B5
MEsTRADo EM QUÍMrcA
nun'Íncn
ADsoRçÃoEMFASELÍQUIDADEcoMPosTos FENóLIcosEMcARvõEsAcTIvADos
Eloborado por: ÂÀario ÂÂorgorido llÂontes Polmo Ferro
Cóias
orssenreçÃo DE MESTRADO soB A omenreÇÃo DO
PRoFESSORDouroR: PETER. JOSEPH â^ICHAEL CARROTT
(EÉüa dtss€Íb@o não lnctul as
crÍtles
esugestõeísths
pololúrl)
Univercidade de Évora, Outubro 2OO4
IADsoRçÃo EM FA5E úQurDA DE collPosTos
FENóLICOS EM CARVõES ACTIVADOS
DISSERTAçÃO DE MESTRADO EM QUÍMICA ANAúNCE REAUZADA
NO rÁBonnrÓruo Do GRUPO DE QUÍr.ltce DE SUPEnTÍclrs e
APRESENTADA À uuryeRsIDADE oe Évonn Á
IIARIA IIARGARIDA MONTES PALMA FERRO CóTAS
ORIENTADOR: PROFESSOR DOUTOR PETER
'OSEPH
MICHAEL CARROTT
ultwERalDADE oe Énonn
DEPARTAIUIENTO OE
OUíMrcI 2í|íM
táf vÃ/ 3
"Where shalt I begin, please your Írlaies?" he asked' 'Eegln at begtnnlngo, the Klng sald, gravelyt "and go on tlll you coms to the end: tlren §toP"'
LEWXS GARROLL,
Allce's Adventurç in Wonderland
AGRADECIMENTOS
A reatização de um trabatho desta natureza, endo um de§derato de um
indivíduo, representa um esforço e muito trabatho, não isento de apios'
companheirismo, entreaiuda e amizade.
Poresta razfu gostaria de agradecer' reconhecidamente:
o Ao Professor Doutor Peter carrott o modo efectivo e estimutante com que acompanhou todas as fases do trabalho, a constante dispnibitidade demonstrada Para reatizar as mais diversas tarefas retacionadas com
aorientação dos trabalhos,
asvatiosas
sugestõesapresentadas' a sugestão do tema.
o Aos Professores Doutores Peter Carrott e
ÀâanuelaCarrott pr terem tido
acoragem, vontade e conhecimentos para criar um taboratório com
ascondições necesúrias para o desenvotümento do trabatho experimentat'
o Ao Professor Doutor João Nabais, a cedência de diversos etementos
bibtiográficos e o apoio repetidamente efectivado ao presente trabalho;
o Ao professor Doutor Neto vaz que contribuiu de forma intensa para a minha formação.
. À Doutora cristina Gatacho, a inestimávet ajuda prestada nos trabalhos de Laboratório, as proficuas discussões sobre adsorção de azoto a Tl"K e o espírito de dedicação e ajuda que demonstrou'
. À Cotega
EtsaGonçalves, a amizade demonstrada, o imprescindívet apolo dispensado nos trabathos de Labratório e as inúmeras sugestões e recomendações, que
experimentat.
methoraram, em muito, o procedimento
o Aos Cotegas de Mestrado cétia, Manueta, lúadatena, fuia, Dulce, Jorge e
João, as palavras de incentivo de apoio e a boa disposição que sempre
demonstraram
. À Universidade de Évora, em espcial ao Departamento de Química de Superfícies, todas as facitidades concedidas e os meios laboratoriais
cotocados à disposição, inctuindo o imprescindívet zuporte informátlco'
o A sua Ex.. O senhor Reitor bem como ao Presldente do consetho do Departamento de Quimica, o facto de ter tido a oportunidade de desenvolverotrabal,hoexperimentalnassuasinstalaç&s.
o Aos meus atunos estagiários, DeniF, Hétia, lúagda, Nuno, Zé Àlaria,
HUgo'Cartos e Tânea, o apoio e a amizade com que sempre me acolheram, por tudo aquito que, sem regateios, me proporcionaram'
o A todos os amigos petas constantes patavras de apoio e permanente
interesse
. Á Xiquinha
peLacomPreensão sitenciosa dos momentos difíceis petos quais
passeloAomeuqueridopai,petosseuscomentáriossobremeutexto.
o Finatmente à minha famítia,
cui95agradecimentos sempre serão Poucos' em
esryiat ao
Ruie aos
meusfithos Guitherme e carotina, 9uê suportaram com estoicismo, abnegação e espírito de dedicação, as longas ausências e
asmuitas
horasdifíceis.
o
Aos meusirmãos pr terem permitido
queeu
não fossefitha única;
o
Aos meusqueridos pais, que
nuncajutgram
possíveteste momento' exempto de força, modeto de postura académ*ca e étka, fontes de uma enorme
generosidade e apolo que semPre confiaram nos meus sonhos' mesmo
nosmais loucos, e que me ensinaram a acreditar que é possível realizá-los' atém de me mostrarem que trabalho, perseverança e
ferramentas ideais para atingirmos
as nossasmetas'
A
todos agradeço, profundamente, e dedico o resuttado do trabatho' Agradeço, também, a Deus, que dispensa comentários'
honestidade são
asHffit [ilo
Este
trablho
insere-senuma liúa de
trabalhoa
decorrerno Grupo de Química
deSupficies
sobrea
adsorçãode
poluentesem
mateÍiaisde
carüonoe
qugtem
comoobjectivo principal o
desenvolvimentode
modelosde
adsorçãoque
permitem obterparâmeüos quantitativos da interacção sólido/poluente com vista à previsão da eficácia de diferentes materiais de carbono actualmente disponíveis
e
ao desenvolvimento de novos materiais com propriedades superiores. Neste caso concreto, o üabalhoiú incidir
sobre aadsorção de cloro e niüofenóis em tecidos de carbono activados e pretende-se esclarecer a influência das propriedades do composto fenólico, tais como solubilidade e
pKa'
sobre a adsorção.A
amostra de tecido de carbono activado, utilizado neste mbalho,foi
estudada antes (CA) e depois(cAo)
de oxidação com ácido nítrico e os compostos fenólicos (fenol,p-nitofenol,
p-cresol, p-clorofenol, o-clorofenol e
m-clorofenol)'
A
metodologia usada para obter as isotérmicas consistiu na preparação de soluções de concentrações conhecidasas quais foram
colocadasem contacto com uÍna
massaSempre constante de adsorvente (carvão) durante gma
smana
ecom
a8Jitaçãa contínua' até seatingir
oeqútíbrio.
Apos a filtraçãofoi
possível obter a concentação de equilíbrio em solução (Ceem mdL)e
a quantidade de material adsorvido(W
em mg/g)' Os gníficos assim obtidos sãoas
isotérmicase
podem apresentar-sede
várias formas, fornecendo informações importantes sobre o mecanismo de adsorção'Com base nos resultados obtidos
foi
possível concluir que a adsorção é influenciadaplo
pH do meio, a polaridade da amostra e ainda, em determinadas condições' a solubilidade do composto fenólico.
A
camcterizaçãoda e#utwa
poro§adas amosfas de tecido de
carbono activadofoi
ef@ürada através do traçado de isotérmicas de adsorção de azoto
a TTK'
as quais foram analisadaspelos
métodos oo, Drúinin-Radushkevich@R) e
Bnrnauer-Ernmeü-Teller (BET). De§ta análisepdemos
concluir que o tecido de carbono activado é microporoso com áreas aparentesBET
de 693(CA)
e7El (CAO) m'€',volumes
microporosos totaisenre
0.306(CA) e
0.356(CAO)
crn3gre
poroscom
larguras médias de 0'680(CA)
e 0.917) nm (CAO).A caracterização química
foi
efectuada atavés da determinaç,ão da composição elementar edopontodecargazero.FoiaindaanalisadaasuaesürrturafisicaÚilizarrdoadifracçãode
raiosX. O
carvãofoi
ainda sujeitoa
análise termogravimética' Podemos afirmar que o tecido de carbono activado é de nattreza ícidacom
ponto de carga zero de 7 '2(CA) e
5'2(cAo).
o
resultado deste estudo poderá ser aplicado ao contÍnuo desenvolvimento da remoção de resíduos anrbientais.11
I]UDíGE GERIIL
ngrdecfrnentc
Reeumo
ftUlcs
lndtce gelal lnOlce de figulre
lnOlce de bbelas Glcsárto
Usta de Abrcviaturrc Deignação das amoaürre
I
Ht
v
vlil
n
xl
1.0 - INTRODU
Caracterização li§ica/ química do
carvão' """"""""2
Teoria e Propriedades da
adsorção... """"""""""""
4Considerações sobre os
adsortirm
emestudo' """"'7
Métodos de
caracterizaÉo química
e Úextural doscalvõs
activados"""""""11
Caracterizaçâo da
etrutura microcristalina """" """"""18
Determinaçâo
doponto
de cargazero """' ""'2O
Isotémicas
deadsorção """"""'23
Isotérmica
deLangmuir ---... ""24
Isotérmica de
Freundlich -... """26
1
J,7
2.0
- PARTE EXPERTMENTAL ..-.."' """""""
2.r
-EQTIIPAMENTOS ..--...-..- "'""""'27
o A*sorcá9
deAzpto
a77K """""""
27s
Adsorçâo de comnostos fenólicoss Ilifoacçâo
de raiosX """"""28
s
AnáliseTermoqravimétrica """""""'28
o
Determinacão doponto
de cargazero """""""'29
lr
Deúerminação de centros ácidos ebásicos """"""'29
s
UsoGeral """"""29
2.2 .
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ...' "'30
2.2.1-oxidaçáo
docanão
activado com ácidonítrico lM """"""'30
2.z.2-Adsorçâo
deazoto t77 K """30
2.23 -Determinação
dascondiçõe
dequantificação
doadsortivo ""31
2.23.1-Determinação
do cdo e das respectivas condições depH "31 223.2-TrapdodarcfÚadçeslibrasoparaanáliseportlV.Yis.33 2.2.4.Adsorçâodecompostosfenólicosemtecidodeervãoactivado
Fabril """""33
2.2.5 -Difracção
de raiosX """"" """""""'35
2.2.6 -AnáliseTermogravimétrica """"""""35
2.2.7
- Determinaçâo
doponto
de cargazero """'
2.2.8.Determinaçãodaquantidadedecentrosácidosecentros
..36
básicos.
36
23 - PRECAUçÕEs EXPERIMENTATS """" """37
iv
3.0
- RESULTADOS E DTSCUSSÃO """""""38
3.1-Caraetet'tza$oTextumt ""'38
3.1.1
- AdsorÉo
deN2 ITTK """""""'38
3.1.2
EquaçâoBET """""""39
3.13
Equaçâo on.---.---.. """'40
3.1.4
EquaçãoDR """"""""'41
32-Carruúe,t'lzarçâo
quÍmica """4
33 -
Estudo da degradaçâotérmica
do Úecido de carvão(cA
ecAo) por termogmvimetria ... """""""45
3.4
-
Caracterização daestrutura microcristalina por difracso
de raiosx
...463.5
-
Estudo da Adsorção de compostos fenólico§ emcanão activado """"'48
3.5.f-
Estudo dascondiçõe
óptimas dequantificação
dos compostos3.5.2-Isotémicas
de adsorção dos Fenois: FenoloPl[F,
MIYF, OCX',PCX.,
PC
X'enólicos 48
.49 3.5.2.1.
3.5.2.2.
3.5.2.3.
3.5.2.4.
.53
3.53 -
Aplicaçâo da equaçâo deLangmuir
às isotérmicas em estudo-..."55 3.5.4-
Aplicação da equação deFreundtich..." """"""""""56
35.5 -
Variação da capacidade adsortiva docanão
Gom o pH dasolução..."""""58
3.5.6
-
Variação da capacidade adsortiva dos diferentes adsortivos em estudo..."'603.5.7
-
Variação daepacidade
adsortiva Gom a oxidação para cada fenol ems.0 -
PROPO§TAS DE TRABALHO rufllRo.-.-... ....-.-68
6 _
REIrERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA§.
.69AI\IEXOS
Anexo A1-Estudo daestnrturaporosado
Tecido de Carvão emanálise-
isotémnicadeadsorção de
Nz a77K... """"81
Anexo
A2-
Ponto de carga zero ffrc2) das amostras de carvão activado. ..83AnexoA3-TitutaçãoporretornortasamostrasdetecidodecarvÍioactivado.--...-84
Anexo A4-
Espectrosde úsorção UA/ Visível do OCF e MNF nas
diferentescondições de pH, para a escolha dos diferentes comprime,lrtos de onda de trabalho .-..88
Anexo A5 -
Cálculos auniüaresÍlara os
adsortivosem
estudo:F, PNF, MNF,
OCF, PCF, PC firndamentais paÍa o traçado dasisotérmicas...--.. """""""'92
Anexo
A6-
Equaçlio de Langmuir aplicada à adsorção dos fenóis em estudo. . . - - - - - -107Anexo
A7-
Equação de Fretrndlich aplicada à adsorção dos fenóis em estudo-.----..111Anexo
A8- Lei
deLambert-Beer... ""'ll4
Anexo A9 -
Considerações sobre o Espectofotómetro de feixe duploúilizado:
modelou-3010....
vl
118
ft{DICE DE FIGT]RAS
Figura 1.1:Represelrtação dabase da estrutura dos maúeriais de carvão activado.--...3 Figrrra I .2: Representa@o da estnsura
prosa
do carvão activado.--.
.---....4Figrra
1.3: Processo de adsorção nos canrõesactivados" """"""
5Figrra
1.4: Exemplifica@o de uma adsorçãoquímica"" """"""'
6FiguÍa
1.5: Exemptificação de uma adsorçãofisica"""" """"""'
6Figura
1.6 Formas de ressonância dofenol- """"'10
Figura
1.7-
Classificação deIUPAC
dasIsotérmicas... """"""12
Figura
1.8-
Desenho esquemático das esnuturas microcristalinas do can'ãoactivado.l9 Figura
1.9-
Re,presentação esquemática da adsorçãoelectrões zr deslocalizados dos anéis aromáticos.
de ácidos pelos gruPos Pirona e
Figrrra
l.l0 -
Basicidade relativa dos grupospirona ""23
Figura 2.1- Esquema representativo das condições de
desgaseificação.... """"30
Figura 3.1
-
Isotérmica de adsorção/desadsorção de azotoaTTKdo
tecido de carvão .21activado em análise:
CA
eC4O...
..39Figrrra 3.2
-
RepresentaçãogrificÀBET
aplicada à isotérmica de adsorção de az-oto a77K em
CAO
..40Figura 3.3
-
Representação gnáficaBET
aplicada à isotérmica de adsorção de azoto a77Kem
CA """"""40
Figura 3.4
-
Representação gráfica das cun as oo para o tecido de car, 'ão em análise:CA
e
CAo """"'41
Figrrra 3.5
-
Representação gráfrcadas curvas DR para o tecido de carvão em análise.CAFigura 3.6
-
Curva de titulação massica do CAO nas diferentes condi@es depH---....44
Figrrra 3.7
-
Curva de titulação massica do CA nas diferentes condições depH
- - - - - -,4
...47 .41
Figura 3.8
-
Análisetermogravimética
do tecido decanão
em análise .45Figrra
3.9-
Difractogramas represe,lrtativos das amosffas analisadas....Figura 3.10. Isotérmica de adsorção de Fenol em
CA
.49Figura 3.11. Isotérmica de adsorção de Fenol em
CAO... """""49
Fignra 3.12 -Isotérmicas de adsorção do PNF em
CA
para os diferentes tipos de pH.-50 13-
Isotérmicas de adsorção do PNF em CAO para os diferente§ tipos de Figura 3.pH.
....50Figrrra
3.14-Isotérmicas
de adsorção doMNF
em CÁ'...' FiguÍa 3.15-
Isotérmicas de adsorção doMNF
e'm CAO....Figrrra
3.16
-Isotérmicas de adsorção do OCF emCA
para os diferentes tipos de pH. 52 Figrrra 3.17-
Isotérmicas de adsorção do OCF e,m CAO para os diferentes tipos de pH.52 Figrrra 3.18
-
Isotérmicas de adsorção do PCF em CA para os diferentes tipos depH.
53Figrra
3.19-
Isotérmicas de adsorção do PCF em CAO para os diferentes tipos de pH....51
FiguÍa 3.20
-Isotérmicas
de adsorção do PC emCA
para os diferentes üpos de pH...Figura 3.21 -Isotérmicas de adsorção do PC em CAO
(B)
para os diferentes tipos de pH..Figrra
3.22 -Isotermicas de adsorção dos seis adsortivos em estudo noCA
sem5l
53 54
54
condicionadores de pH....
Figura 3.23 -Isotermicas de adsorção dos seis adsortivos em estudo no
CAO
semcondicionadores de
pH... ...'."""
61Figrrra 3.24
-Isotérmicas
de adsorção do OCF em meioneuho...
...63 Figura 3-25-Isotérmicas
de adsort'ao do PC em meio neutro....-...Figura
3.26-Isotérmicas
de adsorção do Fenol em meio neufro.Figrrra 3.27
-Isotérmicas
de adsorção doMNF
em meioneuto.
«
«
Figura
3.28-Isotérmicas
de adsorção do PCF e'm meio neutro.Figura 3-29
-Isotérmicas
de adsorção do PNF em meio neufro.&
Figura
A3.l-
Curva de titutação doNaOH Waadeteminação
dos centros iácidos emCA..
84Figrrra
N.2
- Primeira derivada da curva de titulação da figuraA3.l
63 60
65
vl1l
84
Figrra A3.3-
Curva de titulação do NaOH paÍa a deteiminação dos centros rácidos emcAo... .--...-...- """"""""""'
85Figrrra A3.+Primeira
derivada da cuwa de titutação dafiguÍa
A3'3Figrra A3.5-
Curua de titulação do HNO3 paÍa a determinação dos centros hásicos emcAo... ...:.---... ""
86Figura
43.6
- Primeira derivada da curva de titulação dafigtra
A3'5"""""""""""""'
86Figrrra
N.7
-Curya de titulação do HNO3 para a determinação dos ce,ntros básicos emcA... ..-..."""""
87 Fignra43.8
- Primeira derivada da curva de titulação dafigr[a
A3 '7"""""""""""""'
87Figura:
44.1-
Especúo deúsorvância
deLIVA/isível
doadsortivo ocF,
em meio85
Figura:
A4.2-Especüo de absorvância deUV^/isível
doadsortivo
OCF, em meio ácido...FigrtÍa:
44.3-
Espectro deúsorvância
deUVA/isível
do adsortivoMNF,
em meio básicoFignra:
Aç.4-Especúo de absorvância deLrvA/isível
do adsortivoMNF,
em meiobrásico 88
89
91 90
Gnáfico A5.1.1: Recta de calibração da solução de Fenol 92 Gnáfico
Al.2.|:Recta
de calibraçáo dasolução dePNF""' """'
95frfico 45.3.1:
Recta de calibração da solução deMNF ""'
97Gnáfico
45.4.1:
Recta de calibração da soluç&s deOCF """"'
100G,ráfico A5.5.1: Recta de calibraçáo dasolução de
PCF""' ""'102
Gráfico
45.6.1:
Recta de calibração da solução dePC """"""
105G,ráfico 46.1.1. Aplicação da equação de
Langmuir paÍaaúsorçiio
de F emcA
--- 107Gnáfico
A6.l.2.Aplicação
daequação deLangmuir
pilÍaaabsorção de F emCAO "107
Gnáfico A6.2.1.Aplicação da equação deLangmuir
paftLaúsorção de PNF emcA (§
e
CAo (B)...:... """'
108Crnáfico A6.3.1. Apticação daequação de
t
angmuir panlaabsorção deMNF
emCA
(A)
eCAo (B)... """""""""'
108G,ráfico
N.3.Aplicação
da equação de Freundlich para aúsodao
dee
CAo
(B)...fffico
A6.4.1. Aplicação da equação de Langmuir paÍa aúsorção
deocF
emcA
e*::::l:l:1-i'-@Í:e::**T**:1-T',É"::-"::lll,,
Gnáfico A6.5.2.Apücação da equação de
LangEuir
para aúsorção
de PCF emcA
110Gráfico 46.6.1. Aplicação da eqgaçÍto de Langmuir para a absorção de PC em
CA (A)
ecAo (B)...:... ..-.-.-...-.-.--. "'
110G,ráfico
AT.l.Aplicação
da equação de Freundlichpara aúsorção
de F emCA (A)
ecAo (B)... """"""""""
111Gráfico
N.z.Aplicação
da equação de Freundlich paÍa aúsorção
dePNF emCA (A)
111
MNF
emCA (A)
112 GráficoN.4.Aplicação
da equação de Freundlich para a absorção deOCF emCA (A)
tt2
G,ráfico A7.s.Aplicação da equação de Freundlich para a
úsorção
de PCF emCA (§
e
cAo @):... """' ll3
Gnáfico
N.6.Aplicação
da equação de Freundlich para a absorção de PC emcA (A)
ecAo (B)...:... ""
113FiguraA. 9.1
-
Rede de difracçãoCôncava """"""
I 18Figura
A.9.2-
Diagrama óptico representativo do modelo U-3010 119FiguraA.
9.3-Esquemadeum monocroma&rde seya-Namioka... ...120
Figura
A.g.4Esquemado
procmsamento e o sistemade conúolo do espectrofotómetomodelo
u-3olo.- """'l2l
x
Íxmcr, DE TABELAS
Tabela 1.1- propriedades ffsicas e químicas dos compostos fe,lrólicos em estudo
"""""'E
Túela
2.I-condições de oporação parao
naçado de isotérmicas de adsorção de azoto a7TK 31
Tabela 2.2 -
volume
deX, HCI ouNaoH
necessários pÚaprepamr cada solução"""'32
Tabela 2.3- Concentração da sohrção-mãe e gama de concentraçõs das soluções utilizadas naadsorção em
CA
e emCAO
Tabela
3.1-Cü7y;tsÍi?ÀsÃotextural
do tecido de carbonos6
análiseCA
eCAO' """4
Tabela 3.2- cenüos ácidos
(cA)
e cenüos básicos(cs)
decA
ecAo
determinados portitulação de
retomo. """'45
Tabela 3.3:
Reultados
da caracterizaçãopr
üfir:acção de raios X-. 47Túela
3.4-
c.d.o. de cada composto fenólico, nas condições depH
onde a absorvÍinciaregistada assumiu valores
irais altos. """"""""
48Tabela 3.5: Parâmetros de Langmuir paÍa os adsortivos e,m estudo 55 Tabela 3.6: Parâmetos de Feudlich para os adsortivos em
estudo
...--.-..---57 Tabela3.7: úrgada
superficie doCA
bem como Mc,argade cada comlrosto fenólicoem fimção-do pH do
meio...- """'59
Tabela 3.8: Carga da zuperficie do
CAO
be,m como da carga de cada composto fenóüco em firnçãod"
pH domeio.... """""'
59Tabela
41.1:
Valores de adsorção/desadsorção de azoton|TKpara C4""""""""""" 8l
Túela Al.2;Valores
de adsorção/desadsorção de azotoa7TKpara
CAO"""""""""'
81Tabela
M.l:
Yo de e,aryão em estudo e respectiva massa paÍa a titulaçâo mássica deCA
83 Tabela
M.2:
o/ode
canrão em estudo e respectiva massa paÍa a titulação mrássica deCAO
83Tabela A5.1.1:
Valores
s paÍa otaçado
da ctrrva de calibrração para o 92 34Fenol
Túela N.1.2:Preparação
de soluções utilizadas para adsorção noFeno1""""""""""
93Tabela A5.1.3: isotérmica de adsorção em
CA
paÍa o Fenol' 93Tahla 45.1.4:
isotérmica de adsorção emcAo
paÍa o Fenol...-. 94 Tabeta A5.2.1:Valores experimentais paÍa o Úaçado da cunra de calibração de PNF"
94Tabela
A5.2.2:Preparação de soluções utilizadas para adsorção noPNF' """"""""""
95Tabela
N.2.3zisotérmica
de adsorção paraCA
emPNF' """""96
Tabela A5.2.4:isotérmicade adsorção em CAO
emPNF
96 Tabela A5.3.1:Valores
s paÍa otaçado
da curva de calibração emMNF
97Tabela
A5.3.2:Preparação de soluções utilizadas para adsorção emMNF' """""""""
98Tabela A5.3.4: Isotérmica de adsorção para
CA
emMNF"' """
98Tabela A5.3.4: Isotérmica de adsorção para
CAO
emMNF"' """"""""""'
99Tabela A5.4.1: Valores experimentais para o
taçado
da curva de calibração Para OCF 99Tabela
A5.4.2:Preparação de soluções utitizadas paraocF
... 100Tabela
45.4.3:
isotermica de adsorção paraCA
emOCF"' ""'
101Tabela
A5.4.4:isotérmica de adsorção paraCAO
emOCF"' """"""""""
101Tabela
45.5.1: Valores
s para otaçado
da curva de calibração em PCF 102Tabela
A5.5.2:Preparaçãode
soluções utitizadas para adsorção emPCF""""""""'
103TabelaA5.5.3: isotérmicade adsorção
emCAparaPCF """"'
103Túela
A5.5.4: isotérmica de adsorção emCAO
paraPCF" "" lM
Túela 45.6.1: Valores
s paÍa o traçado da curva de calibração em PC . 104Túela N.6.2;Preparação
de soluçõesúilizadas
para adsorç,ão em PC.""""""""""
105Túela 45.6.3:
isotérmica de adsorç,ão emCA
paraPC"" """'
106Tabela A5.6.4: isotérmica de adsorção em CAO para
PC"'
106xll
LISTA DE ABREVIATT]RAS
A-
ÁÍea ocupada por uma molécula de adsorvato B -Ordenada na origemo BET -Brunaur-Emmeü-Teller.
o
SsEr-Área
aparente BETo C-Constante
BETca -
Quantidade de centros ácidos (mmoug) de uma amosffa de carvão.cs -
Quantidade de centros básicos (mmoug) de uma aÍnosffi de carvãoC* -
Concentração de adsorvato na soluçiio após o equilíbrio a DA-
Dubinin-Astakhov.n s
:
Quantidade limite de solvente que preenche os microporos oa
a
a
o
DR
-
Dubinin-Radushkevich o Vs-
Volume de microPoroso Lo
-
Largura média dos Poroso
DRX
-Difracção
de raios X.o
À-Comprimento
de ondaos02
- Ârguto
de Bragg entre o feixe incidente e o plano (002) oI. -
Largura média das microcristalitesL -
Altura média das microcristalites oa DS -Dubinin-Stoeckli.
a
o
o
E_Energiacaracterísticadosis.temaadsorvente.adsorvato
B -
Energia característica para um dado adsorventeE"
-
ParâmeEo eqúvalente da energia oaracterística Úilizados na equação DRKKr-
Constante de FreundlichKr -
Constante de LangmuirL
-
targura média dos Porosa m
-
Declive da rectaMM -
Massa molar de uma determinada molécula'Nr -Número
de Avogadron a"- Número de moles de adsortivo adsorvido por unidade de massa de adsorvente'
n -
Capacidade da monocamadan i"-Número
de moles de microporosPcz-Ponto
de carga zeroP
-
Densidade de uma substllncia p-
Pressão de equilíbriopo
-
pressão de saturação do adsortivo à temperatura de tabalhop/po
-fresOo
relativaa
R-
Constante dos gases Prefeitos.o S
-
Solubilidade de um dado solÚo T-
TemperaturoV
-
Volume de adsoúivo adsorvido por unidade de massa adsorventea
a
a
a
a
a
o
a
o
a
o
a
a
a
a
xiv
a
V.i" -
Volume de microPorosa
o§-
Método alfa-so
ou-
Variável rcduzida do método uoo
o
S.rú Área e:<tema ( método c6
)
V* Volume de microPoroso
$/p5' -
Pressão relativa pré-seleccionadao X
-
Composto fenólico genéricoDESTGNAÇÃO DAS AMOSTRAS E
ADSORTTVOSa
a CA
-
Carbono Activado em estudoCAO
-
Carbono Activado Oxidado em estudoa F
-
FenolPNF
-p-nitrofenol
o MNF
- m-nitofenol
OCF-o-clorofenol
PCF -para-cloro-fenol PC-
para-cresola
a
o
l.o-TNTRODUÇÃo
Dado que a indusfiia química contínua em expansão, em re§lp§ta às eúgências de uma população e,m crescimento,
intensifica-s a
nece§sidadedo
surgimentode procssos Químicos com impactos ambientais negligenciáveis' Quando falamos de um dmenvolvimento
suste,ntável,é de importáncia cenAal falarmos na
capacidade de reduzir ou mesrnoeliminaÍ
a introdução no ambiente de marsÍiais danosos' Isto pode'náser
consegUidoalravés da descoffia de
processos ambientalme'lrteknignos é
o desenvolvimentode
métodosque reduzam a
contaminaçãodo
ambientee que,
aomesmo
t€,mpo, sustentamgm elevado nível de eficiência
e'mtermos qgímicos
e económicos.Assim
surgecom particulaÍ
interesseo uso
de carvão que oferece uma possibilidade de eficiência quÍmica e ambiental'O
carvão activadoé trma forma de
carbono,de
grande porosidade podendo conter mztcro,meso ou micro poros, que adsorvem moléculas, sem contudo pÍomover
modificações químicas no prodÚotratado.
Apresenta notáveis propriedades atribuídasà
sua energiasuperficial, (forças de
atracçãofisica do tipo van der waals)'
oomexcelente poder de clarificação, desodorização e pgrificação de líquidos ou gases
[l]'
As
propriedadesfisicas e químicas do carvão activado
fazÊÚdele um
poderosoadsorvente.
A
sua utili?,ação na remoção de metais pesados e compostos orgânicos te'm sido estudada por diversos grupos de investigação pois écoúecida
a sua capacidade de adsorver estes compostos que estãovulgamente
associados aos metais pÍesentes nos efluentes indusEiais-Cíd et tal., [feet], reatizanm um estudo comparativo entre
dife'rentes carr'õesactivados e concluíram que a
11afiÍez:_do carvão, o
pÍocessode activação e
asmodificações químicas introduzidas por oxidação ou redução dos carvões activados são
propriedades determinantes na capacidade mâxima de remoção dos
diferentescompostos orgânicos.
-l-
conclnsões semelhante§ foram obtidas por
Amal
et at. (1999) num esÚudo efectuado emenões de vários tipos apliedos à
re,moçãode
compostos orgânicos' E§tes arÚoresreferem qlre a
estrutlrra poro§ado
carvão determinaa sua crycidade de admt@'
enqlanto as $ralt propriedades
qlímicas
afectam a interacçâo com os adsorvaÍos polares e nãopolues.
ftsical do
Através dos canrões
@emos
obtcr materiais com excelentes propriedades e com um largo especto de aplicações indusniais, que muito tem conüibuído para revolucionara
ciência dos nossos dias [2].O termo carrrão activado define um grupo de materiais oom uma superficie interna e uma porosidade altamente desenvolvida bem como uma elevada capacidade de adsorver espécies químicas de fase líquida aquosa.
os
carrrões activados são adsorventes muitoverúteis
comum
grande interesseindustial e com uma
vastaiamu de
aplicabilidade relacionada principalmente com a sua capacidade de removeres@ies
indesejáveis e de purificação de misturas.A
nafireza química do carbono activado é originada pela prese'nça de grupos funcionais na sua superffcie.Do ponto de vista fisico os
materiaisde
carbonosão
constitrídospor um
esqueletotidimensional
de átomos de carbono (cerca de 907o)t3,4,57
e por uma percentagom de heteroátomos, tais comoo
oxigénio, hidrogénio, cloro azoto e enxofre (cerca de 45o/omol
da
totatidadedos
grupos flrncionais)[a]. os
áÍomosde
carbonotêrn
maioritariamerÚe hibÍidações sp2 e são utilizados em folhas, designadas folhas gmfénicas, dotip
que existem em grafite, mas imPerfeias.Figura
l.l
- Represe,nbção da hse da estruUra dos materiais de canvâo activado: folhr mais pequemas çe osmateÍiais graffticos ( 5 a 5ü) nm), são tor§idas
"
**
" ogo §ão
psrfeih§: exist€'m heÚeroátomos' Adaptado de
Stoeckli(t90)
[6]'
A
organização das folhas grafénicas no carvão activadofoi
descriA porOhrlin
ettal' U}
sâo enroladas umas sobre as outras o que propoÍciona a existência de muitos interstícios e lacrmas do tamanho molecular ou superior que constituem os poÍos da partícula [7,E]' Sendo a adsorção um fenómeno essencialmente de superficie, para que um adsorvente
teúa uma
capacidade adsortivasignificativa, deve
apresentaruma
grande área superfioialespecífic4 o que implica uma estnúra
altamente porosa'As
propriedades adsortivasdepndem
do tamanho dos poros, da distribuição do tamanho dos poros e da natureza da supsrficie sólida.os
chamados adsorventes amorfos-
como o carvão activado-
apresentam áreas específicas entre 500-1500 m2g-1, e umafrixa
de disüibuição deta,anho
de poros bem ampla' Quantoao
tamanhodos poros,
estespodem
classificar-seem
tnês caÍegorias'conforme
asrecomendações da ILJPAC [9]:
Microporos:
Mesoporos:
Macroporos:
diâmetro
<2mn
diâmeüo 2 - 50nm diâmetro > 50nm
São também úilizados os tennos:
UltramicroPoros: diâmetro < 0.7nm Supermicroporos: diâmetro : 0.7
-
Znrn-3
-
Érãáartro
*ao7*m
ffiÉ!çt{,
J
I t
í ]
Figrrra 12
-
Repr§s§DtaÉo daeslnúraporosado carvão ardYado[I0]'Os microporo§ apre§entam diferentes msanismos de preenchimento dependcndo da forma do poro e das proprriedades do adsortivo, tais como tamanho e a fonna' Estes
pros
são osÍewnsáveis pla
capacidade adsortiva dos calvões activados pois existemem
grandes quantidade [4].os macroporos constihrem gÍande parte da área externa dos carvões activados
Embora
o
grau e otipo
de porosidade estejam directamente relacionados com otipo
de precursoÍ e com a extensão da activação, de uma forma geral, no§ carvões activados' aquantidadedemicroprosémuitosuperioràdemesoemacropoÍos.
da
O fenómeno de adsorção consiste na transferêmia
&
rmr ou mais sohsos deun
fluido para a superftcie de um sólido, o adsorvente. Esta interacção sotuto/sólido deriva da existênciade forças não
compen§adasà
superfÍciedo sólido,
resultandonuÍna
distribuição de equilíbrio do soluto entue as duas fases (figura 1'3)'Ea!ü€s3eÁ€ ad6Mtâ
@irâÕstÉr.
,dlrüry,Àa â
AlBâÍerô
,'.n
@
@ÉGübA
O **"o.
Figura 1.3 - Froce§§o de adsorÉo nos carrrões activados
Denomina- se adsorvente
o
sólido sobreo
qual ocorre o fenómeno de adsorção; a&orbato a(s) especie(s) química(s) retida(s)pelo
adsorvente;e adso*tvo a esffcie
antesde
ser adsorvida [1l].
o
carvão activadoé
um dos primeiros adsorventes conhecidos eum
dos mais utilizados actualmente. Pode ser produzido de várias maneiras e as suas características vão dependerda
matéria-primautilizada e da forma de activação'
Gemlmenteé produzido pla
decomposiçôo térmica de material carbonado segurdo
pla
activação com vapoÍ ou dióxido de carbono ou agentes genéricos a tempraturas elevadas.A
sua superficie po§sui afinidade com subs6ncias de carácter orgânico, conferindo-lhe a suaprincipl
aplicação actualmente' a descontaminação de água destinada ao çon$Eto humana'O fenómeno da adsorção é conhecido desde o seculo
XVm,
quando se observou que uma certa especie de casrão retinha nos seus poros grandes qgantidades devapr
de ágUa' oqual era liMado
quando submetidoao
aqlrecimexrto.Nas tlttimas
décadas,com
o avanço das pesqúsas e coúecimento§ na fuea, bem como o acentuado dese'lrvolvimentoregishado na pefoquímic4 a
adsorção passoua ser úilizada oomo uma
operaçãounitrária importante dentro da engenharia
química
Actualmente, a adsorçãoé
aplicaÃaem
proce§sosde ptgificação e
separação, apÍes€ntando-seçgmo uma
alternativa importante e economicamenteüável
em muitos casos'Consoante
a,
ÍMfiúezÀ dasforças envolvidas pode
falar-seem
adsorçãoquÍmica
ouadsorção
fisica Ngm
processo de adsorção química há formação de tigações químicas-5
-
entre
o soluto e o sólido,
formando-se 111natinica
camada de moléculas adsorvidas-
monocamada O calor de adsorção,1nr e,l1olver ligaçõe§ qgímicas, é da
mema
ordem de grandeza doscalore
deracção
(entre 200 e 800Kl/mol
[12].ffi §,€
Figura 1.4
-
Exerrylifica@o ale rrma adsorção quÍmica [12]'Num processo de adsorção fisica as forças envolvidas são forças do tipo van der
walls'
Não háalteração química das moléculas adsorvidas,
@em
formar-se camadas moleculares sobrepstase o calor de adsorção é normalmente mais baixo (entre
2
e20 Kl/mol, [12])'Figura 1.5
-
Exemplificação de uma adsorçâo flsica [12]'A
capacidadede
adsorçãode trm sólido é proporcional à superficie de
contacto soluto/sólido. Epr
este motivo que os adsorventes são usualmente sólidos porosos com elevadas áreas zuperficiai§ (p.e.a
áÍ3la e§pecífica do can'ão activadovaria
entre 500 e1500
nflg
( LeVan etal.1997)-
A
adsorçãofisica constitui o princípio da maioria dos
processosde purificação
e separaçãoe é gm
fe,lróme,lro reversível onde se observa noÍmalmentea
deposição de mais de uma camada de adsorbato sobre a superficie adsorvente.As
energiasliMadas
são relaÍivamente baixas-
O
mecanismode
adsorçãode
compostosfenólicos, em
caryõesactivados'
te'm sidoobjeto
de estudo e investigação ao longo dosúltimos
anos' Os rezultados demonsÚam queo
processo de adsorção éum
processo de adsorçãofisica fl3,14,
15,16l sendo asforças de interacçao adsorvente adsorvato envolvidas, do tipo de forças de Van der Waals' e interaccções
dipolodipolo,
[17,lE, l9l'
ffi @rc
A
adsorção emúlidos
adsorventes tem despertado um enoÍIne interesse na área ambie'lrtal'pelo
facto de que este prmesso permite remover eficientementepluenteg
orgânicos einorgânicos, dissolvidos em conentrações baixas 14,20,21,221' A capacidade de remoção do poluente (capcidade adsortiva) está relacionada basicamer,rte, som a área
suprficial dispnível
no sólido adsorvente (Féris, 2001), com a e§trutura dospros' LÍtúrezaquímie da
superficie,e do pH da
soluçâo aquosa bemcomo com o tipo de
substituintes do adsorvato Í14,23,241.Dada a alta eficiência atingida ne adsorção, e$e
pruesso
de rernoção é muitoutilizdo
nofinâl
da sequência dotrffigento
de efluentes' O carvão activado' na foÍma granulâr ou empó, tem sido o material
adsorvente que, Eadicionalme'lrtese
aplicano
Eatamento deefluentes na remoção do odor,
sahr
e cor causados pela pÍ€sença de poluentes (Weber e Morris, 1963; Walker eWeather§,
1999)'Paralelamente,
um
grande númerode
aplicações industriais requerem adsorventÊs que possam reduzira
concenüaçãode
impgrezas para níveis mínimos numcurto
espaço de tempo. Portanto, existe a necessidade de desenvolver materiais adsorventes mais eficientesdo
que os carüonos activados actgalmente existentese
de custos menoÍte§ de modo queteúam,
no mínimo, Eês requisitos (Clarisse e,al.,
19qp):(i)
processo de adsotção comóptima cinéticq (ii) material de baixo custo, (iii) material com
potencialidades de reutilização.Os processos de adsorção e de separação sólido$líquido contínuos objectivam à remoção dos poluentes carregados nos adsorventes seguido da retimda do sólido do efluente tratado' Os diversos proces§ns existentes diferenciam-se pela forma
«)mo o
adsorvente é traÍado' seja antes da remoção dos poluentes ou duranrc a edsorçãr propriamente dita @éris' 2001)'Consider4Õe sobre osadsortitrc em
e*rdo
NestÊ tabalho seÉ estudada a capacidade adsortiva de um tecido de carvão activado para 6 compostos fenólicos. Algumas das suas propriedades fisicas e químicas são apresentadas na tabela
l.l.
Eles sEio: fenol (F),pniüofenol
(PI'IF),m-nitofenol
(MNF)' o-clorofenol (OCF)'pclorofenol
(PCF) e P-cresol @C).-7-
Tabela 1.1: Propriedade ftsicas e quÍmicas dos
com$te
ftnôlicos em e.frdoÍ23'?5'26'Tl'?l,29'§'
3rlAdsortivo Estudo
Fenol
Pe/Pf
rt1.?c
/40.5"C
27yC
I ll4qc
1_94'c
lg'l"c
175.60C
I
7r
20ítrCl 33,5"C
PM
Molcmlar (dmoD
94.1
139.1
139.1
128.6
128.6
Solubilidade em água a
zrc
GL") em
OB
prq
(.2§C)
6
t t nmloA37
0.519
0.519 OE
PNF
MNF
ocF
OHPCF
9.v2 M.045t0.011
7.15 15.599t 0.033
0.197t 0.031 828
»^6&tazn
8.492s.540t 0.020 9.18
0.482
0.482
2020c 135"c 1082 OE
PC
o' áÍ€a tls secção transversal dm compoatos f€'flólicm
t9.342+0.030 10.17 0.475
Fenol
é o
nome comumdo
monohidroxibenzeno, C6[I5OH, sendotamffii
usado para desigrrar genericamente os elementos da classe de composto§ aromático§, cujas moléoulas contenhamum ou mais
gnrposhidroxilo
directamelrte ligadosa um ou mais
anéis benzénicos. Para efeitos de distinção, éhúihlal designr
os compo§tos do primeiro gnryopor fenóis
simplese os do
segundopor plifenóis.
Estes oompostosfenólicos
maiscomplexos
prolifera6 na nafireza na
composiçãoda
maioria dos produtosde
origem vegetal.A nível nacional, os fenóis são um dos pluentes
contempladosno
Decrete'Lei no.236l98,sendo a sua concentação máxima admissível na descarga de uma râgua residual de 0,5mgll
(expre§sa como fenol(c6H5orD).
As razões deste carácter poluente são', por um lado, o odor e sabor desagraúáveis conferidos pelos fenóis, quer ao meio aquoso onde forem descarregados, quer às formas devida
que nele existem epr ou[o' a
toxicidadedestes compostos para algumas formas de vida'
os
compostos fenólicos (incluindo fenóis simples e polifenóis) estão tipicamenrc presentes em efluentes de empresas prodÚoras de resinas fenólicas e de anilina e nos efluentes dos lagares de azeite(ágws w6),siderurgias,
de algumas empre§as târteis e de tratamento de superffcies e em empresas prooessadoms de produtos de origem vegetal114,20,23'32'33' 34,35,36,37,38,
39].O fenol e os
seuscloros
derivadossão
poluentestóxicos, que
tambémpdem
serencontrados nos esgotos indusüiais e na formulação de inseoticidas, herbicidas e fungicidas, que possuem actividade carcinogênica" teratogênica e mgtag&rica sobre os setres humanos
Í14,33,40, 4U.
Deente
os métodos químicos de descontaminação incluem-se a e:rhacçâo com solventes,a
adsorçrão em carvâo activado e a oxidação química' os quais são muito eficientes, mas dispendiosos, além de gerarem subprodutos tóxicos-Na remoção destes compostos em soluções aquo§as têm sido utilizados fundamentalmente carrrões activados, com
o
inconveniente de que duranteo
processo de desadsorção' que implica uma oxidação, é perdida uma percentagem significativa do adsorvente'-9-
OH oI{
H
<---*t.
(a) (b) À ü
+ôs +ôn ' ôÍI
(d)
Figura 1.6 - Formas de resonância do fenol [a2l
O
segrmdo aspecto, não menosimprtante, é a
capacidade queos
oompostos fenólicos apÍesentam de perda do protão doglrpo hidroxilo, e
que lhes confereum
canícter ácido acentuado. Esta força ácida varia com o sub§tituinte ligado ao an€l b.ünz-énicol42l'Se se
ligar
um grupo aceitador deelectr&s
nas posiçõesorto
ou parao
ião fenolato fica estúilizado e a reacção de desprotonação dá-se em maior entensÍlo do que no fenol' É o que aconteoe no PNF cuja constante de acidezé
relativamente superiorà do
fenol devido à ligação do guPo niEo (-NO2) naposição paÍaÍ427'Em
1968, Caughline
F-71a. sugeriram que a baixas concentações as moléculas de fenol adsorviam ao carrrão orientadas paralelamente em relaçáo às folhas grafénicas, e ligavam-se a estas por forças de dispersãoente
os elecffies zr das folhas grafénicas e as moléculas de fenol.túahaian
et. al. (1930)
consideraramque
paraalém
dessas ligaçõeshavia
também a considerar ligaçõ€s por ponte de hidrogénio com o§ grupos oxigenados' mas que neste caso existia uma forte competitividade ente as moléculas de fenol eaágtu
Todos os aúores referidos são unânimes em concluir que em qualquer das sihraçes, existe
uma diminuição da
capacidadeadsortiva do fenol
quandoo catrão é oxidado'
eparalelamente
ao
aumentoda
capacidadeadsortiva de
bases'Estes
resultados sãojustificados pelo
aum€Nrtode grupos com oúgenio na superficie do carvão
econsequentemente pela diminuição da densidade de electrões
z
deslocalizados nas folhas grafénicasfll,26l,pelo
aumento do carácter hidrofilico do canrão activado (conferindo-lhe umamaior
afinidade paraa
ág1g-e
menor parao fenol) e,
obsfiução dos poros mais(c) (s)
H
pequenos por
grups
funcionais que resultam da oxidação, o que diminuia
área srperficial disponível.Ao
longo dos tempos têm sido utilizadas várias metodologias etonicas
orperimentais para estudar as propriedades e a esffutgra poro§a e quÍmica dos carbonos activados' Assim' na determinaçãoda
nafirreza químicatêm sido
utilizadas,para além de várias
técnicas analíücas tais como análise elernentar143,4,451,
titulaçõ€s ácido base[46]
e titulações massicas[4fl,
técnicas espeotrosópicas tais oomo a especüoscopia fotoelectrónica de raiosx
Q(Ps) [48, 49, 47] etamHm
orrtrotipo
de tecnicas tais como anrálise termogravimétrica[49,50].
Estas técnicas, seÍviram de base
à
canctsírzaçÃo do can'ão em estudo' Esta questão seni discutida pormenorizadamente no capítulo 3'A
caracterização da porosidade destes materiais é usualmente efectuada através da análisede
isotérmicasde
adsorção de vários adsortivos, normalmente realizadasa
temperaturas inferiores à sua temperatura crítica, por vários métodos tais como Brunauer-Emmett-Teller(BET) Í51,52,53,54,551, q
[54, 56], tÍ52,s77,Dubinin-Radushkevich@R)
[53' 55' 58]' Dubinin-stoeckli(Ds)
[58], Dubinin-Astakhov(DA)
[58], Stoeckli, Barreü-Joyner-Halenda(BJID
[55], Horvath-Kawazoe(I{K)
[53, 54], teoria do funcional da densidade(DFT)
[53'54] e
prooes§osde
simulação comptr&cional r5fllizandoos
métodosde Monte carlo
e dinâmica molecular. Apenas alguns métodos atníscitados
serãoa
seguir brevemente discutidos, nomeadamente os usados no presentetabalho
(BET,D&
e o')'
o
adsortivo padrão paraa
c,aractüí|TÂEâio de sólidos porosos recomendados pela IUPACt59l é o
azotsa
77K. Esta recomendaçãoé
inrcmacionalmente aceite pela comrmidade científicq tal como prova o facto de a esmagadora maioria dos trabalhos publicados sobre acaJfacts,i|zaqão porosa de maÍeriais de carbono
utiliur
este gás.para além destes métodos,
ditos
clássicos,têm
sido utilizadas, como complemento dos estudosde
adsorção afitás citados técnicas microscópicas. Neste trabalhofoi
aplicada a técnica de difracção de raios X--
ll -
O primeiro passo a ser dado paÍa
a
carastsúza$oda porosidade de determinado mafêÍial é a obsenraso da f,o(ma da isotérmica deadsorso
defqnra
a identificar quetip
de sólidotemos e qu§ tipo de
prw§o
(s) de adsorÉo e§tá (ão) presente G)t60I'De
acordo oom a ILJPACt59l t60l
as imtérmicaspd€m
ser classificadas de acordo com a sraforma
e'lnvários
grups.
Os rnaferiais apna§ micnoporoso§ apÍesentaÍr isotérmicas
do tipo I
sendoo
processo deadsorção governado pelo preenchimento dos microporos (parte iniciat da isotérmica)' e§tes majeriais são tanrbém @fist§ír?âÃos por apÍesentaÍem á,ffis externas Fquena§ (relacionado oom o baixo declive daznnade patamar). As formas mais comploras es6o associados com adsorção
em
multicamada e/oucom
variaçõesdo
tamanho dospros' Muitos
modelos matemáticosde
isotermicasde
adsorção encontraÍÍr-se reportadosna literatura
para correlacionar dados de equilíb,rio para os vários tipos de isotérmicas eústentes'Figura 1.7
-
Classificação de II'IPAC das Isotérmicas ( n versrs P/P)'I E
E