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Un patrimoine culturel immatériel émergent : le Courir du Mardi Gras de Faquetaique, Louisiane

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Academic year: 2021

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Texte intégral

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Un patrimoine culturel immatériel émergent

Le Courir du Mardi gras de Faquetaique, Louisiane

Mémoire

Lucie Benoit

Maîtrise en ethnologie et patrimoine

Maître ès arts (M.A.)

Québec, Canada

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(3)

iii

Résumé

Ce mémoire examine comment des Cadiens perpétuent la tradition du Courir du Mardi gras dans une perspective de développement durable de leur patrimoine par l’étude du cas du Courir de Faquetaique. Un survol de la tradition est présenté ainsi qu’une mise en contexte du Courir de Faquetaique, qui s’éloigne du caractère touristique et commercial de d’autres Courirs. Au moyen d’observations participantes et d'entrevues avec des participants, une analyse de sa mise en œuvre et d’aspects spécifiques est proposée. Ayant recours aux caractéristiques d’un développement durable d’un patrimoine suggérés par l’ICOMOS, en 2011, cette analyse démontre que n’est pas tant son caractère géographique local qui définit, aux yeux des participants, ce Courir de Faquetaique, mais plutôt « l’esprit du lieu », et les gens avec qui ils le réalisent. Ces acteurs montrent qu’ils font évoluer consciemment cette tradition en faisant en sorte qu’elle s’inscrive dans un esprit de continuité.

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v

Abstract

This thesis examines how Cajuns are keeping the tradition of the “Courir du Mardi Gras” alive in a perspective of sustainable development of their heritage through the case study of the Courir of Faquetaique. After a presentation of the Cajun Mardi Gras, the Faquetaique run is put in context, as it detaches itself from other Courirs considered more touristic or commercial. Drawing from participant observations of the event and interviews with participants, this research analyzes the organization and some specific aspects of the Faquetaique run. Through the perspective of the criteria of a sustainable development of heritage proposed by the ICOMOS, in 2011, our analysis concludes that it is not so much the local and geographical character that defines, in the eyes of the participants, the Faquetaique run, but, rather, the “spirit of place” that takes place and the people, or community, by which it is performed. These actors show how they consciously develop this tradition by inscribing it into continuity.

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vii

Table des matières

Résumé... iii

Abstract ... v

Table des matières ... vii

Liste des figures ... xi

Liste des abréviations ... xiii

Remerciements ... xvii Introduction ... 1 Énoncé de la problématique ... 5 Questions de recherche ... 8 Hypothèses de recherche ... 9 Justification méthodologique ... 11

Cueillette des données ... 11

Bilan de la littérature ... 11

Devenir une « Mardi gras »: l’observation participante ... 12

Les « Mardi gras » se démasquent : entrevues semi-dirigées ... 15

Traitement et analyse des données ... 18

Chapitre 1 ... 23

Patrimoine culturel immatériel et développement durable, une question d’actualité ... 23

1. Le patrimoine culturel immatériel ... 23

1.1 Patrimoine culturel immatériel et communauté ... 27

1.1.1 La communauté cadienne de la Louisiane: le voisinage ... 29

1.2 Le patrimoine culturel immatériel et le développement durable ... 31

1.2.1 Du folklore au patrimoine culturel immatériel et de la protection à la sauvegarde : évolution des discours sur le patrimoine ... 32

1.3 La culture comme pilier du développement durable ... 34

2 Sauvegarder le patrimoine culturel immatériel ... 37

2.1 Communautés et développement durable du patrimoine culturel immatériel ... 39

2.2 La transmission du patrimoine culturel immatériel ... 41

3 L’esprit du lieu ... 42

Chapitre 2 ... 45

Du carnaval au Mardi gras : évolution d'une tradition ... 45

1 Le carnaval ... 45

1.1 Les origines du carnaval ... 45

1.2 Les discours autour du carnaval ... 48

1.3 Quelques caractéristiques du carnaval ... 50

(8)

viii

2 Le carnaval en Amérique: le Mardi gras ... 56

2.1 Du carnaval au Mardi gras ... 56

2.2 Le Mardi gras urbain de La Nouvelle-Orléans ... 57

2.3 Le Mardi gras rural en Louisiane ... 58

2.3.1 Le Courir du Mardi gras ... 59

2.3.2 « Les Mardi gras, ça vient une fois par an » ... 61

2.3.3 « Capitaine, Capitaine voyage ton flag, allons chez l'autre voisin » ... 64

2.3.4 Le Courir du Mardi gras cadien en évolution ... 67

2.3.5 La présence de « l'Autre » ... 70

Chapitre 3 ... 73

Une tradition en évolution ou l'analyse du Courir du Mardi gras de Faquetaique ... 73

1 « Les Mardi gras ça vient de tout partout » : les participants... 74

1.1 Les Cadiens ... 74

1.2 « I got to be Cajun for a day » : les autres ... 76

2 La communauté de Faquetaique ... 77

2.1 « Faquetaique, c'est nous la communauté » ... 78

3 Les Mardi gras cadiens et les étrangers : le partage de la tradition ... 83

4 Courir le Mardi Gras cadien : une ethnologue sur le terrain ... 86

4.1 Courir le Mardi gras de Faquetaique : récit des observations participantes ... 86

4.2 Les coulisses du Courir de Faquetaique : analyse de sa mise en œuvre ... 95

4.2.1 « Tant qu'ils respectent les règles » ... 97

4.3 La tradition et l'innovation ... 100

4.3.1 Les costumes ... 100

4.3.2 La chanson ... 103

4.3.3 Le défi du poteau ... 105

4.3.4 Le boudin ... 107

4.3.5 L'hommage à Dennis McGee ... 109

5 Un Courir émergent ... 113

Chapitre 4 ... 115

Faquetaique ou le développement durable du patrimoine culturel immatériel cadien ... 115

1 La cohésion sociale ... 115

2 Le bien-être ... 117

3 La créativité ... 118

4 L'attractivité économique ... 119

5 La compréhension entre les peuples ... 121

6 L'esprit du lieu de Faquetaique ... 122

(9)

ix

Conclusion ... 127

Bibliographie ... 131

Sources d’enquêtes ethnologiques ... 131

Ouvrages et articles consultés ... 131

(10)
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xi

Liste des figures

Figure 1 : Observation participante du Courir du Mardi gras en costume traditionnel. (©Herb Roe, 2012) ... 14

Figure 2 : Les Vilains et l’initiation des nouveaux participants. (©Lucie Benoit, 2012) ... 88

Figure 3 : Le Capitaine du Courir du Mardi gras de Faquetaique de 2012, Linzay Young, donne le signal du départ avec son drapeau. (©Lucie Benoit, 2012) ... 89

Figure 4 : Musiciens du Courir du Mardi gras de Faquetaique. (©Lucie Benoit, 2012) ... 90

Figure 5 : Un voisin lance un poulet en direction des Mardi gras. (©Lucie Benoit, 2012) ... 91

Figure 6 : Une jeune Mardi gras vient d’attraper un poulet . (©Lucie Benoit, 2012) ... 93

Figure 7 : Détails des masques du Courir du Mardi gras de Faquetaique. (©Lucie Benoit, 2012) ... 98

Figure 8 : Détails d’un costume du Courir du Mardi gras de Faquetaique. (©Lucie Benoit, 2012) ... 100

Figure 9 : Le défi du poteau. (©Lucie Benoit, 2012) ... 105

Figure 10 : Distribution de boudin aux Mardi gras. (©Lucie Benoit, 2012) ... 108

Figure 11 : L’hommage à Dennis McGee. (©Lucie Benoit, 2012) ... 110

Figure 12 : Carte de l'état de la Louisiane et de ses principales villes : un point jaune indique l'endroit où se déroule notre étude: Savoy. Source: http://d-aps.com/carte.phplib=louisiane_carte&num_car=20530&lang=fr ... 141

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Liste des abréviations

CGLU : Commission de culture de Cités et Gouvernements Locaux Unis ICOMOS: International Council on Monuments and Sites

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xv

À mes grands-mères Évelyne Benoit et Élisabeth Basque,

porteuses de tradition et à mes grands-pères Azade Benoit et Gérard Basque,

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xvii

Remerciements

J e v e u x s o u l i g n e r l ’ a p p u i d e m o n d i r e c t e u r d e r e c h e r c h e , M o n s i e u r L a u r i e r T u r g e o n . S e s c o n s e i l s j u d i c i e u x e t s o n s o u t i e n o n t g r a n d e m e n t c o n t r i b u é à l a r é a l i s a t i o n d e c e p r o j e t d e r e c h e r c h e . J e t i e n s é g a l e m e n t à s o u l i g n e r l ’ a p p u i f i n a n c i e r d u C o n s e i l d e l a v i e f r a n ç a i s e e n A m é r i q u e . M e r c i a u x i n f o r m a t e u r s e t i n f o r m a t r i c e s q u i m ’ o n t g é n é r e u s e m e n t f a i t p a r t d e l e u r e x p é r i e n c e a u C o u r i r d u M a r d i g r a s d e F a q u e t a i q u e . M e r c i à m e s p a r e n t s e t à m o n f r è r e p o u r l e u r s e n c o u r a g e m e n t s c o n s t a n t s d a n s t o u s m e s p r o j e t s . U n m e r c i s i n c è r e a u x a m i ( e ) s i n c o m p a r a b l e s q u i m ’ o n t , c h a c u n ( e ) à l e u r f a ç o n , s o u t e n u d a n s c e p r o j e t : A n d r é a n n e , A n n e , C h a n t a l , C h a n t a l e , C a t h e r i n e , É l i s a b e t h , J e a n - F r a n ç o i s , L u c i e , M a r i e - C l a u d e , M a t h i e u , S y l v e t t e . U n m e r c i s p é c i a l à C h a r l o t t e q u i m ’ a f a i t d é c o u v r i r l ’ e t h n o l o g i e e t q u i m ’ a a p p u y é t o u t a u l o n g d e c e t t e r e c h e r c h e . P a r l e u r c r é a t i v i t é , l e u r g é n é r o s i t é , l e u r t a l e n t , l e u r d é v o u e m e n t , c e s p e r s o n n e s c o n t r i b u e n t q u o t i d i e n n e m e n t à l a m i s e e n v a l e u r d e n o t r e p a t r i m o i n e . M e r c i à c e u x e t à c e l l e s q u i m ’ o n t a c c u e i l l i e n L o u i s i a n e . A u C o n g r è s m o n d i a l a c a d i e n d e 2 0 0 9 q u i s e d é r o u l a i t d a n s m a r é g i o n n a t a l e , l a P é n i n s u l e a c a d i e n n e a u N o u v e a u - B r u n s w i c k , j e f i s l a r e n c o n t r e d e C a d i e n s . I l s o n t s u m ’ i m m e r g e r d a n s l e u r h i s t o i r e , d a n s l e u r c u l t u r e e t d a n s l a r i c h e s s e d e l e u r p a t r i m o i n e . D e s v o y a g e s a u c œ u r d e l e u r c o m m u n a u t é m ’ o n t p e r m i s , p a r l a s u i t e , d e d é c o u v r i r l e C o u r i r d u M a r d i g r a s , s e s c o u l e u r s e t s o n i m p o r t a n c e . M e r c i a u x C a d i e n s g r â c e à q u i j ’ a i p u e n r i c h i r m o n e x p é r i e n c e : V a l e r i e , L u c i u s , R a c h e l , J o e l , J o u r d a n e t à t o u s l e s a u t r e s q u i , c o n t r e v e n t s e t m a r é e s , v a l o r i s e n t l e u r p a t r i m o i n e , l e p a r t a g e n t e t c o n t r i b u e n t à s a s a u v e g a r d e . I l s g a r d e n t l e u r h é r i t a g e v i v a n t e t l e t r a n s p o s e n t d a n s l a m o d e r n i t é . M e r c i s i n c è r e à M a u d e q u i n ’ a j a m a i s c o m p t é l e s h e u r e s d e t r a v a i l , d e d i s c u s s i o n , d e r é v i s i o n , d ’ é c o u t e e t d e s o u t i e n p o u r l a c o n c r é t i s a t i o n d e c e p r o j e t . E l l e a s u é c l a i r e r m e s r é f l e x i o n s , m ’ a i g u i l l e r , m ’ e n c o u r a g e r e t ê t r e u n e a m i e i n e s t i m a b l e . P a r - d e s s u s t o u t , e l l e a é t é u n m o d è l e d e r i g u e u r e t d ’ e x c e l l e n c e q u i a g u i d é c e t r a v a i l . C e m é m o i r e n e p o u r r a i t e x i s t e r s a n s s e s c o n t r i b u t i o n s , p e t i t e s e t g r a n d e s .

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xix W e a r e a n u n d i s s o l v e d m o r s e l i n a m e l t i n g p o t o f w a t e r e d - d o w n c u l t u r e . A s p e c k o f c o l o r i n a s k y o f g r e y . A r e b e l r a c e w i t h t h e r i g h t t o d e f y t o d a y ' s g e n e r i c g i a n t s . ( . . . ) We r e a p w h a t w e s o w a n d e a t w h a t w e c o o k . We s i n g , w e d a n c e . We l a u g h a n d c r y. We c e l e b r a t e l i f e a n d h o n o r d e a t h . We a r e b o t h t h e f u n e r a l a n d t h e f e s t i v a l . We s t a n d o n t h e s h o u l d e r s o f o u r p a s t . Wa l k w i t h d e l i b e r a t e s t e p s i n t h i s p r e s e n t . L o o k i n g w i t h h o p e t o w a r d s o u r f u t u r e . We a r e t h e e v o l u t i o n o f o u r f o r e f a t h e r ' s e ff o r t s . A p r o v i s i o n o f i n s p i r a t i o n f o r o u r c h i l d r e n ' s c a m p a i g n . ( … ) We a r e C o m m u n i t y. T h i s i s o u r c r o p . O u r f o o d . O u r m u s i c . O u r a r t . O u r c u l t u r e . T h i s i s w h o w e a r e . We w i l l n o t g i v e u p . We w i l l n o t l e t g o . We a r e L â c h e P a s . To b y R o d r i g u e z1

1 Toby Rodriguez est l'un des organisateurs et un co-capitaine du Courir du Mardi gras de Faquetaique. Voir Toby Rodriguez, « Who is lâche pas? », http://www.lachepasboucherie.com/about/, consulté le 19 juin 2014.

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1

Introduction

Au cours des dernières décennies, une prise de conscience s'est développée, au niveau mondial, sur l'importance du patrimoine culturel immatériel2, de sa valeur et de ses modes de

transmission. En 2003, l'adoption, par l'UNESCO, de la Convention pour la sauvegarde du

patrimoine culturel immatériel3 est un exemple déterminant de cette tendance. Les débats entourant ce patrimoine font appel à des approches de plus en plus interdisciplinaires, à de nouveaux concepts (Akagawa et al. 2009; Smith 2006) et au sens que l'on donne au patrimoine dans un contexte moderne (Turgeon 2009).

L’une de ces nouvelles avenues de recherche s’adresse à l’étude du patrimoine culturel immatériel selon la perspective du développement durable. Selon cette optique, certains chercheurs accordent au patrimoine d’être « un facteur de cohésion sociale, de bien-être, de créativité, d’attractivité économique et de compréhension entre les peuples » (ICOMOS 2011). On conçoit, alors, le patrimoine culturel immatériel comme étant « traditionnel, contemporain et vivant à la fois, inclusif, représentatif, fondé sur les communautés, transmis de génération en génération »4 et

conférant aux communautés « un sentiment d'identité et de continuité » et un moyen d’exprimer leur créativité (UNESCO 2003: 3).

Par ailleurs, les chercheurs démontrent un intérêt croissant au sujet de l’expression et de la conservation du patrimoine culturel immatériel au sein des communautés culturelles minoritaires, notamment en Amérique du Nord francophone (Turgeon 2010: 394, Labelle 2010). Soulignons le cas particulier des Cadiens5 du sud-ouest de la Louisiane : vivant en milieu minoritaire, cette

2 « La notion de patrimoine immatériel fait référence à l'aspect intangible du patrimoine culturel. Par opposition au patrimoine matériel qui concerne, entre autres, les infrastructures, les édifices ou l'architecture, le patrimoine immatériel comporte des éléments comme l'identité, la musique, les traditions, les symboles, les connaissances et la créativité ». Fusco Girard et al., « Tourism, Cultural Heritage and Strategic Evaluations: Towards Integrated Approaches », Cultural

Tourism and Sustainable Local Development, Peter Nijkamp, éd. Farnham, ASHGATE, 2009, p. 221.

3 Ratifiée par plus de 115 pays, cette Convention visait « (…) la sauvegarde du patrimoine culturel immatériel; le respect

du patrimoine culturel immatériel des communautés, des groupes et des individus concernés; la sensibilisation aux niveaux local, national et international à l'importance du patrimoine culturel immatériel et de son appréciation mutuelle; la coopération et l'assistance internationales ». Voir Convention pour la Sauvegarde du patrimoine culturel, UNESCO, Paris, le 17 octobre 2003. http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001325/132540f.pdf. Consulté le 11 novembre 2011.

4 Voir UNESCO, « Qu’est-ce que le patrimoine culturel immatériel? ».

http://www.unesco.org/culture/ich/index.php?lg=fr&pg=00002, consulté le 16 décembre 2012.

5 J’utiliserai la définition du mot Cadien telle que proposée par Lindhal: « White French American population whose ancestry and current cultural practices are largely derived from the Canadian ''Acadians '' who arrived in Louisiana in the

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communauté culturelle exprime un aspect fondamental de son patrimoine culturel immatériel par la tradition du « Courir du Mardi gras »6 . Avec les traditions musicales (Ancelet 1989a) et culinaires

(Bienvenu 2005), plusieurs affirment que le Mardi gras est non seulement un symbole de fierté, mais aussi de l'identité cadienne et de son patrimoine culturel immatériel (Ancelet et al. 1991: 84, Ware 2003a: 20).

Point culminant des festivités précédant le carême, le Courir du Mardi gras permet aux Cadiens de perpétuer un événement représentatif de leur patrimoine culturel (Ancelet 1989b; Lindhal 2004). Cette pratique remonte au Moyen Âge, en Europe, et se célèbre depuis le début du XXe siècle dans certaines régions rurales de la Louisiane (Ware 2006: 13). Pour les Cadiens, elle

prend la forme de célébrations carnavalesques qui durent parfois plusieurs jours. Le « Courir » est caractérisé par une procession costumée et masquée des membres de la communauté dans les rues du voisinage. Ils passent de maison en maison en chantant et en dansant pour demander la charité à leurs voisins. Les participants au Courir, appelés « Mardi gras », recueillent, ainsi, des ingrédients qu’ils ajouteront dans le gombo7 communautaire qui sera servi le soir-même à l’occasion

d'une soirée dansante ou « bal » (Lindhal 2004).

De fait, de nombreuses communautés cadiennes perpétuent la tradition du Courir du Mardi gras dans les régions rurales louisianaises. Certaines de ces communautés n’acceptent que leurs membres immédiats (originaires de la communauté ou y habitant) et célèbrent dans un respect strict de la tradition8. À Eunice9, cependant, le Courir du Mardi gras s’est adapté en conséquence à des

second half of the eighteenth century and whose culture tended to dominate the prairie region of southwestern Louisiana as the population absorbed and was influenced by Native American, Continental French, German, Irish, and Spanish peoples ». Voir Carl Lindhal, « A Note on the Festive, Cultural, and Geographic Range of This Issue »: 140. Journal of

American Folklore, 2001,114 (152).

6 « Courir le Mardi gras » se dit usuellement chez les Cadiens « le Courir du Mardi gras » et je conserverai donc cette

expression ici.

7 Met caractéristique de la cuisine louisianaise, le gombo est un plat ressemblant à une soupe composé de viande ou de

fruits de mer (ou les deux), avec, parfois, de l'okra et servi sur du riz. Albert Valdman (éd.). 2010. Dictionary of Louisiana

French. As Spoken in Cajun, Creole, and American Indian Communities: 314. Jackson : University Press of Mississippi,

p. 314.

8 C’est le cas du Courir de Tee-Mamou-Iota, où l’on dit qu’il est l'un des Courirs qui a survécu, au fil du temps, sans

interruption. Voir Tee-Mamou-Iota Mardi Gras Association. « History of Iota Tee-Mamou Mardi Gras Folklife Festival », Tee-Mamou-Iota Mardi Gras Association, 2013.

http://www.iotamardigras.com/history.html, consulté le 15 avril 2012.

9 Eunice est une ville située à environ 230 km de La Nouvelle-Orléans connue pour ses célébrations du Mardi gras. Voir

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pressions issues de l’extérieur. Afin d’accommoder les touristes, qui sont de plus en plus nombreux à vouloir y assister, on a procédé à quelques changements dans son déroulement10.

Dans la petite localité de Savoy, en banlieue d’Eunice, la pratique du Courir du Mardi gras est toutefois récente. N'existant que depuis 2006, ce Courir, nommé « Faquetaique »11, fut mis en

place par un groupe de Cadiens et leurs amis en réponse au caractère de plus en plus touristique et commercial que prennent les festivités d’Eunice. Ces personnes veulent se détacher de ces tendances commerciales, jugeant celles-ci moins authentiques, de plus en plus « diluées » (L. Fontenot 2012). Comme l'explique Wilson Savoy, l'un des artisans du Courir de Faquetaique : « Cajun Mardi Gras was always meant to be small, each little rural area having their own 'run', consisting of a small acoustic band and a handful of runners. The bigger the Mardi Gras becomes, the more the traditions get watered down and forgotten about » (Walker 2011). Les créateurs du Courir du Mardi gras de Faquetaique désiraient donc offrir une alternative à celui d’Eunice. Ils voulaient que ce nouveau Courir soit plus traditionnel, selon leur conception de la tradition, et, également, plus inclusif que les Courirs réservés aux habitants d’un seul voisinage.

Étant donné le caractère récent et la forme que prend le Courir du Mardi gras de Faquetaique, ce dernier suscite un questionnement quant à ses moyens d’affirmation et de transmission du patrimoine culturel immatériel cadien. Que ce soit par sa nouveauté, l'ajout de nouveaux éléments ou l'origine de ses participants, ce Courir s’inscrit également dans un contre-courant. Il se positionne contre le caractère touristique et commercial retrouvé à Eunice ou ailleurs (où l’on modifie la tradition pour satisfaire un public de touristes), mais aussi contre les pratiques pures et dures du Courir du Mardi gras. Ainsi, avec le cas de Faquetaique, on assiste à l’élaboration d’une forme émergente de la tradition du Courir du Mardi gras cadien.

Ce mémoire comportera quatre chapitres. Le premier chapitre traitera du patrimoine culturel immatériel, de ses liens avec les notions de communauté et de développement durable et, enfin, de l’esprit du lieu. Cette partie me permettra de situer et de comprendre les différents discours

10 On a entre autres modifié le parcours afin qu’il se termine au centre-ville et organisé un concours de masques pour les

touristes. Voir Carolyn E. Ware, « Marketing Mardi Gras: Heritage Tourism in Rural Acadiana », Western Folklore, 62, 3 (2003b), p. 157-187.

11 Selon Fontenot: « It’s a Native American term. It’s a turkey hen. That’s [also] the name of the area before the area is called Savoy, because of the large amount of Savoy that lived there. It was called that by the Native American: the Faquetaique ». Entrevue réalisée avec Lucius Fontenot, le 20 février 2012.

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entourant ce patrimoine ainsi que les mesures prises par certaines institutions, gouvernements ou communautés pour sa sauvegarde. Le second chapitre abordera le carnaval et le Mardi gras cadien. Ce sera l'occasion de s’intéresser aux principaux auteurs s'étant penchés sur ces sujets pour positionner, par la suite, cette recherche par rapport à leurs études. Le troisième chapitre brossera un portrait du Courir du Mardi gras de Faquetaique afin d'en effectuer une analyse plus approfondie. Il sera, entre autres, question de mettre en relation ce Courir avec la tradition du Courir du Mardi gras cadien telle que décrite dans la littérature sur le sujet. J'analyserai le Courir de Faquetaique selon la perspective du développement durable d’un patrimoine culturel immatériel dans le dernier chapitre. La conclusion permettra une synthèse des résultats obtenus et ouvrira sur d’autres avenues de recherches.

Au terme de cette étude, on obtiendra une meilleure compréhension du Mardi gras comme élément fondamental du patrimoine culturel immatériel cadien; une amélioration de la compréhension des enjeux du Courir du Mardi gras cadien dans un contexte moderne; une meilleure connaissance des modes de transmission de cette tradition; un portrait des participants au Courir du Mardi gras et des liens tissés entre eux ainsi qu'une représentation de l'apport de ces derniers dans sa mise en œuvre. Il s’agira également d’établir dans quelle mesure le partage de cette tradition représente une occasion pour les étrangers de connaître et de découvrir la culture cadienne.

De plus, ce mémoire s'inscrira dans un courant de recherche émergeant en ethnologie, c’est-à-dire l'expérience participative d'un chercheur au sein du patrimoine culturel immatériel d'une communauté culturelle minoritaire. Il pourra intéresser, entre autres, ceux et celles qui veulent en savoir davantage sur le patrimoine culturel immatériel et sur l'expression des traditions dans une perspective de développement durable. Cette étude s’adressera également à quiconque se questionne sur les relations entre porteurs de tradition et étrangers. Enfin, elle concerne toute personne qui manifeste de la curiosité sur la Louisiane, sur les Cadiens et sur la tradition du Courir du Mardi gras cadien.

En somme, le Courir du Mardi gras de Faquetaique comporte une fonction de conservation du patrimoine culturel immatériel cadien qu'on ne peut ignorer. Cet aspect est d’autant plus significatif étant donné la situation culturelle minoritaire vécue par les Cadiens aux États-Unis.

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L’exemple du Courir du Mardi gras de Faquetaique peut, ainsi, éclairer les enjeux liés au patrimoine culturel immatériel des francophones en Amérique du Nord au XXIe siècle. Enfin, par l'étude de ce

cas particulier, une meilleure compréhension des mécanismes du développement durable du patrimoine culturel immatériel de telles communautés sera mise au jour.

Énoncé de la problématique

Cette recherche se veut une réflexion critique à propos de la tradition du Courir du Mardi gras en Louisiane, ainsi que de son déroulement dans un contexte contemporain. L'étude du cas du Courir de Faquetaique, dans la région rurale de Savoy, comporte des pistes pertinentes, notamment quant à son origine, sa mise en œuvre et la provenance des participants.

D'ailleurs, le Courir de Faquetaique a été créé, au milieu des années 2000, en réponse à certaines préoccupations de ses instigateurs concernant le Courir du Mardi gras cadien. Ceux-ci jugeaient essentiel de perpétuer la tradition, dans le contexte où de nombreux Courirs du Mardi gras étaient devenus, à leurs yeux, plus commerciaux et touristiques. C'était le cas, à leur avis, du Courir de la ville voisine d'Eunice où cette commercialisation, selon eux, « diluait » la tradition (Walker 2011).

Désirant offrir une alternative aux Courirs existants, les artisans du Courir de Faquetaique ont élaboré une forme différente du Courir du Mardi gras cadien, tout en se basant sur les éléments de cette tradition qu'ils jugeaient incontournables. Ils ont, entre autres, choisi de rendre leur Courir plus inclusif que certains autres Courirs plus restrictifs, en permettant à des personnes qui ne sont pas originaires de la région de Savoy ou de la communauté cadienne d'y participer12. On accepte, à

Faquetaique, les gens de toutes origines culturelles, tant qu’ils respectent les règles d’être costumés et de porter un masque. De plus, les créateurs du Courir de Faquetaique ont instauré quelques nouveautés. Par exemple, ils ont ajouté un arrêt, à mi-parcours, à un cimetière local pour rendre hommage à Dennis McGee (1893-1989), un pionnier de la musique louisianaise13.

12 Ancelet dira: « They created an inclusive structure that eliminated the racial and gender segregation found in many

other runs ». Barry Jean Ancelet, op.cit., 2009, p. 12.

13 Compositeur, violoniste et chanteur, Dennis McGee est né en 1893 et a grandi à l'Anse des Rougeaux, près d'Eunice,

en Louisiane. Dans les années 1920 et 1930, il a fait de nombreux spectacles avec le célèbre accordéoniste créole, Amédé Ardoin et son propre beau-frère, Sady Courville, joueur de violon cadien. Par sa musique et son style, McGee aura une influence considérable sur les générations de musiciens cadiens qui le suivront. Peu de temps avant son

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Ces choix soulèvent des questionnements, notamment de la part d’Ancelet (2009: 12). Ce chercheur émet quelques réserves face au Courir émergent de Faquetaique. D'après lui, il est difficile, pour les participants de ce Courir, de bien comprendre la tradition du Courir du Mardi gras et d'en saisir les subtilités : puisque le Courir de Faquetaique est récent, ses participants n’ont pas pu apprendre, de façon optimale, tous les aspects de la tradition. Ceux-ci n’ont pas eu la chance d'observer comment faisaient les plus anciennes générations de Mardi gras, les porteurs de la tradition. Cette situation pourrait occasionner, selon Ancelet, une compréhension erronée du sens même du Courir du Mardi gras.

De plus, selon cette perspective, il faut, également, considérer le rôle et l'importance des liens qui se tissent entre les participants dans le cadre du Courir du Mardi gras. Tout processus de transmission, selon Alexandre (2013: 19) nécessite un contact entre ses porteurs de tradition et ceux ou celles qui reçoivent cette connaissance, cet apprentissage ou ce savoir-faire. La façon dont se réalisent ces rencontres ainsi que leur fréquence, dans l'exercice de la tradition, influencera la compréhension qu'en auront ses participants. Cet élément sera déterminant dans l'étude du processus de transmission et de conservation de la tradition du Courir du Mardi gras. En particulier, il constituera un aspect d'analyse essentiel pour le cas émergent du Courir de Faquetaique.

Cependant, il s'avère pertinent d’examiner les réserves d'Ancelet, concernant le Courir de Faquetaique, en relation avec la préoccupation de ses artisans de connaître et de perpétuer la tradition du Courir du Mardi gras. Cela porte à analyser le cas de Faquetaique sous l'angle du patrimoine culturel immatériel selon une perspective de continuité, ou, plus précisément, de développement durable. Défini, dans le Rapport Brundtland (1987), comme étant un « développement qui répond aux besoins du présent, sans compromettre la capacité des générations futures de répondre aux leurs », l'ICOMOS (2011) propose que le développement durable, dans le cas d’un patrimoine culturel immatériel, soit : « un facteur de cohésion sociale, de bien-être, de créativité, d’attractivité économique et aussi de compréhension entre les peuples ». On préconise, donc, un transfert des « connaissances, des savoir-faire et significations », ainsi qu'une transmission du patrimoine « de génération en génération » (ICOMOS 2011). C'est dans ce contexte

décès, il sera nommé au titre de doyen honoraire de l'université Southwestern de la Louisiane. Il décède, en 1989, en laissant un important héritage musical. Voir Ville d'Eunice, « Dennis McGee », article non daté. http://eunice-la.com/dennismcgee.html, consulté le 4 mai 2012.

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qu'il est de mise, ici, de s'interroger sur l'origine du Courir de Faquetaique (pourquoi), sur ses principaux acteurs (par qui), mais, surtout, sur sa mise en œuvre (comment).

Toutefois, le contexte émergent du Courir de Faquetaique et notamment l'ajout d'éléments originaux, soulève un questionnement quant à la représentation de la tradition que se font les personnes qui y prennent part. Il est pertinent, alors, de s'interroger sur la manière dont on a mis en œuvre la tradition du Courir du Mardi gras cadien, à Faquetaique. Entre autres, les éléments les plus significatifs sélectionnés par ses artisans, pour faire vivre la tradition, représentent un facteur évocateur de leur perception de celle-ci. Ainsi, observer en quoi le déroulement de Faquetaique, ainsi que les symboles que l'on a choisi d’y perpétuer, correspondent à un Courir dit « traditionnel », sera éclairant dans l'étude du processus de transmission et de préservation de la tradition. On peut s'interroger, également, sur les différentes innovations apportées dans le Courir de Faquetaique. Examiner la raison même de ces ajouts, leur signification ou la forme qu'ils prennent permettra de déceler les contrastes entre ce Courir et les autres et d'en dégager un portrait global.

En outre, le contexte du Courir du Mardi gras, tel que présenté à Faquetaique, nous amène à sonder son lien avec la notion de l'esprit du lieu. Regroupant l'ensemble des composantes matérielles et immatérielles du patrimoine culturel, l'esprit du lieu rassemble les éléments « qui donnent du sens, de la valeur, de l'émotion et du mystère au lieu » (ICOMOS 2008). Selon Smith (2006: 75), l'esprit du lieu façonne le sens abstrait de l'identité et permet aux individus de se situer au sein d'une communauté, et donc dans un « lieu » qui est également culturel, social et physique. Or, une tradition comme le Courir du Mardi gras cadien doit prendre forme dans un lieu physique, un endroit géographique choisi. À l'origine, celui-ci avait lieu dans un voisinage et regroupait une communauté de voisins qui célébraient ensemble. Ainsi, s'interroger sur la signification que revêtent le lieu et son lien avec la tradition, pour les participants du Courir de Faquetaique, pourrait enrichir cette étude. On pourra entre autres se demander si, malgré sa nouveauté, les caractéristiques d'un esprit du lieu sont présentes à Faquetaique.

En somme, que ce soit par la volonté de ses instigateurs de conserver la tradition, par la communauté atypique qui y participe ou par son déroulement original, le Courir du Mardi gras de Faquetaique soulève plusieurs interrogations qui méritent d'être considérées. Porter un regard critique sur les moyens et les efforts de conservation du patrimoine culturel immatériel, dans le cas

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particulier de Faquetaique, ouvre la voie à de nouvelles avenues de recherche, notamment en ce qui concerne l'esprit du lieu.

Questions de recherche

En tenant compte de la nouveauté du Courir de Faquetaique, de sa mise en œuvre se distinguant des autres Courirs par l’ajout d’éléments novateurs ainsi que de la composition de la communauté y participant (différente d’une communauté cadienne traditionnelle célébrant le Mardi gras), mon étude tentera de répondre à l’interrogation suivante : Le Courir du Mardi gras de

Faquetaique permet-il de perpétuer la tradition du Mardi gras cadien, et si oui, en quoi?

Il s'avère à propos de s’interroger sur la façon dont le Courir de Faquetaique permet une transmission des valeurs traditionnelles du Mardi gras cadien, par une recréation d’éléments anciens de la tradition et l’ajout de nouveaux. Il faut également se demander jusqu'à quel point les symboles choisis dans la mise en œuvre du Courir de Faquetaique sont déterminants pour la pérennité de la tradition. Cela nous amène à examiner l'importance, pour les participants, accordée aux éléments d'un Courir du Mardi gras cadien jugés traditionnels ainsi qu'aux nouvelles composantes que l'on a intégrées à Faquetaique. Jugent-ils que ces choix soient révélateurs du sens même de la tradition? Quel apprentissage peuvent-ils tirer de la connaissance des symboles traditionnels du Courir du Mardi gras cadien? Enfin, quelle est la signification des innovations apportées au Courir de Faquetaique pour ses participants?

Par ailleurs, puisque la composition de la communauté de Faquetaique s'avère différente d’une communauté cadienne typique célébrant le Courir du Mardi gras cadien, on peut, aussi s’interroger sur le profil de ses participants. Cela soulève un questionnement quant aux relations tissées entre les porteurs de tradition et les étrangers qui y prennent part. Ces liens permettent-ils une transmission de la tradition? Qui sont ces gens et que recherchent-ils dans leur participation au Courir de Faquetaique? Est-ce que le partage de cette expérience leur accorde une meilleure compréhension de la tradition du Courir du Mardi gras cadien?

Enfin, cette étude permettra de voir, plus précisément, comment le Courir du Mardi gras de Faquetaique peut s’inscrire dans une perspective de développement durable du patrimoine culturel immatériel cadien, c’est-à-dire d’être « un facteur de cohésion sociale, de bien-être, de créativité et

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d’attractivité économique et de compréhension entre les peuples » (ICOMOS 2011), et ce malgré sa nouveauté et la composition originale de sa communauté.

Hypothèses de recherche

Dans le but de répondre à la problématique formulée pour l'analyse du Courir du Mardi gras de Faquetaique, plusieurs hypothèses peuvent être soulevées. Celles-ci permettront d'aiguiller cette recherche et de mieux définir les angles d'étude à aborder.

D'abord, on peut avancer l’hypothèse selon laquelle les organisateurs du Courir de Faquetaique désirent perpétuer la tradition du Courir du Mardi gras cadien. En souhaitant se détacher de l'aspect commercial et touristique de la fête célébrée dans la ville voisine d’Eunice et, surtout, en créant leur propre événement, ceux-ci se tournent vers leurs racines pour garder leur culture cadienne vivante. Cette initiative prend forme dans la mise en œuvre de la tradition, lors du Courir du Mardi gras de Faquetaique.

De plus, on peut penser que ce nouveau Courir du Mardi gras, nommé Faquetaique, ouvre à ses artisans la possibilité de choisir et de retenir les symboles qui sont les plus importants, à leurs yeux, dans la réalisation du Courir du Mardi gras cadien. Ils peuvent, ainsi, donner forme à leur Courir comme ils l'entendent, selon la valeur qu'ils accordent à ces symboles comme moyen d'expression de la tradition. Ainsi, on peut s'attendre à ce que les participants, à Faquetaique, concrétisent le Courir du Mardi gras selon leurs aspirations, à l'aide des éléments qu'ils considèrent comme les plus familiers et les plus traditionnels. Cependant, on peut présumer que ceux-ci vont, également, l’insérer dans la modernité par l'apport de nouveautés au sein du Courir. Cette circonstance permettra, conséquemment, l'expression de la créativité des participants à Faquetaique.

Ensuite, il est possible d'établir l'hypothèse proposant que les instigateurs du Courir de Faquetaique aient voulu le réaliser selon une vision d’une communauté qui leur est propre, et qui est également actuelle et inclusive. Ce Courir offre l'occasion à la « communauté de Faquetaique » (différente d'une communauté cadienne traditionnelle célébrant le Mardi gras), de se réunir, annuellement, dans le cadre de célébrations carnavalesques précédant le carême. De plus, en partageant leur tradition du Courir du Mardi gras avec un auditoire plus vaste, les artisans de

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Faquetaique contribuent à la faire découvrir, à la faire apprécier, et, ultimement, à la sauvegarder. On peut s'attendre à ce que ce partage, effectué entre les porteurs de tradition et les nouveaux participants au Mardi gras, favorise un contexte privilégié afin que ces derniers en apprennent plus sur le Courir du Mardi gras cadien. Aussi, par l'entremise de ces festivités, on peut soulever l'hypothèse que le Courir de Faquetaique vise, en conséquence, la transmission et le partage de la culture cadienne dans un sens large.

En outre, le fait d'organiser leur propre Courir du Mardi gras permet aux organisateurs de Faquetaique de démontrer, dans un contexte culturel minoritaire, leur fierté et leur créativité. Ils peuvent ainsi exprimer leur identité culturelle et leur attachement à leur patrimoine culturel, tout en les partageants avec les autres. Enfin, on peut présager que cet événement représente l'affirmation, voire la redéfinition d’un patrimoine culturel immatériel cadien dans la société d'aujourd'hui.

En plus, en considérant la problématique formulée, on peut également avancer que le Courir de Faquetaique présente plusieurs propriétés essentielles pour assurer la continuité du patrimoine culturel immatériel cadien, dans une optique de développement durable. On peut prévoir, notamment, par l'observation des principales caractéristiques de ce Courir, que ce dernier renfermera les éléments suggérés par l'ICOMOS, en 2011, d'une situation démontrant « de cohésion sociale, de bien-être, de créativité et d’attractivité économique et aussi de compréhension entre les peuples ». Ce Courir, par sa mise en œuvre ainsi que par les gens qui y participent, est « traditionnel, contemporain et vivant à la fois, inclusif, représentatif, fondé sur les communautés »14.

Or, le Courir de Faquetaique constitue l'occasion parfaite, pour ses participants, de mettre en œuvre, de façon concrète, la tradition du Mardi gras cadien. C'est alors une opportunité de rendre tangible un aspect fondamental du patrimoine culturel immatériel cadien. Enfin, puisque cette tradition du Courir du Mardi gras se déroule dans un lieu physique, la campagne louisianaise, on peut émettre l'hypothèse qu'elle constituera un exemple évocateur de la notion de l'esprit du lieu par la signification qu'elle prendra pour les participants du Courir de Faquetaique.

14 Voir UNESCO. « Culture », article non daté. http://www.unesco.org/culture/ich/index.php?lg=fr&pg=00002, consulté le 16 décembre 2012.

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Justification méthodologique

Plusieurs chercheurs s’entendent sur la nécessité d'étudier le patrimoine culturel immatériel selon une approche dynamique, diversifiée et complémentaire (Smith 2006: xii-xiii, Tornatore 2011: 222). Parmi les différents angles envisagés pour analyser ce patrimoine, c’est l’approche ethnologique qui est la plus prisée car elle donne accès à de riches données (Bonvoisin et al. 2011: 188, Pais de Brito 2004: 154, Tornatore 2011: 22). En conséquence, pour l'étude du Courir du Mardi gras de Faquetaique selon la perspective du développement durable, j'aurai recours à une approche jumelant un bilan de la littérature, une observation participante ainsi que des entrevues avec des participants.

Cueillette des données

Bilan de la littérature

Pour établir les bases de l'étude du Courir du Mardi gras de Faquetaique, il faut d’abord présenter un bilan de la littérature mettant en contexte du Courir du Mardi gras cadien. Sonder les origines de ces célébrations carnavalesques permettra de mieux comprendre ses fondements et d'observer son évolution, notamment en Amérique du Nord rurale, avec l'exemple du Courir du Mardi gras en Louisiane.

Comme l’affirment Martin (2001) et Agier (2004: 23), toute étude du carnaval doit inclure, au départ, une description détaillée du carnaval dans son cadre spatio-temporel. Selon Martin (2001: 31), un regard analytique doit être porté, également, sur la forme que prend le carnaval, sur la relation qui se tisse entre ses participants, mais, surtout, sur ses moyens d'expression (la musique, les costumes, les masques, les rôles de chacun, l'organisation, etc.). Martin (2001: 31) souligne qu'il est fondamental de relever ces principales composantes du carnaval au tout début de l’étude. Il s’en dégage une meilleure compréhension de sa signification, de ses variantes et de ses symboles.

Ce bilan sur le Mardi gras, en plus de tracer un portrait de la tradition en Louisiane, permettra par ailleurs d'établir un échantillonnage des symboles exprimés lors d'un Courir du Mardi gras cadien. Il sera possible de les mettre en relief avec ceux recensés sur le terrain le jour du Courir de Faquetaique. En plus, je serai en mesure de constater si les symboles considérés comme

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les plus traditionnels ou les plus importants, selon la littérature sur le sujet, ont été ceux auxquels on aura accordé le plus d'intérêt, lors du Courir du Mardi gras de Faquetaique.

Enfin, ce bilan de la littérature posera les bases de cette étude pour la positionner à la lumière des auteurs s'étant penchés sur la question. Clarifier ces notions permettra de mettre en lumière les aspects choisis pour la présente recherche. Bien qu'éclairant, le bilan de la littérature doit, toutefois, être appuyé par d'autres moyens de collectes de données, notamment par une observation participante du Courir de Faquetaique, ainsi que par des entrevues avec des participants.

Devenir une « Mardi gras »: l’observation participante

L'étude d'une tradition, tel le Courir du Mardi gras cadien, nécessite que le chercheur plonge directement au cœur de son sujet, sur le terrain, afin d'en obtenir une meilleure compréhension. Cette démarche lui permet également d'y puiser des données d'analyses originales et éloquentes. C'est pourquoi j'ai opté pour l'approche ethnologique de l'observation participante dans le cadre de cette recherche sur le Courir du Mardi gras de Faquetaique.

Étant l'une des méthodes les plus privilégiées pour les études en ethnologie, l'observation participante se déroule directement sur le terrain d'un événement, au sein même de ses principaux acteurs. En conséquence, elle permet au chercheur d’établir une relation privilégiée avec ses informateurs. Plus précisément, l'observation participante donne la chance à l'ethnologue de « participer réellement à la vie et aux activités des sujets étudiés » (Bianquis-Gaser 2009: 166). Enfin, cette approche offre une opportunité, unique, pour le chercheur, de s’immerger dans son sujet de recherche15.

En outre, l’observation participante permet de recueillir de l’information qui, souvent, ne peut être dévoilée lors d’entrevues avec des participants « que ce soit par omission intentionnelle ou non des informateurs » (Bianquis-Gaser 2009: 167). Toutefois, il faut garder en tête les contraintes d'une telle approche, comme souligné par Le Menestrel (2003: 121-138):

15 « The aim of this method is to enter as deeply as possibly into social and cultural field one researches (…) one tries to

immerse oneself into the life of the locals ». Thomas H. Erikson, Small Places, Large Issues: An Introduction to Social

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13 Because we do not have total control over fieldwork conditions (...) we must remain open to its twists and turns and take the time to make necessary and inevitable adjustments. Our ability to combine detachment and implication, our aptitude to adopt an over changing view on our own position, acts, views, and feelings is a condition and a tool for the production of knowledge.

D'ailleurs, dans le cas du Courir du Mardi gras cadien, les principaux auteurs s'étant penchés sur la question, dont Ancelet (1989 b et c, 2003, 2009), Le Menestrel (1999, 2003), Lindhal (1996, 2001, 2004), Mire (1992) et Ware (2003a, 2003b, 2006), ont tous privilégié l’approche de l'observation participante pour leurs recherches. Ancelet (2003), qui a étudié le Courir du Mardi gras cadien pendant plus d’une vingtaine d’années, avance que cette méthode offre aux chercheurs le meilleur moyen d'atteindre leur source d’information. De plus, selon cet auteur (2003 : 81-100), l'observation participante accorde une opportunité de saisir toute la complexité de la culture cadienne et de ses traditions, comme celle du Mardi gras.

L’observation participante d’un événement nécessite, à priori, une préparation minutieuse de la part du chercheur. Entre autres, il s'avère utile, pour celui-ci, d'avoir une bonne connaissance de l'événement ainsi que de l'endroit où il prendra place. Faire une tournée de reconnaissance sur le terrain, ou, même, avoir déjà participé à un événement similaire peut aiguiller l'ethnologue sur l'approche à utiliser pour effectuer son observation participante.

À cet effet, dans le cadre de cette étude, une préparation adéquate m'a permis d'avoir une collecte de données efficace lors du Courir du Mardi gras de Faquetaique. Quelques jours avant le Mardi gras, l’un des principaux organisateurs du Courir de Faquetaique, Lucius Fontenot, m’avait fait part du déroulement de la journée. Cela m'a donné la chance d'établir un scénario à l’avance, de réfléchir aux données à cueillir et d'élaborer une stratégie de collecte (dont noter les points de repère importants, prévoir les déplacements, etc.). Plus encore, ayant déjà participé à ce Courir, depuis 2010, j'ai pu orienter mon approche et mieux préparer mon travail de terrain. À ce sujet, Lindhal soutient que d’avoir la chance d’observer, à l’avance, le Courir du Mardi gras sans avoir à l’analyser s'avère: « a luxury that all sincere fieldworkers deserve, but few of us experience. (...) This opportunity would be a simple right: the right not to misrepresent the people one studies » (Lindhal 2003: 37). Surtout, une bonne préparation m'a accordé la possibilité de saisir les éléments les plus éloquents pour mon étude, le jour même des festivités.

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Afin de réaliser l’observation participante du Courir de Faquetaique, j’étais costumée en « Mardi gras ». Il faut dire que le port du costume et du masque y est impératif, même pour les ethnologues sur le terrain! Alors, j'ai confectionné un costume et un masque traditionnels, comme le font tous les participants. Par-dessus tout, cet aspect m’a donné la chance de m’immiscer au cœur de la tradition, m’accordant, ainsi, une meilleure compréhension de celle-ci. J'ai pu saisir, concrètement, l'anticipation vécue par les gens à l'approche de l'événement tout en y mettant, comme eux, les efforts, le temps et la recherche nécessaires pour la confection du costume et du masque.

Figure 1 : Observation participante du Courir du Mardi gras en costume traditionnel. (©Herb Roe, 2012)

Par la suite, deux observations participantes du Courir du Mardi gras de Faquetaique, en 2012 et 2013, m'ont permis de recueillir des variables fondamentales pour cette étude. Les notes consignées dans un journal de terrain, pour chacune de ces observations, constitueront une source d'information non négligeable. Par exemple, des impressions sur le terrain ou des détails divers du déroulement de la journée y seront inscrits. Toutefois, soulignons que le but premier d'un Courir du Mardi gras cadien est de passer dans le voisinage, de maison en maison, donc d'être toujours dans l'action et sur la route. En raison des rares et courts moments d'arrêt dans la journée, les notes prises lors du Courir de Faquetaique furent plutôt concises. Celles-ci me seront, malgré tout, d'une grande utilité pour mon analyse, entre autres pour avoir des références à des éléments précis.

Néanmoins, la méthode de cueillette la plus prolifique et efficace pour l'observation participante d'une tradition « en mouvement », tel le Courir du Mardi gras cadien, est sans contredit

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la captation d'images et de vidéos. J'ai pu capter une centaine de photographies et une vingtaine d'extrais vidéos à l'aide d'une caméra numérique de haute définition. Ces images permettront de tenir compte de l'ambiance de la journée et des célébrations, mais, surtout, de noter des détails visuels (costumes, masques, comportements des participants, faits divers, etc.). De plus, ces photographies et vidéos constitueront un bon point de repère quant au déroulement de la journée, ainsi qu’un rappel des symboles représentés lors du Courir du Mardi gras de Faquetaique. Ces informations me seront utiles lorsque je ferai référence à des aspects spécifiques de l’événement.

En résumé, que ce soit par la présence du chercheur directement sur le terrain avec les participants, par la réalisation de son propre costume, par la prise de notes dans un journal de terrain, ou par la captation d'images, l'observation participante d'un événement, telle la tradition du Courir du Mardi gras cadien, représente une approche qui offre un éventail de possibilités. Cette méthode de cueillette de donnée constitue, pour l'ethnologue, une approche incontournable lui permettant d'avoir accès aux données les plus éloquentes pour son étude.

Les « Mardi gras » se démasquent : entrevues semi-dirigées

Afin de compléter la cueillette de données tirées du bilan de la littérature et de l'observation participante, il est de mise de consolider cette information par des rencontres avec les principaux intéressés du Courir du Mardi gras de Faquetaique : ses participants.

Il s’agit, lors de ces entretiens, d’obtenir les données essentielles pour approfondir mon étude. Ainsi, des entrevues de type semi-dirigées ont été réalisées avec neuf participants au Courir du Mardi gras de Faquetaique16. Cette méthode est l'une des plus utilisées pour les recherches en

ethnologie, car elle permet d’établir une relation privilégiée entre le chercheur et les porteurs d’une tradition. Une entrevue de type semi-dirigée se fait avec un seul informateur à la fois, qui doit répondre à des questions établies dans un schéma d'entrevue abordant les grands thèmes que l'on désire étudier (Vincent 1989: 149). L'avantage des entrevues semi-dirigées, par rapport à des entrevues entièrement dirigées, repose sur la part de flexibilité qui est accordée à l'informateur et au chercheur, tout en leur permettant de garder en tête les principales thématiques pour lesquelles on veut obtenir de l'information. Toutefois, comme l'explique Vincent (1989), cette approche nécessite

16 Cette recherche a obtenu l’approbation du Comité d’éthique de la recherche de l’Université Laval (No. d’approbation :

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d'être toujours à l'affût des ajustements nécessaires, lors d'une telle entrevue, car, souvent, c'est l'enquêteur qui, sur le vif, formule les questions et sous-questions pertinentes. Selon cet auteur, le rôle du chercheur s'avère « d'autant plus déterminant puisqu'il doit saisir au passage les pistes que l'informateur lui donne tout en respectant l'entité des thèmes imposés par le questionnaire » (Vincent 1989: 149).

Ainsi, dans le cadre de mon étude, un processus de recrutement m’a permis d'approcher des participants au Courir du Mardi gras de Faquetaique, pour réaliser les entrevues. Afin d'avoir une bonne représentation des différents acteurs qui y participent, j’ai ciblé, comme échantillon, neuf personnes ayant pris part au moins à une occasion à ce Courir. Surtout, je visais à recruter, d’une part, des porteurs de tradition, c'est-à-dire des gens s'affirmant principalement d'origine culturelle cadienne, et, d'autre part, des étrangers (qui ne sont pas Cadiens)17. Un formulaire de recrutement

leur fut présenté, afin de les mettre au courant des modalités de l’étude. De plus, les grandes lignes de l'étude leur ont été expliquées, grâce à un formulaire de consentement donné avant l'entrevue. Les participants ont été avisés qu'ils étaient libres de participer ou non à ce projet de recherche. En tout temps, ils pourront mettre fin à leur participation, sans conséquence négative ou préjudice et sans avoir à justifier leur décision. Tous les renseignements personnels les concernant seront alors détruits. Enfin, ces entrevues ont, en moyenne, une durée de trente à soixante minutes et ont été captées par un enregistreur numérique. Selon le choix des informateurs, certaines entrevues ont, également, été captées à l’aide d’une caméra numérique de haute définition.

Dans le but d’orienter mes entretiens auprès des participants, un schéma d’entrevue fut élaboré, à la lumière de mes observations participantes du Courir du Mardi gras de Faquetaique. De grandes thématiques furent soulevées auprès des informateurs, telle leur participation au Courir de Faquetaique, l’importance qu’ils accordent aux symboles du Mardi gras cadien, leur perception de la tradition, les liens qu’ils privilégient avec les autres participants, etc.

Ce schéma d'enquête visait, dans un premier temps, à dresser un portrait des participants par l’obtention de certaines données biographiques à leur sujet : nom, âge ou date de naissance, lieu de naissance ou d’origine, occupation, rôle dans le Courir Mardi gras (organisateurs ou

17 À noter que les mineurs âgés de moins de dix-huit ans pour les Canadiens et de vingt-et-un ans pour les Louisianais,

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participants). Par la suite, deux grandes parties furent élaborées. La première comprenait une quinzaine de questions ayant pour thème la participation des informateurs au Courir du Mardi gras cadien de Faquetaique. Elle sondait, également, leur vision de de la tradition, leur attachement cette dernière et la connaissance qu’ils en avaient. La seconde partie, comprenant aussi une quinzaine de questions, s’adressait à la perception des informateurs quant à la présence d'étrangers aux festivités. Elle visait à connaître leur opinion à propos des relations qui peuvent se tisser entre les participants d’un tel événement. Certaines questions avaient pour but de les amener à décrire leurs sentiments quant à ces relations, afin de savoir si celles-ci favorisaient une transmission des connaissances du Courir du Mardi gras cadien. Enfin, les informateurs ont pu s’exprimer librement et sans contraintes sur les sujets évoqués.

Après la captation des entrevues, une transcription mot-à-mot a été réalisée et les données ont été compilées selon une grille d’analyse qualitative. Cette démarche permet de dégager une vue d’ensemble des propos des informateurs, puis de cibler les thématiques pertinentes pour répondre à la problématique de mon projet de recherche. Les principales données, pour cette partie de l’étude, ont été extraites du vocabulaire ou des expressions utilisées par les informateurs au sujet des thèmes évoqués lors de l’entrevue. Les dits et les non-dits (ou silences) témoigneront, également, de l’importance accordée à tel ou tel aspect ou de la perception des informateurs sur les sujets traités.

En somme, la réalisation d'entrevues de type semi-dirigées avec des participants au Courir de Faquetaique a permis de sonder des aspects, fondamentaux, qui n'ont pas été soulevés lors de l'observation participante ou du bilan de la littérature. Par-dessus tout, cette méthodologie offre la possibilité d'approfondir les thématiques centrales au cœur de cette étude et d'obtenir des réponses pertinentes aux questions énoncées.

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Traitement et analyse des données

Les variables utilisées lors de cette étude seront puisées à même les données recueillies avec les méthodes de collectes évoquées précédemment, soit un bilan de la littérature sur le Courir du Mardi gras cadien, des observations participantes du Courir de Faquetaique ainsi que des entrevues semi-dirigées avec certains de ses participants. Ces informations contribueront à réaliser une analyse approfondie de ce Courir selon la perpective du développement durable du patrimoine culturel immatériel cadien.

D'abord, un bilan de la littérature du Courir du Mardi gras cadien me permettra de faire ressortir les principales caractéristiques d'un Courir dit « traditionnel » ou celles qui sont les plus courantes dans la mise en œuvre de la tradition. Consulter les auteurs les plus prolifiques s'étant penchés sur la question, notamment, Ancelet, Lindhal, Mire et Ware, m'accordera la possibilité d'en tracer un portait. Un aperçu détaillé des caractéristiques fondamentales d'un Courir du Mardi gras cadien sera élaboré. J'établirai, lors de l'analyse, des parallèles entre les éléments retrouvés au Courir de Faquetaique et ceux extraits de la littérature dans une grille d'analyse. Des indicateurs éloquents y seront puisés : détails des costumes et des masques des Mardi gras, comportements et interactions entre les participants, éléments distinctifs ou événements inusités lors du Courir, etc. De plus, j'observerai si les symboles considérés comme les plus traditionnels ou plus courants d'un Courir du Mardi gras cadien, selon la littérature, ont été ceux auxquels on aura accordé le plus d'importance à Faquetaique. La récurrence et la place accordée à ces symboles représenteront des éléments significatifs pour la mise en œuvre de la tradition. Enfin, les nouveautés ajoutées à Faquetaique seront évocatrices de la créativité, de l'innovation et de l’adaptation à un contexte « contemporain ».

Afin de vérifier si le Courir du Mardi gras de Faquetaique apporte un sentiment de « bien-être » ainsi qu'étant un exemple de créativité, il faut analyser et corroborer les données puisées dans la littérature avec celles recueillies sur le terrain lors des observations participantes et lors des entrevues. L'objectif, ici, est d'observer et d'analyser « comment » ce Courir prend forme, tant par les choix que par les omissions des instigateurs et des participants lors de la journée de l’événement. Les variables seront puisées à même les photographies ou extraits vidéo du Courir de Faquetaique, des notes consignées dans le journal de terrain et du vocabulaire ou des expressions

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utilisées par les informateurs lors des entrevues. Les propos émis par les participants au Courir de Faquetaique quant à leur perception de l’événement permettront de constater si leur participation leur apporte un sentiment de « bien-être ». Les qualificatifs utilisés par ceux-ci pour décrire l’événement, le nombre de fois qu’ils y ont participé et le désir d’y retourner seront évocateurs de ce sentiment.

Ensuite, dans le but de vérifier jusqu’à quel point le Courir du Mardi gras de Faquetaique peut être considéré « inclusif [et] fondé sur les communautés », vecteur d’une « cohésion sociale », d'une « compréhension entre les peuples », il faut s’interroger sur « qui » participe à ce Courir. L’origine culturelle et la provenance des informateurs ayant participé aux entrevues pourront révéler un portrait de la « communauté de Faquetaique ». Rappelons que cette communauté, composée autant de Cadiens que d'étrangers, diffère d’une communauté cadienne typique célébrant une tradition comme le Mardi gras. En effet, les gens qui ne font pas partie du territoire géographique immédiat d'une communauté cadienne, dans le cas des Courirs jugés traditionnels, ne peuvent habituellement pas y participer. Puisque le Courir de Faquetaique réunit un groupe de personne particulier dans l'expression et la mise en œuvre de cette tradition, sera éclairante pour savoir s'il est inclusif. Les liens créés entre les participants à Faquetaique peuvent être un indicateur d'esprit de partage.

Pour les Cadiens, inclure des « étrangers » peut leur donner la chance de valoriser leur patrimoine culturel immatériel et de le partager. Interroger certains de ces participants (Cadiens et étrangers), apportera un éclairage quant à leur perception de la chose. L’importance que les participants accordent à tisser des liens entre eux et l'intérêt de partager la tradition sera un indicateur à considérer. Les propos avancés par les participants Cadiens au sujet de la présence d’étrangers lors de l’entrevue semi-dirigée seront également évocateurs de cette « compréhension entre les peuples ». Sonder les commentaires des gens ne venant pas de la région de Savoy au sujet de leur participation et de leur connaissance de la tradition et de la culture cadienne pourrait indiquer une certaine « compréhension entre les peuples ». Enfin, observer la perception que les participants ont d’eux-mêmes et des autres participants permettra un éclairage quant à cet aspect de mon étude.

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Le profil des participants (occupation ou degré d’implication au sein de la mise en valeur de la culture cadienne) pourra être une variable pertinente pour dégager l’importance qu’ils concèdent à la tradition et leurs désirs de la conserver. Les propos émis, à ce sujet, par les participants, selon le vocabulaire ou les expressions utilisés, seront des variables incontournables pour cette étude. Également, le temps et l’importance accordés, par les participants, à la préparation de leur participation à l’événement seront aussi des indicateurs des plus pertinents: temps de déplacement, confection du costume et du masque, désir de participer à nouveau au Courir du Mardi gras, etc. Ces données, ainsi analysées, seront réunies pour dégager un portrait d’ensemble des participants au Courir de Faquetaique.

Par ailleurs, se demander comment les organisateurs incitent les participants à bien s'intégrer aux festivités et à participer sera un indicateur de la vivacité du Courir du Mardi gras de Faquetaique. On pourra également observer comment cette communauté utilise le Courir du Mardi gras comme une occasion d’exprimer son leur patrimoine culturel et son identité culturelle tout en créant des liens avec des étrangers qui ne sont pas d'origine cadienne. Le désir de ces participants de renouveler l’expérience sera, aussi, un indice d'une tradition qui continue d'être vivante.

Pour vérifier si le Courir du Mardi gras de Faquetaique contribue à l'activité économique de la région, il faudra sonder les propos des participants à ce sujet. En examinant le profil des participants, on peut constater que plusieurs ne sont pas originaires de la région immédiate de Savoy ou même du pays. L'une des questions soulevées, dans le cadre des entrevues avec les participants, vise à savoir s'ils ont effectué des dépenses spécifiquement pour le Courir. Plusieurs achètent de la nourriture ou de l’alcool pour la journée et certains louent une chambre d’hôtel dans la région. Aussi, les organisateurs achètent les choses nécessaires, comme la nourriture, dans des commerces locaux. Donc, on pourra avoir un indice d'une certaine « attractivité économique » régionale par l’organisation de ce Courir du Mardi gras de Faquetaique.

Finalement, en conjuguant l'étude de la création du Courir du Mardi gras de Faquetaique et les aspirations de ses instigateurs (le pourquoi) avec les analyses évoquées précédemment, il sera possible de déterminer comment Courir du Mardi gras de Faquetaique permet de perpétuer la tradition du Mardi gras cadien. Bref, qu'elles soient puisées dans le bilan de la littérature sur le Courir du Mardi gras dit traditionnel, dans l'observation participante des festivités ou encore dans les

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entrevues semi-dirigées de participants du Courir de Faquetaique. Les informations obtenues, permettront de confirmer ou d’infirmer les hypothèses avancées et de répondre à la problématique énoncée.

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Figure

Figure 1 : Observation participante du Courir du Mardi gras en costume traditionnel. (©Herb Roe, 2012)  Par la suite, deux observations participantes du Courir du Mardi gras de  Faquetaique, en  2012 et 2013, m'ont permis de recueillir des variables fondam
Figure 2 : Les Vilains et l’initiation des nouveaux participants. (©Lucie Benoit, 2012)
Figure 4 : Musiciens du Courir du Mardi gras de Faquetaique (©Lucie Benoit, 2012)
Figure 5: Un voisin lance un poulet en direction des Mardi gras. (©Lucie Benoit, 2012)
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