UniYersidade de Évom Mstrado em Economia
area de Especializaçâo çm Economia MonetáÍia e Financeira
Alguns Impactes Económicos c Sociais do IDE Mineiro: Estudo de Caso no Concelho de Castro Verde
Manuel Pica Tagamoso
)69'64Y
Dissertação
Gornorquisito
parcial pasa a obtem@o doCrall
deMeste
emEconomi4
sob a oriemação de:Prof. Douüora
Isb€l
À{ariaPqeira Viqas Vieira
- Orientadora Prof.Doúora
MaÍia da Conceição PeixeR€o -
Co-OrientadoraEvora Outubro 2007
Reumo:
O investimento directo ewangeiro no sector mineiro pode contibuir para
odesenvolvimento srstentável das
rqiões
receptoras, melhorando significativamente as condições devida
dasrespctivas populaçõe.
Tais efeitos,Ere
decorrem de impactespositivos
sobrea conjuntura
econômicae
social,podem ss invertidos em
caso de abandononão planificado das
actividades.No caso em análise, que
consiste numprojecto financiado lx)r tlmâ
empresamultinacional no complexo mineiro de
NevesCorvq
concelhode Castro Verdg
são evidenciadosos efeitos
benéficos preüstos, nomeadaxnentepor via do
crescimentodo emprqo e
consequenteincremento
da dinâmica econômica, cultural e social. São também investigadas asmdidas
planeadas, ou em curso, para evitar que, em caso de enceÍTamento da mina, se assista ao bloqueiodo processo de dqenvolvimento e à repetição de cenários de
c:rescimento do desempregqdesútificaÉo
humana e degrada@o ambiental.Economic and social impacts of FDI in the mining
sector: A case study in Castro Verde
Abstract:
Foreign
direct
investmentsin the mining
sectormay improve the level of
sustainable developmentin hosting
regions,by sigpificamly eúancing the living conditions of
local populations. Such
effectq which resrlt from
the positive impact upon social andeconomic variableq may srffer a
reverseif the extracting activities are úruptly
intemrpted.
In úe cuÍrent analysiq c€rtred in a projwt
financedby a
multinational corporation in the mining complexofNeves Corvq
CastroVerdg úe effwts
suggestedby theory
areempirically identifid
and consistmainly of
anincrese in
employment and ofúe
consequent improvementofthe
economig social andculhral
dynamics. The planned andexisting
measrlres,deigned to
avoid the endof the
current development process andthe repetition of the uzual
scenariosof incrased unemployment
human desertificationand
environmemaldq1adatioq in
caseof termination of úe
minfugactiüties,
are also an object ofanalysis.AGRADECIMENTOS
A
elaboração destetrúalho só foi
possívelcom a contribúção de
várias pessoas e entidadeq às quais queroexprssar o
meu agradecimento. Devo uma especial gratidãoàs minhffi orientadoraq Prof. Doutora Isabel Maria Pereira Viegas Vieira e
Prof.Doutora
Maria
da Conceição PeixeR€o. Ap6ar
das dificutdades que se depararam, oseu
constanteapoio e
interesse,as sras
sugestões,os
seiulcoúecimentos, a
suacomprensão e paciência foram preponderante na
realiação
desta investigação.Gostaria tambem de agradecer as entidades que proporcionaÍam a recolha de dados e
informaçõe,
das quaisdqtaco, a
SomincorS.À
(na p€ílsoa daDra. Iígia
Yárz"ea), a CâmaraMunicipal de Castro Verde e o seu Presidentg [lr.
FernandoCaeiroq
a Delqgação Escolar de CastroVerde o Cemo
deSúde
deCa$ro
Verde e a Associação de Desenvolvimento Local Cortiçol-
Cooperativa de Informação eCultura
Um
agradecimento tambéNn para osprofessors do
crrrso de Mestrado emEconomi4 Prof Doúor
JoseBelbutg Prof lloutor
CadosVieira, Prof Doúora
ivlariaAurora
eProf. DoutoraFe,rnandaPeixg
Prof DorforaNderciatr!fira'
pelo incentivo e moüvação traosmitidos nasaulaq
igualmente extensível aos colegagFáAiq Paulq Ana
eMaria
Jose.
A
minhafamília,
em esprcialà fua
eà
Sara, que mais sentiram a minha ausência ao longo do te,mpo consagrado a este projecto, agradeço o carinho e a compreensão.Ímnrcr
LrsrA pe cnÁrrcos
......
LISTA
DE FIGI.]RASLTSTADE
QUADROScarÍrur,o
r- TNTRoDUÇÃo
clpÍrur,o tr- coil[crrruar,rzaçÃo
ETEoRra Do rDE
2.1. O conceito de Investimento Directo Estrangeiro 2.2. Teorias explicativas do
IDE
2.2.1. Contributos pioneiros para as
torias
doIDE
2.2.2. A teoria ecléctica
2.2.3. Novas úordagens teoricas 2.3. Os determinantes do
IDE
2.4. Efeitos do
IDE
nas rqgiões receptoras2.4.1. O conceito de DesenvoMmento
Rqional
2.4.2.
Torias
explicativas do DesenvolvimentoRqional
2.4.2.1. O modelo de
causlidade
circular e cumulativa 2.4.2.2. O desenvolümentorqional
endógenoCAPÍTIILO m- O IDE
EA INI}ÚSTRIA MII{EIRA
3.1.
A
indústria mineira mundial3.2. Aindúsfia
mineira nacional 3.3.A
indúsEia mineirarqional
3.4. Notas Finais
CAPÍTULO Tv- CARACTTRTZAÇÃo DA EMPRE§A E IX)
TERRITÓRIO
4.1. ASomincor.
4.7.1. Constituição e
alteraçõs
da estrutura accionista..4.1.2. Infra-Estruturas e Recursos
VI VI VII
I
5 5 7 8 10 13
l5 t8
20
2l
22 24
28 28 32 36 39
4t 4t
42 47 4.1.3. Alguns indicadores económicos e financeiros
...
4.2.
Caracfena§s
doterritório
4.2.1.Territffio
eppula$o
4.2.2. Actividades económicas. . . . . .
4.2.3. Infra-estnrturas, equipameúos e recunps. . . . . . . . . .
4.2.4. Notas finais.
cAPÍTuto v - lxÁr,rsu EnfrÍRrca
5.1.
AMetodologia...
5. 1. 1. O pnoblemq os objectivos e o metodo...
5.1.2. Impactes económicos.. . . . .
5. 1.3. Impactes sociais...
5.1.4. Um índice d6
impacterqional...
5.1.5. Analise prospectiva sobre o encerramento da actividade mineira ... .
5.2. Principais Resultados obtidos e sras implicações paÍa a análise 5.2.1. Impactes associados aos aspectos económicos
5.2.l.1.Impacte
sob,re apopula@oeo empr€o
.5.2.l.2.Impactes
sobre o rendimento eactiüdads
econômicas....5.2.l.3.Impactes
sobre o produto.5.2.2. Impactes associados aos asptrtos sociais...
5.2.2.l.Impactes
sobre aducação,
saride ehóitaçâo
5.2.2.2 - Impactes culturais. . . 5 .2.2.3 .
Impacts
ambientais5.2.3. Um índice de impacte
rqional...
5.2.4.Impactes do encerramento da acúividade mineira no concelho....
5.2.5. Notas finais.
cApÍTIrLo vE coNcr,usôrs, rMpl,rcAÇôns
EpERspEC:TrvAs DE INVESTIGAÇÃO FUTTIRAS
5l
51 54 57 62
63 63 63 66 68 70 73 75 75 75
8t
87 89 89 92 94 97 99 109
lll
BIBLIOGRAIIA.
116LISTA DE GRÁflCOS
Gráfico I -
O investimentodirwto
do exterior em Portugal na indústria extractiva ...Gráfico 2
-
Evolu@o dosRcursos
Ifumanos daSOMINCOR...
Gráfico 3
-
Locais de rw:rtrtamento da SOMINCOR......
Gráfico 4
-Níveis
dequalifica$o
dostabalhadores da SOMINCOR.Grá.fico 5
-Níveis
de ensino dos trabalhadore daSOMINCOR...
Gráfico 6
-Níveis
etários dostrabalhadores daSOMINCOR...
Grafico 7
-Níveis
de antiguidade dostmbalhadores daSOMINCOR...
Grafico 8
-
Forma@oInicial l98f/2ffi2
dostrúalhadores
daSOMINCOR...
Gráfico 9
-
Evolução do minerio total eumaído pela SOMINCOR......
Gráfico
10-
Evolução das rweitas daSOMINCOR...
Grafico
II -
Evolução das cdasoes médias do cobre no LIVIE...Grafico
12-Evolução
dascota@s mfiias
USDIELIR.Gráfico
13-Evolução
dos custos operacionais daSOMINCOR...
Gráfico
14-
Evolução das r@eitas, custos operacionais e resrltados liquidos da Somincor..15
-
VaÍiação dapopulaÉo rsidente naZomEnvolvente
da Somincor,t98l/2001.
16
-
Impactes da SOMINCOR noempr€o
de Trabalhadores por Conta de Outre,m.--Gráfico
17-
Peso (%) doVAB
da SOMINCOR naindúsria.
Gráfico
18-Peso
(7o) doVAB
da SOMINCORnasRegiões.Gráfico
19- Proj@Éo
com cenário de tendência......
Gráfico 20
-Projecção
com cenário optimista Gráfico2l -Projecção
com cenáriopssimista
35 43 43
M
44 45 45 46 47 48 49 49 50
75
77 87 88 100 101
102 50 Gráfico
Grráfico
ITSTA DE FIGTIRAS
Figura
I -
Mapa daZonaEmrolvente do empreendimeúo mineiro de NevesCorvo..
52 Figura 2-
Adaptadq davisãomyrdalimade
um proomso de expansãoindushial...
65Lrsra DE QUADROS
Quadro
I -
Vantagens inerentes ao investimento internacional @aradigmaOLD...
Quadro 2
-
As vantagens esprcíficas e as vias deinternacionaliza$o..
Quadro 3
-Principais proôúorc
mundiais de cobrerefinadg
1999...Quadro 4
-Rio
Tinto: Principais operações deobre
em20ü)...
Quadro 5
-
Estrutura da industria e;rtractiva em Portugal ("/")...Quadro 6
-Produ@o
comercial de minerais metálicosQuadro 7
-Ap€rfeiçoamento
técnico 1982f2002,dosrúalhadores
da Somincor...Quadro 8
- Alguns indicadors
demográficos na zonaenvolvede
de Neves Corvo,2001...
Quadro
9 -
Percentagernda
populaçãopor niveis
etáriosna
z.ouil envolvente de NevesCowo,200l--.
Quaúo
10-
Estrutura s€ctodal do emprego porcoffa
deotÍrem
Ítaz,oÍta envolvente de NevesCorvq 2W2...
Quadro
ll -
Ganhomdio
mensal dostúalhadors por muta
deoúrem
Íta z-oÍtaenvolvente de
Neve
Corvo, 2OO2...Quadro 12
-
Consrmo de Elestricidade em 2001 - I\filhares dekWh....
Quadro 13
-
Peso percentual do volume de Negocios dasSocidade
em 2001 . . . .. .. ..Quadro 14
-
Taxas de actividade edsemprqo 2ffi1 e/»..-
Quadro 15-
AlgunsIndicadore
de saude2W2...
Quadro 16
- Rwrsos
de apoioducativo
nooncelho
de C. Verde......
Quadro 17
-Indicadores
de Consüução e habitação por ooncelho,2003...Quadro
l8 -
Algunsindicadors
de SaudePúlica
eAmbieffe 2@1...
Quadro 19
-
Despesa das Câmaras Municipais em actividadesculttrais,
2003......
Quadro 20
-
Análise de alguns impactes da SOMINCOR em Castro Verde... .. . . ..Quadro
2l -
Domínios do Índice de ImpacteRdonal, p6o
no total e parcelar......
Quadro 22
-
Metodologia adopada na normalização das variáveis,2mI...
Quadro
23 -LocÂl
de recrutamento e residência dostrúalhadores
daSOMINCO&
2W2...
Quadro 24
- Níveis
de ensino dosEmprqados
da Somincor e dos do Concelho del1 t2
30 31 33 34 46
53
s4
55
55 56 56 57 58 59 59 60
6l
64
7t
72
76
CastroVerde,2@2
78Quadro 25
-
Algumasaras
deru,mado
dos trabalhadoresno
conselho de CastroVerde,
Zff)tr.---
79Quadro 26
-Nrimero
de estagiosconcdidos
pela Somincor até2002.
79Quadro 27
- Indiedore
do mercadoderahalho,2002(W. ..
80Quadro 28
- Nírmqo
de empreas,por
secüu de actividade económica, no concelhode Castro
Verde-...-.
82Quadro
Quadro
29 - Número de emprqadoq por sector de actividade wonómica,
no concelho deCasro
Verde-..30 - Remrneraçõe rwebidas
pelostrabalhadore por corta de orÍrem,
83
2042
Quadro
3l -
Total de remunerações pagas pela SOMINCOR por locais de residênciados
rabalhadorq ãD2 ...
84Quadro 32
-
Impacte das remunerações pagas pela Somincor troumsÍqpõ€s,
20AZ..
E4Quadro 33
-
Volume de vendas e GÍmslmoindusial
demergi4 2001...
86Quadro 34
-
Dados relativos àducaçâo
no concelho de CastroVqde...
89Quadro 35
-
Recursos deapio
à infiincia e primária noonelho
de C.Verde
9AQuadro 36
-
Rwrnsos de apoio ao ensho preparatório e seqrndário no concelho de C. Verde-83
Quadro 37
-Aojamentos
nooncelho
de CastroVsde...
Quadro 38
*
Alguns Indicadores de Saride no concelho de Castro Verde...Quadro 39
-
Etrtidades ligadas à cultura, desporto erueiq no
concelho deCasro Verde...
Quadro ztO
- Súsídios
atribuídos e Impostos pqgos pela Somincor Quadro4l -Domínio
da População emndiçõs
sociaisQuadro 42
-
Dinâmicas económicas. - -Quadro 43
-
Saudepíúlica
e AmbiemeQuadro 44
-Rezumo
dos índices91
9l
92
93 93 97 98 98 99
carÍrtn o r-TNTRoDUÇÃo
O impacte do investimento
dirmto etrangeiro (DE)
naq economias de acolhimento tem sido objecto de reflexão e controvérsia nos meios académicos e políticos. Apesar de não ser possível antecipar comrigor
os efeitos líquidos deum
projecto deIDE,
a imagemdos
investimentosprodutivos
implementadospelas
empresasmultinacionais
mudou radicalmente.De facto,
gradualmentqo IDE
paroceter
deixadode
ser considerado oomo uma intromissão intolerável na soberania dos países r@eptores, para passaÍ a servisto
como umafonte
de financiamento indispensável aodsenvolvimento
das regiões deficitárias em capital e, algumas vezes, oomo rrmaforte
de modernização rápida em economiasem transição e em
árreas relativamente afastadasdos
grandespólos
de desenvolvimento internacionais.Esta mrdança acontrcerl
apesarde
serrecoúecido
que as actividades produtivas multinacionaistmto
podem darorigem a
dinâmicas de crescimentoe
dese,nvolvimeúq Gomo gerarrelaçõe
dedepndência
que resultam na depressão económic4 social e., por veaeq ambiental quando severifica
a deslocalizaçiio do investimento.A
perspectiva dasrqiõs
que procuÍam atraiÍIDE
é que mte@e
defrcto, contibuir
de forma significariva para a melhoria da competitividade dos territórios receptores, na sequência de impactes positivos sobre
o
mercado detrúalho
ou, nuÍna perspeotiva maisúrangente,
sobrea
dinâmicada
economialoel. Tais efeitog rwrltantes
directa ou indirec'tanrentedas actividadm das
empresasinvestidorag são normalmente
maisvisíveis
emrqiões com
acentuado#ôso rel*ivo e
queeüdenciam
dificuldades de crescimento edqenvolvimentq docorrentq
entre outros factoreq da baixa mobilidadedo trúalhq da localizaçãq da tipologia da
populaçãoou de
dinâmicas empresariaisdeficientq.
O IDE é um
elemento incontornâvel naswonomias coúemprâneas,
sendo prátioacorrente a
implementaçãode mdidas
destinadasa potenciar a atractiüdade
dos territórios nacionais para estetipo
deinvstimedos-
Esas iniciativas podemter
eanâctergeral ou
destinar-se especificamenteà mac$o de invstimento
inte,rnacional para determinadossectors
ourqiõs.
Nas duas ultimasdéadaq
te,m aumentado de formasignificativa o
númerode
bense
serviços fornecidos maioritariamentepor
empresas multinacionais, não sendo raros os @sos em que o firncionamento de algumas indústriast
nacionais depende criticamente do interesse que despertam nos
investidores internacionais Ere dominam a actividade.Em Portuga[ este é
claramenteo caso da indústria mineir4 onde o
investimento estrangeiro desempenha um papeldwisivo
na criação e desenvolvimento dos diferentes projectos e onde a inexistência de financiamento externo se tem traduzido na estagnação das aaividades e)úractivas.A
dependência daindústia
mineira nacional face aoIDE
é particularmenteüsível já qug reptidamentg
se tem assistido, nas fases de produção, à expansãodas
actividades económicase srciais,
associadaà criação de
emprego,crescimento da população, crescimento do rodimentq bem oomo à
retracçãoeconómica e social, dqradaçao ambiental e alteraçõs paisagísticas, após
o desinvestimento e consquentetsmo
das e4ploraçõe.Parece
enistir, de factq um
padrão Gomum associadoao enerramento da
actiüdade mineira, decorrente da deslocaliza@ doIDE,
que se tem caracterizado pela degradação ambientale
social,nmeadmeúe ao nivel de alteraÉs paisagístiq deemprego
e desertificação humanaEsas
situações sucderam-se no passado em diversas regiões da Faixa PiritosaIbericq
oomo por exemplo naMina
de São Domingos, naMina
do Lousal,ou na Mina de Aljusfel,
enfre outras.Actualmentg
pr@uÍartssesoluçõs para este
problemasúavés
dairylememhso
de projectos que envolvemageúc
promotores de deenvolümento, empÍ6as, municípios e associaçõe dive,rsas, e que têm enconúado nos insfrumentos financeiros disponib;lizados pala União Europeia rrm importante apoio paÍa a sua execuSo.Esta realidadg
üvida
de formamuito
particular noAlentejo,
constitui uma motivação pessoalimportante para o desmvolümento
deste estudo,à qual asrece o
interessecrescente pela
tmria
e por aspectosi de naturezapnátie
relacionados oom G; invmtimentos prodtrtivos internacionaisn nos meio,s académicoqeryrmariais
e governarnenbis. Assim, o objecto desta disserta@o é a análise de um projec{o deIDE
no sector mineiro, realizado emPortuga! no
concelho de CastroVerdg
inicialmente pela empresaRio Tlnto
ZllrlçETZ),
e poseriormente pela EurozincMining
Corporation(EMC),
atraves da empresaSomincor S.A
(SociedadeMineira de Neves Corvo). É
nossoobjectivo avaliar
o impacte deste projecto nodeenvolvimento
darqião
ondeetá
inserido e antecipar as consequênciasde um eventual
esgotamentodos
recursosou de uma decisão
de desinvestimento por parte dos acúuais financiadores- Nesta óptica, analisam-se também as medidas quemtão
a serplanadas
e implementadas pelos diferentm intervenienteg2
no sedido
deprwenir o encmamanto da
actividade, mas també,m paradiminuir
osiryactw qaaivw
quepodemurr$r
rc odssiwetimedo
seconcrdiar,
A
metodologia adoptada visa identificar e quantificar, sêmpre que possível, os impactes eoonómicose
sociaisno terÍitorio
envolventedo emprendimento mineiro
de NevesCorvq
asdeterminaüm
do des€mvolvin€úo da &giÊoenvolvedg
quer durante a fasede
ortracção dos recursosnatrrdis,
querüum ceráÍio de
encerrame,moda
actiüdade mineira.No primeiro eso, isto ê
durante a fase de produção, preúendemosidentificar
os impactes da actividade mineira no Gomportarnento de variáveis Gomo a população, o emprego,o
re,ndimentqo prodrnq a sflidq a húitação, a edue@o, a cultura e
oambientg e determinaÍ a sra importância relatirra na dinâmica do proceso
de desenvolvimento do concelho de Castro Verde.No
segundo caso, frzemos uma análise prospectiva,tendo em conta o horizonte temporal do potencial
encerramento da actiüdade mineha no concelhg evidmciando alguns efeitos sob,re as variáveis referidas e, consequentemente, nopÍÍooss!
de desemolvimelxto lo@1.A
presente disserta@o está organizadade forma a
s€paraf, claramenteos
aspectostóricos
que dizemrmpito
aos desenvolvimentos amdémicos relenarúes sobreo IDE
dos aspectos mais práticos e eepecíficos do projecto de
IDE
mineiro que é o objecto da nossa anráliseempirica, Assim, no capíhrlo tr So tatados os
asp@tosde
natureza conceptuaf que passam pela problemática da definição doIDE
e psta apÍesentação dastorias
explicativas maisrelerrants
e que mais seadquam
aoobjcto
da nossa análise.São igualmente aflorados
os
principais reurltadosda litqatura qírica
que pÍocuraidentificar os
determinantesdos investimedos prodrüivos
internacionaise as
suas consequênciaspara as economias receptorag tendo como base as teorias
dodesenvolvimento regional. A
abordagemde
naturezatdrica é concluída com
aapresenta@o,
no capítulo III, das principais
característicasmundiaig nacionais
e regionais daindúsria mineir4
que se destaca pela enorme de,pendência face as op@es estrategicas das empresas multinacionais que dominam esta actividade àecala
global.A
segunda parte é constituída principalmente por umâ análiseempíriq cujo
principal objectivo é a avaliação dos mais relevaffes impactm de natrneza económica e social que decorremdo projecto de IDE mineiro
implemeutadoern Nevs Cono. Assi4
o capítuloIV
éiniciado
com a apreentação e caracterização da empresa Somincor e doterritóÍio envolvente de Neves Corvq
passandeseno capíhrlo V à definição
da metodologia adoptada nestetúalhq do
proble,maobjectivos e métdo de
análisedesenvolüda para a estimativa dos
impactes económicose sociais da
empresa no3
concelho.
Esta
anáf,iseé feita quer num
cenáriode produ@q
queé o
que aconteceactualmentg quer num cenário de ence,rramerto da actividade mineira- As conclusões e
implica@es do
estudo são apresentadasno capítulo VI, que
contém igualmente as limitações da análise e as possibilidades de investigação que continuam em aberto, nestedomínio e que
constituemuma motivaÉo
importamte pdÍaa contimaSo do
nosso percurso acadé'mico.4
fontes
apÍeentam
propo$as distintas,o
quere reflectg
muitas vezes,em
estratégias difere,uts de recolha effiametrto
dos dados estatisticos, que são a base de boa parte das anárlises empíricas nesta área.No
entanto, as diversasdefiniçõe
enquadram doisaspctos
comuns associados, por umlado,
aovalor
percentualdo
capitalcom direito
devoto
detidopelo
investidor numa empresa localizadanoufio
pais, epoÍ orffo,
ànqão
decortrolo
sobre a actividade deuma
empresa situada numajurisdição
enterna.O FMI
consideracomo
investimento estrangeiro aquele que é efectuado como
objectivo deadquirir
um interesse duradouro numa empÍesa que exerça as suasactividado
numterritorio
difereute dooriginário
do investidor, determinando que a deten@o de' pêlo menos,lÚlo
do capital comdireito
devoto é
revelador desse interesse(International Monetary Fun{
1998).Este valor
é também considerado pela@DE
comoo limite mínimo paÍaa
diferenciaçãoenfe IDE
e investimento de
mrteira (OCDE,
1987).Cortudq o
entendimento do Bamco Mundiala
este respeitoé distinto e vai no
se,mido de considerar que existeIDE
sempre que houver intençãoCIrpresq por
partedo
investidor, de eu(€roer umainfluência
directa e zubstantiva na actiüdadeprodrtiva
que é objectodo
ssu ifferesse, inde,pendentemente da percentagem deepital
votante na sra pos.se.Em Poúuga[ as
emidadesrec@oras de IDE são todas as empreas
residentes participadaspor
capital estrangeiro(Ministério
da Economia e daInova$o,
2006).No
caso particular dassocidades por
acções, é indicador da existência de uma relação de investimentodirwto
apanioipa$o
detida atitulo
individuat poÍ uma pessoa singular ou colectiva nilo residentedg
pelo menos,lPlo
dorqectivo
capital social. Neste conceito englobam-se também os actos e contratos realizados por pessoas singulares e colectivasnão
residentesque
tenhampor objeto a
criaçfio, manute,nçãoou reforço de
laços económicos estáveise duradourog
relaÊivamentea wDa
empresaconstituída
em Portugal.No âmbito
das operaçõmde inresimemo do exterior
emPoúuga[
devem também ser identificados osfluros
de criação de disponibilidades sobre os investidores directos nãoresidentç.
Estetipo
defluxq
exibe uma relação cru"Ãda de investimento,que pode sucedq ao nivel dos capitais proprios (participa$o da empresa
de investimento no capital da empresainvestido4
as denominadasparticipaçõs
cnrzadas)ou das outras formas de capital (como por
CI(emploos emprmtimos
reversos-
concessão de
empretimos
pelaemprsn
de investimento ao investidor directo).rt
ConceptualizaSoNpo$a plo ltfiriSáio
da Eomomia e da Inoua@ Ofnisério da Economia e da InoraÉo,2006).6
cApffllr,o rr - coNCEpruALtiLrLÇLo E TEoRTA r]o IDE
Enquanto fenómeno oonómico, e €m
te,rmosrelativos, o IDE é recente.
Porcomparação com os investimedos internacionais de carteira, que
já
aqs finais do séculoXDÇ e primeiros
anosdo smrrlo )OÇ constituism flrxos de capital
extremamente importantes àqcala planetária
osinvdimencos proüúivos ralizados
pelasemprws
multinacionais,que
sãoos
ag@tۤdo IDE
eram residueis antesda
segunda gueÍÍa mundial.No
entanto"e
ainda queas
primeiras tentativasde explica$o do IDE
tenham sido enquadradas emtorias já exisrcme,
nom@dameúeao nÍvel da teoria do
comerciointernaciona[ o corpo torico
autónomoque existe
actualmenteé muito vasto.
Sãoigualmente mrito
Ímmeros(xlos estudos empíricos que procuraÍn identificar
os principaisdeterminante
doIDE
e osdeitos
destetipo
deinvmtimemo
nâsmnomias
de acolhimentoe
nas economias deorigem do qital. Na
preseúeanáIisg e
embora oonscientq da necessidade deum
adequado enquadra^mentotórico
do tema tratado, é dada ênfase, para alémdos
aspectosde
natureza conceptual, aos elementos teóricos mais relevantes e aos que meis 3sadquam
àexplieção
do fenómenodeIDE
mineiro.2.1. O conceito de Invstimenúo Dirccto Estrangeiro
Tradicionalmentg entende-se que os investimertos inte,rnacionais assrmem duas formas zubstancialmente
distimas: invetimento dhwtq ou invmtimento prodúivo,
einvestimento
indirwto,
também designado porinvctimento
de carteira@unning
1993, pp. 5). O investimenüo de carteim corresponde a aquisiçõm de activos financeiros com o objectivo de obtergaúos
eomjurog
mars-valias ou orúros rendimentos monetáÍios.A
existência de disparidadm nas tamas de rentabilidade
effie
paíseqeffie ouros
frctores, determina arelização
destes investimentos, que se materializam emfluxos
de capital financeiro organizados através dos mercados de capitais e se traduzem na transferência do respectivocoffiolo
do vendedor para o comprador.Não oriste
uma definição consenzualdo
conceito deIDE
variando esta deaúor
para autor, ousqundo
as váriasinstituiçõe
que procuÍaramdelimitar
o conceito. Diferentes5
A posi@o de muitos autoreq2 e gue nos parese mais
adequadaà
realidadecontempoÉne,
é de concordância com a abordagem pÍoposta pelo BancoI\ÁDdial.
Defacto,
existem factores que@em assqurar
a possibilidade de domínio da actividadeprodutiva
mesmosem a
possede
l0plodo capital. Eúe
or.üros,pode
indicar-se a existência de cargos chave na gestão da empresaou o dominio do
acesso a materias- primas indispensaveis. É aiúenção
de conüolo porpute
de umaempÍsa deada
num deterrrinado país emrela@
à actiüdade desenvolvida por outra empresa localizada no exterior que distingue oIDE
do investimento internacional de carteira.O
objeoto doIDE
pode senrma actividade iniciada de raiz(geen field
investment) ou podeter
sido adquiridaa intersses já
instalados (bnownfield
investment). SegundoMedeiroq3 em
qualquerdos casoq o IDE tern um
carácter relativamente estável e envolve quas€ sempre a ffansfeúfocia para outro paíg o deacolhimentg
de um conjunto deactivoq
gueinclui
tecnologiaq técnicas de organização e gestiio ernpresarial, capital financeiro, ou aoesso ameredos
externog entreorüog
contrrolando o investidor o usodos recursos envolvidos ness6 flu:ros. O objectivo de controlar uma
actiüdadeprodutivq
queetá
associadoao DE, origina
uma rela@o estávelde medio e
longo pÍaz,o entre investidor e objecto do investimento localizadonorffo
país, que não existe no investimento internacional de carteira.As diferentm tentativas de definiSo
enquadrama
cnescentecomplexidade
dos processos deinte,rnaciomlizaçãa
que setem verificado,
principalmente apartir
da decada de 80. Este facto, quedificulta
a existência de consensos emtorno
de um conceito generico deIDE,
reflecte a muhiplicidade e a inovação das esfarcgias deexpansão das empresas multinacionais e está igualmente refleAido
nos desenvolvimentos teóricos 6 nasanálisc
empíricas sobre o tema.2.Z.Twrias explicativas do IDE
Na teoria do IDE, o nome de John Dunning é incoúornrível. Ainda que
os desenvolvimentospioneiros
nestaáre não
sejamda
zuaatrtoÍiq o scu esforço
de sistematizaçãodas diferertes conribui@es e a toria eoléc/ria por ele propost4
e7 I Ver, porexemptO Fomoura (1997).
'I\ÁedeiÍos (ãm0).
coúecida
internacionalmente comoparadigua
OLLU são as referências fundamentais em qualquer análisetórica
ou aplicada doIDE-
2.2.1. Contributos pioneiros para
asteorias do IDE
As
primeiras tentativas de explicaçãodo IDE foram
enquadradasno âmbito
da teoria económica dominanteg
maisqecificameúg
nastorias do
comercio internacional.Inicialmente, o IDE
seriadeterrrinado pela logim
das vamagens comparativas das diferentes localizações-Esta forme de racionalizar as decisõq de investimento
no êstrangeiro, tomadas pelas empresasmultinacionaiq
decorreda toria
das vantagensúsolutas
propostap
Adam Smith-De
acordo com estateori4
os flrrxos de comercio seriam determinados pelos diferenciaisúsohrtos
de produtividade etrtÍe nagões que,por
sua vez, conduziriam à especializaçâogográfica
da produ@o. Cada país produziria os bens relativamente aos quais verificasseuma
vantagem absolutade prodrniüdade
eimportaria
osrestante
dasrqifu
que os proôrzisssm deforma
mais e,ficiente. Esteraciocínio constitui a
re,ferênciadas tentuivas de orplicação do IDE
baseadas nas vantagens delocaliação.
Sendo
um
fenómenoposterior ao
investimento iuternacionalde erteirq o IDE foi
tambémobjwto
de teutativasde erplica@ à luz da teoria finarceira Partindo
das hipóteses da concorrência perfeita nos mercados dos produtos e dos factores, admitia-se quê as empresas beneficiamno
país de acolhimento decondiçõs
iguais às empresas locais, constituindo a obtenção de uma taxa de rendimento srperior à do pais de origem, rezultante da mcassea relativa deepita[
amotiva$o
fimdamentalpila
a realização de investimentos noqrtsior.
O valor explicativo dstas hipotsm
parece ser elevado quando os investimentosgo
fortemente condicionados
por
caract€, ísti@sespcificas à lo@liação
de acolhimento (caso daprimeira explicação) ou çmdo têm origsm
em países mais desenvolvidog ondeo
capitalfinanceiro
é relativamenteúundante, e
como destino países onde este escasseia (caso das€unda
erplicação)-Não
são boas referências para a compreensãodos fluxos
dominantesdo IDE
conte,mporâneo, quetêm lugaÍ pÍitrcipalmente effie
países desenvolvidos, mas
a $la
abord4gemjustifie-se
na pÍes€,me anâlise pelovalor
a OLI sâo as iniciais de Ownership, Loetion g Internalisâtiom, aspççfi6 íIue, em smntÍâneo, ggflg cruciais em qrmlquff d€ci§b de IDE
(Ihming
I9SSIEü bria
srá erylicihda rneis à fremte.8
qus coútirtrlâE
at€r
tro câso doIffi mineirq mlito dryqdeme
de &ctores relacionados com atoafza@o dosr@lrssmrais.
A
evolução dos dqemvolvimerúos teóricos é motivada pela grande dinâmica dos fluxos deIDE,
que tem sofrido quas€ r'ma inversão dop€rfil original ao
longo do tempo. Defactq
de acordoom
estimatirms deDunning
(1983),o
süock deIDE om
origem nos EstadosUnidoq Ingtderra IlolÊda, fuécia, Súg
eFrmp, qa
de cerca de 90% em 1938, passando para85% em
1960e
pouco ultrapassandoos
70floem
1971e
1978,Actualmeúg
os fluxos dominantesralizam-s€
êntrspaís6
desenvolvidos.Contudq
no casoespwifico
da mineração de cobre porexemplq
os EsradosUnidoq
o Reino Unido, a Austrália eo
Canadádomimm o meredo
rnrmdial e opemm emdivssos territórios com
abundânciade rocmps
ncturaise
€§cass€zrelativa de capita[
oomo Portuga[Espanh4 Papua Nom-Guiné e
Chilg
enúreoúros.
Os aspectos mpecífrcos ao
IDE
mineiro decorrem, para além dâ natuÍal contingê-ncia dalocalizaiçfu dos minerioq de outrcs
aspectos oorlroo
ersüoda
mão'de-obrraou
das origências em termos de prmervaçõodo
meio ambiente.A conjngaSo
destes fac"torescom opçôe estrat€i@s de protec$o .las
reerrnas existentesnos paíss de origerr,
pareseditar
a existência derlm egfil prdominontmde 'norte-sul' no IDE
minefuo, que pode ser exçlicado por annbas as úordagenstffms
acima mencionadas.Estas revelaram-se,
no entantq
demasiado limitadas paÍaa
conveniente explicação doIDE
como fenómeno global,justificando
o aparecimento de novas úord4gens. Diversos autorestfu conEibúdo pua o
referencialtdrico
sobreo IDE.' No
entanto, Root (1978) considera que qualquertsria
doIDE
temçre
s€r @paz deexplier
não sopor que motivo investem as
empr€sasno
estrangeiro,mas
tamb,émcomo
conseguem concorrer com as empresasloeiq
dadâs as vantagens de familiaridade Que estas têm numterritôÍio coúecido
e, ninda, porítrue escolhe,m asempress o IDE çrando
existem outrashipótess
deinterraciomli:ação,
nomqdamemetraves
da vemda de licenças de exploração a empr€sasloois.
A
maioria dastorias
so tinha capacidade de rmposta a umâdetas
questões.Hood
eYoung
(1979),por oremplq os asptrtos
de localização nas decisões deDE, enfre os quais destaffim o qrso dos factqe de proôl@o, as
politicasgovernamentais
dos países de acolhimento ou a existência de
infra-estruturas adequadas Alguns destes aspectos podemjustificar
a escolha de mercados externospor t
Para-'-,
abrdag€m rrreis alaEdas&s
6!e referencialtdri@
vietr,Im €fierylq FonÍonra(lgn),
caeuno (1998) m
Dmine
€0Ol).9
parte de
dg,r-*
empresase
podemconstituir
respostaà
guestilo relacionadacom
o motivo doinvwtimento
no estrangeiro.Hymer
(1976) conclui que as empresas multinacionais só oonseguem competir com as empresaslocaig
detentorasde maior coúecimento do meredo e do
ambienteconcorrencial e institucional local, se apresertarem um conjumo de
vant4gens competitivas, associadas à capacidade de diferenciação de produtoq acesso ao mercadode f:actoreq a, coúecimentos
patenteadosou próprios, tF forem objecto
dediscriminação positiva no
ao6so
aocr&itq
oupla exisência
de economias de escala internas ou oúema§.Outros
autoresGprocuram explicar a decisão de IDE com base na existência
de vantagens específicas deinternaliafzo
possúdas pelasemproas
multinacionais. Tais vant4ge,nspermitiriam
àsempreas
assumiro
papel normalmerte desempenhado pelo mercado na realizaçiüo de operações necessárias à sua actividade. Sempre quetal
fosse vantajoso, as empreesimqrariam
no seu espaço o fornecimento de matérias-primas ousubsidiáriag por orcmplo, em vez de
dependerde fornedores ortsnos.
Ficariam assim defendidasde
evenhrais aÍrasose protqidas da
concorrênciano
caÍ;ode
ser desejávelmarter a
oonfidencialidade relativamentea coúecimentos
eqpecíficos. Tal não seria possível,por exerylq
numastrdeia
alternztiva decdência
de ücenças de produçiio.2.2.2.
A teoria ecléctica
Dunning (1988)
frz
a síntese dos diferentos elementqs Ílispersos emtmrias
anteriores eresponde
de forma completa as questõc anteriormede
enunciadas.É o autor
daprimeira toria geral do IDE - o
ParadigmaOLI -
queagr(ga de forma
consistente aspectosparciais oriundos coffiibuiçõs arteriores. Sqrmdo Duming o IDE
é determinadopela existfocia
simultâneade vantagos de propridade
(ownership), loealização (locaÍion) einternaliza$o (internalisationl
cujadmcriÉo
éfeila
no quadro1.
6 Ver, por exemplq Buckley e C:son (l!rSl) e Buckley e Ghauri (1991).
10
Vantagens de Propriedade Vantagens de Localizaçf,o Vantagens de Internalhaçâo
1.
Propiedadstmológie2.
Dimensão, mnomiasde esÉIa
3.
Dif€menciaÉo do produto4. Dota@rycifies,
comootrabalhq
@ital
eorgmizçâo5.
Assoaosmeredog frctorçeprodúm6.
Multinacionaliza@anterior
l. Diferenpsnopq
dosfupfs2.
Qualidadedmfuprús3.
Custm&trmsportseomuni@o
4. Difficiafisie,língpa, cultra
5. OisrtuiÉospaOA dGiryrÍs
l.
R€drrso do custo dastrm@
2. PÍot#ododireitode
popiedatte3.
Reür4âodaincerteza4.
Conrolo da oferta5.
@nhos estÍatégicos6.
Cmtolodâsv€ndas7.
hemciomliza€odase:úeÍnalidades
8.
Insisüfuciade msrmdsafazosQuadro 1-Yantagens
inerentes aoinvçtimento intemacional @amdigma OII)
Fmte: Joh
As vantagens de
propridade relacionam-s
como
facto de a e,mprsa deter a posse de determinadosactivos,
nomeadamenteactivos intangiveiq ao alcance de
poucasorganizaçõs empresariaiq oomo srcde oom as
empresasdo sdor mineiro,
nascomponents
tecnológica, financeira e de organização e gestão.Depis
de estabelecida a vantagem de propriedade a empresa tera qr.ledecidir
sobre a forma derentóilizá-l4
podendo optar eutre
a
iúe'rnalização das actividade§,ou
a cedência dessa vantagem aoúras
empresas,por o(emplo
atravesdo
estabelecimento de-'m
contrato de ücença.Satisfeitas
as duas
condiçõesanterioreq é
necessárioobservar se os factores
de locúizarçãoexistente
no mercado dedstino,
comosejaq
a dimensiio do mercado e as perspectivas de crescimeffo, o nível de desenvolvimeüto e adotaso
deinfra
estruturasdo país, a
presençade concorremte locais, e as politicas públicas de apoio
ao investimento, contribuem paÍa gerar vantagens paÍa as empÍ€xras.Só quando
çtão
satisfeitas as exigências ao nível das três rmntagsns havenâ uma decisãode investimerto tro Caso contúriq serão proorÍadas solu@es
de iuternacionali?aiao alternativaq de acordo oom a sistematizaçaoofereida
noçadro
2.1l
fpae@tm
Via de penetração
Propriedade Internalizaçâo Localizaçâo
IDE + + +
Exporta$o + +
Licenciamemo +
Quadro
2-
As vantngenswpccÍfrms
e asviss
deintemacionaliação
Fodo: Johnllmlrirg 1988
Quando a empresa investidora se
dedia
à extracção de recurms nmrrai§, Gomo é o casoda actiüdade mineir4 objecto do prwnte estudg existem
vaotag€ns competitivas inerentes ao desmvolvimento do projecto que têm origem em vaotagens de propriedade, delocaliza$o
e deinternalizago
quejustifiem o IDE.
De facto, a actividade mineira exigeum
grande esf,orço financeiro na faseinicial,
e,unboraÍão *istam
garartias que,no final
da fasepÍeparaúeiq
se coneluirá pela re,mabilidade da eryloração-O
elenado grau deinc€rt€a
e exigência em capital financeiro e tecnológico, associados ao sector faaemcom
que so as empresas eapazesde atingir
uma determinada escala produtiva possam ser compeúitivas.A ecala
é tambénnimportmte ra mdida
€,m que a actiüdade pressupõeum conjunto
detrúatrhos
queÉo
dۤdea pquisa
paraa
localização dominério,
prospocção paÍae da
extensãoe valor do minffo
locahzado,análise
de viúilidade
económicae
tomadade
deeisão entreiniciar ou úandonaÍ
aexplora@o, desenvolvimemto dos trabalhos de
ac6§o
àmins
aúé à laboração normal e recuperaçãopo$erior
daz.onaafwtada pelaexplora$o. A
componeffietemológic4
queé
decisiva paradecidir da üabilidade de um
dete,rminadoprojectq faz com que
as empresm competitivas nestesctor
neeessitem, para além deeondiçõs
financeirag de conhecimentos específicos e de g€rer ecotromias de escala e de e4periência que não são compativeis Goma
explora@o apenasa rivel Íaaioml, e que
beneficiammuito
de estratégiasde
internalização,por
oposiçâoà utilizaÉo do húitual
mecanismo de mercado-A
opçãopor u
a locatização é feita,por
razões ôbvias, de acordo Gom a qualidade e quantidade dos recursos mineraisexisteme.
Outros aspcrtos são tannbém importantes.Por oremplo, a disponibilidade de recursos humanos e de infta-estrutums, a existência
de condi@e§ lnacro e microreonómicas âvoráveis,
nomeadamenteao nível
dast2
políticas fiscais, politicas de incentivos ao investimentq ou
estabilidade económicq social e política-Estes aspectos são
üsíveis
no caslo particular da empresa emestudq
EurozincMning CorpordioÍL e na
suaestratqia de
actuaçiiona rqião da Faixa Piritosa Iberica. A
empresa
poszui um elevado potencial tecnológico, financeiro e de
organizaçáo, procurando com os investimentos emAljustrel
e em Castro Verde, obter os recursos de base (minerais metálicos) essenciaisà
suaactiüdade.
Nestes casoqforam
decisivos, para além de umaconjunhra
favorável a nível de mercado mundial, a eústência nestas localizações deminftios
de cobre ezinss,
enEe outrosminspi5,
em quantidades e de qualidade adequadas às necessidades da empresa.A
empresa realça igualmente, como factores associados à localização do investimento nas minas deAljustrel
e Castro Verde a conjuntura nacional favor:ável, a existência de recursos humanos e de um conjunto de condições inerentes ao te,rritório, que permilemgeÍar
sinergiase maior
eficiência nos domínios do transporte, operações portuarias, exploraçilo,e,ngeúaÍi4 eúe outroü
em resultado da exploração conjunta @urozincMining Corpration,
2005).2.2.3. Novas abordagens teóricas
A partir
dad&ada
de 80,o
ambientecompetitivo
das empresas multinacionais sofreu alterações substanciais- Dunning (2001) refere aevolu@
ds umaforrra
de capitalismohieilarguico, no qual as
empresasconooÍrem e,nfie si à escala global, para
um capitalismode aliançag no çal as
empresas multinacionais passama ooopeÍaÍ e
a buscar alianças estrategicasque lhes permitam
sobrevivernum contexto em que
a componente tecnológicaé decisiva Neste
cenário,os
acordospaÍa a
realr,r;açáo deactiüdades de investiga@o e
dese,nvolvimento conjuntas passama ser cnrciais
ejustificam
o crescimerto do mrmero de fusões e aquisiçõm.Torna-se novamente nocessária a revisão
do
referencialteorico,
de forma apermitir
a explicação adequada das novas formasde
investimento eue matsÍializam as recentesrelações empresariais internacionais. Muchielle (1991) srgere uma
abordagern,coúecida oomo't@Íia sidéti@',
que permiteraqomlizru
o crescimento das estraúqias de aliança e de cooperação intqnacionais com base nas relaçõeg a nível global, de cada empresa Gom asconcorrentç
e com as vantagens que as diferentes localizações podem oferecer. Sugere que sejam conjuutamente consideradas as vant4ge,ns competitivas das13
empresas, as vantag€ns comparati\trs dos paises e as vantagens com origem em alianças astratqicas celebradas com outras empresas.
Dunning
(2ml)
retoma a sua teoria ecletica,procdendo
à sra reformulação de forma a acomodar asalteraçõs
promovidas pelo novo ambiente oon@rrencial. Concretamente, e de acordo coma
sintese de Fontoura(l»7),
as vantage,ns depropridade
passam aincluir
os beneficiosresrltarts
das diversas sEaútryias de associação, nomeadamente, aliançasverticaig
alianças horizontais erdes
deemprsas
com actiüdades agrupadas geograficamente. As vantage,ns delmalizaSo tfu
em conta a conoentraçãogmgráfica de actiüdades
complementares(pólos tecnológicos, por exemplo) e o papel
dasinstituiçõe.s paÍa a cÍiação de estímulos à actividade industrial. O conceito de vantagem
de
internalizaçãoé ampliadq já que os
acordosentre
emprexlaspromovem
meios alternativos para obviar eveffiraisimperfeiçõe
dos mqcados.Exemplos
destas novasformas de
actuaçãopoÍ parte das
empresas multinacionais podem ser encontrados naindusfia
extractiva.Em 2@1, squndo
aOCDE (2@2),
osfluxos
deIDE
que se reportam a fusões e aquisições e a transferências de propriedade no segmeúo daagÍicultur4 floresas
eindúgias
mineirasrepreentavam l0%
do total.Nesse ano,
a
maior ransacçgo naindústria
mineirafoi a
fusão daBilliton, do
ReinoUnido,
e daBHP,
daÀrsralia,
que deu origem ao maior grupomrndial no
sector dos recrrrsos naturais. Outronqocio
importantefoi
aprivatizaso
da De Beers ConsolidatedMnes,
queconúrziu
à aquisiçiio deffi,T/o
do capital social da empresa pela sociedadeDB Investmentg do Luxemburgo.
Esúa empÍesaé dstida em conjurto pela Anglo
American, pela Cemral Holdings epla
Debsuana Diamond Company.Mais recentg
ojornal Diário
Económicoreportavq
na sua edição de28
de Julho de2006, a
irúen@ode
aquisi@opela
PhelpsDodge das
empresas canadianasInco
eFalconbridgg num plano de fusão em duas
etapasem que a Inco adquiriria
aFalconbridgg sendo
posüeriomenteadquiÍida pela Phelps. Posteriormerte a
Inco desistiuda
aquisiçãoda sra rival
canadianadevido a
divergênciascom a Xstat4
empresa
Súça
detentorade2ü/o
do capital daFalconbridgg
argumentando que seiria
concentrar em completar
o
seu acordo oom a Phelps.No elrtatro
a Incotmbém
é alvo de uma opera@opúlica
de aquisiçãohostil por prte
daTeh
Cominco,do
Canadrf cuja proposta exigia que aInco
úandonâss,e a sua intençiio de adquirir a Falconbridge.I smprea é ainda alvo do interese das
companhiasmineiras Rio Tinto, Anglo
American e BHPBilliton.
t4
No eso
dafumincor,
eÍnpreffipor vie
daqual
se concretizouo profe,*o
deIDE
emmdo,
inicialmeme aparticipgo
de @pitatwtrrycim
correryoudia a49lo
do capitalsocial detidos pela
empresabritânica Rio Tinto Zinc. Postsiormente, a
EurozincMining Corpor*io4 de origem mmdiana, adquiriu a
totalidadedo capital
social da Somincore
rlasPirito Ale,rfejn"s$
detemtorasda
sninade AtjusEel-
Ac,tualmeute a empresa EurozincIlfming
Corporairunesabele@I um arcrdo
de fusão Gom a empresa suecaLunding Mining
eoncluídoom Outúro de 2006,
donderesultou a
empresaLunding
Mning
Corporation-2.3. 0s deúerminanúcs do IDE
A cortorhmlização
doIDE
€§ta associadg não so à t€úsÉiva deen§oúrar
orpüoações adequadas paÍa osfluxos
obserrmdos de investimentoprodutivo
imernacional,isto
é à busca das razões quejustifieôrn a
decisãode imesir no ctramgpiro, m*s
também à análise dos aspectos quefrzem
com que oimrstimemo
aoomüry de determinada forma e das variáveis que mais contribuem pafa que se localize numa,rárea específica Estarnos, neste caso,no dominio dos dudos empíricog
ondea aten@ dos
amdémicos está centradanos
det€rmimoüesdo IDE.
So,b estepúo de vistq é
possivel classificar genericameúetodos
os projectos deIDE
e,m duas grandescatqorias: O IDE que
é determinado pelos custos e aquele que busca ummscado.
No que rwpeita ao IDE que busca um meredo, alguns çtudos evidenciam
a importânoia de aspectos como adimmão
ou a afinidade que existe entre mercados de origem e de destino do IDE-?As
analism aplicadas slgerem que os mercados demaior
dimensão e/ou qescimento nápido são mais atractivos parao IDE
quando o objectivo éo úastecimento
dos consumidores locais,e a maior
proximidadefisica,
económica ecultural entre os
mercadosde origm e destino @e ser cnrciais na
escolha dalocalização. São também
muito imprtantw o
gxur deúerhrm
dasçonomias, o
nível de überalização e aestúilidade
económica, politica e social dos países do acolhimento.sNo catp do IDE motivado por razões de eficiência produtiva, os
principaisdeterminartes identificados são
o baixo
prêço deftctoÍes prdtivos e
dos oonsumos7 Ver, 1nr e,xemplo,
pr uqlo,
Lrm (19t3), Veugsl€r (1991),Tsi
(1994)nf*Uryatty
e Sauram (1999» Lipsa,y (2000), Itrollmd (2{ffi), Buc&le,y (2002) ou türmmlomp e§@
{Js0/2).o Ver, 1nr exsrylo,
pc
exe,rylq Jackmn e Itíareormki (1996), Rer$m*n (19ff),Brffioq
Di-IvÍauro etucke (1998), Nair-RÉichtrt e Tl,efuhold (2@l), ou Cmpos e
Isnoúitr
(2003).l5
intermedios. O
prqo
da mão-de-obraê
a este respeitq um determinantefortg
embora a evidência empírica seja mista no que se refere à importância da respwtivaprodutiüdade
e/ounível
de formação.eNormalmentg
a exigência em termos de capital humano está positivamente relacionada com a imensidade tecnológica do objecto do investimento.No
casoportupês,
a análise de Cruimarãeq FigueiÍedo e Woodward (2000) conclui quea
possibilidadede
exploraçãode rconomias de utanizaçact e de
localizaçãoé um importante factor de
atracçãode investimento esfiangeiro.
Relativamentea
outros factoresde localiza$o, a eüdência
empíricasrgere
quea
proximidade aos grandes mercados constitui um factor relevante para aop@
por runa localizaçeo. Para oIDE
é decisivo o aoe$xl aos mercados do corredorlitoral Portslisboa
e às infra-estruturas de acesso aos mermdos internacionais(portos e aeroportos) com
predominância nesse corredor. Os custos dotabalho
e da terra não fomm considerados relevaütes enquanto factor de localização para oIDE
que se direccionaparaterritório
nacional.No
caso doswtor minsire, putese
muitas yezes do princípio que os determinantes doIDE estib
ap€nas relacionados com vantagms de origem natural-
a existência ou nãode
recursosminsÍais (ver, por exemplo, Garcia et aL, 2001). Contudq tal
como mostram O'Regan e Moles (2004» o investimeuto mineiro é relativamente móvel e,por
este
motivq
o conceito demactiüdade relativatem
aqui uma importância fundamental.Segundo estes autores,
as
empresâs mineiras concentramos
sêus investimentos nos países que apresentamas condiçõc
mais aúractivas. Estasondiçõm
dependem não ap€,nas das condições geradas pela naturez4 mas também de factores Gomo a le,gislação mineira emvigor
(que pode variarmrito quatro
as exigências que são feitas em termosde
preservação embiental),a
qualidadee o preço da mâo-de-obrq a
existência deincentivos governamenta§ o envolvimento das
empresas estaúaisn6te tipo
deactiüdadg
enüe outraq Ere@e,m conribuir
paÍa a redu@o dos cusüos de e,:rploração.Uma vez
decidida porparte
de uma empres4 a escolha de uma daerminada localização realizam-se investimentosquq por
suave4 criam laços nese país e potenciam
a atractividade relativado
mesmo.Dsenvolve-se
umciclo virtuoso,
que neste momento paÍece estarem funcionameúo na
relaçãoenüe a
empresa canadianaloEurozinc
ee Ver, por exmplq Lipsey e Krâvis (19S2) ou Jackson e
nídowski
(1996).ro O Canadá tem um papel firndaúo€úúal em termos de e,ploração minsira De Êcto, não sô o sectoÍ mineiro te,m um peso relativmede elermdo na
@orcmia
cmo é de oÍigpmmdiana
a maio FÍte docapital que sustsúa a actividade mircira rmmdiat (3/4 das
ryesas
mireiras rmmdipis So oanadianas). No Canadás6o
sedeadas*is oqmhias
de erylmção minsira" nais msliúas minsims e nais cmpresas espiAizaAas em legisl@o minefua do que em qualquÊr üeo psls do mmdo. (Verhvis,
2(X}l)16
Portugal, mars em
particular no
concelhode
CastroVerdg dé
que seja atingtdoum limite nrperior a partir do quat a
atractividadecomqa a rduzir-se.
Normalmente,quando
estasfases sâo
acompanhadasde
descidassignifi6livas nos preços
dosminérios, acontrem deslocalizaç,õe para rqiõs que têm politicas
estáveisrelapionadas oom
a
actividademineira De
acordo com O'Regan eMoles (2004),
s:io estes os países que se tornam relaúivamente mais atractivosà mdida
que aumenta a aversão das empresasao risco. Estq Fr sra ve,4 tem uma
relaçãodirecta com
avariabilidade dos preços dos minérios relenantm paÍaa sra actividade.
Como
jâ foi referido, a
existênciade
condições naturais adequadasé muitas
vezes percebido cromo o ímicoftctor
relevante para oIDE mineip.
Os esudosdeenvolvidos
nesta áreaepecífica
mostram que este parecenão
ser, defactq o
caso. Garcia*
al.(2001) diio relevo ao
âcto
de osgrandes
mundiais de cobre(Chile
eEUA)
terem registado, na decada de 90 do seculo passadq grandes aumeúos de produtiüdade
do factor üabalho na
actividadeoúrastiva A sra
análiseinvestiga a origem
desta melhoria,quctionando
se ele se terá ficado a dever a melhorias nas dotaç,ões minsiras exploradas, isto é a novias minas, ou apostas na tecnologia e na inovaçpo. As conclusõesapontam clarameute para a primazia da
segundahipótese, o que mostra
quão importantes são os factores de origem hrmana,por
comparação com os naúurais, nestetipo
de actividade.No
erúanto, o custo dos factores deprodtr$o,
nomeadamente os de trabalho, devem ser conjugados com outros aspwtos, c{rmopor exemplq
a qualificação dostúalhadores,
as quantidades
e torm
existe,ntes nosmeta§
as perspwtivasreldivas
ao período de exploração, entre outros. O custo dofrstor trúalho
deve considerar a qualificação dostrúalhadorw,
porque a utilizaçâo de determinadas tecnologias podeexigir um
nível decoúecimentos
que será maisfficil
assimilar scm resuÍso a elevadas cargas de formaçãoprofissional especific4 que pode acarrcttr
gastosasrecidos pua o frctor rabalho.
Assim, alguns asprctos como
o
m&nuseamento dequipamentos
mais sofisticados e as políticas desqurança
e ambiente podem gerar alguns ganhos com a ufrlizaliao de mão-de-obra mais qualificada embora mais Garq quando omparada com
outraslocaliza@s.
No
caso em anáilise e,um
pouco mais genericamentg nos projectos deIDE
mineiro implementados pelaEurozinc Mning Corporaiion na
zub-regiãodo Baixo
Alentejo,ainda que não tenha sido raliz«la uma
anáüiseempírica format as
entreüstas17