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Embora a computação em nuvem seja uma das tecnologias que serviu de base à própria computação, às redes e à internet, é uma tecnologia que só recentemente ganhou expressão mediática. O conceito, hoje mais actualizado, baseia-se na distribuição e virtualização de serviços pelas capacidades dos servidores que trabalham em conjunto, de forma distribuída, podendo uma tarefa complexa ser executada por diversas máquinas, e/ou então o armazenamento estar a ser distribuído por diversos equipamentos.

O princípio tem como base o conceito de terminal, oriundo da década de 50 do século passado, que apenas tinha um monitor, um teclado e, em alguns modelos mais avançados, um rato. Estes estavam directamente ligados a um mainframe onde estavam os dados e a capacidade de processamento, tudo numa rede informática privada, ainda muito antes da Internet existir. Com base neste princípio foi então desenhada a computação em nuvem actual, que usa a Internet, em vez de uma rede informática local, para o mesmo efeito.

Na década de 90 nasceu a primeira aplicação com base neste conceito e que funcionava através da Internet. Tratava-se de um sistema operativo, denominado WebOS (não confundir com

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o Palm WebOS36), que funcionava através de um navegador. Parte do processamento era feito nos servidores onde estava alojado e a outra parte no computador do cliente, através do navegador.

Durante a década de 90 foram vários os especialistas a falarem de novas funções com base na computação em nuvem. Uma das mais famosas intervenções sobre o assunto foi feita por Steve Jobs em 1997, afirmando que o serviço que estava a ser desenvolvido era capaz de sincronizar todo o trabalho entre os escritórios da Apple e da Pixar37, e inclusive chegar a casa e poder continuar a trabalhar, também de forma sincronizada.

A sincronia, é um serviço de computação em nuvem que permite sincronizar, de forma automática ficheiros entre vários computadores e/ou dispositivos, fazendo uso de servidores para manter os ficheiros acessíveis a qualquer hora, em qualquer lugar.

Apesar de só muito recentemente terem nascido os serviços de alojamento e sincronia, serviços como o Dropbox38, o MEO Cloud39, ou o Ubuntu One40 estão em franco crescimento por permitirem facilmente sincronizar ficheiros entre diferentes dispositivos, sejam eles equipamentos móveis ou computadores de secretária. Por outro lado, serviços com o iCloud41 oferecem mais do que alojamento de ficheiros, permitindo mesmo sincronizar dados, como os contactos, agenda ou até mesmo as definições dos dispositivos, entre vários dispositivos e computadores, de forma automática.

A computação em nuvem não é apenas limitada aos serviços de sincronia. Outro exemplo de aplicação é utilização por parte da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire - CERN). O projecto do Large Hadron Collider colocou um problema grave de processamento aos cientistas responsáveis pela análise de dados. Porque cada colisão gera um enorme volume de dados, e por ser demasiado complexo tratá-los apenas num só local, foi desenvolvida uma tecnologia, chamada Worldwide LHC Computing Grid (WLCG), comummente chamada de GRID, permitindo a divisão da informação por centenas de computadores, sendo possível armazenar e processar os 25 terabytes de informação gerados por dia. Toda esta informação é distribuída por 34 países, através de redes de fibra óptica, algumas 36O Palm webOS é um sistema operativo para dispositivos móveis, actualmente pertencente à HP e

descontinuado.

37A Pixar é uma empresa de animação gráfica, especializada em filmes animados, actualmente pertence à Disney Pictures.

38Que é usado, por exemplo, para sincronizar este manual entre os vários autores permitindo que cada um reveja ou continue o trabalho do outro. http://www.dropbox.com

39https://meocloud.pt/

40http://www.one.ubuntu.com 41http://www.icloud.com

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Ilustração 48: Cloud Computing

propriedade da CERN e dedicadas para o efeito, com capacidade de transmissão a 10Gbps, totalizando 200 mil núcleos de processamento 150 petabytes de armazenamento.

Navegadores

Um navegador42 é um programa que permite aos utilizadores da Internet visualizar sítios43, estes programas interpretam as várias linguagens que permitem mostrar as páginas, compostas nas linguagens HTML e JavaScript.

O primeiro navegador foi criado em 1990, por Tim Berners-Lee. Chamava-se WorldWideWeb (sem espaços), mais tarde renomeado para Nexus. Este nunca teve grande expressão, muito por não ter uma interface intuitiva.

Em 1993, Marc Andreessen criou o Mosaic, considerado o primeiro navegador com interface gráfica. Torna-se assim o primeiro programa com o formato actualmente universal de navegador.

O Mosaic está na origem do posterior e reconhecido Netscape.

O Netscape foi um dos navegadores mais usados até ao lançamento pela Microsoft do Internet Explorer, em 1995. O IE44 foi integrado com todas as novas instalações do Windows e por isso ganhou rapidamente muitos utilizadores, tendo chegado aos 95% de quota de mercado em 2002 e originando a “guerra dos navegadores”.

Já em 1996 foi lançada a primeira versão do Opera. Este navegador nunca teve muita expressão mas deu origem a algumas das funcionalidades comuns dos navegadores actuais.

Apesar de ainda manter a versão para computadores pessoais, este navegador acabou por se tornar mais expressivo nos dispositivos móveis.

Em 2004, depois da separação e do abandono do projecto Netscape, nasce um dos navegadores mais usados da actualidade, o Firefox. Este navegador, de código aberto, da Fundação Mozzila, tinha a particularidade (à época) da navegação por separadores. Teve um crescimento enorme logo na primeira versão muito por causa da falta de desenvolvimento do IE e dos consequentes problemas que este apresentava.

42Termo português para o anglicanismo browser.

43Termo português para o anglicanismo sites.

44IE é uma sigla para Internet Explorer

Navegadores | 70 Ilustração 49: Netscape

Em 2003 a Apple, a braços com vários problemas com o IE para Mac OS, disponibiliza a primeira versão do Safari. A versão de testes foi bem sucedida e a Apple acabou por o tornar navegador padrão do Mac OS X, vindo de origem em todas as instalações do sistema, tal como o IE no Windows45. Actualmente conta com cerca de 7% de mercado e continua a crescer, devido não só à maior utilização de Mac OS X como também dos dispositivos móveis da Apple.

O ano de 2007 marca a viragem no sector dos navegadores com o lançamento do Google Chrome. O navegador da Google rapidamente conquistou uma enorme fatia de mercado e já conseguiu destronar46 o IE , sendo bastante adoptado na Europa.

Desde o lançamento do Google Chrome que a guerra dos navegadores tem subido de tom, com uma velocidade enorme de desenvolvimento, iniciada precisamente pelo Chrome, que tem trazido mais tecnologia e uma capacidade de evolução dos códigos dos sítios mais rápida.

Este processo de desenvolvimento veio trazer também a unificação do HTML. Por durante muitos anos as várias versões do HTML terem sido alteradas de forma errada, foi fundado o consórcio W3C que junta os representantes dos principais navegadores e de várias outras empresas de tecnologia para desenvolver a versão 5 do HTML que irá unificar o código.

Devido às regras aplicadas na União Europeia os navegadores são programas de escolha livre do utilizador, isto significa que o utilizador de qualquer sistema operativo tem o direito a escolher qual o navegador que quer ter configurado como predefinido no seu sistema operativo. Assim, ao abrir uma ligação num documento ou num outro programa, o sistema operativo tem de permitir o uso do navegador escolhido e não do que vem na instalação original.

Na tabela abaixo segue uma lista dos actuais navegadores disponíveis para descarregar, junto com as respectivas ligações.

http://windows.microsoft.com/pt-pt/internet-explorer/download-ie Microsoft Windows, Microsot Windows Phone

Google Chrome

http://www.google.com/intl/pt-PT/chrome/browser/ Android, Chrome OS, iOS, Mac OS X, Microsoft windows, Linux

Opera http://www.opera.com/ Android, iOS, Linux, Mac OS

X, Microsoft Windows

Safari http://www.apple.com/pt/safari/ IOS, Mac OS X, Microsoft Windows

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