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L'effet de l'éducation sur le pouvoir de décision de la femme en Côte-d'Ivoire

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Academic year: 2021

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FACULTÉ DES SCIENCES DE L'ÉD U CATION

L ' e f f e t de 1 'éducation sur l e pouvoir de décision de la femme en Côte d ' i v o i r e

THÉRÈSE YAÏ

Thèse présentée pour l'o b t e n t io n

du grade maître ès a r t (M.A.)

ÉCOLE DES GRADUÉS UNIVERSITE LAVAL

Octobre 1986

(2)

Je dédie c e tte thèse à ma mère Rosalie, à mes soeurs, Jeanne e t

Tomam’, à ma fille Lébassé e t à to u te s les femmes, en p a rtic u lie r , les femmes a fric a in e s q u i se s e n te n t concernées p a r l ’am élioration de la c o n d itio n de la femme.

Un g ra n d absent, mais q u i e s t e t re s te ra o m n ip ré se n t dans ma mémoire, à q u i j ’aim erais d é d ie r c e tte thèse e s t mon père, feu Y a ï V ictor, q u i m ’a a p p ris que l ’accom plissem ent e t l ’épanouissem ent d ’une femme passe d ’a b o rd p a r son in ­ dépendance économique e t p a r l ’in s tru c tio n .

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RESUME DE LA THESE D E L ’ÉDU C A TION Département d'administration et politique scolaires Cité universitaire Québec, Canada G1K 7P4

L'objet de cette recherche est de vérifier l'effet de l'éducation sur le pouvoir décisionnel de la femme en Côte d ' i voi r e .

L'hypothèse que nous avons émise est que l'éducation renforce l'implication des femmes dans la prise de dé­ cision au sein du couple et leur permet de participer à plusieurs types de décision. Notre cadre théorique repose sur les approches fonctionnaiistes, marxistes et féministes matérialistes. Les données recueillies au moyen d'un questionnaire structuré, auprès d'un échantillon, constitué par 60 femmes, ont été traitées statistiquement.

Les résultats obtenus, démontrent que la scolarisation de la femme peut influencer son pouvoir de décision dans le couple et que ce pouvoir augmente avec le statut professionnel élevé et la rémunération de la force de travail de la femme.

La Candidate

La Directrice de la thèse Le Co-Directeur de la thèse

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REMERCIEMENTS

Mes sin cères remerciements vont d'abord et surtout à ma d i r e c ­ t r i c e de thèse Madame Renée C lo u tier e t à mon c o-dire c te u r de thèse Monsieur Roland Ouellet qui m'ont i n i t i é e à la rigueur de la tâche. J e l e s remercie pour toute la patience dont e l l e et i l ont f a i t preuve à mon égard.

J e remercie Madame Louise Laforce en Administration et p o l i t i ­ ques s c o l a i r e s , a in si que l e s e r v i c e d 'aide à la recherche de la fa c u lt é des sciences de l'éd u ca tio n pour l ' a i d e que j ' a i reçue lo r s du traitement s t a t i s t i q u e de mes données.

J'e xprim e ma reconnaissance à Madame Kouable Constance et à ses co llè g u e s, toutes sage-femmes au Centre de Prévoyance Maternelle et I n f a n t i l e de Marcory à Abidjan (Côte d ' i v o i r e ) et à Monsieur Bamba, directeur de l a formation permanente à l ' i n s t i t u t de la jeunesse et des sports à Abidjan (Côte d ' i v o i r e ) .

J e remercie Madame Carole P o i r i e r pour la q ua lité de son t r a v a i l .

J e ne sau rais passer sous silen c e l ' a i d e précieuse que m'a apportée mon époux Guéladé Firmin, par sa compréhension et son amour tout au long de ce t r a v a i l .

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TABLE DES MATIÈRES... i

LISTE DES FIGURES... i i i LISTE DES TABLEAUX... IV INTRODUCTION... 1

CHAPITRE 1 - STATUT DES FEMMES DANS LES SOCIÉTÉS AFRICAINES... 4

1 . Les femmes dans le s s o c i é t é s précolo nia le s en A fr iq u e ... 5

A. S t a t u t p o l i t i q u e ... 5

B. S tatu t s o c i a l ... 5

C. S t a t u t économique... 6

2. Les femmes dans l e s s o c i é t é s contemporaines en A fr iq u e ... 8

3 . Défin ition du problème... 14

CHAPITRE 2 - RECENSION DES ÉCRITS... 16

1 . Recherches f a i t e s dans l e s pays i n d u s t r i a l i s é s ... 17

2 . Recherches f a i t e s dans l e s pays n o n - i n d u s t r i a l i s é s ... 21

» CHAPITRE 3 - CADRE THÉORIQUE... 24

1 . Théories f o n c t i o n n a i i s t e s ... 25

2. Théories m a r x i s t e s ... 27

CHAPITRE 4 - MODÈLE D'ANALYSE... 34

1 . Modèle d ' a n a l y s e ... 35

1 . Variable indépendante: la s c o l a r i t é ... 35

2. Variable dépendante: l e pouvoir d é c isio n n e l... 36

3 . Varia ble s de c o n t r ô l e ... 39

a. La fo r c e de t r a v a i l rémunérée de l a femme... 40

b. Le s t a t u t p r o f e s s i o n n e l...41

2. Hypothèses... 44

A. L'hypothèse p r i n c i p a l e ... 44

B. Les hypothèses sec ond aires... 44

(6)

1 . L ' é c h a n t i l l o n ... 47

2. D éfin it io n opératoire des v a r i a b l e s ... 48

A. La s c o l a r i t é ... 48 B. La force de t r a v a i l rémunérée... 48 C. Le s t a t u t p r o fe s s io n n e l... 48 D. Le pouvoir d é c is io n n e l... 49 3 . C u e i l l e t t e des données... 51 4. Techniques s t a t i s t i q u e s ... 51

CHAPITRE 6 - PRÉSENTATION ET INTERPRÉTATION DES RÉSULTATS... 53

1 . Description de l ' é c h a n t i l l o n ... 54 A. La s c o l a r i t é ... 54 B. Le s t a t u t p r o fe s s io n n e l... 56 C. La fo rce de t r a v a i l rémunérée... 57 D. Le pouvoir d é c is io n n e l... 59 2 . Présentation des r é s u l t a t s ... 61 A. La s c o l a r i t é et l e pouvoir de d é c i s i o n ... 62

B. Le s t a t u t professionnel e t l e pouvoir de déc ision ... 71

C. La force de t r a v a i l rémunérée e t l e pouvoir de d é c i s i o n ... 82

D. Résumé des r é s u l t a t s ... 91

1 . La s c o l a r i t é de la femme et son pouvoir de d é c i s i o n ... 91

2 . Le s t a t u t professionnel e t le pouvoir d é c i­ sionnel de l a femme... 93

3 . La force de t r a v a i l rémunérée et l e pouvoir de décision de l a femme... 95

3 . I n t e r p r é t a t i o n ... 96

CONCLUSION... 100

BIBLIOGRAPHIE... 103

TABLE DES MATIÈRES PAGE CHAPITRE 5 - MÉTHODOLOGIE... 46

(7)

LISTE DES FIGURES

PAGE

(8)

IV

Tableau 1 : R ép artition des femmes selon l a s c o l a r i s a t i o n ... 55

Tableau 2: R ép artition des hommes selon la s c o l a r i s a t i o n ...55

Tableau 3: R ép artition des femmes selon le niveau de s c o l a r i t é ... 56

Tableau 4: R ép artition des hommes selon l e niveau de s c o l a r i t é ...56

Tableau 5: Rép artition des femmes selon l e st a t u t p r o f e s s i o n n e l . . . . 57

Tableau 6: R ép artition des hommes selon l e s t a t u t p r o f e s s i o n n e l . . . . 57

Tableau 7: Rép artition des femmes selon l a fo r c e de t r a v a i l ... 58

Tableau 8: R ép artition des hommes selon l a fo rce de t r a v a i l ... 58

Tableau 9: R ép artition des femmes selon l e niveau de rémuné­ ratio n de l a fo rce de t r a v a i l 59

Tableau 10 : R ép artition des hommes selon l e niveau de rémuné­ ratio n de l a fo rce de t r a v a i l 59

Tableau 1 1 : R ép artition des femmes selon leur pouvoir de dé­ c i s i o n pour l e s d i f f é r e n t s items du budget 60

Tableau 12 : Rép artition des femmes selon l a s c o la r i s a t i o n e t selon le u r pouvoir de d é c i s i o n ... 62

Tableau 1 3 : Rép artition des femmes selon le niveau de sco­ l a r i t é e t selon l e u r pouvoir de d é c i s i o n ... 63

Tableau 14 : Analyse de l a variance entre la s c o la r i s a t i o n de l a femme e t son pouvoir d é c i s i o n n e l... 64

Tableau 1 5 : Analyse de l a variance entre l e niveau de sc o la­ r i t é de l a femme e t son pouvoir de d é c i s i o n ... 65

Tableau 16: Pouvoir de décision des femmes à l ' é g a r d d'items sp é c ifiq u e s (cas des femmes s c o l a r i s é e s ) ... 66

Tableau 1 7 : Pouvoir de décision des femmes à l ' é g a r d d'items sp é c ifiq u e s (cas des femmes n o n - s c o l a r i s ë e s ) ... 67

Tableau 1 8 : Analyse de l a variance entre l a s c o l a r i s a t i o n de l a femme et son pouvoir de décision sur chaque dépense f i n a n c i è r e ... 68

L I S T E DES TABLEAUX

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Tableau 1 9 : Lien entre l e pouvoir de décision de l a femme pour des dépenses traditionnellement r e l i é e s au r ô le de l'homme selon l a s c o l a r i s a t i o n de la

femme... 69 Tableau 20: Lien entre l e pouvoir de décision de l a femme

pour des dépenses traditionnellement r e l i é e s au r ô le de l'homme selon la s c o l a r i s a t i o n de

l a femme... ... 70 Tableau 2 1 : R ép artition des femmes selon le u r s t a t u t

professionnel e t l e u r pouvoir de d é c i s i o n ... 72 Tableau 22: Analyse de l a variance entre l e s t a t u t p r o fe s­

sionnel e t son pouvoir de d é c i s i o n ... 73 Tableau 23: Relation entre l a s c o l a r i s a t i o n de la femme e t

son pouvoir de décision selon son s t a t u t pro­

f e s s i o n n e l ... »... 74 Tableau 24: Pouvoir de décision des femmes à l ' é g a r d

d'items s p é c ifiq u e s (cas des femmes qui ont l e

contrôle de le u r m é t i e r ) ... 75 Tableau 25: Pouvoir de décision des femmes à l ' é g a r d

d'items s p é c ifiq u e s (cas des femmes qui n'ont

pas l e contrôle de l e u r m é t i e r ) ... 76 Tableau 26: Pouvoir de décision des femmes à l ' é g a r d

d'items s p é c ifiq u e s (cas des femmes au f o y e r ) ... 77 Tableau 27: Analyse de l a variance entre l e pouvoir de

décision de l a femme à l ' é g a r d d'items spé­

c i f i q u e s e t son s t a t u t p r o fe s s io n n e l...79 Tableau 28: Lien entre l e pouvoir de décision de l a femme

pour des dépenses traditionnellement r e l i é e s au

rô le de l a femme selon son s t a t u t p r o fe s s i o n n e l... 80 Tableau 29: Lien entre l e pouvoir de décision de la femme

pour des dépenses traditionnellement r e l i é e s au rô le de l'homme selon le s t a t u t professionnel

de l a femme... 81 Tableau 30: R ép artitio n des femmes selon leur force de t r a ­

v a i l rémunérée e t selon le u r pouvoir de d é c is io n ... 83

(10)

Tableau 3 1 : Analyse de l a variance entre l e pouvoir de décision de l a femme e t sa force de t r a v a i l

rémunérée... 84 Tableau 32: Relation entre l a s c o l a r i s a t i o n de l a femme

e t son pouvoir de décision selon sa force de

t r a v a i l rémunérée... 85 Tableau 3 3 : Pouvoir de décision de la femme à l ' é g a r d

d'items s p é c ifiq u e s (cas des femmes dont l a

fo rce de t r a v a i l e s t rémunérée)... 86 Tableau 34: Pouvoir de décision de la femme à l ' é g a r d

d'items s p é c ifiq u e s (cas des femmes dont l a

fo rce de t r a v a i l n ' e s t pas rémunérée)... 87 Tableau 35: Lien entre l e pouvoir de décision de la femme

pour des dépenses traditionnellement r e l i é e s au rô le de l a femme selon sa forc e de t r a v a i l ré ­

munérée... 89 Tableau 36: Lien entre l e pouvoir de décision de la femme

pour des dépenses traditionnellement r e l i é e s au rô le de la femme selon sa fo rce de t r a v a i l

rémunérée... 90

L I S T E DES TABLEAUX

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(12)

2

Le problème de l'éd u ca tio n formelle a toujours fig u r é au centre des préoccupations des hommes et des femmes de tous le s temps et de tous l e s pays. Si la s c o l a r i s a t i o n des femmes e s t de plus en plus considérée comme un fa c t e u r e s s e n t i e l du développement des so c ié té s modernes, e l l e constitue par a i l l e u r s un in dicateu r important du s t a t u t de la femme.

Dans l e s pays i n d u s t r i a l i s é s , l'é d u ca tio n des femmes a a t t e i n t un niveau su périeur, a l o r s que dans l e s pays en voie de développement, i l r e ste encore beaucoup à f a i r e . Selon l e rapport s t a t i s t i q u e annuel de l 'UNESCO de 1982, sur 12 pays a f r i c a i n s si t u é s au sud du Sahara, on ob­ serve que 70 pour cent des femmes âgées de 15 ans et plus sont analphabè­ t e s . En ce qui concerne plus particulièrement la Côte d ' i v o i r e , une étu­ de f a i t e en 1975 (Newman, 1984) montre que dans ce pays, 78 pour cent des femmes âgées de 15 à 24 ans sont analphabètes, pourcentage qui monte à 97 pour cent pour l e s femmes âgées de 35 ans e t plus.

On a fréquemment mis en évidence le s avantages que pouvait apporter aux femmes l'é d u ca tio n formelle. D'une p art, la s c o la r i s a t i o n procure aux femmes des connaissances e t l a chance d'obtenir un st a t u t professionnel élevé dans l e s secteurs modernes. D'autre part , l ' é d u c a ­ tion formelle améliore l ' a c c è s des femmes à toutes le s ressources de la so c ié té e t peut aussi modifier le u r situ a tio n f a m i l i a l e et s o c i a l e :

"Formai s c h o o l i n g . . . exposes them (women) to new ways o f thinking about the world and themselves; éducation fo r women i s therefore both an in dicatio n and a agent of change."

(13)

De plu s, nous pouvons f a i r e l'hypothèse que l'é ducation re n fo r­ c e r a i t l ' i m p l i c a t i o n des femmes dans l a p r ise de décision au sein du couple, le u r permettrait de p a r t i c i p e r à plu sie u rs types de décisions et d 'e xe r c e r plus d 'in f lu e n c e tant au niveau du contrôle des naissances que de la r é p a r t i t i o n des tâches domestiques.

" . . . Educational attainment has the capacity to e f f e c t changes in both the a t t i tu d e s and the perceptions of the individual and the normative framework in which the woman o p e r a t e s . . . Educa­ tion attainment could widen a woman's p e r s p e c t i ­ ve on her l i f e and ro le s and enable her to ques­ tion t r a d i t i o n a l p r e s c r i p t i o n s . "

(Smock, 1 9 8 1, p. 123)

C ' e s t au niveau de la p r i s e des décisions dans le couple que se s it u e notre préoccupation. Le but spécifique de notre étude e s t de mesu­ rer l'im p a c t de l'é d u ca tio n formelle sur le pouvoir décisionnel de la femme dans l e couple. Afin de f a c i l i t e r la compréhension du problème abordé dans c e t t e étude, nous allo n s présenter une analyse sommaire de la si t u a tio n des femmes en Afrique en passant en revue dans un premier temps c e r ta in s aspects du s t a t u t p o l i t i q u e , social et économique de la femme a f r i c a i n e dans l e s s o c i é té s p r é c o lo n ia le s. Nous tenons à p r é c i s e r qu'é- tant donné l'importance du s t a t u t économique de la femme, nous développe­ rons beaucoup plus cet aspect dans notre étude. Ensuite, nous tracerons dans l e s grandes lig n e s l ' é v o l u t i o n de la situ a tio n des femmes dans le s so c ié té s contemporaines en Afrique.

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CHAPITRE I

STATUT DES FEMMES DANS LES SOCIÉTÉS AFRICAINES

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1 . Les femmes dans l e s s o c i é t é s préco lo n ia le s en Afrique

L 'an g le sous lequel sera abordé l ' a n a l y s e du s t a t u t des femmes comprendra t r o i s dimensions s o i t le s t a t u t p o l i t i q u e , le s t a t u t social et l e s t a t u t économique.

A. S t a t u t p o li t i q u e

Le s t a t u t de l a femme en Afrique précoloniale é t a i t l i é à c e r ­ ta in s aspects de l a vie s o c i a l e . Selon Pala (1979), la p a r t ic ip a t io n de la femme à la vie p o li t i q u e é t a i t fonction de son âge (plus la femme é t a i t âgée, plus e l l e a v a i t son mot à dire dans l e s décisions p o l i t i ­ ques), de son r ô le dans l a production a g r i c o l e , de son lie n de parenté avec l e milieu p o lit iq u e ou de ses connaissances ésotériques. Le s t a t u t que l e s femmes avaient sur le plan p o litiq u e provenait principalement de la reconnaissance qu'on le u r accordait dans l'approvisionnement des a l i ­ ments de base e t dans la production d ' ê t r e s humains.

B. S t a t u t so cia l

Au sein de l a fa m i l le e t de la communauté, la femme occupait une position c e n t r a l e . Mais cependant, c ' é t a i t surtout en fonction du nombre d'enfan ts q u 'é t a i e n t déterminés le s d ro its et p r i v i l è g e s dont la femme pouvait j o u i r :

"À côté de l ' a i d e qu'une femme pouvait espérer re c e v oir de ses e nfa nts, l'u n des l i e n s les plus importants entre le s enfants et l'économie e s t peut-être le suivant: l e f a i t d 'a v o i r des enfants c o n f é r a i t à une femme un s t a t u t dans la communauté e t l é g i t i m a i t ses d ro its sur la t e r r e e t sur le b é t a i l . "

(Pala, 1979, p. 65)

Les femmes avaient donc des d ro its sur la te r r e et le béta il dans la mesure où e l l e s contribuaient aux deux aspects de la production: production alimentaire e t c e l l e de l ' e s p è c e humaine.

(16)

6

L'économie dans l ' A f r i q u e préc olo niale c o n s t i t u a i t une économie de su bsistance. Ce que l ' o n c o n sid é r a it comme l ' u n i t é de production é t a i t l a communauté v i l l a g e o i s e . Dans c e tt e économie de subsistance où l e t r a v a i l a v a i t pour but e sse n t i e l de r a v i t a i l l e r la communauté, le s rapports de production n 'é t a i e n t pas fondés sur l ' e x p l o i t a t i o n , en ce sens que chacun ou chacune é t a i t maître de son t r a v a i l , mais non de son l ie u de t r a v a i l .

"L 'a n a ly se des rapports de production confirme en e f f e t q u ' i l ne peut y avoir de propriété i n d i v i d u e l l e de la t e r r e . . . t o u t e f o i s , l ' a p p a r ­ tenance à une c o l l e c t i v i t é étant la condition d'accès à l a t e r r e , on considère généralement que c e t t e c o l l e c t i v i t é en a la propriété com­ mune."

(Meillassoux, 1982, p. 61)

Selon Pala (1979), l e s r é s u l t a t s des recherches menées en Afrique occidentale font app araître le rôle des femmes en tant que pro­

du ctrices de nourriture. Les fermes app araissaie nt donc comme le s agents économiques l e s plus importants. Leurs a c t i v i t é s é t a i e n t e s s e n t i e l l e s à la survie du groupe dont e l l e s é t a i e n t le s garantes de par leu rs fonc­ tions de reproduction e t de production. Ly (1979) nous apprend que dans une région de l ' A f r i q u e o ccid en tale , le Mandé, le s feranes p a r t i c i p a i e n t de façon s i g n i f i c a t i v e aux travaux des champs. Cinq jours par semaine, e l l e s c u l t i v a i e n t le s champs fam ilia ux; l e r e ste du temps, e l l e s le pas­ s a ie n t dans le u rs champs in d i v i d u e l s .

Chaque femme a v a i t de p e t i t s lopins de te r r e aux alentours des habitations où e l l e c u l t i v a i t un peu de tout. Le rendement de ces p e t i t s champs é t a i t plus élevé que celui des champs familiaux. Cela s ' e x p l i ­ quait par la richesse du sol et par le s soins p a r t i c u l i e r s que le s femmes devaient leur p o rte r, l e produit de ses champs leur revenant en propre.

(17)

E l l e s approvisionnaient l e s marchés en aliments de base e t ceci grâce au surplus obtenu de le u rs champs i n d i v i d u e l s . La commercialisation é t a i t lim itée au troc e t au don. Dans La femme a f r i c a i n e dans l a s o c ié té pré­ c o l o n i a l e , Pal a (1979) mentionne qu'une ferrcne pouvait librement disposer du produit de ses champs au p r o f i t de ses amis ou de sa fam ille sans av o ir à consu lter son époux, mais un homme devait consulter son épouse avant d ' o f f r i r des produits de la ré c olte f a m i l i a l e à ses parents ou à ses amis.

Pendant l a période pr éc o lo n ia le , on remarque donc que sur le plan économique, l a femme a v a i t un rô le de premier plan à jouer et que sa place dans l a s o c ié té é t a i t le r e f l e t de c e l l e q u ' e l l e occupait dans l'économie. Dans c e tt e même étude f a i t e par Pala (1979) sur la situ a tio n des femmes en Afrique pr é c o lo n ia le , i l r e s s o r t que l'indépendance économique e t p o li t i q u e des femmes dans ces so c ié té s é t a i t fonction de la d i f f é r e n c i a t i o n s o c i a l e à un moment historique donné. Par s i t u a t i o n , l' a u t e u r e entend:

a) l e s p o s s i b i l i t é s d'ac cès des femmes aux moyens de production à l ' i n t é r i e u r d'une s o c ié té donnée.

b) l'im age de la femme d é fin ie à p a r t i r de son comportement et son rôle dans la vie s o c i a l e e t qui r e f l è t e souvent le s rapports de production en jeu à tr a v e r s l e temps.

Madame Pala i n ter p r è te la situ a tio n des femmes dans la so c ié té a f r i c a i n e précolo nia le e t contemporaine, en se basant sur la prémisse théorique suivante: l a place que l e s individus occupent dans la s o c i é t é , le s idées e t le s principes qui r é g isse n t le u r mode d 'i n t e r a c t i o n et la perception de le u rs rapports avec le s autres individus sont dans une la rge mesure fonction de le u r r ô le dans la production.

(18)

8

Le terme production e s t , selon l ' a u t e u r e , p r i s i c i dans une double acception. I l désigne, en premier l i e u , l e s compétences tech ni­ ques e t l e t r a v a i l nécessaire pour e x p l o i t e r le milieu naturel a fin de produire l e s moyens d 'e x ist e n c e à sa v o i r l a n ourriture, le logement et l' h a b i ll e m e n t . En second l i e u , i l désigne l a production d 'ê t r e s humains.

2. Les femmes dans l e s s o c i é t é s contemporaines en Afrique

Après l'indépendance des pays d'Afrique de l ' o u e s t dans le s années 60, l e s s t r u c t u r e s , l e s i n s t i t u t i o n s e t l e s l o i s de ces pays ont eu tendance à demeurer calquées sur l e modèle o ccidental. Malgré, c e r ­ taines réformes au niveau des st r u c t u r e s , l e s comportements, le s mentali­ tés e t l e modèle occidental judéo-chrétien de la fam ille et de la femme r e s t e n t , selon Michel ( 1 9 8 1 ) , sous-jacents dans ces stru ctu re s:

"On doit noter que l e s administrateurs coloniaux ne se sont jamais in té r e s s é s au s t a t u t des femmes a f r i c a i n e s . Alors que tout leur système de com­ mandement s'appuie sur le s pouvoirs t r a d i t i o n ­ n e l s , on ne v o i t pas comment une administration masculine e t mysogyne a u r a i t pu ébranler son propre pouvoir pour appliquer le s recommandations

(v o ir p. 52) de la conférence de B r a z z a v i l l e . "

(Audibert, 1 9 8 1, p. 52)

Selon Audibert ( 1 9 8 1 ) , c ' e s t à p a r t i r d'une méconnaissance t o t a l e des rôle s économique, p o lit iq u e et r e l i g i e u x joués par le s femmes a f r i c a i n e s au sein de la s o c iété t r a d i t i o n n e l l e que l'a d m in ist r a t io n colo n iale a véhiculé consciemment ou non ses propres modèles masculins de pouvoir p o l i t i q u e , économique, cultu rel e t r e l i g i e u x . Cette méconnais­ sance représente un des fac te u r s qui peut expliquer une certa ine dévalo­ r i s a t i o n du s t a t u t de la femme dans l a so c ié té a f r i c a i n e . D'autres f a c ­ teurs peuvent aussi s e r v i r d ' e x p l i c a t i o n . A i n s i , dès la fin du XIXe s i è c l e , ont été in tr o d u its dans l e s pays d'Afrique de l'O uest le s

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échanges monétaires accompagnés de l ' e x p l o i t a t i o n commerciale des planta­ tions par des e n tr e p r ise s commerciales o cc ide n tale s. Ces changements dans l ' o r g a n i s a t i o n économique ont eu également des répercussions sur le s t a t u t des femmes.

Selon Abgessi ( 1 9 8 1 ) , l e s notions de production marchande monë- t a r i s é e , de production non marchande, de r é p a r t i t i o n du temps entre le t r a v a i l économique e t l e t r a v a i l non économique introduisent une nouvelle sorte de d iv isio n se x u e lle du t r a v a i l e t un changement important dans le s t a t u t de la femme. Peu à peu, c e t t e nouvelle div isio n sexuell e du t r a ­ v a il fe r a que l e champ d ' a c t i v i t é s de l'homme sera directement l i é à l'économie monétaire a l o r s que celui de la femme sera de plus en plus lim it é à l 'a l im e n t a t i o n du groupe domestique.

Cette transformation dans l e s rô le s a l l a i t entra îner entre l'homme e t la femme ce que Abgessi (1981) appelle une d i s p a r i t é économi­ que. En e f f e t , l'homme consacre la majeure p a r t i e de son temps à la cultu re de rente qui e s t entièrement commercialisée. Par conséquent, le s femmes perdront une bonne p a r t i e de le u r pouvoir décisionnel étant donné q u ' e l l e s n'ont plus l e contrôle de la production tant au niveau des moyens de production que de l ' u t i l i s a t i o n des produits:

"L'homme s a l a r i é "c ontrôle" entièrement le s dépenses monétaires; même en l' ab se n ce du mari e t en ajoutant tous l e s travaux de l'homme à ses propres tâches, l a femme n ' e s t que v i r ­ tuellement chef de fa m ille puisqu'un homme, oncle ou ancien e s t chargé de "c o ntrô le r" et de superv iser la bonne marche du groupe domes­ tique. La femme e ff e c t u e seule ou en groupe de femmes la t o t a l i t é des travaux, mais au moment de la commercialisation et de l ' u t i l i ­ sation du revenu monétaire obtenu par sa seule force de t r a v a i l , e l l e devient mineure et n'a plus aucun pouvoir de décision. E l l e e st e x p lo ité e en tant que membre de l ' u n i t é écono­ mique de base que constitue la f a m i l l e . "

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Pour sa p a r t , Ja cq ueline Ki-Zerbo (198 1) remarque que si l'o n considère la phase de production en A friq ue, on constate que le s femmes sont bien inté grées e t on peut dire q u ' e l l e s l e sont p a r f o is plus que le s hommes dans l a mesure où e l l e s ont la r e s p o n s a b i li t é de la production v i v r i è r e en plus de toutes le s corvées q u ' e l l e s assurent à la maison. En ce sens, e l l e s sont t r è s largement intégrée s à l a production, à la maniè­ re, pourrait-on dire des e sc lav e s noirs qui é t a i e n t plus intégrés que leurs maîtres n égrie rs à l a phase de production.

Selon Michel ( 1 9 8 1 ) , dans la période p r é - c a p i t a l i s t e qui se c a r a c t é r i s a i t par 1 'a u t o - s u f f is a n c e au sens où le s gens consommaient ce q u ' i l s produisaient, i l y a v a i t une d iv i s i o n se xu e lle des tâches e t i l n ' e x i s t a i t pas forcément d ' i n é g a l i t é entre l'homme e t la femme, tous deux étant hors du c i r c u i t de l a production marchande.

L'homme a v a i t besoin du t r a v a i l de la femme e t inversément, mais à p a r t i r du moment où l'économie colo n iale i n t r o d u i s i t la monétari­ sa t io n , e l l e eut tendance à véhiculer la conception de la fa m ille bour­ geoise dans la q u e l l e l e gagne-pain e s t le mari. Dans ce nouveau contex­ t e , c ' e s t l'homme seul qui é t a i t placé dans le c i r c u i t de la monétarisa­ tion e t i l devenait, par ce f a i t , v a l o r i s é par rapport à la femme. Cette dernière r e s t a i t dans le secteur non marchand, c ' e s t - à - d i r e confinée aux tâches domestiques en tant que femme au fo y e r. L 'i d é o lo g i e voulant que la femme demeure au foyer a été bien d é c rite par Alzon (1973) dans son exposé sur l a place de la femme dans la fam ille bourgeoise.

Pour i l l u s t r e r l a dé v alorisa tio n dont f a i t l ' o b j e t la femme sur le plan économique dans c e t t e id é o lo g ie , Alzon mentionne que sur le plan strictement f i n a n c i e r , l a femme bourgeoise e s t un p a r a s i t e ; pour repren­ dre le terme de Engels, " une prostituée sp é c i a l e " qui v i t o i s i v e , en p a r t i e de sa fortune "p e rson n e lle ", donc aux dépens de ses parents, en p a r t i e de l ' a c t i v i t é du mari.

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L'au teu r ajoute cependant que la bourgeoise e s t de toutes le s femmes, l a seule qui n ' a i t aucun d r o it de regard sur la gestion du budget f a m i l i a l , entièrement confié au mari, sauf pour le s dépenses courantes. Son pouvoir de décision à l ' i n t é r i e u r du couple e s t pratiquement nul.

Cette conception bourgeoise de la fam ille couplée à l ' i n t r o d u c ­ tion de l a production marchande, comme le soulignent c e rta in s auteurs comme Michel (1974) e t Dinan (1 9 7 7 ), constitue un des t r a i t s c a r a c t é r i s ­ tiques du colonialism e:

"Some w r i t e r s argue that the ideolo gical in­ f i l t r a t i o n of western values and norms into indigenous c ultu res was even more important than actual conquest in t h i s down grading pro­ c e s s . . . Western c o l o n i a l i s t were apparently imbued with Victorian ideas and assumptions about proper male and female r o l e s . . . , th e i r d e f i n i t i o n of female role was that found in t h e i r metropolitan Victorian so ciety of origin and c a r r i e d more limited expectations of fema­ l e p o s s i b i l i t i e s than was behaviouraly true in the s o c i e t i e s being colonised. Such a d e f i n i ­ tion concentrated l a r g e l y on domestic and so­ c i a l rat her or economic and p o l i t i c r o l e s . "

(Dinan, 1977, p. 46)

Même si la femme a f r i c a i n e continue à être respectée en tant que p r o c r é a t r i c e , Michel (1981) constate q u ' e l l e n ' e s t plus v a lo r i s é e en tant que produ ctrice, puisqu'on lui a occulté sa production en at tribu an t des revenus monétaires uniquement à son mari. Ceci provoque une aggrava­ tion de l ' i n é g a l i t é se xu e ll e dans l e couple et un profond changement dans l e s r e la t i o n s du couple.

Vidal (19 7 7 ), dans son étude i n t i t u l é e Guerre des sexes à Abidjan, tente de dé c rire le s rapports entre le s hommes et le s femmes, q u ' e l l e q u a l i f i e de guerre permanente. De c e tte étude, i l r e s s o r t que nombreuses sont le s ivo irie n n es qui t r a v a i l l e n t à l ' e x t é r i e u r (ce sont

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principalement des campagnardes ou de nouvelles c ita d in e s ) et qui possèdent peu ou pas de s c o l a r i t é . Leur f a i b l e niveau d 'i n s t r u c t i o n les maintient dans des tâches pénibles e t mal rémunérées: c e l l e s d'ou vrières non q u a l i f i é e s ou de commerçantes confinées bien souvent au p e t i t négoce.

D'après l e s enquêtes de Vidal, l e marché du t r a v a i l rémunéré a t t i r e surtout des femmes mariées e t des mères de fa m i l l e . E l l e s n'ont guère d ' i n s t r u c t i o n ou de diplôme qui le u r g a r a n t i r a i t un emploi c orrec­ tement rémunéré. E l l e s a r r i v e n t donc en position de f a i b l e s s e sur un marché du t r a v a i l où i l e x i s t e , de s u r c r o î t , une fo r t e discrimination s e x u e ll e . Pour c e l l e s qui sont en v i l l e , une séparation ou un divorce avec l e mari le s l a i s s e i s o l é e s , démunies, e l l e s et leurs enfants. La lo i ne l e s protège pas, car la plupart des unions, constate Vidal, repo­

sent sur l'union coutumière ou l e simple concubinage qui n ' e s t pas régi par la lo i i v o i r i e n n e . Les femmes n'ont aucun g ren ie r, aucune réserve pour l e s moments d i f f i c i l e s .

Tout au long de l ' é t u d e de Vidal, on remarque que certa ines femmes mariées t r a v a i l l e n t pour nourrir le urs enfants (ce qui représente l ' é q u i v a l e n t de le u r production v i v r i è r e au v i l l a g e ) mais qu'en plus, e l l e s doivent donner au mari la part de leurs s a l a i r e s ou le urs revenus q u ' e l l e s n'ont pas dépensée pour la maison, part dont leur mari d é fi n i r a l ' u s a g e , s o i t en finançant la s c o l a r i t é des en fants, s o i t en payant le l o y e r , s o i t en f a i s a n t des investissements d iv e r s:

"On comprend que dans ces conditions le s fem­ mes d'Abidjan qui subissent c ette double ex­ p l o i t a t i o n so ient tentées de dénoncer leur mari comme l'ennemi principal et non pas le système lui-même."

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Le groupe que Vidal a défini comme étant des mères s a l a r i é s e t peu ou pas s c o l a r i s é e s constitue celui que Alzon a p p e l l e r a i t le s "bonni- ches".

Il e x i s t e aussi en Afrique une a c t i v i t é que le s femmes ont su se réserver e t qui le u r procure des revenus, c ' e s t le commerce. Mais selon Sow (19 7 2 ), l a sit u a t i o n des commerçantes au sud du Sahara varie considérablement selon la nature et l'importance du commerce auquel e l l e s se l i v r e n t . A i n s i , l e s femmes Lébou des marchés de Dakar (Sénégal), l o r s q u ' e l l e s a r r i v e n t à accumuler un pécule important sont désemparées par l ' é c r a n que dresse devant e l l e s l ' a p p a r e i l a d m i n i s t r a t i f et économi­ que. L'usage e x c l u s i f du fr a n ç a i s dans l ' a p p a r e i l bancaire ou postal leur ferme l e s portes du monde des a f f a i r e s . E l l e s ne peuvent u t i l i s e r le u r avoir l e plus rationnellement possible faute d ' i n s t r u c t i o n .

L o r s q u 'e l l e s sont i n s t r u i t e s , Vidal a constaté que le s femmes d'Abidjan tiennent à exercer un métier qui assure leur indépendance éco­ nomique. Ne pas dépendre d'un homme é t a i t le le itm o tiv qui r e s s o r t a i t des en tr etien s menés par Vidal avec des femmes qui exercent une p r o fe s­ sion d'un c e rta in niveau.

En e f f e t , i l e x i s t e des enjeux qui s 'a t t a c h e n t à ce d é sir d'au ­ tonomie m a t é r i e l l e . Avant tout, ne pas se trouver dépourvue de moyens de défense face aux exigences masculines:

"Lorsque le s bourgeois ( i v o i r i e n s ) d'aisan ce moyenne sont plus âgés, i l s préfèrent des épouses quasiment i l l e t t r é e s : e l l e s acceptent mieux le u r condition de domestiques, se mon­ tr e n t soumises. Quand i l s sont plus jeunes e t plus éduqués, i l s recherchent des femmes i n s t r u i t e s , mieux à même de gérer un logement moderne, d ' é l e v e r des enfants dans l'h y g i è n e . Bien souvent i l s souhaitent q u ' e l l e s ne t r a ­ v a i l l e n t pas. Comment ces hommes pourraient- i l s concevoir des r e la ti o n s é g a l i t a i r e s avec le u rs femmes."

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Alzon (1973) d i r a i t de ce genre de couple que l ' e x p l o i t é , c ' e s t l'homme. Mais vue sous un autre aspect, c e tte e x p lo ita tio n subie par l'homme l ' e s t aussi aux dépens de la femme. E l l e ne f a i t que percevoir ce que son mari veut bien lu i donner comme argent. La femme ne pourra prendre de décisions que lorsque son mari l e jugera bon, car e l l e n'a aucun pouvoir sur le revenu de son mari. Au dire d'Alzon, e l l e e s t

domi née.

On a remarqué que, dans l' é t u d e de Vidal, l e s femmes qui perce­ vaient un revenu e t qui n 'a v a i e n t ni de pouvoir de gestion sur ce revenu, ni un pouvoir décisionnel dans le couple, é t a i e n t des femmes faiblement s c o l a r i s é e s . Ce sont c e l l e s que Alzon considère comme e x p lo i t é e s .

3. Défin it ion du problème

L ' o b j e c t i f sp é c ifiq u e de notre recherche consist e à évaluer l'im p ac t de l'é d u ca tio n sur l e pouvoir décisionnel de la femme mariée en Côte d ' i v o i r e . Par éducation nous entendons s c o l a r i s a t i o n , éducation formelle acquise par le s femmes.

Le but de ce p r o j e t de recherche e s t double. Premièrement, i l se propose de v o ir dans que lle mesure la s c o l a r i s a t i o n des femmes peut modifier le u r pouvoir au niveau du couple, pouvoir défini par leur p a r t i ­ cipation à c e r ta in e s a c t i v i t é s économiques dans le couple. En d'a utres termes, i l s ' a g i t de déterminer le degré d'im plication des femmes dans l e s dépenses du couple. Deuxièmement, c ette étude des e f f e t s de l'é d u c a ­ tion sur l e s t a t u t de la femme mariée en Côte d ' i v o i r e constitue aussi une évaluation p a r t i e l l e de la place de la femme dans la production i v o i ­ rienne ou du rôle que le s femmes jouent dans le s d i f f é r e n t s secteurs socio-économiques en Côte d ' i v o i r e . Ce double o b j e c t i f va nous permettre de v é r i f i e r jusq u 'à quel point le niveau de s c o l a r i t é influence le st a t u t économique des femmes: nous savons, en e f f e t , que l ' é c o l e e st considérée

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de nos jo u rs comme un moyen p r i v i l é g i é pouvant g a r a n t ir aux femmes une place dans l a production marchande.

En plus de r a f f e r m i r le pouvoir des femmes a f r i c a i n e s sur le plan de l'économie, l e processus de s c o l a r i s a t i o n peut changer leur men­ t a l i t é e t le u r fo u r n ir des modèles c u l t u r e l s renforçant l'image de la femme a f r i c a i n e qui v o i t -à l a gestion de son propre revenu e t de celui de l a f a m i l l e . Cette propositio n, que nous aurons à démontrer, repose sur une approche théorique l a i s s a n t entendre que l e système é d u c atif transmet des valeu rs e t des modèles c u l t u r e l s qui n'a ssuren t pas uniquement une reproduction s o c i a l e mais qui peuvent également f a i r e p a r t i e d'un proces­ sus de changements sociaux.

En e f f e t Jean Anyon (19 8 3), dans son a r t i c l e "Social Class and School Knowledge", nous démontre que s ' i l e x i s t e au sein du système édu­ c a t i f une fonction de reproduction, en ce sens que le système éd u c atif contribue à l é g i t i m e r , à maintenir et à renforcer le s idéologies des systèmes p o li t i q u e s e t économiques e x i s t a n t s , d'au tre part l ' é c o l e se présente a u s s i , sous un autre aspect, au sens où le système s c o l a i r e c o n t r i b u e r a i t à l a transformation des i d é o lo g ie s. Selon Anyon, le chan­ gement social e f f e c t u é à l ' é c o l e c o n s t i t u e r a i t l'u n des plus importants buts du système s c o l a i r e .

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CHAPITRE I I

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P lu sie u r s recherches ont été f a i t e s , concernant l e pouvoir décisionnel de l a femme dans l e couple en fonction de son revenu, de son s t a t u t professionnel ou de son niveau de s c o l a r i t é , Ces recherches ont été menées notamment en Amérique du Nord, en Europe, en Asie et en A f r i ­ que.

1 . Recherches f a i t e s dans l e s pays i n d u s t r i a l i s é s

En Amérique du Nord, K l i g e r (1954) a conduit une recherche aux Etats-Unis sur la r e l a t i o n entre l e s t a t u t professionnel de la femme et l a r é p a r t i t i o n du pouvoir de décision dans le couple. Cet auteur consta­ te que la mère t r a v a i l l e u s e à l ' e x t é r i e u r exerce une influence plus gran­ de que l a mère au foyer dans l e s domaines suiv ants: l e s achats, l e s déci­ sions de p r ê t s , d'assu ran c es, l e s investissements d iv e r s. Ces mêmes const at at ions ont été f a i t e s , toujours aux État s-U nis, Johannis et R o llin s en 1959.

Blood et Wolfe (1960) ont trouvé de le u r côté que, dans toutes l e s cat é g o r ie s s o c i o - p r o f e s s i o n n e l l e s , l e pouvoir du mari diminue a lo r s que celu i de l a femme augmente quand c e l l e - c i t r a v a i l l e à l ' e x t é r i e u r . I l s postulent que l a p a r t i c i p a t i o n de la femme au marché du t r a v a i l lui donne une compétence dans l e s a f f a i r e s qui se r e f l è t e dans la gestion du budget f a m i l i a l e t dans l e s p r i s e s de décisions f i n a n c i è r e s .

Les r é s u l t a t s de le u r enquête révélè ren t que l ' a u t o r i t é du mari dans l e couple s ' é l e v a i t avec son niveau d'éducation, son s a l a i r e et sa q u a l i f i c a t i o n p r o f e s s i o n n e lle . Les v a r ia b le s de l ' a u t o r i t é de la femme é t a i e n t l e s mêmes que c e l l e s du mari, en p a r t i c u l i e r quand c e l l e - c i exer­ ç a i t une a c t i v i t é p r o fe s s i o n n e lle .

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Ces mêmes au teurs, Blood et Wolfe, sont à l ' o r g i n e de la formu­ la ti o n de la "théorie des ressources" pour expliquer la source du pouvoir dans l e s f a m i l le s américaines. Pour eux l ' e x p l i c a t i o n économique de la source du pouvoir e s t fonction des ressources. I l s soutiennent que l ' a ­ vantage sur l e plan de la décision app ar tient à celu i qui apporte le plus de ressources dans l e couple.

L'éd uca tion, l a q u a l i f i c a t i o n pro fe ss io n n e lle et un s a l a i r e élevé c onst ituent des avantages considérables dans le s t r a c t a t i o n s entre con jo in ts. C ' e s t pourquoi l e s maris américains de s t a t u t socio-économi­ que élevé ont plus d ' a u t o r i t é que l e s maris o u v r i e r s , et le s femmes qui t r a v a i l l e n t à l ' e x t é r i e u r ont plus d ' a u t o r i t é que c e l l e s qui re ste n t au fo y e r.

Les mêmes recherches e ff e c t u é e s dans le s pays européens indus­ t r i a l i s é s (Belgique, Allemagne de l'O u e st, France) révèlent des r é s u l t a t s identiques.

En Belgique, Debie, Dobbelaere, Leplae et Piel (1968) ont f a i t une étude sur 514 fa m i l l e s urbaines de Louvain d iv isé e s en t r o i s grands groupes où l' o n retrouve:

1 - Des femmes au fo yer

2- Des femmes qui t r a v a i l l e n t à l ' e x t é r i e u r moins de 6 heures par jo u r

3- Des femmes qui t r a v a i l l e n t à l ' e x t é r i e u r plus de 6 heures par jou r.

Leurs r é s u l t a t s montrent que le s femmes de Louvain qui t r a v a i l ­ le n t à l ' e x t é r i e u r ont plus de pouvoir que le s femmes au foy er.

En Allemagne de l'O u e st, Lupri (1969) en plus d 'a v o i r f a i t le s mêmes c o n st a t a t io n s, a montré que la d iffé re n c e concernant la plus grande a u t o r i t é des femmes t r a v a i l l e u s e s à l ' e x t é r i e u r , se maintenait quand on

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c o n t r ô l a i t l e s v a r i a b le s suivante s: l e revenu du mari, la c la s s e so c i a le e t l a profess ion du mari. Autrement d i t , à revenu é g a l , à c l a s s e s o c i a le égale e t à profession é g a le , l e s épouses ayant une a c t i v i t é pro fe ss io n ­ n e lle rémunérée ont notablement plus de pouvoir dans l e couple que le s épouses au fo y e r .

t a t s de sa recherche e f f e c t u é e en 1 9 5 1 , que non seulement la femme sans profession n'a pas plus d ' a u t o r i t é que la femme qui exerce une profession rémunérée, mais q u ' e l l e su b it une i n f é r i o r i t é à l ' é g a r d du mari dans la v ie publique e t s o c i a l e e t également dans l a v ie privée e t f a m i l i a l e .

Michel portant sur l ' a c t i v i t é p r o fe ss io n n e lle de la femme e t vie conju­ gale (1974) nous donne des renseignements analogues aux r é s u l t a t s des recherches américaines e t européennes.

dans l e couple e t s t a t u t professionnel de la femme" où ont été rassem­ blées des données auprès de 450 f a m i l le s parisiennes e t 100 fa m i l le s b o r d e la i s e s , l ' a u t e u r e a mis en évidence que l e t r a v a i l non s a l a r i é de la femme, q u ' i l s ' e x e r c e à l ' i n t é r i e u r du foyer (aides f a m i l i a l e s ) ou à l ' e x t é r i e u r (personnes non s a l a r i é e s , t r a v a i l l a n t dans l ' e n t r e p r i s e fami­ l i a l e ) ne s'accompagne d'aucune amélioration du s t a t u t de la femme dans l e pouvoir de décisio n, car comme l e d i t Michel en f a i s a n t référence à Engels, c ' e s t la dépendance économique de la femme par rapport au mari qui détermine sa dépendance t o t a l e par rapport à c e l u i - c i . D'où l a p r i ­ mauté de l ' a s p e c t économique.

décision conjugale, l'o b t e n t io n d'une c erta ine indépendance économique, par l e b i a i s d'un s a l a i r e qui e s t versé à son nom, semble donc une condi­ tion qui puisse g a r a n t ir à l a femme une meilleure po sit io n. Michel f a i t a l lu s i o n à la thé orie des ressources pour expliquer ce r é s u l t a t .

En France, P i e r r e de Fougeyrollas a conclu, d'après le s r é s u

l-D'autres r é s u l t a t s d'une enquête fr a n ç a ise eff e ctu é e par Andrée

En e f f e t , dans un des chapitres i n t i t u l é "pouvoir de décision

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De plu s, e l l e met en évidence l e f a i t que le pouvoir du mari augmente d'auta nt plus que son s a l a i r e s ' é l è v e e t diminue d'autant plus que l e niveau d ' i n s t r u c t i o n de l a femme augmente, ce dont rend compte parfaitement la théorie des ressources.

Comme conclusion à c e tt e p a r t i e de sa recherche portant sur le pouvoir décisionnel de l a femme e t son s t a t u t p ro fe ssion n e l, Michel nous trac e l e p r o f i l de l ' a u t o r i t é r e sp e c tiv e du mari e t de la femme dans le couple, en fonction du s t a t u t professionnel de la femme. Pour c e l a , l' a u t e u r e émet l'hy pothèse que l e t r a v a i l de la femme, quel q u ' i l s o i t , n ' e s t pas l i é uniformément à une augmentation de son pouvoir dans tous l e s types de décisions du couple e t dans toutes le s p ro fe ssion s. C ' e s t à tr a v e r s dix types de décisions (décisions concernant le s vacances, le t r a v a i l de la femme, l e s dépenses mensuelles, l a profession du mari, le choix des amis, l e s a p p a r e ils ménagers, l'a m é li o r a t i o n du logement, le choix de l a maison, l e s enfants et le s le c t u r e s ) que Michel a c la s s é le s femmes en fonction de le u r a u t o r i t é dans le couple.

De l à , Michel a dégagé que le s commerçantes et le s art isa n e s forment l e groupe ayant l e moins de pouvoir parce q u ' e l l e s ne touchent pas de s a l a i r e s i n d i v i d u e l s , ensuite viennent l e s femmes au foyer dont le pouvoir de décision e s t c a r a c t é r i s é par des décisions qui sont reconnues comme r e s s o r t i s s a n t de le u r rôle traditionnel au fo y e r , puis le s femmes o u v riè r e s, l e s femmes employées et enfin le s femmes cadres.

En tenant compte du degré d 'i n s t r u c t i o n de ces femmes, Michel nous f a i t remarquer qu'à é g a l i t é d ' i n s t r u c t i o n , l e s femmes s a l a r i é e s ont plus de pouvoir que l e s femmes au fo y er. La thé orie des ressources e st de nouveau confirmée puisque, d'après le s r é s u l t a t s , en hiérarchisa nt les groupes de femmes en fonction de leur niveau d 'i n s t r u c t i o n et par rapport à le u r degré d 'a u t o r i t é dans l e couple. Michel mentionne que la femme qui a plus d 'i n s t r u c t i o n que le mari a, en général, le plus d ' a u t o r i t é , s u i v i e par c e l l e qui a une in struction égale à c e l l e de son mari, et enfin par c e l l e qui a un niveau d 'i n s t r u c t i o n plus bas que celui de son mari.

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Une étude f a i t e en France par Claude Roux (1970) sur le s femmes mariées et l ' a c t i v i t é p r o fe s s io n n e lle r évèle que l ' é l é v a t i o n du niveau d 'i n s t r u c t i o n des femmes constitue leur c a p it a l le plus précieux. L'ob­ tention d'un diplôme supérieur au diplôme d'études c o l l é g i a l e s le u r per­ met d ' a f f r o n t e r le mariage e t l a fa m ille dans de biens meilleures condi­ tions que l o r s q u ' e l l e s sont moins i n s t r u i t e s .

2. Recherches e f f e c t u é e s dans l e s pays non i n d u s t r i a l i s é s

Parallèlement aux recherches e ff e c t u é e s dans le s pays indus­ t r i a l i s é s , d 'a u t r e s études ont été e ff e c t u é e s dans le s pays non indus­ t r i a l i s é s . L'une a été r é a l i s é e par l a Banque Mondiale en 1983 au Népal. Cette recherche nous montre comment l e s d i f f é r e n t s facteurs socio-écono­ miques, c u l t u r e l s e t démographiques a f f e c t e n t l'étendue e t la structu re de la p a r t i c i p a t io n économique de l a femme, et l'im p a c t de c e tte p a r t i c i ­ pation sur l e s décisions dans l e couple.

Malgré le s é c a r t s en termes d'années e t de diffé re n c e s au niveau so c io - c u lt u r e l qui e x i s t e n t entre c e tte recherche et c e l l e s précé­ demment mentionnées, on remarque que l e s r é s u l t a t s demeurent concordants. En e f f e t , l e s chercheures Acharya e t Bennet (1983) ont mis en évidence que:

- l ' i m p l i c a t i o n des femmes sur l e marché du t r a v a i l rémunéré le u r donne un plus grand pouvoir dans le couple concernant leur apport dans le s d i f f é r e n t s aspects de la p r i s e de décision;

- l e confinement des femmes aux travaux domestiques et à la culture de subsistance réduit le u r pouvoir v i s - à - v i s leur mari.

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22

Il r e s s o r t de le u r s recherches deux e x p l i c a t i o n s . D'abord, le s femmes qui sont sur l e marché du t r a v a i l rémunéré apportent une contribu­ tion mesurable au revenu du couple e t e l l e s demeurent plus su sceptibles de c on trôle r le u rs propres biens, a l o r s que l e s femmes au foyer qui pra­ tiquent l a cultu re de subsistance non-commercialisable, t r a v a i l l e n t sur des t e r r e s contrôlées par l'homme, le chef de fa m i l l e .

Une autre recherche f a i t e par Chapman Smock (198 1) sur l ' é d u c a ­ tion des femmes dans l e s pays en développement (son étude e s t basée sur cinq pays qui sont: l e Mexique, l e Ghana, l e Kenya, le Pakistan et le s P hilipp ines) nous fo u r n i t des données sur l e s fa cteu rs qui influencent l ' a c c è s des femmes à l'é d u c a tio n formelle et le s e f f e t s de l ' a c c r o i s s e ­ ment de l'é d u ca tio n dans l e s secteurs modernes des pays n o n - i n d u s t r i a li - sé s.

La p a r t i e qui nous in t é r e s s e dans son étude t r a i t e du rapport entre l ' a c c è s des femmes à l'é d u c a tio n e t le u rs rô le s à l ' i n t é r i e u r de la f a m i l l e . L'au teure émet plusieu rs hypothèses, mais nous ne retiendrons que c e l l e - c i : plus l ' a c c è s à l'é d u ca tio n des femmes s ' é l è v e , plus cela renforce le u r implication dans le processus de p r i s e de décision au sein du couple au sens où c e la le u r permet de p a r t i c i p e r dans une grande mesu­ re aux types de décisions e t d'e x e r c e r plus d 'in f lu e n c e .

La banque de données de l ' I n s t i t u t Mexicain des Etudes So c iale s (1974) confirme l e f a i t que l e pouvoir décisionnel partagé dans le couple augmente proportionnellement avec l'édu catio n de la femme. Les femmes de niveau s c o l a i r e primaire ont tendance à partager l e pouvoir de décision dans quatre sphères ou moins; à un niveau intermédiaire de s c o l a r i t é , l ' i m p l i c a t i o n des femmes devient plus grande et se concrétise au niveau de t r o i s à huit types de décisions p r i s e s conjointement avec le mari. Quant aux femmes ayant une s c o l a r i t é plus é le v é e , l e partage se f a i t au niveau de sept à douze types de décisions (Elu De Lefîero, Maria Carmen, 1974).

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Oppong (1 97 4), dans une recherche e ffe ctu é e au Ghana sur le s fonctionnaires Akan e t le u rs conjointes a trouvé que, lorsque le niveau de s c o l a r i t é du mari é t a i t supérieur à celui de l 'é p o u s e , l e couple pré­ s e n t a i t des r e l a t i o n s où c ' e s t l e mari qui domine, a lo r s qu'une plus grande é g a l i t é au niveau de la s c o l a r i t é du mari et de la femme donnait un modèle de pouvoir de décision plus é q u i l i b r é . Les femmes u n i v e r s i t a i ­ res par exemple, étant plus aptes à r i v a l i s e r avec l e s ressources éduca- t i o n n e ll e s e t économiques de leu rs maris u n i v e r s i t a i r e s , pouvaient av oir un plus grand rôle dans l e pouvoir de décision dans le couple.

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CHAPITRE I I I

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Les e f f e t s de la s c o l a r i s a t i o n sur la s it u a tio n économique des femmes ont f a i t l ' o b j e t de plusieu rs recherches. Ces recherches ont été e ff e c t u é e s e t in te r p r é té e s sur la base d'un courant de pensée qui e s t le fonctionnalisme. Selon John Scanzoni (1980), nombreux sont le s so c i o l o ­ gues de l a fa m i l le qui ont été influencés par l e s théo ries fonctionnai i s - tes pour expliq uer l e s rapports entre l'homme e t la femme dans le couple. Une autre e x p li c a t i o n de ces rapports provient du courant de pensée mar­ x i s t e . Nous exposerons successivement ces deux approches théoriques permettant de comprendre l a r é p a r t i t i o n du pouvoir de décision dans le couple.

1 . Théories f o n c t i o n n a i i s t e s

Pour l e s fonctionnai i s t e s , l e mariage e s t une union dans l a ­ que lle le s parten aires sont d'accord pour reconnaître que c ' e s t l'homme qui e s t l e chef de f a m i l l e . La plupart des sociologues de la f a m i l l e , au dire de Scanzoni, u t i l i s e des termes propres aux fo n c t io n n a iis te s pour d é f i n i r l a f a m i l l e : c ' e s t un l i e u de s t a b i l i t é , d'harmonie. Pour eux, la f a m i l le e s t un système où l e s hommes, le s femmes et le s enfants sont en harmonie à le u r place r e s p e c t i v e .

Scanzoni c i t e P i t t s (1964) pour qui l ' e x i s t e n c e d'un c o n f l i t de pouvoir dans l e couple peut ê t r e é v i t é e si chacun respecte son r ô l e , c ' e s t - à - d i r e l'homme, pourvoyeur économique de la fa m i l l e , et l a femme, maîtresse de maison, respectant son rô le d'épouse.

Les théories fo n c t i o n n a i i s t e s i d e n t i f i e n t la source du pouvoir mâle au niveau de la p a r t i c i p a t i o n de l'homme dans la communauté, plus particulièrement dans la sphère économique, e t c e l l e de la femme au n i ­ veau de l a p a r t i c i p a t i o n dans l a sphère domestique.

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Ces théories justifient les rapports entre l'homme et la femme comme étant fonctionnels et contribuant à maintenir en place le système et à en préserver la stabilité. Pour eux, l'homme est celui qui est orienté vers le travail ("task-oriented"), alors que la ferme serait orientée vers les personnes ("person oriented"). C'est cela, selon eux, qui légitime l'autorité de l'homme. Puisque la femme est exclue de la sphère économique, elle doit nécessairement être soumise. Comme le sou l i g n e Scanzoni,

"...the functionalist approach toward analys­ ing familial power is grossly circular and is combined with a view of social order that is essentially static... In short, because she is a female, she is person-oriented, because she is person-oriented she is subordinate, because she is subordinate there is order, because there is order younger females learn to be person-oriented and males learn to be task- oriented and so the cycle continues."

(Scanzoni, 1975, p. 67)

A ces concepts de stabilité, d'harmonie pour expliquer les rapports entre l'homme et la femme dans le couple, s'ajoute la théorie des ressources développée par Blood et Wolfe (1960).

Pour eux, le pouvoir au sein du couple n'est pas du tout basé sur des notions patriarcales mais sur des ressources comparatives. Ils postulent que le pouvoir du mari et de la femme varie de manière positive en fonction des ressources de chacun, sur le plan socio-économique. Les variables que ces auteurs ont utilisées pour mesurer le pouvoir sont l'éducation, le revenu et le statut professionnel.

En résumé, on peut dire que le pouvoir dans le couple est in­ fluencé par les ressources comparatives du mari et de la femme et par leurs attentes culturelles concernant la distribution du pouvoir dans le couple.

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Partant de là, on peut dire que les fonctionnaiistes définis­ sent le pouvoir au sein du couple comme une relation bien structurée. Pour eux, le comportement de chacun des partenaires est dicté selon des normes sociales.

Le concept de pouvoir implique également l'habileté d'une per­ sonne à changer le comportement d'un autre individu dans un système social donné (Cromwell et David 1975). Cette définition suppose que le concept de pouvoir comporte non seulement une dimension de changement, mais aussi une de statu quo.

Les théories fonctionnaiistes, à travers leurs explications, normalisent la supériorité de l'homme. Même en introduisant la théorie des ressources, les fonctionnaiistes ne remettent pas en question les rapports inégaux dans le couple.

Selon le dictionnaire Robert, le patriarcat se définit comme une forme de famille fondée sur la parenté par les mâles et sur la puis­ sance paternelle; la structure et l'organisation sociale sont fondées sur la famille patriarcale.

2. Théories marxistes

En examinant le cadre théorique dont s'inspire chacun des prin­ cipaux courants: marxisme, psychanalyse, existentialisme, féminisme révo­ lutionnaire, Nicole Laurin-Frenette (1978) fait ressortir que chaque pro­ blématique semble privilégier une dimension de la condition féminine soit les dimensions économique, biologique ou idéologique.

Compte tenu des objectifs et des limites de notre étude, nous ne retiendrons ici que l'aspect économique de la condition féminine en analysant la perspective développée par Engels.

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Pour Engels, l'exploitation des femmes, tout comme l'exploita­ tion de la classe ouvrière est fondée sur les rapports de production. Il part du postulat matérialiste que les institutions économiques, sociales, politiques d'une société, à une période donnée de son développement, représentent toujours l'ensemble des manières dont les membres de cette société produisent et reproduisent leur existence

matérielle.-Pour Engels, la famille patriarcale et l'État, qui représentent respectivement l'appareil d'oppression des femmes et l'appareil d'oppres­ sion des classes, ont leur source dans la propriété privée née de la division du travail dans la production sociale. Pour lui, la fin de l'oppression des femmes coïncide avec l'abolition de la société divisée en classes. L'oppression des femmes selon Engels est fondamentalement un problème économique qui a sa solution dans la société industrielle socia- 1 iste.

Nicole Laurin-Frenette (1974), dans son article sur "La libéra­ tion des femmes", fait une critique de la théorie de l'origine de la famille, et des transformations de la famille selon Engels. L'auteure nous présente dans sa critique deux autres dimensions de la reproduction sociale dont Engels n'aurait pas tenu compte: la reproduction de la force de travail par le travail domestique des femmes et la reproduction psychique des agents par -la structure autoritaire et hiérarchique de la famille. Selon Laurin-Frenette, la reproduction idéologique est repré­ sentée par la formation de la personnalité qui se fait à l'intérieur de la cellule familiale.

"La suprématie de l'homme et l'asservissement de la femme trouvent une de leurs raisons d'ê­ tre les plus importantes dans cette fonction "éducative" de la famille qui consiste à offrir au futur agent de production un milieu d'ap­ prentissage de la société de classes, c'est-à- dire, de la domination et de l'exploitation auxquelles il devra plus tard se soumettre et consentir et qu'il devra reproduire à son tour."

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Laurin-Frenette est du même avis qu'Engels lorsqu'il dit que l'oppression des femmes est fonction de leur place dans la production. Mais là où les deux auteurs diffèrent, c'est lorsque Engels ramène l'op­ pression de la femme et l'ensemble des institutions patriarcales à une seule cause d'ordre économique.

C'est à partir de cette distinction que l'on verra une division au sein de la théorie marxiste. En effet, selon Laurin-Frenette, dans les années soixante-dix, tout un courant de la recherche sur les femmes, inspiré du marxisme, en est venu à refuser l'impérialisme théorique mâle des classes et des rapports de production. Une problématique nouvelle s'est construite, dite féministe et matérialiste, applicable à l'étude du travail domestique, de la famille, de l'État et du mouvement des femmes.

Nicole-Edith Thévenin dans Féminisme et marxisme (1980) nous apprend que le féminisme a su s'emparer des instruments théoriques du marxisme pour forger en même temps ses propres analyses:

"Il y a donc pour nous (féministes marxistes) une nécessité de repenser le marxisme (non pour l'éliminer, mais pour l 'approfondir et le bou­ leverser par des analyses qu'il n'a pas menées) par la théorie du patriarcat apportée par le féminisme."

(Thévenin, 1980, p. 21)

Le livre de Annette Kuhn et Ann Marie Wolpe Feminism and Mate­ rial ism (1978) rejoint les idées de Frenette (1974) et de Thévenin

(1980). Selon ces deux auteures, le problème des femmes ne peut pas s'expliquer seulement en termes de mode de production. Le système patriarcal joue également dans les rapports entre hommes et femmes. Ces auteures constatent que le patriarcat doit être analysé comme une struc­ ture relativement autonome du mode de production. C'est en quelque sorte

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une critique des analyses tant fonctionnaiistes que marxistes de la situation économique de la femme qu'ont fait Kuhn et Wolpe. Dans leur perception des choses, on ne saurait dissocier le patriarcat de la divi­ sion sexuelle du travail.

Kuhn et Wolpe définissent le patriarcat.comme étant une struc­ ture écrite dans les expressions de la division sexuelle- du travail où l'homme s'approprie les moyens de production, et où la famille ou le couple savent que c'est l'homme qui peut s'approprier le travail et la personne de la femme.

Selon les auteures, les structures patriarcales ont leurs raci­ nes dans l'histoire mais non dans les modes de production. Ces structu­ res sont effectives dans des modes de production particuliers. En pre­ nant comme exemple le capitalisme, Kuhn et Wolpe soutiennent que la famille est l'endroit par excellence, où les structures patriarcales et le capital opèrent. En plus d'être un appareil idéologique d'État, la famille est, selon Kuhn et Wolpe, le lieu de promotion de l'idéologie patriarcale fonctionne à merveille.

Claude Alzon, dans son livre La femme potiche et la femme bon- niche (1973) fait allusion au système patriarcal et au système capitalis­ te pour expliquer les rapports existants entre les hommes et les femmes:

"Le patriarcat, avec l 'égoïsme masculin et le capitalisme, avec son intérêt de classe se sont conjugués contre la femme, ne lui laissant qu'un lot de consolation."

Figure

Tableau  3 1 :   Analyse  de  l a  variance  entre  l e  pouvoir  de décision  de  l a   femme  e t   sa  force de  t r a v a i l
Figure  1 :  Modèle  d'analyse
Tableau  1:  Répartition  des  femmes  selon  la  scolarisation
Tableau  3:  Répartition  des  femmes  selon  le  niveau  de  scolarité
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