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Texte intégral

(1)

AIL ez savoir i

Magazine quadrimestrie! de l'Université de Lausanne • № 3 4 Février 2006 • Gratuit

E X C L U S I F Découvrez

deux textes inédits

de Ramuz

(2)

ruber f i r m of K P M G i n t e r n a t i o n a l , a S w i s s c o o p e r a t i v e . A l

Pour réussir, ¡1 faut une vision claire et des valeurs.

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h t t p : / / c a r e e r s . k p m g . c h

A U D I T • T A X • A D V I S O R Y

È D I T O

L'uez-noiM,

таи restez zen

V

o u s ê t e s g u e t t é p a r ' u l c è r e ? A u t a n t v o u s p r é v e n i r t o u t d e s u i t e : ce n u m é r o d'« Allez s a v o i r ! » c o n t i e n t u n p o u r c e n t a g e i n h a b i t u e l l e m e n t é l e v é d e s u j e t s q u i f â c h e n t . P r e n e z la b a g n o l e . Le d e u x i è m e a c h a t le p l u s affectif a p r è s la m a i -

s o n . U n p r o l o n g e m e n t d e n o t r e e g o , p a r a î t - i l . S û r e m e n t la c a u s e d e d é p e n s e s d é r a i s o n n a b l e s , s u r t o u t en p é r i o d e d e S a l o n d e l ' a u t o .

N o u s a l l u m o n s d o n c u n c l i g n o t a n t à l ' i n t e n t i o n d e s h o m m e s a m a t e u r s d e g r o s s e s v o i t u r e s a l l e m a n d e s , n o t a m - m e n t d e s c o n t r o v e r s é s 4x4. V o u s r i s - q u e z u n e s o r t i e d e r o u t e en page 26. C a r c ' e s t v o u s q u ' u n e e n q u ê t e m e n é e à l ' U N I L d é s i g n e c o m m e les p r i n c i p a u x c h a u f f a r d s q u i s é v i s s e n t s u r n o s a u t o - r o u t e s . E t p a s les femmes, c o m m e le s u g - g è r e u n c l i c h é t e n a c e .

V o u s n ' ê t e s p l u s u n j e u n e ? N o t r e sujet s u r les p r o c h a i n e s é l e c t i o n s c o m - m u n a l e s r i s q u e é g a l e m e n t d e v o u s i r r i - ter, m a i s p a s p a r c e q u e n o u s a v o n s o p t é p o u r u n e a p p r o c h e p a r t i s a n e . N o u s y é v o q u o n s le fossé q u i se c r e u s e e n t r e u n p r e m i e r g r o u p e c o m p o s é d e s actifs, et u n s e c o n d q u i r a s s e m b l e les p l u s v i e u x d e n o s é l e c t e u r s . C o m m e le p r e m i e r g r o u p e est d e p l u s en p l u s m i n o r i t a i r e d a n s ce p a y s , et c o m m e les a î n é s v o t e n t a s s i d û m e n t , n o u s d é c o u v r o n s {ç'edt en page 36) q u e les s e n i o r s i m p o s e n t d é s o r m a i s l e u r a g e n d a et l e u r s p r i o r i - t é s . U n d é s é q u i l i b r e q u i se t r a n s f o r m e r a b i e n t ô t en p r o b l è m e n a t i o n a l .

Jocelyn Rochat Rédacteur en chef

M a i s c e t t e m e n a c e q u i c o u v e , il est i n t e r d i t d ' e n p a r - ler. S o n g e z à P a s c a l C o u c h e - p i n q u i s'est a v e n t u r é d a n s ce c o u p e - g o r g e en é v o q u a n t la r e t r a i t e à 6 7 a n s . L e sujet est si t a b o u qu'il n e figure a u p r o - g r a m m e d ' a u c u n c a n d i d a t q u i a e n v i e ou b e s o i n d ' ê t r e r é é l u . N o u s l ' a v o n s p o u r t a n t a b o r d é . F r o n t a - l e m e n t . P a s p o u r f â c h e r n o s l e c t e u r s s e n i o r s , m a i s p a r c e q u e ce d é s é q u i l i b r e e n t r e les p l u s j e u n e s et l e u r s a î n é s laisse p r é s a g e r u n e c r i s e m a j e u r e à p l u s ou m o i n s l o n g t e r m e .

H e u r e u s e m e n t , ce n u m é r o c o n t i e n t a u s s i d e s s u j e t s p l u s c o n s e n s u e l s c o m - m e R a m u z . Q u o i q u e . M ê m e la p u b l i - c a t i o n p r o c h a i n e d e s i n é d i t s d e n o t r e r o m a n c i e r - p h a r e p o u r r a i t d é c l e n c h e r q u e l q u e s r é a c t i o n s d e m a u v a i s e h u - m e u r , si l'on en c r o i t u n e x p e r t cité en page 8. P a r c e q u e ces t e x t e s d e j e u n e s s e

n e s e r a i e n t p a s a u s s i a b o u t i s q u e ses r o m a n s q u i v i e n n e n t d e t r i o m p h e r d a n s la P l é i a d e .

L a b a g n o l e , la p o l i t i q u e , R a m u z à l ' i m p a r f a i t . . . V o u s p o u r r i e z c r o i r e q u e ce s o m m a i r e a é t é i m a g i n é p o u r p r o v o - q u e r d e s a l l e r g i e s . C e n ' e s t p a s le c a s . Il n e c o n t i e n t a u c u n sujet r e l i g i e u x , a l o r s q u e c e t t e r u b r i q u e r e s t e , et d e loin, le m o y e n le p l u s efficace d ' a l i m e n t e r n o t r e r u b r i q u e « C o u r r i e r d e s l e c t e u r s » . Bref, m e r c i d e n o u s lire a u s s i a t t e n t i - v e m e n t q u e d ' h a b i t u d e . M a i s n ' e n faites p a s u n u l c è r e p o u r a u t a n t .

Jocelyn Rachat

Magazine de l'Université de Lausanne:

№ 34, février 2006 Tirage 24'000 exemplaires 48'400 lecteurs (Etude M.I.STrend 1998) http://www.unil.ch/spul Rédaction :

Rédacteur en chef : Jocelyn Rochat, journaliste au Matin Dimanche

Collaborateurs: Sonia Amal, Michel Beuret, Delphine Gachet, Elisabeth Gilles, Elisabeth Gordon, Giuseppe Melillo, Audrey Yvert Dessins : Enrico Chavez Photographe : Nicole Chuard, Lionel Maumary

Infographies: Stéphanie Wauters Photos de couverture :

Ramuz : BCU Lausanne Automobile: DR

Psychothérapies: www.photos.com Rapaces : Lionel Maumary

Correcteur : Albert Grun Concept graphique:

Richard Salvi. Chessel Publicité: EMENSI publicité, Cp 132, 1000 Lausanne 7 Tél. 021 534 11 50 E-mail : emensi@bluewin.ch Imprimerie IRL

1020 Renens

Editeur responsable:

Université de Lausanne Marc de Perrot, secrétaire général Jérôme Grosse, resp. Unicom Axel A. Broquet, adjoint Florence Klausfelder, assistante Unicom, service de communication et d'audiovisuel - Université de Lausann Collège propédeutique 2 - 1015 Lausar tél. 021 692 22 80

uniscope@unil.ch

A L L E Z S A V O I R ! / № 3 4 F É V R I E R 2 0 0 6 1

(3)

S o m m a i r e .

Led excliuivltéd

Le quatrième volume des Œuvres complètes de Ramuz paraît en avril prochain chez Slatkine. Intitulé

«Premiers écrits», il ne contiendra que des textes inédits appartenant à des genres différents.

Parmi eux, un roman vaudois que Ramuz écrit à Paris entre 1 9 0 0 et 1 9 0 1 . Une œuvre de jeunesse dont vous trouvez un extrait

en page 16.

Ce volume des Œuvres complètes contient encore de nombreuses

nouvelles inédites, dont «La

Rencontre», que vous pouvez également

découvrir dans ce numéro d'«Allez savoir!»,

en paged 14-15.

Bonne lecture.

E d i t o p a g e 1 L ' U N I L e n l i v r e s p a g e 4 C o u r r i e r d e s l e c t e u r s p a g e 7

L E T T R E S

Après le succès de ses romans, découvrez

les inédits de Ramuz page 8

L a p u b l i c a t i o n d e s e s r o m a n s d a n s la P l é i a d e a r e ç u u n a c c u e i l t r i o m p h a l en 2 0 0 5 . L e s s u r p r i s e s c o n t i n u e n t e n 2 0 0 6 , a v e c la p u b l i c a t i o n p r o - c h a i n e d e s o n p r e m i e r r o m a n i n é d i t a i n s i q u e d ' a u t r e s t e x t e s q u i n ' a v a i e n t j a m a i s é t é p u b l i é s d e s o n v i v a n t . A v a n t - g o û t e x c l u s i f !

M E D E C I N E

Les allergies

augmentent, les traitements

s'améliorent page 1 8

L e p r i n t e m p s a r r i v e et a v e c lui, la floraison, les p o l l e n s . . . . et les r h u m e s d e s f o i n s . C o m m e les a u t r e s a l l e r g i e s , ils s o n t e n c o n s t a n t e a u g m e n t a - t i o n . M a i s les c h e r c h e u r s s a v e n t a u j o u r d ' h u i p o u r q u o i , ce q u i l e u r p e r m e t d e p r o p o s e r u n m e i l l e u r d i a g n o s t i c , d e s s e n s i b i l i s a t i o n s p l u s s û r e s et, d e m a i n p e u t - ê t r e , d e s v a c c i n s .

D R O I T / E C O N O M I E

Plus une voiture est chère, plus son conducteur se permet de dépasser

les limites de vitesse page 26

U n r a d a r p l a c é s u r l ' a u t o r o u t e d e c o n t o u r n e - m e n t d e L a u s a n n e f l a s h e l e s c h a u f f a r d s . Il a s u r t o u t d é n o n c é d e s h o m m e s a u v o l a n t d ' u n 4 x 4 d e m a r q u e a l l e m a n d e . D e s s t a t i s t i q u e s q u ' i l e s t u t i l e d e c o n n a î t r e , à q u e l q u e s j o u r s d u S a l o n d e l ' a u t o .

I N T E R V I E W

Le pouvoir des vieux page 36

L e 12 m a r s p r o c h a i n , d e s é l e c t i o n s c o m m u n a l e s s e d é r o u l e n t d a n s le c a n t o n d e V a u d . L e s o b s e r - v a t e u r s s ' a t t e n d e n t à u n v o t e d e r e p l i , à u n e p r o - g r e s s i o n d e l ' U D C e t à d e s p r é o c c u p a t i o n s s é c u - r i t a i r e s . C e v o t e p e u t - i l ê t r e i m p u t é à u n é l e c t o r a t t o u j o u r s p l u s v i e i l l i s s a n t ? L ' a n a l y s e d e R e n é K n ù s e l , p o l i t o l o g u e et p r o f e s s e u r à l ' I n s t i t u t d e s s c i e n c e s s o c i a l e s e t p é d a g o g i q u e s d e l ' U N I L .

L'info

L'équipe d e F r a n ç o i s S p e r t i n i , au C H U V , t r a v a i l l e à la m i s e au p o i n t d'un v a c c i n c o n t r e l ' a l l e r g i e . L e s c h e r c h e u r s o n t d ' a b o r d p r i s p o u r c i b l e le v e n i n d ' a b e i l l e , afin d e p r o u v e r q u e la c h o s e était faisable.

C e t t e p r e u v e d e p r i n c i p e é t a n t é t a b l i e , ils v o n t p o u v o i r g é n é r a l i ­ ser leur t e c h n i q u e à d'autres a l l e r - g è n e s , c o m m e le p o l l e n d e b o u l e a u

o u d e g r a m i n é e s , (pagej 24-25)

A L L E Z S A V O I R ! / № 3 4 F É V R I E R 2 0 0 6

S C I E N C E S N A T U R E L L E S

Avec un œil d'aigle,

vous pouvez voir des rapaces

en ville page 44

L e s m i l a n s n o i r s r e v i e n n e n t p l a n e r s u r n o s c i t é s c e s j o u r s - c i . Ils n e s o n t p a s les s e u l s . T r o i s s o r t e s d e f a u c o n s , d e s a u t o u r s d e s p a l o m b e s , d e s é p e r - v i e r s et d e s c h o u e t t e s h u l o t t e s s o n t r é g u l i è r e m e n t o b s e r v é s , y c o m p r i s à L a u s a n n e .

S O C I É T É

Les psychothérapies sont-elles

vraiment efficaces? page 52

S u p e r f l u e s , l o n g u e s e t c h è r e s : l e s p s y c h o t h é - r a p i e s , s u r t o u t q u a n d e l l e s s o n t d ' i n s p i r a t i o n p s y c h a n a l y t i q u e , n ' o n t p l u s f r a n c h e m e n t b o n n e p r e s s e . V o i l à p o u r q u o i J e a n - N i c o l a s D e s p l a n d , p r o f e s s e u r à l ' U n i v e r s i t é d e L a u - s a n n e , a r é d i g é u n « p e t i t m a n u e l d e s u r v i e à l ' a t t e n t i o n d u p s y c h o t h é r a p e u t e d e v a n t v o y a - g e r a u p a y s d e l a m é d e c i n e b a s é e s u r l e s p r e u v e s » . D é m o n s t r a t i o n .

L A V I E À L ' U N I L

A m e t t r e à l ' a g e n d a p a g e 6 0 F o r m a t i o n c o n t i n u e p a g e 61 A b o n n e z - v o u s ,

c'est gratuit!

p a g e 6 4

Allez éavoir !

E N A P A R L E !

C r i m e s , A D N , B i b l e et m o u t o n s

O

ue p e u t - o n faire face à la c r i m i n a l i t é d e s m i n e u r s ? C'était le sujet de l'interview publié dans le d e r n i e r «Allez savoir! » ( ï ^ " £ e t h è m e est visiblement d'actualité, puisqu'il vient de rebon- dir, suite à une a u t r e r e c h e r c h e effectuée à l ' U N I L . Le magazine

«Criminoscope» édité p a r les criminologues de l'université vient de d é m o n t r e r que la situation était plus p r é o c c u p a n t e que prévu.

En substance, «l'augmentation de la délinquance juvénile dans les statistiques officielles est sous-estimée», n o t a m m e n t parce que de n o m b r e u s e s victimes ne p o r t e n t pas plainte.

Toujours au c h a p i t r e de la lutte contre le crime, signalons l'inno- vation de L u c a Fumagalli. Ce c h e r c h e u r de l ' U N I L , connu des lecteurs d ' A S p o u r ses t r a v a u x sur I ' A D N des loups (2), a mis sur pied une nouvelle b a n q u e de données A D N qui doit p e r m e t t r e de c o n f o n d r e les b r a c o n n i e r s . Elle a été mise en place l'automne d e r n i e r .

N o u s vous l'annoncions pour l'été 2005. «La Bible dévoilée» a finalement été diffusée en décembre sur France 5. Ce documen- taire qui fait longuement intervenir le théologien de l ' U N I L Tho- mas Rômer est consacré à la tentative de vérification archéologique des récits de l'Ancien Testament (3). Rassurons toutefois nos lec- teurs qui auraient m a n q u é ces émissions. Elles seront rediffusées sur la T S R . Aux dernières nouvelles, ce serait l'été prochain.

Signalons enfin que n o t r e collection de sujets qui ont inspiré une p r e m i è r e page à un confrère s'est élargie d'un nouveau titre p r e s - tigieux. Après «Blick» (deux fois), c'est «Bilan» de décembre 2005 qui a repris un sujet lancé d a n s A S (4). Revue p a r le magazine économique, notre enquête intitulée «Pourquoi les cadres r o m a n d s obéissent q u a n d ils p o u r r a i e n t refuser un ordre» est d e v e n u e :

«Cadres, vous êtes t r o p soumis!» U n titre illustré en U n e d'un m o u t o n en costard-cravate des plus explicites.

Jocetyn Rachat

1. Les mineurs criminels et violents sont-ils suffisamment punis?, AS 33, octobre 2005. Sur internet:

http://www2.unil. ch/spul/allez_savoir/as33/pages/4_interview.html 2. Après le loup, la louve revient dans les Alpes, AS 25,

février 2003. Sur internet:

http://www2.unil.ch/spul/allez_savoir/as25/pages/as25_sciences.html 3. La Bible revue et corrigée par l'archéologie, AS 32, juin 2005.

Sur internet:

http://www2.unil.ch/spul/allez_savoir/as32/pages/religion.html 4. Pourquoi les cadres romands obéissent quand ils pourraient

refuser un ordre, AS 33, octobre 2005. Sur internet:

http://www2.unil.ch/spul/allez_savoir/as33/pages/2_economie.html

(4)

L'UN IL en Livree

S e c o n d e v i e pour les p r o f e s s e u r s de

l ' A c a d é m i e de L a u s a n n e Connaissez-vous Etienne de Beauchâteau? Professeur à la chaire des arts entre 1597 et 1598, il a également été titulaire de la chaire de grec et morale, de 1598 à 1603. Réfugié français, il est affilié à l'ordre des Jésuites, avant d'embrasser la Réforme. Il paraît avoir partagé les idées hétérodoxes du professeur Claude Aubery. Durant son rec­

torat commence l'«Album acadé­

mica» ou livre matricule des étu­

diants. En 1621, il cause un grand scandale par ses exubérances de langage et sa menace de retour­

ner chez les Jésuites, ce qui le fait interner à Berne. Un manus­

crit académique dit : «Etant par un épanchement de bile devenu fou et hérétique». Ces lignes sont extraites du «Dictionnaire des professeurs de l'Académie de Lausanne» qui vient de paraître sous l'égide du Service des archives de l'UNIL et qui réunit pour la première fois plus de 300 notices consacrées aux profes­

seurs ayant enseigné à l'Acadé­

mie de Lausanne.

En 1987, à l'occasion du 450e anniversaire de la fondation de l'Académie de Lausanne, l'Uni­

versité avait publié le «Diction­

naire des professeurs de l'Uni­

versité (depuis 1890)». Le succès de cet ouvrage a fait naître l'idée de le prolonger par la présenta­

tion des enseignants qui ont fait la force et la réputation de l'Aca­

démie de Lausanne, de sa créa­

tion en 1537 à sa transformation en université.

C'est à ce travail qu'a consacré son temps, depuis 2002, Marc Kiener, sous la supervision d'Oli­

vier Robert, archiviste de l'Uni­

versité de Lausanne. Mais la col­

lecte des données biographiques s'est avérée particulièrement ardue. Vouée initialement à la formation des pasteurs, l'Acadé­

mie, créée par l'occupant bernois, était composée surtout de gens d'église, plus soucieuxd'imposer la Réforme à leurs sujets que de laisser des traces écrites de leur administration. Pour combler ces lacunes, Marc Kienera dû exploi­

ter un grand éventail de sources inédites et parcourir une vaste lit­

térature secondaire.

Sa présentation s'est en outre élargie au recueil des lois qui ont géré l'institution au fils des siècles et à l'évolution des disci­

plines que recouvre son ensei­

gnement.

Les notices qui retracent les ori­

gines, la carrière académique et professionnelle des professeurs sont complétées par des remarques biographiques et des anecdotes qui mettent en exergue leur personnalité et leur environ­

nement. Pour compléter ces informations, l'auteur a égale­

ment établi une liste souvent exhaustive des publications scientifiques. Agréablement mi­

ses en page, les notices sont, dans la mesure du possible, illus­

trées par le portrait du profes­

seur.

En annexe, l'ouvrage présente un glossaire des termes oubliés ou dont le sens a changé ainsi que la liste des recteurs, l'évolution des structures et des cursus aca­

démiques et la répartition des chaires et du personnel ensei­

gnant. Des graphiques illustrent les fluctuations de l'effectif des étudiants. Ces sources permet­

tront de replacer chaque notice dans leur contexte historique.

A.B.

«Dictionnaire des professeurs de l'Académie de Lausanne (1537-1890)», Marc Kiener, Etudes et documents pour servir à l'histoire de l'Université de Lausanne, XXXVII, Université de Lausanne, 2005.

: D i c t i o n n a i r e

P1^"" d e s p r o f e s s e u r s d e l ' A c a d é m i e d e L a u s a n n e ( 1 5 3 7 - 1 8 9 0 )

«"! « fer

Le G r o u p e de C o p p e t Au début du XIXe siècle, le Châ­

teau de Coppet a été, sous l'im­

pulsion de Mm e de Staël, un lieu de rencontre, de retraite et d'exil fréquenté par une «constellation d'intellectuels européens» qui par leurs écrits, leurs actes et leurs œuvres allaient rayonner dans toute l'Europe à une époque char­

nière entre monarchie et démo­

cratie, entre Lumières et Roman­

tisme.

Au nombre des hôtes qui l'ont fré­

quenté figurent les écrivains qui ont «pensé la révolution» et cher­

ché à donner un sens aux événe­

ments qui ont marqué le tournant du siècle, entre révolution et un nouveau régime aux contours indéfinis. Parmi ceux-ci les habi­

tués les plus fidèles furent Ben­

jamin Constant, Jean-Charles- Léonard Simonde de Sismondi, Charles-Victor de Bonsteten, Alexander von Humboldt et Auguste Guillaume Schlegel.

Dans ce livre, Etienne Hofmann et François Rosset font revivre ce

souffle de paroles et d'idées, dénommé par la suite «esprit de Coppet» qui a contribué à l'éta­

blissement du monde moderne et de ses valeurs. A.B.

«Le Groupe de Coppet», Collection Le savoir suisse. Presses polytechniques et universitaires romandes, PPUR, 2005.

ISBN 2-88074-665-5.

Etienne Hofmann, François Rosset

L E G R O U P E D E C O P P E T

Une cotutclbiiun il I niel Ir. : i :. ! - .. i :••[•. ••

C o m m u n i c a t i o n et m é d i a s

Tantôt rapporteurs et tantôt créateurs de réalités, les médias sont un «relais» incontournable entre l'espace privé et l'espace public, entre le monde phénomé­

nal et son interprétation. Mais cette délimitation est de plus en plus floue du fait que la quoti­

dienneté envahit les journaux et les antennes, «recadrée» par les journalistes, les présentateurs, les animateurs-vedettes ou les participants des reality-shows.

Ainsi, l'argumentation se plie aux diverses stratégies et langues de communication de ces acteurs, qu'il s'agisse de spécialistes ins­

titutionnels ou de citoyens lambda.

Cet ouvrage tente, par huit contri­

butions, d'expliciter l'apport des théories linguistiques et des théories de l'argumentation aux études en communication publi­

que médiatisée. A.B.

«Argumentation et

communication dans les médias», Marcel Burger et

Guylaine Martel, Editions Nota bene, 2005.

tallita»

Marcel Burger el fiutóne lldilel

Argumentation et communication dans les médias

Cdjlions Nota bene

A L L E Z S A V O I R ! / № 3 4 F É V R I E R 2 0 0 6

L'UNIL en l

M o r p h o l o g i e n a t u r e l l e Pourquoi, dans les langues du monde, l'affixation (comme en anglais horse - horse-s) prédo- mine-t-elle sur la modification de la base (comme en français cheval - chevaux)! Pourquoi la suffixation est-elle préférée à la préfixation? Pourquoi en français crée-t-on bilanis-er, (e-), mail-er d'un côté mais amerr-ir ou amars-irûe l'autre?

Marianne Kilani-Schoch, maître d'enseignement et de recherche à l'UNIL, et Wolfgang U. Dress- ler, professeur de linguistique à l'Université de Vienne, tentent de répondre à ces questions en pré­

sentant les développements récents de leur théorie linguis­

tique de la Morphologie natu­

relle, théorie qui vise à rendre compte des tendances et asymé­

tries universelles dans la mor­

phologie des langues du monde en les rapportant à des bases sémiotiques et cognitives.

Dans la partie appliquée de leur travail, ces chercheurs proposent

un nouveau modèle de la flexion du verbe français permettant, notamment, d'expliquer les for­

mes néologiques et les analogies que l'on observe dans divers domaines de la langue dont l'acquisition. M.K.

«Morphologie naturelle et flexion du verbe français», Marianne Kilani-Schoch, Wolfgang U. Dressler, Gunter Narr Verlag,

Tübingen, 2005. ^

Marianne Kilani-Schoch Wolfgang U. Dressler

Morphologie naturelle et flexion du verbe français

gn Gunter NarrVerlag Tübingen

Le S a h e l et les A l p e s : h o m m a g e a u p r o f e s s e u r J o r g W i n i s t o r f e r

L'Institut de géographie de l'UNIL (IGUL) et son homologue de l'Uni­

versité Abdou Moumouni de Nia­

mey se sont associés pour saluer la carrière scientifique de l'ini­

tiateur de leur collaboration.

Les 24 contributions que regroupe cet ouvrage illustrent l'intérêt qu'il a porté à la transformation des milieux fragiles qui sont au cœur de son enseignement et de

T

ses recherches: les Alpes et le Sahel.

Les premiers textes sont ceux de collègues qui ont côtoyé «Winis»

à l'IGUL durant trente ans, Jean- Bernard Racine et Laurent Bridel.

«La terre et l'eau», «le territoire»

et «l'homme» sont les thèmes abordés par les autres articles rédigés par des spécialistes issus des sciences humaines et des sciences naturelles: géo­

graphes, sociologues, linguistes et botanistes.

Comme le souligne J.-B. Racine, J. Winistorfer avait pour vocation de comprendre et de faire com­

prendre. La constante de son acti­

vité scientifique est de repérer, dans la multitude des formes qui constituent la réalité, des inva­

riants, des règles et des lois. A.B.

«Vivre dans les milieux fragiles : Alpes et Sahel», Lawali Dambo, Emmanuel Reynard, Travaux et recherches de l'Institut de géographie, no 3 1 , Lausanne, septembre 2005. ISBN 2-940368-02-3.

F a m i l l e s à • ( r e ) c o n s t r u i r e

A quoi ressemblent les nouveaux liens familiaux? De la nouvelle répartition des tâches entre hom­

mes et femmes aux nouveaux styles de conjugalité, en passant par les familles recomposées ou monoparentales, la famille a bien changé ces dernières décennies.

Eric Widmer, professeur associé à l'Institut interdisciplinaire d'étude des trajectoires biogra­

phiques (ITB), et Jean Kellerhals, de l'Université de Genève, vien­

nent de publier un livre qui pré­

sente les principaux résultats des recherches faites en Suisse du­

rant les trente dernières années.

Les deux sociologues passent à la loupe l'ensemble des relations familiales. Entre individualisme et tradition, ils nous apprennent que la famille est aujourd'hui loin de fonctionner selon un seul modèle et que tout doit se construire. D.G.

f a m i l l e s E N S U I S S E :

LES N O U V E A U L I E N S

«Familles en Suisse: les nouveaux liens», Jean Kellerhals et Eric Widmer, Collection Le savoir suisse, Presses polytechniques et universitaires romandes, 2005.

Farina Fassa

Société en mutation, école en transformation:

le récit des ordinateurs

L'école

et la r é v o l u t i o n i n f o r m a t i q u e

Introduite depuis les années 1970 dans les écoles vaudoises, l'informatique est aujourd'hui devenue un outil indissociable de la pédagogie. Farinaz Fassa, pro- fesseure de méthodologie en sciences sociales à l'UNIL et enseignante au gymnase Auguste Piccard, a profité de son expérience en milieu scolaire pour étudier ce phénomène. Elle s'est intéressée en particulier aux discours tenus par les diffé­

rents acteurs politiques de l'école sur l'importance des tech­

nologies de l'information et de la communication dans l'éduca­

tion. Cet ouvrage est tiré de sa thèse de doctorat. D.G.

«Société en mutation, école en transformation : le récit des ordinateurs».

Farinaz Fassa, Editions Payot Lausanne, Collection Hic & Nunc, 2005.

A L L E Z S A V O I R ! / № 3 4 F É V R I E R 2 0 0 6

(5)

L'UNIL en Uvred.

LAMNSON NOBLESSE'

Le p a y s de V a u d et la S a v o i e

Cet ouvrage raconte une histoire de la noblesse vaudoise au Moyen Age sous l'angle spéci­

fique des relations qu'elle entre­

tient avec le pouvoir savoyard. Si ce dernier ne fut pas accueilli avec l'enthousiasme que lui prête une certaine tradition, les élites vaudoises ne furent pas

non plus écrasées au terme d'une conquête rapide et brutale.

Au fil du texte émergent sous un jour nouveau les figures de Pierre de Savoie et de son frère Philippe, mais aussi des sires de Savoie- Vaud, dont l'action politique en terre vaudoise est analysée en détail. Face à eux, nous trouvons toute une gamme d'attitudes pos­

sibles, de la collaboration active apportée par les Grandson à l'opposition farouche des Cosso- nay-Prangins, en passant par la soumission réaliste et intéressée du plus grand nombre. AS

«La Maison de Savoie et

la noblesse vaudoise ( X I I Ie - X I Ve s.).

supériorité féodale et autorité

princiers!,

Bernard Andenmatten, SHR.

Lausanne, 2005.

V o y a g e d a n s le • g r a n d n o r d

Pendant six mois, le peintre ani­

malier Dominique Cosandeyet sa famille ont arpenté le grand nord en suivant la migration des oies.

Leur carnet de voyage, coédité par le musée de zoologie de l'UNIL, n'est pas un simple docu­

mentaire animalier. Recueillant à la fois les dessins des enfants, les lithographies de Dominique Cosandey et les commentaires de tous, il raconte une aventure familiale et un émerveillement devant la nature qui est loin de se limiter aux animaux. Les fous de bassan, les rennes et les lem- mings s'inscrivent dans un pay­

sage d'une beauté féerique. Le trait de Dominique Cosandey s'attarde sur le vol des oiseaux pour mieux nous faire découvrir

ensuite les paysages insolites de la toundra ou la vie rêvée des Vikings. Ce livre semblerait dé­

connecté du monde si l'auteur n'en profitait pas pour se livrer à une critique sévère, celle des é- trangers qui arrivent, «prophètes du développement», «pensant vaincre la nature». A.Y.

«En suivant les oies sauvages.

Carnet de voyage Dominique Cosandey», Christiane, Simon, Jeanne, Romain, Dominique Cosanday, 184 p..

Editions gruériennes et Musée de Zoologie, 2005. ISBN 2-88498-005-9.

M o z a r t à L a u s a n n e Alors que l'Europe fête le deux cent cinquantenaire de la nais­

sance de Mozart, l'Opéra de Lau­

sanne ajoute à cette commémo­

ration deux événements qui ont marqué la vie musicale de la cité:

le bref passage du célèbre com­

positeur autrichien il y a 240 ans et la première représentation du Tom Jones de Philidor à Lausanne voici 230 ans.

Wolfgang Amadeus vécut en effet une enfance faite de voyages et d'exhibitions organi­

sées par son père, pédagogue

vigilant et brillant. En septembre 1766, sur le chemin du retour d'un grand périple européen, le jeune musicien se produit à deux re­

prises dans la petite ville qu'était alors Lausanne et stupéfie son assistance. Deux cent cinquante ans plus tard, une exposition réa­

lisée avec la collaboration de l'Université de Lausanne rappelle ce que fut l'activité musicale, théâtrale et lyrique de la ville dans la seconde moitié du XVIIIe siècle. AS

«Mozart 1766... En passant par Lausanne. Evocation de la vie musicale, lyrique et théâtrale à Lausanne et dans ses environs entre 1766 et la Révolution française», exposition à l'Opéra de Lausanne dans le cadre de la Commémoration Mozart.

Tous les jours, du 15 janvier au 27 février 2006, de 14h à 19h, sauf lundi.

Catalogue à 37 francs.

R e v o i r le

« C i n é - J o u r n a l S u i s s e » Pendant la guerre, une séance de cinéma commence par un avant- programme composé d'actualités et de courts métrages. On y dé­

couvre notamment des actualités produites par l'Office cinémato­

graphique de Lausanne sous le titre de «Ciné-Journal Suisse».

Ces images sont la réponse de la Confédération à l'écrasante hégé­

monie des informations cinéma­

tographiques allemande, fran­

çaise, américaine, anglaise et italienne sur son territoire. Le Ciné-Journal Suisse sort à partir

du 1 er août 1940, et sa projection est théoriquement obligatoire dans toutes les salles du pays. En réalité, il n'est produit que 35 copies de ces nouvelles, ce qui est largement insuffisant pour les 350 salles que compte alors le pays.

Ce document est désormais dis­

ponible en DVD. Il constitue un moyen «extraordinaire pour com­

prendre la Suisse de l'époque», assure Gianni Haver, un cher­

cheur de l'UNIL qui a collaboré à ce travail. AS

«Le Ciné-Journal suisse raconte, La Suisse pendant la guerre,

partie 1:1940-1942». Ce DVD, qui constitue le 3e volet de la série «Le Ciné-Journal suisse raconte», est accompagné d'un livret de commentaires qui a été confié à Gianni Haver de l'UNIL, auteur d'une thèse à l'UNIL sur le cinéma suisse pendant la guerre.

6 A L L E Z S A V O I R ! / № 3 4 F É V R I E R 2 0 0 6

G a u l e e t V é z e l a y

Merci pour vos article*) qui sont souvent très intéressants. Celui dur Marie Made­

leine m'a beaucoup plu. Comme je me par­

tage entre Lausanne et le Var, je me per­

mets une petite précision concernant la fin de ce papier: certes, la tradition veut que Marie Madeleine ait «débarqué» en Pro­

vence, mais, de grâce, Vézelay n 'est pas du tout en Provence, mais loin au nord- ouest de Lyon, aux portes de la Bourgogne.

En revanche, Saint Maximin edt une somptueuse basilique située dans le Var et dédiée effectivement à Marie Madeleine.

A noter aussi que le massif de la Sainte Beau/ne — en plein centre Var — est un lieu de pèlerinage dédié à Marie Madeleine. Il exùite même là une grotte où elle serait venue prier. Rendons à César... et à Marie Madeleine...

Patrik Landreau

A l l e z s a v o i r ! N o u s é v o q u i o n s

«la p i s t e d e la G a u l e » , a v a n t d e s i g n a l e r s o n h y p o t h é t i q u e d é b a r q u e m e n t e n P r o v e n c e . L a r é g i o n q u i lui a c o n s a c r é d ' i n n o m b r a b l e s m o n a s t è r e s , d o n t c e l u i d e V é z e l a y , é t a i t d o n c la G a u l e .

R o y a u m e d e D i e u

Dans votre numéro d'octobre 2005, vous publiez un fort intéressant article intitulé

«Marie Madeleine et Jésus». (...) Vous rapportez les propos de M. Jean-Daniel Kaestli, je cite: «Mais pour ce qui est de Jésus, il edt trèd difficile de savoir ce que signifiait exactement pour lui la venue imminente du Royaume de Dieu.»

Il me semble que le discours de Jésus est parfaitement clair, sil'on veut bien se rap­

peler qu 'Ils 'exprime en paraboles, que par conséquent ses propos sont à comprendre au second degré, etsil 'on veut bien se réfé­

rer à ses paroles à Lui, et non pas à des tiers, à l'apôtre Paul en particulier, dont on sait que dans ses lettres Une cite jamais Jésus. (...)

On peut avec un brin d'attention saisir ce qu 'était pour Jésus la venue du Royaume de Dieu, il suffit de lire les passages sui­

vants, en abandonnant tous les préjugés:

«Le temps est accompli, le Royaume de Dieu est proche : changez votre façon de penser et ouvrez-vous à l'Evangile» (Me,

1,15) (...) «Le Royaume de Dieu ne vient pas de façon à frapper les regards, et l'on

ne dira pas : Il est ici! ou bien : Il est là!

Car voici que le Royaume de Dieu est au- dedans de vous» (Le 17, 21) (...) «Il en est du Royaume de Dieu comme il eu est d'un homme qui jette la semence en terre:

qu 'il dorme ou qu 'il veille, la nuit et le jour, la semence germe et croît, sans qu 'il sache comment» (Me 4,26). (...)

Raymond Olivary

R e l i g i o n e n k i t

Ils 'agit d'une petite phrase de l'éditorial du numéro 35 de la revue que je trouve par ailleurs extrêmement informative et utile. (...) Je ne suis pas du tout d'accord que vous repreniez à votre compte la qua­

lification désobligeante installée par les théologiens de service dans le fil de leurs déclarations, du type «A l'heure de la reli­

gion en kit, où chacun bricole son credo dans son coin...» Je l'aidéjà lue dans plu­

sieurs de leurs écrits, y compris dans cette revue. Je me fiche pas mal du «Da Vinci Code» qui fait de graves entorses à l'his­

toire (...). On a beaucoup rajouté durant ces deux millénaires à partir des textes de base, on a même brûlé des personnes pour leurs idées (•••), et maintenant on nous dit qu 'il faut prendre tout le multipack

(•••)'•

La religion est affaire de foiexclusivement, et à ce titre tout à fait personnelle, et on se regroupe en communauté si on le désire, pour se soutenir et partager ou œuvrer.

Qu 'ily ait des hiérarchies, fruits de l'his­

toire, ne doit pas occulter ces faits, et si le public ne marche pas, fait le tri, qu 'y a-

t-ilà redire?

Virgile Woringer

M i n e u r s v i o l e n t s

Je reçois et lis volontiers votre revue, quoique imprégnée un peu trop d'un savoir doué des œillères des «spécialisés» et donc limité. Permettez-moi donc de réagir à votre article sur les «mineurs criminels et violents... ». Je suis père de trois enfants (17, 19, 22 ans) que j'ai dû élever en contradiction et malgré les interventions arbitraires et de travers des organismes

«bien intentionnés» préposés à la sur­

veillance et conseils pleins d'à priori zélés,

tels que Pro Familia, Aide à La Jeunesse, Protection de l'enfance, Planning familial, services psychothérapeutiques tels que La Passerelle, Cery, logopédistes locaux, assistants sociaux, etc., etc.

A la suite de quoi je peux vous dire par expérience personnelle que l'élément de base de notre société qui devrait être l'édu­

cation paternelle a été castré, caries pères ne peuvent plus ni élever la voix ou, d'autant moins, donner une taloche à un enfant sans se voir assaillis par les admo­

nestations de tous ces organismes. Et pour­

tant nous sommes dans une société dans laquelle la notion de «crainte» et de res­

pect par intimidation des règles est un cadre qui s'avère nécessaire dans tous les préalables de tous les rapports humains.

Les pères sont en état de démission totale, castrés dans leur autorité et devancés de toute initiative par les Institutions Empressées. Etre parent c'est un dur métier que l'on devrait enseigner en col­

laboration et entente avec toute cette foi­

son d'organismes, en partie parasitaires, sinon carrément nuisibles, dans le domaine des rapports entre fils et géni­

teurs.

Augusto Roggeri

F œ t u s d e 1 4 m o i s

C'est toujours avec autant de plaisir que je viens de recevoir cette magnifique paru­

tion, et que j'ai commencé à la lire. (...) Une VRAIE question : en page 51, il est question d'un «fœtus âgé de 14 mois...»

Est-ce la durée de sa conservation? Il me semblait qu 'un fœtus ne pouvait guère avoir plus de 10 mou environ de vie intra- utérine. Faut-il en déduire que ce fœtus avait N semaines de vie intra-utérine? Ou est-ce un test pour déterminer si les lec­

teurs sont attentifs? Ou est-ce mon cer­

veau qui se transforme en sauce blanche, selon les termes d'un auteur queje n 'arrive plus à situer? Merci de ne pas me laisser croupir dans mon ignorance.

Gérald Kurz

A l l e z s a v o i r ! A u t a n t p o u r n o u s : c ' é t a i t u n e f a u t e d e f r a p p e . Il s ' a g i s s a i t d ' u n f œ t u s d e 14 s e m a i n e s ( c e q u i fait u n p e u m o i n s d e 4 m o i s ) .

A L L E Z S A V O I R ! / № 3 4 F É V R I E R 2 0 0 6 7

(6)

Après le succès de ses romans,

découvrez les inédits de Ramuz

J^/a publication de ded romand daiu la Pléiade a

reçu un accueil triomphal en 2005. Led durprided continuent en 2006, avec la publication prochaine de don premier roman inédit aindi que d'autred texted qui n'avaient jamaid été pub lied de don vivant.

Avant-goût excludif! _______________________ —»

(7)

Après le succès de ses romans, découvrez les inédits de Ramuz

L E T T R E S

Roger Francillon, codirecteur des Œuvra complètes de Ramuz et lauréat du Prix de l'Université de Lausanne (UNIL)

T

itré «Premiers écrits», le q u a t r i è m e volume des Œ u v r e s complètes d e R a m u z paraît en avril p r o c h a i n chez Slat- kine. Tous les textes qu'il contient sont des inédits, a p p a r t e n a n t à des genres diffé- r e n t s . P a r m i eux, un r o m a n , q u e R o g e r Francillon n o u s fait d é c o u v r i r ici. Codi- r e c t e u r des Œ u v r e s complètes, R o g e r Francillon est aussi l a u r é a t du Prix de l'Université de L a u s a n n e p o u r son «His- toire de la littérature en Suisse r o m a n d e ».

Des poèmes, des nouvelles, une conférence et un roman

U n choix c o m m e n t é de poèmes, vingt nouvelles écrites à p a r t i r de 1896, des conférences et un r o m a n , le tout inédit : la moisson r a m u z i e n n e 2006 est belle. Tous ces textes ont été écrits de 1894 à 1903.

R a m u z a alors e n t r e 16 et 25 a n s . Le p r é s e n t volume des Œ u v r e s com- plètes publie la d e u x i è m e version de son premier roman : « La vie et la mort de J e a n -

Daniel Crausaz». En octobre 1900, R a m u z a 22 a n s . Il a t e r m i n é sa licence à l'Uni- versité de L a u s a n n e au mois de m a r s et, avec le soutien financier de ses p a r e n t s , il p a r t faire u n e thèse à Paris. M a i s il n'en rédigera pas une ligne : nulle trace en effet de ce travail, or R a m u z conserve tout.

Pas de thèse, mais un roman

E n r e v a n c h e , c'est un r o m a n v a u d o i s q u e R a m u z écrit à Paris, en ce d é b u t du X Xe siècle. A l'Hôtel de l ' O d é o n où il séjourne, l'écrivain rédige les 225 pages, très denses, d ' u n e p r e m i è r e version. D e retour à Lausanne en avril 1901 (il vit alors chez ses p a r e n t s ) , il retravaille son r o m a n . R é s u l t a t : un texte de 134 pages construit sous la forme d'un récit essen- tiellement introspectif, sorte de journal non daté, e n c a d r é p a r une i n t r o d u c t i o n et un épilogue - d a n s lesquels Pierre, l'ami du protagoniste, p r é s e n t e les écrits de J e a n - D a n i e l recueillis après sa mort. M o r t

d o n t on ne d é c o u v r i r a les c i r c o n s t a n c e s que d a n s l'épilogue. E n t r e la p r e m i è r e et la seconde version, i n t e r v i e n n e n t des s u p - pressions et q u e l q u e s t r a n s f o r m a t i o n s de s t r u c t u r e interne mais pas de c h a n g e m e n t profond.

Où l'érotisme est autocensure

«On voit p o u r t a n t s'opérer une forme d ' a u t o c e n s u r e et ce qui pouvait être l'expression d'un certain érotisme dispa- raît, constate R o g e r Francillon. D a n s la d e u x i è m e version, nulle t r a c e des prosti- tuées, sans d o u t e croisées d a n s les rues parisiennes, qui figurent d a n s la p r e - mière.»

M a i s il y a plus i m p o r t a n t d a n s ce r o m a n de j e u n e s s e : la présence, déjà, du colporteur. «Marginal puisque personnage de passage p a r excellence, il est celui qui vient, vend, parle avec tous, boit un v e r r e ici et là, puis repart, ajoute Roger F r a n - cillon. S y m b o l i q u e m e n t , il est u n e image du poète et introduit cette idée révolu- tionnaire q u e la poésie est faite p a r et p o u r tout le monde. Cette allégorie de l'écrivain, on la r e t r o u v e r a plus tard d a n s «Passage du poète» avec Besson, le vannier. Bes- son, marginal lui aussi, qui réveille le vil- lage et le rend sensible à la poésie a v a n t de r e p r e n d r e sa route.»

Un jeune écrivain s'interroge sur lui-même

M a i s que se passe-t-il au juste d a n s ce r o m a n ? A vrai dire pas grand-chose. J e a n - Daniel, j e u n e écrivain sans p r o b l è m e s financiers, s'interroge sur lui-même, «sans p o u r a u t a n t que la problématique de l'écri- t u r e soitthématisée», précise R o g e r F r a n - cillon. Il vit dans le c a d r e lénifiant d ' u n e b o u r g a d e de la p r o v i n c e vaudoise, chez u n e vieille fille, Mademoiselle Séchée...

Occasion d ' u n e satire de la bourgeoisie p r o t e s t a n t e locale «qui préfigure celle q u e l'on r e t r o u v e avec le notaire M a g n e n a t d a n s le d e u x i è m e r o m a n , «Les circons- tances de la vie».

Ce J e a n - D a n i e l est u n e sorte d ' a u t o - p o r t r a i t de R a m u z . P r é s e n t é c o m m e le

A L L E Z S A V O I R ! / № 3 4 F É V R I E R 9 0 0 6

En 1900, le jeune Ramuz obtient sa licence à l'UNIL. Puis il part à Paris où il écrira un premier roman, resté inédit jujqu 'à ce jour

Y

A L L E Z S A V O I R ! / № 3 4 F É V R I E R 2 0 0 6

(8)

Aprèd le .m ecc.< de ¿e¿ romand, découvrez lej inédit,) de Ramuz L E T T R E S

type même du Vaudois t e n d u , r ê v e u r et orgueilleux, c'est «un inquiet qui se c h e r c h e sans jamais se trouver», un être qui a des choses à dire mais ne t r o u v e pas ses mots (lire un extrait exclusif en pages 14-15). Solitaire, il est tout de même en relation avec quelques autres personnages, d o n t l'ami Pierre, celui de l'introduction, avec qui il é c h a n g e des «Lettres d'Alle- magne».

Des gens du peuple

« D a n s cette c o r r e s p o n d a n c e fictive, Ramuz r e p r e n d des éléments a u t o b i o g r a - phiques ( i l a s é j o u r n é à K a r l s r u h e e n 1896- 97), qu'il mêle à son expérience pari- sienne», note R o g e r Francillon. U n e manière de p r e n d r e de la distance avec le Pays de Vaud et de faire souffler sur ce

«pays du lac» un v e n t venu d'ailleurs.

M a i s ce jeune h o m m e sauvage a s u r - tout p o u r amis des gens du peuple : J e a n - jean, le cantonnier, Lisette, la vieille pay- sanne, M a r c , un pêcheur. «Le personnel romanesque ramuzien est déjà présent. O n r e t r o u v e r a ensuite des figures semblables, comme celle du père Pinget, p ê c h e u r de son état, d a n s «La vie de Samuel Belet».

Et avec elles, un fatalisme - «On est mené», dit le t a u p i e r Lambelet - q u i s'entend aussi d a n s la b o u c h e du père J e a n j e a n .

Au milieu du r o m a n , «La soirée du poêle» est une longue introspection où J e a n - D a n i e l é v o q u e son enfance. A u t r e satire, a u t r e prise de distance mais avec l'enseignement cette fois. R a m u z dit tout le mal qu'il pense de celui dispensé au Col- lège classique cantonal où, soit dit en pas- sant, il a été un excellent élève.

Pour échapper à la dépression,

«marie-toi» !

«Là encore, certains de ces éléments sont repris, d a n s «Découverte du monde», textes a u t o b i o g r a p h i q u e s de la fin des a n n é e s 30.» M a i s l'introspection et le retour sur le passé n'ont q u ' u n temps : dans la dernière partie du r o m a n , J e a n - D a n i e l réalise qu il doit agir. Pour sortir de sa soli-

tude, il a c c o m p a g n e r a le p è r e J e a n j e a n , d a n s un alpage du J u r a a p p a r t e n a n t à un certain J e a n - Pierre. Ce d e r n i e r va lui don- ner un conseil simple: se marier. Rien de tel p o u r é c h a p p e r à ce q u ' o n appellerait a u j o u r d ' h u i un état dépressif.

Demande en mariage

J u s t e m e n t , au chalet d'en bas, vit la j e u n e F a n c h e t t e , qui va c h a q u e jour por- ter leur repas a u x p a y s a n s . J e a n - D a n i e l n ' a u r a a u c u n mal à p r o v o q u e r u n e ren- contre et à faire sa d e m a n d e en mariage.

Hélas, F a n c h e t t e a les pieds sur terre: elle c o m p r e n d qu'il n'est pas de son m o n d e et le rejette.

Le journal de J e a n - D a n i e l s'achève sur cet échec. L'ami Pierre r e p r e n d alors la parole d a n s le court épilogue où l'on a p p r e n d q u e le protagoniste est mort à l'hôpital d ' u n e phtisie foudroyante.

«Les r a m u z i e n s inconditionnels esti- m e r o n t q u e la publication de textes d o n t

la valeur esthétique n'est pas c o m p a r a b l e à celle des textes de m a t u r i t é est contes- table. D e fait, e n t r e ce p r e m i e r roman et

«Aline» (1905), la différence est é n o r m e . M a i s l'intérêt des Œ u v r e s complètes est de rendre compte de la naissance d un écri- vain», fait r e m a r q u e r Roger Francillon.

Or, «La vie et la mort de J e a n - D a n i e l C r a u s a z » est très intéressant du point de vue de la création r a m u z i e n n e p u i s q u e les éléments i m p o r t a n t s sont déjà p r é s e n t s : le r e c o u r s à l'oralité, le p e r s o n n a g e du col- porteur, l'évocation de la n a t u r e et des tra- v a u x des c h a m p s , l'ambivalence.

«Cette d e r n i è r e , u n e c o n s t a n t e d a n s la vie de l'écrivain, t r a d u i t le r a p p o r t exis- tant e n t r e l'amour que R a m u z p o r t e au pays et au paysage s u r t o u t , et son rejet de la bourgeoisie vaudoise.» Un m o n d e auquel non seulement il a p p a r t i e n t mais d o n t il est t r i b u t a i r e , p u i s q u e ses textes sont publiés d a n s le « J o u r n a l de Genève», la «Gazette de L a u s a n n e » et d a n s des

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revues r o m a n d e s , essentiellement. P o u r - tant, il reste marginal, d'où son attrait p o u r les m a r g i n a u x .

La société rejette l'écrivain

« D a n s un plan préliminaire à la p r e - mière version de « J e a n - D a n i e l » , R a m u z voulait conférer à l'idylle avec F a n c h e t t e u n e dimension symbolique, la c h a r g e a n t de représenter l'amour du pays : F a n c h e t t e est le pays et ce pays le rejette. Très vaste problématique, reprise dans «Aimé Pache»

et «Passage du poète», q u e celle de l'iso- lement de l'artiste d a n s u n e société qui ne le c o m p r e n d p a s . La scène avec F a n c h e t t e est donc un élément fondamental de la sen- sibilité de R a m u z , de son «être au monde», p o u r parler c o m m e les existentialistes. Et m ê m e s'il est d a t é du point de vue de sa facture, le r o m a n laisse entrevoir, à la fin, une certaine auto-ironie où la fiction elle- m ê m e est mise en cause.»

Eluabeth Gilles

Le volume 4 des «Œuvres complètes» de Ramuz, qui paraît en avril prochain, est exclu­

sivement composé de textes jamais publiés, soit un roman, des poèmes, des nouvelles et des conférences. Inventaire avant publication.

Poèmes, nouvelles et conférences

Il a fallu choisir parmi plus de 1100 poèmes. Certains sont inachevés, beaucoup sont commentés par l'écrivain lui-même (le mot «purée» revient souvent!). Ramuz semble d'abord avoir quelque peine à se déprendre de l'alexandrin, mais il y parvient puisque «Le petit village», recueil qui fait de lui le chef de file des jeunes écrivains romands, est en vers libres.

Sa culture poétique - marquée par Eugène Rambert et Juste Olivier, écrivains importants à l'époque - est aussi nourrie de Lamartine, Vigny, Musset, Baudelaire ou Rimbaud et le sillage du «Bateau ivre» traverse les poèmes de jeunesse.

Une veine des plus noires

Les nouvelles, elles, appartiennent à deux veines: l'une réaliste-naturaliste où se sent l'influence d'un pessimisme schopenhauerien. On y croise déjà ivrognes et marginaux et une préfiguration de personnages comme celui de Rose la folle (dans «Aimé Pache»).

A cette veine des plus noires, sans ouverture aucune, appar­

tient «L'enterrement de Bibi l'ivrogne». Une autre nouvelle décrit des bagarres entre paysans autour d'affaires d'argent et se termine par : «C'était la nuit de Noël.»

La seconde veine est romantique et tournée vers le fantas­

tique, avec un intérêt pour l'aspect légendaire qui sera très pré­

sent dans les futurs nouvelles et romans (dont «La grande peur dans la montagne»).

Ramuz analyse Rousseau

Quant aux conférences, il s'agit de travaux de séminaires sur Rousseau et sur les Goncourt, présentés vraisemblablement à l'université par Ramuz. Ils ont été réalisés dans le cadre des cours du professeur Georges Renard, que Ramuz ne cite jamais, et qui, pourtant, n'est pas n'importe qui: en 1900, il est nommé au Col­

lège de france. Dans ces textes se trouvent déjà des éléments de pensée qui préfigurent les essais des années de maturité.

Ce volume IV sera suivi en automne 2006 et au printemps 2007 de cinq volumes de nouvelles auxquels a travaillé Laura Saggiorato (lire en page 17). Ils regroupent tous les textes de ce genre de 1903 à la mort de l'écrivain en 1947. Avec là aussi un certain nombre d'inédits.

E. G.

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