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Plano Operacional de Turismo do Alto Alentejo

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Anexo 1 | Contextualização

5. O Enquadramento nos Instrumentos de Gestão Territorial

5.8. Plano Operacional de Turismo do Alto Alentejo

Entendeu a CIMAA realizar um POTAA, cuja missão foi definir a melhor estratégia de base turística para esta região no período compreendido entre os anos de 2014-2020. Para esse efeito desenvolveu-se uma proposta programática efetuada com base no diagnóstico prospetivo do território e no posicionamento do turismo do Alto Alentejo.

A autora integrou a equipa da CIMAA que estabeleceu pontes com os interlocutores municipais, por forma a assegurar o conveniente desenrolar do processo e a respetiva aplicação do plano de ação.

O documento lançou algumas questões: como está organizado o território?

Quais as principais dinâmicas territoriais existentes que podem contribuir para o seu desenvolvimento turístico? O que diferencia o Alto Alentejo no contexto regional? E como se enquadra este território nos planos territoriais e sectoriais existentes?

As respostas a estas perguntas surgiram ao longo do desenvolvimento do plano, embora de forma sintética possamos referenciar que:

A ausência de crescimento nas últimas duas décadas permitiu, hoje, ter recursos naturais e culturais preservados capazes de, turisticamente serem sustentáveis e de estimularem uma região envelhecida, despovoada, mas com identidade e singularidades merecedoras do maior reconhecimento internacional!

187 Com efeito, o Alto Alentejo apresenta paisagens diferenciadoras com um mosaico paisagístico singular, de extrema biodiversidade reforçada, também, pela área correspondente ao Parque Natural da Serra de São Mamede e pelas bacias dos rios Tejo e Guadiana.

É uma região que goza de uma boa reputação de segurança, que dispõe de uma boa rede de equipamentos escolares e de acessibilidades que estimulam a coesão territorial, aproximando as cidades, as vilas e as aldeias e reforçando o diálogo e a deambulação entre as comunidades locais, os visitantes e as suas paisagens.

Nos planos territoriais e sectoriais o Alto Alentejo é destacado pela diversidade do seu património natural, arquitetónico, megalítico.

Podemos também referir que, enquanto por um lado a proposta programática deste plano estratégico apresentou as ações consideradas mais adequadas, em função do seu impacto estratégico no turismo e da sua viabilidade para os agentes turísticos, por outro lado, o respetivo plano de ação indicava três metas essenciais para o território, em geral e, em particular, para esta Comunidade Intermunicipal:

a. Mobilizar os agentes e a comunidade local para a valorização dos recursos, envolvendo-os em ações de sensibilização e de brainstorming;

b. Estruturar a oferta turística e articular os agentes turísticos, numa estratégia concertada e adaptada às potencialidades do território;

c. Promover progressivamente os produtos turísticos estratégicos do Alto Alentejo.

Para aumentar a eficácia desta estratégia, o desenvolvimento do Plano baseou-se em três objetivos específicos:

I. Criar redes de agentes turísticos e outros, públicos e privados, com vista à estruturação de produtos turísticos no Alto Alentejo;

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II. Capacitar o Alto Alentejo, nomeadamente a CIMAA, com competências para a gestão de produto (referindo-se em concreto para a Rede de Percursos AFN);

III. Congregar outras iniciativas individuais de agentes locais, públicos ou privados, com vista a reforçar uma estratégia de desenvolvimento turístico do Alto Alentejo, no sentido de capacitar o território e as suas populações, com negócios coletivos geradores de riqueza, assentes na conservação da natureza, na visitação, na promoção, na animação e capacitação turística.

A elaboração do seu Plano de Ação considerou ainda a coordenação de esforços e decisões entre os diferentes agentes (públicos, privados e público-privados), sendo que, as ações estruturantes que contribuem de forma direta para a prossecução dos objetivos do POTAA, foram identificadas como sendo, total ou parcialmente, da responsabilidade da CIMAA.

Neste instrumento operacional, o turismo surge como uma estratégia de desenvolvimento económico, social e cultural do Alto Alentejo contribuindo para a atração de investimento, para a geração de rendimentos e para a criação de emprego.

No documento surgem três cenários de integração geoestratégica:

I. O turismo como vetor de afirmação da região do Alto Alentejo, enquanto destino turístico de excelência e de atração. Por via da sua afirmação turística, o Alto Alentejo irá aumentar a notoriedade, o prestígio e a influência nos mercados, o que terá impacto na sua competitividade e internacionalização no espaço em que se insere;

II. O turismo como instrumento de atração de investimentos para a região, pois a afirmação do Alto Alentejo irá melhorar as condições de operação turística na região chamando a atenção de novos investidores e promotores de iniciativas, no turismo, mas também nos outros sectores, gerando-se assim um ciclo virtuoso de investimento;

III. O turismo como meio de promoção da identidade e da autoestima da população da região, pois a atividade turística ao favorecer o contacto

189 entre os turistas e as populações, pode ajudar os residentes a reconhecerem a sua identidade e a orgulharem-se dela.

Considerando as especificidades do Alto Alentejo foram definidos no POTAA quatro negócios coletivos que se acredita serem de elevado potencial para dinamizar e promover os produtos turísticos estratégicos identificados e que se apresentam, na figura abaixo. Pode efetivamente verificar-se uma complementaridade e uma ligação entre os Circuitos Turísticos, o “turismo de natureza” e o “turismo ativo” porque, enquanto um se materializa no contacto com o património histórico-cultural, os outros valorizam a identidade e a vivência de experiências no território.

Figura 110: Produtos turísticos do Alto Alentejo. Fonte POTAA, 2015.

Com efeito, a REDE AFN é a concretização de um conjunto de ações previstas no POTAA, no que respeita ao “turismo de natureza”, ao “turismo ativo” e aos

“circuitos turísticos”, sendo que está também alinhada com os pressupostos do Plano Estratégico Nacional do Turismo para a região do Alentejo, onde os produtos turísticos que mais podem contribuir para potenciar os recursos do

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Alto Alentejo são os “circuitos religiosos e culturais”, o “turismo náutico”, o

“turismo de natureza” e a “gastronomia e vinhos”.

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