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Energy balance of the Rio de Janeiro State - 1980/1994

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íALANCO ENERGÉTICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(2)

Balanço Energético do Estado do Rio de Janeiro 1980/1994

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(3)

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Governador

Marcello Nunes de Alencar Vice-Governador

Luiz Paulo Corrêa da Rocha

Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia Eloi Fernandez y Fernandez

(4)

Balanço Energético do Estado do Rio de Janeiro 1980/1994

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia

(5)

Membros da Comissão Especial da Matriz Energética Estadual - CEMEE (Decreto do Governo Estadual ns 21.388 de 13.03.95)

Eloi Fernandez y Fernandez Presidente

Luiz Paulo Corrêa da Rocha Antonio Manoel G. G. Rato Ronaldo Cezar Coelho Jerson Kelman

Hequel da Cunha Osório Justino Lopes da Silva

João Fernando Guimarães Tourinho Luiz Eduardo Nora Dias

José Paulo Pinto Teixeira Luiz Pinguei li Rosa

Álvaro Luiz Bocaiúva Catão Geraldo Cesar Mota

José Semeão Metran Curado Lauro Valdir de Souza

Representando a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia

Vice-Governador - Representando o Gabinete Civil da Governadoria do Estado do Rio de Janeiro

Representando a Secretaria de Estado de Obras e Serviços Públicos

Representando a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Turismo

Representando a Secretaria de Estado de Meio Ambiente Representando a Companhia Estadual de

Gás do Rio de Janeiro - CEG

Representando a Cia. de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro - CERJ

Representando a LIGHT Serviços de Eletricidade S/A Representando FURNAS Centrais Elétricas S/A

Representando a Cia. Estadual de Águas e Esgotos - CEDAE Representando a Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Representando a Federação das Indústrias

do Estado do Rio de Janeiro - FIRJAN

Representando a Associação Comercial do Rio de Janeiro Representando a Secretaria de Estado

de Planejamento e Controle

Representando a Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS Grupo de Trabalho* da Secretaria Executiva da CEMEE

(Resolução n° 07/95 da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de 04.05.95) José Cesário Cecchi

José Lopes de Souza Cláudio Barki

Maria de Fátima Salles Passos Abreu Carlos Augusto Hoffmann

Roberto Silveira Celso Voto Akil**

Paulo Metri

Marcos Huber Mendes Marcos Aurélio V. de Freitas Cristiana Cruz do Amarante Marcelo Meirinho Caetano Fabiane Morei Io Peres Ricardo Moraes Galvão Porto Maria José Marques

Secretário Executivo da CEMEE SOSP

LIGHT S/A PETROBRAS FURNAS CEG CERJ FLUTEC FURNAS PPE/COPPE SECTEC/CEMEE SECTEC/CEMEE Estagiária/FURNAS Estagiário/FURNAS

Apoio Administrativo/FURNAS

A SECTEC c o Grupo de Trabalho agradecem ao apoio recebido de FURNAS Centrais Elétricas S. A. por propiciar toda a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento dos trabalhos no âmbito da Secretaria Executiva da CEMEE.

Dedicação parcial

(6)

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 7 1 SISTEMA ENERGÉTICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 9 1.1 Petróleo 11 1.2 Gás Natural 13 1.3 Energia Elétrica 15 1.4 Carvão Mineral 18 1.5 Urânio (U3O8) e Urânio Contido no UO2 19 1.6 Produtos da Cana-de-Açúcar 20 1.7 Lenha e Carvão Vegetal 21 1.8 Gás Manufaturado 21 2 EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA ENERGÉTICA ESTADUAL 23 2.1 Principais Aspectos da Economia Fluminense 25 Setor Agropecuário 27 Setor Industrial 27 Setor de Serviços 28 2.2 Intensidade Energética 30 2.3 Produção e Consumo de Energia do Estado

do Rio de Janeiro no Contexto Nacional 31 2.4 Evolução da Produção e do Consumo de Energia

no Estado do Rio de Janeiro 38 Produção de Energia Primária 38 Produção de Energia Secundária 38 Consumo Final de Energia 38 Consumo Setorial 38 Consumo por Fontes 38 Dependência Externa de Energia 39 3 ANÁLISE ENERGÉTICA POR ÁREAS

DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 43 3.1 Introdução 45 3.2 Produção de Energia Primária 45 3.3 Produção de Energia Secundária 45 3.4 Consumo Energético Setorial por Região 45 3.5 Consumo Regional por Setor 45 3.6 Consumo Energético Regional por Fonte 46

(7)

4 EMISSÕES DE CO2 NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 53 4.1 Análise da Participação do Estado

do Rio de Janeiro nas Emissões de CO2 do Brasil 55 5 BALANÇOS DE ENERGIA 65 5.1 Balanços Energéticos Consolidados - 1980/1994 67 5.2 Balanços Energéticos Consolidados

por Áreas de Planejamento - 1994 83 5.3 Oferta e Consumo de Energia por Fontes 93 5.4 Balanços dos Centros de Transformação 121 5.5 Consumo Setorial 127 ANEXOS

A Estrutura do Balanço Energético

do Estado do Rio de Janeiro i B Tratamento das Informações viii C Massas Específicas e Poderes Caloríficos

Superiores - 1994 xi D Tabela de Coeficientes de Conversão

para tEP Médio xii E Estimativas de Emissões de Carbono

pelas Fontes de Energia xiii F Glossário de Termos Técnicos xvi G Fontes de Dados xix H Bibliografia xxi ÍNDICE DE QUADROS, GRÁFICOS E FIGURAS xxii

(8)

APRESENTAÇÃO

O presente documento é o resultado de seis meses de trabalho da Comissão Especial da Matriz Energética Estadual - CEMEE, criada pelo decreto do Governador Marcello Alencar em três de maio de 1995. Foram resgatados e atualizados dados de uma iniciativa conjunta ocorrida em 1989 entre o Governo do Estado e a Light.

O produto desta iniciativa é o atual "Balanço Energético do Estado do Rio de Janeiro 1980/

1994" que atualiza, compatibiliza e consolida, em bases anuais, as informações sobre o sistema energético estadual com especial ênfase no comportamento da oferta e demanda de energia do Estado do Rio de Janeiro.

Neste período, constatou-se um aumento significativo do Estado na produção de energia pri- mária no país, de 4,7% em 1980 para 17,0% em 1994, fruto, principalmente, da expansão da produção de petróleo e gás natural da Bacia de Campos. Responsável por 46,3% das reservas de petróleo e por apenas 15,7% da sua produção no ano de 1980, o Estado passa a concentrar, em 1994,80,4% e 66,1 % das reservas e da produção, respectivamente. Em termos de consumo, a participação estadual manteve-se relativamente constante, em torno de 10% em relação ao consumo brasileiro. No balanço global oferta/demanda, o Esta- do apresenta um saldo líquido positivo de aproximadamente 9.300 x 1 Cr tEP, ou seja, 50% do seu consumo, que é transferido para os demais Estados do país. Cabe chamar a atenção para o fato de que este saldo é basicamente derivado das exportações de petróleo.

Para finalizar cabe destacar que:

a) foram introduzidos dois novos capítulos aos balanços energéticos elaborados de forma convencional, quais sejam, os referentes aos aspectos regionais do Estado e à quantificação da participação do Estado nas emissões totais de CO., e

b) o momento extremamente oportuno de se lançar o Balanço Energético Estadual para toda a comunidade interessada no setor energético, uma vez que este vem sendo objeto de profunda revisão institucional e organizacional, onde novos e antigos atores terão papéis complementares a desempenhar para garanti, não só a expansão do setor, como também a melhoria da qualidade de vida da população fluminense.

Eloi Fernandez y Fernandez Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia

Presidente da Comissão Especial da Matriz Energética Estadual - CEMEE

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Sistema Energético do Estado do Rio de Janeiro

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(10)

1.1 PETRÓLEO

O petróleo, em estado natural, é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, que abrange des- de um gás leve, como o metano, até sólidos, como o asfalto. Os derivados de petróleo, obtidos através de processos de refino do óleo cru, dividem-se em quatro grupos principais:

• Gases - destaque para o GLP (gás liqüefeito de petróleo), além do etano, propano, e butano;

• Leves - inclui a gasolina, que é predominante, nafta, hexano, benzeno, tolueno e solventes;

• Médios - destaque para o óleo diesel, seguido do querosene iluminante e querosene de avia- ção; e

• Pesados - inclui os óleos combustíveis, que são predominantes, asfaltos, óleos lubrificantes, parafinas, enxofre e coque.

Reservas

As reservas e a produção de petróleo no Estado do Rio de Janeiro estão concentradas na Bacia de Campos. Localizada na plataforma continental, é a maior província petrolífera do país, ocupando urna área de cerca de 100 mil km2 que se encontra a uma distância de 60 a 130 km da costa, com uma lâmina d'agua que varia de 80 até mais de l .600 m de profundidade.

Os primeiros trabalhos na Bacia de Campos começaram em 1967, quando a PETROBR AS fez o levantamento sísmico na área. As primeiras perfurações ocorreram em 1971. A descoberta inicial, campo de Garoupa, ocorreu em 1974 e, rapidamente, a Bacia de Campos se transformou na mais importante província petrolífera do País. Em seguida foram descobertos os campos de Namorado, Enchova, Bonito, Cherne, Pampo e Badejo, dentre os mais significativos. Em 1977 iniciou-se a produção do campo de Enchova, através de um sistema de produção antecipada. As primeiras descobertas em águas profundas ocorreram em 1984, com a identificação do campo de Marimba, seguido dos campos gigantes de Albacora e Marlim e, mais recentemente, o campo de Barracuda, em águas profundas.

As reservas provadas de petróleo no Brasil apresentaram taxas médias de crescimento de 8,4% a.a. no período de 1980 a 1994. Para o Estado do Rio de Janeiro, este crescimento foi de 12,9% a.a., resultando em um aumento significativo da participação fluminense no total das reservas brasileiras de * petróleo, que de 46,3 % em 1980 alcançou 80,4% em 1994. Em dezembro de 1994, as reservas provadas do -- Estado eram de 529,706 milhões de m (3,3 bilhões de barris) de petróleo (Quadro 1.1). • Computando-se também o volume de reservas prováveis e possíveis, em 31 de dezembro de • 1994, as reservas do Estado alcançaram 844 milhões de m de petróleo (5,3 bilhões de barris), passando a 2 contribuição estadual para 85% do total de reservas do País. z

Em relação ao grau de desenvolvimento, 26% das reservas do Estado estão desenvolvidas, ^ 14% estão em desenvolvimento e 61 % não estão desenvolvidas. As maiores reservas em desenvolvimento o

localizam-se nos campos de Marlim, Albacora, Barracuda, Carapeba, Pampo, Cherne, Corvina e Bijupirá, '

todos na Bacia de Campos. D

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Produção ™

A produção estadual de petróleo apresentou um crescimento expressivo no período 1980/85, 8 à taxa de 63,2% a.a., em virtude da intensificação das atividades petrolíferas na Bacia de Campos. Com ^ isso, sua participação na produção nacional elevou-se de 16% em 1980 para 6 1 % em 1985, alçando o 5 Estado ao posto de principal centro produtor de petróleo do País. Considerando o período 1980/94, ""

a produção estadual cresceu à taxa de 21,6% a.a., contra uma taxa de 9,7% a.a. da produção nacional j[j (Quadro 1.1). E m 1994, o E s t a d o produziu 25,626 milhões d e m de petróleo ( 4 4 2 mil barris/dia), represen- 52

CO

tando 66% do total nacional, e exportou 83% da sua produção para outros estados da Federação. * A relação entre as reservas e a produção de petróleo (R/P), no Estado do Rio de Janeiro, 7 indicou reservas para 21 anos em 1994, enquanto esta relação a nível nacional é de cerca de 17 anos. *

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A Bacia de Campos possui 33 campos produtores, além dos campos e áreas que ainda não entraram em produção, como Barracuda, Marlim Leste, Caratinga, Guarajuba, Albacora Leste e a área do poço RJS-409. Destaca-se na área de produção a existência de 28 plataformas de produção de petróleo na Bacia de Campos e a recente instalação da Plataforma PXVIII no campo de Marlim, a qual produzirá até 86 mil barris por dia em meados de 1996, sendo a maior plataforma no gênero no mundo.

Quadro 1.1 - Reservas Provadas e Produção de Petróleo no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro (103 m3)

ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

BR 209.540 234.640 273.210 294.100 320.520 344.694 374.958 405.538 447.730 438.779 439.733 475.439 576.439 594.978 658.906

RESERVAS RJ 96.951 117.974 149.345 160.217 177.795 199.724 229.100 259.469 304.413 302.572 313.839 349.107 438.482 464.220 529.706

RJ/BR(%) 46,3 50,3 54,7 54,5 55,5 57,9 61,1 64,0 68,0 69,0 71,4 73,4 76,1 78,0 80,4

BR 10.562 12.384 15.080 19.141 26.839 31.710 33.200 32.829 32.237 34.543 36.590 36.145 36.538 37.329 38.766

PRODUÇÃO RJ

1.663 3.130 5.371 8.432 14.489 19.227 20.239 19.938 18.853 20.386 23.171 23.486 23.197 24.338 25.626

RJ/BR(%) 15,7 25,3 35,6 44,1 54,0 60,6 61,0 60,7 58,5 59,0 63,3 65.0 63,5 65,2 66,1

Fonte: BEN 1995 c PETROBRAS.

Transporte de Petróleo e Derivados

O suprimento e o escoamento de petróleo e derivados no Estado são realizados através de dois terminais marítimos: a) o Terminal da Ilha d'Água, localizado na Baía de Guanabara, que através de seu parque de armazenamento e sua rede de oleodutos e gasodutos marítimos e terrestres interliga a Refinaria Duque de Caxias (REDUC/RJ), a Refinaria Gabriel Passos (REGAP/MG), a Estação de Cabiúnas (Macaé) e o Sistema de Produção da Bacia de Campos; e b) o Terminal Marítimo da Baía da Ilha Grande, localizado em Angra dos Reis, que abastece a REDUC e a REGAP com petróleo importado.

Cumpre ainda mencionar o duto para transferência de derivados excedentes da região de Betim para o Rio de Janeiro e o duto SP/RJ que permite movimentar para o Rio de Janeiro, álcool e derivados excedentes da região de São Paulo.

Refino

Existem duas refinarias em operação no Estado: Manguinhos, do grupo privado Peixoto de Castro, e a Refinaria Duque de Caxias (REDUC), da PETROBRAS. Manguinhos começou a operar cm 1954, tendo hoje uma capacidade de processamento de 1.600 m /dia. Em 1961, iniciou-se a operação da

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REDUC que, hoje, tem uma capacidade de processamento de 36.400 m3/dia, o que representa 14,8% da capacidade de refino instalada no País (246.600 m3/dia).

Uma parcela da carga processada nas refinarias do Estado é proveniente do exterior, tendo representado 50% do total refinado em 1994, contra 99% do total em 1980.

Destacam-se no parque de refino da REDUC, além da Unidade de Destilação, os dois Conjun- tos de Lubrificantes e Parafinas que, com capacidade de produção de 665 mil m3/ano de lubrificantes e 33.000 t/ano de parafinas, atendem à demanda de lubrificantes básicos das regiões sudeste e sul do País. A

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REDUC dispõe também de uma Unidade de Craqueamento Catalítico , uma Unidade de Reforma Catalítica e, ainda, de unidades especiais para a produção de propeno, de tratamento de querosene de aviação e de reforma para obtenção de gasolina com alta octanagem.

1.2 GÁS NATURAL

O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos saturados, abrangendo normalmente, a faixa do metano ao hexano, bem como pequenas quantidades de outros elementos como nitrogênio (N2) e dióxido de carbono (CO2).

Segundo a natureza das jazidas denomina-se "gás associado", o gás natural que é extraído de um reservatório produtor de óleo, no qual o gás está ou não em solução, e "gás não associado", aquele que é extraído de um reservatório produtor de gás, onde pode haver uma possível ocorrência de óleo, mas em volume modesto.

Reservas

No Estado do Rio de Janeiro, as reservas de gás natural estão situadas na Bacia de Campos, ocorrendo em sua quase totalidade (97% em 1994) de forma associada ao petróleo. No período de 1980/94, a taxa média de crescimento das reservas fluminenses foi de 10,9% a.a., contra uma taxa de 7,6% a.a. para o total nacional. Isto resultou no aumento da participação estadual no total das reservas brasileiras, de 24,9% em 1980 para 38,2% em 1994, ano em que as reservas do Estado atingiram o montante de 55.956 ^ milhões de m (Quadro 1.2). *

CO

Produção • A produção de gás natural no Estado do Rio de Janeiro iniciou-se em 1978, porém só a partir *0

de 1980 ele passou a ser aproveitado, inicialmente, como combustível nas plataformas. Sua distribuição -jj ocorreu em 1983, quando passou a ser utilizado pela CEG para produção de gás manufaturado, em substi- <

tuição à nafta. Desde 1984 a CEG e a PETROBRAS distribuem o gás natural ao setor industrial fluminense, g onde é basicamente consumido como combustível, sendo, também, utilizado como matéria-prima na in- - dústria química. A partir de 1988, teve início a utilização do gás natural como combustível automotivo, g bem como a sua exportação para o Estado de São Paulo. ° Em 1994, a produção fluminense de gás natural foi de 2.893 milhões de m3, representando 2 37,3% da produção nacional. Considerando o período 1980/94, a produção do Estado cresceu à taxa de ™ 22,1% a.a., superior à produção nacional que cresceu à taxa de 9,4% a.a. (Quadro 1.2). ° A relação entre reservas e produção sofreu pequenas variações no período analisado, à exce- p

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ção do ano de 1980, quando a produção de gás natural era mínima na Bacia de Campos. A relação indica u

uma vida útil para as reservas em torno de 19 anos, tanto a nível nacional quanto estadual. z

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Converte óleos destilados pesados em frações de maior valor comercial, tais como gás liqüefeito de petróleo e nafta de alto índice de octanagem.

2 Produz a partir de naftas pesadas de baixa qualidade, gasolina de alto poder antidetonante de elevado teor de aromáticos.

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Atualmente, nem todo o gás natural produzido na Bacia de Campos é aproveitado. No ano de 1994, o percentual de aproveitamento foi de 75,1 %, o que significa uma certa melhora em relação ao nível obtido em 1988, que foi de 70%. Cabe observar também que o índice de aproveitamento do Estado é menor que a média nacional, que foi de 86,1% em 1994. Desta produção disponível, parte é utilizada no próprio consumo interno das plataformas (16,2%), parte é reinjetada (1,3%), e o restante é enviado ao continente através de gasodutos, para ser processado nas unidades de Cabiúnas (Macaé) e REDUC (Duque de Caxias).

Do gás natural processado, parte é liqüefeito (9,0%), parte é consumido nas próprias unidades de processa- mento e na REDUC (5,0%), parte é transferido para São Paulo (4,3%) e o restante é comercializado pela CEG e pela PETROBRAS (39,3%).

Quadro 1.2 - Reservas e Produção de Gás Natural no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro - (106 m3)

ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

RESERVAS BR

52.544 60.287 72.334 81.606 83.892 92.734 95.834 105.343 108.900 166.008 114.570 123.776 136.700 137.400 146.476

RJ 13.083 17.346 23.617 27.496 28.968 32.486 36.207 39.450 45.316 44.903 40.952 44.741 52.009 49.422 55.956

RJ/BR(%) 24,9 28,8 32,6 33,7 34,5 35,0 37,8 37,4 41,6 27,0 35,7 36,1 38,0 36,0 38,2

BR 2.205 2.475 3.030 4.013 4.903 5.467 5.687 5.781 6.076 6.105 6.279 6.597 6.976 7.355 7.756

PRODUÇÃO RJ

177 320 555 918 1.473 1.932 2.119 2.332 2.330 2.389 2.584 2.757 2.773 2.842 2.893

RJ/BR(%) 8,0 12,9 18,3 22,9 30,0 35,3 37,3 40,3 38,3 39,1 41,2 41,8 39,8 38,6 37,3

Fonte: BEN 1995 e PETROBRAS Processamento

A finalidade das unidades de processamento é retirai" as frações mais pesadas do gás natural

"úmido" (gás pré-processado), ou seja, propano, butano, pentano e hexano, que se condensam em forma de gás liqüefeito de petróleo (GLP) e gasolina "natural". O restante do gás natural que não se liqüefaz - rico em metano e etano, denomina-se gás natural "seco".

O processamento do gás natural ó realizado nas unidades de Cabiúnas (Macaé) e REDUC (Duque de Caxias). A unidade de tratamento de Cabiúnas é composta de uma Unidade de Processamento de Condensado de Gás Natural (UPCGN) e uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), com capacidades de processar respectivamente 1.500 m /dia e 600.000 m /dia. Estas unidades visam abastecer de GLP a região Norte Fluminense e de gás natural as indústrias dos municípios de Arraial do Cabo e Cabo Frio.

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Na REDUC estão instaladas duas UPGN's, com capacidades de processar respectivamente 2,4 milhões de ntVdia e 2,2 milhões de mVdia de gás natural que abastecem o mercado fluminense e são exportados para São Paulo.

A capacidade de processamento de gás natural no Brasil é de 13,8 milhões de m /dia, sendo que destas 37,7% (5,2 milhões de m3/dia) localizam-se no Estado do Rio de Janeiro.

Distribuição

A distribuição de gás natural canalizado no Estado do Rio de Janeiro é efetuada pela Compa- nhia Estadual de Gás (CEG) e pela PETROBRAS, e atende basicamente ao setor industrial. A CEG, con- cessionária estadual, possui 2.170 km de redes de distribuição, dos quais 585 km (27%) com gás natural. A companhia recebe o gás natural da PETROBRAS em um city gate na estação de armazenamento de gás na estrada Washington Luiz, em frente à REDUC. A CEG atende aos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Duque de Caxias, Magé, São João de Meriti e Queimados.

Além da CEG, a PETROBRAS atende diretamente a 20 indústrias situadas nos municípios do Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Volta Redonda, Barra Mansa e Piraí. Com uma rede de 175 km de extensão, a PETROBRAS forneceu, em 1994, cerca de 2.250.000 m3/ dia de gás natural. É interessante observar que das vinte indústrias atendidas pela PETROBRAS, seis (CSN, Álcalis, COSIGUA, Bayer, Pirahy e Refinaria Nacional de Sal) respondem por 74% do volume comercializado pela empresa.

O Estado possui também uma rede de gasodutos para o transporte do gás natural da Bacia de Campos até a REDUC, e daí para São Paulo, e contará em breve com um gasoduto que ligará o Rio de Janeiro a Belo Horizonte, reforçando o transporte interestadual deste combustível.

Está prevista para os próximos anos, a expansão da rede de distribuição de gás natural para áreas não atendidas pela CEG, através da criação de uma subsidiária, a RIOGÁS, em parceria com a PETROBRAS Distribuidora e com o setor privado. Caso este projeto se concretize, serão beneficiadas em uma primeira fase, as cidades de Resende, Barra do Piraí, Campos, Cantagalo, Barra Mansa, Volta Redonda e Três Rios. •

Potencial de Geração Elétrica

1.3 ENERGIA ELÉTRICA 7

« A energia elétrica de origem hidráulica é produzida a partir da energia potencial das quedas * d'água que fazem girar as turbinas acopladas aos geradores elétricos. Por sua vez, a energia elétrica de jj origem térmica é obtida a partir da queima de carvão energético, óleo diesel, óleo combustível, gás natural, <

lenha, bagaço de cana, etc. (térmica convencional), ou da fissão nuclear (térmica nuclear). O princípio g básico das centrais térmicas consiste em gerar calor para produzir vapor d'agua capaz de acionar as turbi- 2 nas que estão acopladas aos geradores elétricos. o

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O potencial hidrelétrico, aproveitado e disponível, do Estado do Rio de Janeiro, eqüivale a ° 3.425 MW, representando 1,3% do potencial total do Brasil. Desses, apenas 3 1 % (1.058 MW)já estão em 8 operação no Estado, o que confere um índice de aproveitamento superior ao brasileiro, situado em 22%. iu Do potencial disponível no Estado do Rio de Janeiro, 42% (990 MW) estão na fase de projeto 5 básico e/ou viabilidade (Quadro 1.5) - ou seja, nas fases finais de estudo -, sendo os 58% (1.377 MW) m

restantes na sua maior parte constituídos de pequenos aproveitamentos. ^ O parque gerador de energia elétrica do Estado tem capacidade nominal instalada de 2.380 £

(0

MW (Quadro 1.3). Conforme Plano de Operação para 1995, estarão disponíveis 1.553 MW médios de « energia garantida, distribuídos da seguinte forma: 40% (626 MW médios) de origem hidráulica, 32% (498 7 MW médios) de origem nuclear e 28% (429 MW médios) de origem térmica convencional (Quadro 1.4). *

(15)

Com relação à disponibilidade de geração elétrica por concessionária em 1995, FURNAS é responsável por 67,3% da energia garantida total (1.046 MW médios), a LIGHT participa com 30,3% (470 MW médios), a CERJ com 2,1 % (33 MW médios) e a CENF com 0,3% (4 MW médios).

Quadro 1.3 - Usinas Elétricas em Operação no Estado do Rio de Janeiro

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USINA

Santa Cruz Campos São Gonçalo Angra I Funil Fontes

Ilha dos Pombos Nilo Peçanha I Pereira Passos

Alberto Torres (Areai)

Antônio Carlos (Euclidelândia) Chave do Vaz

Comendador Venâncio Fagundes

Franca Amaral Macabu Piabanha Catete Xavier TOTAL

Fonte: Elaboração Própria - 1995.

TIPO

Térmica Térmica Térmica Nuclear Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica

CONCESSIONÁRIA

FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS LIGHT LIGHT LIGHT LIGHT

CERJ CERJ CERJ CERJ CERJ CERJ CERJ CERJ CENF CENF

POTÊNCIA INSTALADA (MW)

600 30 36 657 216 132 164 380 100 18 1,4 0,7 1,4 4,8 4,5 21

9 1,6 3,1 2.380,5

Não inclui as usinas elevatórias de Santa Cecília (35 MW) c de Vigário (91 MW), pertencentes à LIGHT.

Quadro 1.4 - Energia Garantida no Estado do Rio de Janeiro de acordo com o Plano de Operação para 1995

Rio Paraíba do Sul

USINA

Funil Santa Cruz Roberto Silveira Angra I

TOTAL FURNAS Fontes

Ilha dos Pombos Nilo Peçanha Pereira Passos TOTAL LIGHT TOTAL CERJ TOTAL CENF TOTAL GERAL

TIPO H T T N

H H H H

H H

ENERGIA GARANTIDA (MW t 119

4 l l 18 498 1.046 33 76 279 52 470 33 4

1.553

Lajes Paraíba do Sul Paraíba do Sul

Lajes

Fonte: FURNAS Centrais Elétricas S. A. Plano de Operação para 1995.

(16)

Quadro 1.5 - Principais Aproveitamentos Previstos do Estado do Rio de Janeiro / Segundo Etapas de Avaliação APROVEITAMENTO

Sapucaia/Anta Simplício Santa Branca

Itaocara Fumaça Rosai Franca Amaral

TOTAL

Rio Paraíba do Sul Paraíba do Sul Paraíba do Sul Paraíba do Sul

Preto Itabapoana Itabapoana

ETAPA

Projeto Básico Projeto Básico Projeto Básico Viabilidade Viabilidade Viabilidade Inventário*

POTÊNCIA NOMINAL (MW)

316 180 49 210 180 55 33 1.023

Fonte: GTIB/ELETROBRÁS.

Observa-se que o aproveitamento de Franca Amaral, segundo informações do GTIB/CTEE/ELETROBRÁS, apesar de ainda estar na fase de inventário, foi contemplado no Plano Decenal de Expansão do Setor Elétrico, razão pela qual foi incluído neste quadro.

Distribuição de Energia Elétrica

O fornecimento de energia elétrica ao consumidor final é realizado pelas companhias de dis- tribuição LIGHT, CERJ e CENF, que além de suas capacidades próprias de geração, compram energia elétrica do sistema FURNAS, para atendimento de seus mercados.

FURNAS, empresa federal de âmbito regional, não possui consumidores finais, e complementa os mercados das concessionárias que atuam no Estado com a energia gerada em suas próprias usinas, ou com repasses da energia da Usina Hidrelétrica de Itaipu, através de seu sistema de transmissão.

A LIGHT, concessionária de energia elétrica federal de âmbito estadual, atende a 80% do mercado consumidor de energia elétrica do Estado. Sua área de atuação engloba a cidade do Rio de Janeiro e mais 28 municípios fluminenses, abrangendo 25,3% do Estado -10.970 km2, cuja densidade populacional é a maior do país. Cerca de 66% da população do Estado concentra-se na área de concessão da LIGHT. Em 1994 as usinas pertencentes à LIGHT responderam por 16% da energia requerida por seu mercado, sendo os 84% restantes provenientes do sistema interligado de alta tensão de FURNAS.

A distribuição de energia utiliza basicamente circuitos de média tensão a 13,8 kV e de baixa tensão, trifásico, a 220/127 V. Alguns macroedifícios são supridos a 380/220 V e as áreas rurais são monofásicas a 230/115 V. No total são 1.998 quilômetros de linhas de transmissão aérea, 144 quilômetros de linhas de transmissão subterrânea, 5.831 MVA instalados em 68 subestações distribuidoras, 2.213 quilô- metros de circuitos de distribuição subterrânea, 13.852 quilômetros de circuitos de distribuição aérea e 4.602 MVA instalados em 49.001 transformadores de distribuição.

Em 1994, o setor industrial representou 37% do mercado consumidor da LIGHT, o setor residencial, 27%, o setor comercial, 19%, e os demais setores participaram com 17% do mercado. Os principais consumidores do mercado da LIGHT, pertencentes ao setor industrial, são: CSN (metalurgia),

Energia requerida é a soma da energia faturada, das perdas de transmissão e distribuição além do suprimento a outras empresas.

4 Dados de dezembro de 1992.

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* ALUVALE (metalurgia), COSIGUA (metalurgia), Siderúrgica Barra Mansa (metalurgia), AGA S.A. (quí- mica) e VALESUL (metalurgia).

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*~ A CERJ (Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro), empresa estadual, atende

* a 19% do mercado consumidor de energia elétrica do Estado. Sua área de atuação incorpora 57 municípios,

* 2

•» localizados na região centro-norte e extremo sul do Estado, compreendendo uma área de 31.741 km , cerca

* de 72,4% do território fluminense. Área de menor concentração populacional, fornece energia elétrica a 4

o

S milhões de habitantes, aproximadamente 30% da população do Estado. Em 1994 as usinas pertencentes à

° CERJ responderam por 4% da energia distribuída a seu mercado, importando do sistema FURNAS os 96%

z restantes.

"» A rede de distribuição da CERJ possui 30.720 km de extensão, sendo 21.699 km de rede

ui

D urbano-aérea e 9.021 km de rede rural. As linhas de transmissão totalizam 5.170 km - 664 km em circuito o= de 3,5 kV, 2.533 km em 69 kV e 1.973 km em 138 kV - e existem 1.693 MVA instalados nas subestações o° distribuidoras.

o° Em 1994, o destaque do mercado consumidor da CERJ foi o setor residencial, com 40% do

« consumo final total de energia elétrica. O setor industrial representou 29% do total, o setor comercial, 17%,

° e os demais setores, 14% do mercado da concessionária. Os principais consumidores do mercado da CERJ,

° pertencentes ao setor industrial, são: PETROBRAS-DIMAC (bombeamento de gás e petróleo), Mauá-

•ÍS Cantagalo (cimento), Petroflex (química), Votorantim (cimento) e PETROBRAS-REDUC (refinaria de a

J petróleo).

UÍ A CENF (Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo), empresa privada de âmbito munici- o*> pai, restringe-se ao atendimento do mercado de Nova Friburgo, que representa 1 % do consumo total, 4% da 5 população e 2,3% da área do Estado.

Suprimento Externo

Em 1994, a geração bruta de energia elétrica das concessionárias de serviço público do Estado do Rio de Janeiro foi equivalente a 5.985 GWh, com participação de 21 % de FURNAS, 74% da LIGHT e 5% da CERJ. Neste mesmo ano, os autoprodutores de energia elétrica foram responsáveis pela geração de 885 GWh. O total gerado, no entanto, não foi suficiente para atender à demanda fluminense, tornando necessária a importação de 79% do suprimento total de energia elétrica do Estado em 1994.

O sistema Furnas responde por 84% do suprimento total do Estado (5% de geração própria de FURNAS no Estado, e 79% importado por FURNAS do sistema interligado da região Sudeste), a LIGHT por 15%, e a CERJ por 1%.

1.4. CARVÃO MINERAL

O carvão mineral é uma rocha sedimentar originária da decomposição de matéria orgânica, sendo constituído em sua maior parte de carbono, quantidades variadas de elementos inorgânicos (ferro, enxofre, silica, etc.) e matérias orgânicas diversas.

De acordo com a idade geojógica e suas características básicas, tais como carbono fixo, maté- ria volátil, umidade, teor de cinzas, teor de enxofre e poder calorífico, os carvões são classificados em cinco categorias principais: turfa, linhito, sub-betuminoso, betuminoso e antracito. Os carvões também se divi- dem em dois grandes grupos, em função da capacidade de coqueificação: carvões energéticos (linhito, sub- betuminoso e antracito) e carvão metalúrgico (betuminoso).

Produção

O Estado do Rio de Janeiro não apresenta produção de carvão mineral e nem possui potenciais capazes de suprir a sua demanda atual. Todas as suas necessidades de consumo são atendidas a partir de importações que chegam ao Estado pelo Porto de Sepetiba.

(18)

Carvão Energético

O carvão energético representou apenas 0,5% da demanda estadual por carvão mineral em 1994, sendo consumido basicamente sob a forma de combustível nos fornos das indústrias cimenteiras - notadamente pela Fábrica Alvorada, Votorantim/Cantagalo, Tupi e Votorantim/Volta Redonda. Este tipo de carvão é importado de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Carvão Metalúrgico

O carvão metalúrgico, utilizado na indústria siderúrgica integrada a coque, é responsável pela parcela preponderante da demanda de carvão mineral no Estado - cerca de 99,5% do total em 1994, sendo destinado às atividades sidero-metalúrgicas da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na região do Mé- dio Paraíba.

Nos últimos quinze anos, registra-se a perda progressiva de participação do carvão metalúrgico nacional na siderurgia estadual, de cerca de 25% em 1980 para 5% em 1990, com o encerramento definitivo de sua participação a partir de 1991.

Para ser consumido, este tipo de carvão deve ser submetido a um processo denominado coqueificação , que visa produzir o coque. Este insumo atua, no processo siderúrgico, como redutor do minério de ferro nos altos fornos para produzir ferro-gusa, e fornece parte da energia necessária ao processo de redução e liquefação do ferro e à sintetização.

No processo de coqueificação, além do coque, são produzidos o gás de coqueria e o alcatrão - utilizados como combustíveis no próprio processo siderúrgico-, e também o vapor de baixa temperatura, que pode ser empregado em sistemas de cogeração de energia.

1.5 URÂNIO (U3O8) E URÂNIO CONTIDO NO UO2

O urânio é um elemento químico radioativo, atomicamente instável, que passa por uma série de transformações antes de ser utilizado nas usinas nucleares. As diversas etapas destas transformações que compreendem o ciclo do combustível nuclear são:

• Beneficiamento do urânio: transformação do minério bruto em concentrado de urânio ("yellow cake") - U3Og, contendo cerca de 0,7% de isótopo físsil U-235 e 99,3% de isótopo fértil U-238 ;

• Conversão para UF6 : transformação do concentrado de urânio em gás hexafluoreto de urânio - UF6 , para permitir o enriquecimento isotópico do urânio; *Q

• Enriquecimento isotópico: aumento da concentração do isótopo físsil U-235 de 0,7% para 5 cerca de 3%; <

• Fabricação do elemento combustível: transformação do gás UF6 enriquecido, em pastilhas de g UO2. Estas são colocadas em varetas metálicas, montadas em uma estrutura rígida, formando os - elementos combustíveis que abastecem as usinas nucleares. ° O Estado do Rio de Janeiro não possui reservas de urânio. No momento, a única reserva 2 brasileira que se encontra em condições de produzir é a de Poços de Caldas (MG), onde se localiza a fábrica J;

de concentrado de urânio ("yellow-cake"), com capacidade nominal anual de 500 toneladas de U^C» ou No entanto, o Estado se destaca na indústria nuclear brasileira em virtude da presença, na oo cidade de Resende (RJ), do projeto para implantação da usina de conversão do concentrado de urânio em P UF6 , bem como da Fábrica de Elementos Combustíveis - FEC, em operação desde 1982 6. 2

z

Desti lação seca do carvão, ssediante o aquecimento do mesmo a uma temperatura de cerca de 1.000 "C, quando se separam as matérias voláteis da fração sóiida,

A etapa intermediária de rasriqüecimento do urânio a partir do UF6 é realizada no exterior através de contrato entre a INB - indústrias Nucleares BrastIciras, e a URENCO - um consórcio inglês-holsndês-alemão.

(19)

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Além disso, o Estado possui a Usina Nuclear de Angra I, única em operação no Brasil, com potência instalada de 657 MW, reator nuclear do tipo água leve pressurizada (PWR - Pressurized Water Reactor), e que utiliza urânio enriquecido como combustível e água natural como refrigerante/moderador.

Uma outra usina deste complexo nuclear, Angra II, com reator PWR e potência de 1.300 MW, encontra-se em construção, devendo iniciar sua operação em julho de 1999.

1.6 PRODUTOS DA CANA-DE-AÇÚCAR

A produção de álcool etílico (anidro e hidratado) no Estado, é obtida pelo processamento de cana-de-açúcar nas destilarias anexas e autônomas.

Inicialmente é feita a moagem da cana-de-açúcar para obtenção do caldo, que nas destilarias autônomas é convertido em álcool. Nas usinas com destilaria anexa, o caldo é transformado em açúcar e melaço ou mel residual, que por sua vez pode ser convertido em álcool. No entanto, é comum nas destila- rias autônomas a utilização de melaço, e nas destilarias anexas, a utilização direta do caldo para produção do álcool.

A indústria sucroalcooleira fluminense é constituída por 12 usinas com destilarias anexas, uma destilaria autônoma e uma usina de açúcar, conforme o Quadro l .6 apresentado abaixo.

Quadro 1.6 - Perfil da Indústria Sucroalcooleira Fluminense UNIDADE INDUSTRIAL

Barcelos Cambahyba

Cupim Paraíso

Pureza Queimado

Quissamã Santa Cruz Santo Amaro

São João São José Sapucaia

Agrisa (Benedito Coutinho) Carapebus

TIPO DE INSTALAÇÃO Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa Usina com destilaria anexa

Destilaria autônoma Usina de açúcar

MUNICÍPIO São João da Barra

Campos Campos Campos São Fidélis

Campos Quissamã

Campos Campos Campos Campos Campos Cabo Frio

Macaé

Fonte: Elaboração Própria.

A produção fluminense de álcool etílico (anidro e hidratado), que em 1994 foi de 109,3 mil m3, tem se mantido estável nos últimos anos. Esta produção, no entanto, representou apenas 8,6% do consumo final energético estadual (1.271 mil m\ o que resultou na importação da maior parte do álcool etílico consumido no Estado.

A participação fluminense na produção nacional de álcool etílico tem sido modesta. Em 1994, do total de 12.512 mil m produzidos no país, a participação estadual foi de apenas 0,9%.

Tal como a quantidade de cana moída, a produção de bagaço tem se mantido estável nos últimos anos. Em 1994, a produção fluminense de bagaço foi estimada em 1.479,6 mil toneladas, que foi quase totalmente consumida nas próprias usinas e destilarias como fonte de calor para produção de açúcar

(20)

e álcool, e na cogeração de eletricidade. As sobras, não-aproveitadas, representaram em média cerca de 4,8% do bagaço produzido.

1.7 LENHA E CARVÃO VEGETAL Lenha

A produção de lenha no Estado do Rio de Janeiro resulta, basicamente, da exploração preda- tória das florestas nativas remanescentes. Entretanto, esta produção sofre, atualmente, enormes restrições, tanto pelo esgotamento dos recursos florestais, como pelas pressões da sociedade, em função dos danos ecológicos.

O consumo de lenha no Estado é suprido pela própria produção estadual, e concentra-se nos setores residencial - principalmente sob a forma de cocção nas áreas rurais e na periferia dos centros urba- nos -, e industrial, onde predomina o consumo na indústria de cerâmica vermelha, sendo consumido em . menor escala, nos setores de papel e celulose, química e têxtil.

Carvão Vegetal

O carvão vegetal é originário da lenha e sua produção ocorre através do processo denominado pirólise, no qual a lenha é submetida a elevadas temperaturas em atmosfera pobre em oxigênio, ocorrendo sua decomposição em produto sólido - o carvão vegetal -, e gases voláteis.

Ao contrário da lenha, o carvão vegetal consumido no Estado do Rio de Janeiro necessita ser importado em sua quase totalidade de outros estados. O mercado consumidor estadual é composto pela indústria siderúrgica - notadamente pela Companhia Metalúrgica Barbará e Siderúrgica Barra Mansa, onde é usado com fins de redução do minério de ferro e geração de calor para fabricação de ferro-gusa-, pela indústria cimenteira - notadamente pelas fábricas Mauá, Votorantim/Cantagalo, Alvorada e Votorantim/

Volta Redonda, onde é consumido sob a forma de finos-, e pelo setor comercial (restaurantes e similares).

1.8 G Á S MANUFATURADO «, A primeira companhia de gás do Brasil foi fundada em 1854, no Município do Rio de Janeiro, • por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, com o objetivo de substituir o óleo de baleia na ilumi- «M

nação pública. Foi vendida em 1865 à empresa inglesa "Rio Gás Company". Em 1886, a "Société Anonyme • du Gaz - SAG", de origem belga, assumiu a concessão e passou a incentivar o uso de gás em fogões e o

aquecedores. ü Em maio de 1969, devido à estagnação e deterioração do sistema de abastecimento de gás, por <

falta de investimentos na manutenção e expansão da rede, o Governo do Estado absorveu esta atividade e S criou a Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG). - Nesse mesmo ano, a CEG iniciou um plano de modernização visando a utilização de nafta ° como principal matéria-prima para a geração de gás manufaturado de médio poder calorífico, em substitui- g ção ao carvão mineral usado até essa época. A partir de 1983, a CEG passou a utilizar o gás natural da Bacia 2 de Campos para produção de gás manufaturado, sendo a nafta utilizada apenas em caráter emergencial, o **

que proporcionou melhor eficiência na produção e no atendimento da demanda, constituída basicamente pelo setor residencial.

O processo de geração do gás manufaturado de médio poder calorífico consiste na reforma 5 termo-catalítica do gás natural em seis unidades Onia-Gegi, com capacidade nominal de 3,2 milhões de z

m3/dia de gás manufaturado com 3.900 kcal/m3. <

As redes de distribuição da CEG somam 2.170 km de extensão, dos quais 73% (1.585 km) jí

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com gás manufaturado, e são constituídas por tubulações de aço e polietileno no sistema novo e ferro <õ fundido nas redes de baixa pressão do sistema antigo. O polietileno é utilizado nas redes de baixa e média * pressão (até 4Kg/cm2), e o aço nas linhas principais de alta pressão (11,5 Kg/cm2) e de média pressão *

(2 Kg/cm2). *

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(21)

A composição percentual do gás manufaturado é apresentada no Quadro 1.7.

CM

cvl Quadro 1.7 - Composição do Gás Manufaturado Distribuído pela CEG

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GASES

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CH4

C2H6

C3H8

Outros TOTAL

COMPOSIÇÃO (%) 36,52

8,04 6,86 20,33 25,63 1,87 0,35 0,40 100,00

Fonte: Silveira, 1995

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(22)

Evolução da Estrutura Energética Estadual

NBXT PAOBIS1

MIBLAHK

(23)

2.1 PRINCIPAIS ASPECTOS DA ECONOMIA FLUMINENSE

Apesar do crescimento obtido pela economia fluminense no período 1980/1994, sua impor- tância relativa na economia brasileira vem declinando. A participação do Estado no produto interno bruto (PIB) nacional passou de 14,5% em 1980 para 12,8% em 1994 (Quadro 2.1).

Destacam-se na economia fluminense a significativa participação do setor de serviços no PIB estadual (devido à presença da administração federal, do turismo e das atividades financeiras), e o reduzido nível de atividade do setor agropecuário (Quadro 2.2 e 2.3).

Em 1994 o setor de serviços representou (incluindo comércio, transportes e comunicações) 59,9% do PIB estadual, o setor industrial 38,8% e o setor agropecuário 1,3% (Quadro 2.3), enquanto no PIB nacional estas participações foram de 52,1% no setor de serviços, 34,7% no setor industrial e 13,2% no setor agropecuário .

Quadro 2.1 - Produto Interno Bruto do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro* - 1980/1994 ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

PIB (R$ MILHÃO)

BR 257.246 246.184 248.154 240.957 253.969 273.778 294.312 304.613 304.306 314.046 300.228 300.829 298.422 310.657 328.272

RJ 37.212 37.253 38.650 38.049 38.703 40.774 46.758 45.826 45.758 47.450 42.778 43.246 40.468 40.886 42.174

RJ/BR (%) 14,5 15,1 15,6 15,8 15,2 14,9 15,9 15,0 15,0 15,1 14,2 14,4 13,6 13,2 12,8

ÍNDICE

BR 100,0

95,8 95,5 93,7 98,8 106,5 114,5 118,6 118,5 122,2 116,8 117,1 116,2 121,0 127,9

RJ 100,0 100,1 103,9 102,3 104,0 109,6 125,7 123,2 123,0 127,5 115,0 116,2 108,8 109,9 113,3

VARIAÇÃO ANUAL BR

- -4,3 0,8 -2,9 5,4 7,8 7,5 3,5 -0,1 3,2 -4,4 0,2 -0,8 4,1 5,7

RJ - 0,1 3,8 -1,6 1,7 5,4 14,7 -2,0 -0,2 3,7 -9,9 1,1 -6,4 1,0 3,2

Fonte: CIDE, IBGE.

A custo de fatores. Inclui imputação dos serviços de intermediação financeira.

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1 Considerando o PIB nacional a custo de fatores e incluindo imputação dos serviços de intermediação financeira. [Fonte:

IBGE].

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Quadro 2.2 - Produto Interno Bruto do Estado do Rio de Janeiro* - 1980/1994 (por Setores da Economia)

ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

PIB (R$ mil)

TOTAL

37.212.745 37.253.256 38.650.553 38.049.042 38.703.748 40.774.972 46.758.199 45.826.085 45.758.097 47.450.651 42.778.843 43.246.882 40.468.862 40.886.683 42.174.565

A G R O P E C U Á R I A

548.528 585.883 604.631 609.408 544.019 569.859 571.968 547.888 571.392 594.020 497.967 600.498 567.891 571.980 558.595

INDÚSTRIA

13.165.644 13.382.878 13.766.966 13.948.690 14.410.392 14.998.336 17.230.088 17.195.628 17.219.702 17.930.875 16.039.168 16.392.030 15.651.110 15.757.538 16.359.475

S E R V I Ç O S

23.498.573 23.284.496 24.278.955 23.490.944 23.749.338 25.206.777 28.956.143 28.082.569 27.967.003 28.925.756 26.241.709 26.254.355 24.249.861 24.557.166 25.256.494

Fonte: CIDE.

A custo de fatores. Inclui imputação dos serviços de intermediação Financeira.

Quadro 2.3 - Produto Interno Bruto do Estado do Rio de Janeiro* - 1980/1994 (Participação Percentual dos Setores da Economia)

ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

PARTICIPAÇÃO %

AGROPECUÁRIA

1,5 1,6 1,6 1,6 1,4 1,4 1..?

1,2 1,2 1,3 1,2 1,4 1,4 1,4 1,3

INDÚSTRIA

35,4 35,9 35,6 36,7 37,2 36,8 36,8 37,5 37,6 37,8 37,5 37,9 38,7 38,5 38,8

SERVIÇOS

63,1 62,5 62,8 61,7 61,4 61,8 61,9 61,3 61,1 61,0 61,3 60,7 59,9 60,1 59,9

Fonte: CIDE.

A custo de fatores. Incliri iiE-víí 'is do intermediação financeira.

(25)

Setor Agropecuário

O setor agropecuário vem apresentando há décadas um quadro de estagnação em relação aos outros setores produtivos, sem contribuir, portanto, para o crescimento econômico estadual. Este quadro não se alterou no período 1980/1994, tendo a participação do setor agropecuário no PIB estadual oscilado em torno de 1,4% (Quadro 2.3).

O PIB deste setor apresentou um crescimento de 9,5% no período 1980/1991. Porém, no período 1980/1994 o crescimento da agropecuária foi de apenas 1,84% (Quadro 2.4).

Quadro 2.4 - Produto Interno Bruto do Estado do Rio de Janeiro* - 1980/1994 (índice 1980=100)

ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

TOTAL 100,0 100,1 103,9 102,2 104,0 109,6 125,6 123,1 123,0 127,5 115,0 116,2 108,7 109,9 113,3

AGROPECUÁRIA

100,0 106,8 110,2 111,1 99,2 103,9 104,3 99,9 104,9 108,3 90,8 109,5 103,5 104,3 101,8

INDÚSTRIA

100,0 101,6 104,6 105,9 109,4 113,9 130,9 130,6 130,8 136,2 121,8 124,5 118,9 119,7 124,2

SERVIÇOS

100,0 100,0 103,3 100,0 101,1 107,3 123,2 119,5 119,0 123,1 111,7 111,7 103,2 104,5 107,6

Fonte: CIDE.

A custo de fatores. Inclui imputação dos serviços de intermediação financeira.

Setor Industriai

O PIB industrial do Estado experimentou um crescimento de 243% no período 1980/1994.0 maior crescimento da indústria fluminense ocorreu entre os anos de 1986 a 1989, quando o PIB industrial alcançou um crescimento de 36,2% em relação a 1980 (Quadro 2.4).

Analisando setorialmente a indústria fluminense no período 1980/1994, observa-se uma forte retração do setor de construção civil, contraposta à boa performance do setor de serviços industriais e de utilidade pública, e do setor de indústria extrativa e de transformação.

Neste período, o setor de construção civil apresentou uma retração de 35,4%, o setor de servi- ços industriais e de utilidade pública teve uma expansão de 75,8%, e o setor de indústria extrativa e de transformação experimentou também uma expansão de 38,9%. A maior expansão do setor de indústria extrativa e de transformação ocorreu no período 1986/1989, quando chegou a alcançar um crescimento de 56,8% em relação a 1980 (Quadro 2.5).

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Quadro 2.5 - Produto Interno Bruto do Estado do Rio de Janeiro* - 1980/1994 (Abertura do Setor Industrial - índice 1980 =100)

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ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

TOTAL DA INDÚSTRIA

100,0 101,6 104,6 105,9 109,4 113,9 130,9 130,6 130,8 136,2 121,8 124,5 118,9 119,7 124,2

EXTRATIVA E DE TRANSFORMAÇÃO

100,0 105,3 111,0 116,9 123,1 129,7 150,3 150,4 150,7 156,8 135,4 137,4 132,6 133,4 138,9

CONSTRUÇÃO CIVIL

100,0 90,3 83,2 68,5 62,4 60,0 67,3 64,5 63,1 66,5 68,0 73,2 63,7 64,2 64,6

SERVIÇOS INDUSTRIAIS E DE UTILIDADE PÚBLICA

100,0 102,5 112,0 121,6 129,8 136,1 148,7 153,4 157,5 162,9 165,1 166,2 165,1 167,3 175,8

Fonte: CIDE.

* A custo de fatores. Inclui imputação dos serviços de intermediação financeira-

Setor de Serviços

O setor de serviços do Estado cresceu 7,5% no período 1980/1994. Os maiores índices de crescimento ocorreram no período 1886/1989, quando este setor alcançou um crescimento de 23,1% em relação a 1980. A participação do setor serviços no PIB estadual decresceu de 63,1 % em 1980 para 59,9%

em 1994 (Quadros 2.3 e 2.4).

Analisando-se as aberturas do setor de serviços no período 1980/1994, verifica-se que o subsetor de comércio sofreu uma retração tanto em sua participação percentual em relação ao Estado, como no seu valor nominal. Já o subsetor de transportes e comunicações obteve uma expansão tanto na sua participação percentual, como também no seu valor nominal.

A participação do subsetor de comércio no PIB estadual decresceu de 11,6% em 1980 para 6,3% em 1994. No período 1980/1994 o subsetor comércio sofreu uma retração de 38,0%. A participação do subsetor de transportes e comunicações no PIB estadual aumentou de 4,2% em 1980 para 6,2%

em 1994. No período 1980/1994 o subsetor de transportes e comunicação teve uma expansão de 66,2%

(Quadros 2.6 e 2.7).

(27)

Quadro 2.6 - Produto Interno Bruto do Estado do Rio de Janeiro* - 1980/1994 (Abertura do Setor Serviços - Participação Percentual)

ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

COMÉRCIO

11,6 10,4 10,5 9,5 8,8 8,9 9,5 8,8 8,8 8,5 8,4 7,7 6,3 6,4 6,3

TRANSP. E COMUNICAÇÃO

4,2 4,7 5,0 4,9 5,2 5,6 5,1 5,1 5,0 5,1 5,6 5,6 6,2 6,3 6,2

OUTROS

47,3 47,3 47,3 47,3 47,3 47,3 47,3 47,3 47,4 47,3 47,4 47,3 47,3 47,3 47,3

TOTAL 63,1 62,5 62,8 61,7 61,4 61,8 61,9 61,3 61,1 61,0 61,3 60,7 59,9 60,1 59,9

Fonte: CIDE.

A custo de fatores. Inclui imputação dos serviços de intermediação financeira.

Quadro 2.7 - Produto Interno Bruto do Estado do Rio de Janeiro* - 1980/1994 (Abertura do Setor Serviços - índice 1980 = 100)

ANO

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

COMÉRCIO

100,0 90,4 94,3 83,8 79,5 84,1 103,5 94,0 93,2 93,8 83,5 77,8 59,5 61,3 62,0

TRANSP. E COMUNICAÇÃO

100,0 111,3 121,9 118,7 127,0 144,7 149,9 148,5 145,4 153,7 151,9 154,2 160,4 162,5 166,2

OUTROS

100,0 100,1 103,9 102,2 104,0 109,6 125,6 123,1 123,0 127,5 115,0 116,2 108,7 109,9 113,3

TOTAL 100,0

99,1 103,3 100,0 101,1 107,3 123,2 119,5 119,0 123,1 111,7 111,7 103,2 104,5 107,5

Fonte: CIDE.

A custo de fatores. Inclui imputação dos serviços de intermediação financeira.

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2.2 INTENSIDADE ENERGÉTICA

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Entre 1980 e 1994 a intensidade energética do Estado do Rio de Janeiro - medida pelo consu- mo final energético por unidade de produto - aumentou cerca de 18% (18,4% considerando-se o setor residencial e 17,7% sem o setor residencial).

No setor industrial a intensidade energética aumentou 12% no período, o que pode ser expli- cado pelo aumento da participação de setores energo-intensivos, especialmente pelo crescimento da extra- ção de petróleo e gás natural na Bacia de Campos e pelo aumento na produção de aço, alumínio (VALES UL) e de cimento do Estado. O crescimento do consumo de energia, neste período, correspondeu a 73% enquan- to o produto industrial cresceu 24% de 1980 a 1994.

No setor agropecuário a intensidade energética aumentou 60% no período, especialmente em função do aumento de mais de 400% no consumo de eletricidade - programas de eletrificação rural -, enquanto o produto deste setor cresceu apenas 1,8% no mesmo período.

No setor de serviços o aumento da intensidade energética foi de 17% de 1980 a 1994.

Quadro 2.8 - Intensidade Energética do Estado do Rio de Janeiro Consumo Final de Energia / PIB - (tEP/R$ mil)

A N O

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

CONSUMO FINAL ENKRGÉTICO COM

o SETOR RESIDENCIAL

0,363 0,362 0,363 0,376 0,381 0,388 0,361 0,374 0,381 0,366 0,398 0,399 0,425 0,428 0,430

CONSUMO FINAL ENERGÉTICO SKM

o SETOR RESIDENCIAL

0,300 0,299 0,297 0,311 0,314 0,322 0,302 0,311 0,316 0,300 0,322 0,324 0,346 0,349 0,353

AGROPECUÁRIO

0,160 0,144 0,133 0,130 0,151 0,162 0,189 0,216 0,210 0,211 0,254 0,241 0,244 0,235 0,256

INDUSTRIAL

0,444 0,419 0,443 0,458 0,452 0,494 0,463 0,467 0,468 0,437 0,461 0,469 0,505 0,501 0,499

SERVIÇOS

0,222 0,235 0,219 0,229 0,234 0,224 0,208 0,217 0,225 0,218 0,239 0,235 0,245 0,254 0,260

Fonte: F.laboração Própria - 1995.

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