r i e en u n c e r t a i n n o m b r e d e r o u - l e a u x . U n e r é s i s t a n c e o h m i q u e , c o m p o s é e de b â t o n s e n g r a - phite, e s t m i s e e n s é r i e a v e c l e s r o u l e a u x ( r o u l e a u x e n m é t a l dont l e s v a p e u r s n e s o n t p a s c o n d u c t r i c e s ) .

U n é l é m e n t n o r m a l surfit p o u r u n e différence d e p o t e n t i e l à la terre de 3 . 0 0 0 v o l t s . Il e n faut 3 p o u r 8.000 v o l t s et 6 p o u r 14.000 v o l t s .

P o u r éviter l e s s u r é l é v a t i o n s de t e n s i o n q u i s e p r o d u i s e n t d a n s u n r é s e a u à h a u t e t e n s i o n , o n e m p l o i e u n e m i s e à la terre qui est reliée d'une m a n i è r e p e r m a n e n t e a v e c la l i g n e . A cet effet, on e m p l o i e u n c o u r a n t d'eau q u e Ton réduit à s o n m i n i m u m p o u r é v i t e r u n e trop g r a n d e perte de c o u r a n t .

L e s e x p é r i e n c e s faites par la S o c i é t é Alioth o n t d é m o n t r é q u ' u n e r é s i s t a n c e d'eau, p o u r p a s s a g e c o n s t a n t de u n di- z i è m e d ' a m p è r e e n v i r o n , e s t a s s e z s e n s i b l e p o u r p r o t é g e r la l i g n e c o n t r e u n e s u r é l é v a t i o n d a n g e r e u s e de t e n s i o n .

mm m

P o u r la p r o t e c t i o n c o m p l è t e c o n t r e l a foudre, la S o c i é t é Alioth p r é c o n i s e le d i s p o s i t i f s u i v a n t , qui e s t s c h é m a t i - q u e m e n t r e p r é s e n t é p a r la figure 2 ci-jointe, et s u r l a q u e l l e

«, 6, c, d é s i g n e n t l e s trois c o n d u c t e u r s a é r i e n s c o r r e s p o n - d a n t a u x t r o i s p h a s e s . A, A, A s o n t l e s p a r a f o u d r e s à l e v i e r a v e c l e u r s i n t e r r u p t e u r s Jd,L2 et J3; B,B,B s o n t d e s t a m b o u r s deZapf i s o l é s d u sol» a v e c e n v i r o n 10 m è t r e s de c â b l e à i s o - l a t i o n p l u s faible, d o n t la g a i n e e s t m i s e à l a terre. Le t a m - b o u r f o n c t i o n n e c o m m e u n e b o b i n e de s e l f - i n d u c t i o n , et par s o n i s o l a t i o n plutôt d é f e c t u e u s e e s t d e s t i n é à d é v i e r v e r s la terre l e s d é c h a r g e s qui a r r i v e r a i e n t j u s q u ' à lui. A p r è s c h a - q u e d é c h a r g e , le t a m b o u r e n d o m m a g é e s t à r e m p l a c e r par u n a u t r e i n d e m n e .

C d é s i g n e u n p a r a f o u d r e à e a u c o n t i n u e l l e m e n t à la terre, c o m m e il est d é c r i t p l u s h a u t , afin d e r e n d r e i n o f f e n s i v e toute s u r é l é v a t i o n de t e n s i o n qui pourrait e n c o r e s e p r é s e n - t e r d a n s l a l i g n e , la c o n d u i t e d'eau e l l e - m ê m e c o n s t i t u a n t l a m i s e à l a terre.

Enfin D , D ^ D s o n t l e s a p p a r e i l s à r o u l e a u x i n s t a l l é s c o m m e é q u i l i b r e u r s de t e n s i o n e n t r e l e s p h a s e s ; l e s é l é m e n t s D * s o n t c o n n e c t é s v e r s l a terre, d e f a ç o n qu'il y ait d e u x é l é - m e n t s entre d e u x p h a s e s q u e l c o n q u e s , a i n s i qu'entre c h a - q u e p h a s e et l a terre. Ces é q u i l i b r e u r s de t e n s i o n d o i v e n t être p o u r v u s de fils d e terre s p é c i a u x .

ÜE JVfOIS flYDHO-ÉLECTRIQUE

A C A D É M I E D E S S C I E N C E S

Sur le gouffre des Corbeaux et la Fontestorbes ( A r i è g e ) . — N o t e de M . E . - A , M A R T E L , séance du 1 6 juillet 1 9 0 9 .

D'après les indications, et en compagnie de M. Maugard (du lycée de Foix), j'ai visité avant hier, i3 juillet, dans la forêt de Bélesta (entre Lavelanet et Quillan, Ariège), le gouffre des Corbeaux, réputé insondable, et où un essai de descente avait échoué en 1 9 0 6 . A 85o m.

d'altitude, il s'ouvre en plein bois, dans des roches crétacées u r g o - niennes très fissurées; le vaste^orifice, ovale, mesure environ 60 m . de diamètre. C'est un abîme à la fois d'absorption et d'effondrement.

La profondeur totale atreint environ 1 1 0 m.; peu de gouffres de cette dimension sont d'un accès relativement aussi aisé : S2 m. d'échelles de cordes suffisent pour atteindre le sommet d'un éboulis long de plus de i5o m,; incliné à 4 5 ° , et formé par l'effondrement partiel d une voûte de caverne qui constitue la portion inférieure du gouffre.

Cette caverne, qui s'élargit jusqu'à près de 40 ou 5ô m . au fond, est obstruée à 1 1 0 m. sous terre par les blocs d'effondrement. A ses deux extrémité, deux petits réduits, au sol d'argile, et aux fissures i m p é n é - trables à l'homme, témoignent, ^avec les bois flottés abondants, du passage fréquent de l'eau courante.

Après les pluies, il y a là, certainement, Tune des veines liquides qui concourent à l'alimentation de la fameuse source (?) de Fontes- torbes {intermittente pendant trois mois de l'année, d'août à octobre);

celfe-ci n'est qu'à 2.5 kms à l'ouest du gouffre des Corbeaux, et 245 m. plus bas que son fonds. La communication, au moins tempo- raire, subordonnée au jeu des précipitations atmosphériques, et par conséquent des infiltrations, est évidente ; toute la région calcaire des forets de Bélesta, St-Colombe, Puivert, Picaussel, etc , est criblée d'entonnoirs (entournadous), fissures, points d'absoption (il y a un gouîlre du Bareng, près Belois, etc.), qui forment le bassin alimentaire de Fontestorbes. Or, celle-ci est, d'une part, captée (trop sommairement d'ailleurs) pour l'alimentation, de la commune de Béiesta; d'autre part, le gouffre des Corbeaux Cet sans doute aussi tous les entournadous) continue, malgré la loi du i 5 février 1 9 0 2 , à servir de charnier pour les bêtes mortes des hameaux environnants.

Toute la descente (d'aspect grandiose) du talus du gouffre s'opère sur un magma répugnant d'ossements nauséabonds, de charognes (le mot doit être écrit) récentes, et de gras de cadavres. C'est pire que tout ce que j'ai pu trouver en 1889 à Padirac, en 1892 à La Berrie (Lot), en 1899 au scialet Félix (Vercors), et partout ailleurs où les gouffres, tributaires des sources, servent de dépotoirs. Au moindre orage, les eaux infiltrées convoient tous ces résidus vers Fontes- torbes. De filtrage naturel il ne saurait être question, à cause du fissurage^des calcaires crétacés de la région, diaclasés,. contournés, failles même en tous sens.

Ainsi, les Pyrénées possèdent, comme lés Causses, le Jura, les Alpes, leurs gouffres profonds et contaminateurs, distillant aux soi- disant sources les bouillons de ptomaïnes.

Malgré ses arrêtés régulièrement pris, le maire de Bélesta, très conscient du danger, ne peut faire respecter l'article 28 de la loi de

1902 ; les gardts forestiers sont désarmés contre les jets nocturnes, au fond du gouffre des Corbeaux, de bêtes mortes. On nra affirmé que, il y a quelques années, des chevaux atteints de morve y furent précipités^ vivants à grands coups de fouet. Ce sont leurs dépouilles que j'y ai retrouvées. Sur ce charnier essaiment des légions d e . mouches venimeuses, charbonneuses aussi, comme dans les gouffres de Vaucluse, J'en ai fui, le plus rapidement possible, aussitôt mes observations terminées, le dangereux voisinage qui peut, dans les métairies avoisinantes, propager mainte épizootie ressortant du gouffre où l'on a cru Lenîouir.

^ Voilà ce que notre empirisme constate dans les montagnes de France en la septième année du vingtième siècle!

C H I M I E E T É L E C T R O C H I M I E

Action de l'étincelle électrique sur le mélange azote-oxygène aux basses températures. — N o t e de M M . E . B R I N E R et E . D U R A N D , séance d u 2 2 juillet 1 9 0 7 .

Dans une note antérieure (1), on trouvera décrit un dispositif chaud- froid, basé sur l'emploi des basses températures et destiné à l'étude d e l à formation de-l'ammoniaque à partir de ses éléments. Ce dispo- sitif permet de mettre d'une façon commode l'action synthétique de l'étincelle électrique, toutes les'fois que le corps produit a un point d'ébullition notablement supérieur à ceux de ses constituants; dans

1 (i) B r i n e r et Mettler, Comptes rendus, t. C X L I V , 1967, p. 6 9 4 ; et aussi La Houille Blanche de mai 1907, p. 1 1 8 . -

Article published by SHF and available athttp://www.shf-lhb.orgorhttp://dx.doi.org/10.1051/lhb/1907053

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ce cas, il se condensera au fur et à. mesure de sa formation, sur les parois refroidies du tube--laboratoire, et échappera ainsi à l'action destructive de l'étincelle.

Nous avons appliqué ce dispositif à l'étude du mélange azote- oxygène qui satisfait à cette condition. Comme dans le travail précité, auquel nous renvoyons pour les détails de mesures et de calculs, les quantités d'azote fixées se déduisent des dénivellations manométriques, et sont rapportées à l'énergie électrique consommée.

Nos recherches ont porté sur les trois mélanges :

4A z2 + 02( a i r ) , Az2 + Û2, Az2 + 2 02.

Les deux derniers mélanges ont été préparés en ajoutant de Poxygène à l'air. Nous avons tout d'abord étudié sur l'air les concen- trations limites atteintes par le peroxyde AzO"2 formé; le tube- laboratoire était successivement maintenu à la température ordinaire, à la température du mélange acide carbonique solide-éther (environ

— 8oo)7 et à là température de Pair liquide (environ — 1 9 00) . Les concentrations limites observées à ces trois températures sont : 5 à 6, 12 à 1 5, 20 pour 1 0 0 ; cette dernière concentration correspond à une fixation presque totale de l'oxygène,

Pour déterminer l'influence de la composition du mélange et de la pression sur le rendement, les expériences ont été effectuées seulement à la température de Pair liquide. Les dénivellations du manomètre ont été relevées alors que le tube-laboratoire restait plongé dans Pair liquide; de cette façon, on évite toute correction concernant les proportions difficiles à déterminer, relatives aux composés Az204 et AzO2 formés; et l'on préserve en même temps le mercure du manomètre de toute attaque par les oxydes d'azote.

Dans ces conditions, le peroxyde d'azote, qui se dépose sous forme d'un-solide blanc, n'a pas de'tension de vapeur appréciable, et la teneur x (en pour 100) du mélange calculée en AzO2 est donnée par la relation :

où p et p ' sont respectivement les pressions initiale et finale du mélange.

Le corps qui se condense au cours de Popération est presque exclusivement du peroxyde d'azote, car, si Ton part d'un mélange répondant exactement à la formule Az2 -f- 2O2, on arrive, après un certain temps, à produire le vide dans le tube-laboratoire. Cependant, dans les régions les plus rapprochées des électrodes, nous avons remarqué, quel que soit le mélange gazeux employé, une tache bleu foncé qui se résout en une gouttelette bleue lorsqu'on laisse le tube- laboratoire revenir à îa température ordinaire. La proportion de ce corps bleu, qui ne peut être que de l'oxyde Az203, est certainement extrêmement faible, car, en immergeant de nouveau îe tube dans Pair liquide, les produits condensés sont à peine teintés en bleu et la pression reprend à peu de chose près sa valeur primitive.

Dans nos expériences, la fixation de Pazote aurait donc lieu, conformément au processus généralement admis, de la manière suivante : dans les régions très chaudes, formation de AzO, seul oxyde d'azote stable aux températures élevées; dans les régions plus froides, oxydation de ce corps en Az203, puis en AzO2 (Az504J, qui se condense sur les parois de Pappareil; le corps bleu représentant une traction minime de AzW ayant échappé à l'oxydation ultérieure.

Voici les rendements obtenus en opérant sur les trois mélanges dans des conditions absolument identiques :

Composition des mélanges. 4 A z2+ 02; Az2 -f 02; Az'2 -f- 2O2 Rendement en gramme de

AzO2 par kilowatt-heure. o,55 0,77 o,5o

Le rendement le plus avantageux correspond au mélange Az2 + 02, ce cjui est d'accord avec les prévisions théoriques déjà plusieurs fois vérifiées, et d'après lesquelles Pazote est fixé tout d'abord à Pétat de AzO.

Dans une seconde série d'expériences effectuées avec un autre tube-laboratoire^ sur le mélange (Az2 -f- 2O2), nous avons déterminé les rendements à différentes pressions : de la pression de 460 mm à la pression de 2 1 7 mm, le rendement oscille entre o,8 et 0,6 g. de AzO2 par kw-h ; aux faibles pressions, comme pour la formation de l'ammoniaque, le rendement s'élève notablement entre les pres- sions de 1,45 à 4 m m ; il atteint alors une valeur moyenne de i,45 gramme.

En comparant les quantités d'azote fixées dans des conditions identiques, à Pétat de AzO2 et à Pétat de A z H3 dans les expériences citées plus haut, on constate que la fixation de Pazote à Pétat d oxyde donne de meilleurs rendements. Cela tient, sans doute, à ce que l'ammoniaque est moins stable aux températures élevées que Poxyde d azote; néanmoins, il semble naturel d'attribuer une commune origine à ces deux modes de fixation de l'azote, soit : dissociation des molécules Az2, 02, H2 en leurs atomes, et recombinaison â Pétat de AzO ou de A z H3; Poxyde AzO échappant mieux à la destruction que le gaz^AzH3. îl serait difficile d'expliquer autrement ia genèse, dans les mêmes conditions, d'un composé exothermique tel que AzfP et d'un composé endothermîque tel que AzO.

I N V E N T I O N S N O U V E L L E S

Système électrique pour supprimer la tension sur une ligne aérienne en c a s de rupture ou pour une cause analogue, — Brevet n° 3 6 1 . 5 1 2 . S O C I É T É D ' E L E C T R I C I T É DE P A R I S . [ 2 6 mai

1 9 0 5 .

L'invention consiste en un système électrique mettant automati- quement ' hors circuit un tronçon déterminé de ligne électrique aérienne, dans le cas où un des conducteurs constituant cette dernière vient à se rompre, ou même simplement à se détacher d'un des points de suspension dudit tronçon. Ce système a pour objet de rendre inoffensifs les brins du conducteur pendant à la suite de sa rupture, ou la partie du conducteur qui se trouve abandonnée à elle-même après avoir quitté son ou ses supports.

Dans la description qui va suivre on se référera au dessin ci-annexé.

Sur ce dessin : La figure 1 représente schématiquement, à titre d'exemple, l'application du système à une ligne aérienne destinée à Palimentation de tramways, et utilisant les rails de roulement comme conducteurs de retour, La fig. 2 est une vue analogue, montrant le fonctionnement du système.

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Le conducteur aérien A est divisé en tronçon a1, rt2, a3, etc., isolés électriquement les uns des autres par des isolateurs convenables b.

Chaque tronçon est alimenté par un fil c1, c2, etc., qui le relie à un feeder D qui, dans certains cas, pourrait être constitué par un tronçon voisin. Sur chaque fil c\ c2, e t c . , est disposé un interrupteur de section e1, e'2, etc , agissant en combinaison avec un appareil de mise hors circuit F1, F2, etc. Le conducteur aérien A est suspendu à des isolateurs faisant partie d'un appareil de contact G.

Le système est complété par une ligne auxiliaire comprenant un conducteur électrique également divisé en tronçons A1, A2, A3, e t c . , isolés les uns des autres, qui correspondent aux tronçons de îa ligne aérienne A, et qui peuvent être suspendus aux mêmes supports.

Chacun des tronçons A1, A3, h3, etc., réunit les différents appareils de contact G de la partie correspondante a\ a2, a3, etc., du conducteur A à Pappareil de mise hors circuit qui dessert cette partie, et relie en outre cet appareil F1, F2, etc., aux rails de roulement ou conducteur de retour ï, ou bien, au besoin, à un conducteur de retour spécial.

Chacun des appareils de contact G comprend une partie fixe, et une partie mobile articulée sur cette dernière.

La partie fixe est constituée par une sorte de bâti /, de forme essentiellement variable, permettant de fixer Pappareil sur la console, la traverse ou le poteau servant de support à la ligne aérienne. Ce b â t i ; est pourvu d'éléments de contact reliés électriquement au tronçon A1, h%, A3, etc., de la ligne auxiliaire qui lui correspond, et d'un arbre / recevant la partie mobile de Pappareil G. Cette partie comporte une barre m mobile autour de l'axe / dont elle est isolée électriquement; ses extrémités sont terminées par des contacts et elle est solidaire (ou commandée d'une manière quelconque) d'une tige n à laquelle est attaché en p le conducteur A.

Les appareils de mise hors circuit F*, F2, etc., ou appareils inter- rupteurs automatiques spéciaux, se composent tous d'un interrup- teur e1, e~} etc., qu'un ressort tend constamment à ouvrir, et^ qu'un cliquet', un butoir, ou tout autre dispositif convenable, peut maintenir fermé, et d u n e bobine o disposée sur chaque tronçon A1, A2, A3, e t c . , de la ligne auxiliaire. Lorqu'une bobine 0 est excitée, elle détermine le déclenchement de l'interrupteur e\ e*, etc., correspondant qui s'ouvre sous Paction de son ressort.

En temps normal, les diverses parties constitutives du système occupent la position indiquée sur la figure 1 du dessin. Les inter- rupteurs ei, é-, e t c . , sont enclenchés, c'est-à-dire fermés, et le conducteur A maintient Paxe de symétrie de la partie mobile des

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appareils G sensiblement vertical. Tous les tronçons de la ligne a1, a2, a3, sont alimentés de courant par les fils c1, c2, etc.

Supposons maintenant que le conducteur A se rompe en X dans le tronçon a2. Les brins libres de ce conducteur agissant sur la partie mobile des appareils G adjacents détermineront un déplacement de la barre m, comme il est indiqué fig. 2 pour le cas simple où la partie mobile ne peut que tourner autour d'un point de la partie fixe, et un des éléments de contact g[ viendra s'appuyer sur l'élément fixe g correspondant. A ce moment, le courant venant du feeder D parcourt le tronçon de ligne auxiliaire As et traverse la bobine correspondante o avant d'arriver au conducteur de retour I. La bobine 0 déclenche l'interrupteur e2, mettant ainsi hors circuit le tronçon du conduc- teur A, puisque ledit interrupteur <?2 sollicité par son ressort ne laisse plus passer dans le fil c2 le courant venant du feeder D.

Grâce à ce système, aucun accident n'est à craindre, non seule- ment sur la ligne, mais encore au centre de distribution de courant, ce qui est essentiel, et on peut procéder immédiatement à la réparation d u . tronçon de l i g n e s2, sans que pendant ce temps les autres tronçons a1, a3, etc., cessent d'être alimentés de courant,

La réparation terminée, on enclenche à la main l'interrupteur e2e t la portion de ligne aâ peut être remise en service. On comprend que l'enclenchement de l'interrupteur e2 n'est possible que si la bobine o n'est plus en circuit, c'est-à-dire si les éléments de contact g, gx occupent tous leur position normale (fig^ 1).

Le fonctionnement du système serait le même en cas de simple décrochage d'une portion du conducteur A. La partie, détachée agirait sur deux appareils G qui établiraient des contacts g \ g1 et détermineraient le fonctionnement de la bobine 0, et par suite le déclenchement de l'interrupteur correspondant.

Dans la description qui précède, on a supposé que le système était appliqué à une ligne aérienne pour tramways à un seul fil avec retour par les rails, mais il est évident qu'il serait applicable à une ligne aérienne quelconque, à courant continu ou à courant alternatif, avec un nombre variable de conducteurs, et cela par de simples modifications de' détail dans l'agencement général, et dans la construction de façon à obtenir toujours le même résultat, c'est-à-dire que la rupture ou le décrochage, d'un fil de ligne provoque automa- tiquement le passage du courant dans une bobine placée dans un circuit intermédiaire, cette bobine ouvrant alors un interrupteur simple ou multiple qui coupe l'alimentation du ou des fils de ligne appartenant au tronçon dans lequel l'accident est arrivé.

Il est intéressant de remarquer que chaque appareil de mise hors service F1, F2, etc., est analogue à un interrupteur automatique à maximum (par exemple) dans lequel la bobine en série, ou ampéro- métrique, est remplacée par une bobine en dérivation ou voltomé- trique. D'ailleurs, il serait possible d'agencer ces appareils F1, Fs, etc., de façon à ce qu'ils puissent être simultanément interrupteurs à maximum et de sécurité {appareil de mise hors circuit) par la juxtaposition de deux bobines, l'une en série, et l'autre en déri- vation.

On pourrait également juxtaposer sur les appareils F1, F2, etc., deux bobines en dérivation, de façon à les utiliser simultanément comme interrupteurs de sécurité (appareil de mise hors circuit) et comme interrupteurs commandés à distance.

Le soufflage magnétique peut être utilisé dans ces appareils de la manière ordinaire.

Là bobine de déclenchement 0 peut être dépourvue de noyau magnétique ou bien présenter un noyau magnétique fixe, mobile ou fixe, massif ou feuilleté. Elle peut être accompagnée d'une résistance auxiliaire, indiquée en pointillé en r sur le dessin, de nature quel- conque, pour obtenir un réglage et un bon fonctionnement du système.

Dans le cas de courant à haute tension, l'alimentation de la bobine de déclenchement se fera de préférence à l'aide d'un transformateur, et un conducteur spécial pourra servir de retour commun à plusieurs phases.

En ce qui concerne les appareils de contact G, on a indiqué ci- dessus, à titre d'exemple, que la partie mobile pivotait autour d'un axe porté par la partie fixe. Mais, dans la pratique, les deux parties pourront recevoir toute autre forme désirable pour répondre conve- nablement aux besoins. Le mouvement de la partie mobile, par rapport à la partie fixe, pourra être de rotation ou de translation, ou une combinaison des deux. Il pourra être obtenu au moyen de une ou deux articulations, de une ou deux glissières, ou de tous autres organes mécaniques quelconques opportunément combinés.

Grâce au système décrit qui utilise la tension fournie par le tronçon de ligne principale sur lequel on désire la supprimer, pour faire fonctionner la bobine de déclenchement, non seulement le courant cesse de passer dans cette dernière aussitôt que le résultat cherché est obtenu, mais de plus il est impossible d'enclencher à la main l'interrupteur qui a fonctionné si, pour une raison quelconque, le tronçon de conducteur avarié possède encore une certaine tension.

RÉSUMÉ. — Système électrique supprimant la tension sur une ligne .aérienne en cas de rupture ou pour toute outre cause analogue, sans déranger si peu que ce soit le fonctionnement des centres de distri- bution de courant, consistant : à diviser le ou les conducteurs aériens en tronçons isolés les uns des autres et alimentés par un ou des feeders; et à disposer, dérivés de ces tronçons, des contacs qui, lors de l'accident, font passer le courant de ligne dans une ligne auxi-

liaire également divisée en tronçons, chacun de ces derniers, relié à un conducteur de retour, étant pourvu d'une bobine ayant pour effet de déterminer l'ouverture d'un interrupteur, simple ou multiple, disposé sur le ou les fils reliant ou les feeders au ou aux conduc- teurs de la ligne aérienne.

INFORMATIONS D I V E R S E S

Projet de création à Grenoble d'un laboratoire hydraulique d'essais de turbines

L'Assemblée générale de la Chambré syndicale des Forces hydrauliques,de TElectroméiallurgie, de l'Electrochimie, et des industries qui s'y rattachent, tenue à Clefmont-Ferrand, le 6 juillet dernier, a adopté une résolution ainsi c o n ç u e :

<( L'Assemblée, considérant l'intérêt qu'il y â pour les i n d u s - tries des forces hydrauliques à ce qu'une station de turbines soit créée, et considérant que les conditions nécessaires à la création de cette station se trouvent précisément réunies à Gre- noble, émet le v œ u qu'un laboratoire hydraulique d'essais de turbines soit créé auprès de l'Institut d'électrotechnie de Gre- noble, et décide qu'une démarche sera faite dans ce but auprès du Président de la Chambre de commerce de Grenoble et auprès des P o u v o i r s publics ».

Conformément à cette résolution, le Président de la Chambre syndicale a adressé, le 24 juillet, à M. le Président d e l à Cham- bre de commerce de Grenoble, la lettre suivante :

MONSIEUR LE PRÉSIDENT,

« Depuis un certain nombre d'années, l'application de la force motrice hydraulique a pris une extension considérable, à tel point que des questions analogues à celles soulevées depuis longtemps par les machines à vapeur se présentent actuellement pour les moteurs hydrauliques. E n dehors des études relatives à la propagation des coups de béliers dans les conduites, et à la modalité des écoulements de colonnes liquides dans ces c o n - duites, questions qui ont préoccupé plus particulièrement jus- qu^ici la C o m m i s s i o n « des essais des turbines » de notre Chambre syndicale, d'autres, beaucoup plus importantes, n'ont été qu^effleurées ou même n'ont donné lieu à aucune épreuve et à aucune étude pratique.

« Au nombre de ces dernières questions, il faut citer celle, de toute première importance, de la détermination des rende- ments des turbines, détermination qui, présentement, n'est ob- tenue qu'avec une extrême difficulté. Le problème est très com- plexe, il a déjà motivé en Amérique la création d'une station d'essais de turbines analogue aux laboratoires existant déjà pour les génératrices et les moteurs électriques.

ce La France, qui est actuellement le pays d'Europe où les installations hydro-électriques sont les plus nombreuses et les plus importantes, ne possède aucune station d'essais, malgré les unanimes réclamations des industriels utilisant la force motrice hydraulique. Cette création est indispensable pour apprécier sainement et exactement le matériel fourni par les construc- teurs ; elle satisfera également ceux-ci, au moins en ce qui c o n - cerne la construction française dont le matériel, généralement excellent, a été trop souvent systématiquement déprécié pour faire place à un matériel étranger, soi-disant parfait, introduit en France avec des garanties de rendement douteuses, et en tous cas invérifiables.

« Cette question a préoccupe au plus haut point la Chambre syndicale des Forces hydrauliques, de l'Electro-Chimie, de TElectro-Métallurgie, et des industries qui s'y rattachent, et a déjà donné lieu à une série d'études préliminaires.

« Le choix de la ville dans laquelle devrait être créé et installé ce laboratoire d'essais suppose la réalisation d'un certain n o m - bre de conditions très délicates; abondance d'eau et d^énergie électrique dans le voisinage de la station même, proximité d'un laboratoire électrotechnique très bien outillé pour certains essais motivant l'emploi simultané des mesures électriques et des me- sures hydrauliques, enfin, proximité d'installations hydro- électriques industrielles, de hauteurs de chutes et de débits les plus variés possibles. Il à donc semblé à la.Chambre syndicale, assurée de traduire en cela l'opinion très nette de ses adhérents, que nulle ville autre que Grenoble ne pouvait répondre aux d e - siderata si divers énoncés plus haut.

(4)

/< D a n s n o t r e Assemblée g é n é r a l e a n n u e l l e , t e n u e le 6 j u i l - let 1 9 0 7 , à C l e r m o n t - F e r r a n d , u n v œ u t e n d a n t à la création d ' u n l a b o r a t o i r e d'essais h y d r a u l i q u e s à G r e n o b l e a été présenté et a d o p t é à l ' u n a n i m i t é . La s o l u t i o n la meilleure p o u r la réalisa- tion de ce v œ u serait c e r t a i n e m e n t de mettre à profit, suivant des c o n d i t i o n s à d é t e r m i n e r , la r é i n s t a l l a t i o n de l'Institut élec- t r o - t e c h n i q u e de G r e n o b l e dans les t e r r a i n s si g é n é r e u s e m e n t mis à sa d i s p o s i t i o n p a r v o u s ; d ' a u t r e p a r t , M . B a r b i l l o n , d i - r e c t e u r de l ' I n s t i t u t , q u i assistait à n o t r e Assemblée g é n é r a l e , n ô j s y a a s s u r é , u n e fois de p l u s , de son entier c o n c o u r s p o u r l ' œ u v r e p r o j e t é e .

(( L'extension q u e va p r e n d r e c e r t a i n e m e n t l ' I n s t i t u t , ainsi q u e le d é v e l o p p e m e n t q u i y sera d o n n é aux études et aux r e c h e r - ches h y d r a u l i q u e s , c o n s t i t u e n t u n e précieuse garantie de succès p o u r la c r é a t i o n q u e n o u s a v o n s en vue. Enfin, un certain n o m - bre d ' i n d u s t r i e s , d i r e c t e m e n t intéressées par ces projets, n o u s ont déjà manifesté l ' i n t e n t i o n de coopérer m a t é r i e l l e m e n t à leur r é a l i s a t i o n . N o u s a v o n s d o n c estimé q u ' i l c o n v e n a i t de saisir i m m é d i a t e m e n t v o t r e C o m p a g n i e desdits projets, et, en sollici- t a n t son c o n c o u r s , de l'inviter à bien v o u l o i r se j o i n d r e à n o u s p o u r étudier u n p r o b l è m e d ' u n e très g r a n d e i m p o r t a n c e i n d u s - trielle g é n é r a l e , et d ' u n intérêt considérable p o u r G r e n o b l e m ê m e , votre ville étant u n centre très actif de c o n s t r u c t e u r s et d ' i n s t a l l a t e u r s h y d r a u l i q u e s .

Veuillez agréer, M o n s i e u r le P r é s i d e n t , l ' a s s u r a n c e de n o t r e h a u t e c o n s i d é r a t i o n ».

Le Président, CORDIER.

P a r u n e lettre en date du 23 a o û t , M . le P r é s i d e n t de la C h a m b r e de c o m m e r c e de G r e n o b l e a fait c o n n a î t r e au Prési- d e n t de la C h a m b r e s y n d i c a l e des Forces h y d r a u l i q u e s q u e la C h a m b r e de c o m m e r c e , saisie par lui de la q u e s t i o n , avait pris u n e d é l i b é r a t i o n d ' a p r è s l a q u e l l e elle c o n s i d è r e cet é t a b l i s s e - m e n t c o m m e d e v a n t avoir, u n e très g r a n d e i m p o r t a n c e i n d u s - trielle générale, et u n intérêt c o n s i d é r a b l e p o u r la région de G r e n o b l e , et q u ' e l l e était h e u r e u s e de d o n n e r son a p p u i m o r a l à ce projet, et p r o m e t t a i t tout son c o n c o u r s p o u r l'étude de l'installation r a p i d e du l a b o r a t o i r e d o n t il s'agit.

Les Inondations d a n s le Midi de la France

La c a m p a g n e infatigable, q u e forestiers et h y d r a u l i c i e n s m è n e n t d e p u i s si l o n g t e m p s en faveur du r e b o i s e m e n t , va-t-elle finir par p o r t e r ses f r u i t s , en faisant c o m p r e n d r e aux masses p o p u l a i r e s -— à l ' é l e c t e u r s o u v e r a i n ! — q u e l l e est la cause des d é b o r d e m e n t s de c e r t a i n s c o u r s d'eau? Il semble q u e o u i . N o u s d é c o u p o n s , en effet, la n o t e s u i v a n t e d a n s un quotidien du s u d - ouest, à p r o p o s des désastres causés par les i n o n d a t i o n s du Midi de la F r a n c e .

<r Le désastre é p o u v a n t a b l e qui vient de désoler le M i d i , est u n e d é m o n s t r a t i o n éclatante de l'action néfaste des déboise- m e n t s . Les r é g i o n s i n o n d é e s , qui c o n t i e n n e n t les p l u s beaux vignobles de l ' H é r a u l t , P a u i h a n , L é z i g n a n , P é z e n a s , A d i s s a n , B e s s a n , Belarga, A g d e sont traversées par de petits fleuves aux crues s o u r n o i s e s et f o u d r o y a n t e s , l ' H é r a u l t , le L i b r o n , le V i d o u r l e . Ces r i v i è r e s , qui descendent des C é v e n n e s sur des pentes r a p i d e s , déboisées, d a n s des lits encaissés, s o n t c o u t u - inières de s e m b l a b l e s ravages. Mais il faut r e m o n t e r à 1 8 5 8 p o u r t r o u v e r u n e i n o n d a t i o n aussi t e r r i b l e . Celle de 1 8 7 5 n'est rien à côté de celle-ci.

« Il a suffi de q u e l q u e s h e u r e s p o u r q u e de fertiles c a m p a g n e s et des villes florissantes fussent rasées, sans parler des pertes de vies h u m a i n e s , d o n t le n o m b r e est encore m o i n s calculé et n o u s réserve sans d o u t e de p é n i b l e s s u r p r i s e s . C'est le d a n g e r i n t e r - mittent d u pays, p r o v o q u é p a r le d é l a b r e m e n t du sol et Je régime des r i v i è r e s . P a r m i les t o r r e n t s q u i o n t la p l u s m a u v a i s e r é p u t a t i o n , le Vidourle est si c o n n u q u e les i n o n d a t i o n s

•extraordinaires s'appellent des Vidourlades : d a n s son lit d e s - s é c h é , les p l u i e s violentes, les orages i m p r é v u s abattent des masses d'eau é n o r m e s q u i ravagent la contrée avec la force et la s a u v a g e r i e d^un irrésistible c o u r a n t contre lequel il n ' y a TH r e m è d e , ni r e c o u r s . L e m a l s'en va c o m m e il est venu, ne laissant d e r r i è r e lui q u e le désert, et de l o n g u e s années sont parfois nécessaires p o u r r é p a r e r le désastre. L ' H é r a u l t , l e L i b r o n p a r a i s s e n t a v o i r dépassé a u j o u r d ' h u i t o u t ce q u e leurs a n c i e n n e s révoltes p e r m e t t a i e n t de c r a i n d r e .

« I l i m p o r t e p o u r l'avenir q u e la leçon ne soit pas perdue : t o u t le m o n d e sait q u e l ' u n i q u e cause de ces cataclysmes est la

n u d i t é des m o n t a g n e s , q u i d o n n e n t n a i s s a n c e à tant de r u i s - seaux p r e s q u e i m p e r c e p t i b l e s d u r a n t les étés c h a u d s . Les pluies d i l u v i e n n e s t o m b a n t s u r des r o c h e s ravinées, q u ' a u c u n h u m u s ne retient, q u ' a u c u n réservoir n ' e m m a g a s i n e , s'écoulent avec une vitesse i n o u ï e , r e m p l i s s e n t les vallées et c o u v r e n t les c u l t u r e s .

« P o u r p r é v e n i r de pareils c a t a c l y s m e s , le r e b o i s e m e n t du massif des C é v e n n e s s'impose c o m m e la m e s u r e la plus u r g e n t e et la p l u s eflicace ».

La Montagne qui marche

S o u s ce titre, les j o u r n a u x q u o t i d i e n s du sud-ouest ont a n n o n c é le glissement de la m o n t a g n e de P r a m a l i e r , entre P r i v a s et A u b e n a s , à 1 8 k i l o m è t r e s d ' A u b e n a s , s u r le versant n o r d - o u e s t du massif v o l c a n i q u e d u C o i r o n .

Voici c o m m e n t s'exprimait r é c e m m e n t à ce sujet l'un de ces q u o t i d i e n s :

« O n aura u n e idée de la q u a n t i t é d'eau t o m b é e en cet e n d r o i t q u a n d on saura q u e le p l u v i o m è t r e de la m a i s o n forestière a e n r e g i s t r é 35o m i l l i m è t r e s en,six h e u r e s .

c< S o u s l'effet des infiltrations, la masse colossale s'est d é t a - chée et a glissé s u r sa base, d e s c e n d a n t vers la vallée. E n q u a t r e h e u r e s , la m o n t a g n e a avancé de deux cents m è t r e s , e n g l o u t i s s a n t les p r a i r i e s , les vergers, la r o u t e n a t i o n a l e , la ligne d u t r a m w a y en c o n s t r u c t i o n .

« Deux ponts ont été e m p o r t é s ou p l u t ô t s u b m e r g é s ^ e n g l o u t i s , a b s o r b é s sur le passage de cette coulée lente, m a i s i n é l u c t a b l e c o m m e le d e s t i n . T o u t s e m b l e c o n d a m n é à d i s p a r a î t r e .

« Le c o u p d'ceil q u e présente la masse é n o r m e de t e r r e s , de r o c h e r s et d ' a r b r e s est v r a i m e n t saisissant. Elle s'avance l e n t e - m e n t , m a i s r é g u l i è r e m e n t , en un silence i m p r e s s i o n n a n t q u ' i n - t e r r o m p t de t e m p s à a u t r e un g r o n d e m e n t s o u r d p r o d u i t p a r F é b o u l e m e n t de rochers.

« Parfois la masse de terre s'entr'ouvre et de ses flancs jaillissent des r u i s s e a u x b o u e u x , puis elle se referme avec b r u i t sous l'effet de r o c h e r s q u i s'éboulent d u s o m m e t . Rien ne résiste à sa p o u s s é e formidable : les arbres oscillent les u n s a p r è s les a u t r e s , p u i s finalement disparaissent sous la masse de t e r r e .

ce Ce glissement c o n t i n u e r a j u s q u ' à ce q u ' i l soit p a r v e n u à la m o n t a g n e f o r m a n t l'autre versant de la vallée q u i sera ainsi o b s t r u é e t o t a l e m e n t . Les eaux s ' a c c u m u l e r o n t alors et f o r m e - r o n t u n véritable l a c .

« Ce q u e les i n g é n i e u r s des p o n t s et chaussées c r a i g n e n t , c^est q u e , s o u s la pression des eaux de ce lac, la masse de terre et de r o c h e r s , s a n s c o n s i s t a n c e , ne s'éboule, et q u e les eaux b o u e u s e s , en s'écoulant b r u s q u e m e n t , ne p r o v o q u e n t u n e é p o u v a n t a b l e c a t a s t r o p h e ( 1 ) .

« P e u t - ê t r e eût-il été possible de p r é v e n i r de tels é v é n e m e n t s . Il eût suffi p o u r cela de boiser ces m o n t a g n e s aux flancs tristes et n u s ; p l o n g e a n t le réseau tenace de l e u r s racines profondes j u s q u ' a u fond de la c o u c h e de terre, les forêts eussent e m p ê c h é les é b o u l e m e n t s , cette a v a l a n c h e de r o c h e s q u i a e n g l o u t i des hectares de j a r d i n s , ce formidable é b r a n l e m e n t d'un pan de m o n t a g n e .

« C e n'est pas la p r e m i è r e fois que des faits de cette n a t u r e se p r o d u i s e n t . L'an d e r n i e r , la ville de P o n t - e n - R o y a n s faillit être ensevelie sous les r o c h e r s q u i se d é t a c h a i e n t des h a u t e u r s v o i - sines et q u ' i l fallut faire sauter à la d y n a m i t e .

ce La S a g n e , à q u e l q u e s k i l o m è t r e s de B r i a n ç o n n e t , d a n s les A l p e s - M a r i t i m e s , est un massif d'aspect sauvage q u i s u r p l o m b e le h a m e a u du m ê m e n o m . Là, e n c o r e , à la suite des pluies et d'infiltrations, la m o n t a g n e s'ébranla un j o u r de d é c e m b r e 1 9 0 4 ; d u r a n t trois h e u r e s , les é b o u l i s , p i e r r e s , galets, blocs de r o c h e r s ne cessèrent de p l e u v o i r sur le m a l h e u r e u x h a m e a u d o n t les h a b i t a n t s e u r e n t le t e m p s de fuir. Mais l o n g t e m p s , p e n d a n t des s e m a i n e s , ils c a m p è r e n t sous des tentes sans oser r e n t r e r chez e u x . E n f i n , c o m m e la m o n t a g n e paraissait a v o i r récupéré sa solidité et son i m m o b i l i t é , ils r e p r i r e n t leurs m a i s o n s . P a s p o u r l o n g t e m p s cependant, car l'année passée, au m o i s de s e p t e m b r e , la chute fragmentaire du massif r e c o m m e n ç a . Cela n'a pas d u r é bien l o n g t e m p s et, u n e fois de p l u s , t o u t s'est limité à des dégâts m a t é r i e l s . M a i s , à la S a g n e , les h a b i t a n t s sont m a i n t e - n a n t s u r le q u i - v i v e; sans t r o p se fier à la solidité de leur m o n t a g n e ».

.(1) Analogue à celle qui suivit la rupture de la digue naturelle du lac St-'Laurent, sur la Romanche, provoquée par des éboulements des massifs de la Vaudaine et de Flnfernet. Voir La Houille Blanche de mai Ï Q O 5 .

(5)

Institut Electrotechnique de Grenoble

O n t été a d m i s définitivement à la s u i t e des e x a m e n s de fin d'année (session d ' o c t o b r e 1 9 0 7 ) :

Section supérieure, ir e a n n é e : M M . L a b r o q u è r e , M o n n e t , Y v e r n a y , Z o l e n s k y , Y a k h o d s .

2e a n n é e : M M . A p e r i , B a r d i n , D u m a s , E y m a r d , G o u r é v i t c h , L a p o r t e , R e b o u l .

Section supérieure spéciale : M M . J u l l i e n , R o u g e r , Segond.

Section élémentaire : M M . Bastide, B l a n c h a r d , C é l a r d i D a m b l a n c , Daurelle, E m o r i n e , G a u , Guyeisse, G u i r a u d i N a v a r r e , R a v e a u , Sole

O n t o b t e n u le d i p l ô m e d ' i n g é n i e u r électricien : M M . A p é r i , E y m a r d , G o u r é v i t c h , J u l l i e n , R o u g e r , R e b o u l , S e g o n d ;

L e certificat d'études é l e c t r o t e c h n i q u e s : M M . B a r d i n , D u m a s , L a p o r t e ;

Le brevet de c o n d u c t e u r - é l e c t r i c i e n : M M . Bastide, B l a n - c h a r d , Célard, D a m b l a n c , Daurelle, E m o r i n e , G a u , Guyeisse, G u i r a u d , Navarre, R a v e a u , S o l e .

Les bobines en fil d'aluminium n u .

La p r o p r i é t é bien c o n n u e de r a l u m i n i u m de se r e c o u v r i r d ' u n e gaine d'oxyde, m ê m e aux t e m p é r a t u r e s o r d i n a i r e s , gaine offrant u n e résistance telle au c o u r a n t é l e c t r i q u e q u ' i l faut u n e différence d e potentiel de o,5 volt p o u r la r o m p r e , est utilisée p o u r faire des e n r o u l e m e n t s de b o b i n e s de s o l é n o ï d e s , p o u r l a m p e s à arc, e t c . , avec du fil d'aluminium n u .

Des expériences p r a t i q u e s , faîtes r é c e m m e n t , ont m o n t r é : i° U n e é c o n o m i e d e prix d'achat de 4 0 à 5o p o u r 100, p a r r a p p o r t ans mêmes b o b i n e s en fils de cuivre isolés p a r les p r o c é d é s habituels; 20 Une économie de 55 p o u r 100 d u p o i d s ; 3« Beaucoup plus de sûreté dans le travail de l'enroulement p o u r plusieurs applications, par exemple* dans les endroits humides ou dans les locaux c o m e n a n t des vapeurs acîdes^sur ies chemins de fer électriques, les moteurs, grues, e t c . , etc, ces bobines sont préférables, leur isolement augmentant dans ces condi- tions, mauvaises pour t o u s les autres enroulements, 11 faut remarquer, en effet, que l'oxyde d'aluminium ne possède pas la propriété de se détacher en lames minces, c o m m e les oxydes de tous les a u t r e s métaux e m p l o y é s pour les constructions électriques, par exemple, le cuivre, le fer^ etc.

On pense que cette isolation naturelle est supérieure à toutes les autres isolations artificielles, telles que celles fournies par le caoutchouc, la soie, le coton, e t c . Aussi, eu égard à sa ténacité et sa constance, même en présence d'une élévation de tempéra- ture, ce p r o c é d é m é r i t e - i l l ' a t t e n t i o n . L e s bobines d ' a l u m i n i u m peuvent résister à u n e t e m p é r a t u r e d e p l u s d e Ï O 8 ° * C , p o u r v u q u e le corps de la b o b i n e et les lames isolantes i n t e r m é d i a i r e s soit en m a t é r i a u x i n c o m b u s t i b l e s .

A cause de la résistivité plus élevée d e l ' a l u m i n i u m par r a p - port à celle du cuivre, la q u e s t i o n d e l'encombrement plus g r a n d q u i parait résulter d e P e m p i o i des fils d ' a l u m i n i u m est d e la plus haute i m p o r t a n c e p o u r la c o n s t r u c t i o n des m a c h i n e s électriques. O r , des calculs faits d a n s cette v u e o n t m o n t r é q u e le fil d'aluminium, jusqu'au d i a m è t r e de 3 à r ,5 m m . n'a guère besoin d ' u n plus g r a n d espace q u e le fil de cuivre r o n d , r e c o u - vert d'une double gaine de soie o u de coton, malgré son plus g r a n d v o l u m e .

E n calculant les b o b i n e s d ' a l u m i n i u m , il faut a u s s i r e m a r - q u e r q u e le coefficient d e t e m p é r a t u r e est de i o o p o u r 1 0 0 m o i n s élevé q u e celui d u fil de c u i v r e . E n o u t r e , les bobines d'aluminium nu se refroidissent mieux q u e les bobines de fil de cuivre isolé. Plusieurs expériences ont montré qu'avant d'atteindre la même température, une b o b i n e d ' a l u m i n i u m pouvait résister à une s u r c h a r g e de 2 0 p o u r 1 0 0 d e p l u s q u ' u n e b o b i n e pareille e n fil de c u i v r e .

La confection des bobines d'aluminum est très s i m p l e ; elles sont enroulées à la manière o r d i n a i r e , avec la seule différence que les l a m e s i s o l a n t e s , s é p a r a n t les différentes c o u c h e s , sont constituées par des corps hydroscopiques, tels que l ' a m i a n t e , ou le papier ordinaire, o u un ruban de coton d'une très petite épaisseur (0,1 à 0 , 4 mm.), i l faut r e m a r q u e r , d ' a u t r e part, qu'afin d'empêcher le passage de c o u r a n t d ' u n e c o u c h e à l'autre", les lames intermédiaires doivent être de quelques millimètres plus larges q u e l'enroulement de la b o b i n e . O n a t r o u v é , e n

effet, q u e la c o u c h e d'oxyde s e r v a n t d ' i s o l a n t , e n t r e d e u x t o u r s de fils voisins a u g m e n t e sous Faction de l ' h u m i d i t é s u r la b o b i n e d ' u n e telle m a n i è r e q u ' i l faut s o u v e n t a p p l i q u e r u n e t e n s i o n d e p l u s i e u r s centaines d e v o l t s p o u r percer la c o u c h e i s o l a n t e .

Il r é s u l t e de cela q u e les b o b i n e s q u ' o n e m p l o i e e n plein a i r ou p o u r les c h e m i n s de fer é l e c t r i q u e s , o u p o u r les m o t e u r s d e s g r u e s , o u p o u r les télégraphes, ne sont pas affectées par l ' h u m i - dité de l'air o u d u s o l , si o n les fait en fil d ' a l u m i n i u m .

B I B L I O G R A P H I E

Il y a quelques années, nous avons rendu compte ici même (novembre 1895}, d'un très important ouvrage de M . Marchis, rédigé d'après ses leçons professées à Bordeaux sur les MOTEURS A ESSENCE POUR AUTOMOBILES. Dans cet ouvrage, l'auteur faisait une étude des criptive très raisonnée des mécanismes d'une voiture automobile

M. Marchis, dont la puissance de travail est inépuisable, nous donne aujourd'hui les LEÇONS SUR LA VOITURE AUTOMOBILE qu'il a professées l'hiver dernier à la Faculté de Bordeaux.

Cet ouvrage, que de nombreuses figures illustrent, que de non moins nombreux tableaux et diagrammes rehaussent, est une descrip- tion méthodique et raisonnée de la voiture automobile telle qu'elle se comporte au début de 1 9 0 7 .

Rien de ce qui concerne l'utilité, l'usage, la fabrication, la conduite de l'auto n'est laissé dans l'ombre et, notamment, les importantes questions des moteurs et des bandages élastiques y sont traitées en termes clairs et complets. .

L'ouvrage, de plus de 600 pages aut.pgraphiées, se trouve chez Dunod oùVempresseront d'aller le prendre, non seulement ceux qui ont déjà les précédents ouvrages de M . Marchis, mais encore les autres.

Un autre ouvrage sur cette matière, dû à M. Lucien Périsse»

l'ingénieur bien connu de l ' A . G . F . , paraît dans VEncyclopédie industrielle (collection Lechalas), sous le titre de TRAITÉ GÉNÉRAL DES A U T O M O B I L E S A P É T R O L E .

Construit sur un cadre u n peu différent de celui de M, 'Marchis, il en en est en quelque sorte la réciproque. L'auteur, s'est plus préoc- cupé de mettre son lecteur à même d'analyser des projets et des conceptions que de décrire le pourquoi des systèmes existants.

Sans doute, il est bien obligé de prendre des exemples dans la réalité, mais c'est surtout l'invention qu'il a pour objet de discipliner et il nous semble bien qu'il a atteint son but.

Les chapitres sont courts, clairs et nous ont semblé complets.

Certaines discussions de formules et de mécanisme sont même par- fois un peu vivement menées (exemple ; joint universel à la Cardan).-—

C'est la seule critique que nous nous p e r m e t t r o n s . " I l est vrai qu'il y avait tant et tant de choses à dire par ailleurs que l'auteur est bien excusable de s'être obligé à un grand laconisme, surtout sur des questions qu'on peut trouver détaillées dans les traités usuels de

mécanique. " J

Avec ces deux ouvrages-, tout ingénieur est déjà bien muni, non non seulement pour ses propres besoins, mais encore pour pouvoir s'orienter sûrement dans l'abondante littérature . automobile qui parait tous les jours, et va en s'augmentant en raison du carré du temps, sinon même plus vite encore I -

Commandant AUDEBRAND.

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