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: La fourrure est-elle : v r a i m e n t m o r t e ?

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Texte intégral

(1)

afilará

Accidents, maladies, autos:

sont en pleine

mutation /

: La fourrure est-elle : v r a i m e n t m o r t e ?

Au Canada, cette lad tu trie à 'ejt reconvertie daiu le recyclage et la mode

ethnique. Et, jurprije,

lej jeunej en redemandent

S C I E N C E S : Q U E L L E S N O U V E L L E S T E C H N I Q U E S P E R M E T T E N T D E D I M I N U E R L E S E X P É -

••m ^HH R I E N C E S S U R LES A N I M A U X ? - I N T E R V I E W : L ' E U R O P E D O I T R É I N V E N -

IHiïil L M W S T E R L ' E T A T S O C I A L - H I S T O I R E : Q U E S A I T - O N D E N E U F S U R J É S U S ?

(2)

Quand la déménageuse démarre, tout est dit.

Quand vous voyez passer une déménageuse Lavanchy, dites-vous que tout a été organisé, programmé, planifié, au départ et à l'arrivée.

Le client n'a que deux choses à faire: informer

Lavanchy... et s'installer dans son nouveau cadre. «Avec des gants blancs», c'est un engagement.

B E R N E

® (031) 3 8 2 12 61 FAX (031) 3 8 2 13 94

FAX

L A U S A N N E

(021) 6 2 4 3 2 3 2 (021) 6 2 4 5 6 4 2

F R I B O U R G

(037) 2 6 51 51 (037) 2 6 71 55

M I L A N

(39-2) 4 8 91 0 9 71 (39-2) 4 8 91 4 9 5 7

G E N E V E

(022) 7 8 8 4 2 8 8 (022) 7 8 8 4 2 9 2

P A R I S

(33-1) 4 5 7 3 6 6 0 0 (33-1) 4 6 8 0 7 8 7 0

¿AVAVO

avec des gants blancs

E x p é r i m e n t a t i o n s a n i m a l e s : q u e l l e s a l t e r n a t i v e s ?

Renoncer aux expérimentations animales? C'est ce qu'espèrent cer­

tains en misant sur les cultures in vitro et les modèles informatiques.

Mais ces méthodes de substitution restent limitées. Quelques exem­

ples à travers différents instituts de WmL. Paya2et 12

La rareté de la neige à moyenne altitude, les constructions de pro­

tection et d'autres mesures pré­

ventives ont fait oublier aux gens de plaine le danger que représen­

tent les avalanches pour la popula­

tion montagnarde. Elles sont pour­

tant toujours aussi menaçantes. Un savoir qu'il ne faut pas laisser aux seuls skieurs de randonnée et adep­

tes du hors-pistes... Pane 5

IMPRESSUM

Allez savoir!

Magazine de l'Université de Lausanne No 4, Mars 1996

Tirage 20'000 ex.

Rédaction:

Service de presse de l'UNIL

Axel-A. Broquet resp., Florence Klausfelder BRA, 1015 Lausanne-Dorigny

Tél. 021/692 20 71 Fax. 021/692 20 75

Internet: http://www.unll.ch, rubrique journaux et magazines de l'UNIL Rédacteur responsable: Axel-A. Broquet Conception originale et coordination:

Jocelyn Rochat,

journaliste au Nouveau Quotidien Ont collaboré à ce numéro:

Sonia Amai, Pietro Boschetti, Jean-Bernard Desfayes, Luc Domenjoz, Jérôme Ducret, Nicolas Imhof. Isabelle Musy.

Photographes: Nicole Chuard, Alain Herzog Dessins: Enrico

Correcteur: Albert Grun Concept graphique:

Richard Salvi, Territet/Montreux Imprimerie et publicité:

Presses Centrales Lausanne SA Rue de Genève 7, 1003 Lausanne Tél. 021/320 59 01

Photos de couverture:

Fourrures: DR

Avalanche: Rie Hochet, -La piste rouget, Tibet et A. P. Duchâteau, éd. Dargaud.

Assurances: une scène du film -Jour de Tonnerre", UIP

Sommaire

Edito page 2

Oui a encore peur de l'avalanche? page 3 Le risque page 5 Comment vivre avec le risque page 6 Le paysan de montagne, producteur ou jardinier? page 10

La fourrure est-elle vraiment morte? page 11 L'Est et l'Orient, les nouveaux marchés page 15 De Scandinavie à Hong Kong, les fourrures passent

souvent par la Suisse page 17 Qui porte des fourrures? page 20

WÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊKÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ Les assurances, un univers

en pleine révolution page 21

Pour les grandes catastrophes, on peut se réassurer page 25 Les martingales: un outil utile pour les assureurs page 27

François-Xavier Mer rien: «Il faut bâtir

un Etat-providence à l'européenne» page 28 L'interview û'Allez savoir! page 28 Combattre l'exclusion page 31 Le New Public Management et l'éthique du service public page 33

WBSBBËBSÊÊËÊÊËËÊËBÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊBBËÊBËBÈÈÊ&m

Que sait-on de neuf sur Jésus? page 34 Le point sur la recherche historique en douze questions page 34 Que nous racontent les images? page 40

Expérimentations animales:

quelles alternatives? page 42

Des chiffres en baisse page 45 Zoologie: observation plutôt qu'expérimentation page 47 Recherche sur le cancer: moins de souris,

mais plus de temps et d'argent page 48

L'Université peut rapporter gros page 50

Quelques chiffres en vrac pour mieux connaître l'UNIL page 51

Genève et Lausanne: bientôt une seule université page 52

Orchidée II: programme d'économies pour l'UNIL page 52

La barre des 9'000 étudiants est dépassée page 53

Internet: ballade sur le serveur www de l'UNIL page 53

Politiques et management universitaires page 55

Abonnez-vous page 56

(3)

Edito

LE L A B O R A N T I N , L E C H A S S E U R , L E S A N I M A U X E T

N O U S

O ù en est l ' h o m m e de la fin du v i n g - tième siècle d a n s ses r e l a t i o n s avec les a n i m a u x ? U n e t h è s e de l'Ecole des H E C r e l a t i v e m e n t o p t i - miste q u a n t à l'ave-

nir de l ' i n d u s t r i e de la f o u r r u r e (voir en p a g e 11) et un mini-sym- p o s i u m du D é p a r t e m e n t de p h a r macologie et de toxicologie c o n s a c r é a u x m é t h o d e s de s u b s t i t u t i o n à l ' e x p é r i m e n t a t i o n animale (page 42) ont r é c e m m e n t a b o r d é cette question c o n t r o v e r s é e .

O n y a n o t a m m e n t a p p r i s q u e , grâce à u n a p p a r e i l s o p h i s t i q u é d é v e l o p p é p a r u n c h e r c h e u r de l ' I S R E C ( I n s - t i t u t suisse de r e c h e r c h e s e x p é r i - m e n t a l e s c o n t r e le c a n c e r ) , il est d é s o r m a i s possible de r e n o n c e r à c e r t a i n e s e x p é r i e n c e s s u r les ani- m a u x . U n p r o g r è s qui p e r m e t d'é- p a r g n e r p l u s i e u r s c e n t a i n e s de sou- ris c h a q u e a n n é e .

L a m é t h o d e de s u b s t i t u t i o n c o m - p o r t e c e p e n d a n t q u e l q u e s i n c o n v é - nients: elle est plus lente et b e a u c o u p p l u s c o û t e u s e , e n t r e dix et v i n g t fois p l u s c h è r e q u e le r e c o u r s a u x ani- m a u x de l a b o r a t o i r e (lire en p a g e 4 8 ) . M a l g r é le soutien financier de p l u s i e u r s a s s o c i a t i o n s antivivisec- tion ou de p r o t e c t i o n des a n i m a u x , t o u s les frais s u p p l é m e n t a i r e s occa- sionnés ne s o n t p a s c o u v e r t s . D a n s le cas de la f o u r r u r e , on d é - c o u v r i r a d a n s les p a g e s qui s u i v e n t q u e la p r o t e c t i o n i n t é g r a l e des ani- m a u x s a u v a g e s (il s'agit d ' e s p è c e s

qui ne sont p a s en voie de d i s p a r i t i o n ) met en péril 6 0 ' 0 0 0 familles Inuit et amé- rindiennes établies '-**>* d a n s des r é s e r v e s

d u N o r d de l'Amé- r i q u e , d o n t la chasse c o n s t i t u e la c u l t u r e et le m o d e de

s u b s i s t a n c e d e p u i s d e s c e n t a i n e s d ' a n n é e s .

L' h o m m e o c c i d e n t a l , q u i est la p r i n c i p a l e cible des c a m p a g n e s p u b l i c i t a i r e s des lobbies anti-four- r u r e , hésite d é s o r m a i s e n t r e d e u x m a n i è r e s d ' a v o i r m a u v a i s e c o n s - cience. E n t r e le souci légitime d u b i e n - ê t r e des espèces s a u v a g e s et le respect des t r a d i t i o n s de p o p u l a t i o n s n a t i v e s q u e les colons o c c i d e n t a u x ont déjà massacrées et p a r q u é e s dans des r é s e r v e s p a r le p a s s é , il faut bien faire un c h o i x .

L'annulation d'un salon international sur la fourrure p r é v u initialement à mi-mars à L a u s a n n e (suite notam- ment à une pétition réunissant les si- gnatures de plus de 40'000 opposants), devrait, nous l'espérons, p e r m e t t r e une lecture plus sereine des t r a v a u x et réflexions dont «Allez savoir!» se fait l a r g e m e n t l'écho dans ce n u m é r o .

é t a n t p a s t o u t à fait «politique- m e n t c o r r e c t s » , ils o n t l ' a v a n t a g e d ' é c h a p p e r à la p e n s é e u n i q u e et de s t i m u l e r la réflexion. E t ce en sa- c h a n t q u e , c o m m e le r é p é t a i t volon- tiers O s c a r Wilde, «la vérité est r a r e - m e n t p u r e et j a m a i s simple».

JoceLyn Rochcit

2 Allez savoir! / №4 Mars 96

M O N T A G N E

«Là-haut sur la montagne, L'était un -vieux chalet. (.

La neige et les rochers S'étaient unis pour l'arracher...»

{Abbé Joseph Bovet)

mm ma

Qui a encore

p e u r de l'avalanche?

«L'avalanche, inces- samment suspendue

dur la tête du pauvre berger, est presque toujours trop soudaine pour qu'on la puisse éviter.»

Le Maga.iin pittoresque, février 1851

L« r a r e t é

de l a n e i g e à

m o y e n n e

a l t i t u d e , led

c o n d t r u c -

t i o n d de

p r o t e c t i o n e t

d ' a u t r e d

m e d u r e d

Allez savoir! / №4 Mars 96 3

(4)

M O N T A G N E : Q u i a e n c o r e p e u r d e l ' a v a l a n c h e ?

préventives

ont fait oublier aux gens de plaine

le danger que représentent

leé avalanches pour la population

montagnarde.

Elles sont pourtant

toujours aussi menaçantes.

Un savoir qu 'il ne faut

pas laisser aux seuls skieurs de randonnée et hors-pistes...

La «boule de neige», une image erronée de l'avalanche, très courante dans les milieux citadins et scientifiques au XVIIIe siècle. Elle disparaîtra progressivement au XIXe siècle, au profit de représentations plus réalistes du phénomène. Elle ne subsiste aujourd'hui que dans les dessins humoristiques.

L

' h i v e r 1995-96 dans la partie occi- ' dentale des Alpes suisses n'a pas été marqué p a r un enneigement nor- mal en début de saison. Une fois de plus, dira-t-on! Et dans la population se renforcera la conviction qu'il n'y a plus de saisons, surtout plus d'hiver, que le climat est en train de changer.

C'est précisément ce qu'essaye de déterminer le Programme national de recherche 31 financé par le Fonds national suisse dont les conclusions générales seront connues dans le cou- rant de l'année prochaine. O n en saura plus alors sur les changements clima- tiques et leur incidence sur les catas- trophes naturelles. Maintenant déjà, les éléments de ce vaste puzzle sont en train de se mettre en place à mesure que les groupes de recherche rédigent leurs rapports.

E n q u ê t e e n S u i s s e r o m a n d e Avant de pouvoir étudier les consé- quences d'une éventuelle modification climatique, il faut connaître la réalité historique et actuelle. Dans cette pers- pective, l'Institut de géographie et l'Institut de recherches régionales interdisciplinaires de l'Université de Lausanne, avec la collaboration d'un bureau de recherches engadinois, se sont intéressés aux aspects touchant aux sciences humaines: comment les individus, les groupes et les institutions appréhendent-ils certains types de risques naturels, en particulier les ava- lanches, les mouvements de terrain, l'eau et le vent, comment réagissent-ils à ces phénomènes et comment les gèrent-ils? Terrain d'enquête: les O r m o n t s et Leysin, en Pays-de-Vaud, Salvan et Evolène en Valais, Disentis

4 A l l e z s a v o i r ! / № 4 M a r s 9 6

Le risque

dans la Surselva grisonne, Samedan, Bever et Zuoz en Engadine.

«La montagne alpine, dit Philippe Schoeneich, un des chercheurs lau- sannois, est un de ces milieux à la limite de l'occupation humaine où la vie n'est possible que moyennant des stratégies particulières, adaptées aux conditions.

Les avalanches, les éboulements, les torrents, etc., font partie des phéno- mènes que les populations ont dû a p p r e n d r e à connaître et avec lesquels elles ont dû composer.»

L e s m a u v a i s s o u v e n i r s s ' e f f a c e n t

La façon dont les individus ou les groupes perçoivent le risque ou se figu- rent le danger s'appelle, dans le langage des psychologues repris par les géo- graphes, la représentation; il faut au préalable qu'ils le connaissent et l'aient présent à la mémoire. Se pose alors la question de la permanence de ce sou- venir? «Les facteurs qui influencent la mémoire, qu'elle soit individuelle ou collective, sont assez complexes, estime le prof. Laurent Bridel. Il est probable que l'individu n'a de connaissance véri- table que de ce qu'il a lui-même vécu.

e risque, c'est quoi? Dans le langage courant, c'est la probabilité qu'un événe­

ment, le plus souvent désa­

gréable voire néfaste, se pro­

duise.

Pour la recherche sur les catas­

trophes naturelles, on distingue:

• le phénomène naturel avec ses caractéristiques physiques (par exemple l'avalanche);

• le danger, soit la fréquence ou la probabilité d'occurrence d'un phénomène de dimension donnée;

• la vulnérabilité, soit le nombre de personnes ou la quantité de biens exposés à un danger donné;

• le risque, qui est le danger multiplié par la vulnérabilité.

Une augmentation du risque peut donc résulter autant d'une augmentation du danger (de la fréquence du phénomène) que d'une augmentation de la vulné­

rabilité. Le second cas est le plus fréquent.

J . B . D s

A l l e z s a v o i r ! / № 4 M a r s 9 6

(5)

M O N T A G N E : Q u i a e n c o r e p e u r d e l ' a v a l a n c h e ?

Avalanche au Creux-de-Cbamp, 17 février 1942

Pour ce.i contrebandiers

du siècle passé, l'alpinisme n 'était paj une distraction, et la neige représentait un risque supplémentaire

Il est possible, dans notre siècle de l'i- mage qu'une photographie d'un endroit connu puisse influencer la connais- sance. Au-delà, cela devient un savoir qui n'a guère d'influence sur l'action. » Sylvie Dulex, géographe et collabo- ratrice de cette recherche, n'a pas trou- vé à Evolène quelqu'un qui puisse lui décrire l'avalanche exceptionnelle de 1945 dont l'impact fut pourtant consi- déré comme catastrophique. Nombre d'Evolénards en avaient conservé un vague souvenir mais aucun n'était en mesure de préciser jusqu'où la coulée de neige s'était répandue, si elle avait atteint tel chalet, etc. L'événement n'avait pas marqué les esprits au point qu on s en souvienne avec quelques détails cinquante ans plus tard...

En revanche, les avalanches catas- trophiques de 1749 dans la vallée des Ormonts semblent avoir déclenché chez ses habitants un besoin de rédi- ger des mémoires, des chroniques, des écrits que l'on consulte encore de nos jours. Les chroniques - dont l'appari- tion coïncide à peu près avec la généra- lisation de l'enseignement, il faut aussi le préciser pour en nuancer l'origina- lité - ont permis que la mémoire soit ravivée bien au-delà d'une géné- ration puisqu'elles exercent leurs effets sur près de trois siècles.

Danger:

déboisement massif

P e n d a n t l o n g t e m p s , il appartint à chacun de veiller à ne pas trop s'exposer, lui et ses biens. Il y a un consensus pour maintenir les forêts, c o n s i d é r é e s t o u j o u r s comme un moyen efficace A,

de prévention contre les avalanches. Ce qui n'empêche pas, lors de la première vague d'industrialisation à la fin du X V I I Ie siècle et jusqu'à l'arrivée de la houille au début du X I Xe, un déboi- sement massif, qui ne tient pas grand compte de la sauvegarde des biens des régions concernées.

Cette insouciance apparente a plu- sieurs raisons pour le prof. Bridel. «Il y a 150 ans, la plupart des cœurs de villages se trouvaient dans des endroits sûrs. Ensuite, chacun dispose de beau- coup d'autonomie dans les mesures de protection qu'il e n t r e p r e n d . . . ou néglige. O n ne peut pas parler non plus de fatalisme dans les esprits. Il y a certes acceptation de la volonté divine mais il y a surtout absence de disponibilités techniques et financières. La pauvreté qui règne à cette époque

ALLEZ S A V O I R ! /

№4

MARS

96

Comment vivre avec le risque

Trois siècles de danger aux Ormonts sous la loupe de chercheurs de l'UNIL.

D

ans le cadre du Programme national 3 1 , Philippe Schoe- neich et Mary-Claude Busset-Hen- choz se sont penchés pendant deux ans sur trois siècles de calamités naturelles aux Ormonts. Comment la population locale se représente-t-elle les risques que font courir les ava- lanches, les glissements de terrain, les tempêtes de föhn et comment s'y est- elle adaptée? Le résultat? Deux cents pages passionnantes d'analyses his- toriques, géologiques, sociologiques, psychologiques, et même architec- turales, fruit d'une véritable enquête policière où les chercheurs ont fait parler non seulement les gens de l'endroit mais aussi des textes d'une richesse insoupçonnée hors de la val- lée et hormis quelques initiés.

Disperser les bâtiments

Du point de vue des avalanches, la vallée des Ormonts est marquée

par deux zones très exposées, comme le savent à peu près tous les Vaudois:

celle accolée aux Diablerets, au col du Pillon (avalanches de 1981 et 1995) et à Creux-de-Champ (avalanches de

1981), et celle qui recouvre tout le ver- sant sud de la chaîne entre le Pic- Chaussy et La Para ( 1984). Cette der- nière zone est très construite avec des habitations qui ne datent pas d'hier et disséminées sur l'ensemble de la pente.

«Cette dispersion des bâtiments, écrit Philippe Schoeneich, s'explique en partie p a r le morcellement des terres mais on peut se demander dans quelle mesure elle ne résulte pas aussi d'une stratégie de dispersion du risque: si chaque avalanche poudreuse emporte quelques granges, la multi- plicité des bâtiments permet de ne pas tout perdre.»

A cela s'ajoute le fait que l'exploi- tation rationnelle du sol et des four- rages exige une délicate transhumance avant que la neige ne bloque hommes et bêtes dans des chalets exposés.

Transmettre l'expérience entre générations

Cette appréciation p e r m a n e n t e du d a n g e r que doivent faire les paysans de l'endroit implique une expérience qui se t r a n s m e t de génération en génération et dont l'apogée sera ces fameux écrits des O r m o n t - D e s s u s , quelque treize chroniques m a n u s - crites qui, selon les auteurs, révèlent une véritable volonté de t r a n s m e t t r e

Philippe Schoeneich et Mary-Claude Busset-Henchoz se sont penchés pendant deux ans sur trois siècles de calamités naturelles

les connaissances a u x générations futures. Mission accomplie puisque les chercheurs ont découvert des pho- tocopies récentes de quelques-uns de ces documents chez u n e vingtaine d ' O r m o n a n s .

Peut-on dire p o u r a u t a n t q u e le milieu m o n t a g n a r d a c t u e l d e s O r m o n t s continue de s'intéresser aux d a n g e r s qui menacent la vallée, à défaut de les connaître aussi bien que les générations précédentes? M i e u x que cela, estiment les chercheurs, «la p l u p a r t des p e r s o n n e s habitant sur le versant exposé au danger délimitent de façon précise les zones de danger, parfois au mètre près. Les limites sont d'autant plus précises que l'avalanche est proche, donc menaçante. Toute- fois, cette précision reflète plus u n souhait, le besoin d'assigner u n e limite au danger, q u ' u n e réalité.»

S'habituer aux risques

Face à ce risque, la réaction nor- male serait d'avoir peur. Eh bien, non!

on nie l'angoisse (les autres avaient peur, moi pas...), on la relativise (ce n'est rien comparé à l'inondation de

Brigue...). Parfois, on en rit (de son chalet, elle n'a retrouvé que son cha- peau et c'est tout ce qu'elle a regretté...). En fait, il est difficile de vivre en pensant continuellement au risque. Il faut donc bien l'oublier u n peu, le minimiser, ou apprendre à le connaître pour le maîtriser mieux. Ce qu'on appelle souvent fatalisme cache en réalité une subtile adaptation psy- chologique et une bonne dose d'accep- tation du risque et de ses consé- quences.

Curieusement, on a moins peur de l'avalanche que des tempêtes de fôhn qui, outre leur durée, sont considérées comme imprévisibles et ne permettent guère la fuite. Tandis que l'avalanche, on la sent venir, on sait où elle passe.

Habitués à vivre avec, les O r m o n a n s ont en quelque sorte apprivoisé l'ava- lanche. D a n s leur tête plus que dans la réalité, bien entendu. Conclusion de Philippe Schoeneich: «La vie avec le risque implique autant une adaptation des comportements qu'une adaptation psychologique, qui méritent à ce titre d'être respectées.»

J.-B. Dé

ALLEZ S A V O I R ! /

№4

MARS

96 7

(6)

M O N T A G N E : Q u i a e n c o r e p e u r d e l ' a v a l a n c h e ?

empêche d'entreprendre des grands travaux. Aucune collectivité monta- gnarde n'a les moyens matériels suffi- sants p o u r mettre en place des protec- tions comme on les fait maintenant.

Alors on vit dans son milieu sans prendre de risques inutiles - comme nous n'irions pas traverser une auto- route les y e u x fermés. Les monta- gnards ne méconnaissent pas le dan- ger, mais ils font avec.»

Dès 1869, l'Etat prend des mesures

Les mesures prises p a r la Confédération dès 1869

vont protéger la forêt. E t cela, on le doit au corps des ingénieurs J- et des gardes-

*- . forestiers

d o n t

A l'exception du cinéma (ici «Piège de Cristal»), la neige n 'impressionne plus beaucoup l'homme moderne

le rôle a été capital dans la lutte contre l'érosion p a r les cours d'eau et la pro- tection contre les avalanches. L'ins- pecteur fédéral Coaz fait cartographier par ses collègues des cantons, entre

1870 et 1880, tous les couloirs d'ava- lanches connus en Suisse.

S'ajoute à l'activité bénéfique des agents de l'Etat l'arrivée des subven- tions qui vont permettre les premiers travaux de protection. Mais les initia- tives privées ont encore voix au cha- pitre: à Pontresina, p a r exemple, c'est l'hôtelier de la station qui a fait construire, vers 1880, les premiers murets paravalanches. Son hôtel et d'autres constructions nouvelles s'écar- taient des deux noyaux du village pro- tégés p a r des crêtes naturelles et se trouvaient de ce fait exposés aux cou- lées d e neige!

150 morts dans les Alpes durant un seul hiver

Partout, ici comme à l'étranger, les grands moyens ne sont mis en place que sous le coup d'une ou de plusieurs catastrophes. «En Suisse, dit le prof.

Bridel, ce sont les avalanches de l'hiver 1950-51 qui ont vraiment donné le coup de fouet à la politique

de construction des protections. A

l'époque, les stations étaient assez com- pactes. Les avalanches firent, cette année-là, environ 150 morts dans les Alpes. Si les localités avaient été aussi étendues qu'aujourd'hui, il faudrait multiplier le nombre des victimes p a r 20, voire par 50...»

Le tourisme et la prolifération des résidences secondaires augmentent la vulnérabilité et donc le degré de risque.

A cet égard, les réactions des groupes d'intérêt et des institutions sont inté- ressantes à observer. Le lobby touris- tique et celui des transports, favorables à une sécurité optimale, plaident pour une accessibilité permanente et donc un renforcement coûteux des protec- tions. A l'opposé, d'autres intérêts sont tournés vers une minimisation des coûts afin que le contribuable local n'ait pas trop à débourser.

Curieusement, certains individus a p p a r t i e n n e n t parfois a u x d e u x groupes: on a le

SOUCI

des finances com- munales mais en même temps on espère tirer le meilleur profit d'une sécurité accrue, par exemple pour mieux vendre une parcelle - on remarque toutefois dans l'ensemble des communautés des Alpes un refus catégorique de travaux qui ne bénéficieraient qu'à quelques- uns, propriétaires ou promoteurs par exemple. Souvent aussi, on considère que les travaux de protection coûteux sont forcément

EFFICACES

et sûrs.

•^É «Sauvé par un chien du mont

Saint Bernard», page du Petit J o u r n a l

B ALLEZ SAVOIR! / №4 MARS 96

Les mesures varient d'une commune à l'autre

Il y a aussi le groupe des intérêts tutélaires, professionnels comme les forestiers ou les secouristes, ou éta- tiques comme les autorités chargées de faire respecter la loi du zonage: zone rouge où il est interdit de construire, zone bleue constructible moyennant certaines précautions et soumise à une obligation d'évacuation en cas de nécessité, et enfin le reste du territoire sans danger.

«Des cartes précises doivent être dressées p a r toutes les communes concernées, non sans mal, explique L a u r e n t Bridel. E n Valais, p a r exemple, le canton veut faire appliquer la législation mais il se heurte à des communes qui ont établi antérieure- ment leur propre plan de zones, la plu- part du temps sans mentionner celles à risques ou alors de manière grossière.

Il ressort ainsi nettement que certaines communes sont systématiquement sou- cieuses de prendre toutes les mesures utiles alors que d'autres, au contraire, n'ont pas désigné les lieux dangereux ni entrepris d'action...»

Les sentiments de crainte ou de sécurité varient selon le type de per- sonne, selon l'âge, selon la durée de résidence dans la région aussi. U n témoignage résume certains compor- tements: «Les touristes ne connaissent pas l'existence du danger, les habitants le connaissent mais manquent souvent

Laurent Bridel, professeur et directeur de l'Institut de géographie de l'UNIL

de prudence.» La confiance ou la méfiance face aux autorités et aux services des avalanches sont essen- tiels pour l'attitude des usagers.

La menace

est souvent minimisée

La menace que fait peser le dan- ger d'avalanches sur une station est souvent minimisée quand elle n'est

pas tabou. Ainsi les chercheurs ont- ils reçu dans une station des Grisons un accueil très négatif à leur propo- sition d'enquête auprès des notables du village. «On a déjà bien assez fait de publicité sur l'éventualité de ce risque et de nouveaux dangers dus au changement de climat, leur ont répondu les autorités communales.

Plus un mot là-dessus. Sinon i l y aura encore un article dans les journaux et ça fera du mal à notre image tou- ristique...»

J e a n - B e r n a r d Desfayes

ALLEZ SAVOIR! / №4 MARS 96 9

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M O N T A G N E : Q u i a e n c o r e p e u r d e l ' a v a l a n c h e ?

Le paysan

de m o n t a g n e , p r o d u c t e u r ou j a r d i n i e r ?

L

e prof. Pierre Hainard, de l'Insti- tut de géobotanique, lit dans la cou- verture végétale des régions de montagne les traces des catastrophes naturelles. Dans le cadre d'une vaste recherche internationale portant sur la re- lation homme-biosphère (MAB) dans le monde, il s'est penché sur les r a p p o r t s entre «L'homme et la montagne», en par- ticulier dans le Pays-d'Enhaut. Interview.

Pierre Hainard: Les gens du Pays- d'Enhaut sont encore très avertis de ce qui se passe autour d'eux. Ils ont une manière de soigner leur pays qui est aussi remarquable que millénaire.

L'entretien de leurs pâturages s'est fait parfois même à la chinoise:

on arrachait les plantes indésirables à la main, on distribuait le fumier à la fourche. Ces soins intensifs se per­

pétuent encore de nos jours dans une certaine mesure. Les forêts béné­

ficient des mêmes soins; malgré la surexploitation de la dernière guerre, il n'y a pas eu trop de catastrophes.

Il y a dans cette population une mémoire des dangers et de la façon de s'en protéger.

As: Pour qu 'il pttLw rester sur place, faut- il transformer le paysan en jardinier de la montagne?

Non. La nature profonde du paysan, c'est de produire, pas de veiller sur la nature. Produire, c'est sa fierté et sa justification même si, par le biais des subventions, il a pu être déjà à moitié fonctionnaire. Mais il peut fabriquer des produits spécifiques de qualité, comme certains fromages très typés...

On peut imaginer que, faute de revenus suf- fisants, la paysannerie abandonne les régions de montagne qui seraient laissées à elles- mêmes. Que se passerait-il?

Au point de vue géologique, pas grand-chose. Au point de vue végéta­

tion, la nature s'entretient elle-même.

Mais ça lui prend pas mal de temps.

Et plus c'est haut, plus c'est long. Pour qu'une forêt se reconstitue en plaine, il faut presque un siècle; en montagne, il faut multiplier ce chiffre par deux ou par trois. Pour les pâturages d'alpage, la prolongation du temps de croissance se situe aussi dans cette

Le prof. Pierre Hainard, de l'Institut de géobotanique, de l'Uni

de Lausanne

fourchette. Mais une herbe qui n'est pas broutée est d'abord couchée par le poids de la neige et celle-ci glisse dessus comme sur une toile cirée...

D'où le recours de plus en plus généralisé aux paramlancoes?

Dans une certaine mesure oui,

mais

en

affinant les techniques. On a com­

mencé par construire des murs de pierres de taille et de maçonnerie; puis on a passé aux protections en acier et en aluminium qui brillent au soleil.

Tout cela coûte fort cher. En-dessous de la limite de la forêt, il y a une ten­

dance maintenant à faire des parava- lanches relativement provisoires en bois qui tiennent juste assez pour que les arbres plantés en-dessous aient le temps de pousser. Cette méthode per­

met d'avoir un dispositif efficace mais dix fois moins coûteux que les para- valanches classiques.

J.-B. Ds

Dans le cadre d'une vaste recherche internationale sur la relation

«homme-biosphère», le chercheur lausannois travaille sur les rapports entre l'homme et la montagne

1 0

ALLEZ S A V O I R ! /

№4

MARS

96

M O D E

La fourrure

est-elle vraiment morte?

aradoxe: alors que les jeunes européens rejettent violem-

ment les habits en peaux de bêtes, parce que ces vê- tements sont sources de souf-

frances pour les animaux et parce qu 'ils représentent une

trop ostentatoire ascension dans la hiérarchie sociale,

c'est tout de même cette clientèle que les four-

reurs doivent séduire pour survivre.

Explications —>

ALLEZ S A V O I R ! /

№4

MARS

96 1 1

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M O D E : L a f o u r r u r e e s t - e l l e v r a i m e n t m o r t e ?

Annette Ribordy, enseignante à l'Université Laurentienne

de Sudbdury, dans l'Ontario canadien, et auteure d'une thèse à l'Ecole des HEC de l'UNIL

C

ertains analystes considèrent la fourrure comme une industrie sur le déclin. A la suite de campagnes d'opi- nion très efficaces, de Brigitte Bardot volant au secours des bébés phoques aux top models qui proclament «plu- tôt nue q u ' e n fourrure», les v e n t e s mondiales de vêtements en peaux de bêtes ont lourdement chuté durant les années 80. Forçant de nombreux four- reurs à mettre la clé sous la porte. Et pourtant, ce produit de luxe politi- quement incorrect a, semble-t-il, un avenir devant lui, comme le prouvent certaines expériences récentes.

La fin d'une époque

Auteure d'une thèse à l'Ecole des H E C de l'Université de Lausanne, Annette Ribordy (qui enseigne par ailleurs à l'Université Laurentienne de Sudbdury, dans l'Ontario canadien) est convaincue que les fourreurs vont s'en sortir: «Il ne fait aucun doute que c'est la fin d'une époque pour l'industrie de la fourrure. Elle ne peut plus, dans la société actuelle, fonctionner suivant les modèles du passé et n'être qu'un signe de statut social et de richesse. C'est pourtant un matériau noble, très beau à travailler et biodégradable. Dans une société hantée par les problèmes de pol- lution et souvent lasse de la grande

consommation, la fourrure a de grandes possibilités de survie si elle sait se servir des bonnes armes.»

En l'occurrence, il s'agit principa- lement de c o m m u n i c a t i o n , mais encore d'une meilleure adaptation des produits à la demande, et enfin de la recherche de nouveaux marchés où la sensibilité des clients au bien-être des animaux n'est pas aussi exacerbée qu'en E u r o p e .

Une opposition

essentiellement citadine

«Les acheteurs de produits de la fourrure sont avant tout des citadins dont les contacts avec la nature sont marginaux, voire inexistants, écrit Annette Ribordy dans sa thèse. La majorité des messages du lobby anti- fourrure est adressée aux consomma- teurs européens, soit une société for- tement urbanisée, dans des pays où, depuis longtemps, il n'existe plus d'ani- maux sauvages. Une enquête a mon- tré que l'opposition à la trappe et au piégeage est directement proportion- nelle au degré d'urbanisation de la population. Comment des populations citadines peuvent-elles s'imaginer qu'il existe encore de vastes étendues sau- vages, et des populations entières dont la survie économique dépend de

1 2 A L L E Z S A V O I R ! / № 4 M A R S 9 6

+ p. 14

(9)

M O D E L a f o u r r u r e e s t - e

l'industrie de la fourrure et dont le genre de vie ne nuit pas nécessairement à l'harmonie écologique?»

Reprise des ventes au Canada

Alors que l'industrie mondiale de la fourrure est en recul, les ventes du Nord de l'Amérique ont fait un bond en avant l'an dernier (le chiffre d'affaires des exposants de la Foire canadienne de la fourrure, qui donne le pouls du marché, est passé de 80 à 110 millions de dollars entre 1993 et 1994). La r e - cette? Selon les analystes, la reprise actuelle des ventes a notamment pour origine les ravages causés par les colo- nies de castors et les épidémies de rage chez les ratons laveurs (dont l'homme est le principal prédateur), qui o n t amené les militants anti-fourrure à prendre conscience des méfaits de la surpopulation animale dans un terri- toire donné.

Autre argument désormais utilisé dans la communication des fourreurs:

l'aspect écologique de la matière pre- mière qu'ils utilisent. O n oppose les qualités biodégradables des fourrures aux substituts synthétiques (ou fausses fourrures) fabriqués p a r la très pol- luante industrie pétrochimique.

La fourrure «verte »

Une expérience québécoise, uni- quement basée sur la fourrure recy- clée (soit la revitalisation de vieux manteaux), connaît actuellement un g r a n d succès, principalement auprès d'une clientèle

jeune. La société Harri- c a n a Pôle N o r d Canada s'est spécia- lisée dans la créa- tion de sacs à dos, moufles, d o u - d o u n e s réver- sibles ou gilets en fourrure de r é c u p é r a t i o n . L'idée est d e donner une nou- velle jeunesse à m a n t e a u x anci dont certains affic plus de vingt

d'adapter au goût du jour ces peaux «revitalisées» par des pro cédés non polluants.

Les designers canadiens s'inspirent de plus en plus des artisanats tradi- tionnels. Ainsi la société Harricana collabore-t-elle avec des créateurs Inuit (le mot politiquement correct qui remplace «esquimaux»), qui four-

A L L E Z S A V O I R ! / № 4 M A R S 9 6

L'EST ET

H L'O RIENT,

• L E S N O U V E A U X * ^

• M A R C H É S

W L fcST E T

* L' O RIENT,

¡LES N O U V E A U X M A R C H É S

nissent notamment des boutons en bois de caribou sculptés pour déco- rer les sacs à dos.

S'adapter aux nouveaux styles de vie

«Quand on travaille avec des ar- tistes Inuit, il faut apprendre à pré- voir à long terme, explique la designer Mariouche dans La Presse de Mont- réal. Tout l'été, ils partent à la pêche ou à la chasse. Impossible de les joindre.» Notamment inspirés par la mode ethno-autenthique actuelle, on voit se multiplier les motifs amérin- diens, comme les «Modem Native

P.

16

L'industrie de ia fourrure prospecte de nouveaux marchés.

A Hong Kong, une étude réalisée auprès de personnes de 25 à 55 ans a montré que ces vêtements sont considérés comme des symboles de statut social. Phénomène

intéressant: on ne retrouve pas ici le décalage européen entre les classes d'âges, avec des jeunes opposés et des personnes d'âge mûr qui sont plus favorables à ces produits.

«C'est en tant que signe de réussite économique des sociétés occi- dentales que la fourrure s'exporte bien, note Annette Ribordy.

Aujourd'hui, elle connaît une grande popularité dans les pays d'Asie qui

accèdent au développement économique à l'occi-

dentale - Japon, Corée du Sud,

Hong Kong,

¡k Chine - ou

tÊÊL

dans

ceux qui le découvrent - comme l'Europe de l'Est.»

Les pays asiatiques semblent offrir beaucoup de potentiel à la fourrure.

«Le sentiment anti-fourrure ne risque pas d'influencer les achats des Asiatiques, qui ont des attitudes

« d e s attidudes très différentes envers les

animaux »

très différentes de celles des Occidentaux envers les animaux, explique la chercheuse. Pour eux, le fait de tuer des animaux pour leur fourrure est comparé à celui de tuer pour se nourrir. Par ailleurs, la femme pourrait perdre son statut

d'inférieur et la fourrure, considérée comme un produit de prestige, pourrait trouver là un créneau prometteur.» A moins que l'opposition européenne ne se transmette au reste du monde, phénomène de «globalisation»

oblige.

J.R.

mmm A L L E Z S A V O I R ! / № 4 M A R S 9 6

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M O D E : L a f o u r r u r e e s t - e l l e v r a i m e n t m o r t e ?

Classics» ou les coupes issues de l'ico- nographie et de la tradition Zunis ou Navajo. Autant de tentatives visant à s'a- dapter et à récupérer une clientèle jeune.

Pour retrouver des clients, l'indus- trie de la fourrure doit donc apprendre à suivre les goûts des consommateurs.

«Il semblerait que ce soit l'incapacité de l'industrie de la fourrure à s'adap- ter aux nouveaux styles de vie qui soit en partie responsable de la crise qui la frappe», explique Annette Ribordy.

Séduire des jeunes européens récalcitrants

Si les jeunes canadiens redécouvrent la fourrure, les Européens, eux, préfè- rent sortir «à poil» comme leurs top models favoris. Car c'est surtout sur le Vieux Continent que les études décèlent un important conflit de générations entre des jeunes fortement opposés et des per- sonnes plus âgées qui portent fourrure.

Ainsi une enquête effectuée auprès de 100 jeunes français de niveau Bac a montré que les vêtements en peaux sont presque totalement rejetés pour des rai- sons écologiques et parce qu'on refuse ces signes trop ostentatoires de richesse.

Or, aujourd'hui, les jeunes jouent un g r a n d rôle dans le monde de la consommation parce qu'ils disposent d'un pouvoir d'achat i m p o r t a n t et qu'ils ont imposé leurs idées à la conception de b e a u c o u p de produits, n o t a m m e n t dans le domaine de l'ali- mentation, de l'habillement et de la musique.

En Europe, l'offensive des fourreurs s'annonce donc plus difficile à mener qu'au Canada où les hivers sont parti- culièrement froids, où l'artisanat Inuit fait partie du bagage culturel commun, et où les fourrures sont des habits net- tement moins «glamour».

Sortir du ghetto

«femme d âge mûr»

Artisanat séculaire, la fourrure est à la croisée des chemins. La virulence comme la persistance des différentes campagnes de protestation des amis des animaux obligent ceux qui vivent de ce travail à repenser complètement leurs métiers. Q u e ce soit par l'introduction de pièges «humanitaires» ou «de com- passion», ou en s'adaptant à un monde et à des modes qui évoluent.

«La fourrure sort avec difficulté d'une sorte de ghetto où elle était consi- dérée comme article destiné aux dames d'âge mur, soupire Annette Ribordy.

Tout comme les United Colors of Benetton qui vendent les couleurs de l'humanité, ou les montres suisses haut de gamme la magie du temps, la four- rure devrait être capable de s'inventer une image qui vende non pas des vête- ments mais un rêve.» Et de lancer quelques idées, comme l'attrait pour l'aventure fantastique et les grands espaces, la sympathie dont bénéficient les produits ethniques de minorités

«exotiques», ou, pourquoi pas, un virage de la mode vers le «politique- ment incorrect».

Jocelyn Roc ha t

Deux photod-dymboled de la guerre d'image que de livrent pro- et anti-fourrure.

D'un côté, led top modeld déclarent «plutôt nue qu'en fourrure», de l'autre, led fourreurd (ici une publicité de Benjamin Fourrured à Lausanne)

mettent en avant la tradition Inuit

De Scandinavie

à Hong Kong, les fourrures passent souvent

par la Suisse

G

est en Scandinavie que l'on trouve a plus g r a n d e concentration d'élevages d'animaux dont la fourrure est utilisée à des fins industrielles. Les Italiens et les Allemands sont eux les plus dynamiques et les plus inventifs dans l'apprêtage des peaux et le design des modèles. De leur côté, des pays comme la Corée du Sud et H o n g Kong, principaux exportateurs mondiaux de vêtements de fourrure, ont réinventé cette industrie séculaire en passant à la production en grandes séries et à moindres coûts. Q u a n t à la Suisse, elle sert surtout de plaque tournante au commerce mondial - et légal - des four- rures.

Led Scandinaves ont uni leur effortd en créant la cooperative Saga Fard of Scandinavia

La «Saga» scandinave

Le Danemark, la Finlande, la Nor- vège et la Suède ont transformé leurs élevages de visons et de renards en une industrie du XXème siècle. Conscients des problèmes posés par la petite taille de leurs entreprises respectives, les Scandinaves ont uni leur efforts p o u r exister sur le marché mondial, en créant la coopérative Saga Furs of Scandi- navia.

Les Scandinaves produisent exclu- sivement des fourrures de renards argentés et de visons, autant d'animaux qui ont grandi dans les fermes du N o r d de l'Europe. La demande, très forte dans les années 1970, a provoqué une augmentation de la taille des fermes d'élevage, mais les campagnes des mou- vements de protection des animaux, comme la surproduction et la récession, ont fait chuter la production. Celle du vison passant notamment de 45 mil- lions de peaux en 1988 à 19 millions en 1993.

C'est surtout dans la promotion et le marketing que les Scandinaves sont les plus efficaces. Leur coopérative Saga cherche à renouveler et réinven- ter l'industrie de la fourrure. Ces vête- ments doivent désormais pouvoir se porter aussi bien avec un jeans qu'avec une robe de soirée.

A L L E Z S A V O I R ! / № 4 M A R S 9 6

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M O D E : L a f o u r r u r e e s t - e l l e v r a i m e n t m o r t e ?

Entre le glamour hollywoodien (ici Greta Garbo en 1926) et le.i habits en fourrure poduits à la chaîne en Corée,

cette industrie a connu de -%

multiples déclinaisons

Greta Garbo par Ruth Harriet Louiae. 1926

-o-

Saga s'occupe encore des relations publiques, notamment avec les médias, les écoles de mode et les designers, pour faire connaître l'industrie de la fourrure et les possibilités de ce matériau. Et l'organisation associe à sa cause des par- tenaires prestigieux, comme l'équipe olympique danoise, dont le costume officiel pour les J e u x d'Albertville se composait d'un manteau de phoque du Groenland, en signe d'appui à l'industrie de la fourrure.

Le savoir-faire italien

C'est en Italie que se trouvent les chefs de file mondiaux de l'apprêtage des fourrures. N o t a m m e n t la firme milanaise Manifattura Italiana del Brembo ( M I B ) , qui emploie de 200 à 250 ouvriers. En s'adressant au très haut-de-gamme européen, M I B a assuré sa survie malgré la crise des années 80. L'entreprise tente désor- mais une expérience similaire à celle risquée par les horlogers suisses sur- pris par le succès inattendu de la montre à quartz japonaise: s'appro- prier le secteur du luxe après la dis- parition du marché traditionnel aux mains de la concurrence asiatique.

La force des Italiens réside dans leur savoir-faire technique inégalé et le talent de leurs créateurs. Vers la fin des années 80, lorsque la fourrure se vendait mal, les lea- ders transalpins de l'apprêtage ont été jusqu'à mettre au point des méthodes qui permet- taient à de vraies fourrures de ressembler à des fausses, his- toire de procurer toute quié- tude aux acheteuses qui veulent continuer à se promener dans les rues.

La Corée, où l'art de vendre des fourrures comme des hamburgers

Troisième exportateur mondial de vêtements en tout genre, la Corée s'est également attaquée au marché de la fourrure. Dès les années 60, e pays utilise sa main-d'œuvre bon marché pour la production de

masse à destination de l'étranger.

J u s q u ' à la fin des années 80, ce sec- teur connaît une forte expansion.

Depuis, la terrible chute enregis- trée (les exportations coréennes de fourrures passent de 262 millions de dollars en 1989 à 67 millions en

1992) n'a été que partiellement compensée par une augmentation de la demande nationale.

La marque emblématique du pays s'appelle J i n d o Corporation.

L'entreprise débute dans l'aventure de la fourrure en transformant en manteaux des peaux de lapins

importées de Belgique. En passant à d'autres fourrures plus presti-

gieuses, les responsables coréens inventent un nouveau concept:

offrir au consommateur de classe moyenne des fourrures

à un prix abordable, tout en réalisant de bons profits.

La firme opte pour le

1 8 A L L E Z S A V O I R ! / № 4 M A R S 9 6

concept des supermarchés: on entre dans les lieux de vente de la marque sans être aussitôt assailli par le vendeur, et les prix sont clairement affichés.

N o m b r e de boutiques J i n d o ont ainsi été installées dans les aéroports du monde entier. Malgré ses recettes industrielles, que Le Monde a comparé à la vente des hamburgers, J i n d o n'évite pas la crise.

Parmi les raisons de l'échec de J i n d o , Annette Ribordy explique: «Le concept de fast fur est incompatible avec l'image de la fourrure. Celle-ci demeure un produit de luxe qui résiste encore à ces nouvelles tendances de démocratisation.» Et de relever qu'un produit de grande consommation est, par définition, bon marché et surtout peu durable. Ce qui n'est pas le cas de la fourrure. La durée de vie d'une four- rure est en effet de 10 à 15 ans. 6 0 % des consommatrices achètent deux à trois manteaux au cours de leur vie. En vendant trop à trop bon marché, J i n d o a tendu le piège où il s'est enferré.

Les trappeurs du Canada

Au Canada, l'industrie de la fourrure permet à 60'000 familles autochtones, principalement amérindiennes et Inuit, d'assurer leur subsistance. De vastes étendues de terres y sont à peu près laissées à l'état naturel, et seuls passent quelques t r a p p e u r s .

Gros pays exportateur de fourrures sauvages (qui sont ensuite retravaillées par des entreprises de confection euro- péennes ou asiatiques), le C a n a d a est fortement pénalisé par les lois de la C o m m u n a u t é . Depuis le 1er janvier 1996 est en effet interdite l'importation sur le territoire européen de peaux de treize espèces d'animaux sauvages cap- turées par des pièges à mâchoires (cette mesure ne concerne ni le renard argenté ni le vison canadien, et l'éle- vage de ces espèces reste autorisé en Scandinavie).

L'industrie canadienne a d'autant plus de peine à se défendre que les uni- tés de production sont, pour la plupart,

Les Inuit, gros producteurs

nord-américains de fourrures, ont fait l'objet de nombreux films, dont le récent «Kablonack»

des petites entreprises occupant moins de dix personnes, qui n'arrivent pas à se coordonner de manière efficace.

La Suisse, paradis douanier

La Suisse fait une apparition sur- prenante dans le classement des prin- cipaux pays importateurs de fourrures d u r a n t les années 80 (4e place en 1980, 7e en 1992). La raison de ce résultat étonnant n'est pas tant la qualité des modistes helvétiques que la présence en nombre de compagnies offshore sur le territoire de la Confédération, qui permet à la Suisse de jouer le rôle d'intermédiaire dans le commerce international.

«Une compagnie suisse achètera des pelleteries brutes au Canada qu'elle enverra en Corée pour être travaillées.

Cette dernière sous-traitera en Chine

p o u r la confection. Les vêtements seront ensuite exportés aux Antilles Néerlandaises avant d'être vendus aux distributeurs nord-américains», écrit Annette Ribordy dans sa thèse.

L'objectif de ce micmac étant évi- demment de trouver les endroits pour produire le meilleur marché, et obte- nir les conditions fiscales et douanières les plus favorables à l'industrie.

Jocelyn Rachat

Source de l ar

«L'industrie canadienne de la fourrure:

Enjeux et prc'conisations dans un

contexte international», Annette Ribordy.

Thèse présentée à l Ecole dej HEC, Lausanne, 1995.

A L L E Z S A V O I R ! / № 4 M A R S 9 6

(12)

M G D E : L a f o u r r u r e e s t - e l l e v r a i m e n t m o r t e ?

Qui p o r t e des f o u r r u r e s ?

De. Cro-Magnon à tria ù-inère, petite histoire i amateurs d'habits en

peaux de l'êtes.

L'histoire montre que

plus une civilisation évolue vers le confort, et plus les fourrures sont portées par les femmes

out commence avec Adam et Eve, qui sont chassés du Paradis et partent, vêtus de fourrures, pour le dur monde qui est devenu le nôtre. D è s lors, les vêtements en peaux de bêtes occu­

pent une place dans toutes les sociétés humaines, mais à des de­

grés très différents.

H o m m e s p r é h i s t o r i q u e s , puis Hébreux, Egyptiens, Grecs ou Romains utilisent tous des four­

rures dans leurs parures. D a n s les civilisations orientales, la peau de martre servit même de première monnaie. Si la fonction originelle de la fourrure est d'être un produit de nécessité, celle-ci évolue géné­

ralement vers un rôle d'apparat à mesure que se développent les civi­

lisations.

Selon Ernest Dichter, la significa­

tion originelle de la fourrure vient du fait qu'elle représente un tro­

phée rapporté à sa dulcinée par le chasseur. Le prestige qui accom­

pagne ce produit explique qu'au Moyen-Age, on en trouve sur les ornements religieux. Puis à la cour des rois. En France, des lois ont même strictement limité le port de la fourrure aux dames de haut rang jusqu'à l'avènement de la Répu­

blique. Et en Russie, la zibeline était réservée à la noblesse.

Plus une civilisation avance dans l'ère i n d u s t r i e l l e , plus e l l e s'éloigne de la nature, et plus ces produits apparaissent comme un signe de réussite financière. Avec la hausse du niveau de vie, les classes laborieuses peuvent même s'offrir ces produits autrefois réservés à des privilégiés, d'où l'intérêt bien connu des grands- mères pour les v i s o n s .

Par ailleurs, plus une civilisation évolue vers le confort et plus ce produit est porté par des femmes.

Au point qu'en cette fin de millé­

naire, 95% des porteurs de four­

rures s o n t d e s f e m m e s . Les hommes n'en portant que lorsque le climat est rude (Nord de l'Amé­

rique, Nord de l'Europe, certaines régions d'Asie) ou pour des raisons religieuses et culturelles (les mem­

bres de la communauté juive has- sidique de Montréal portent toute l'année des chapeaux à larges bords décorés de fourrures).

2 0 A L L E Z S A V O I R ! / № 4 M A R S 9 6

É C O N O M I E

Un univers e n p l e i n e

révolution

A

u moment de régler ses factures mensuelles, l'homme moderne a coutume de pester contre les montants astronomiques des primes d'assurance qui s'envolent, alors que celles-ci devraient le rendre plus serein face à l'avenir. D a n s un temps pas si lointain, le concept même d'assurance était pourtant totalement inconnu. Q u ' u n incendie vienne détruire sa demeure ou qu'une mauvaise grippe l'empêche de travailler pendant deux mois, et il était ruiné.

ed loid dur led addu- ranced changent tond azimutd. Tondu que led addtiranced privéed,

-online celled pour véhi- culed à moteur, dont

libéralidéed, t'addurance \ maladie prend un che-

min exactement in verde. Directeur de

''Indtitut ded dcienced actuarielles à l'Ecole I

ed HEC de l'Un'werdité de Laudatine, etdpécia

'idte de la problèma

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tique ded addtiranced, le profeddeur Hand- Ulne

Gerber explique leur fonctionnement

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A L L E Z S A V O I R ! / № 4 M A R S 9 6 2 1

(13)

É C O N O M I E : L e s a s s u r a n c e s , u n u n i v e r s e n p l e i n e r é v o l u t i o n

Hans-Ulricb Gerber, directeur de l'Institut des sciences actuarielles à l'Ecole

des HEC de l'Université de Latuianne

Le progrès apporté p a r le ving- 1 tième siècle ne se mesure donc pas . seulement en vitesse des avions ou 0 en qualité des machines à laver.

Mais aussi en sécurité face à l'imprévu. Sécurité apportée p a r les assurances et qui touche a u j o u r d ' h u i p r e s q u e tous les domaines.

Une affaire de probabilités

Une assurance est basée sur le principe de la répartition du risque. P o u r promettre à ses assu- rés de tenir ses engagements quoi qu'il arrive, les risques couverts doivent naturellement être assez n o m b r e u x et assez homogènes p o u r être cadrés p a r les lois mathématiques des probabilités. D e n o m b r e u x risques qui étaient d'ailleurs considérés comme inassurables il y a moins d'un siècle, comme les tempêtes ou les catastrophes naturelles, font aujourd'hui partie des g a r a n t i e s classiques offertes p a r n'importe quelle compagnie.

En partie, ces progrès sont permis par la technique de la réassurance (lire l'encadré). Lorsqu'un risque devient trop important, ou trop peu fréquent pour entrer valablement dans une moyenne statistique, les assurances se déchargent elles-mêmes d'une partie du risque sur une autre compagnie - qui peut à son tour trouver un réassureur, et ainsi de suite. P o u r les très gros risques, les compagnies d'assurances peuvent limiter leur garantie à une par- tie de l'objet, alors partagé entre plu- sieurs assureurs. Ceux-ci se comptent ainsi par centaines lorsqu'il s'agit de couvrir, p a r exemple, un lancement de satellite dans l'espace.

La concurrence ne permet pas de bénéfices exagérés

Pour monsieur Tout-le-Monde, ces progrès ne sont p o u r t a n t guère appa- rents et le montant des primes semble invariablement trop élevé. Les conver- sations du Café du Commerce confir- ment d'ailleurs que les sommes versées sont juste bonnes à engraisser les poches des assureurs.

Spécialiste des questions d'assu- rances à l'Institut des sciences actua- rielles de l'Université de Lausanne, Hans-Ulrich Gerber ne partage guère l'opinion de la rue: «Pour connaître les bénéfices d'une compagnie d'assu- rances, il n'y a qu'à lire son rapport annuel, plaide-t-il. Mais en règle géné- rale, la concurrence est trop forte entre les compagnies p o u r permettre des bénéfices exagérés. Il faut toutefois faire la distinction entre les institutions d'assurance privées et les autres. En ce qui concerne les caisses maladie, p a r exemple, le principe de la mutualité exclut toute idée de bénéfices.»

Un nouveau médicament peut devenir le cauchemar de l'assureur

' Pour les assureurs privés, il est très important de définir parfaite- ment les risques, ce qui détermine les classes de tarif de primes dif- férenciées. En assurance-vie, cette segmentation des risques devient de plus en plus d'actualité.

«Avec les assurances-vie, toute la question est de déterminer quels sont les facteurs-risques, et de construire la table de mortalité, explique Hans Ulrich Gerber. O n obtient assez facilement la proba- bilité de décès dans l'année - il suffit de diviser le nombre de personnes mortes l'année précédente par le nombre de vivants au début de l'année - , mais ce que l'on souhaiterait avoir, c'est cette probabilité pour l'avenir, pas pour le passé. Le risque, pour l'assu- reur de rentes viagères, p a r exemple, est de sous-estimer l'augmentation de la longévité ou une baisse imprévue de la mortalité.»

La découverte d'un médicament miracle contre le cancer serait ainsi un d é s a s t r e p o u r de tels assureurs...

Des différences entre fumeurs et non-fumeurs

Dans le passé, les assureurs sur la vie coopéraient p o u r établir les taux.

Ils combinaient leurs données statis- tiques pour donner davantage d'assise à leurs calculs, et les primes étaient donc quasiment identiques quelle que soit la compagnie. Seul variait le taux d'intérêt appliqué aux primes versées.

Mais avec le processus de libéralisation

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La découverte d'un médicament

miracle contre le cancer peut se transformer en désastre pour les assureurs

On pourrait imaginer qu'une compagnie entre

comme critère le fait que l'assuré soit fumeur ou non-fumeur, comme cela se fait déjà en Angleterre ou aux Etats-Unis

actuellement en cours, il y aura des dif- férences notables d'une compagnie à, l'autre, et on peut prévoir que les primes varieront plus fortement en fonction des risques.

«On pourrait imaginer q u ' u n e com- pagnie entre comme critère le fait que l'assuré soit fumeur ou non-fumeur, comme cela se fait déjà en Angleterre ou aux Etats-Unis. Il est clair qu'il s'agit d'un facteur de risque, mais le problème, c'est qu'il est difficile de le mesurer objectivement. L'occupation pourrait elle aussi être un facteur, de même que l'hérédité ou le comporte- ment. Mais pour des raisons pratiques, il est très problématique d'en tenir compte. De plus, il y a des facteurs que l'on oublie volontairement, pour faire agir la solidarité entre les classes d'indi- vidus. Aux Etats-Unis, p a r exemple, il est interdit de distinguer entre hommes et femmes dans certains cas, de même qu'entre les races, même si les Noirs ont un taux de mortalité plus élevé que les Blancs...»

La RC auto, prime politique

L'assurance pour véhicules à moteur, dérégularisée à grand fracas média- tique, segmente également les assurés de plus en plus systématiquement.

Hans-Ulrich Gerber connaît le p r o - blème d'autant mieux qu'il fut long- temps membre de la Commission fédé- rale c o n s u l t a t i v e des a s s u r a n c e s automobiles - poste qu'il a quitté voici quatre ans.

«Le cas de la prime responsabilité civile ( R C ) auto était plus politique encore que l'assurance maladie. Peut- être parce que l'auto est plus chère à nos cœurs que la vie, se souvient-il iro-

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