• Aucun résultat trouvé

Organe de la Chambre suisse de l'Horlogerie, des Chambres de commerce, des Bureaux de contrôle et des Syndicats professionnels.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Partager "Organe de la Chambre suisse de l'Horlogerie, des Chambres de commerce, des Bureaux de contrôle et des Syndicats professionnels. "

Copied!
10
0
0

Texte intégral

(1)

P A

Seizième Année. — ND 92 P r i x d u n u m é r o : 1 0 centimes

Jeudi 21 Novembre 1 9 0 1 . Bureaux: R u e d e l a S e r r e , 5 8

A B O N N E M E N T S

> n a n : Six m o i s :

Suisse . . . . Fr.G»— Fr. 3»—

Union postale » 12»— » fi»—

On s'abonne a tous les bureaux de poste

paraissant le Jeudi et le Dimanebe â la USiaoMle-Fonils

ANNONCEES

suisses 20 ct., étrangères 25 et. la ligne Öftres et demandes de place

10 centimes la ligne.

Les annonces se paient d'avance.

Organe de la Chambre suisse de l'Horlogerie, des Chambres de commerce, des Bureaux de contrôle et des Syndicats professionnels.

Les Consulats suisses à l'étranger reçoivent le j o u r n a l .

Bureau des Annonces: HAASENSTEIN & VOGLER, 32, rue Leopold Robert, CHAUX-DE-FONDS et succursales en Suisse et à l'étranger.

La situation en Angleterre

S'il faut e n c r o i r e u n c o r r e s p o n d a n t d e L o n d r e s d u Monde économique; la s i t u a - tion e n A n g l e t e r r e s e r a i t d e s p l u s n o i r e s . Ce t a b l e a u e s t si s o m b r e q u ' i l s e m b l e a v o i r é t é p r i s n o n s u r le vif, m a i s à t r a v e r s le b r o u i l l a r d d e c e s d e r n i e r s j o u r s .

« L e b r o u i l l a r d p o l i t i q u e et social e s t e n - c o r e p l u s i n t e n s e q u e celui d e la n a t u r e , si l ' o n e n j u g e p a r l e s d i s c o u r s p o l i t i q u e s p r o n o n c é s u n p e u p a r t o u t p a r l e s a m i s e t l e s e n n e m i s d u g o u v e r n e m e n t , v o i r e m ê m e a u x E t a t s - U n i s , o ù M. R e d m o n d l'ait u n t a b l e a u n a v r a n t d e la p e r f i d e A l b i o n et o b t i e n t d e s f o n d s i m p o r t a n t s p o u r c o m b a t - tre le g o u v e r n e m e n t a n g l a i s . M. J o h n M o r l e y a fait d e u x d i s c o u r s d a n s la m ê m e s e m a i n e , M M . A s q n i l h e t H a m b o u r g o n t é g a l e m e n t p r i s la p a r o l e a i n s i q u e S i r E . C a r s o n . S i r M. H i c k s B e a c h , l o r d R a g l a n et M. B i r r e l l , et la s é r i e c o n t i n u e . C e n ' e s t p l u s la c o n f u s i o n d e s l a n g u e s d e l ' é p o q u e b i b l i q u e , m a i s p l u t ô t la c o n f u s i o n d e s i d é e s , e t ce q u i c o m p l i q u e e n c o r e la s i t u a - t i o n , c'est la p e r s p e c t i v e d u d i s c o u r s p r o - g r a m m e d e L o r d R o s e b e r y . L e p a r t i mili- t a i r e e s t d i v i s é p a r la q u e s t i o n d e S i r R e d v e r s B u l l e r , et la d i s c o r d e q u i r è g n e e n A f r i q u e , m a l g r é les d i r e s d e L o r d Kit- c h e n e r , et l ' a m i r a u t é , p a r d e s q u e s t i o n s d e r é f o r m e s i m p o s s i b l e s à r é s o u d r e à c a u s e d u m a n q u e d e f o n d s .

(( Q u a n t a u x s c a n d a l e s , ils a b o n d e n t d a n s t o u s les s e n s : s c a n d a l e s r e l i g i e u x , s c a n d a - l e s s o c i a u x , d o n t l'affaire I l o r o s c o n s t i t u e u n e d e s p r i m e u r s .

« A j o u t e z à cela les m é f a i t s d e s r ô d e u r s d e r u e s , d i t s Hooligans, q u i p u l l u l e n t d a n s t o u s les q u a r t i e r s , et s è m e n t la ter- r e u r p a r l e s a t t a q u e s n o c t u r n e s , la p r o s t i - t u t i o n s o u s t o u t e s s e s f o r m e s q u i s ' é t e n d d e p l u s e n p l u s à t o u t e s l e s c o u c h e s s o - c i a l e s , l ' i v r o g n e r i e q u i é c r a s e la race sa- x o n n e , l e s faillites, les b a n q u e r o u t e s , les s u i c i d e s q u i a u g m e n t e n t d a n s d e s p r o p o r - t i o n s e f f r a y a n t e s e t v o u s a u r e z u n e i d é e d e l'état d ' à m e d e la s o c i é t é a n g l a i s e ac- t u e l l e .

« L e s c o n t r i b u a b l e s p e u v e n t s ' a t t e n d r e à d e n o u v e l l e s t a x e s d'ici la n o u v e l l e a n n é e .

Ce n ' e s t p l u s la c o u r o n n e r o y a l e q u i est l o u r d e , m a i s les r e s p o n s a b i l i t é s n a t i o n a l e s . S h a k e s p e a r e a d i t : « U n e a s y r e s t s the h e a d t h a t wears a c r o w n » ; d e n o s j o u r s il e û t p u d i r e : « U n e a s y r e s t a t h e h e a d t h a t pays a c r o w n ». C e n ' e s t p l u s le s o m m e i l d e celui q u i porte la c o u r o n n e q u i e s t agité m a i s p l u t ô t celui d u c o n t r i b u a b l e q u i paie la c o u r o n n e ( p i è c e d e 6 fr. 2 5 ) .

« L e s m a l a d i e s é p i d é m i q u e s s ' é t e n d e n t d e p l u s e n p l u s : la p e s t e , la p e t i t e v é r o l e , le c r o u p font t o u s l e s j o u r s d e s v i c t i m e s . O n en p a r l e p e u et p o u r c a u s e . L a m i s è r e , la faim c o m m e n c e n t l e u r œ u v r e h i v e r n a l e . E n t r e t e m p s o n t fait d e g r a n d s p r é p a r a - tifs p o u r les fêtes d u c o u r o n n e m e n t d ' E - d o u a r d V I I , d é n o m m é o l l i c i e l l e m e n l : Edwardns VII, Dei gratia Britanniarum et terraram transmarinarum qu<e in di-

lione sunt Britannica Rex Fidei de/ensor India' Imperator. »

Timbres au rabais

îs'ous avons dernièrement attiré l'attention de nos lecteurs sur une nouvelle forme des coupons Gella, qui nous paraissait être, une imitation des anciens « coupons de commerce ». Voici, au- jourd'hui, le texte de la convention que passe le Comité, émettant de ces coupons avec les petits commerçants qui acceptent de. servir d'intermé- diaire entre le Comité et le public.

Pendant que, dit l ' A r t i s a n , les journaux ge- nevois sont remplis d'annonces des nouveaux industriels, nous devons dire que le Comilé de la Chambre du commerce et de l'industrie du can- ton de Berne adresse au Conseil d'Etat une, péti- tion pour lui demander d'interdire, sur le. terri- toire du canton, les opérations de la Société suisse pour la vente de coupons au rabais.

Voici cette convention : Convention

eu Ire

In Société suisse des Timbres-Rabais et M

La Société suisse des Timbres-Rabais s'engage :

1° A conclure avec des détaillants de Ions pro- duits et articles à . . et flans les communes environnantes, des conventions pour le débit des timbres-rabais, leur p e i n i ' i t a n l par les achats au comptant du public, de développer et d'étendre leur chiffre d'affaires.

2° A donner avec les livrets destinés à rassembler les timbres-rabais, des listes contenant les noms et adresses des détaillants contractant la présente convention, classés par branches et ordre alphabétiques.

3° A distribuer gratuitement a u x habitants de . . . et éventuellement à ceux des communes environnantes, les listes précitées.

4° A stimuler le plus possible le public par voie d'annonces dans les journaux ou toute autre réclame, à adopter le système de la société et à collectionner les timbres-rabais.

5° A installer un magasin central, où les timbres- rabais, rassemblés en quantité suffisante, pour- ront être échangés contre les marchandises et objets divers. La Société s'engage spécialement à n'accepter, pour les divers articles à débiter à son magasin central, ni espèces ni valeurs quelconques, mais uniquement la contrevaleur eu timbres-rabais.

Les détaillants s'engagent :

1° A accepter de la Société, selon leurs besoins, les timbres-rabais qui leur seront remis dans des carnets spéciaux et à engager leurs clients au comptant à les prendre, ou tout au moins à les leur délivrer immédiatement sur demande de ces derniers, sans augmenter li urs prix de vente et ce, sur la base d'un timbre-rabais par achat de 20 centimes complets, soit :

Fr. 0.20, un timbre; fr. 0,40, deux timbres ; de fr. 0,60 à fr. 0,7!), trois timbres ; fr. 1,—, cinq timbres, etc., etc.

Il est spécialement convenu que ces timbres ne pourront être délivrés qu'à leurs acheteurs et en aucun cas, sous une autre forme, comme vente, complaisance, etc.

2° A décompter hebdomadairement avec la So- ciété, en lui payant un franc par chaque cen- taine, complète, de timbres distribués, et à res- ter responsables de tous timbres disparus ou volés chez eux.

3° A ne pas délivrer d'autres bons, timbres ou coupons sous quelque forme que ce soit, et à donner l'escompte aux clients, uniquement en timbres-rabais de la Société suisse des Tim- bres-rabais.

4" A afficher dans leurs vitrines, magasins et boutiques, à des endroits apparents, des affi- ches ou des enseignes :

Ici on délivre des timbres-rabais de la Société suisse des Timbres-Rabais.

Ces affiches leur seront remises gratuitement par la Société et restent la propriété de cette der- nière.

Les deux contractants soussignés s'engagent à défendre de toute manière, les intérêts communs résultant du présent cou Irai, et concluent lu pré- sente convention pour une durée d'une année

(2)

532

prenant cours le . . . . ; elle sera considérée comme prolongée d'année en année, sauf dénon- ciation par une des parties contractantes au moins huit semaines avant une des échéances.

Ainsi fait de bonne foi et en double exemplaire, ne valant que simple.

Chez les Typographes

O n é c r i t d e la C h a u x - d e - F o n d s à la Suisse libérale :

D a n s p e u d e t e m p s , u n e p e t i t e r é v o l u - t i o n é c o n o m i q u e va s ' o p é r e r d a n s les i m - p r i m e r i e s d e n o s t r o i s j o u r n a u x q u o t i d i e n s . U n e p a r t i e d u p e r s o n n e l d e s t y p o g r a p h e s , e n v i r o n u n e d i z a i n e d ' o u v r i e r s , s e r o n t r e m - p l a c é s p a r d e s m a c h i n e s à c o m p o s e r .

Celles-ci d e m a r q u e a l l e m a n d e , s o n t fa- b r i q u é e s à B e r l i n p a r la S o c i é t é L a « T y p o - g r a p h e » , d o n t la m a c h i n e p o r t e le n o m .

L ' a s s o c i a t i o n o u v r i è r e d u m é t i e r a eu d e r n i è r e m e n t p l u s i e u r s a s s e m b l é e s p o u r d i s c u t e r c e t t e i m p o r t a n t e q u e s t i o n . E l l e a d é c i d é d ' é l a b o r e r u n tarif s p é c i a l p o u r la m a c h i n e , q u i s e r a s o u m i s a u x p a t r o n s .

O n n e p r é v o i t a u c u n e difficulté à l'ac- c e p t a t i o n d e ce tarif. L a « T y p o g r a p l e » fait f a c i l e m e n t a v e c u n h o m m e p o u r la c o n - d u i r e l ' o u v r a g e d e q u a t r e o u v r i e r s à la m a i n .

Les chemins de fer du monde en 1901

D'après le bilan dressé par une grande revue allemande, la longueur totale des chemins de fer du monde à la fin de 1890 était de 772,000 kilomètres, ou plus de neuf fois le diamètre du globe à l'équateur et le double de la distance àe la terre à la lune. A remarquer, en outre, que ce chiffre de 772,000 kilomètres exprime la longueur des lignes et non pas celle des voies. Si l'on y comprenait celle-ci, il serait considérablement augmenté, de très nombreuse lignes en Europe et en Amérique surtout étant à double voie.

Des cinq parties du monde, c'est l'Amérique qui possède le plus grand réseau, plus de la moitié de la longueur totale, soit 393.000 kilo- mètres, et, bien que, au point de vue de la su- perficie, l'Europe n'atteigne qu3 le quart de celle de l'Amérique, elle vient immédiatement après celle-ci comme longueur des chemins de fer;

elle en possède 278.000 kilomètres, tandis que l'Asie n'en compte que 58.000 kilomètres, l'Aus- tralie, 24.000 et l'Afrique, 20.000. Si l'on répartit le nombre total des kilomètres de lignes par pays, on trouve en premier r a n g les Etats-Unis, 304.57(3 kilomètres ; viennent ensuite: l'Allema- gne, 5 0 . 5 1 1 ; la Russie, 45.998; la Fance, 42 mille 2 1 1 ; l'Aulriche-Hongrie, 30.275; les Indes britanniques, 30.488; la Grande-Bretagne et l'Irlande, 34.868; le Canada, 27,755 kilomètres.

Mais, au point de vue de la superficie terrestre desservie, c'est-à-dire de la densité des lignes ferrées, la Belgique l'emporte sur tous les pays du monde avec 21 kilomètres de chemins de fer par 100 kilomètres carrés Elle est suivie de près par la Saxe, avec 18,8 kilomètres. De 1895 à 1899, la longueur des voies ferrées du monde s'est accrue de 10,2 u/° ; mais, depuis 1890, cet accroissement s'est tenu entre 3,3 °/°- Si l'on tient compte qu'en Europe le coût du kilomètre de chemin de fer ressort à 375.000 francs, on peut donner au réseau européen un valeur de 104 milliards de francs ; et, si l'on ajoute 90 milliards de francs pour les lignes ferrées des réseaux situés hors d'Europe on arrive au chiffre de 194 milliards de francs comme valeur d'éta- blissement de l'ensemble des chemins de fer terrestres.

Le bon patron

(Du Journal du Jura)

Nous disions donc que l'antagonisme qui s'éta- blit très fàctieusement entre patrons et ouvriers va se généralisant. Pourquoi? Nous n'entrerons pas ici dans de vastes considérations économi- ques. Il est certain que nous traversons actuelle-

i.A K E D E K A T I O N H O U L O G E K K S U 1 S S K ment une ère de crise, une période de fiévreuse évolution. Les profondes couches sociales, — selon le mot de Gambetta, — sont aujourd'hui nerveuses, inquiètes, agitées par une foule d'as- pirations et de désirs vagues, les yeux fixés sur la « cité nouvelle » qui ne leur apparait encore que dans un mirage d'utopies et de rêves. Mais ne prenons pas de trop gros mots pour dire tout simplement que le « prolétariat » — pour em- ployer le terme consacré, — s'est lancé tout en- tier dans le « struggle for life », qu'il revendique les droits qu'il a conscience de mériter et qu'il ne demande en somme pas autre chose que la pos- sibilité de jouir enfin du produit de son travail de quarante siècles, c'est-à-dire des bienfaits et des jouissances de la civilisation. Depuis un siècle à peu près, les prolétariens ont conquis la liber- té. Ils se sont aperçus depuis lors que celte li- berté toute seule n'était guère qu'un beau mot bien sonore, mais que pour en jouir il faut pos- séder 1'« aisance» qui dégrève le cœur et le cer- veau des soucis déprimants et des souffrances lamentables de l'existence. Et voilà ce que les petits d'ici-bas, sans faire de style ni de sociolo- gie, résument instinctivement dans ce mot qui revient à chaque instant sur les lèvres des ou- vriers : « Du travail pour gagner de l'argent, des loisirs pour convertir cet argent en jouissances, en menus bonheurs, — et enfin suffisamment de temps pour se reposer à la fois des jouissances et du travail ». La fameuse formule des trois huit est la traduction pratique de celle théorie : huit heures de travail, huit heures de sommeil, huit heures de loisirs. Et en somme, c'est très juste.

Mais tout cela, direz-vous, n'a qu'un lointain rapport avec le titre de cet article. Patience, nous y arrivons.

Les desiderata de la foule ne se traduisent pas, comme ceux en général des députés, par des pe- titions anodines ou d i s vœ ix platoniques. P o u r obtenir quelque chose, c> Populo» gronde comme un bouledogue, probablement parce qu'on l'a habitué depuis des siècles à ne rien obtenir sans montrer les dents. Et les aspirations ouvrières dont nous avons parlé se sont manifestées depuis vingt a n s et plus par une exubérante floraison de grèves, d'émeutes et de conflits de toutes sor- tes. En beaucoup d'endroits, les prolétariens se sont heurtés à de vives résistances de la part du patronat, et c'est ainsi que le mécontentement et l'instinct de révolte ont gagné les milieux ou- vriers de proche en proche, comme une marée montante. Où il y a de l'eau troubla abondent les pécheurs : il devait se trouver infailliblement des gens pour tirer profit de cette situation. A côté des sincères et des âmes d'apôtres qui se sont voués à l'amélioration du soil des humbles,

— et ceux-là il faut les respecter, — s'est créée toute une armée d'arrivistes qui exploitent tout à la fois les ouvriers et les pa'rons, en se faufilant partout où éclate un conflit entre employeurs et employés. Ce sont les « grévicoles » aux dents longues, les gens qui n'ont jamais rien su faire de bon et qui ont fini par trouver l'idée riche de vivre en parasites sur le dos du peuple. P a r m i les grèves, ils s'agitent en redingote et clament à la révolte avec des voix d'inspirés qui sentent l'absinthe ou le gin. E u x . qui ne doivent leur belle aisance qu'au prix de mille lâchetés, ils appellent lâches ceux qui, ayant femme et en- fants à nourrir, préfèrent le travail aux risques du chômage si souvent inutile. Ah ! ils se fichent pas mal de l'égalité et de la question sociale, les meneurs, lorsqu'ils sablent entre eux les vins bouchés, en devisant des bonnes aubaines de la veille...

11 y a beaucoup, par le monde, de ces mes- sieurs qui ont reprisé leurs poches trouées avec le sang et la sueur des pauvres qu'ils ont dupé.

Ils font école, et de plus en plus les agents lou- ches et les prétendus illuminés nés malins se faufilent dans les comités, dans les ateliers et jusqu'au fond des mansardes. Ils poussent les ignorants à la révolte tapageuse, aux irréducti- bles haines et aux conflits il réparables qui tuent à la fois patrons et ouvriers, en ruinant une in- dustrie nationale au profit des concurrents étran- gers.

Il y aurait un sanglant réquisitoire à faire contre les « Tartuffe » sociaux, car ils sont la cause de bien des maux que nous supportons aujourd'hui. En tout cas, ils sont pour beaucoup responsables de ce mouvement d'antipathie sou- vent injustifié qui, dans maint endroit, crée un abime entre le patron et l'ouvrier.

R. MARGILLAC.

Correspondances particulières

A Monsieur le Rédacteur du J o u r n a l La Fédération horlogère à

La Chaux-de Fonds J e viens vous prier de bien vouloir accorder l'hospitalité, dans les colonnes de votre honorable J o u r n a l , aux lignes suivantes :

Dans l'article de fond paru le 10 novembre dernier intitulé « Les boites de montres à l'Ex- position de P a r i s » il est dit : « comment ne s'est il trouvé à Paris qu'une seule pendule suisse. » C'est passer un peu rapidement sur la seule exposition de pendules suisses qui ait représenté cette branche de notre industrie à Paris, celle de l'Usine de la Vièze à Montkey, se composant d'une collection de pendules de styles et de qua- lités diverses, depuis le régulateur astronomique à secondes avec balancier compensateur à mer- cure ou à gril, jusqu'à la pendule ordinaire à poser ou à suspendre, ainsi que par les mouve- ments et pièces détachées y relatives.

Il est très clair que cette exposition n'avait que très peu de rapports avec la seule pièce de luxe, provenant de la Suisse dont parle l'hono- rable rapporteur; peut-être aussi la dite exposi- tion de l'Usine de la Vièze lui a-t-elle échappé!

Dans le cas contraire, il me semble qu'il aurait été juste de ne pas l'ignorer tout à fait, car les efforts accomplis depuis 10 ans justement dans le but de faire revivre cette iudusirie, si belle dans tous rapports, offrant un si vaste champ d'exploitation, comme le dit également l'hono- rable rapporteur, commencent à produire de bons résultats, mais ont coûté à ses innovateurs dignes de toute considération, des sacrifices considérables, devant lesquels beaucoup auraient reculé.

J'ajouterai encore quelques mots qui ne seront peut-èlre pas inutiles à ceux qui voudraient chercher à leur tour l'introduction de la fabrica- tion de la grosse horlogerie si intéressante à tous égards.

Il y a aujourd'hui déjà un grand pas de fait dans ce sens, la voie est ouverte, les tâtonne- ments du début sont passés et je puis dire sans me tromper, avec l'honorable rapporteur du canton de Neuchàtel, qu'une pareille industrie est possible et produira des fruits très rémuné- rateurs si toutefois elle est bien conduite et bien comprise.

La tache était sans doute ardue ; elle ne pou- vait être résolue instantanément parce qu'elle se compose d'une succession de recherches, d'ex- périences de toute nature maintenant acquises et dont le praticien intelligent peut tirer avantageu- sement profit.

Le terrain se prête aujourd'hui admirable- ment à la solution de ce problème et je puis dé- clarer que des élémennts intéressants ne man- quaient pas à l'exploitation de cette belle industrie qui offre tant d'analogie avec celle de la montre et qui, conçue et exploitée en con- naissance de cause, donnera sans aucun doute des résultats inattendus.

Pour assurer le succès d'une entreprise sem- blable, il y a deux conditions essentielles :

1° L'art de choisir, de grouper les éléments constitutifs ; car il ne faut pas oublier que si la montre et la pendule offrent beaucoup d'analo- gie au point de vue de leur emploi: — puisque l'une et l'autre sont des instruments à mesurer le temps — en offrent beaucoup moins relativement à leur fabrication et demandent chacune quoique découlant des mêmes principes fondamentaux, des connaissances tout à fait spéciales, sur les- quelles repose en quelque sorte tout l'édifice, si l'on ne veut pas passer à côté du but.

2° D'un autre côté, il faudra bien se garder de rester dans le cadre si restreint où se meuvent encore quelques innovateurs, malheureux con- frères qui, rognant sur tous les points ou travail- lant avec des moyens trop restreints, paralysent ainsi du coup toutes les chances de succès, mais au contraire se mettre radicalement à l'œuvre sans hésitation sur le chemin d'une organisation complète qui, tout en permettant de lutter avan- tageusement contre nos concurrents étrangers, pourra assurer dans un avenir plus ou moins prochain le succès cherché.

J e serais heureux si ces quelques idées pou- vaient être utiles à ceux qui, inspirés par le dé- sir de contribuer au développement industriel du P a y s , ont le courage de se lancer dans des voies nouvelles.

Un abonné.

(3)

LA FEDERATION HORLOGERE SUISSE 533

N o u s e x p r i m i o n s l e r e g r e t , d a n s n o t r e d e r n i e r n u m é r o , d e n ' a v o i r p u i n d i q u e r l ' o r i g i n e d e la p e t i t e m o n t r e 4 l i g n e s d o n t n o u s d o n n i o n s la d e s c r i p t i o n . N o u s a v o n s r e ç u , à c e p r o p o s , la l e t t r e s u i v a n t e , d o n t n o u s n e p o u v o n s n a t u r e l l e m e n t c o n t r ô l e r l e s a s s e r t i o n s :

Genève, le 17 novembre 1901.

Monsieur le rédacteur,

Petite merveille. La petite montre dont vous parlez dans votre journal d'aujourd'hui, doit avoir été faite par Gustave Gapt vers l'année 1840, à Paris, lequel fit quelques montres sem- blables et en présenta une au prince de Joinville ; il fut, de ce fail, nommé horloger du prince.

Gustave Gapt est originaire du Bas du Chenil, c o m m u n e du Brassus, et était encore vivant en Amérique, il y a quelques années.

Veuillez agréer, etc.

H . - P . PIGUET, horloger.

Nouvelles diverses

Protection des ouvriers sans t r a v a i l .

Le Conseil communal de Zurich a décidé de dis- cuter la question d'occupation des ouvriers sans travail cet hiver par des entreprises communales, en même temps que les dépenses extraordinaires.

La municipalité est invitée à mettre à disposition

•des locaux suffisants pour occuper les ouvriers sans truvail à de menus travaux que feront faire les particuliers. Un appel sera fait dans ce sens à la population. Seuls, les Suisses ayant élu do- micile à Zurich depuis le commencement d'avril et les étrangers établis depuis le commencement de janvier auront droit aux secours. Après avoir entendu la commission de secours a u x ouvriers sans travail, la municipalité fixera après les cir- constances dans lesquelles les secours devront être distribués journellement.

Le nouveau canal du Nicaragua.

mande de Washington :

On

Le nouveau traité donne a u x Etats-Unis !a seule autorité et le haut contrôle s u r le canal, rend le gouvernement américain le seul garant de la neutralité, et enfin donne a l'Angleterre des droits commerciaux égaux en ce qui concer- ne l'emploi du canal.

Il n'y a aucun désir de la part du gouverne- ment américain de regarder le fait comme u n e victoire sur l'Angleterre ou une capitulation de celle-ci. Tout ce que j ' a i enteudu dire dans les hautes sphères de Washington est que l'on s'y réjouit de l'accord intervenu entre les deux pays.

En même temps que l'on estime que l'Angle- terre n'a renoncé à aucun de ses droits, on est heureux de constater que les Etals-Unis ont maintenant les mains libres pour la constructiou d'un canal qui leur est nécessaire pour le déve- loppement de leurs ressources maritimes.

Les journaux [anglais trouvent que l'affaire s'est terminée d'une façon peu avantageuse pour l'Angleterre. Certains d'entre eux demandent une compensation.

La vérité, c'est que très probablement l'Angle- terre, embarrassée dans sa guerre de l'Afrique du Sud, a été obligée de faire des concessions.

La langue anglaise à Jersey.— On mande de Jersey :

On a présenté, aujourd'hui, au parlement de Jersey, un projet de loi tendant à faire de l'an- glais la langue officielle.

Il a été réjeté à une majorité de quatre voix.

Variété

Le ressort et le spiral

Maudit sois-tu, spiral I disait avec colère Un vieux ressort de montre en sa boite enfermé, Sans toi je pourrais satisfaire

Mon besoin de courir et je suis comprimé, Sitôt qu'un horloger d'un mouvement t'enlève, Mes lames, en frémissant,

Font bondir le pivot qui roule alors sans trêve, L'huile tournoie en s'écartant,

Rien ne me retient plus et dans tout le rouage Subit mon influence et court avec fracas, J e hurle avec fureur et je pousse avec rage, Rien ne peut arrêter mes pas.

Et lorsqu'il est placé, ce ressort minuscule, A la prétention, méchant animalcule De museler, régler, infime moucheron, Du grand ressort lion la marche fantastique?

J'en fausse de dépit une spire élastique ! Ayant fini, le fanfaron

De colère, rouge Plus ne bouge

Alors, très gravement, s'amène le spiral

Tout prés d'un'balancier, s u r la siette à cheval, Il s'adresse au ^ressort et lui dit: « Mon grand [frère, Sans moi que ferais-tu sur terre,

Renfermé, privé d'air Malgré tes muscles de fer?

Oh ! tu feras pendant une minute Deux fois le tour de ton cadran, Oui, mais après, quelle culbute!

Adieu les ressorts, Artaban !

Et je vois, tous les jours, en ce monde féroce Des enfants forts et vigoureux

Tentés par des vices affreux,

Succomber sous le poids d'une ardeur trop [précoce.

0 ne t'emporle plus, grand frère, crois moi bien, Sans la sagesse on ne fait rien.

J e règle les chagrins, je règle aussi les joies, Et je ne saurais te haïr,

Car je mesure le plaisir P a r la force que tu m'envoies,

ALBERT LIGEH,

Horloger-Poète, d'Issoudum, en Berry.

L'Horloger-Bijoutier.

Cote d e l ' a r g e n t

du ao Novembre IQOI

Argent fin en grenailles . . fr. 100.— le kilo.

A r g e n t fin l a m i n é , devant servir de base pour le calcul des titres de l'argent des boites de

montres fr. 102.— le kilo.

«S8MS8iiSb*siSi<s&dbâbase.jiei<se.<seH8e>(88>iSBi^e>i8Bia8e><se>«sSiase><S8>«setaSBi<se>

«36.

w «se»

i Q uelle maison sérieuse en horlogerie pour-

«se.

w «se.

w «se.

w «se.

•as»

«SB.

w •se.

w •SE.

W

•se.

rait employer régulièrement des gran- w des séries de

•se.

w •se.

w «se»

Mouvements ancre de précision, g

— %$

S calibre, très pratique en 18, 19 et 2

•as» i t w

«se.

20 lig., lépines et savonnettes?

•se.

w «se.

w

j e .

w «se.

Les m o u v e m e n t s sont livrés t o u t finis, 2Z w avec c a d r a n s e t a i g u i l l e s posés, r é g l a g e w

•se.

garanti. i l

•se.

Prix et conditions les pins avantageux. ï

- r w

«au»

W

O c c a s i o n u n i q u e pour maison de «a*

•se.

commerce importante.

Prière de demander ofl'res avec échantil- lons sous chiffres N. 3501 C. à MM. H a a s e n - s t e i n & V o g l e r , C h a u x - d e - F o n d s . 1872

:^&^S&âS:â&^&â&a&dB>^&*SB>â&*'e'«s&<iB»<se.<se.>se.«senSe.<se.«se.

W «se.

w

• •se.

w •se»

w «se.

w «se.

w «se.

w

£&

M a r q u e d é p o s é e

Si vous voulez une montre qui réunisse t o u t e s l e s q u a l i t é s d'un 111616 C

CHRONOMÈTRE

n'achetez que la. montre

« O B S E R V A T U S S T A B I L I S » Réglée dans toutes les positions et tem- pératures. — Se vend a v e c et s a n s b u l l e - t i n , en or, argent et métal. Prix avantageux.

Prix spéciaux pr fabricants d'horlogerie.

Adressez-vous au fabricant-régleur 1362

JOSEPH BRUN,

C h a u x - d e - F o n d s , r u e d u P u i t s , ' 1 5 .

On demande adresses de fabricants fournissant :

Montres 935/0 10 12, 13, 14, 15, 10, 20 lig. de 7 à 12 1rs Remontoirs 933/000 12, 13, 14, 18, 19 » de 7 à 12 » Remontoirs acier 12, 13, 18, 19 » de 4 à (i » issu (He3565C) W.-E. Stallard, 2 0 Trinity Road. Birmingham.

m *WBWM

2>M$Mwtfu £ox*ï>e&. L a @ßMDMH

D

[F©uM'

Meinuf«aoture d'Horlogerie

C O U L L E R Y â C IE

•BUM F o n t e n a i s - P o r r e n t r u y • • • • S p é c i a l i t é d e m o n t r e s à clefs a n c r e s e t c y l i n d r e s

pour l ' A n g l e t e r r e , l e s I n d e s , l a C h i n e , l ' O r i e n t

e t l e s Colonies. (11....J.) 1852

(4)

534 LA FEDERATION HORLOGERE SUISSE

EJD.Elias

H O R L O G E R I E E N G R O S EXPORTATION

172 Itokiu A M S T E R D A M

UOLLANDB

1550 H 2315 C

Deux ouvrières

a y a n t l ' h a b i t u d e d u p i v o t a g e d e t i g e s , a r b r e s , c a n o n s , e t c . t r o u v e r a i e n t i m m é d i a t e m e n t d u t r a v a i l s u i v i chez S i v a n , A c a c i a s , G e n è v e . 1880

Suisse allemand

31 a n s , c é l i b a t a i r e , p a r l a n t et é c r i v a n t c o u r a m m e n t le fran- ç a i s , l ' a n g l a i s et l ' a l l e m a n d , p o s s é d a n t d e s c o n n a i s s a n c e s t h é o r i q u e s en italien et e s p a - gnol et b i e n v e r s é d a n s la b a n q u e et le c o m m e r c e , cher- c h e place de confiance ou c o m m e employé intéressé d a n s b o n n e m a i s o n d ' e x p o r t a t i o n . lr c s ré- f é r e n c e s . E n t r é e a u p l u s tôt 1/1/1902. Olfres, s o u s chiffres C-3559-C à l ' a g e n c e Haasenstein

& Vogler, La Chaux-de-Fonds. 1881

Polissage ûe mettes

Q u i p e u t e n t r e p r e n d r e d e u x a r g e n t p a r

1884 c u v e t t e s

g r o s s e s j o u r ?

F a i r e offres et p r i x s o u s chiffres Y 3 5 4 6 C à l ' a g e n c e d e p u b l i c i t é H a a s e n s t e i n &

V o g l e r , C h a u x - d e - F o n d s .

Dorages

Q u i fait l e s i n s t a l l a t i o n s m o d e r n e s p o u r d o r a g e s d e

m o u v e m e n t s ? 188Ü F a i r e offres s o u s chiffres

Z 3 5 4 7 C à l ' a g e n c e «le p u b l i - cité H a a s e n s t e i n & V o g l e r , La C h a u x - d e - F o n d s .

On cherche

u n e m a i s o n d ' h o r l o g e - r i e d i s p o s é e à s ' i n t é - r e s s e r à l ' e x p l o i t a t i o n e n g r a n d d ' u n e r é p é - t i t i o n b o n m a r c h é .

A d r e s s e r olfres s o u s chiffres A 3548 C à P a g . d e p u n i . H a a s e n s t e i n

& V o g l e r , C h a u x - d e -

F o n d s . 1882

Employée de bureau

D e m o i s e l l e c o r r e s p o n d a n t f r a n ç a i s et a n g l a i s a c c e p t e r a i t e m p l o i d a n s b u r e a u d ' h o r l o - g e r i e . ( H c 3 5 U C ) 1875

A d r e s s e r les olfres : 51a, rue Leopold Robert, lo r é t a g e , La Chaux-de-Fonds.

M e s s i e u r s l e s f a b r i c a n t s q u i f a b r i q u e n t p o u r l a

F i n l a n d e

s o n t p r i é s d e bien v o u l o i r d o n n e r l e u r a d r e s s e en indi- q u a n t g e n r e s et prix, q u ' i l s f o u r n i s s e n t , s. chiffre R3518C à l ' a g e n c e d e p u b l i c i t é H a a - s e n s t e i n & V o g l e r , C h a u x -

d e - F o n d s . 1877

HORLOGERIE

CH. CHOPAR

Sonvillier

( p r é s C h a u x - d e - F o n d s )

Spécialité pour l'Angleterre

d e p e i i t e s et g r a n d e s p i è c e s c a l o t t e s a n c r e et c y l i n d r e s .

Montres à clef et remontoirs en t o u s g e n r e s et g r a n d e u r s .

Bonne q u a l i t é et prix a v a n - t a g e u x . E c h a n t . à d i s p o s i t i o n .

T é l é p h o n e . 1813

CARILLONS 4 marteaux Brevet n-11918 H. Barbezat-Bole

L e L o c l e

H 4907 C l'.3.ï

Dès lundi 18 Novembre les bureau et atelier de la fabrique de pendants, couronnes et anneaux

J. Uebersax & G ie

sont transférés

Rue de l'Envers, 35

(Hssîtc) TÉLÉPHONE 1879

Changement de domicile

La f a b r i c a t i o n d ' o u t i l s p e r f e c t i o n n é s p o u r le r é g l a g e d e s m o n t r e s a i n s i que le d o m i c i l e de

Â. Dumont & (ils

o n t é t é t r a n s f é r é s

rue get, 17

(H 3517 C) 1S74

Qui fabrique

m o n t r e m é t a l pr h o m m e , m o u v e m e n t a n c r e b o n n e q u a - lité m u n i e d ' u n e b o u s s o l e en- c h â s s é e d a n s le fond.

A d r e s s e r offres s o u s chiffres Q. 3516 C. à l ' a g e n c e H a a s e n - s t e i n & V o g l e r , L a C h a u x -

d e - F o n d s . 1876 H o m m e s é r i e u x , m a r i é ,

bien a u c o u r a n t d e l'horloge- rie, d e la c o m p t a b i l i t é et d e la c o r r e s p o n d a n c e française et a l l e m a n d e , a y a n t d é j à v o y a g é a v e c s u c c è s , c h e r c h e à o b t e n i r position s t a b l e d a n s u n e b o n n e m a i s o n d ' h o r l o g e r i e en S u i s s e ,

comme correspondant

ou

Voyageur

p o u r

l

a

France.

P r e n d r a i t a u s s i b o n n e r e - p r é s e n t a t i o n d ' u n e m a i s o n sé- r i e u s e à la c o m m i s s i o n et frais p a y é s . A d r e s s e r olfres s o u s G 3469 C à MM. Haasenstein &

Vogler, La Chaux-de-Fonds. I860

AifluilleH de m o n t r e s i i I Mi' | i l ö •

H

-*&• r.r* cw^i

n s;c

CtabliSHaije E x p o r t . TFLfPMONi |_

(Toi!

Caisses pour l'horlogerie

t r a v a i l s o i g n é , p r i x m o d é r é s .

H3978JL. J O L I D O N

1457 à B o i t e m e n t , S t - B r a i s . A f h f l t M °n , r e s' Boites, Mouve- n u l l u l . rnents. n e u f s e t d ' o c c a - sion. Olfres 0 c 3 5 0 2 C à Haasen- stein & Vogler, La Chaux-de-Fonds IS71

Befrotfeuse

On o f f r e à v e n d r e une m a c h i n e a u t o m a t i q u e à refrot- ter les fonds et l u n e t t e s , p o u r a c i e r , m é t a l , a r g e n t ; m a c h i n e n e u v e , f o n c t i o n n a n t bien et

g a r a n t i e . 1862 S ' a d r e s s e r s o u s chiff. E3467C

à MM. Haasenstein & Vogler, La Chaux-de-Fonds.

A v e n d r e

à O l t e n , à p r o x i m i t é d e la g a r e u n e f a b r i q u e c o n v e n a n t bien p o u r la f a b r i c a t i o n d'hor- l o g e r i e . S ' a d r e s s e r à M. G.

Z i m m e r l i , a g e n t d'affaires.

O l t e n . Hc-6006-A 1870

A vendre

u n e m a c h i n e à s e r t i r , é t a t neuf, g a r a n t i e , b o n n e o c c a s i o n .

E c r i r e s o u s chiffres D 3465 C à l ' a g e n c e d e p u b l i c i t é H a a - s e n s t e i n & V o g l e r . L a C h a u x - d e - F o n d s . 186:i

BARFUSS & JACOT

B I E N N E T o u s g e n r e s

Montres argent et acLr p

r

dames

H 2 9 H C ITfl

Maison fondée en 1886

L. SIRO

BRENETS (Suisse) | Fabrique de montres

système Roskopf

Spécialité de genres courants |SI9

— U s i n e é l e c t r i q u e . —

A t e l i e r s p é c i a l

p o u r le d é c o t t a g e et le r h a - b i l l a g e d e m o n t r e s

genre Roskopf,

de n ' i m p o r t e q u e l l e p r o v e n a n c e Pièces de rechange. - Prix modérés.

Fabrication de Secrets américains

Production annuelle 100,000 pièces

V ΠG E L I - L E H M A N N

1308 ' R E N A N H 4309 J

N A R D I N L O C L E C H R O N O M È T R E S

M A R I N E ET POCHE

G R A N D P R I X

PARIS 1889 ET 1900

(H2G74C) II»/

Fabrique de Montres

SYSTÈME ROSKOPF

19, 21 et 24 lignes en a r g e n t , a c i e r fantaisie Il 4988 N et m é t a l 1717

P r o d u c t i o n j o u r n a l i è r e 3 0 0 n i o n t r e s

Ch. Favre-Berthoud

NEUCHATEL (Suisse)

Fabrication de timbres

pour répétitions S p é c i a l i t é d e t i m b r e s t r e m p é s

S. Cbappnis - Biihler

H124C Ponts-Martel 849

H e SIE DOLO

Q u a l i t é e x t r a f i n e pr m o n t r e s

Huile p

r

Barillets, Pendules et Boîtes à musique.

Graisse pour mécanismes île Remontoirs

b a b r i q u é e s p>a.r

L. ROZAT,

f a b r i c , d ' h o r l o g e r i e s o i g n é e I I » CHAUX-DE-FONDS 1800

Terminais ancre

Un b o n h o r l o g e r c o n n a i s - s a n t à fond la f a b r i c a t i o n d e la p i è c e a n c r e fixe et a u t r e s , d e m a n d e d e s t e r m i n a g e s en p e t i t e s p i è c e s d e p u i s 9 l i g n e s , ou en g r a n d e s p i è c e s , soit en b o n c o u r a n t o u eu s o i g n é . M a r c h e et r é g l a g e g a r a n t i s . P r i x t r è s a v a n t a g e u x .

A d r . offres s o u s D 3561 C à Haasensfein & Vogler. La Chaux-

de-Fonds. 1885

Hambourg I

Représentation

H o m m e . b i e n i n t r o d u i t a u - p r è s d e la c l i e n t è l e , d e p u i s d e s a n n é e s r e p r é s e n t a n t d ' u n e f a b r i q u e i m p o r t a n t e d e Pforz- h e i m et d ' u n e a u t r e d e la Fo- r è t - N o i r e . c h e r c h e

m a i s o n d ' h o r l o g e r i e q u i v o u d r a i t lui confier égale- m e n t la r e p r é s e n t a t i o n . Réfé- r e n c e s 1e r o r d r e à d i s p o s i t i o n .

A d r . offres s o u s Ec. 3567 C.

à l ' a g e n c e Haasenstein & Vogler,

La Chaux-de-Fonds. 1887

Smile Cattin

14, Rue du Stand, 14

LA CHAUX-DE-FONDS

H o r l o g e r i e soignée et garantie en tous genres et pour tons pays Spécialité de montres fantaisie pour

dames, ancre et cylindre., depuis 5 lignes. H 2030 C 1478 D é c o r s h a u t e n o u v e a u t é en j o a i l l e r i e , é m a u x , p e i n t u r e , c i s e l u r e et r e p o u s s é s , e t c .

T é l é p h o n e

FABRIQUE D'HORLOGERIE

IRÉNÉEAUBRY

1030 24. Rue du Grenier, 24 (H274C) LA C H A U X - D E - F O N D S S p é c i a l i t é d e m o n t r e s b r e - v e t é e s m a r c h a n t 8 , 1 5 et 3 0 j o u r s , d e p u i s 1 4 à 2 0 l i g . , el 3 0 à 4 2 l i g . , g e n r e s n o u v e a u x et s o i g n é s , r é g l a -

ges supérieurs. Seconde an ceatre.

"A.WALLER

CHAUX-DE-FONDS

1305 II 1373 C

O n a c h è t e a u c o m p t a n t ; R e m o n t o i r s a r g e n t , cyl., c u v e t t e s m é t a l , 4 t r o u s , 16 et 18 lig., q u a l i t é bon m a r c h é . 11 018 G

Olfres d é t a i l l é e s

B. Ptaltzer, Amsterdam 1107 H o r l o g e r i e en g r o s

Atelier de De'coration

de

pre Anglais o r , taille douce,

E m a u x , A r m o i r i e , F l i n q u é .

Louis Blaser

H299GC T e r r e a u x 2 0 1731 C H A U X - D E - F O N D S

Qui fabrique

la m o n t r e s y s t è m e R o s k o p f à m a r q u e R é g u l a t e u r P . S . et la m o n t r e 13'" c y l i n d r e à m a r q u e V e l o x . 1846

Offres a v e c p r i x p o u r o r d r e s i m p o r t a n t s s o u s chiff. S3427C à Haasenstein & Vogler, Zurich.

U n e f a b r i q u e d e b o t t e s d ' a r g e n t d e m a n d e u n

monteur de boîtes

e x p é r i m e n t é c a p a b l e d e d i r i g e r l ' a c h e v a g e . 1878

A d r . l e s offres, a v e c certifi- c a t s si p o s s i b l e , s o u s chiffres S. 3519 C. à l ' a g e n c e d e pu- blicité H a a s e n s t e i n & V o - g l e r , C h a u x - d e - F o n d s .

Montre La Chapelle

<£> système perfectionné Q marche et réglage garantis

1620 P r i x r é d u i t H2Ö89C

FRITZ GRANDJEAN

LE LOCLE (Suisse) Atelier de sertissages

U22 d la machine H 694 C Fixe et interchangeable pour assortiments ancre et pivotages

sur jauge

A.JACOT-MEYER

B e r g h e i m , B I E N N E

I R o s k o p f

d e 14 à 21 lig., t o u s g e n r e s d e b o î t e s , m o n t r e s a u t o m a t i q u e s a n c r e , l é p . et s a v . 19'" m a r q u e S a l v a s o i g n é ; p r i x r é d u i t . P . S a u c y , Bienne (Milien 7). 979

On d e m a n d e à a c h e t e r

d ' o c c a s i o n un 1849

moteur à pe'trole ^

en b o n é t a t , force t c h e v a u x . A d r e s s e r offres s o u s c h i t i r e s U 3437 C à l ' a g e n c e Haasenstein

& Vogler, Chaux-de-Fonds.

C h a n g e m e n t d e domicile.

A p a r t i r d u 11 n o v e m b r e

La British Goldsmiths Co.

a t r a n s f é r é son d o m i c i l e

51, rue Le'opold Robert

(II 3464 C) 1864

Liyresd'établissage

D e r n i e r s m o d è l e s

liïïaMe par retour dn currier:

Modèle A ( 3 c a r i o n s à la p a g e ) N ° 1 . — P a p i e r surfin fort, 300

p a g e s , r e l i u r e s o i g n é e , t o u t e toile n o i r e , d o s e l coins p e a u , é t i q u e t t e s d o r é e s , i n c r u s - t é e s F r . 1 9 . — N" 2. — P a p i e r fin mi-fort, 5!I0 p a g e s , b o n n e r e l i u r e t o u t e toile, é t i q u e t t e s i m p r i m é e s

F r . 1 5 . — Modèle B (6 c a r i o n s à la p a g e ) N° 3. — P a p i e r surfin fort, ô'OO

p a g e s , r e l i u r e s o i g n é e , t o u t e toile n o i r e , d o s et coin p e a u , é l i q u e t t e s d o r é e s , i n c r u s - t é e s F r . 2 5 . — N° 4. — P a p i e r fin mi-fort. ô'OO

p a g e s , b o n n e r e l i u r e t o u t e toile, é l i q u e t t e s i m p r i m é e s ,

F r . 2 1 . — Feuilles spécimens à dispositon

2 % d'escompte au comptant.

Four les envois an dehors : Fort en sis Imprimerie artistique

R. HftEFELI & C

i6 L a C h a u x - d e - F o n d s

Hue Leopold Robert, 13 bis et H

muruuerie de la F é d é r a t i o n horlottere s u i s s e (R. Haet'eli & O ) , C h a u x - d e - F o n d s

(5)

P A

Seizième Année. — N° 93 P r i x d u n u m é r o : 1 0 centimes

Dimanche 24 Novembre 1901.

Bureaux: R u e d e l a S e r r e , 5 8

ABONNEMENTS

Un an: Six mois:

Suisse . . . . Fr.6»— Fr. 3»—

Union postale » 12»— » 6»—

On s'abonne a tous les bureaux de poste Paraissant le Jeudi et le Dimanche s la Chaai-de-Fonds

ANNONGES

suisses 20 ct., étrangères 25 et. la ligne Offres et demandes de place

10 centimes la ligne.

Les annonces se paient d'avance.

Organe de la Chambre suisse de l'Horlogerie, des Chambres de commerce, des Bureaux de contrôle et des Syndicats professionnels.

Les Consulats suisses à l'étranger reçoivent le j o u r n a l .

Bureau des Annonces: HAASENSTEIN & VOGLER, 32, rue Leopold Robert, CHAUX-DE-FONDS et succursales en Suisse et à l'étranger.

Fabrication horlogère russe

La fabrication horlogère était introduite dans des conditions fort modestes dans le village Scharapowaja du gouvernement de Moscou. Mais depuis qu'un horloger étran- ger capable s'est égaré dans ces régions et qu'il a rendu attentifs les paysans aux défauts de leur fabrication, celle-ci a pris un essor relatif.

Il s'agit particulièrement d'une fabrica- tion comme elle existait jadis dans la Forêt-Noire et qui, pour le moment du moins, ne constitue pas une sérieuse con- currence commerciale.

Importation d'horlogerie en Egypte Nous empruntons au rapport de la Chambre de commerce autrichienne à Alexandrie, les renseignements suivants :

« L'importation et la vente de montres de poche en Egypte gagne chaque année en impor- tance. Les genres demandés sont multiples. Une forte consommation se fait en montres oxydées, cylindres et ancres, avec ou sans rubis, dans les grandeurs de 10 à 20 lignes. Ces montres sont vendues très bon marché et sont portées par tou- tes les couches sociales de la population. A part celles-ci, des remontoirs cylindres, en nickel, grandeur 16 à 19 lignes, sont aussi beaucoup re- cherchés.

La population indigène a une préférence mar- quée pour les montres à clef en métal blanc ar- genté, elles sont importées avec cadran turc et décorations orientales dons les grandeurs de 16 à .19 lignes.

Les montres ancres et cylindres à clef, en ar- gent, sont aussi beaucoup demandées. Ce sont des '/» et */« platine, à rubis, grandeur 16 à "20 lignes; elles ont généralement un cadran orien- tal, la boite est guillochée et gravée, la cuvette est en métal. Elles sont connues, en Egypte, sous la marque : « montres Stamboul ».

Le marché égyptien consomme également des montres ancre système américain, en métal, elec- troplated et plaqué or, en différentes qualités, comme des montres imitation Roskopf, avec boî- tier oxydé, nickel, argent, electroplated ou pla- qué or, dans les grandeurs de 17 à 20 lignes.

Beaucoup demandées sont les montres argent, cylindres et ancres, pour dames comme pour messieurs, lôpines et savonnettes, de 10 à 20 li- gnes, en qualité courante, bonne et très bonne qualité.

Les montres or trouvent principalement leur écoulement dans les villes, elles sont demandées

pour dames et messieurs, cylindre et ancre, lé- pine et savonnette, de 11 à 20 lignes. Elles sont généralement en or 18 karats, mais aussi celles en 14 karats trouvent des acquéreurs.

Pour les années 1893 à 1900, l'importation des montres a la valeur suivante pour les principaux pays :

00

.

no

00

00

00

m co

r-, 00

0 o o>

M

n .

S"

- -.;.

-9 t i

- .;, -

-;.

- .;

-'

j

J M

no ro

X

--

^

ro

l O

t o

C l 00

• H

CO 0 0

• = *

o

"3

00

<!

r>

_^

co

, r , t D

ira

x

C l

X

00 - T

OS 1—

oi

T a

S

eu

<!

1 1

1 1 1 1 1 1

ro C l

t o

CJ 3

.ET S

<

i O i -

co

...

•^ ro

C I _ H C I

~'

1 — ira

• ^

i -V i -

ry>

i—

O i

"^

co

m ~

O l

o

•5* ro

C l

Eh c o

o

3

<

oo

•/

l O

00 1 -

ro ro O l

'.'/

^

ro l O C I 1 - ro o

0 1

ro o*

o 1 -

r: ro

.^

-/.

ro

O G

a (n

1

1

0 ) ira

i -

•ro

<*

i

•s*

oc

-

O l

X r o O l

i ~

..

2

"a

w i -;o

00

1 1

1 -

y

o

0 1

--<

^

0 0 0 1

ira t O

1 1

'S

S:

•*»

t o

t o

--^

x

\~~

—.

O l O l

—.,

T i

<H X 0 1

0 0 t o 0 1

ira t O

>~.

o.

o

"5

<

1 -

<M

i r a t o

_,

<*

-* t O

co ro i r a

• *

i - t o t o

<*

o?

ira 0 1

-*

i r a

s

X C l t o .-H t o

•o

o

Il est à remarquer que la valeur indiquée n'est pas toujours exacte, parce que les montres expé- diées par colis postaux ne sont pas prises en considération et que le pays de provenance n'est souvent pas le pays de fabrication, mais le pays d'où l'envoi a été effectué. Pour ces raisons, la valeur indiquée est plutôt inférieure. La plus- value de l'importation de la France, de l'Autri- che et de l'Angleterre peut s'expliquer par leurs vieilles et étendues relations commerciales en Orient; la marchandise môme doit provenir, au moins pour les 7">. de la Suisse.

Le contrat de « location-vente »

Parcourez un code on un livre qui traite des obligations, vous trouverez les contrats de location et de vente parfaitement dis- tincts l'un de l'autre, mais vous ne verrez pas figurer un contrat qui porte le nom de « location-vente ».

Ce genre de contrai hybride qui place un objet mobilier entre deux maitres, dont l'un, le vendeur, resterait le vrai proprié- taire, tandis que le locataire, détenteur de l'objet et le payant ne posséderait en réalité qu'un droit de jouissance, ce con- trai là est né des circonstances difficiles, dans lesquelles le commerce a pu se trou- ver. D'une part, le producteur cherche à écouler ses produits et pousse à la vente en accordant des t e r m e s ; d'autre part, l'acheteur qui n'a pas un besoin urgent de l'article qu'on lui propose se laisse gagner par les prétendues facilités de paiement offertes, par les longs termes accordés et par la modicité des sommes à verser à chaque échéance.

Mais, el c'est ici que le contrat cesserait d'être une vente pour prendre le caractère d'une location, le vendeur entend exercer sur l'objet vendu un droit de retention, de privilège qui lui assurerait en cas de débâcle de son débiteur, un droit de re- prise sur ledit objet.

La propriété effective, c'est-à-dire le droit de disposer de la chose n'appartien- drait à l'acquéreur que du jour où il aurait effectué le dernier versement de sa dette.

Les négociants, et ils sont légion, qui livrent ainsi à terme des objets ou des marchandises de tous genres cherchent à entourer leur contrat de diverses sortes de précautions, afin de mettre le mobilier à l'abri de toute saisie.

Les propriétaires, on le sait, exercent légalement un droit de retention sur tout le mobilier garnissant les lieux loués, en d'autres termes, le mobilier du locataire forme le gage du propriétaire, qui possède à l'égard du premier une créance privilé- giée jusqu'à concurrence du montant de la location échue.

Les vendeurs à termes n'oublient géné- ralement pas d'aviser par lettre chargée le propriétaire du contrat de location-vente qu'ils ont pu passer avec un de leurs locataires.

Voici un formulaire d'avis de ce genre

qui pourra servir de modèle aux négo-

ciants qui jusqu'à ce jour avaient omis d'y

avoir recours.

(6)

536 LA F E D E R A T I O N H O R L O G E R E S U I S S E

« Nous avons l'honneur de vous prévenir

« que nous sommes propriétaires de : (enu- meration des objets mobiliers vendus) re-

« mis à votre locataire M. N.... N.... (art

«294 C O . ) .

(Signature.) Quelle valeur un tel contrat peul-il avoir vis-à-vis des tiers, vis-à-vis, par exemple, d'un créancier du locataire d'objets mobi- liers qui, ignorant les « locations-ventes » dont est frappé le mobilier de son débiteur, lui aura accordé un crédit précisément à raison de l'eslimation des biens qu'il est sensé posséder. Nous répondons que le contrat de location-vente n'est pas oppo- sable par le vendeur à des t i e r s : que le locataire, en vertu de l'adage juridique, — possession vaut litre — est bel et bien, aux yeux de tous, le légitime propriétaire des choses garnissant son logement: que le vendeur, en vertu du principe de droit et des articles du Code i'édéral qui entend que la vente est parfaite dès que l'objet a été livré (on ne parle pas du paiement), ne peut exercer valablement aucun droit de suite sur une chose mobilière, lors môme que l'acquéreur lui en aurait concédé un par écrit ; que par la vente à terme, le vendeur a transformé son droit au paie- ment comptant en une obligation nouvelle, en une créance sur le débiteur et dès lors le vendeur, pour recouvrer le montant de ce qui lui est dû, doit avoir recours à la procédure connue de la poursuite pour dettes.

Les droits que s'arrogent les vendeurs à termes sur les biens par eux vendus, constituent une espèce d'hypothèque mo- bilière, si on ose l'appeler ainsi, d'autant plus préjudiciable au crédit général qu'elle est secrète, tacite et qu'il est matérielle- ment impossible à des tiers de la découvrir.

Le législateur qui a déjà abrogé l'hypo- thèque tacite du vendeur, sur les immeu- bles vendus, celle de la femme mariée sur les immeubles de son mari et celle du pu- pille sur les biens immeubles de son tuteur, ne tolérera pas que des droits de préférence fussent accordés sur des objets mobiliers au préjudice des tiers de bonne foi qui seraient toujours lésés par ce genre de contrats hybrides.

La jurisprudence française, vient par un arrêt tout récent de confirmer ce droit de propriété absolu de l'acheteur à crédit.

Une maison de location-vente de Paris, a vendu et livré à un acheteur, un piano dont le prix était stipulé payable à des échéances mensuelles et avec stipulation que le preneur ne deviendrait de plein droit propriétaire qu'après le paiement régulier de toutes les échéances. Le lende- main du jour où l'acquéreur reçut livrai- son du piano, il le revendit. II est fort à présumer que la vente ne fut pas à terme.

Inquiète comme bien on pense, sur le sort de sa créance, la maison venderesse porta plainte en abus de confiance contre l'ache- teur de piano.

L'affaire vint jeudi devant la 11° Cham- bre correctionnelle de Paris, qui, après avoir entendu les parties a reconnu à l'acheteur du piano son droit de propriété, a déclaré qu'il devenait comptable envers la venderesse de la totalité des mensualités restant à payer ; que celle obligation esl p u r e m e n l civile.

La maison plaignante a été condamnée aux dépens.

Voici pour les négociants que ce cas intéresse les considérants du jugemennt.

« Attendu, dit le jugement, qu'aux ter- mes du contrat, en date du 23 mai 1901, passé entre F . . . & C° et A... (le prévenu), il a été loué à ce dernier un piano moyen- nant un versement mensuel de 28 francs, mais avec stipulation que si le preneur à la fin du bail a régulièrement payé toutes les échéances, il deviendra de plein droit propriétaire du piano sans autre supplé- ment de prix ;

» Attendu qu'en réalité cet acte constitue

non pas une location avec promesse de vente, mais une vente sous condition réso- lutoire, dont le prix est payable par frac-

tions mensuelles et que la vente devient parfaite par l'accomplissement exact des payements stipulés.

» Que seul l'acheteur a le droit de ré- soudre la vente avant terme en restituant le piano et en perdant les sommes précé- demment payées.

» Que, s'il ne peut restituer le piano, la

vente devient parfaite par ce fait même et qu'il devient comptable envers le v e n d e u r de la totalité des mensualités restant à payer; que celle obligation est purement civile ;

» Que l'inexécution du contrat ainsi in-

terprété ne peut constituer qu'un abus de confiance dans le cas de non-représentation du piano.

» Que le fait reproché au prévenu ne constitue aucun délit... »

Nous avons tenu à citer cet exemple pour mieux meltre les négociants sur leurs gardes et leur faire comprendre q u ' u n contrat du genre de la location-vente ne garantit de façon absolue ni le paiement de leur créance, ni la reprise éventuelle de l'objet vendu.

Le Jura.

La fin du libre-échange

Un grand économiste italien Luigi Luzzatti, dont un article vient de paraître dans le Picolo

délia Sera de Trieste, au sujet des conséquences

de la guerre anglo-boer et de l'impérialisme an- glais, a publié dans le môme journal une nou- velle élude sur les tendances au protectionnisme économique qui, par suite des énormes dépenses imposées par le régime impérialiste, ont com- meccé à se répandre parmi les économistes an- glais en s'emparant, peu à peu, de l'opinion publique.

En effet, il n'est pas possible d'augmenter en- core les recettes directes ni l'impôt foncier, M.

Luzzatti démontre, en s'appuyant sur les récen- tes études de M. Sammuelson, ancien député libéral anglais, qu'en suivant même avec plus de modération, l'exemple donné par l'Allemagne le chancelier de l'Echiquiei pourrait se procurer une recette annuelle de seize millions de livres sterling, ce qui revient, en moyenne, à huit pence (80 cent.) de droits de douane par livre.

Les impéralisles, d'autre part, voudraient, par une taxation douanière des marchandises étran- gères et par une faible taxation des produits coloniaux, créer ce qui serait de quelque façon une espèce de Zollverein britannique.

Quelque douloureux qu'il soit de voir dispa- raître le dernier spécimen d'un grand Etat admi- nistré sous le régime du libre échange absolu, il faut s'attendre à tout, car il n'y a que deux so- lutions au problème qui se pose en Angleterre:

ou l'on imposera des limites à l'impéralisme, ou l'on aura recours aux recettes douanières, ce qui pourrait entraîner de bien graves consé- quences pour les Etals européens. Ces derniers devraient donc se préparer d'un commun accord à Jes mesures de défense contre la nouvelle po- litique commerciale des Etats-Unis d'Amérique, aussi bien que contre les nouvelles tendances, aujourd'hui encore latentes, qui ne peuvent manquer de prévaloir en Angleterre.

Patentes des Voyageurs de Commerce en Danemark

La Direction générale des contributions vient de faire paraître une circulaire d'après laquelle loul voyageur de commerce étran- ger doit fournir, pour l'obtention d'un cer- tificat de patente, soit une attestation de l'autorité administrative de sa résidence, revêtue de son nom et de celui de la mai- son de commerce pour le compte de la- quelle il se propose d'opérer, soit une pro- curation du chef de la dite maison portant signature légalisée, et certifiée par Je con- sul danois compétent. L'attestation de pro- curation délivrée par le consul chargé de représenter en Danemark le pays auquel ressortit le voyageur de commerce, ne se- rait pas tenue pour suffisante.

Conseil fédéral

C'est M. Zemp, actuellement vice-prési- dent du Conseil fédéral, qui sera n o m m é président de la Confédération pour l'année prochaine. Il devra quitter le département des chemins de fer pour prendre la direc- tion du département politique. Le dépar- tement des chemins de fer sera très pro- bablement attribué pour l'année 1902 à M.

le conseiller fédéral Comtesse, qui sera en même temps, suivant toutes les prévi- sions, n o m m é vice-président du Conseil fédéral. C'est AI. Comtesse qui aurait ainsi à poursuivre et à m è n e r a bien les derniè- res négociations relatives au rachat des principales Compagnies, à l'exception du Gothard, devant être chose faite le 1

e r

jan- vier 1903.

Sur le mot „ repoussé " (orfèvrerie) Dans un remarquable ouvrage publié par M. de Laborde, membre de l'Institut, conserva- teur des collections du Moyen-Age, de la Renais- sance et de la Sculpture moderne, édité en 1853, nous lisons que le «Repoussé» est de la «Sculp- ture en métal».

Or, si on sait que le repoussé •— le mot même le dit — ne saurait s'obtenir qu'à l'aide d'outils

non coupants, outils qui repoussent, refoulent,

retreignent, martèlent, planent le métal, tant en dessous qu'en dessus de l'objet repoussé, on constate en même temps qu'on ne saurait sculpter qu'à l'aide d'outils coupants, ciseaux et burins, ceci pour tout ce qu'il est possible de graver, sculpter, ciseler, — métaux, bois ou pierre 1).

Dans de précédentes études, nous avons établi qu'il importait de savoir que ciselet venant de ciseau, outil qui coupe — voire burin — il ne fallait pas prendre ce nom de ciselet dans le sens d'outils repoussant le métal, mais bien dans le sens d'outils coupant, gravant, sculptant, cise- lant les métaux, le bois, l'ivoire, la pierre, etc.

Ceci bien établi, nous proposons de faire ad- mettre par tous que le repoussé, pour si respec- table qu'il soit, ne saurait jamais être considéré comme une sculpture sur, ou, en métal.

L'explication technique et rectificative qui pré- cède nous est suggérée par la lecture d'une page (106) de l'ouvrage en question : Notice des

Emaux exposés dans les galeries du Musée du Louvre. Histoire et description (1er

partie).

« Benvenuto Cellini indique en grand dé- tail , etc. 2).

PROVOST BLONDFX.

(Moniteur de la bijouterie et de Vhorlogerie.)

Une déception

En mentionnant récemment l'achat de nom- breux steamers anglais par le groupe Morgan,

1) Excepté les diamants et autres pierres (turcs dont le modelé — relief ou intaille — s'obtient par des outils qui usent par frottement à l'aide de molettes.

2) Commencement des lignes sur lesquelles nous appuyons nos dires et nos explications, bien que la logi- que suffisait seule.

Références

Documents relatifs

mun, Georges Favre, avec MM. Ch s Jaqnet et Jules Blum comme suppléants, pour les monteurs de boites. Pour cette liste de clients éti angers, il est né- cessaire que nos

La question des boîtes de montres en or Nous avons reçu, de fabricants d'horlo- gerie, plusieurs lettres, à propos de la hausse des prix de façon des boites de montres or,

Les lettres de change sujettes à une taxe ne dépassant pas 12 centimes pourront être écrites sur papier libre, ou sur des feuillels imprimés ou lithographies, en ^appliquant

L'ar- mée du salut donne du travail aux malheureux qui pour la plupart ne s'entendent guère au la- beur qu'on leur confie.. Il est bon d'envisager le but humanitaire

— Montres argent, métal et Fantaisie en tous genres (plates) et pour tous pays. et savon, plates et hauteur normale, p'

Jeune homme, sérieux, con- naissant à fond toutes les par- ties de la montre soignée, ayant suivi 4 a n s les cours d'école d'horlogerie,jet fait un stage dans fabrique d'ébau-

novembre. La Fédération des ouvriers horlogers re- nonce à ses exigences envers les 7 ouvriers des Longines. Ceux-ci continuent à travailler dans les conditions actuelles de

J'ai dit, il est vrai, et je le répète, que, au vu du texte de la convention des visiteurs, l'accusa- tion de violation de cette convention portée con- tre la fabrique des Longines