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Cinema português

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Academic year: 2022

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Seminário de Trabalho sobre Cinema Português 18 de Janeiro de 2012 (quarta-feira)

FCSH, Edifício I&D, sala multi-usos 2 (piso 4) Av. Berna, 26-C

9h15-18h00

Nos últimos anos têm-se multiplicado as investigações universitárias sobre a história do cinema português. Dada a inexistência de departamentos especializados em história do cinema, estes investigadores não têm muitas oportunidades para discutir o seu trabalho com outros colegas trabalhando sobre os mesmos temas.

Este seminário de um dia juntará vários doutorandos e pós-doutorandos com investigações em curso sobre cinema português, proporcionando-lhes uma oportunidade para testar argumentos e debater as suas ideias.

Todos os painéis terão comentadores.

ENTRADA LIVRE

Inscrição obrigatória através deste formulário.

Informações: tiago.baptista@fcsh.unl.pt

Organização:

IHC (linha de investigação "Poder, Ideias e Cultura")

CEIS20 (grupo “Correntes Artísticas e Movimentos Intelectuais”)

PROGRAMA

9h15 ABERTURA

Professor Doutor António Pedro Pita (coordenador do CEIS20) Professor Doutor Fernando Rosas (presidente do IHC)

9h30-11h15 PAINEL 1

Ana Catarina Pereira (UBI)

As marcas de um discurso feminista no filme Daqui p’ra frente, de Catarina Ruivo

Liliana Navarra (FCSH-UNL)

O simbolismo ritual no cinema de João César Monteiro: a arte do erotismo Hajnal Kiraly (CEC-FLUL)

Framed bodies: Representing the uncanny, the absent and the ideal in Manuel de Oliveira’s Vale Abraão (1993) and Amor de Perdição (1978)

Comentador: Adriana Martins (CECC/FCH-UCP) Moderador: Marta Pinho Alves (ICS-UL)

11h15-11h30 PAUSA

11h30-13h00 PAINEL 2

Paulo Cunha (CEIS20-FLUC)

Recepção crítica ao novo cinema português no estrangeiro (1949-80)

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Paulo Granja (CEIS20-FLUC)

A crítica e o cinema moderno em Portugal, anos 50 e 60

Comentador: Mário Jorge Torres (FLUL) Moderador: Miguel Cardoso (Birkbeck College) 13h00-14h15 ALMOÇO

14h15-16h00 PAINEL 3

Luis Urbano (FAUP)

Para lá da cidade está o campo Catarina Alves Costa (FCSH-UNL)

A intenção etnográfica no cinema português (1960-1970) Sofia Sampaio (CRIA/ISCTE-IUL)

Turismo no cinema português: algumas propostas de análise

Comentador: José Manuel Costa (Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema) Moderador: Ana Soares (CIAC-UAlg)

16h00-16h30 PAUSA

16h30-18h00 PAINEL 4

Daniel Ribas (UA/IPB)

Identidade e violência no cinema de João Canijo Susana Viegas (IFL/FCSH-UNL)

Para uma cinematografia menor: o caso de João Pedro Rodrigues

Comentador: Tiago Baptista (IHC/FCSH-UNL)

Moderador: José Neves (IHC/FCSH-UNL)

18h00 ENCERRAMENTO (serão servidas bebidas)

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RESUMOS

Ana Catarina Pereira

As marcas de um discurso feminista no filme Daqui p’ra frente, de Catarina Ruivo

Daqui p’ra frente, filme da realizadora portuguesa Catarina Ruivo, estreado em 2008, é uma teia de relações – pessoais, sociais e políticas – onde se move um casal à beira da ruptura e três personagens que influem na sua vida. Nesta apresentação procuraremos descortinar as marcas de um discurso feminista presentes num filme sobre uma esteticista que se candidata às eleições autárquicas do seu concelho. Tendo autoras como Laura Mulvey e Claire Johnston defendido que um cinema realizado por homens foi responsável por um olhar voyeurista, fetichista e masculinizado dos espectadores (e espectadoras, por universalização do mesmo) e concluído que este se traduzia na manutenção e justificação do sistema patriarcal e de muitos preconceitos em torno da mulher, poderia dizer-se que o filme de Catarina Ruivo é uma alternativa a um sistema instituído.

Liliana Navarra

O simbolismo ritual no cinema de João César Monteiro: a arte do erotismo

A cinematografia monteiriana é repleta de conotações eróticas. Elemento recorrente e de constante actualidade, o corpo feminino é um catalisador em contacto simbólico com a realidade, resultando num núcleo imprescindível dentro do espectro temático da cinematografia de Monteiro. A figuração cinematográfica do feminino surge como metáfora, um mero simulacro, onde os filmes dele são lugares que se prestam a ilustrar a especificidade da sexualidade feminina elevada à consagração. Nos seus filmes o corpo feminino é exaltado, quase como as Vénus de Willendorf, quase sempre filmado à distância, lateralmente. Quase se poderia dizer que nos seus filmes existe um considerável pudor na maneira de filmar e iluminar os corpos das mulheres. Ao longo da trilogia assistimos a uma aproximação às jovens mulheres de formas diferentes. Portanto, o
 que
 se
 pretendem
 aqui
 apresentar
 são
 três
 exemplos
 de
 simbolismo
 ritual
 na
 trilogia
 de
 Deus,
 nomeadamente,
 Recordações

da

Casa

Amarela

e
 a
 veneração
 do
 corpo
 feminino, A

Comédia

de

Deus 
 e 
 a 
mulher 
Deusa 
e 
As

Bodas

de

Deus 
e 
a 
 consagração
 dos 
corpos.


Hajnal Kiraly

Framed Bodies: Representing the uncanny, the absent and the ideal in Manoel de Oliveira’s Vale Abraão (1993) and Amor de Perdição (1978)

Oliveira’s much hailed fidelity to his literary sources appears, due to its narratological and representational excesses rather as a subversive gesture, characteristic to all modernism dealing with tradition. Or, Oliveira as one of the last living modernists of the European film, doesn’t stop revealing the mechanisms of his medium by making ‘cracks’ in the narrative illusion. In an analysis of two remediations, I will argue that through an original ‘framing’ he succeeds not only making the uncanny, the absent and the ideal body visible, but also the ‘body’ of the medium, with all its actual discourses on spectatorship, reality and illusion, as well as cultural function.

Paulo Cunha

Recepção crítica ao novo cinema português no estrangeiro (1949-80)

Ao longo da década de 60, entusiasmados com o relativo reconhecimento internacional de Manoel de Oliveira e com a boa recepção crítica que diversos novos cinemas receberam nos mais importantes festivais de cinema internacionais (cinema novo brasileiro, nova vaga polaca, jovem cinema jugoslavo, entre outros), e desiludidos com a possibilidade de sobrevivência financeira apenas com o mercado interno, o jovem cinema português insistiu num caminho de internacionalização que promoveu

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uma mudança de paradigma cultural e estético no cinema português de então. O objectivo desta apresentação será apresentar resultados provisórios de um trabalho que passa pelo estudo da participação de filmes portugueses em festivais de cinema internacionais durante o Estado Novo (1958- 68), pelo mapeamento das acções de divulgação promovidas no estrangeiro pelo Centro Português de Cinema e pelo Instituto Português de Cinema, e pela recolha de textos críticos publicados na imprensa estrangeira a propósito da exibição de filmes portugueses em França e no Brasil.

Paulo Granja

A crítica e o cinema moderno em Portugal, anos 50 e 60

Nos anos 60, o cinema adquiriria um estatuto artístico e cultural de que nunca desfrutara até então, graças à afirmação de uma conceção de cinema que via no chamado Cinema Moderno, não apenas uma nova prática cinematográfica com determinadas características temáticas e estéticas, mas antes o culminar do desenvolvimento da arte cinematográfica. Um cinema que se desenvolvera internacionalmente ao longo da década de 50, procurando ir ao encontro da modernidade estética desenvolvida noutras artes, e que se caracterizaria pela convicção de que cada filme deveria constituir a expressão da visão subjetiva de um criador individual. Um Cinema Moderno, portanto, porque recusava a determinação social, política ou económica em nome da autonomia artística e da liberdade criativa do realizador.

Nesta comunicação, procuraremos descrever a receção crítica do Cinema Moderno em Portugal, tentando perceber as continuidades e ruturas entre uma crítica de cinema de inspiração marxista, política e socialmente empenhada, maioritária na imprensa cultural os anos 50, nomeadamente em revistas como Vértice, e a crítica mais atenta à forma, que se viria a afirmar na década de 60, em publicações como O Tempo e o Modo.

Luís Urbano

Para lá da cidade está o campo

A comunicação tentará perceber como, no início da década de 60, arquitectos e cineastas encaravam a crescente urbanização do território português e de como a questão da cidade foi seminal, quer nos primeiros filmes do Cinema Novo, quer nos movimentos de renovação da arquitectura. De igual modo se tentará perceber o fascínio de arquitectos e cineastas, urbanos por definição e formação, por um mundo rural em extinção e de como esse interesse pelo país real, manifestado de diferentes formas, chocava com o país idealizado pelo Estado Novo.

Catarina Alves Costa

A intenção etnográfica no cinema português (1960-1970)

Na minha investigação sobre cinema português da década de 1960 e 70, identifico uma intenção etnográfica e documental centrada na representação da ruralidade e na ideia do dar voz ao outro, o povo. Para entender esta via tem sido necessário problematizar não só a temática dos filmes, o seu conteúdo e escolha de ambientes, paisagens, personagens e objetos, mas também a sua linguagem, que em geral assenta na ideia do documentário como estilo cinematográfico que permite representar - de modo mais livre e visto como mais verdadeiro - o real. Nos cineastas do folclorismo do regime, nos etnógrafos do grupo de Jorge Dias, e nos cineastas do cinema novo procurei a veia documental.

Esta está sempre condicionada a um discurso e uma linguagem que nos primeiros era marcada pela propaganda e o nacionalismo, nos segundos pela ideia de acumulação e arquivo e no caso do cinema novo pelo modernismo e pelas vanguardas artísticas.

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Sofia Sampaio

Turismo no cinema português: algumas propostas de análise

A tendência dominante nos estudos de cinema e turismo de base sociológica tem sido a de subordinar as práticas simbólicas do cinema aos fins económicos do turismo – quer reduzindo o cinema a um instrumento de marketing de locais turísticos tout court, ou, de um modo mais geral, apresentando-o como um instrumento de divulgação/promoção de experiências e subjectividades ‘turísticas’. Em ambos os casos, o objectivo/efeito final consiste em interpelar o espectador enquanto ‘turista virtual’ e potencial turista. A minha investigação sobre turismo no cinema português (que inclui ficção e filmes de promoção turística) sugere que a relação entre filme, espectador e turista, para além de variável ao longo da história, é mais complexa e, por vezes, mais criativa do que normalmente se supõe. Também sugere que há vantagens em partir da análise dos filmes para a teorização social, em vez do inverso.

Daniel Ribas

Identidade e violência no cinema de João Canijo

O cineasta português João Canijo tem, desde Sapatos Pretos, de 1998, cartografado o território português, através de filmes que pesquisam a vida interior das famílias em contextos diversificados. Com uma estrutura narrativa que segue o mesmo padrão, o realizador explora a violência como resultado de um trauma familiar, em que a posição da mulher é constantemente desafiada. Esta comunicação pretende analisar esta problemática, em confronto com a discussão sobre a identidade nacional e a confirmação de um discurso do ser português, no interior destas narrativas, que remonta a uma ideologia salazarista.

Susana Viegas

Para uma cinematografia menor: o caso de João Pedro Rodrigues

Em 2000 com a sua primeira longa-metragem, O Fantasma, João Pedro Rodrigues (n.1966) demonstrou todo o seu talento enquanto realizador de um “género” de cinema diferente no panorama Português mas fiel, ainda assim, aos géneros cinematográficos dominantes. Com Odete (2005) e Morrer como um Homem (2009), o cineasta consagra-se definitivamente como um criador de um cinema “corporal”, entre o corpo quotidiano e o corpo cerimonial. Esta apresentação tem como principal objectivo analisar as ligações entre uma cinematografia nacional dominante e as cinematografias marginais de modo a definir as condições para a construção de uma “cinematografia menor”, mas não inferior. Neste sentido, procurarei defender o corte realizado pelos seus filmes recorrendo aos temas, géneros e clichés cinematográficos dominantes.

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