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WOLFRAM D'ESCHENBACH ET LE CONTE DEL GRAAL

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WOLFRAM D'ESCHENBACH

ET LE

CONTE DEL GRAAL

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P U B L I C A T I O N S D E LA F A C U L T É D E S L E T T R E S E T S C I E N C E S H U M A I N E S D E P A R I S - S O R B O N N E

Série « Études et Méthodes », tome 17

J E A N F O U R Q U E T

WOLFRAM D'ESCHENBACH

E T LE

CONTE DEL GRAAL

Les divergences de la tradition du Conte del Graal de Chrétien et leur importance pour l'explication du texte du Parzival

OUVRAGE P U B L I É AVEC LE CONCOURS

DU C E N T R E NATIONAL D E LA R E C H E R C H E S C I E N T I F I Q U E

P R E S S E S U N I V E R S I T A I R E S DE F R A N C E 108, BOULEVARD SAINT-GERMAIN, PARIS

1966

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DÉPOT LÉGAL

Nouvelle édition . . . . 4 trimestre 1966 TOUS DROITS

de traduction, de reproduction et d'adaptation réservés pour tous pays

© 1966, Presses Universitaires de France

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Notre thèse complémentaire de 1938, parue dans la collection des « Publi- calions de la Faculté des Lettres de l'Université de Strasbourg », était depuis longtemps épuisée. Nous sommes infiniment reconnaissant à la Faculté des Lettres de Paris et à son doyen, M. M. Durry, de la possibilité qui nous est offerte de présenter cet ouvrage dans une seconde édition.

L'ouvrage n'aurait cependant pas pu paraître sans une subvention du Centre national de la Recherche scientifique, que nous remercions de son aide précieuse.

Nous croyons que la partie centrale de celle élude, consacrée à l'analyse philologique d'un donné immédiat, des textes attestés par des mss., peut encore rendre des services. Elle constitue un ensemble dont nous n'avons pas voulu modifier l'enchaînement ; nous n'y avons apporté que des retouches de détail. Les parlies qui l'encadraient ont été refaites. L'introduction consacrée à la position du problème et d la définition de la méthode a été allégée de passages universellement connus du poème allemand sur Kyot, et de l'analyse d'ouvrages de la période de 1920 à 1930, aujourd'hui moins actuels.

En relisant notre dernier chapitre, nous nous sommes aperçu que nos vues, au cours de trente années, s'étaient élargies et précisées, et nous avons récrit également les pages de la fin.

Qu'il nous soit permis de dédier cette seconde édition à la mémoire d'Ernest Tonnelat († en 1948) comme la première était dédiée au Maître vivant. Aux vues de l'esprit aventureuses et à des idées reçues, Tonnelat a, toute sa vie, opposé le retour aux textes, l'analyse objective de ceux-ci.

Nous voudrions aussi rappeler ce que nous devons à Ernest Hoepffner

(† en 1956) pour la connaissance de la littérature française médiévale, et à

Paul Collomp († en 1943) pour la critique textuelle.

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I N T R O D U C T I O N

Il y a — ou il devrait y avoir — dans l'étude des rapports entre le Parzival et le Conte del Graal une coupure majeure. Jusqu'en 1932, quand on parlait du poème français, on se référait en fait, au texte du ms. de Mons, publié par Ch. Potvin de 1866 à 1871

On connaissait sans doute, par des travaux comme ceux de Miss Jessie Weston, l'existence d'autres mss. dispersés de Florence à Édimbourg, mais seuls quelques spécialistes en avaient une connaissance fragmentaire.

Du travail de Gottfried Baist, qui avait réuni des copies de tous les mss.

en vue d'une édition critique, n'était sorti qu'un ouvrage hors commerce, destiné à des exercices de séminaire, une reproduction assez fautive du texte du ms. A (Paris, Bibl. Nat., f. fr. 794)

En 1932 paraît, procurée par Alfons Hilka, une édition complète fondée sur 15 mss., des fragments, et suivie de la rédaction en prose (Paris, 1530)

Il apparaît alors quel abus de langage c'était de parler du poème de Chrétien comme d'une grandeur définie, comme on le faisait tacitement jusque-là, grandeur définie que Wolfram aurait connue et utilisée.

La comparaison des 15 mss. montre d'abord que le texte a dû évoluer très vite. Non seulement il comporte la multiplicité ordinaire des variantes fondées sur des fautes de copies et des réfections arbitraires consécutives à ces fautes, des omissions ou sauts du même au même, mais des inter- polations, des prologues ajoutés ; enfin et surtout, Chrétien ayant laissé son œuvre inachevée selon toute vraisemblance, des continuations de longueur et de contenu très variables, que nous connaissons mieux main- tenant grâce à l'édition de William R o a c h

La comparaison permet, certes, d'extraire des textes réels une partie qu'on a de sérieuses raisons de considérer comme l'œuvre laissée inachevée du maître champenois. Ce sont les vers 1 à 9234 édités par A. Hilka.

Mais rien ne prouve que ce soit un ms. arrêté à ce point — au milieu

1. C h . POTVIN, P e r c e r le G a l l o i s o u le C o n t e d u G r a a l , p u b l i é d ' a p r è s l e s m a n u s c r i t s o r i g i n a u x , v o l . I - V I , M o n s , 1 8 6 6 - 7 1 ( P u b l i c a t i o n s d e l a S o c i é t é d e s B i b l i o p h i l e s b e l g e s , s é a n t à M o n s , n ° 21 ).

2. C r e s t i e n s v o n T r o y e s C o n t e s d e l G r a a l ( P e r c e v o u s li G a l o i s ) , A b d r u c k d e r H s . , P a r i s , f r a n ç a i s 7 9 4 , s. d .

3. D e r P e r c e v a l r o m a n ( L i c o n t e s del G r a a l ) , v o n C h r i s t i a n v o n T R O Y E S , h r s g . v o n A . H I L K A , H a l l e , 1 9 3 2 ( e n a b r é g é : G . ) .

4. T h e c o n t i n u a t i o n s o f the o l d F r e n c h P e r c e v a l , U n i v e r s i t y o f P e n n s y l v a n i a P r e s s , P h i l a d e l p h i e , 1 9 4 9 - 5 5 ; 3 v o l . L o n g t e m p s o n n ' a e u q u e les a p e r ç u s d o n n é s p a r J . E . W E S - TON, T h e l e g e n d o f S i r P e r c e v a l , 2 v o l . , L o n d r e s , 1 9 0 6 .

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d ' u n e p h r a s e — q u i s o i t v e n u e n t r e l e s m a i n s d e W o l f r a m . L e c o n t r a i r e e s t a p r i o r i s i n g u l i è r e m e n t p l u s p r o b a b l e , c a r l e s o f f i c i n e s d e c o p i s t e s o n t v i s i b l e m e n t v o u l u d o n n e r l ' i m p r e s s i o n q u e l e p o è m e é t a i t c l o s ; l e s u n s s e s o n t c o n t e n t é s d ' a c h e v e r l ' é p i s o d e c o m m e n c é , l e s a u t r e s o n t v o u l u u t i l i s e r l e s a m o r c e s d e d é v e l o p p e m e n t q u e c o n t e n a i t l ' œ u v r e i n a c h e v é e . N o u s d e v o n s d o n c , a u l i e u d e p o s e r l e p r o b l è m e s o u s l a f o r m e : L e C o n t e d e l G r a a l e s t - i l l a s o u r c e d u P a r z i v a l ? , p o s e r d ' a b o r d l a q u e s t i o n : D e q u e l C o n t e d e l G r a a l p a r l o n s - n o u s ? A v e c q u e l l e s i n c l u s i o n s , q u e l l e s c o n t i n u a t i o n s ? A v e c u n t e x t e a p p a r t e n a n t à q u e l l e b r a n c h e d e l a t r a d i t i o n ?

N o u s e s t i m o n s q u e t o u t e s l e s t h è s e s r e l a t i v e s à d ' a u t r e s s o u r c e s d u P a r z i v a l , p u r e m e n t h y p o t h é t i q u e s e t d é f i n i e s u n i q u e m e n t p a r d i f f é r e n c e e n t r e l e c o n t e n u d u p o è m e f r a n ç a i s e t c e l u i d u p o è m e a l l e m a n d t o u s l e s j u g e m e n t s s u r l ' o r i g i n a l i t é d e W o l f r a m p a r r a p p o r t à C h r é t i e n d e v r a i e n t ê t r e s o u m i s a u d o u t e p r o v i s o i r e , t a n t q u e l e p r o b l è m e p r é a l a b l e d u m s . ( o u d e s m s s . ) u t i l i s é p a r W o l f r a m n ' a u r a p a s é t é d é b a t t u à f o n d .

D e l o n g u e s c o n t r o v e r s e s o n t f a i t é t a t d e d i v e r g e n c e s e n t r e W o l f r a m e t C h r é t i e n q u i , à l a l u m i è r e d e l ' a p p a r e i l d e v a r i a n t e s d e l ' é d i t i o n H i l k a , a p p a r a i s s e n t c o m m e d e s d i v e r g e n c e s e n t r e d e u x b r a n c h e s d e l a t r a d i t i o n d u p o è m e f r a n ç a i s . E n v o i c i u n e x e m p l e c a r a c t é r i s t i q u e

Le héros de Wolfram, disait-on, rencontre trois chevaliers. Or celui de Chrétien en rencontre cinq. Pour les uns, c'est la preuve que Wolfram s'inspire d'une autre source que le poème de Chrétien ; on ne voit pas, disent-ils, pourquoi Wolfram aurait modifié un nombre apparemment indifférent. Golther, partisan de Chrétien source unique, répond avec quelque embarras, en attribuant le changement à la fantaisie de Wolfram : le nombre trois est celui des Contes — die Dreizahl ist märchenhaft

Pour d'autres, ce nombre de trois indique une source galloise, car la poésie galloise aime les triades.

Or la tradition se partage entre deux leçons .V. et .III., comme on verra plus loin. La leçon . III. se trouve dans le ms. R, avec lequel précisé- ment le Parzival offre le maximum de concordances. Et elle est confirmée par deux témoins indirects, le Peredur et Syr Percyvelle.

Les flottements sur les nombres, écrits en chiffres romains, sont très fréquents dans la tradition du Conte del Graal, comme dans celle d'autres textes de cette époque. (Voir plus loin C . , .V., .III. au vers 7730.) Non seulement on ne peut pas faire état d'une divergence entre le récit français et le récit allemand, si elle peut s'expliquer par une des variantes conservées du texte français, mais il reste toujours la possibilité d'une variante perdue, si une telle hypothèse est vraisemblable, étant donné le contexte, les variantes connues et les habitudes des copistes.

Situer le ms. dont s'est servi Wolfram, indiquer sa place dans le stemma eût été relativement facile, si le poème allemand était une simple

1. Le t e x t e du p o è m e a l l e m a n d ne pose pas les m ê m e s p r o b l è m e s q u e celui du p o è m e français. Il sera cité d a n s ce qui suit d ' a p r è s : Wolfram von Eschenbach v o n Karl LACH- MANN, siebente A u s g a b e , neu b e a r b e i t e t u n d m i t einem Verzeichnis der E i g e n n a m e n u n d S t a m m t a f e l n v e r s e h e n v o n E d u a r d H a r t l , 1. B a n d : Lieder, P a r z i v a l u n d Tilurel, Berlin, 1952 (en a b r é g é : P.).

2. Voir ci-dessous, p. 25.

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t r a n s p o s i t i o n e n a l l e m a n d d u r é c i t f r a n ç a i s , u n e v e r s i o n e n a l l e m a n d d u t e x t e . M a i s c ' e s t u n e a d a p t a t i o n d u g e n r e q u e l e s s p é c i a l i s t e s a l l e m a n d s a p p e l l e n t h ö f i s c h e B e a r b e i t u n g . C e g e n r e a s e s l o i s q u e l ' o n p e u t é t a b l i r e n p a r t a n t d e s c a s l e s p l u s f a v o r a b l e s , o ù l a s o u r c e n e f a i t p a s d e d o u t e , e t e s t c o n s e r v é e : l ' E n e i t d e V e l d e k e , a d a p t a t i o n d u R o m a n d ' É n é a s f r a n ç a i s , l ' E r e c e t l ' I w e i n d e H a r t m a n n , a d a p t a t i o n d e d e u x r o m a n s d e C h r é t i e n d e T r o y e s , É r e c et É n i d e , e t L e c h e v a l i e r a u l i o n . W o l f r a m a c o n n u c e s p o è m e s a l l e m a n d s , e t il a p o u r c o n t e m p o r a i n s G o t t f r i e d d e S t r a s b o u r g , a d a p t a t e u r d u T r i s t a n d e T h o m a s d e B r e t a g n e e t U l r i c h d e Z a t z i k o v e n , d o n t l e L a n z e l e t e s t l ' a d a p t a t i o n d ' u n L a n c e l o l f r a n ç a i s p e r d u .

L e p r i n c i p e f o n d a m e n t a l d e l ' a d a p t a t i o n e s t q u e l ' a d a p t a t e u r , a y a n t l u e t m é d i t é u n p o è m e d é j à e x i s t a n t , s e p r o p o s e d e r a c o n t e r à s o n p u b l i c l a m ê m e h i s t o i r e , l a m ê m e j u s q u e d a n s l e d é t a i l d e s c o m p o r t e m e n t s e t d e s é v é n e m e n t s , m a i s d e l a r a c o n t e r à s a f a ç o n , e t n o u s d o n n o n s ici à

« f a ç o n » l e s e n s f o r t q u e C h r é t i e n l u i d o n n e d a n s la p r é f a c e d e s o n L a n c e l o t : u n e m i s e e n œ u v r e n o u v e l l e , d ' u n e t e c h n i q u e l i t t é r a i r e q u i r i v a l i s e a v e c c e l l e d u p r é d é c e s s e u r .

L ' a d a p t a t e u r s e d é f e n d d e r i e n c h a n g e r n i d e r i e n o m e t t r e d u c o n t e n u d u m o d è l e ; a u p l u s il s e p e r m e t d e r e c o n s t r u i r e u n e s c è n e e n c h a n g e a n t l ' o r d r e d e s d e s c r i p t i o n s , o u d e t r a n s p l a n t e r u n d é t a i l d ' u n é p i s o d e d a n s u n a u t r e I l l u i e s t p e r m i s s e u l e m e n t d ' a j o u t e r , s o i t q u ' i l a m p l i f i e d e s d é v e l o p p e m e n t s p a r l ' a d d i t i o n d e n o u v e a u x d é t a i l s , s o i t q u ' i l i n t e r c a l e d e s m o r c e a u x d e h a u t e v i r t u o s i t é ( a i n s i l a d e s c r i p t i o n d u p a l e f r o i d ' É n i d e c h e z H a r t m a n n ) . L ' œ u v r e a i n s i r é c r i t e a s o n s t y l e , s a c o l o r a t i o n p r o p r e s . L ' e n s e m b l e d e c e t t e a c t i v i t é s e r é s u m e p a r l e s d e u x t e r m e s q u ' e m p l o i e G o t t f r i e d d a n s l ' E x k u r s l i t t é r a i r e d u T r i s t a n : d u r c h z i e r e n , e n t r e t i s s e r d ' o r n e m e n t s , e t d u r c h v e r w e n , c o l o r e r .

C e g e n r e l i t t é r a i r e c o n c i l i e u n e x t r ê m e r e s p e c t d u m o d è l e , e t u n e r é e l l e o r i g i n a l i t é . L ' a u t e u r e s t a t t e n t i f à s ' i n s p i r e r d e s m o i n d r e s i n d i - c a t i o n s q u e d o n n e s o n m o d è l e , à l e s j u s t i f i e r e t à l e s d é v e l o p p e r ; e t , p a r a i l l e u r s , il e s t d o m i n é p a r l a r è g l e d e r é c r i r e e n t i è r e m e n t l ' h i s t o i r e , d e n e j a m a i s f a i r e u n e p h r a s e q u i r e s s e m b l e à c e l l e d u m o d è l e . D e s c o r r e s p o n - d a n c e s l i t t é r a l e s c o m m e T a n t q u e l i j o r s c l e r s a p a r u t : u n z i m d e r l i e h t e t a g e r s c h e i n ( G . 6 3 4 , P . 1 2 9 , 15) s o n t r a r i s s i m e s

Il f a u t d o n c u n e e x p l i c a t i o n d e t e x t e s d é l i c a t e , f o n d é e s u r u n e é t u d e g é n é r a l e d e s l o i s d u g e n r e , p o u r r e t r o u v e r , d e r r i è r e u n d é v e l o p p e m e n t d e W o l f r a m , u n e v a r i a n t e p l u t ô t q u ' u n e a u t r e , p a r m i c e l l e s e n t r e l e s q u e l l e s s e p a r t a g e n t l e s m a n u s c r i t s .

1. V. J. FOURQUET, H a r t m a n n d ' A u e , Erec, Iwein, e x t r a i t s a c c o m p a g n é s des t e x t e s c o r r e s p o n d a n t s de Chrétien de Troyes..., Paris, 1944, i n t r o d u c t i o n , p. 15-26, « l ' a d a p t a t i o n courtoise ».

2. A. HEUSLER fait la m ê m e r e m a r q u e sur l ' a u t e u r d u p o è m e des N i b e l u n g e n , e n t a n t q u ' a d a p t a t e u r d ' u n p o è m e a n t é r i e u r : « Man e r s t a u n t , wie oft er v o r g e f u n d e n e Dinge, a u c h scheinbare Kleinigkeiten, s t e h n lässt, wo sie n i c h t m e h r passen, oder sie b e h u t s a m a n a n d e r n O r t pflanzt, w e n n er sie an ihrer Stelle v e r w o r f e n hat... Die m i t t e l a l t e r l i c h e n D i c h t e r w a r e n sehr dafür, nichts umkommen zu lassen ! U n s e r m N i b e l u n g e n m e i s t e r w e r d e n wir n u r gerecht, w e n n wir beides, die hohe S e l b s t ä n d i g k e i t u n d die h a u s h ä l - terische G e b u n d e n h e i t seines D i c h t e n s würdigen. » (Nibelungensage u n d Nibelungenlied, 3e éd., D o r t m u n d , 1929.)

3. Voir ci-dessous, p. 29.

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L ' é t u d e q u i s u i t é t a i t f o n d é e s u r c e r a i s o n n e m e n t :

L ' h i s t o i r e m i e u x c o n n u e d u t e x t e f r a n ç a i s s o u s s e s m u l t i p l e s f o r m e s p e r m e t d ' i n t r o d u i r e u n é l é m e n t n o u v e a u d a n s l a r e c h e r c h e ; d e s a n a l y s e s l i t t é r a i r e s , n é c e s s a i r e m e n t s u b j e c t i v e s , v o n t p o u v o i r ê t r e l i é e s à u n c r i t é r i u m o b j e c t i f , à s a v o i r l e s f a i t s d e t r a n s m i s s i o n d ' u n t e x t e p a r c o p i e s s u c c e s s i v e s .

O n r é u n i r a l e s p a s s a g e s o ù l ' a n a l y s e c o m p a r é e d u t e x t e a l l e m a n d e t d e s t e x t e s f r a n ç a i s o b l i g e à o p t e r e n t r e p l u s i e u r s f o r m e s d u t e x t e d e C h r é t i e n , à f a i r e u n e h y p o t h è s e s u r l a b r a n c h e d e l a t r a d i t i o n à l a q u e l l e a p p a r t i e n t l e t y p e d e t e x t e u t i l i s é p a r W o l f r a m . S i l e s r é s u l t a t s s o n t c o h é r e n t s , s i n o u s s o m m e s o r i e n t é s r é g u l i è r e m e n t v e r s l a m ê m e b r a n c h e d e l a t r a d i t i o n , n o u s a u r o n s d u m ê m e c o u p l a p r e u v e q u e l a m é t h o d e e s t e f f i c a c e , e t l e m o y e n d ' i d e n t i f i e r le t y p e d e t e x t e u t i l i s é p a r W o l f r a m , d e d é f i n i r s a s o u r c e a v e c u n e p r é c i s i o n s u p é r i e u r e .

S i l e s r é s u l t a t s s o n t i n c o h é r e n t s , s ' i l s d é s i g n e n t i n d i f f é r e m m e n t , s a n s l o i , d e s b r a n c h e s d i v e r s e s , c e l a s i g n i f i e r a o u q u e l a m é t h o d e e s t m a u v a i s e , o u q u e le m a n u s c r i t u t i l i s é p a r W o l f r a m a p p a r t i e n t à u n e b r a n c h e d o n t il n e r e s t e a u c u n t é m o i n , d e s o r t e q u e l e s r a p p r o c h e m e n t s n ' i n d i q u e n t q u ' u n e p a r e n t é p a r l ' a r c h é t y p e c o m m u n .

O n v e r r a q u e c e t t e e n q u ê t e a d o n n é d e s r é s u l t a t s q u e n o u s n ' a v i o n s n u l l e m e n t p r é v u s , c e q u i e s t u n e g a r a n t i e q u e l e s r e c h e r c h e s n ' é t a i e n t g u i d é e s p a r a u c u n e i d é e p r é c o n ç u e . I l e n r é s u l t e q u e W o l f r a m a c o m p o s é l e s l i v r e s I I I à V I d u P a r z i v a l d ' a p r è s u n p r e m i e r m a n u s c r i t , d o n t il e x i s t e d e p r o c h e s p a r e n t s , e n p a r t i c u l i e r u n d e s t é m o i n s l e s p l u s a n c i e n s : l e m s . R ( P a r i s , B i b l . N a t . , f. f r . 7 9 4 ) . I l a c o m p o s é l e s l i v r e s c o n s a c r é s à G a u v a i n , V I I - V I I I e t X - X I I I n e t t e m e n t d ' a p r è s u n a u t r e m a n u s c r i t , d o n t il n ' e x i s t e p l u s d e t é m o i n a u s s i d i r e c t , m a i s q u i e s t c e r t a i n e m e n t d ' u n e t o u t a u t r e b r a n c h e d e l a t r a d i t i o n q u e c e l l e à l a q u e l l e a p p a r t i e n t R . L e d é t a i l d e l ' e n q u ê t e f o n d é e s u r l e s v a r i a n t e s , l ' é t a b l i s s e m e n t e t l a d i s c u s s i o n d e s t a b l e a u x d e c o n c o r d a n c e f o r m e r o n t l a p r e m i è r e p a r t i e d u p r é s e n t o u v r a g e .

Il e s t a p p a r u , p a r a i l l e u r s , q u e l e s e c o n d m s . s e d i s t i n g u a i t m a s s i v e - m e n t d u p r e m i e r p a r l ' i m p o r t a n c e d e s c o n t i n u a t i o n s q u i p r o l o n g e n t l ' h i s t o i r e i n a c h e v é e l a i s s é e p a r C h r é t i e n . C e t o r d r e d e p r o b l è m e f e r a l ' o b j e t d ' u n e s e c o n d e p a r t i e .

Il f a u t t e n i r c o m p t e , d a n s l a c o m p a r a i s o n , d e l ' o p p o s i t i o n e n t r e l e s

1. L a v a l i d i t é d e c e t t e d é m a r c h e e t s e s p r i n c i p a u x r é s u l t a t s o n t é t é a d m i s p a r E . H O E P F F N E R , R o m a n i a , L X V ( 1 9 3 9 ) , p . 3 9 7 - 4 1 3 ; A . T . H A T T O , M o d e r n L a n g u a g e R e v i e w , X L I I ( 1 9 4 7 ) , p . 2 4 3 s q q . e t X L I I I , 1 9 4 8 , p . 2 1 6 ; e n f i n p a r M . O ' C . W A L S H E , d a n s E r a s m u s ( 1 9 4 7 ) , col. 4 7 2 s q q . C e d e r n i e r c r i t i q u e a m ê m e p r o p o s é , s u r l a b a s e d e s c o n c o r d a n c e s r e l e v é e s p a r n o u s , d e s i t u e r le s e c o n d m s . d e W o l f r a m d a n s le g r o u p e I , a u v o i s i n a g e d e E , c e q u e n o u s n ' a v i o n s p a s o s é f a i r e a u s s i n e t t e m e n t .

P l u s r é c e m m e n t , K . O . BROGSITTER a p r é s e n t é l e s c o n c l u s i o n s d u p r é s e n t o u v r a g e c o m m e « d i e e i n l e u c h t e n d s t e E r k l ä r u n g d e r Q u e l l e n f r a g e » (in A r t u s e p i k , S a m m l u n g M e t z l e r , M 3 8 , S t u t t g a r t , 1 9 6 5 , p . 8 1 ) .

P a r c o n t r e n o u s n ' a v o n s p a s é b r a n l é M . W I L M O T T E d a n s s a foi e n u n p o è m e d e K y o t c o m m e b a s e d u P a r z i v a l ( R e v u e belge d e P h i l o l o g i e et d ' H i s t o i r e , 1 9 3 8 ) . n i B . M E R G E L L , d a n s s a foi e n l a l i b e r t é c r é a t r i c e d e W o l f r a m , r e p r é s e n t a n t d e l a r a c e n o r d i q u e (v. A n z e i g e r f ü r d e u t s c h e s A l t e r l u m , L V I I I ( 1 9 3 8 ) , p. 121 s q q . e t : W o l f r a m v o n E s c h e n b a c h u n d s e i n e f r a n z ö s i s c h e n Q u e l l e n , I I . T e i l , W o l f r a m s « P a r z i v a l », M ü n s t e r , 1 9 4 3 . )

(12)

p a r t i e s a n c i e n n e s d u r é c i t , e t l e s m o t i f s i n s é r é s a p r è s c o u p , à t i t r e d e

« r a c c o r d s », a u c o u r s d e l a r é d a c t i o n d u p o è m e , q u i a a v a n c é p a r s t a d e s s u c c e s s i f s .

E n d é f i n i t i v e , il i m p o r t e d e s e r e p r é s e n t e r a u s s i c l a i r e m e n t q u e p o s - s i b l e , e n s e f o n d a n t s u r d e s a n a l y s e s l i t t é r a i r e s « c o m m e n t W o l f r a m t r a v a i l l a i t ». C ' e s t l a r a i s o n p o u r l a q u e l l e n o u s a v o n s c h o i s i p o u r t i t r e W o l f r a m v o n E s c h e n b a c h e t l e C o n t e d e l G r a a l . N o u s a u r i o n s p u d i r e : L e P a r z i v a l d e W o l f r a m e t l e C o n t e d e l G r a a l , p u i s q u e n o t r e s e u l e r e s s o u r c e e s t l a c o m p a r a i s o n d e d e u x t e x t e s ; m a i s i l a p p a r a î t r a q u e l ' u n d e s b é n é f i c e s d e c e t t e é t u d e e s t d e p r é c i s e r l ' a c t i v i t é c r é a t r i c e d e W o l f r a m e n t a n t q u ' e l l e a p o u r p o i n t d e d é p a r t u n m s . p l a c é d e v a n t l u i , V o r l a g e , u n e d e s f o r m e s d u C o n t e d e l G r a a l . N o u s a v o n s p r é f é r é l e s e c o n d t i t r e d o n n é p a r H i l k a , l i C o n t e s d e l G r a a l , a u p r e m i e r , d e r P e r c e v a l r o m a n , p a r c e q u ' e n f a i t l e C o n t e s e c o m p o s e d ' u n r o m a n d e P e r c e v a l e t d ' u n r o m a n d e G a u v a i n s o m m a i r e m e n t m i s b o u t à b o u t , e t i l a u r a i t f a l l u d i r e l e P e r c e v a l - G a u v a i n d e C h r é t i e n

L e s p a s s a g e s d e s l i v r e s V I I I à X V I , o ù W o l f r a m d é c l a r e s u i v r e l e r é c i t d e K y o t , e t l e p a s s a g e f i n a l ( P . 8 2 7 , 1 - 2 8 ) , o ù il p r e n d e x p r e s s é m e n t p a r t i c o n t r e v o n T r o y e s m e i s l e r C r i s t j a n , o n t i n s p i r é d ' i n n o m b r a b l e s h y p o t h è s e s s u r l ' i d e n t i t é d u p e r s o n n a g e d e K y o t e t s u r s o n œ u v r e , d o n t a u c u n e n ' a e m p o r t é l a c o n v i c t i o n . O n a r a i s o n n é l o n g t e m p s c o m m e s i l a s o l u t i o n d u p r o b l è m e d e c e q u i r e v i e n t à C h r é t i e n d é p e n d a i t d e l a s o l u t i o n d u p r o b l è m e d e K y o t . O r c e d e r n i e r p r o b l è m e e s t c e l u i q u i a , d e b e a u c o u p , l e m o i n s d e c h a n c e s d ' ê t r e r é s o l u , f a u t e d e d o n n é e s p o s i t i v e s . I l é t a i t d o n c d e b o n n e m é t h o d e d e c h e r c h e r à é p u i s e r d ' a b o r d l ' é t u d e d e s r a p p o r t s e n t r e l e P a r z i v a l e t l e s d i v e r s e s f o r m e s d u C o n t e d e l G r a a l , e n m e t t a n t a u m o i n s p r o v i s o i r e m e n t « e n t r e p a r e n t h è s e s » l e p r o b l è m e d e K y o t . O n v e r r a q u ' e n f i n d e c o m p t e , à l ' a i d e d e c e q u i n ' a v a i t p a s e n c o r e é t é u t i l i s é s y s t é m a t i q u e m e n t d e l a c o n n a i s s a n c e d e t o u s l e s m s s . d u C o n t e , o n p e u t e n f e r m e r l e p r o b l è m e d e K y o t d a n s d e s l i m i t e s p l u s é t r o i t e s , c e q u i e x c l u t u n e n o t a b l e p a r t i e d e s h y p o t h è s e s a n t é r i e u r e s s u r c e t t e s e c o n d e s o u r c e . A u s s i b i e n , l ' h i s t o i r e d e s r e c h e r c h e s s u r l e P a r z i v a l e s t - e l l e d e p u i s u n s i è c l e c e l l e d ' u n c o m b a t e n r e t r a i t e d e s p a r t i s a n s d e K y o t , c o n s i d é r é c o m m e l ' a u t e u r d ' u n t e x t e q u e W o l f r a m a u r a i t u t i l i s é c o m m e i l a u t i l i s é c e l u i d e C h r é t i e n .

1. V. Les romans du Graal dans la littérature des X I I et X I I I siècles (Colloques

internationaux du Centre national de la Recherche scientifique), Paris, 1956, p. 200-202.

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P R E M I È R E P A R T I E

LES VARIANTES

DU TEXTE DE CHRÉTIEN

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(16)

CHAPITRE PREMIER

L ' É T A T D E L A T R A D I T I O N

Nous nous appuyons ici sur le travail de A. Hilka. Nous ne pouvions prétendre le refaire ni le contrôler dans le détail. Aussi bien l'étude que nous avons faite a confirmé, en la précisant, la classification des mss.

tentée par l'éditeur

Nous reprendrons donc les parties de son introduction, qui touchent de plus près notre problème particulier.

Nous avons déjà insisté sur ce fait : la comparaison conduit à abstraire des mss. une partie commune, ancienne, qui est selon toute vraisemblance l'œuvre inachevée de Chrétien. C'est cette partie seule que Hilka a pu nous donner. Il se trouve que c'est elle qui intéresse le plus directement le Parzival. Même si Wolfram a utilisé des données qu'il ne pouvait trouver que dans les continuations, c'est en tout cas de façon plus libre, et occasionnellement, et ces parties ne se prêteraient pas au même travail de comparaison méthodique

Le texte « de Chrétien » ainsi défini a pour témoins directs 15 mss.

plus ou moins complets, auxquels s'ajoutent un fragment (k) et une version en prose qui peut remplacer un ms. De l'avis de Hilka, aucun de ces témoins, sauf peut-être le ms. R, n'est séparé par moins de 60 ans de l'original Vu le succès du roman, le texte a dû être très souvent reproduit, et le nombre des copies intermédiaires entre l'original et les mss.

peut être considérable. Nous résumerons dans le tableau suivant les indications de Hilka sur l'âge présumé des mss. :

E, R, T Première moitié du X I I I siècle.

A, F, P Milieu du X I I I siècle.

L, Q, V Deuxième moitié.

M, C Fin du X I I I siècle ou d é b u t du X I V B, S, U XIV siècle.

H Deuxième moitié du XIV siècle.

Prose 1530.

Le poème de Chrétien a été composé avant 1190, peut-être vers 1 1 8 0

1. Éd. HILKA, p. IX-XXI.

2. Éd. HILKA, p. XXIV-XXIX. Seul M. WILMOTTE (Le poème du Graal, Paris, 1930) serait prêt à attribuer à Chrétien la continuation dite « de Wauchier ». Il ne nous convainc pas. On trouvera les objections à cette thèse dans l'article de F. LOT, Les auteurs du Conte du Graal, Romania, 1931, p. 117-136.

3. Il se peut que Wolfram ait connu la « rallonge » des vers 10602-11592 (éd.Potvin).

Voir éd. HILKA, p. XXVI-XXIX et ci-dessous, p. 103 sqq.

4. Éd. HILKA, p. XI.

5. Éd. HILKA, p. II-VII.

6. D'après J. FRAPPIER, Chrétien de Troyes, Paris, 1957, Chrétien aurait reçu sa

source, le Livre, de Philippe d'Alsace entre 1179 et 1182 probablement.

(17)

Une allusion au siège d ' E r f u r t montre que Wolfram travaillait au livre VII de son poème vers 1 2 0 5 Le ms. qu'il employait était donc n e t t e m e n t antérieur à tous les mss. conservés ; il pouvait néanmoins être éloigné de l'original par un bon nombre de copies.

La transmission du « Conte del Graal » a été celle des textes « vivants ».

Les copistes comprenaient et critiquaient le texte, t a n t du point de vue du sens que de la métrique ; à côté des fautes souvent absurdes de la tradition « mécanique », ils faisaient des fautes qui donnaient un nouveau texte intelligible ; les fautes du modèle, les taches et autres accidents donnaient lieu à des restitutions arbitraires. La notion de « faute » est peu nette ici ; plusieurs leçons peuvent être indifféremment bonnes ; on emploiera le terme plus large de variante secondaire, c'est-à-dire dont on présume qu'elle est apparue après une autre leçon connue.

Il est clair, en outre, que la tradition comporte de très nombreuses contaminations ou liaisons transversales. Des copies d'un type donné ont emprunté des leçons à d'autres branches de la tradition.

Toutes sortes de possibilités ont pu être réalisées. Des copistes ont pu « rectifier » de mémoire. On a pu consulter un second exemplaire, soit constamment, pour faire un texte éclectique, soit à l'occasion, pour combler une lacune ou lever un doute. On a pu emprunter à un texte quelconque, ou à un bon exemplaire, considéré comme é t a l o n

Nous avons fait cette observation curieuse : au m o m e n t où un person- nage nouveau apparaît dans le récit, l'appareil indique de nombreuses variantes sur le nom, elles deviennent ensuite plus rares ; parfois toute divergence cesse. On dirait que les copistes ont fini par se renseigner, et par adopter une forme généralement admise du nom p r o p r e

Il arrive ainsi qu'une forme probablement secondaire triomphe dans presque toute la tradition, et qu'il ne reste de la forme première que de rares témoins. Ainsi Guingalet (que Chrétien emploie dans Érec, et qui est conforme à l'étymologie bretonne), aurait disparu devant Gringalet, sauf dans les mss. R, B, C et le modèle de la Saga.

Il se peut qu'après une période de différenciation soit venue une période d'uniformisation, où quelques textes faisaient autorité, et ser- vaient à corriger les copies récentes.

Cet é t a t de la tradition rend l'établissement d'un stemma extrême- m e n t difficile et aléatoire. Hilka a renoncé à faire dépendre son texte d'une construction aussi fragile ; il a préféré, à l'exemple de J. Bédier, prendre pour base le texte d'un bon ms. A, dont il n'a corrigé que les fautes c e r t a i n e s Les divergences entre le ms. A et le texte critique font l'objet d'un appareil spécial.

1. P. 379, 18. T o u s les indices chronologiques q u e l'on p e u t t r o u v e r d a n s l ' œ u v r e de W o l f r a m o n t été rassemblés e t étudiés p a r A. SCHREIBER, Neue Bausteine zu einer Lebensgeschichte Wolframs von Eschenbach, F r a n c f o r t , 1922 ( D e u t s c h e F o r s c h u n g e n , 7).

2. Éd. HILKA, p. 10 sq.

3. On c o m p a r e r a p o u r Yonet, G. 915 et 5664 ; p o u r A n g u i n g u e r r o n , G. 2005 e t 2748 ; p o u r G u i n g a n b r e s i l , G. 4755 e t 6201.

4. Chose curieuse : Hilka ne nous dit p a s p o u r q u o i il a préféré le ms. A à t o u t a u t r e .

(18)

C e p e n d a n t H i l k a n o u s a r e n d u l e g r a n d s e r v i c e d e t e n t e r m a l g r é t o u t u n e c l a s s i f i c a t i o n

P o u r l u i l e s m s s . p r o v i e n n e n t d e s i x c e n t r e s , o u , si l ' o n v e u t , f o r m e n t s i x c l a s s e s : T V P (α), A L R (β), B U (y), C H F (δ), M S Q (ε), E k (ζ).

L a d é m o n s t r a t i o n r e p o s e e s s e n t i e l l e m e n t s u r l e s v a r i a n t e s à d e u x t é m o i n s ; l a f r é q u e n c e d e g r o u p e m e n t s t e l s q u e A L , A R , L R c o n d u i t à a d m e t t r e u n e c o m m u n a u t é d ' o r i g i n e , q u i e s t c o n f i r m é e p a r l ' e x i s t e n c e d e v a r i a n t e s à t r o i s t é m o i n s , d e g r o u p e m e n t s A L R , p a r e x e m p l e .

C e s « c l a s s e s » s o n t l e s u n i t é s l e s p l u s n e t t e s e t l e s p l u s s û r e s . A u - d e s s u s e t a u - d e s s o u s d ' e l l e s , le r a i s o n n e m e n t e s t b e a u c o u p p l u s i n c e r t a i n .

1° O n n e p e u t g r o u p e r l e s c l a s s e s l e s u n e s a v e c l e s a u t r e s d e f a ç o n s û r e , c a r l e s i n n o v a t i o n s , f a u t e s , c o r r e c t i o n s , e m p r u n t s , p r o p r e s à c h a q u e c o p i s t e , o n t r e c o u v e r t d a n s u n e l a r g e m e s u r e l e s i n d i c e s a n c i e n s d e c o m m u n a u t é d e t e x t e . S u p p o s o n s q u e l ' a n c ê t r e d ' u n g r a n d n o m b r e d e m s s . a i t f a i t u n e f a u t e c a r a c t é r i s t i q u e : il y a u r a t o u j o u r s d e n o m b r e u x m s s . q u i a u r o n t p e r d u c e t t e v a r i a n t e , d e s m s s . d ' a u t r e s c l a s s e s l ' a u r o n t e m p r u n t é e , e t a u c u n e c o n c l u s i o n n e s e r a p o s s i b l e .

Q u e l q u e s f a i t s c e p e n d a n t o n t p e r m i s à H i l k a d e f a i r e u n e s s a i d e

s t e m m a :

La classe CHF est mixte ; sa base est un texte analogue à celui de MSQ, mais de nombreuses variantes sont communes avec celles de mss.

des classes TVP, ALR et BU, sans qu'on puisse désigner plus particulière- ment l'une d'elles comme source des emprunts.

Le texte de ces trois classes a donc pu rester plus longtemps peu différencié : Hilka admet un intermédiaire x d'où dérivent les trois classes. La classe δ, issue d'un ms. de la classe MSQ, aurait été contaminée par un texte de type x.

Par contre, rien ne permet de relier de même que α, β, y les groupes MSQ, Ek et la Prose. Ils peuvent n'être parents que par l'original.

La considération des continuations donne une opposition analogue : les textes des classes α, β, y ont en général la rédaction « courte ». La classe CHF est à part : ses mss. s'arrêtent avant la fin de Perceval le vieil.

Les trois autres classes ont dû recevoir plus tôt la continuation, et sous la forme « longue ». Hilka les désigne sous le nom de groupe I, les classes α, β, γ formant le groupe II. Nous aurons parfois à opposer le groupe II au groupe I ; ce ne sera qu'une façon commode d'opposer une unité relative (la descendance α, β, y de x) à trois autres unités indépendantes (ε, ζ, Pr.).

Le « groupe I » n'a d'existence réelle qu'au-delà du texte de Chrétien.

2° Considérons maintenant le partage de la classe à trois mss. Dans une classe α = ABC, nous trouvons une variante à deux témoins, A et B.

Pour prouver que les deux mss. forment une famille a, que la variante ne provient pas de α (divisé entre trois branches), mais de a, il faudrait être sûr que la leçon, différente, du troisième ms., ne provient pas d'une innovation qui a fait disparaître la variante commune aux trois mss.

comme venant de α.

Or nous n'en sommes jamais sûrs ; même si les deux mss. ont une

1. É d . H I L K A , p . X I I - X X I . 2. É d . H I L K A , p . XXI.

(19)

f a u t e é v i d e n t e , e t l e t r o i s i è m e l e b o n t e x t e , i l s e p e u t q u e c e l u i - c i a i t r é t a b l i l e b o n t e x t e p a r e m p r u n t o u c o r r e c t i o n .

I l y a s e u l e m e n t q u e l q u e p r o b a b i l i t é p o u r q u e d e s t e x t e s q u i o n t b e a u c o u p d e p o i n t s c o m m u n s s e s o i e n t s é p a r é s p l u s t a r d .

A i n s i d a n s l a c l a s s e T V P , il e s t c l a i r q u e T e t V s o n t t r è s p r o c h e s , e t o n t u n t o u t a u t r e c a r a c t è r e q u e P . I l s s ' a c c o r d e n t s u r d e s v a r i a n t e s t r è s n o m b r e u s e s , q u ' o n n e t r o u v e p a s d a n s P . I l s e m p r u n t e n t e n s e m b l e à d ' a u t r e s c l a s s e s , t a n d i s q u e P n e p r é s e n t e p a s c e s c o n t a m i n a t i o n s .

D a n s l a c l a s s e C H F , C e t H o n t l e p l u s d e v a r i a n t e s c o m m u n e s ; i l s f i n i s s e n t a u m ê m e v e r s . M a i s , a u p o i n t d e v u e d e s e m p r u n t s , i l s e n t r e n t s é p a r é m e n t d a n s l e s g r o u p e m e n t s l e s p l u s d i v e r s .

S i l ' u n d e s t r o i s m s s . e s t m i x t e , l a q u e s t i o n d e v i e n t e n c o r e p l u s c o m p l e x e : d a n s l a c l a s s e M S Q , S a s u b i l ' i n f l u e n c e d ' u n t e x t e d u g r o u p e I I ( d o n t il a l a c o n t i n u a t i o n « c o u r t e ») ; d e p l u s i l e s t t a r d i f e t a l t é r é . I l r e s t e d o n c t r è s p e u d e v a r i a n t e s c o m m u n e s M S Q , e t d ' a u t a n t p l u s d e v a r i a n t e s M Q ; c e l l e s - c i s o n t p l u s n o m b r e u s e s q u e l e s v a r i a n t e s M S e t Q S . C e c i n e p r o u v e p a s q u e S d o i v e ê t r e o p p o s é à M O ; l à o ù S p e u t e n c o r e s e r v i r d e t é m o i n , i l e s t c l a i r q u ' i l e s t p l u s p r è s d e M q u e d e Q , c a r l e s g r o u p e m e n t s M S s o n t p l u s n o m b r e u x q u e l e s g r o u p e m e n t s Q S . C ' e s t c e q u ' a r e t e n u H i l k a , l o r s q u ' i l a d m e t u n a n c ê t r e c o m m u n e p o u r M S . D a n s l a c l a s s e A L R , l a s i t u a t i o n e s t a n a l o g u e . B e s t u n t e x t e m i x t e ; il a m ê m e p l u s d e v a r i a n t e s c o m m u n e s a v e c B U q u ' a v e c A L . M a i s c e r t a i n s a c c i d e n t s d e t e x t e d o n n e n t p o u r t a n t à p e n s e r q u e s a b a s e e s t b i e n u n e c o p i e d e l a c l a s s e A L R .

L e s v a r i a n t e s A L s o n t n é c e s s a i r e m e n t e n m a j o r i t é ( c o m m e l e s v a r i a n t e s M Q ) . C e c i n e p r o u v e r a i t r i e n ; m a i s b e a u c o u p d ' e m p r u n t s s o n t c o m m u n s à A e t L , d o n t l e s o r t s e m b l e a v o i r é t é l i é a s s e z l o n g t e m p s . L e s s c h é m a s u s u e l s d a n s l a r e p r é s e n t a t i o n d ' u n s t e m m a s o n t i m p u i s - s a n t s à r e n d r e d e s n u a n c e s s i d i v e r s e s . H i l k a a i c i d e s f r a g m e n t s d e s t e m m a b i f i d e s :

I l e û t é t é p r é f é r a b l e d e r e n o n c e r i c i à f i g u r e r p a r t o u t l a f i l i a t i o n , l a

« g é n é a l o g i e ». L a p l a c e d e s s i g l e s p o u v a i t t r a d u i r e l e s s e u l e s d o n n é e s o b s e r v a b l e s : l e s f a i t s d e r e s s e m b l a n c e , d e « c o n t i g u ï t é » d e s t e x t e s . L ' o r d r e S M Q s u g g è r e p a r l u i - m ê m e q u e S e s t p l u s « v o i s i n » d e M q u e d e Q , e t q u e l e t e x t e d e M e s t « i n t e r m é d i a i r e » e n t r e c e u x d e S e t d e Q . L a n é c e s s i t é d ' e x p r i m e r d a n s l e s t e m m a l e s c o n t a m i n a t i o n s a m e n a i t d é j à H i l k a à i n t r o d u i r e c e p o i n t d e v u e « s p a t i a l ». C e n ' e s t d o n c p a s t o u t à f a i t u n h a s a r d , s i n o u s p o u v o n s u t i l i s e r p r e s q u e s a n s c h a n g e m e n t s o n t a b l e a u , e n l a i s s a n t d a n s l ' o m b r e l e p o i n t d e v u e « g é n é a l o g i q u e », e t e n e x p r i m a n t l a « c o n t i g u ï t é ».

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