Book
Reference
Accords économiques internationaux : répertoire des accords et des institutions
COLAS, Bernard (Ed.), MARCEAU, Gabrielle Zoe (Collab.)
COLAS, Bernard (Ed.), MARCEAU, Gabrielle Zoe (Collab.). Accords économiques internationaux : répertoire des accords et des institutions . Paris ; Nancy : La Documentation française ; Wilson & Lafleur, 1990
Available at:
http://archive-ouverte.unige.ch/unige:37797
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ACCORDS
ECONOMIQUES
INTERNATIONAUX
REPERTOIRE DES ACCORDS ET DES INSTITUTIONS
Sous la direction de Be rnard Colas
Préface
de Cl aude-Albert Colliard
et Louis Sabourin
Remerciements
Les auteurs tiennent à remercier tous ceux qui, à La Documentation française, ont permis à ce travail d'être mené à terme, en particulier Madeleine Juste et Jean-Sébastien Schlicinski du service Edito, Georges Franc de Ferrière et Bernard Vanevil/e du bureau de dessin et maquette, ainsi que Christine Fabre de la rédaction des Notes et Etudes documen- taires.
La collection "NOTES ET ÉTUDES DOCUMENTAIRES ..
est dirigée par
Isabelle CRUCIFIX
avec la collaboration de Christine FABRE Jacques FINGERHUT Patrice LIQUIÈRE Monique PAGÈS Philippe TRONQUOY Secrétariat de rédaction
Mélina de COURCY Frédéric DAUZET Secrétariat
Jeannine LUCIEN Evelyne SAINTEN
Couverture : Bernard VANEVILLE (DF)
© La Documentation française, Paris, 1990.
Sommaire
Préface 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 Comité de rédaction 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9
Remerciements 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12
Introduction 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 o 0 o 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 o o 0 0 1 3 Guide de l'utilisateur 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17
Coopération universelle 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1
1 0 Organisation du commerce et de la production o o o 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1
1 10 Commerce et coopération douanière 0 o 0 0 0 0 0 0 0 0 0 o 0 o 0 0 o 0 0 o 0 0 0 0 0 0 3 3
1 1 10 Commerce - GATI, CNUCED, CCl o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 3 3
1 1 2 0 Coopération douanière - eco, CEE-ONU 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 1
1 2 0 Produits de base 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 9
1 2 10 Accords économiques 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 9
• 1 2 20 Accords commerciaux 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 4
1 2 3 0 Organisations de producteurs 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 • 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 8
1 3 0 Alimentation et santé 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 : 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 9
1 3 1 0 Alimentation - FAO, CMA, PAM, FIDA o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 8 9
1 3 20 Santé - oMs, cA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 6
1 4 0 Travail et sociétés transnationales 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 3
1 4 10 Travail - OIT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 3
1 4 20 Sociétés transnationales - oNu 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 7
1 5 0 Industrie et normalisation 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
1 5 1 0 Coopération industrielle - ONUDI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
1 5 2 0 Normalisation - BIPM, CEl, ISO, OIML o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 1 1 3
1 6 0 Propriété intellectuelle et culture 0 0 0 0 • 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 9
1 6 0 0 Propriété intellectuelle 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 o 0 0 o o 0 0 0 0 0 0 0 0 0 o 0 0 0 0 0 0 0 1 1 9
1 6 10 Propriété industrielle 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 3
1 6 20 Droit d'auteur 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3 3
1 6 3 0 Culture 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 o o 0 0 0 0 0 1 3 9
1 7 0 Tourisme 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 o o o o 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 o o 0 o 0 1 4 3
1 8 0 Transport 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5 1
1 8 0 0 Multimodal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5 1
1 8 1 0 Routier- CEE-ONU, lAU, IFA o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 1 5 3
1 8 2 0 Ferroviaire-oCTI,UIC,UT o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o oo o oo o o o o o o o 1 6 1
1 8 30 Maritime - OMI, CMI 0 0 o 0 0 0 o 0 o 0 0 o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 1 6 9
1 8 4 0 Aérien- OACI, lATA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 9 1
1 8 50 Spatial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0
1 9 0 Communications 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 3
1 9 1 0 Communication postale - uPu 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 3
1 9 2 0 Télécommunications - UIT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 1
1 9 3 0 Satellites - lntelsat, lnterspoutnik, lnmarsat 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 1
2 0 Coopération monétaire et financière 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 7
2 1 0 Système monétaire international 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 9
2 1 1 0 Coopération monétaire - FMI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 9
2 1 2 0 Coopération entre Banques centrales - BAl 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 5
ACCORDS ÉCONOMIQUES INTERNATIONAUX
22. Aide financière ... . 241
221. Groupe de la Banque Mondiale- BIRD, IDA, SFI, AMGI . . . • • , • 222. Programme des Nations Unies pour le développement-PNUD . • . . 241 250 23. Forums internationaux ... . 255
231. Pays industrialisés- G-5, G-7 ... , ... . 232. Forums monétaires- G-10, G-24 ... . 255 257 233. Pays en développement - G-77 ... . 258
3. Contrats, paiements et règlement des différends ... . 259
30. Institutions-CODIP, CNUDCI, UNIDROIT, CCl . . . • • • . . . • • • • • . • • • 261
31. Droit des obligations internationales privées ... . 269
311. Unification du droit matériel ... . 269
312. Conflits de lois ... . 278
313. Unification des règles et pratiques ... . 284
32. Mécanismes de paiement ... . 289
321. Lettre de change, billet à ordre, chèque ... . 289
322. Crédit documentaire, SWIFT ... . 295
33. Contentieux judiciaire ... . 299
331. Compétence judiciaire ... . 299
332. Coopération judiciaire ... . 301
333. Reconnaissance et exécution des jugements ... . 305
34. Arbitrage ... . 307
341. Accords ... . 307
342. Institutions-CCl, CIRDI, CPA .. , , , , • , •• , , , , , , , . . . . 311
4. Gestion des ressources communes et protection de l'environne- ment ... . 323
41. Protection de l'environnement ... . 325
41 O. Environnement - PNUÉ . . . • • • . . . • • • • • . . 325
411. Protection de la faune et de la flore sauvages ... . 329
412. Protection du milieu marin contre la pollution ... . 335
413. Lutte contre la pollution de l'air ... . 346
42. Règlementation des activités nucléaires et des déchets dangereux 351 421. Activités nucléaires ... . 351
422. Déchets dangereux ... . 360
43. Gestion des ressources et des espaces communs ... . 363
431. Observations météorologiques -OMM . . . . 363
432. Ressources et espaces marins ... . 365
433. Antarctique ... . 370
434. Utilisation de l'espace extra-atmosphérique ... . 373
Liste chronologique des accords ... . 377
Etats parties aux accords économiques internationaux ... . 407
Sigles et abréviations ... . 439
Conversion from English to French acronyms ... . 443
Index alphabétique ... , ... . 445
Liste des accords économiques et institutions internationales à vocation universelle ... . 465
Les opinions exprimées dans cet ouvrage n'engagent que leurs auteurs.
·!
Préface
C'est une tâche agréable que d'écrire quelques lignes d'introduction à cet ouvrage de droit international intitulé Accords économiques internationaux. Répertoire des accords et des institutions.
Bernard Colas doit être félicité de l'avoir réalisé, et tout d'abord de l'avoir conçu, ensuite d'en avoir établi la structure et le plan, enfin d'avoir su - avec un sens particulièrement avisé de l'organisation - constituer autour de lui une solide équipe originaire de diverses régions du monde, de l'avoir dirigée et animée au sein de la Société de droit international économique.
Il s'agit d'un ouvrage dont l'intérêt est certain. Ce n'est pas un simple recueil réunissant des textes à la suite. Ces textes sont classés et le contenu de chacun d'entre eux fait l'objet d'une analyse.
L'ouvrage comble une lacune : particulièrement utile aux étudiants, chercheurs, agents internationaux, il constitue aussi pour tout juriste, économiste, observateur ou expert soucieux d'actualité, un instrument de travail fort commode.
Le droit international économique existe certes depuis longtemps, même si la doctrine n'y a porté attention que depuis peu. Il a été constitué, jusqu'à la Seconde guerre mondiale, essentiellement par des accords bilatéraux, les traités de commerce, très souvent dénommés "traités de commerce et de navigation "·
Au plan multilatéral, des dispositions générales paraissent inutiles avant 1914, mais les relations commerciales internationales sont importantes grâce au libéralisme économique, à la stabilité monétaire à la liberté de circulation des personnes et surtout des capitaux qui permet d'importants investissements. La Première guerre mondiale détruit tout cela : contrôle des mouvements de capitaux, contrôle des mouvements de marchandises sont instaurés.
Dans son célèbre message en quatorze points de 1918, le Président Wilson place parmi les objectifs de paix la suppression de toutes les barrières économiques et l'établissement de conditions commerciales égales pour toutes les Nations. L'article 23, alinéa 2 du Pacte de la Société des Nations stipule un équitable traitement du commerce de tous les membres. Mais les conférences économiques qui se tiennent à Bruxelles en 1920, à Gênes en 1922, échouent. Une troisième grande conférence, tenue à Genève en 1927, aboutit à un texte de désarmement douanier, mais les ratifications ne suivent pas les signa- tures.
ACCORDS ÉCONOMIQUES INTERNATIONAUX
La Charte des Nations Unies, adoptée en 1945, prévoit, avec le chapitre IX, des dispositions intéressantes. La Charte de La Havane tente d'établir un système, mais les ratifications très peu nombreuses ne permettent pas l'entrée en vigueur et c'est finalement le système du GATT, adopté en 1948, qui l'applique avec un succès progressif.
Ce sont principalement les textes multilatéraux en matière de droit international économique établis, adoptés ou conclus depuis cette époque que Bernard Colas recense, classe et commente.
L'originalité de l'ouvrage résulte, pour une part, de ce que les textes présentés ne sont pas seulement les textes constitutifs des grandes organisations internationales à vocation économique, mais aussi les décisions de fond les plus importantes adoptées dans le cadre de ces organisations ou parfois sous leur impulsion.
L'ouvrage présente ces divers textes en quatre parties : 1. Organisa- tion générale du commerce et de la production, 2. Coopération moné- taire et financière, 3. Contrats, paiements et règlement des différends, 4. Gestion des ressources communes et protection de l'environne- ment.
La présence de cette quatrième partie peut paraître audacieuse, mais elle est certainement justifiée. La protection de l'environnement cons- titue en quelque sorte une limite au commerce international. Théori- quement, les activités industrielles et commerciales de l'homme peu- vent se présenter comme dénuées de toute entrave, mais la réalité actuelle est tout autre. C'est d'elle que rend compte la quatrième partie qui fait apparaître des mécanismes de protection de la faune et de la flore, certaines limitations quantitatives dans l'exploitation des ressources naturelles (en matière de pêche, par exemple), des inter- dictions de certains comportements.
Corrélativement, apparaissent des mécanismes internationaux qui limitent les activités privées et organisent la gestion internationale des ressources: ainsi dans le domaine de l'Antarctique,
à
propos des grands fonds marins ou de l'espace extra-atmosphérique.Par cette quatrième partie, Bernard Colas a voulu marquer, avec raison, que les relations économiques internationales comportent une dimension scientifique et technique qui ne saurait être négligée.
Il convient de formuler une remarque terminale: l'ouvrage de Bernard Colas et de son équipe apporte une contribution de grande valeur et, en outre, tout
à
fait nouvelle,à
l'étude du système économique international actuel. Mais on doit souligner l'absence d'une théorie économique générale. Cette observation n'est ni une critique ni la dénonciation d'une lacune.En réalité, les relations économiques internationales sont dominées par une approche et des réalisations pragmatiques. L'acte final de la Conférence de Bretton Woods en juillet 1944 recommandait la créa-
6
PREFACE tion par les Etats de mécanismes permettant de réaliser le développe- ment du commerce international, la régulation des échanges des marchandises principales à un prix équitable pour la production et la consommation.
Ces recommandations conservent aujourd'hui toute leur valeur. Il est évident que les relations économiques et commerciales internatio- nales, à l'échelle du monde, ne relèvent pas d'un système d'écono- mie planifiée. Mais on ne peut pour autant conclure que prévaut dans ce domaine la mise en œuvre automatique et aveugle des méca- nismes de l'économie de marché.
Avec les multiples accords sur les produits de base, par exemple, on s'est efforcé d'atteindre cette régulation équitable à laquelle on son- geait déjà à Bretton Woods, mais le succès n'a guère été obtenu. Par ailleurs, l'égalité absolue des partenaires et la non discrimination, ces impératifs de l'économie de marché, ne sont plus seules en cause.
Avec la CNUCED, les principes qu'elle a adoptés en 1964 et ceux qu'elle adopte à chacune de ses conférences successives, est consa- crée la théorie de l'inégalité compensatrice qui est le contraire même du libéralisme économique. Il en va de même avec le principe généra- lisé des préférences qu'accordent les pays industrialisés à leurs par- tenaires économiques des pays en développement. Et le GATT a admis à son tour, depuis un quart de siècle, une même approche.
Enfin, si les dispositions adoptées en 1974 par l'Assemblée générale des Nations Unies - Déclaration sur le nouvel ordre économique international et Charte des droits et devoirs économiques des Etats - ne sont pas entrées en vigueur, on peut toutefois relever quelques domaines où elles sont appliquées.
En résumé, il n'y a pas de doctrine ou de théorie générale régissant les relations économiques internationales. L'ensemble est hétérogène, les solutions conventionnelles.
Nous sommes heureux de saluer l'analyse précise et ordonnée que donne de cet ensemble complexe le recueil que nous présentons ici.
En tant que juristes francophones - et au nom de la Société de droit international économique qui appuie cette initiative - , nous tenons à dire notre satisfaction devant la publication par La Documentation française de cet important ouvrage qui répond à un véritable besoin.
Claude-Albert Co/liard Professeur émérite à l'Université de Paris-/ Panthéon-Sorbonne Membre de l'Institut de droit international Louis Sabourin Professeur à l'ENA de l'Université du Québec et à l'Université de Paris-/
Panthéon-Sorbonne Président de la Société de droit international économique, Canada
Comité de rédaction
Conception et coordination
Bernard COLAS, Avocat au Barreau du Québec, Consultant à l'Organisation de coopé- ration et de développement économiques {OCDE), Vice-président à la recherche de la Société de droit international économique (SOIE), DEA Droit international économique (Paris-1)
Conseils et préface
Claude-Albert COLLIARD, Professeur émérite à l'Université de Paris-1, Membre de l'Institut de droit international
Louis SABOURIN, Professeur à l'Ecole nationale d'administration publique de l'Univer- sité du Québec et à l'Université de Paris-1, Président de la Société de droit international économique (SOIE), Canada
Auteurs et principaux collaborateurs
Louise ALLARD, Administrateur à la Division du tourisme de l'Organisation de coopéraw tian et de développement économiques (OCDE)
Michel AUGE, Secrétaire général adjoint et Conseil juridique du Conseil de coopération douanière (CCD)
Jozia BEER-GABEL, Docteur en droit, Ingénieur de recherche en droit international à l'Université de Paris-1, Secrétaire générale du Centre d'études et de recherches en droit international (CERDI)
Pascal BILLARD, Consultant à l'Organisation des Nations Unies pour l'éducation, la science et la culture (UNESCO), DEA Information scientifique et technique (Paris-VIl)
Laurence BOISSON de CHAZOURNES, Assistante à la Faculté de droit de l'Université de Genève, Diplôme d'études supérieures de t'Institut universitaire de hautes études internationales (Genève)
Jean-Paul CHAPDELAINE, Avocat au Barreau du Québec, OESS Administration interna- tionale de l'Université de droit, d'économie et de sciences sociales de Paris François COTE, Avocat au Barreau du Québec (Ogilvy Renault), LLB (Université Laval,
Québec)
Anne DAGNEAU de RICHECOUR, DESS Droit international de l'énergie (Paris-1) Françoise DE BUS, Docteur en droit, Maître-assistante à l'Université de Paris-1 Maguelonne DEJEANT -PONS, Avocat à la Cour, Docteur d'Etat en droit, Administrateur
au Conseil de l'Europe
Jean-François GAUDREAULT-DESBIENS, Avocat au Barreau du Québec (Gagnon, de Billy ... ), LLB (Université Laval, Québec)
Gilbert ESSAMA, DESS Diplomatie et administration des organisations internationales (Paris-Xl), diplômé de l'Ecole supérieure d'interprètes et de traducteurs de l'Uni- versité de Paris-Ill
Yves GAUBIAC, Docteur en droit
ACCORDS ÉCONOMIQUES INTERNATIONAUX
Patricia GEORGET, Juriste, DESS Droit international et organisations internationales (Paris-1)
Valérie GUILLARD, DEA Droit de l'environnement (Paris-1)
Sylvie JACQUE, Bibliothécaire à la Section des traités du Département juridique des Nations Unies, New York
Mark KOULEN, Economiste au GATT (Accord général sur les tarifs douaniers et le commerce)
Francine LAMBERT, Chargée de presse et d'information de l'Union internationale des télécommunications (UIT)
Pascal LANGLET, Journaliste, DEA Droit international économique (Paris-1)
Jean-André LASSERRE, Juriste, DEA Droit international économique (Paris-1), diplômé du Centre d'études de droit communautaire (Paris-1)
Alain LEROUX, Conseiller juridique de l'Organisation intergouvernementale pour les transports internationaux ferroviaires (OCTl), diplômé du Centre universitaire des Communautés européennes et de l'Institut des Hautes études internationales, DESS (Paris-1)
Caroline LONDON, Conseiller juridique (Brizay Mei!ichzen Prats Moitry), DEA Droit communautaire, diplômée du Centre européen universitaire de Nancy
Laurent LUCCHINI, Professeur à l'Université de Paris-!
Jean-Louis MAGDELENAT, Avocat au Barreau du Québec, Doctorat d'Etat en droit, Professeur et Directeur-adjoint de l'Institut de droit aérien et spatial (Université McGill, Montréal), Doctor of civil law (OCL, Mc Gill), Diploma de Tecnico de aviacién comercial (lnstituto lberamerico de Derecho Aeree, del Espacio y de la Aviacién Comercial), Président de la Branche canadienne de l'International Law Association (ILA)
Gabrielle de K. MARCEAU, Avocate au Barreau du Québec (Joli-Cœur, Lacasse, Simard et Associés), Administrateur de la Société de droit international économi- que (SOIE), Maîtrise de la London School of Economies (LSE)
Agnès MAUS, Juriste, DEA Droit international économique (Paris-1)
Barthélémy MERCADAL, Professeur de droit commercial au Conservatoire national des arts et métiers (CNAM), Directeur scientifique de l'Institut de droit international des transports {IDIT), Rouen
Yvonne MULLER, Maître-assistante à I'Un·lversité de Paris-Xl, DEA Droit commercial (Paris-1)
Noël N'DOUVE, Traducteur, DEA Traduction (Institut national des sciences politiques de Paris)
Maryse ROBERT, Economiste, Groupe d'études de recherches et de formations inter- nationales {GERFI), Ecole nationale d'administration publique (ENAP), Maîtrise Sciences de la gestion (Hautes études commerciales de Montréal)
Martin ST-AMANT, Avocat au Barreau du Québec, DEA Droit international économique, DEA Droit international et organisations internationales (Paris-1), Diplômé de l'Ecole des Hautes études internationales
Mercedes SANCHEZ, DESS Production et distribution d'énergie (Paris-1), Brevet de terminologie juridique et traduction espagnole (Paris-Il), diplômée de t'Institut de droit comparé (Paris-11)
Valérie SCHARRE de SENNEVILLE, Juriste, DEA Droit international économique (Paris-1)
Vladimir VASAK, Juriste, DEA Droit commercial et Maître-Assistant à l'Université de Paris-1
Secrétariat de rédaction
Jean-André LASSERRE, secrétaire de rédaction assisté de Gabrielle de K. MARCEAU Daniel LABAT -GEST, tableaux des Etats membres Noël N'DOUVE, traduction anglaise
Elisabeth PORLON, secrétariat
Mercedes SANCHEZ, traduction espagnole Informatique
Pascal BILLARD
COMITÉ DE RÉDACTION
Division du développement et de l'application des logiciels de l'UNESCO
Remerciements
Mes remerciements s'adressent au Comité de rédaction et aux personnes suivantes qui ont contribué, sous forme de documentation ou de commentaires, à la réalisation de l'ouvrage :
Bernard ATHANE, Directeur du BIML, Olivier AUDEOUD, Maître assistant à l'Université de Paris-1, Abdoulaye BAH, Adm'1nistrateur chargé des relations publîques et de l'informa- tion à I'ONUDI, M. BERGSTEN, Secrétaire de la CNUDCI, M. BLANC, Directeur à l'ISO, c. BouLTARD de Cristal Ltd, Asimina CAMINIS, Chargé des relations extérieures à la SFI, Andrée CARPENTIER, Conservateur en chef et Directeur de la Bibliothèque CUJAS de droit et de sciences économiques, Dominique CARREAU, Professeur à I'Un'1versité de Paris-1, François-Gabriel GEYRAC, Responsable des relations extérieures à la CC!, Eric CHR!SPEELS, Conseiller juridique de la CNUCED, Cynthia CLARKE, Directeur des relations extérieures d'!NTELSAT, Simone CouRTEIX, Professeur à l'Université de Paris-1, Sylvie COMPEYAON, Documentaliste-juriste, Direction juridique de /'OCDE, Giampaolo Del B!GIO, Division du développement et de l'application des logiciels de l'UNESCO, Anne DEG!MBE, Documentaliste à l'u!A, M. DYER, Conseiller juridique à la COD!P, Malcolm EVANS, Secrétaire général d'UN!DRO!T, Norjanah FLAKS, Assistante d'information à la CNUCED, Thiébaut FLoRY, Professeur à J'Université de Paris-1, Cinda GA!NCHE, Division du déve- loppement et de l'application des logiciels de J'UNESCO, M. G!OVANOU, Professeur, Conseiller juridique de la BAl, Janice GOERTZ, Administrateur principal chargé de l'information publique au CCl, Hébi GUEABAA, Premier directeur adjoint du COl, Yves GuYON, Professeur à l'Université de Paris-1, Alexandre K1ss, Directeur de recherche au CNRS, Roger KOHN, Chef de la division de l'information de I'OMI, Mme LADUNE, Institut de droit international des transports (IDIT), Rouen, Paul LAGARDE, Professeur à l'Université de Paris-1, Francis LATAPIE, Directeur des relations extérieures d'INTELSAT, Mary LYNN, Chargée des informations du PNUD, Bertrand MARCHAIS, Conseiller du CIRDI, David MARTIN, Division du développement et de l'application des logiciels de l'UNESCo, M.
McCORMACK, Président de Cristal Ltd, J. MONPROF!T, Documentaliste du BIPM, Marie- Lucie MORIN, Premier secrétaire au Haut Commissariat du Canada à Londres, Alphons NoLL, Conseiller juridique de I'UIT, A. ÜBEUANNE, Service juridique à I'UIT, Françoise ÜDIEA, Conseiller juridique du Comité central des armateurs de France, Henry ÜLSSON, Directeur, Droit d'auteur et Division de l'information publique de I'DMPI, Jack O. PARAY, ancien Directeur de la section des Traités au ministère des Affaires extérieures du Canada, Geneviève PATHIAUX, Bibliothécaire-documentaliste de la CCl, Michel PEUCHET, Secrétaire général adjoint de la CODIP, A.W. RANDELL, Fonctionnaire principal, Pro- gramme mixte FAO/OMS sur les normes alimentaires, Patrick REYNERS, Directeur juridi- que de I'AEN OCDE, Pedro ROFFE, Conseiller juridique de la CNUCED, Pierre SABOUAIN, Informatique, ministère des Affaires extérieures du Canada, M. ScHALEKAMP, Directeur de la bibliothèque du Palais de la Paix, A. SINDING, Directeur adjoint de I'JRF, Harbans SINGH, Directeur exécutif de I'OIJ, Henri SMETS, Administrateur principal à la Direction de l'environnement à l'OCDE, Michèle STEMER-SURSOCK, Directeur de l'information publi- que au Centre d'information des Nations Unies à Paris, Patrice TEDJINI, Chef de la section de l'Information et de la documentation de I'OMT, Daniel TUAP, Professeur à l'Université de Montréal, Claude-Henri VIGNES, Conseiller juridique de l'OMS, Henry VoET-GENICOT, Secrétaire général du CMI, Hans-Peter WERNER, Attaché de presse, Division de l'information au GATI, I.C. WHITE, Managing Director de TOVALOP, David WooDs, Directeur de l'information du GATI.
Je souhaite enfin souligner la précieuse collaboration de membres et amis de la SOIE, Mireille ALLAIRE, Jean 80ISJOLJ, Eric CANAL-FORGUE, Jeanne CAPODANO, Mireille CHAR- LAND, Emile COLAS, Hubert COlAS, Réjane L. COLAS, Bruno CAOZEL, Joseph ELFASSY, Isabelle FUZELLIER, Godelieve de KONINCK, Manon DESGAGNE, Julie DESJARDINS, Daniel de FEYDEAU, Francine lABERGE-GAUVREAU, Sonia GARCIA SUCRE, Marie-Claude JOAN- NEDE, Eric MARCEAU, Elise MORIER, Manon PAQUET, Marie-Claude PAQUET, Marie-France POLIDORI, Pascal TASCHEREAU, Patricia TESTA, Christine ROUSSEAU et Nouredine SABI.
Cet ouvrage est dédié à mes frères, parents et amis.
Bernard Colas 12
Introduction
L'ordre international économique a été élaboré, depuis la Seconde guerre mondiale, essentiellement sur une base conventionnelle.
Le développement des échanges liés aux progrès technologiques dans les transports et les communications, et la condamnation des politiques protectionnistes de l'avant-guerre ont accéléré le processus de globalisation des marchés et l'interdépendance des espaces éco- nomiques.
Conscients de ce mouvement mondial irréversible, les acteurs de la société internationale ont accepté de transférer une partie de leurs compétences au profit d'une gestion concertée de certains secteurs de l'économie. Des institutions internationales ont été créées, d'au- tres ont vu leur autorité renforcée. Elles sont devenues le cadre normal de coopération tant au niveau mondial que régional, et le lieu privilégié dans lequel se développe le droit international économique.
Cette réglementation a pour finalité le développement " aménagé "
des échanges économiques. Elle définit le cadre juridique à l'intérieur duquel les transactions entre les acteurs économiques prennent place. Aucun membre de notre communauté internationale, marquée par la décolonisation et composée d'Etats dotés de régimes juridi- ques, économiques et sociaux très divers, ne peut l'ignorer. Certains même fondent sur cette réglementation l'espoir de voir se dissiper la disparité de développements qui les sépare des pays industrialisés.
Ils cherchent ainsi à orienter les courants économiques en favorisant l'adoption de normes fondées sur une plus juste répartition des richesses.
Afin de maîtriser ce cadre normatif, il nous a paru nécessaire, en ce début de décennie, de faire le point sur l'ordre mondial en vigueur et de recenser tous les accords multilatéraux à vocation mondiale rele- vant du droit international économique, en accordant une place pré- pondérante à ceux qui ont une force obligatoire et contraignante .
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Une approche globale du droit international économique (organisation internationale des échanges économiques) nous permet d'analyser et de commenter plus de 300 accords multilatéraux et de décrire les objectifs, l'action et la structure de quelque 65 institutions économi- ques à vocation mondiale, c'est-à-dire accessibles à tous les Etats.
Les analyses de ces accords et de ces institutions, rédigées par des spécialistes, sont complétées de données techniques, telles que les