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13 étoiles : reflets du Valais = Wallis im Bild = Treize étoiles : reflets du Valais = Wallis im Bild

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C o n s e il de publication:

Président: J a c q u e s Guhl, Sion. M em bres: C h a n ta i Balet, avocate, Sion; Aubin Balm er, ophtalm ologue, Sion; M arc-A ndré Berclaz, indus­ triel, Sierre; Ami Delaloye, urbaniste, M artigny; Xavier Furrer, architecte, Viège; Gottlieb G untern, psychiatre, Brigue; R oger Pecorini, chimiste, Vouvry; J e a n -Ja c q u e s Zuber, jo u r­ naliste, Vouvry. Æÿ*« O rg an e officiel de l’O rdre de la C h a n n e Editeur: Imprimerie Pillet SA Directeur de la publication: Alain G iovanola R éd a cteu r en ch ef: Félix Carruzzo S e c r é ta r ia t d e rédaction: A venue de la G are 19 C ase postale 171 C H -1920 M artigny 1 Tél. 0 2 6 / 2 2 2 0 5 2 Téléfax 0 2 6 /2 2 5 1 0 1 P h o to g ra p h es: O sw ald R uppen, T h o m a s A n d en m atten S e r v ic e d e s an n on ces:

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Ariane Alter, G èo Bétrisey, Brigitte Biderbost, Jean-M arc Biner, Léonard Closuit, Françoise de Preux, D éparte­ m ent de l’instruction publique, Xan- the FitzPatrick, Jérô m e Fournier, Jo- celyne Gagliardi, Jacques Glassey, Stefan Lagger, Maurice Métrai, Edouard Morand, Ursula Oggier, Lu­ cien Porchet, Pascal Thurre, Michel Veuthey, Gaby Zryd.

La reproduction de textes ou d ’illus­ trations est soum ise à autorisation de la rédaction.

C ouverture:

Œ u v r e de François P o n t (voir page 18).

Photo: Robert Hofer.

Le vieux fléa u

L e V alais a te r m in é ce m ois-ci s o n cycle d ’électio n s: fédérales, c o m m u n a le s , c a n to n a le s . La m o n té e d ’a d ré n a lin e n ’a p a s été excessive, bien q u e les m é d ia s se so ien t effo rcés d ’a n im e r les c a m p a g n e s d e s partis. Les p ro fe s s io n n e ls d e la p o litiq u e o u de la c o m m u n ic a tio n o n t te n té d e s ’exciter o u d ’exciter, m ais san s g r a n d succès. L e s e c ta ris m e e t l’in to lé ra n c e , p rin c ip ale s épices d e la d ra m a tis a tio n , se s o n t f o r te m e n t é ro d é s. C e la é to n n e les o b s e rv a te u r s e x tr a - c a n t o n a u x q u e n o tre p a s s é av a it h a b itu é s à d e p lu s â p r e s c o m b a ts. Ils s ’e n p la in d ra ie n t p r e s q u e : le Valais n e se ra it p lu s fidèle à s o n im ag e. T a n t pis p o u r eux, t a n t m ieux p o u r n o u s! U n p e u p le divisé n ’a v a n c e q u ’a v e c difficulté et les g u e rr e s e n tr e tribus, clans, s e cte s et p a rtis o n t to u jo u r s é té des sig n es c a ra c té ris tiq u e s d e s o u s -d é v e lo p p e m e n t.

M ais l’in to lé ra n c e subsiste m ê m e affaiblie et c e rta in s t e n t e n t et t e n t e r o n t s a n s cesse d e la réveiller. Il y a d a n s l’h o m m e u n g o û t d e la v io len ce e t u n d ésir d e d o m in a tio n q u ’il est facile d ’activer. Il fa u t u n g r a n d effort p o u r a im e r a lo rs q u e la m é d is a n c e , la jalo u sie e t la h a in e s e m b le n t jaillir to u t n a tu r e lle ­ m en t.

P o u r év ite r la ré s u r g e n c e d u v ieu x fléau, les re c e tte s ne m a n q u e n t p as. T re ize E to iles en p r o p o s e u n e trè s a g ré a b le: M u siq u e- E s p é ra n c e , ce m o u v e m e n t q u i v e u t m e ttr e la m u siq u e a u service d e la fra tern ité . Si v o u s n e sa v ez p a s q u e tro u v e r p o u r a id e r à la paix, faites u n b o u t d e c h e m in a v e c ses pionniers.

(11)

Le docteur Nussbaumer, pionnier de «Musique Espérance»

1967

L’économie valaisanne en chiffres Theater im Oberwallis

Editorial

Econom ie

L’économie valaisanne

De notre terre

A tout jamais avec notre amphitryon La soupe du P arlem ent fédéral

Détente

Livres

Mots croisés - O rthographe publique

8

C hoix culturels

M émento culturel - K ulturm em ento Poésie

Notre patrimoine culturel Musique: Beaux Arts Trio «Musique Espérance»

Musique: Un OCL jubilatoire à la Fondation Gianadda François Pont

Le village d ’une enfance Pâques

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12

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14

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Nature

Fouillis

Le Garrot à œil d ’or

Des milliers d ’hivernants à la porte du Valais

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Wallis im Bild

Im Walliser Ram penlicht Tourismus in Schlagzeilen

Am Rande verm erkt - Aus der Bundeshauptstadt Kulturgüterschutz

Bring Your Business Here

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Repères d ’information

Le bloc-notes de Pascal Thurre

Une actrice amie de Martigny: Suzanne Bianchetti Itinéraire d ’artiste Potins valaisans

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P U B L I É P A R LE C O N S E I L V A L A I S A N D E LA C U L T U R E ET 13 É T O I L E S

MEMENTO

II

C13ETIÌREL B

KULTUR

MEMENTO

MITTEILUNG DE S WALLISER KULTURRATES U. DER ZEITSCHRIFT 13 ÉTOILES

Rencontres-Conférences

Tagungen - Vorträge

I VISSOIE I

Salle de gym nastique du C en tre scolaire

La C hance d e l’H o m m e C o n féren ce de

S œ u r E m m a n u e lle du Caire

5 avril, 20 h 30

I SIE RRE I

Salle paroissiale de Sainte-C roix

L a Chance d e l’H o m m e C o n féren ce de

S œ u r E m m a n u e lle du Caire

7 avril, 20 h 30 Maison bourgeoisiale

Rien n’est im p o ssib le à D ieu

21 avril, 20 h

I SIO N I

A ula du Collège des C reusets

La Chance d e l’H o m m e C o n féren ce de

S œ u r E m m a n u e lle du Caire

6 avril, 20 h 30

A ula du Collège des C reusets

La m u siq u e et la d a n se p ar A ntoine Livio 7 avril, 20 h 30

Poésie - Chanson

G edichte - Lieder

I m a r t i g n yI C aves du M anoir S o ir é e artistique et m u sic a le a v e c de jeu n es artistes du cru d e la C h a n c e d e l’H o m m e

13 avril, 20 h 30 Salle co m m u n ale

G r aem e A llw right

C h an so n s

En prem ière partie: artistes valaisans 20 avril, 20 h 30 I SIO N I Petithéâtre S o ir é e s artistiques et m u sic a le s a v e c de je u n e s artistes du cru de la C h a n c e de l’H o m m e 14 et 15 avril, 20 h 30 T h éâtre de Valére

G r aem e A llw right, chansons

En prem ière partie: O xygène 21 avril, 20 h 30

I S A X O N I

Casino

J ou rn ée de l’hum our

C oncours 1er avril

Musique - Danse

Musik - Tanz

I ZERM ATT ]

A lexander Seiler Saal

R ezital A le x a n d e r Lonquich Piano 4. April, 21 Uhr I S A L G E S C H I T urnhalle J a h resk o n zert

Musikgesellschaft, H arm onie Salgesch Direktion: A nseim o Loretan

21. und 22. April, 20.15 U hr

I S1DERS I

S an k t-K ath arin a Kirche

J a h resk o n zert K inderchor Siders 28. April I SIE RRE I C iném a Le Bourg C oncert a n n u el par l’H ar m on ie La Gérondine et la M usique d es J eu n es

Direction: Jean-M ichel G erm anier 23 et 24 avril, 20 h

I SIO N I

T h éâtre de Valére

Q u atu or S in e N o m in e et F ra n ço is Guye, violoncelle

Πu v r e s de B rahm s, S chubert 4 avril, 20 h 15

Petithéâtre

S c h u m a n n

B ernadette Roten, soprano Sergio Biaggi, té n o r Cornélia Venetz, piano 29 avril, 20 h 15

I MART1GNY |

F ondation Pierre-G ianadda

M aria J o a o Pires, piano S in fo n ia V arsovia

Direction: C harles Dutoit

Πu v r e s de Bartok, Mozart, H aydn 18 avril, 20 h 15

1 SAINT-MAURIC E |

G ran d e salle

N o u v e l O r ch estre de M ontreux

Soliste: R ené Macherel, hautbois Œ u v r e s de Rossini, Mozart et H onegger Direction: A ndras F arkas

18 avril, 20 h 30

Théâtre - Cinéma

Theater - Filme

I SIO N I

C iném a Arlequin

El N orte, de G regory N ava

4 avril, 20 h

Lamb, de Colin Gregg

18 avril, 20 h P etithéâtre

La C hu te, d ’ap rès Albert C am u s

7 et 8 avril, 20 h 30 Le 2 6 e parallèle p a r le T h é â tre Bisskok 21 et 22 avril, 20 h 30 T h éâtre de Valére La C ontreb asse de Patrick Süskind A vec Michel K ullm ann 10 avril, 20 h 15 La F o n ta in e a u x S a in ts de J.M. Synge 19 avril, 20 h 15 I SITTEN I T heater

Der G e izig e von Molière

T h e a te r für d er K an to n Zürich 28. April, 20.15 Uhr

Arts visuels______

Visuelle Künste

I BRIG I Galerie Z ur Matze

Peter V oser und Fredy Wirz

Aquarelle 8. —- 23. April

M ittw och-Sam stag, 15-19 Uhr S onntag, 15-18 U hr I N A T E R S I K u n sth au s Z ur Linde A m b ro s Roten Öl, Aquarell, Grafik — 7. April M ontag-Freitag, 14-18 U hr

(13)

I NATER S I

9. Kunst- und A ntiquitäten- A usstellung

24. April — 18. A ugust Montag-Freitag, 14-18 U hr

1 VERCO R IN I

Galerie F ontany

Herbert K aufm ann

Huiles 16 avril —- 16 mai Lundi-samedi, 10-12 h; 14-18 h Dimanche, 14-17 h 30 MISSION/ANN1V1ERS 1 Galerie Cholaïc Les B iss e s

Charles Paris, photos prises entre 1920 et 1924 — 7 avril Jeudi-m ardi, 8-22 h Eternelle nature Olivier V aucher, p h o to g ra p h e 8 avril —* 26 mai Jeudi-mardi, 8-22 h SIERRE I C hâteau de Villa Guy-François T a vern ey Natures m ortes —- 16 avril M ardi-dimanche, 15-19 h I SION I

Galerie de lA rtisa n a t valaisan

J A . Erzer

maître potier d ’étain —- 8 avril

Lundi-vendredi, 14-18 h 30 Samedi, 13 h 30-17 h Maison de la Diète

D enise Travers-P oulin

Huiles, encres 5 — 26 avril

Mardi-dimanche, 14-18 h Galerie G rande-F ontaine

J acq u es Berger, peintures, gravures

7 — 29 avril

Mercredi- vendredi, 14 h 30-18 h 30 Sam edi-dim anche, 14-17 h

I SIVIEZ-NENDAZ |

Résidence R osablanche

Jean-D aniel Maret et Jean-M arc T h e y ta z

Huiles, aquarelles — 2 avril

Tous les jours, 8-22 h

I MART1GNY~1

Fondation Pierre-G ianadda

Jules B issier, peintures

— 2 avril

Tous les jours, 10-12 h; 13 h 30-18 h

Hans Erni

Peintures

8 avril — 15 mai

Tous les jours, 10-12 h; 13 h 30-18 h Manoir

Alain Zerbini, peintures et dessins

— 2 avril

Mardi-dimanche, 14-18 H

La plum e et le

Les écrivains neuchâtelois et jurassiens viennent de p rendre un e initiative digne de nourrir n o tre réflexion. Ils offrent gén éreu sem en t leurs services p o u r ai­ der, accom pagner, instruire les re q u é ­ rants d ’asile d o n t des év énem ents ré­ cents o n t révélé à no u v eau les problè­ mes.

Présence hu m a in e a u p rè s des p erso n ­ n es marginalisées p a r leur situation d ’immigrés, acco m p a g n e m e n t d an s la p rép aratio n et l’accom plissem ent des d ém arch es au p rès des autorités, cours d e français destinés à faciliter l’intégra­ tion des req u éran ts d ’asile adm is à d em eu rer d an s notre pays, tels sont les principaux aspects de cette offre. En d ehors de l’utilité d ’u n e telle d ém arche et des fruits concrets q u ’on p eu t en a ttendre, René-Louis Ju n o d , a u te u r de la lettre, a bien év o q u é au micro de la Radio ro m a n d e la richesse hu m a in e q u ’on p eu t atten d re de cette initiative, les req u éran ts ay an t besoin, a v a n t tout, d e cette chaleur et de cette présence resp ectu eu se d o n t leur situation les prive trop souvent. C ’est bien là le prem ier fruit, to tale m en t désintéressé, qui naîtra de cette opération. Mais elle po rtera des fruits secondaires q u ’on ne saurait négliger.

P a r cette initiative, les écrivains signatai­ res de la lettre o n t pro u v é q u e les artistes n ’étaient p as forcém ent des rêveurs, des h o m m es et des fem m es incapables de s’intéresser aux problè­ m es concrets, des égoïstes, voire des m arginaux. Ils ren d ro n t un service p ré ­ cieux à de êtres hum ains so uvent d é m u ­ nis face a u x règlem ents et au x pratiques d ’un pays d o n t on leur avait vanté l’accueil, et q u ’ils tro u v en t p erturbé p ar leur arrivée massive, donc so u v en t h o s­ tile et fermé. Les écrivains am éliorent, du m ê m e co u p et p robablem ent sans l’avoir cherché, leur p ro p re image, en révélant a u public u n sens hum a in d o n t leurs lecteurs - et su rto u t les non- lecteurs! - n ’o n t p as toujours

cons-F ra n ço is Pont

Peintures, dessins, gravures 16 avril —- 21 mai

M ardi-dimanche, 14-18 h C en tre valaisan du film

P rélim inaires

E n q u ête p h o to g rap h iq u e en Valais Brutsch, Dubuis, Hofer, R uppen —- 3 mai

Lundi-samedi, 14-18 h Fondation Louis-Moret

F ra n ço ise Carruzzo

A quarelles, gouaches, huiles 15 avril — 15 mai M ardi-dimanche, 14-18 h 30 I V O U V R Y I Riond-Vert Gérard Liardon P eintures et eaux-fortes

D a niel Piota, peintures

— 29 avril

Tous les jours, 10-20 h

cœur

cience. C o m m e si, «dans les livres», les choses se passaient a u tre m e n t q u e dans la réalité; c o m m e si, p o u r écrire, les au teu rs ne devaient pas observer cette réalité en intense com m union, ou la vivre dans les p rofondeurs de leur chair!

Mais je vois un troisième fruit d an s cette opération. Si les écrivains nous révèlent ainsi, très concrètem ent, un service q u ’ils s ’a p p rê te n t à offrir - d ’u ne m a ­ nière to tale m en t désintéressée, car les K urdes ne sont pas a priori de gros ach eteu rs potentiels p o u r la littérature helvétique - ils corrigent peut-être notre p ro p re vision en nous m o n tra n t qu e l’activité littéraire et la vie culturelle en général ne sont p as forcém ent des élém ents extérieurs, décoratifs, p a r ra p ­ p o rt au x problèm es d ’u n e société, mais q u ’elles p eu v en t a u contraire contribuer à les faire m ieux c o m p ren d re et à les résoudre.

N ous souhaitons tous q u e les fonction­ naires chargés des problèm es de l’im m i­ gration soient com pétents, honnêtes, com préhensifs, et nous tro u v o n s cela norm al - «Ils sont payés p o u r cela!» dit-on p o u r se déch arg er su r eux de cette responsabilité - m ais nous o u ­ blions p eu t-être trop so u v en t q u e la com pagnie, l’entraide, la simple p ré ­ sence am icale sont to u t aussi im p o rta n ­ tes, et q u e le bénévolat, ainsi q u e le rappelait très judicieusem ent le conseil­ ler d ’E tat B ernard C om by au x Jo u rn ées d ’études sociales de Suisse rom ande, n ’a rien perd u de son im portance et de son utilité.

Le bénévolat et la gratuité, qui caractéri­ sent chez nous de si nom breuses activi­ tés artistiques et caritatives, constituent un e précieuse ration d ’oxygène dans un e société m e n acée d ’étouffem ent par sa soif exclusive du rendem ent. Et l’on est h eu reu x de co n stater q u e la culture et l’entraide h um anitaire p eu v en t se d o n n er la m ain p o u r am éliorer le sort d ’êtres hum ains. L ’action «Le tem ps du cœ ur», lancée en m ars p o u r susciter l’en g a g e m e n t de bénévoles, n ’a recueilli q u ’un succès mitigé: le tiers de ce q u ’on attendait. Cela sem ble p ro u v er q u e les Suisses d o n n e n t plus volontiers leur arg en t q u e leur te m p s et leur c œ u r, et q u ’ils p ratiq u en t plus facilem ent ce qu e m a fem m e appelle «la charité du bulle­ tin vert» plus rapide, plus confortable, moins a p te à bousculer nos habitudes, q u e la charité du co n tact h um ain direct avec les pauvres, les vieillards, les m a la ­ des, les p ersonnes seules et les é tra n ­ gers. Puisse le geste des écrivains n e u ­ châtelois et jurassiens se m o n trer p ro ­ phétique, et nous révéler u ne fois de plus q u e les créateurs ne sont pas seulem ent les tém oins d ’un e socité, mais les artisans de ses m utations profondes.

Michel Veuthey

A n n o n c e z p a r écrit to u tes vos m a n ifestations cu ltu relles et folkloriques p o u r le 10 d u mois d e p aru tio n , à l’ad re ss e su iv an te:

M é m e n to cu ltu rel DIP, Service administratif, R aw yl 47, 1950 Sion

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POÉSIE

Tandis que la lune montait, lourde et triste dans le ciel orageux, j’ai songé:

Il n ’y a plus de mots assez profonds pour exprim er notre amour.

Il n ’y a plus de chants assez doux pour en dire la tristesse.

Plus de cris assez éclatants pour en proclam er la joie.

Je resterai devant toi la tête droite, les mains calmes, les genoux serrés.

Et, dans le silence, je te regarderai.

Tiré de L e livre p o u r toi de M arguerite B urnat-Provins

N otre p atrim oin e

cu ltu rel

Les ponts de Merjen, à Stalden, et du Gueuroz, à Salvan, s’élancent avec légèreté et hardiesse à plus de 150 m au-dessus du torrent. L’un et l’a u tre sont des chefs d ’œ u v re de nos prem iers p o n ts en béton arm é; ils allient harm onie et rationalité. L ’économ ie des m atériaux rarem en t atteinte à l’é p o q u e d an s ce genre d ’ouvrages révèle la gran d e maîtrise de l’ingénieur qui en o p ta n t p o u r des lignes souples et élégantes, a fait oeuvre d ’architecte.

Il est to u t naturel q u ’un e découverte com m e celle du béton arm é, c ’est-à-dire d ’un e m atière possé d an t des vertus ém in en ­ tes de plasticité, de solidité et d ’économ ie, ait influencé pro fo n d ém en t les conceptions et les styles d ’ouvrages. De m agnifiques trav au x d ’art, tels q u e viaducs, p o n ts de chem in de fer, usines eussent été impossibles sans l’emploi du béton, cette n o u v eau té q u e d ’au cu n s décrièrent et déclarèrent pernicieuse. Mais en art c ’est souvent l’opinion d ’un petit nom bre qui finit, au bout d ’un tem ps plus ou moins long, p a r devenir celle de la majorité. Laissons de côté le dom aine tro p difficile de la philosophie de l’esthétique. La qualité artistique d ’un m o n u m e n t est certes un élém ent qui plaide en faveur de sa survie, mais il est loin de constituer l’unique critère.

La révolution technique a transfiguré l’état des sociétés co ntem poraines d an s lesquelles sont nés et se sont dévelop­ pés des problèm es économ iques et sociaux divers. Partant, une conception nouvelle et un esprit nou v eau de l’esthétique, qui est l’expression de notre vie collective, se sont forgés. On ne p eu t évidem m ent faire abstraction d ’au cu n e tran ch e de l’histoire, car toutes participent de la m ém oire d ’un peuple. T oute trace palpable d ’un e activité hu m a in e m érite donc conservation. Les routes, les ponts, les viaducs, les aqueducs, les barrages sont des élém ents stru ctu ran ts du territoire qui ap p artien n en t a u patrim oine redécouvert, en particulier dans le cadre de la politique d ’inventaires et de mises en valeur. Mais le gros problèm e qui se pose est de d éterm iner quels élém ents conserver de ce patrim oine et co m m en t le protéger. Lors de l’établissem ent de l’inventaire des biens culturels pour la mise en oeuvre de leur protection, de tels objets ont posé des problèm es de classification. C ep en d an t, les p o n ts de Merjen, du G ueuroz et le bassin d ’accum ulation des Marécot- tes (notre photo) ont fait l’unanim ité des experts. Le barrage à arches multiples des M arécottes est unique d an s son genre en Valais et il est le type m êm e de produits issus des activités industrielles.

En fait, il m ériterait bien plus q u ’un e simple inscription dans l’inventaire de la protection des biens culturels dont il ne peut évidem m ent découler a u c u n e obligation juridique directe, liant le canton, les co m m u n es ou les particuliers.

Est-ce p ré m a tu ré de le considérer com m e un m o n u m en t historique et d ’envisager son classem ent? S an s d o u te non, si l’on sait q u e l’Ecole polytechnique de Zurich nous a tout récem m en t suggéré de classer m o n u m e n t historique l’a q u e ­ duc (1924) qui enjam be la route cantonale a u C hâtelard, parce q u ’é ta n t la seule oeuvre en Valais de R obert Maillart (1872-1940), ingénieur de réputation mondiale et pionnier suisse du béton armé.

(Deutscher Text Seite 47). jmb

PROTECTION DES BIENS CULTURELS O ffic e c a n to n a l K a n t. A m t fü r KULTURGÜTERSCHUTZ

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(16)

MUSIQUE

I «MUSIQUE ESPERANCE»

BEAUX A R T S TRIO

Le légendaire B eau x Arts Trio de New York, prestigieux entre tous, était à nouveau l’hôte de la Fondation Gianadda. Des trois m em bres fonda­ teurs de 1955 ne subsiste q ue le pianiste M en ah em Pressler, Isidore

C ohen, le violoniste, l’ayant rejoint en

1968. Il y a quelques mois, le jeune

Peter W iley remplaçait le violoncel­

liste G reenhouse dont le jeu impérial est encore dans toutes les mémoires. Lourd héritage! P ourtant, à aucun m om ent la cohésion rayonnante de l’ensem ble n ’a semblé souffrir de la substitution. Peu en évidence dans le

trio en mi maj. KV 542 de Mozart,

le violoncelliste est d avantage sollicité dans le trio en ré maj. op 7 0 /1 Les

Esprits de B e e th o v e n et dans celui

en mi b maj. op 100 de Schubert où le th è m e mélancolique de [’«an­ dante con moto» lui est confié. Sa sonorité est am ple et superbem ent chantante, son goût stylistique, très sûr. Il «com pense» habilem ent le peu d ’expérience com m une p a r une a t­ tention de chaq u e instant à ses parte­ naires, écoutant I. C ohen et cap tan t - p ar que! subterfuge? - chaque im pul­ sion donnée dans son dos p ar le regard impératif du magistral Press­ ler. Analyser l’interprétation de c h a ­ q ue œ u v re serait chipotage mesquin, ta n t est grande la leçon d ’effacement total de soi au profit de la seule m usique qu e nous donne le Beaux Arts Trio! Profondém ent à l’écoute les uns des autres, les musiciens recréent à chaque interprétation l’œ u ­ vre dans toute sa puissance évoca­ trice, d o n n an t l’impression de la dé­ couvrir eux-m êm es à ch aq u e fois. A ucune trace de lassitude! Pour eux, professionnalisme ne veut pas dire routine!... Et la magie opère! Q u ’im ­ portent les soudaines acidités ou les approxim ations du violon de C ohen? Peu im porte q ue le m onum ental Schubert déçoive quelque peu n'otre attente. Seuls m a rquent la similitude totale de conception, le prodigieux équilibre et la luminosité hom ogène des sonorités qui am èn en t les inter­ prètes à une symbiose rare où souffle l’esprit... C o m m en t ne pas être fasciné p ar le génial Pressler, l’âm e et le pilier du trio, dont chaque phrase, chaque trait, chaq u e note est un miracle de perfection et dont chaq u e expression de son visage extraordinairem ent m o ­ bile, tour à tour hum blem ent attentif ou impérieux, chaque attitude du corps, précède les interventions de ses partenaires? Saisi, on reste accroché à ces notes quasi immatérielles, com ­ m e suspendues... et à ce regard si intensém ent immobile capté à la fin du douloureux «adagio» de l’op. 11 de B eethoven offert en ultime ca­ deau...

Bi

Il laisse une em preinte indélébile au c œ u r de tous

ceux q u ’il rencontre. Tous ceux qui l’ont enten d u n ’ont

jamais p u oublier son extraordinaire charisme, la

ferveu r qui anime ses récitals où passe une ém otion

p resq u e insoutenable. Il soulève les foules et tous ceux

qui l’o n t approché sont frappés par son intense

rayo n n em en t n é de son am our incommensurable

p o u r l’hom m e. F ondateur de «M usique Espérance»,

Miguel Angel Estrella a d o n n é 104 concerts en 1988,

d o n t 6 8 ont é té consacrés à la solidarité. Il a reçu en

novem bre dernier son p asseport d ’A m b a ssa d eu r de

B o n n e V olonté des Nations Unies d écern é par

l’U NESC O .

Miguel Angel Estrella

Miguel A n gel Estrella

Originaire de la province de Tu- cum an, dans le nord-est de l’A r­ gentine, M. A. Estrella est âgé de douze ans lorsqu’il a la ré­ vélation du piano dont il a p ­ prend à jouer d ’instinct. En Eu­ rope, il étudie no tam m en t avec Marguerite Long et Nadia B ou­ langer et devient très vite un pianiste renom m é. R etournant fréquem m ent à Tucum an, il com m ence à réaliser son vœ u: convaincu qu e la m usique est un moyen de comm unication frater­ nelle et doit être partagée, il la

fait sortir des salles de concert et joue dans les com m unautés iso­ lées, les écoles, les usines, les maisons de retraite, les prisons. Il souhaite a pporter la m usique à tous ceux que leurs conditions de vie retiennent loin des lieux culturels traditionnels. Dans son pays, il se heurte à l’hostilité de sphères dirigeantes estimant que l’art doit être réservé au public dit cultivé. Son activité ne tarde pas à être jugée subversive. Me­ nacé, il s ’installe en Uruguay où l’attitude bientôt hostile du gou­ vernem ent am ène, en 1977, à la «disparition» du pianiste enlevé et détenu à Montevideo sur l’or­ dre des autorités militaires. Des musiciens du m onde entier tra ­ vaillent à sa libération. Il peut rééduquer ses mains abîmées p ar la torture grâce à un clavier m uet remis par une am bassade européenne et la pression exer­ cée aboutit, en février 1980, à sa libération. Depuis lors, M. A. Estrella consacre une partie im­ portante de son tem ps et de son travail à la défense des droits de l’hom me, car «les peuples doi­ vent pouvoir, jour après jour, poser leur pierre dans la belle et difficile construction d ’une dé­ mocratie solide».

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- créer et gérer un e banque d ’instruments de musique et d ’outils pédagogiques (m étho­ des, partitions, etc.);

- prom ouvoir une nouvelle for­ me de sélection des jeunes musiciens fondée sur des critè­ res éthiques;

- créer et gérer l’appui logisti­ qu e nécessaire à la réalisation de ces objectifs.

A la fin du concert

Choisis p ar le « Comité des S a ­ ges», trois pays où les droits de l’hom m e sont le plus bafoués bénéficient sim ultaném ent de l’aide de «Musique Espérance». Après l’Afrique du Sud, [A rgen­ tine et la Pologne, il s’agit m ain­ ten an t du Guatem ala, des Philip­ pines et de la Roumanie. Des ateliers musicaux y sont créés. Ils ont pour but d ’instaurer un dialogue fraternel, sans p a te rn a ­ lisme, fondé sur la réciprocité et le profond respect m utuel entre les civilisations d ’Europe et celles du tiers monde. Cette solidarité vécue d ’une m anière tangible à travers des visages et des situa­ tions réelles est basée sur l’échange: de musiciens, d ’instru­ ments, de cassettes... Ces ateliers sont un pont affectif entre les peuples, leurs artisans construi­ sant la paix dans le monde. Un exemple du travail réalisé par «Musique Espérance»: en Boli­ vie, elle rétribuera p endant un an le travail de deux maîtres d ’atelier enseignant aux enfants à écrire la musique de leurs ancêtres en vue du sauvetage du

« Musique Espérance»

En Europe, M. A. Estrella rallie d’éminents musiciens et person­ nalités à son projet: fonder une association internationale visant à m ettre la m usique au service de la défense des droits de l’h o m ­ me. «Musique Espérance» voit le jour à Paris le 10 décembre 1982 et essaime dans de n o m ­ breux pays. Elle vient de se structurer sous la forme d ’une Fédération internationale (FIME). Son but est de « m ettre la musi­ que, toutes les musiques, au service des droits de l’hom m e et de la solidarité». «Musique Espé­ rance » cherche notam m ent à: - faire bénéficier trois pays victi­

mes de violations des droits de l’hom m e d ’une aide active ; - collaborer avec les organisa­

tions hum anitaires et m usica­ les ayant les m êm es objectifs; - m ettre différentes formes

d ’expression musicale à la portée de tous, notam m ent dans des lieux culturellement défavorisés, tels que prisons et hôpitaux;

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patrimoine culturel de cette ré­ gion. L’effet pédagogique dé­ ployé dans les ateliers en faveur d ’enfants et d ’adultes m arginaux tend à éveiller en eux, à travers la musique, la notion que ch a­ que être hum ain possède son identité, sa dignité et sa liberté.

« Musique Espérance» en Suisse...

Le président de «Musique Espé­ rance » doit être un musicien professionnel. Klaus Maurer, chef d ’orchestre et président suisse depuis 1988, répond à cette exigence. «Musique Espé­ rance » existe en pays vaudois et des sections sont en train de se créer à Fribourg, en Valais et à Neuchâtel. Elle m et sur pied des concerts et animations musicales dans les hôpitaux et les prisons, recueille des instruments et du matériel en faveur d ’ateliers m u ­ sicaux pour enfants installés dans plusieurs régions défavori­ sées, en Am érique latine n o tam ­ ment, et collabore à l’h u m anisa­ tion des m odes de sélection des jeunes musiciens professionnels. «Musique Espérance» va frap­ per un grand coup le 11 juin prochain. La patinoire de Fri­ bourg est prête à accueillir 6000 auditeurs pour un concert hors du com m un avec 300 choristes et 50 musiciens, dont le p ro­ gram m e com prendra: La joie partagée sur un texte de l’Abbé Pierre, qui sera présent, un ré­ cital de Miguel Angel Estrella, et la Sym ph o nie des d e u x M ondes, texte de Dom Helder C am ara (qui en sera le récitant), musique de Pierre Kaelin.

...Et en Valais

Le Dr Antoine Nussbaumer, de Monthey, a introduit «Musique

1 6

Espérance» en Valais en février

1988. Sous son égide, un groupe p répare la création d ’une asso­ ciation valaisanne. «Si la section de Martigny est très active, celle de Sion n ’existe pas encore vrai­ m ent et seuls quelques jalons sont posés dans le Haut-Valais. Dans l’enthousiasme, les actes ont précédé les structures: les concerts de Noël de l’Orchestre du Collège de Saint-Maurice, celui de l’Orchestre du C onser­ vatoire à Martigny, ceux, tout récents du C h œ u r Polyphonia de M. Veuthey à Sierre et Ver- nayaz ont été donnés en «ami­ tié» avec «Musique Espérance». Dans l’immédiat sont prévus: les soirées de «la C hance de l’h o m ­ me» organisées par F.-X. Am- herdt, un récital de Heidi B ru n ­ ner à Brigue... Michel Veuthey envisage d ’organiser un cycle de dix concerts, un par mois, d o n ­ nés par des choeurs d ’église dans des églises différentes le dim an­ che après midi. A la fois concerts spirituels et célébrations, ils se­ raient donnés en faveur de «M.E.». Un autre projet qui nous tient à c œ u r est de doter le pénitencier de Crêtelongue d ’un piano. Un concert d ’accordéon y a été donné en décem bre par une classe professionnelle de M. Tschannen, professeur au con­ servatoire... Cette année, Oscar Lagger prendra contact avec les corps de musique du Valais...»

La m usique est le langage du c œ u r

Pionnier et principal artisan de «M.E.» en Valais, le Dr N ussbau­ m er s ’illumine littéralement lors­ q u ’il en parle. «Envers les déte­ nus, nous ne somm es pas encore à notre niveau catholique-chré­ tien. Il faut les punir, certes, mais surtout les aimer et leur m ontrer q u ’on les aime. Partager la musi­

qu e avec eux en est un moyen. Il ne faut pas aller vers eux avec des interdits, mais leur offrir plus d ’am our, les considérer avec toute leur valeur hum aine, leur m ontrer notre plaisir de partager avec eux. Miguel n ’en a jamais voulu à ses tortionnaires. Chez nous, il faut utiliser la musique pour faire passer un message de fraternité. O n ne peut em pêcher q u e lq u ’un d ’être m alade ou de mourir, mais on peut lui a p p o r­ ter de la chaleur, l’aider à vivre q u an d m êm e ou à vivre mieux. La musique est un langage du c œ u r qui n ’a pas besoin d ’être appris. Elle est quelque chose d ’ajouté à toutes nos relations hum aines; elle coûte peu et p ro­ cure la beauté. Il faut dem ander aux jeunes de belles choses, et aussi leur en offrir. Il y a chez nous une musique élitaire. Il faut d em ander q ue la musique soit belle, mais ne pas se limiter à un genre de musique. Le chapeau chinois de Val-d’Illiez peut faire

(19)

Le docteur Antoine Nussbaumer, responsable de «Musique Espérance Valais»

l’affaire si c’est bien fait! Un travail va être entrepris auprès des c h œ u rs d ’enfants, chorales, fanfares. Je souhaiterais voir des ateliers se créer en Valais et que des contacts s’établissent avec ceux de M. A. Estrella.»

Un appel pressant

«La musique touche n ’importe qui sans faire état d ’une idéolo­ gie. Les sons représentent une des prem ières réactions du n o u ­ veau-né. Même si, grâce à «Mu­ sique Espérance», un pour cent de la population est moins amer, plus heureux, cela en vaut la peine. Je lance un appel à toute personne qui, com prenant l’es­ prit de «M.E.», mettrait un peu de son tem ps à disposition. Je cherche aussi une «figure de proue» pour le centre du Valais. Je souhaite que toujours plus de musiciens acceptent de m ettre leur musique au service d ’une cause, que les jeunes a p p re n ­ nent à être solidaires d ’autres

jeunes moins favorisés en ré­ coltant des instruments, en orga­ nisant des séances de musique, des collectes lors d ’auditions, etc... Il ne s ’agit pas d ’apporter des choses qui m anqueraient en Valais, mais de leur donner une autre coloration p our répondre à l’appel de Miguel. Nous somm es des nantis; pour les opprimés, la musique est une évasion. Un échange n ’est pas de la charité: chacun, m êm e le plus pauvre, apporte sa richesse; chacun doit recevoir et donner. » Car, com m e l’écrit N. Bouvier, «De tous les rem èdes qu e cette planète bleue où nous vivons nous offre, la musique est le seul à être égale­ m ent partagé. Peu importe q u ’on soit de ceux qui la donnent ou de ceux qui la reçoivent.»

Bi Photos: Gioia Rebstein, Jean Mohr, Oswald Ruppen

P o u r s ’a b o n n e r à «la lettre de Musique Espérance», s ’adresser a u secrétariat valai- san: M. Maurice M orand, p lace C e n tra le 10, 1920 Martigny.

MUSIQUE

Un OCL ju b ila t o ir e

à la F o n d a tio n G ia n a d d a

L’O rchestre de C ham bre de Lau­ sanne, conduit p ar l’im pétueux chef

américain J. N elson, p are les pages toutes classiques inscrites au pro­ gram m e d ’un éclat juvénile... et jubila­ toire auquel leur tonalité com m une de do m ajeur n ’est pas étrangère! Tout l’h u m o u r de Haydn tranparaît dans sa S ym p h o n ie N° 60 intitulée

Il Distratto, dont chacun des six

m ouvem ents fut écrit p o u r ponctuer les actes de la pièce «le Distrait» de Regnard. Des cordes fermes et moel­ leuses, véhém entes ou doucem ent hom ogènes (superbes violoncelles), des bois ciselant leurs courts motifs dialogués d ’un trait fin et incisif, des cuivres ronds (des cors pas toujours sûrs!) ou triom phants (trompettes) et des timbales parfaitem ent dosées so u ­ lignent avec à-propos les tournures incongrues et irrésistibles qui ab o n ­ dent dans u ne partition de plus en plus décousue. Pleine de fantaisie, l’interprétation ne perd cependant rien de sa rigoureuse précision. Les traits restent mesurés. Le hautbois, soutenu p a r les premiers violons, se lam ente superbem ent dans 1’«adagio» interrom pu brutalem ent p ar u ne fan­ fare q ue l’orchestre restitue avec la maladresse voulue. La joie du public tourne à la franche hilarité lorsque, après la 16e m esure du «presto», le chef de pupitre des premiers violons se lève soudain, interrom pant l’exécu­ tion: il vient de s ’apercevoir qu e la corde de «sol» des violonistes est en «fa»! Les facétieux musiciens s ’accor­ dent et, après quelques grincements, se lancent avec fougue dans un brillant «prestissimo». C om posé entre 1761 et 1768, le concerto N° 1 pour

v iolon celle de Haydn ne fut joué

pour la prem ière fois q u ’en 1962.

T h o m a s D em en g a y dém ontre une

justesse d ’intonation et une aisance rem arquables. Laissant chanter la musique, il déroule sa phrase avec une expressive souplesse et un soin particulier des plans sonores q u ’il souligne quelquefois au détrim ent de la continuité de la ligne. Son agilité dans les traits véloces est confon­ dante. C ependant, sa facilité digitale ne lèse jamais u ne musicalité om ni­ présente. L’«allegro molto» paraît toutefois un peu agité, bousculé, avec des à-coups dans la mélodie. La

S ym p h o n ie N° 36 KV 42 5 dite de Linz de Mozart est restituée avec

élan, clarté, finesse, subtilité dans les nuances et un engagem ent total de tous les registres. J. Nelson irradie l’énergie et la générosité. A l’aise et com m e libéré sous sa baguette, l’OCL déploie élégance, légèreté et fougue, com m uniquant à un public électrisé son évidente joie de jouer.

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François P on t

L’artiste à Londres, au bord de la Tamise

Londres. La banlieue industrielle d ’hier. Une ancienne usine désaf­ fectée, mise à disposition d ’une q u aran tain e de peintres et de sculpteurs de toutes tendances et d ’âges divers: ACME Studio. Parmi eux, un jeune Valaisan qui, depuis dix ans déjà, vit et travaille à Londres, où il a acquis l’essentiel de sa formation artisti­ que, participé à des collectives et présenté des expositions person­ nelles.

François Pont, pour devenir lui- même, a choisi de prendre de la distance. Mais sans casser ses racines. C h a q u e été il revient en Valais, à Saint-Pierre-de-Clages où il est né, • peindre dans les combles du Prieuré où il s’est am én ag é un atelier.

Et les Musées cantonaux ont présenté son travail en 1985. Ce printemps, le Manoir de la Ville de Martigny l’expose.

Un processus germinatif

Dessins et pastels, gravures, peintures, (il a utilisé d ’abord l’acryl pour passer ensuite à l’huile «les matières sont plus belles», dit-il) quelle q ue soit la technique, l’inspiration puise à la m êm e source: «Toujours des motifs qui s ’a p p aren ten t à des végétaux, à un processus germi­ natif», précise François Pont qui refuse de se voir appliquée l’épi- thète de peintre abstrait.

Les gravures à l’eau-forte (il applique la technique dite «du sucre» qui permet, dit-il, «de garder une certaine spon ta­ néité») évoquent tantôt un dé­ tail, com m e un gros plan, tantôt des «paysages».

Le regard y pénètre, s’aventure dans une zone de pénom bre où filtre encore la lumière, pour s’enfoncer progressivement dans la nuit profonde de noirs intenses et féconds. Entrailles de la terre F r a n c o i s P o n t i e t a n t s u r le m o n d e u n r e o a r d d u b i t a t i f ►

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en gestation ? Mais aussi, le senti­ m ent d ’un univers liquide où les formes semblent rem onter lente­ m ent à la surface. Et d ’une forêt q u ’animerait l’am ple respiration des m ouvem ents de l’air.

Et l’œil identifie des formes qui s ’ap p aren ten t à des feuilles, des structures qui évoquent lecorce d ’un tronc d ’arbre. «Ces «paysa­ ges» sont com m e une image, une m étaphore de la création», explique François Pont. «Ils évo­ quent la germination, la crois­ sance, mais aussi...» Il dit en anglais « decay» dont je ne tro u­ ve pas l’équivalent juste. Déclin est trop intellectuel; pourris­ sement, dégénérescence, trop forts.

J a illissem en ts contrôlés

Dessins, pastels et peintures il­ lustrent d ’une autre manière ce th èm e de la gestation, de la germination, de la création qui est au c œ u r de l’œ u v re du jeune peintre, le leitmotiv de ce travail qui se concrétise dans l’élan de «jaillissements contrôlés». François Pont utilise volontiers les couleurs primaires et fortes où chantent souvent le vert vif, l’orange lumineux. Il rem arque: «Quand je suis en Valais, la gam m e des tons se modifie. Et je peins plutôt dans les bleus et les gris.»

Il emploie, presque exclusive­ ment, le form at vertical. Où le trait s’élève avec fougue et vi­ gueur, dans un foisonnement de virtualités. Il dit: «Q uand je tra ­ vaille, je suis ouvert à toutes les possibilités et beaucoup de cho­ ses peuvent se passer.»

C ependant, par rapport aux a n ­ nées précédentes, son travail lui apparaît au jo u rd ’hui com m e plus construit, plus peint (moins jeté sur la toile). Et apparaissent,

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comme devenant une constante, des élém ents symboliques qui viennent nourrir son langage pictural.

Certaines toiles se construisent sur une verticale, com m e un axe, un arbre de vie. D ’autres, par plans, où la couleur est travaillée plus longuement, qui structurent des paysages. Et d ’autres enfin, suggèrent un univers en m ouv e­

Dans l’atelier londonien

m ent où viennent s ’inscrire les formes-symboles qui évoquent la feuille, l’œil, une silhouette. François Pont a cessé de peindre des autoportraits, mais la p ré­ sence humaine, sous une image plus ou moins explicite, habite plusieurs de ses compositions. Et, regardant ses gravures, ses pastels, ses toiles, on a l’im pres­ sion de le voir explorer, décou­

vrir, m ettre à jour, d ’oeuvre en œ uvre, dans son dialogue quoti­ dien avec la matière et la cou­ leur, son propre univers où s’ef­ fectue la lente gestation du pro ­ cessus créateur et le geste sp o n ­ tané qui lui donne vie.

Texte: Françoise de Preux Photos: Robert Hofer

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Notre mémoire raconte. Elle té ­ moigne de ce que nous avons été et sert, souvent, de référence à notre avenir. Elle nous redé­ couvre. Com m e, à travers èlle, se révèle et s’épanouit l’enfant que nous fûmes et qui, sur le tard, continue à nous interpeller. L’enfance d ’un hom m e se co n­ fond à la source du fleuve. Et le fleuve coule, en images...

Images de la cham bre com ­ mune, où nous vivions en tribu, du feu crépitant dans la cuisine, de ces grandes familles pieuses, laborieuses, et souvent poignan­ tes dans l’humilité de leur ré­ signation.

Images de ces couples qui, dans 2 2 l’am our, ne s’exprimaient jamais,

sinon dans la lumière des yeux et le silence des mains. Les mots, eux, se taisaient au fond des cœurs. Là où les sentiments paissent dans la quiétude a b ­ soute.

Images de l’église prise par le regard au dernier carreau de la fenêtre. Mirage d ’un ciel de lé­ gendes et de croyances lues en pages bleues. Silhouette de la tour du C h âteau où logeait l’his­ toire d ’un peuple.

Images des hom m es: laboureurs a rp en tan t le sillon, sem eurs je­ tan t le grain à poignées pleines, bûcherons à la cognée puissante, faucheurs à l’andain large, arti­ sans dialoguant avec leurs outils. Patriarches vénérables à la fou­

lée ample... Images des femmes: mères penchées sur le berceau, intarissables de tendresse ; m é­ nagères soufflant la braise pour recréer la flamme, s ’affairant a u ­ tour du poêle. Mais aussi: paysannes robustes pétrissant la terre ou brandissant la pioche...

Images des lieux publics: l’école, la poste, les cafés, les magasins. Statures de ces maisons asso­ ciées à des patronym es. Une génération par étage, sangs m ê­ lés par les alliances...

Je ne sache de chaleur plus bienfaisante qu e celle dégagée par les fourneaux en pierre ol- laire au long des soirées où l’on écossait les haricots et les fèves.

Le v illa g e

d’u ne en fa n ce

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r

Grône, château Morestel, 1988

Je ne sache de confidences plus émouvantes que celles débitées par la famille rassemblée autour de la table, avec, entre les mains de chacun, une noix à casser. Et, dans les yeux, des espoirs à donner! La solidarité s ’inventait dans ce bel autrefois de lam e. Le don de soi pour la paix de l’autre, c’était c ourant et se vivait d’instinct.

Images des autres vies, en cris et en scènes.

Piaillements des oiseaux, exubé­ rance des gosses égaillés. Bêtes à l’effort! Le mulet ou le cheval sous le faix ou à l’attelage. La vache ou le b œ uf sous le bât, efficaces. L’âne de la rébellion. La basse-cour de l’anarchie... Les odeurs, ensuite. Apres ou douces, savantes ou légères, sub­ tiles ou banales.

Odeurs du lait lapé dans les bols ou les écuelles, du fromage, du pain enfourné, du vin courtisé qui vagissait auprès des h om ­ mes, dans leur tonneau, comm e les enfants tout contre leur mère, au sein de leur berceau...

Odeurs du bétail, des boucheries fumantes dans les aubes rigou­ reuses de l’hiver. Des viandes épicées dans la pénom bre des caves ou suspendues dans les galetas, aux solives boulonnées des charpentes musclées. R em u­ gles et encens!

Odeurs du printemps. Des co u ­ leurs endiablées. De l’herbe fraî­ che et folle. Des fleurs endim an­ chées. Des blés m ûrs gerbés à bras-le-corps, des fruits épinglés aux arbres tout poncés de soleil. Découvertes des chemins, des habitats éparpillés à la couture

des prairies s ’épuisant vers la colline. Ou des ham eau x hardi­ m ent assis sur les hauts. Eva­ sions dans les mayens. Les a lp a ­ ges! Errances des bisses aux eaux balbutiantes, agressives, baveuses ou bouillonnantes. Dé­ paysem ent dans le vallon de Réchy, bien au chaud dans son cocon et s’ouvrant, d ’un coup, vers le ciel et les cimes. T out cela, les Grônards l’ont vu, vécu. Ils

en gardent l’empreinte, l’histoire. Et la nostalgie! O ù q u ’ils soient... Loye et les autres h am eaux du plateau ont anim é le tem ps des lampes à huile, de la chandelle, et cette flamme, emprisonnée dans le verre cerclé du falot, qui courait d ’une écurie à l’autre. J ’ai connu, enfant, ces maisons de bois où les poutres saillantes du plafond portaient les insignes de la sagesse populaire. C ’était sou­

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Le village de Nax

vent: «En l’an de grâce...» La dem eure avait donc été érigée, sous le regard de Dieu, par tel couple. Et pour une éternité! On écrivait ainsi l’am o u r dans la matière. Et les chiffres, les pro ­ verbes, affirment encore, dans bien des chaumières, sur la pierre ou sur le bois, que le tem ps se ravive, au lieu de s’effa­ cer, en la mémoire des hommes. Le souvenir se féconde de lui- même, fertilisé p ar cette recher­ che insatiable des années feuille­ tées et idéalisées d ’une époque à l’autre.

J ’ai vécu, avant que survienne l’électricité à Loye, en 1947, cette existence de nom ade qui, de la plaine, avec le troupeau, nous conduisait au mayen, où nous vivions p end ant plus d ’un mois avant de confier le bétail aux pâtres des grands espaces. C ’était l’inalpe.

Nous allions rechercher les bê­ tes, en autom ne, lors de la dés- alpe, avec la moisson de l’esti­ vage: des meules de fromage que l’on empilait sur des cacolets ou sur des traîneaux...

Les rares enfants dont les p a ­ rents ne possédaient pas de bé­ tail - j’étais du nom bre - étaient prêtés aux autres. O n nous ré­ tribuait alors en produits de l’al­ page. Nous valions de la nourri­ ture. C om m e elle, nous deve­

nions précieux, adulte, dans la façon de rapporter, d ’engranger. Le pain, soudain, dégageait une saveur plus dense, du m om ent qu e nous le gagnions à la peine de notre offrande.

Les sentiers cahoteux déro u ­ laient d ’interminables lacets. Ç à et là, une croix, un reposoir devant lesquels nous nous pros­ ternions, la ponctuation d ’une prière. Ou la durée d ’une lé­ gende, enchâssée de supersti­ tions, répétée à l’om bre douce et feutrée d ’une clairière...

J ’ai tout su d ’un pays am oureux par les mots de m a m ère ou par ceux, plus austères, de m on père. Au vrai, la différence n ’était point m ajeure entre leurs ré­ miniscences conjuguées et mon quotidien. Nous vivions de la m êm e terre. Les femmes avaient-elles tellement changé qui, toujours, frappaient leurs lessives devant les fontaines p u ­ bliques ou sur les margelles des c an au x ?

C hacun rem ettait ses pas dans le tracé de l’exemple et renouve­ lait les m êm es interrogations à Dieu et à la nature. Rogations, dévotions d ’une com m unauté forgée par la fidélité à une tradi­ tion sacrée...

La guerre déclanchée, j’ai assisté, dès 1939, à ce m onum ental élan de générosité qui poussait les

Grônards, non mobilisés, à s’e n ­ traider. Les uns fauchaient pour les autres. O n partageait. On se fortifiait de la peine échangée. La solidarité nous unissait au pays. Et le pays, c’était le village réchauffé par les enfants, les femmes, les vieillards. L’âm e de nos ancêtres! Un îlot d ’espérance où l’on protégeait notre histoire avec des forces décuplées. J a ­ mais nous ne nous somm es a u ­ tan t aimés q u ’en cette période dram atique où nos femmes tri­ cotaient, à la veillée, pour le confort précaire de soldats a n o ­ nymes qui, plus loin que nos regards, défendaient les frontiè­ res de notre berceau. Oui, ces femmes-là rem plaçaient les ab­ sents dans les cham ps, dans les mines d ’anthracite, et dans les écuries où, d ’ailleurs, elles avaient toujours tiré le lait des bêtes...

A ujourd’hui, du merveilleux p ro ­ mis, nous ne connaissons qu e le réalisme d ’une civilisation qui, avec ses avantages indéniables, nous dévoile aussi ses faiblesses, ses contradictions. Ses angois­ ses! Et sans parvenir à gom m er de nos mémoires les légendes qui ont doré nos enfances... Le bien-être matériel dépouille­ rait-il les aspirations spirituelles pour nous appauvrir, p a rad oxa­ lement, dans les richesses que nous détenons? Allez savoir! Et pourtant, l’enfant qu e je fus un jour dans un d énuem ent a p p a ­ rent m ’apparaît plus heureux, en moi, qu e l’hom m e d ’au jo urd ’hui devenu solitaire dans une foule égoïste...

Nostalgie? Sans doute! Q u ’on me laisse toutefois le privilège d ’écouter le bonheur de cet e n ­ fant plutôt qu e les clameurs, de guerre et de misère, d ’hom mes dévoyés par des dictatures ég a­ rées et se repaissant d ’une n ou ­ velle barbarie...

Texte: Maurice Métrai Photos: Maurice Métrai, Félix Carruzzo

M aurice M étrai a c o n s a c ré à son village d e G rô n e - d o n t il est a u jo u r d ’hui bou rg eo is d ’h o n n e u r - un récit intitulé C e ha u t-p a ys d o n t j e suis l’en fance. Editions d u P a n o r a m a - 1983.

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Pâques

Christ au bord de la route de Loye

Q u ’as-tu vu dans les champs, ô Marie-Madeleine? - Les linges enroulés, et j ’ai vu le tom beau Où le Christ n ’était plus, et j ’ai pleuré ma peine. - Réconforte ton cœur, ô Marie-Madeleine Car Jésus devant toi marche c o m m e un flambeau. Pourquoi rester ainsi, h o m m es d e Galilée,

Vos y e u x levés au ciel où le Christ est parti? Sur la terre d ’exil que ses pieds ont foulée, L e Sauveur reviendra, h o m m es d e Galilée, Et ressuscitera le m o n de converti.

Marcel Michelet (Le lotus parfumé) Photo: Félix Carruzzo

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