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LE PROJET RHÔNE-LEMAN

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Academic year: 2022

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LA HOUILLE BLANCHE 2 4 9 —

Paris, c a r elle p o u r r a e m p l o y e r la m a j e u r e p a r t i e d e la foroe à courte d i s t a n c e .

L ' é n e r g i e s e r a i t c o m p t é e c o m m e s u i t , p r i s e a u x b o r n e s : P a r c h e v a l p e r m a n e n t g a r a n t i 3 . i o o k w h à 4 c. 124 )

» » » 3 34o k w h . à i c. 5 . 5o ( "74 On p e u t s u p p o s e r les m ê m e s c o n s o m m a t i o n s d e f o r c e q u e p o u r la Ville de P a r i s . O n a u r a a l o r s :

.-\ilLLIEIii MILLIERS CONSOMMATIONS DE FRANCS DE KWH.

60.000 c h e v . p e r m a n e n t s g a r a n t i s à 17/1. i o , 4 4 o 386,4oo 100.000 c h e v . e n m o y e n n e , n o n g a r a n t i s ,

à 3 c. le k i l o w a t h 9;3oo 3i0,000 P l u s p o u r la n u i t , à 1 c. 5 , .. .. i , 5 o o 100,000 .TOTAUX ( F r . el k w h . ) 21,240 796,400 La C o m p a g n i e P . - L . - M . c o m m e la Ville d e P a r i s a u r o n t , b i e n e n l e n d u , à s ' a d r e s s e r a u x C e n t r a l e s t h e r m i q u e s p o u r r e m p l a c e r , en l e m p s d e b a s s e s e a u x , l a f o r c e é l e c t r i q u e q u i m a n q u e r a s u r quantités n o n g a r a n t i e s .

Celte m o y e n n e d ' e n v i r o n i 5 o 000 c h e v a u x c o r r e s p o n d à p l u s de m o i t i é de la d é p e n s e de f o r c e d u r é s e a u . Il est i n t é r e s s a n t d e noter, en r e g a r d d u chiffre d e 21 m i l l i o n s , c e l u i des a c h a t s de c o m b u s t i b l e s , q u i o n t été, p o u r 1917, d e 190 m i l l i o n s et, en année n o r m a l e , de Bo m i l l i o n s . Les r é d u c t i o n s , d e p r i x p r é v u e s sont d o n c t r è s l a r g e s . D ' a u t r e p a r t il n ' y a u r a p a s , de l o n g t e m p s , intérêt, à faire la g r o s s e d é p e n s e d e l e l e c l r i fixation p o u r les p e t i t e s lignes, q u i u s e n t1 p e u de c h a r b o n .

Sur les "120.000 c h e v a u x d ' é l i a g e q u i r e s t e r o n t d i s p o n i b l e s p e n - dant le j o u r , u n e fois l ' a m é n a g e m e n t c o m p l è t e m e n t effectué, 10.000 s o n t à r é s e r v e r p o u r l e s e r v i c e d u c a n a l ( h â l a g e , ' é c l u s a g e , draguage et c r i b l a g e des g r a v i e r s ) . L ' e x p l o i t a t i o n d u c a n a l p o u r r a donner i 5 m i l l i o n s d e r e c e t t e s b r u t e s , s a v o i r 2 à 3 m i l l i o n s de lonnes à 4 o u 5 fr. s u r le R h ô n e i n f é r i e u r , 5 m i l l i o n s d e r e c e t t e s

sur les a u t r e s s e c t i o n s . -Avec u n coefficient d ' e x p l o i t a t i o n d e 5o à 60 %, il r e s t e n e t 6,000 p . 5o,ooo

Les 110.000 c h e v a u x l i v r é s g r a d u e l l e m e n t à l ' i n d u s t r i e d o n - neront, a p r è s t r a n s p o r t , 95.000 c h e v a u x n e t s , à 6 c. 8 le k w h . ou iHo fr. le c h e v a l . . . i 4 , 2 5 o p . 242,000.

. Le refoulement des e a u x d ' i r r i g a t i o n la n u i t o u e n t e m p s d e c r u e donnera, à 2 c. le k w h . , p o m p a g e c o m p r i s . . 2,000 p . 100,000 Restent d i s p o n i b l e s c o m m e f o r c e s i r r é g u l i è r e s d e j o u r o u forces de m u t : 2.524.000.000 k i l o w a t t h e u r e s .

Le p l a c e m e n t e n s e r a p l u s l e n t , m a i s v u le p r i x très r é d u i t , lorsqu'on a u r a e x é c u t é t o u t l ' a m é n a g e m e n t , o n p o u r r a é c o u l e r en m o y e n n e , 200,000 c h e v a u x d e j o u r n o n g a r a n t i s , ' à 5 c. le k w h . ou n o fr. p o u r 2,5oo k w h . d é c h e t s c o m p r i s 22,000 p . 5oo.ooo

100.000 c h e v a u x d e n u i t , p o u r f a b r i c a t i o n s s p é c i a l e s , à 2 c. 5 ou 55 f r a n c s 5,5oo p . 25o,ooo 5,5oo p . 25o,ooo lin c o m p t a n t à 1 c. 2 les k i l o w a t t h e u r e s r e s t a n t s a n s e m p l o i , pour des u s i n e s i n s t a l l é e s e n p l e i n e v a l l é e d u R h ô n e c l s u r le chemin do fer, e x p l o i t é e s soit d i r e c t e m e n t , soit p a r sociétés filia- les, on p o u r r a a b o r d e r avec p r o f i t n ' i m p o r t e q u e l l e f a b r i c a t i o n é l e c t r o - c h i m i q u e o u é l e c t r o - m é t a l l u r g i q u e , m ê m e a v e c le s u r c r o î t île frais dû a u x i n t e r m i t t e n c e s .

Soit c o m m e p r o d u i t , à 1 c. 2 a v e c 20 % d e p o r t e s 17,000 Le qui d o n n e c o m m e r é c a p i t u l a t i o n g é n é r a l e :

MILLIERS MILLIERS EMPLOIS DE L'ÉNERGIE DE FRANCS DE KWH.

Ville de P a n s 17,730 796,400 C o m p a g n i e P . - L . - M 21,240 796,400 LxploilaLion d u c a n a l . . 6,000 5 o , o o o Force de j o u r g a r a n t i e i 4 , a 5 o 242,000 l'orée de j o u r n o n g a r a n t i e . ' . . . . 22,000 5oo,ooo Lorcç clç n u i t 5 , 5 o o 260,000 f a b r i c a t i o n s é l e c t r o - c h i m i q u e s . . 17,030 1.774,000 P o m p a g e p o u r i r r i g a t i o n s 2,000 100,000

TOTAUX RÉCAPITULATIFS i o 5 , 7 5 o 4.5o8,8oo

Soit, c o m m e p r o d u i t , p r e s q u e la s o m m e n é c e s s a i r e p o u r r é m u - n é r e r et a m o r t i r le c a p i t a l e n t i e r , la s u b v e n t i o n de l ' E t a l c o m - b l e r a i t et a u - d e l à le déficit.

D ' a p r è s ces n o u v e l l e s p r é v i s i o n s , les chiffres p o r t é s à l ' a r t . 5 d u p r o j e t d e s t a t u t s p o u r la force cédée à la Ville de P a r i s , s e r a i e n t à m o d i f i e r ( r é d u c t i o n d ' e n v i r o n 60 % s u r 60.000 c h e v a u x p e r m a n e n t s ) .

La C o m p a g n i e c o n c e s s i o n n a i r e se b o r n e r a i t , a u d é b u t , à l'exé- c u t i o n d u b a r r a g e d e G é n i s s i a t et d e d e u x (ou trois) a u t r e5; c h o i s i s c o m m e t y p e s d ' e x p é r i e n c e s . Elle p o u r r a i t , e n cas de r é s u l t a i s d é f a - v o r a b l e s , r e n o n c e r à la c o n c e s s i o n c o n t r e r e m b o u r s e m e n t des d é p e n s e s a p p r o u v é e s .

J e a n MAÎTRE, I n g é n i e u r , Conseiller général du Haul-Rliin.

L E P R O J E T R H O N E - L E M A N

Nous devions publier dans ce Numéro le texte du nouveau Projet d'Aménagement des Forces Hydrauliques et de la Navigation d u Haut-Rhône, dit Projet RHONE-LÉMXN, pré- senté par notre Collaborateur et Ami, M . G . - A . MAILLET,

Ingénieur E. C. L., que ses fonctions de Directeur d'impor- tants Ateliers de Construction grenoblois ont spécialisé depuis longtemps dans les grands problèmes d'utilisation de la Llouille Blanche.

Au dernier m o m e n t , l'Auteur, très absorbé par les fabrica- tions de la Défense Nationale, nous écrit pour s'excuser de ne pouvoir nous communiquer ses documents en temps utile. Le Projet RIIONE-LEMAN paraîtra donc dans l'un de nos plus prochains numéros.

Ce Projet, qui exclut tout barrage dans les gorges si tour- mentées du Défilé de Bellegarde, el qui est étudié en vue d'une production d'énergie à peu près constante — la plus intéressante au point de vue de l'économie nationale — com- porte l'établissement d'un ouvrage de dérivation, partie à ciel ouvert, partie en souterrain, sur la rive gauche du Rhône ; il est disposé pour permettre la Navigation. Il pré- voit, en outre, l'utilisation, d'accord avec, la Confédération Helvétique, de toute la capacité de réserve utile du Lac Léman pour la régularisation du débit du Rhône, à son entrée en France, pendant la période annuelle des basses oauv.

N. D. L. R.

L A HOUILLE BLANCHE PENDANT L \ GUERRE

C o m m u n i c a t i o n faite le 22 m a r s 1018 à la s é a n c e s o l e n n e l l e de la Société des Ingénieurs civils de Fiance, à l'occasion d u Premier Congrès général du Génie civil, p a r M. te C o m m a n d a n t H e n r i CAUI.N, chef d u S e r v i c e des F o r c e s m o t r i c e s au M i n i s t è r e d e l ' A r m e m e n t el des F a b r i c a t i o n s de g u e r r e .

Bien des esprits d'un pessimisme incoercible ne veulent pas croire à l'avenir des emplois de notre houille blanche quand on'base sur leur rapide développement des projets d'amélioration à notre outillage national. Nous leur conseil- lons de méditer la « leçon de choses » qui se dégage de l'exposé ci-dessous dont la force de documentation est mise en valeur avec un talent égal à l'autorité de son auteur.

I N T R O D U C T I O N

Messieurs, la guerre a mis en complète évidence le rôle considérable de la houille blanche : elle est devenue, un facteur important de la défense nationale. Ses applications se multiplient chaque jour et envahissent toutes les branches de notre vie économique et sociale : distribution de la lu-

Article published by SHF and available athttp://www.shf-lhb.orgorhttp://dx.doi.org/10.1051/lhb/1918023

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— 2 5 0 L A H O U I L L E B L A N C H E mière et de la force, électro-chimie, électro-métallurgie,

traction électrique, et bientôt, je n ' e n doute pas, agriculture.

!>es capitaux considérables y sont investis. Une législation spéciale est en discussion depuis de nombreuses années.

Je n'ai nullement l'intention de traiter devant vous cette vaste question dans son ensemble ; je me bornerai simple- ment à vous entretenir, comme la Société des Ingénieurs civils m ' a fait l'honneur de me le demander, de l'utilisation de nos forces hydrauliques pendant la guerre.

,1c voudrais vous donner, tout d'abord, en u n très bref résumé, le bilan de l'industrie de la houille blanche à la veille de, là guerre. Je vous exposerai ensuite l'effort réalisé

pendant la guerre, les difficultés rencontrées, les mesures prises pour les surmonter et les résultats obtenus.

I. — L A H O U I L L E B L A N C H E A V A N T L A G U E R R E Messieurs, nous assistons depuis u n -an ou deux, à u n e évolution caractéristique : il semble q u e dans beaucoup de milieux l'on soif en train de découvrir la houille blanche, comme si elle venait de naître ; les revues et les j o u r n a u x lui consacrent de nombreux articles. La houille blanche, grâce à la crise de la houille noire, est devenue populaire.

Cependant, avant la guerre, des résultats importants avaient été obtenus après u n e lutte de près d'un demi-siècle.

C'est en 1867 et 1868 que M. Fredet, industriel audacieux, installait à Brignoud, près de Grenoble, la première haute chute de 160 mètres de hauteur, pour la création d'une nou- velle papeterie. C'est en 1868 et 1869 q u e M. Aristide Berges

créait, à son tour, à Laneey, u n e chute de 200 mètres de haut, bientôt portée à /100, puis à 5oo mètres.

L'industrie de la houille blanche était née et u n premier stade de l'utilisation de nos forces hydrauliques commençait.

Au début, l'énergie électrique produite était consommée sur place, n o t a m m e n t par les industries de la papeterie et les industries électro-chimiques. Mais bientôt grâce aux expé- riences de M. Marcel Desprez, en i883, le transport de l'éner- gie électrique à distance était créé, et dès lors, les dévelop- pements de la houille blanche marchèrent à grands pas : Aménagement de chutes de plus en plus hautes grâce aux progrès réalisés dans la fabrication des conduites en tôle et des turbines ; utilisation au loin des puissances permanentes dans les distributions d'énergie ; utilisation sur place des débits variables par l'industrie électro-chimique ; naissance de l'industrie électro-métallurgique ; début des applications à la traction électrique ; telles furent les caractéristiques du deuxième stade de l'industrie de la houille blanche.

Le Congrès de la Houille blanche tenu en 1 9 0 2 , à Gre- noble, avait réuni autour des pionniers de l'industrie nais- sante, toute u n e élite de savants, d'hommes politiques et d'industriels.

En septembre igih, devait s'ouvrir à Lyon, le deuxième Congrès de la Houille blanche qui aurait fait la synthèse des progrès réalisés pendant les dix années précédentes, éta-

bli le bilan de la situation et m a r q u é la voie clans laquelle on, devait entrer pour réaliser des progrès encore plus grands. La guerre a malheureusement empêché ce Congrès de se tenir et d'établir à cette date l'inventaire de nos riches- ses hydrauliques aménagées ou disponibles. Mais il est pos- sible néanmoins de s'en rendre compte avec u n e approxi- mation suffisante.

P U I S S A N C E D I S P O N I B L E

Le premier élément de ce bilan serait de connaître exac- tement la puissance hydraulique q u e renferme la France.

•Les chiffres donnés ont varié souvent, ce qui n'a rien d'éton-

nant, je crois même qu'actuellement il est probable qu'au- cun pays n'a encore achevé l'inventaire complet et sûr de ses richesses hydrauliques.

L'établissement de cet inventaire présente en effet des difficultés d'autant plus grandes que l a ' t e c h n i q u e desi ins- tallations hydro-élcclriqucs varie elle-même et progresse constamment.

Au début de la houille blanche, les usines étaient établies uniquement pour la puissance d'étiage des cours d'eau. En- suite, on a admis l'utilisation de puissances supérieures et notamment, des débits caractéristiques moyens, c'est-à-dire, de ceux au-dessous desquels les rivières ne descendent pas plus de six mois par an.

Enfin, actuellement, on envisage l'utilisation de' débit*

encore plus exceptionnels, et dans beaucoup d'usines nou- vellement créées, les installations ont été faites pour pouvoir utiliser même des débits de trois mois.

Ce progrès en entraîne u n autre : l'augmentation et sur- tout la régularisation des débits utilisables des rivières par l'installation à l'amont, d e bassins régulateurs constitués, soit par l'aménagement de lacs naturels, soit par la création même de grands réservoirs artificiels. Il y a là, pour la meilleure utilisation de nos richesses hydrauliques, une voie féconde dans laquelle il est indispensable d'entrer résolument.

En tout cas, ces considérations m o n t r e n t que la puissance que peuvent fournir nos rivières a u g m e n t e au fur et à me- sure que se perfectionnent les moyens d'utiliser leur débit ; et on comprend très bien, par suite, quelles difficultés celte évolution ajoute à celles déjà très grandes rencontrées par le Service d'Etudes des Grandes Forces Hydrauliques dans l'estimation complète de nos richesses hydrauliques.

D'après l'évaluation la plus récente faite en 1 9 T 7 , par le Ministère des Travaux Publics, les puissances disponi- bles sur les cours d'eau du Domaine public s'élèveraient à .2.460.000 H P , dont :

1.710.000 HP dans le bassin du Rhône.

375.000 » dans le bassin de la Garonne.

325.000 » - dans le bassin de la Loire.

5o.ooo » répartis entre les autres bassins.

Mais, m algré le travail considérable déjà accompli, l'in- ventaire complet des puissances des rivières non navigables ni flottables n'a pu être encore terminé.

Il semble donc qu'il v a lieu de continuer à adopter pro- visoirement les chiffres établis avant la guerre nar M. m? u BROSSE, et d'après lesauels la France entière disposerait à l'étiâge d'environ 4.600.000 H P , et en eaux moyennes, d'en- viron 8.000.000 H P .

P U I S S A N C E A M É N A G É E

En face de cette puissance disponible, il y a lieu d'exa- miner quelle était la puissance aménagée. Cette puissance qui s'était élevée de 1868 à 1 8 9 9 , à n 5 . o o o H P , était en 1902,

au m o m e n t d u Congrès d e Grenoble, de 200.000 HP, en 1906 de 35o.ooo H P , et devait s'élever, à la veille de la guerre, à environ 750.000 H P , dont 35o.ooo p o u r le transport de force,

et /ioo.ooo pour les industries électro-chimiques et élec- tro-métallurgiques.

Les capitaux investis représentaient environ : Fr. : 800.000.000, rénartis de la manière suivante :

Distribution d'énergie Fr. 5oo.ooo.ooo Electro-chimie, électro-métallurgie

et industries diverses F r . 3oo.ooo 000 La proportion de la. puissance installée, soit 750.600 HP

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LA HOUILLE BLANCHE — m — relativement à la puissance disponible estimée à 8 . 0 0 0 . 0 0 HP

moyens, s'élève donc environ au dixième.

Cette proportion assez faible a fait l'objet de vives critiques dans lesquelles' on n'a peut-être pas assez tenu compte des difficultés techniques et financières qui ont accompagné la naissance d'une industrie nouvelle aussi complexe et aussi difficile, et qui rendaient indispensable de n'avancer au début que par étapes.

Ces critiques o n t paru renforcées par certaines statistiques concernant l'utilisation des forces hydrauliques dans les pays étrangers. Or, il m e semble q u e ces statistiques n'avaient pas été assez approfondies.

Je ne citerai qu'un seul exemple : la Suisse qui, propor- tionnellement à sa superficie est u n des pays les plus riches du monde en houille blanche. Or, en x q o 8 , la Suisse passait pour avoir utilisé la moitié environ de ses forces disponibles telles qu'elles étaient évaluées alors f1).

En i o n , oc chiffre de 5 o pour 100 avait déjà été ramené par M. Robert PINOT, dans son rapport sur l'Exposition de Bruxelles à 25 pour 100. Cette proportion réduite est encore trop élevée.

7,n effet, l'inventaire des forces hydrauliques suisses était alors incomplet pour les mêmes raisons que celles que j ' a i indiquées pour les forces hydrauliques françaises.

Au début de 191/1, à l'occasion de l'Exposition Nationale Suisse, u n e statistique beaucoup plus précise a été publiée, elle est due à MM. BESSABD et GHEIZZI, tous deux ingénieurs au Service Hydrographique Fédéral.

De ces statistiques, il résulte que la totalité des forces hydrauliques suisses, en tenant compte de la création de

•réservoirs possibles et de l'utilisation des lacs, s'élève à u n e puissance moyenne de 3 . 0 0 0 . 0 0 0 H P .

La puissance moyenne installée était seulement de /joo.000 HP environ.

Par conséquent, la proportion réelle de la puissance ins- tallée à la puissance disponible était en Suisse, à la veille de la guerre, non pas de 5o %, n o n pas m ê m e de 2.5 %, mais bien exactement de r6 %. Elle est donc u n peu supérieure à la proportion française, mais la différence est loin de j u s - tifier les reproches faits à ce sujet.

Le fait est d'autant plus frappant q u e la Suisse, dénuée presque complètement de toutes mines de houille noire, à la merci complète de ses voisins pour les approvisionnen^ents en charbon, était un des pays qui avait le plus grand intérêt à utiliser la totalité de ses richesses hydrauliques pour l'ali- mentation de ses usines et la traction électrique de ses chemins de fer. Elle en fait en ce m o m e n t la très dure expérience.

IL LA H O U I L L E B L A N C H E P E N D A N T LA G U E R R E Telle était la situation en 1914. au m o m e n t de la décla- ration de guerre.

En outre, beaucoup d'installations hydrauliques nouvelles étaient en cours d'exécution. C o m m e pour toutes les usines, les chantiers furent fermés, les ouvriers renvoyés el la conti-

nuation des travaux remise à des jours meilleurs.

C'est au mois d'août i q i 5 que Ton songea de nouveau à utiliser et à intensifier nos ressources en houille blanche : de grands besoins de force électrique apparaisaient déjà, non seulement pour les distributions d'énergie et nos usines de munitions, mais également pour développer nos indus- tries métallurgiques et surtout nos industries électro-chimi-

• T n m ^ iGariri, ' ^ Ra P P ° ! " t a u Congrès de la-Houille Blanche de 1914

1 0™ e 1, page 119.

ques qui avaient à fournir à nos armées la poudre, les explo- sifs.et le matériel chimique de guerre.

Le Sous-Secrétariat d'Etat des Fabrications de Guerre prit l'initiative de faire appel aux industriels de la houille blan- che : il leur demanda leur concours, non seulement pour terminer les installations qui étaient en cours en 191/1 e t qui avaient été suspendues, mais pour augmenter, si possible, la puissance des usines déjà aménagées, et surtout installer des chutes nouvelles.

Je n'ai pas besoin de vous dire que les industriels répon- dirent instantanément à cet appel.

DIFFICULTÉS. — Les difficultés étaient cependant n o n r

| breuses : difficultés de main-d'œuvre, de matériel, difficultés

| financières, difficultés légales. Tous les industriels ont ren- 1 contré beaucoup de difficultés ; mais certaines prennent une j acuité bien plus grande dans la création des chutes, el les

difficultés légales lui sont spéciales.

j Main-d'œuvre. — La plupart des chutes sont faites dans I les hautes vallées montagneuses à l'inverse des usines de i munitions créées dans les villes. Tout y est particulièrement j difficile, transport et ravitaillement. Il est presque impos-

| sible d'y travailler toute l'année : l'hiver, la neige chasse les , ouvriers des hautes montagnes.

| Les hautes eaux empêchent aussi de faire les barrages qui

; doivent être construits au moment des étiages.

! Il est donc nécessaire de réunir à des dates précises pour

; des périodes en général d'assez courte durée, le maximum

| d'ouvriers pouvant être employés sur les chanfieis.

| Vous connaissez trop les grandes difficultés qu'a rencon- trées et q u e rencontre encore le recrutement de la main-

d'œuvre pour ne pas vous rendre compte quelles répercus- sions très grandes et quels longs retards ont pu parfois en- traîner u n délai plus ou moins long dans la réunion des travailleurs.

| Le Ministère de l'Armement et des Fabrications de guerre I n'a cessé cependant d'apporter à cette question la plus grande attention et il a pu donner aux chantiers de chutes une main- d'œuvre parfois insuffisante, mais qui a été néanmoins un secours indispensable pour les industriels.

Matériel. — La question du matériel a été également une grande source de difficultés, notamment en ce qui concerne, la fourniture des turbines pour lesquelles nous ne possé- dions, avant la guerre, qu'un petit nombre d'ateliers. Il a élé nécessaire de les remettre en marche, mais la production a élé insuffisante pour assurer dans les délais suffisants, la totalité des besoins II a donc fallu recourir à l'imporlation de turbines étrangères.

De nouveaux ateliers nnt été créés récemment qui per- mettront, dans l'avenir, de nous soustraire à cette néeessîlc.

Les conduites forcées exigent des tôles de qualité spéciale et leur fabrication en quantité suffisante a nécessité un effort particulièrement difficile de nos forges et de nos cons- tructeurs spécialistes.

Difficultés financières — Les difficultés financières o n t été également très grandes En effet, dans l'industrie de la houille blanche, o n est obligé d'engager immédiatement la totalité des capitaux que nécessite l'installation complète. On ne peut proportionner les frais de premier établissement au développement progressif de l'entreprise. Il faut que le bar- rage soit fait dans son intégralité dès le début ; que, le canal soit prévu rt créé immédiatement pour pouvoir débiter le débit m a x i m u m envisagé, que l'usine elle-même puisse re-

(4)

cevoir la totalité du matériel dont on aura besoin ultérieu- rement, et enfin, que les lignes de transport de force soient installées pour pouvoir transporter dans les centres de dis- tribution le m a x i m u m de l'énergie qui sera utilisée.

Ces difficultés, déjà très grandes en temps de paix, se sont considérablement accrues en temps de guerre à cause de la majoration énorme de toutes les dépenses.

Un double problème se posait donc devant les industriels : d'une part, trouver les moyens de trésorerie, d'autre part, s'assurer la possibilité d'amortir la superdépense due à l'état de guerre.

Le Mini«tère de l'Armement a pu apporter à u n certain nombre d'entre eux un concours intéressant sous forme d'avances remboursables dans un délai de dix ans après la cessation des hostilités. Beaucoup ont bravé ces obstacles et confiants dans l'avenir de la houille blanche, ont fait eux-mêmes la totalité de l'effort nécessaire, sans se laisser arrêter par l'incertitude très grande que présente l'avenir de certaines de ses industries, notamment des industries électro-

incfallurgiqucs cl élcclro-chimiques.

Difficultés légales. — Enfin', la réalisation des chutes a été souvent entravée par les propriétaires refusant de vendre les terrains nécessaires à l'appui des barrages et au passage des canaux, ou bien exigeant des prix absolument déraison- nables, en un mot, faisant les barreurs de chutes.

L'Administration de la "Guerre n'a pu, dans ce cas, faire procéder à l'expropriation ; la loi ne le permet pas. Elle n'a pu, quand tons les moyens de conciliation avaient échoué qu'offrir aux industriels de les aider par la réquisition, à condition que ceux-ci prennent l'engagement de se substi- tuer à l'Etat en cas de difficultés à la fin de la guerre. Certains ont accepté et s'exposent ainsi à se trouver dans une situation véritablement délicate à la fin de la réauisîtion.

I I I . _ P U I S S A N C E R É A L I S É E

Messieurs, malgré toutes ces difficultés : main-d'œuvre, matériel, dépenses, législation, un très gros effort a été fait dont une partie a déjà abouti et dont une autre partie, la plus intéressante, est en voie de réalisation.

Depuis le moi« de novembre T Q T 5 , les chutes dont l'amé- nagement a été entrepris, et nui sont ou terminées ou en cours d'achèvement, comportent une puissance movenne de 565.ooo HP et u n e puissance installée ou à installer de

85o ooo HP

La différence assez grande entre ces deux chiffres est la meilleure démonstration nue l'on est entré dans la voie de

A N N É E S P U I S S A N C E M O Y E N N E ( E N H P )

P U I S S A N C E I N S T A L L É E (EN H P )

1 9 1 6 - 1 9 1 7

1 9 1 9 1 9 2 0 - 2 1

' 8 0 . 0 0 0 »

2 2 0 . 0 0 0 » 300'000

1 2 0 0 0 0

ltô.OOO

1 2 0 . 0 0 0 ) , „ 3 3 0 . 0 0 0 !450 000

1 7 5 . 0 0 0 2 2 5 . 0 0 0

T O T A U X . . . 5 6 5 0 0 0 8 5 0 . 0 0 0

l'utilisation des forces temporaires et des gros débits d'été si abondants dans les hautes chutes.

Sur ce 'total, dès la fin de 1 9 1 7 , une puissance installée de près de ryo.ooo HP hydrauliques était mise à la disposi- tion de la défense nationale ; 38o 000 HP doivent être mis en service pendant l'année 1 9 1 8 et l'on peut résumer dans

le tableau ci-dossus, les étapes successives de mise en marche des chutes entreprises depuis fin 1 9 1 5 .

Si l'on raproche ces chiffres de 45o.ooo IIP et 85o.ooo HP, de la puissance de 760.000 HP installés au début de la guerre, on voit que l'effort entrepris depuis fin i g i 5 , aura permis d'augmenter en trois années, l'utilisation des forces hydrau- liques françaises de plus de 5o % et que fin 1 9 2 1 , en cinq années, la France aura été dotée d'une puissance nouvelle supérieure à la totalité de celle qui avait été réalisée pendant toute la période précédant la guerre : elle possédera, à celte époque, environ 1.600.000 HP aménagés (1).

Ce qui rend encore plus intéressant ces résultats, c'est que les puissances nouvelles aménagées ne sont plus concentrées dans les Alpes, mais qu'au contraire, toutes les régions de la France, même l'Ouest, y participent. Le tableau suivant le démontre :

RÉGIONS PUISSANCE MOYENNE

EN HP

PUISSANCE INSTALLEE ou à installer en HP

Alpes 3 9 5 . 0 0 0 4 2 8 0 0 0

Pyrénées 1 1 0 . 0 0 0 1 8 5 0 0 0

Plateau Central 1 2 6 0 0 0 2 0 0 . 0 0 0

Jura et Vosges 3 2 . 0 0 0 3 5 . 0 0 0

Ouest 2 0 0 0 2 C 0 0

TOTAUX 5 6 5 . 0 0 0 8 5 0 . 0 0 0

Enfin, la répartition par industrie montre combien grand a été l'effort fait dans les industries chimiques et métallur- giques, qui intéressent tout spécialement la défense nationale.

EMPLOIS PUISSANCE MOYENNE

(EN HP)

PUISSANCE INSTALLÉE (EN HP)

Transport de force 2 0 8 . 0 0 0 3 0 8 . 0 0 0

Electro-Chimie 1 3 7 . 0 0 0 2 1 6 0 0 0

Electro-Métallurgie 2 2 0 0 0 0 * 3 2 6 . 0 0 0

TOTAUX 5 6 5 . 0 0 0 8 5 0 . 0 0 0

Ce ^puissant effort de création a été également accompagné d'un gros effort financier, et on peut estimer au moins à Fr : 660.000.000, le total des capitaux nouveaux qui vont être investis dans l'industrie de la houille blanche.

Ces Francs 660.000.000 se répartissent, suivant les régions, et suivant l'utilisa ti on, de la manière ci-dessous.

RÉGIONS

TRANSPORT DE FORCE

ÉLECTRO- CHIMIE

ÉLECTRO-

IIÉHLIBIÎ61E

TRACTION

8LBCTRIQI/S

TOTAUX

Alpes Pyrénées Massif central Jura et Vosges

Ouest

160.000.000 25.000.000 76.000.000 25.000.000 4.000.000

55.000.000 80.000 000 10.000.000

»

98.000.000 10 000.000 72.000 000 10.000 000

»

»

35 000.000

»

315 000.000 150.000.000 158 000.000

35.000.000 -1.000.000 TOTAUX... 290 000.0C0 145 000 000 190.000.000 35 000.000 660.000.000

•(1) Il y a d'ailleurs lieu de r e m a r q u e r q u e d a n s toutes les statistiques de cet o r d r e publiées j u s q u ' à ce j o u r , on ne t i e n t c o m p t e que des usines d'une p u i s s a n c e s u p é r i e u r e à 500 H P . Si, au c o n t r a i r e , on voulait tenir c o m p t e de t o u t e s les u s i n e s d o n t la p u i s s a n c e est inférieure à 500 HP et qui s o n t p r e s q u e t o u t e s incorporées d a n s les s t a t i s t i q n e s des pays é t r a n g e r s , on obtiendrait u n chiffre encore plus g r a n d . •

Ainsi, en 1916, la p u i s s a n c e h y d r a u l i q u e française aménagée, en - 352 • L A H O U I L L E B L A N C H E

(5)

Si on se rappelle qu'on pouvait évaluer à environ : Fr. : Soo.ooo.ooo l a totalité des capitaux déjà engagés avant la guerre, il e n résulte qu'en 1 9 2 1 , l'Industrie de la houille blanche, m ê m e en ne tenant compte que des entreprises déjà commencées, représentera u n e immobilisation de près de Fr. : 1.000.000.000 répartis de la manière suivante :

Transport de force. -Fr. 865.000.000 Electro-chimie, électro-métallurgie

et industries diverses Fr. 5oo.ooo.ooo Traction électrique Fr. g5.000.000

Total Fr. 1.460.000.000

V I . — J L T U D E D E Q U E L Q U E S C H U T E S

Messieurs, dans ce grand m o u v e m e n t de mise en exploi- tation de nos forces hydrauliques, l'Etat est résolument en- tré, et actuellement, le Ministère de - l'Armement et des Fabrications de Guerre aménage directement trois chutes qui resteront après la guerre la propriété de l'Etat.

L'une est aménagée sur la Corrèze : oe sera u n e chute de 166 mètres de haut, utilisant u n débit variable de 750 litres à ù.ooo litres, et pouvant produire, au moyen d ' u n canal d'amenée d e ' 7 k m s de long, une force variant de 1.200 à 8.000 HP. L'énergie hydro-électrique ainsi créé viendra rem- placer de la manière la plus heureuse, l'énergie thermique qui alimente actuellement la Manufacture d-Armes de Tulle.

Les deux autres chutes aménagées par l'Etat sont dans la région dés Pyrénées, sur .la Neste du-Louron : ces chutes de 161 mètres et de 228 mètres de hauteur utiliseront des débits variant de 766 litres à 4 . 2 5 o litres, comporteront une puissance totale installée d e 22.000 HP et donneront une puissance moyenne de i 5 . o o o HP. L'énergie.produite servira à alimenter un centre important de fabrication de cyanamide destinée à la production de nos explosifs et après la guerre, à servir d'engrais à l'agriculture.

La ville de Toulouse a pris l'initiative d'installer sur la Garonne, au Ramier du Château, u n e chute de puissance

variable de i . 5 o o à 3.ooo H P . x

Pour les chutes faites par l'industrie privée, il serait trop long de, vous en donner la nomenclature complète. Quoique l'effort de tous soit également méritoire et intéressant à tous les points de vue, j e m e bornerai à vous citer deux des chutes qui me paraissent les plus caractéristiques au point de vue génie civil.

La première synthétisera l'effort accompli en ce moment dans la voie de la régularisation des débits des rivières par la transformation en réservoirs des lacs des hauts plateaux.

De nombreux travaux sont entrepris dans ce but. La Société Pyrénéenne d'Energie électrique -a surélevé le lac de Na- guille, et va augmenter beaucoup la puisssnce de "son usiné d'Orlu par l'aménagement du lac d'En-Bcys.

Dans les Pyrénées encore, on est en train de capter le lac d'Oo pour créer, près de Baghères-de-Luchon, un gra-.d

«entre de fabrications électro-chimiques.

Les Forges et Aciéries Paul Girod vont aménager dans les Alpes une chute importante au moyen des eaux du lac de h Girotte.

tenant compte do t o u t e s les petites usines, était la suivante, d'après les statistiques officielles :

tours d'eau non navigables ni flottables 1.238 000 HP repartis» en 4» 2 8 8 , u s i n e s ' d o n t 42.027'de puissance infé-

rieure â 500 HP

Cours dean du domaine public.

Total

218 000 Ht-' 1 « 6 . 0 0 0 - H P

CHUTE DES SEPT-LAVJX. — Mais un effort particulièrement heureux a été réalisé dans ce sens par la Société Générale de Force et Lumière, au plateau des Sept Laux,dans le massif

montagneux de Belladone. Au nord de ce massif, ri existe un plateau bien connu de la clientèle alpine où se trouvent sept lacs étages, dont quatre sur le versant nord el trois sur le versant s u d . Ceux du versant sud se rattachent au bassin de l'eau d'Olle et seront prochainement aménagés. Les quatre du versant nord envoient leurs eaux dans l'Isère par le Bréda et la vallée d'Allevard. L'altitude du plateau varie entre 2100 et 2200 mètres.

Au pied d u plateau, à Fond-de-France, l'altitude de la val- lée d u Bréda n'est q u e de i.oSS mètres. 11 y avait là, sur un parcours très restreint, u n e chute verticale d'environ 1.000 mètres dans laquelle se perdait une énergie annuelle consi- dérable, au moins 4o.000.000 de Kwhs. On avait songé depuis longtemps à recueillir cette énergie et m ê m e à amé- nager les lacs en réservoir régulateur pour améliorer sur tout son développement le cours d'eau du Bréda où se trou- vent déjà au moins sept grandes usines hydro-électriques. Le débit du Bréda est en effet fort irréguiier, cl passe à l'extré- mité du bassin de 2.000 litres-seconde à 9.000 nlres-accondc.

Il s'agissait d'une oeuvre considérable : aménagement, par- la réunion de trois lacs, d ' u n réservoir de 10.000.000 M' au moyen d ' u n t u n n e l de i.5tio mètres creusé à 1 altitude de 2.000 mètres ; installation à Fond-de-France, à l'extrémité de la vallée du Bréda, d'une usine de 8.000 LLP ; création à sa sortie d ' u n bassin compensateur de 20.000 mètres cubes permettant à l'usine de fonctionner comme station de pointe, pendant 10 heures s u r 24.

Cette œuvre dont les difficultés étaient considérables puis- qu'il fallait travailler presque continuellement à l'altitude de 2.000 mètres, avait rencontré beaucoup de sceptiques en temps de paix et encore plus en temps de guerre. Cependant, grâce à u n e énergie soutenue par u n e foi profonde, elle a p u être réalisée complètement et l'usine de bond-de-France fonctionne depuis janvier 1 9 1 8 , avec plein succès.

CHUTE DU FIER. — Une deuxième création de chute mérite certainement de vous être signalée p a r les difficultés consi- dérables qu'elle présentait au point de vue génie civil : c'est celle que réalise la Société Hydro-Electrique de Lyon sur le torrent du Fier, à 2 km. 5 o o environ de son confluent avec

le Rhône. Le Fier est caractérisé par le l'ait que sou* débit qui descend à 5 M3 s'élève quelquefois en des, crues rapides j u s q u ' à 1.200 M3.

Les travaux comportaient : la création d'un barrage de retenue de 4 5 mètres de hauteur en travers la gorge du Vai- de-Fier, permettant une accumulation d'eau considérable sur u n e étendue de (4oo.ooo i\l2, et avec u n e longueur de remous de près de 20 kilomètres ; le percement à travers les massifs calcaires qui surplombent la vallée d'une galerie de i . 5 o o mètres pouvant débiter 60 M3 ; un ouvrage important de mise e n charge pour distribuer l'eau dans cinq conduites forcées q u i actionneront dans l'usine cinq groupes généra- teurs de 5.ooo HP chacun. .

Les principales difficultés résidaient dans l'établissement du barrage ; car les sondages avaient montré que le fond de la rivière se trouvait à une profondeur de 25 à 3o mètres au-dessous du niveau moyen des eaux. Aussi s'est-on arrêté au procédé suivant : créer une e^jjejnlo où l'on pourrait tra- vailler librement en dérivant le torrent par deux galeries de chacune 3o M2 placées, l'une sur la rive droite, l'autre, sur la rive gauche, et protéger l'enceinte par deux caissons h air

(6)

comprimé, faisant fonction de bàtardeaux, l'un à l'amont,

"l'autre à l'aval de l'emplacement du barrage.

Le caisson avai de 5 m . 5 o sur 17 m . 5 o a été descendu à peu près régulièrement, mais le caisson amont de 5 m . 5 o sur 10 m . 5 o s'est arrêté après être descendu de 20 mètres sans que la roche ait pu être reconnue sur tout le fond de ia chambre de travail.

On a adopté alors la solution suivante :

De l'intérieur de la chambre de travail, et sur tout le pour- tour extérieur du couteau qui ne reposait pas sur la roche en place, on pratiqua des injections de ciment dans les graviers entourant le caisson.

Quand ce ciment eut fait prise, on creusa en dessous du couteau, des fouilles de 4o centimètres de hauteur et de 5 o centimètres de largeur que l'on remplit de béton armé par du fer ancré dans la roche des rives.

A ia faveur de cette murette, on put descendre les fouilles de ko centimètres, après avoir pris la précaution d'étancher le j o i n t du couteau avec la .roche ou avec lès murettes sur toute son étendue.

On a continué ainsi de proche en proche en faisant suc- céder les injections latérales et la construction des murettes, et après quatre mois d'efforts, ' la roche était reconnue sur toute l'étendue de la chambre de travail ainsi prolongée, soit sur plus de 8 mètres de hauteur, la hauteur totale au-dessous du niveau de l'eau atteignant donc 28 mètres.

Actuellement, les difficultés sont presque complètement vaincues ; on poursuit l'exécution de la dalle générale de fondation du barrage,,et l'on peut espérer qu'avant la fin de l'année, cette chute sera mise en service, apportant à toute la région lyonnaise u n i m p o r t a n t appoint d'énergie.

Il y a lieu d'ajouter que p e n d a n t toute cette période de construction, la Société Hydro-Electrique de Lyon a installé une usine provisoire de 2.000 HP, en utilisant c o m m e bar- rage de retenue, le caisson batardeau. arnont.

. Une chute de 10 mètres a ainsi été créée où une turbine actionne un alternateur au moyen d'un axe vertical de 22 mètres de hauteur, et d'un harnais d'engrenage d'angle.

L'ensemble de ces travaux si remarquables au point dè vue génie civil, fait le plus grand h o n n e u r à la compétence cl à l'énergie des dirigeants de la Société Hydro-Electrique de Lyon.

V . — U T I L I S A T I O N D E L ' É N E R G I E

M e s s i e u r s / u n des côtés les plus intéressants et des plus utiles pour la défense nationale, de l'effort réalisé par l'in-

dustrie de la houille blanche pendant la guerre, réside dans les utilisations nouvelles.de l'énergie électrique 'qui a été ainsi créée.

Quand il s'est agi dans la fabrication de l'obus de 70, de substituer l'obus forgé à l'obus foré, on a eu l'idée d'utiliser directement dans les hautes chutes la pression statique de l'eau sans aucune transformation et d'employer cette pres- sion à la mise en œuvre des presses destinées à là fabrication des ébauches.

MM. BOUCHAYER et VIALLET ont réalisé pour le compte

de l'Etat, une usine des plus importantes à Servette, près de Grenoble : une conduite spéciale se détache de la canali-

sation générale d'une chute de 600 mètres de haut et aboutit, après un parcours de i.92po mètres, à une usine où l'eau prise ainsi directement à#x conduites forcées sous une pres- sion de 5 o à 60 atmosphères, actionne des presses qui embou- tissent plus de 2'5.ooo ébauches de 75 par jour.

D'autres installations du m ê m e ordre ont été faites à Lan- cey, dans l'Isère, et à Epierre, en Savoie.

Mais les applications les plus nouvelles, les plus fécondes, ont été réalisées dans le domaine de l'électro-ehimie et de I ' électr o-mé f allurgie.

Vous comprendrez facilement pour quelles raisons il n'est pas encore possible, en ce m o m e n t , de donner le détail de ces nouvelles fabrications.

En électro-chimie, des problèmes nouveaux se sont posés.

II a fallu suppléer à l'insuffisance des arrivages par mer de nitrates, faire face aux nécessités de la guerre chimique. Les solutions ont été trouvées et ont p u être réalisées grâce à la houille blanche.

L'électro-ehimie a fait u n effort considérable p o u r la fa- brication du phosphore, du m a g n é s i u m , des explosifs chlo- rates, du clilore et de ses dérivés, du chlore liquide, du carbure de calcium, de la cyanamide, etc.

L'industrie des produits nitrés a m a r c h é à pas de géant, et déjà de ce puissant m o u v e m e n t on voit sortir de grandes industries d'après-guerre, comme celle des matières colo- rantes.

L'électro-métallurgie n o n seulement a développé ses an- ciennes fabrications d'acier, d ' a l u m i n i u m , de ferro-aliiages, mais l'électro-métallurgie du zinc a été mise au point : de nouveaux produits ont été créés, comme la fonte synthé- tique, le fer électrolytique, l'élianite, etc.

De grands' établissements 'métallurgiques ont compris la nécessité, de s'intéresser à la houille blanche. Les Aciéries de Firminy aménagent deux grandes chutes .dans le plateau central sur la Gère et sur le Bès. Elles participent à la créa- tion d'un grand centre de fabrications électro-chimiques que

les établissements Frédet installent à Brignoud.

La Société Minière et Métallurgique de Pennarroya étudie un plan complet d'aménagement de la vallée de ia Neste d'Aure, dans les Hautes-Pyrénées, et au moyen de trois usines échelonnées, y disposera bientôt d'une puissance de 4o à 5o.ooo H P .

Les Forges et Aciéries de la Marine et d'Homécourt se sont intéressées à-l'aménagement de la chute de la Basse- Isère, ainsi qu'à une partie des industries créées à Àllevard sur le Bréda.

Les Forges et Aciéries du Saut du Tarn transforment le moulin d'Ambialet en usine hydro-électrique. La Manu->

facture de Glaces de St-Gobain aménage une c h u t e impor- tante à Avrieux, près de Modane, et se dispose à en installer plusieurs autres.

Nous sommes convaincus que ces nouveaux adhérents à la houille blanche auront encore de n o m b r e u x et puissants imitateurs.

C O N C L U S I O N S

T. RÔLE DES ADMINISTRATIONS. — Messieurs, je vous ni

•montré la grandeur de l'œuvre entreprise, je vous ai résumé les difficultés principales rencontrées. Quelle cp.e soif l'in- tensité de leurs efforts, les industriels de la Houille blanche n'auraient pu vaincre tous les obstacles s'ils n'avaient ren-

contré l'appui constant des Pouvoirs publics.

On médit assez de nos Administrations pour q u ' u n indus- triel, placé m o m e n t a n é m e n t de leur côté, tienne à prendre leur défense. Si nous avons, pu aboutir aux résultats que je vous ai signalés, c'est grâce à l'accord constant qui a régné entre les industriels, les différentes Administrations intéressées, et à la collaboration .très cordiale qui a réuni tous leurs efforts.

(7)

L A H O U I L L E B L A N C H E 2 5 5 — Le Ministère de l'Armement et des Eabrications de Guerre,

chargé plus spécialement, pendant la durée de la guerre, de jouer pour ainsi dire le rôle de moteur pour la création des chutes hydrauliques, n ' a eu aucune peine à o b t e n i r . l e concours p e r m a n e n t des Ministères des Travaux publics et de l'Agriculture. Tant s u r les cours d ' e a u du Domaine public que s u r les cours d ' e a u du domaine privé, il a été donné de nombreuses autorisations provisoires de commencer les travaux s a n s attendre les résultats des enquêtes administra- tives et la f i n des formalités légales. .

Dans tous les cas, les formalités administratives ont été simplifiées et les difficultés aplanies ; j e voudrais vous en citer u n seul exemple assez topique.

Au mois d'août 1 8 7 3 , u n décret avait fixé la retenue normale des eaux du lac d'Annecy à un niveau correspon- dant à la cote de 1 m . 80. Depuis cette date, i l avait été

demandé de relever le niveau de o m . 3 o afin d'augmenter la puissance du débit du réservoir constitué par le lac et, par suite, la puissance^que pouvait fournir à son usine de Brassilly, sur le Fier, la Société des Forces Motrices du Fier.

Aucune solution n'avait été apportée à cette question, la surélévation du lac menaçant, paraît-il, de n o m b r e u x inté- rêts industriels et agricoles.

Le 19 novembre i q i 5 , la question était reprise. Une con- férence réunissait localement les principaux intéressés qui prenaient l'engagement de garantir l'Administration contre

tous dommages causés aux fiers. Le Sous-Secrétariat des Fabrications de Guerre intervenait immédiatement auprès du Ministère des Travaux Publics, et en moins de quinze jours, le 2 décembre I Q I 5 , malgré les protestations des rive- rains du lac, le Ministère des Travaux publics autorisait le Préfet à relever le niveau du lac de 3 o c/m. On avait donc, en quelques j o u r s , réalisé u n e amélioration qui, sans la guerre, aurait sans doute attendu encore de longues années.

J'ai tenu à savoir ce qu'avaient coûté les travaux néces- saires pour relever ainsi le plan d'eau de 3 o centimètres et surtout le m o n t a n t des chiffres payés pour les dommages.

Les travaux ont consisté simplement dans l'adjonction d'une hausse en bois qui a été placée dans les vannes du lac et qui a coûté environ 200 francs. Quant aux dommages causés à l'ensemble des plaignants, j'ose à peine vous le

dire: ils ont été réglés très largement à l'amiable à 200 fr. par an. Ainsi,, grâce à la décision rapide prise et avec u n e dépense de 800 francs, nous avons obtenu depuis trois ans, un supplé- ment annuel de 800 HP pendant douze mois, soif ©n tout plus de ô . o o o . o o o de Kwh, résultat que depuis vingl-cinq années le Syndicat des industriels locaux n ' a v a i t pu obtenir.

Cet exemple est s i encourageant que j e n e doute pas qu'il ne suscite une émulation nouvelle à résoudre rapidement certains problèmes administratifs, surtout si le Parlement se décide à réaliser l'unification, réclamée aujourd'hui par Ions, des services dhargés de s'occuper de l'aménagement rationnel de nos cours d'eau, afin d'obtenir l'utilisation la plus avantageuse de notre puissance hydraulique pour l'in-

térêt économique de la Nation.

3. HOUILLE BLANCHE ET HOUILLE NOTRE.- — Messieurs, la

houille blanche a r e n d u à la défense nationale les plus grands services. Elle sera u n élément puissant de la réno- valion économique de la France. Elle ne peut cependant Pas se-transformer en panacée universelle, et il est, je crois, '"«géré de représenter, comme o n le fait souvent, e n ce moment, tout aménagement de houille blanche comme de-

vanl amener dans son ensemble une diminution correspon-

d a n t e d e c o n s o i n a U o n d e c h a r o o n . 11 11 e s t p a s p o a a i n i e d e p o s e r l a q u e s t i o n a u n p o i n t d e v u c a u s s i s i m p l i s t e . S i l e n e i a i i a i n s i , l a c o i i s o i n i i i a i i o n u e c i i a r n o n a u r a i t d u u n u u i n u e r e n j c r a n c e , p e n u a n t îea v i n g t - o i i i q a i u i e e a q u i u n i p i e e c u e i a g u c i i c , c e s L - d - u n e p e n u a n t i a p e n o u o a n f e i T C U i o u u m e - n a g e i u e u i . u e n o a l o i o e s n y u i a u n q u e » .

l i n e u e t , u e î o y o a î y i o , u a e t u i n s t a l l e e u r i a i i e e e n v i - r o n 700.000 m ' p o u v a n t p r o u u u e a m i u e u e m e i u . p r c a u c

¿ . u o u . u o u . O O u u e i v w i i . — x i a e i n n i e u u n o q u u , ^ O i i u a u i t ^ c u e p é r i o d e , l a • c o n s o m m a t i o n a n n u e l l e d e e m u ' o o n . « î u i a i t u u u i m i n u e r e n a s s e z i o r i e p i o p o i u o u , a o n e n n i o n q u a u e m i l - l i o n s u e t o n n e s .

u r , n o n s e u l e m e n t i l n y a e u a u c u n e u i m i i i u u o n , m a i s a u c o n t r a i r e , i l y a e u a u g m e n t a t i o n c u i i a l a i i t e u e i a c o i i s u m - m a u o n u u e u a r o o n . c e t t e c o n s o m m a t i o n e s t c i : e i i e t p a s s é e d e 00.000.000 d e i d n n e s e n i o y o , a o o . o o u . u u u u e t ^ n n e a a ra v e i n e d e i a g u e r r e .

D o n c , a u n a n i e n a g m e i i l d e 700.000 m n y u i a u n q u e s a c o r r e s p o n a u , n o n u n e a i m i n u t i u n , m a i s a u c o n t r a i r e , u n e a u g m e n t a t i o n d e c o n s o m m a t i o n d e e n a r n o n d e 24.000.000 u e t o n n e s , a m e n a n t d a i l l e u r s u u d é l i c i f d e 2 0 . 0 0 0 . 0 0 0 d e t o n n e s s u r n o t r e p r o d u c t i o n .

M a i s c e q u e l ' o n p e u t d i r e , c'esL q u a u d é b u t d e l a g u e n c , le d é f i c i t e û t é t é e n c o r e b i e n p l u s c o n s i d é r a b l e s i l e s 700.000

H P h y d r a u l i q u e s n a v a i e n t p a s é t é a m é n a g é s .

Je c r o i s q u ' i l e n s e r a d e m ê m e à 1 a v e n i r e t q u a u n e a u g - m e n t a t i o n de n o t r e p u i s s a n c e h y d r a u b q u e n e c o r r c a p o n u r a p e u t - ê t r e p a s l a d i m i n u t i o n d e c o n s o m m a t i o n d e c h a r b o n

p r é v u e p a r q u e l q u e s - u n s .

L e s r a i s o n s e n s o n t f a c i l e s à c o m p r e n d r e : d a b o r d i a h o u i l l e b l a n c h e e s t t o u t à f a i t i n é g a l e m e n t r é p a r t i e s u r n o - t r e t e r r i t o i r e . E n s u i t e , b e a u c o u p d e n o s i n d u s t r i e s : m i n e s , m a r i n e m a r c h a n d e , u s i n e s à g a z , m é t a l l u r g i e , e t c . , n e p e u - v e n t a b s o l u m e n t p a s s e p a s s e r d e c h a r b o n .

D e p l u s , t o u t d é v e l o p p e m e n t i n d u s t r i e l a m è n e à c ô t é d e l u i d ' a u t r e s i n d u s t r i e s e t c r é e d e n o u v e a u x b e s o i n s ; e t d e m ê m e q u e l e d é v e l o p p e m e n t d e l a l u m i è r e é l e c t r i q u e n " a p a s e m p ê c h é c e l u i d u g a z , d e m ê m e l e d é v e l o p p e m e n t d e n o s m i n e s d e h o u i l l e b l a n c h e n e d i m i n u e c e r t a i n e m e n t p a s la n é c e s s i t é o ù n o u s s o m m e s d ' i n t e n s i f i e r é g a l e m e n t l a p r o - d u c t i o n d e n o s m i n e s d e h o u i l l e n o i r e .

M a i s , e n t o u t c a s , l a h o u i l l e b l a n c h e c o n s t i t u e u n e d e n o s r i c h e s s e s n a t i o n a l e s e n c o r e t r è s i n s u f f i s a m m e n t e x p l o i - t é e s , e t r i e n n e p e u t ê t r e p l u s i m p o r t a n t p o u r l e d é v e l o p - p e m e n t é c o n o m i q u e d e n o t r e p a y s q u e l ' a m é n a g e m e n t d e ses f o r c e s h y d r a u l i q u e s , a f i n d e p o u v o i r o p p o s e r a u x g r a n d e s r i c h e s s e s e n c h a r b o n d u s o u s - s o l d e l ' A l l e m a g n e , l e s m a g n i - f i q u e s r i c h e s s e s d e s v a l l é e s d e F r a n c e .

«V

M e s s i e u r s , j ' a i t e r m i n é c e t t e t r o p l o n g u e c o m m u n i c a t i o n . Je n e v o u d r a i s p a s q u ' i l y. a i l d e m a l e n t e n d u s u r m a - p e n s é e . E n v o u s e x p o s a n t c e q u i a é t é f a i t p o u r l ' u t i l i s a t i o n e t l ' a u g - m e n t a t i o n d e s f o r c e s l n d r u i d i q u e s p e n d a n t l a g u e r r e , j e n ' a i e u n u l l e m e n t l ' i n t e n t i o n d e c h e r c h e r q u e l q u e t é m o i - g n a g e d e s a t i s f a c t i o n , n i p o u r l e s i n d u s t r i e l s q u i o n t r é a l i s é c e t t e o e u v r e , n i s u r t o u t , p o u r l e s a d m i n i s t r a t i o n s q u i l ' o n t ' a p p u y é e e t y o n t c o l l a b o r é . Q u e l s q u e s o i e n t l e s r é s u l t a t s

o b t e n u s , p e u t - ê t r e a u r a i e n t - i l s p u ê t r e p l u s g r a n d s ; e n l o u s c a s , à l ' é p o q u e g r a v e q u e n o u s t r a v e r s o n s , q u a n d o n n ' e s t p a s a u d a n g e r , l e m a x i m u m d e l ' e f f o r t r é a l i s é n ' e s t e n c o r e q u e l e m i n i m u m d e c e q u e l ' o n d o i t à s a P a t r i e .

M a i s j ' e s p è r e , n é a n m o i n s , q u e v o u s e m p o r t e r e z d e c e c o u r t e x p o s é , u n e i m p r e s s i o n r é c o n f o r t a n t e : l e s 7 U 0 . 0 0 0 H P q u e p a r l e u r i n i t i a t i v e i l s a v a i e n t s u r é a l i s e r p e n d a n t l e s

(8)

- 2 5 0 L A H O U I L L E B L A N C H E

années qui ont précédé la guerre, les 85o,ooo HP. qu'avec la collaboration des Pouvoirs publics, ils soni en train d'aménager depuis la guerre, vous sont un sûr garant de la ténacité et de l'énergie avec laquelle les industriels de la houille blanche sauront, dans la France grandie, accomplir l'effort nécessaire de demain.

Commandant Henri CATIEN, Ancien élève de l'Ecole Polytechnique.

L'ELECTROMÉTALLURGIE FRANÇAISE

D E S A L L I A G E S F E R R O - M É T A L L I Q U E S

R A P P O R T AU 1 " CONGRÈS DU GÉNIE CIVIL par M. G . WIDMER, Secrétaire Général

DE LA Cl c DES FORGES ET ACIÉRIES ELECTRIQUES PAUL GIROD

Nous avons montré, en de précédentes études, que les in- dustries électrométallurgiques et électrochimiques sont celles qui, tout en participant à l'accroissement de l'activité indus- trielle du Pays, nous épargnent le plus de charbon, en nous donnant par-ailleurs, le moyen de faire rentrer de l'or par l'exportation à l'étranger de produits qui ne peuvent y être fabriqués aussi avantageusement. Ces fabrications sont;

d'autre part, les plus grosses consommatrices de houille blanche et c'est sur leur développement que npus comptons pour la mise en'valeur de nos richesses en forces hydrauli- ques. Il est donc du plus haut intérêt de méditer les consi- dérations que développe le Rapport suivant sur "la principale de ces industries, rédigé par un technicien d'une compétence notoire, et qui montre clairement l'œuvre à réaliser pour en assurer l'avenir. Nous invitons à y collaborer tous nos lec- teurs en situation de lui fournir un concours.

L A S I T U A T I O N D ' A V A N T - G U E R R E O R I G I N E F R A N Ç A I S E DE CETTE RÉCENTE INDUSTRIE

Si l'on se propose tout d'abord de dégager les traits carac- téristiques présentés avant la guerre par l'électrométallurgie des alliages ferro-métalliques, le premier q u ' o n lui recon- naîtra, non sans quelque fierté, c'est, une origine bien

française. . , Assurément, parmi tant de richesses dont la nature s'est

plu à la favoriser*, la France possède de larges ressources de forces hydrauliques ; mais encore convenait-il de trouvei l'instrument qui permit de faire réaliser au courant élec- trique produit à l'aide de cette force un progrès de pins, et de transformer — au point de les ériger en une branche complètement nouvelle d'industrie — des fabrications encore embryonnaires à la fin du siècle dernier.

On se souvient des produits spéciaux obtenus il y a'vingt ans à peine au h a u t fourneau ou au cubilot : ce n'étaient à p r o p r e m e n t parler, et en général péniblement élaborées, que des « fontes spéciales », à teneurs élevées en carbone, en soufre, en phosphore et à teneurs limitées en élément spécial. 11 a fallu le four électrique, qui, seul, constitue un laboratoire approprié à une juste proportion de la charge réductrice et à une température élevée, pour créer toute la variété des alliages aujourd'hui indispensables aux aciéries comme' additions désoxydantes ou "comme additions fixes et en vulgariser l'emploi p a r des prix réduits.

Et c'est précisément là qu'une fois encore s'est affirmé le génie français.

Grâce, en effet, aux fours Héroult, Girod, Keller, Chaplel et similaires, — trop universellement connus pour avoir

besoin d'être à nouveau décrits, — la France, dès le début du XX0 siècle, est devenue le pays classique du four élec- trique. Nombreux sont, en outre, les brevets d'adaptation à ce four du courant électrique sous toutes ses formes enre- gistrés au n o m des diverses sociétés qui, nées principalement dans les Alpes de la Savoie ou du Dauphiné, n'ont pas tardé à mettre en valeur le nouvel appareil.

Ces promoteurs français du four électrique ne se sont d'ailleurs pas contentés d'être des inventeurs et — par les procédés de fabrication qu'ils ont su appliquer — des mé- tallurgistes : les grandes Aciéries, alors occupées à recher- cher pour l'acier des qualités nouvelles par l'adjonction d'éléments nouveaux, n'ont pas eu dans celte voie de4 plus précieux collaborateurs et ce sont p r o p r e m e n t l e u r s efforts commerciaux, tant en France qu'à l'étranger, ainsi qu'en font foi les archives de nos sociétés électrométallurgiques, qui ont eu le mérite de défricher et de créer le marché des ferro-alliages.

ORGANISATIONS SYNDICALES DE V E N T E

Ce marché'd'abord ouvert à la libre concurrence s'est peu à peu organisé, au moins pour les principaux alliages.

Avant la guerre, l'industrie, electrométallurgique fran- çaise des ferro-alliages comprenait douze sociétés ( i ) . Cer- taines d'entre elies> étaient entrées de \plain-pied et sans anté- cédents dans la fabrication des ferro-alliages, et d'autres

— pour donner un emploi à u n e partie de leur force deve- nue disponible — y avaient été conduites soit par la crise qui sévit en igoo sur le carbure de calcium, soit par les à-coups plus ou moins prononcés que celui-ci connui depuis lors.

En m ê m e temps, outre la Suisse, des pays tels que la Suède et la Norvège complétaient l'équipement de leurs chutes,

très régulières et extra-puissantes — partant, à courant si économique — en vue, principalement, d'entreprendre, sur une vaste échelle,, la fabrication de l'alliage le plus con- sommé : le ferro-silicium, pour l'exportation duquel ils sont de plus si particulièrement favorisés.

Ainsi, la vulgarisation des procédés électrométallurgiques et l'orientation des capitaux étrangers vers les Pays* Scandi- naves n e tardèrent-ils pas à faire naître p o u r les usines françaises de lourdes préoccupations et la concurrence géné- rale tourna-t-elle rapidement à la lutte aiguë, avec ce carac-

, (1) Ci-dessous la liste de ces sociétés, avec l'indication de l e u r capital- de l'époque, non c o m p r i s les e m p r u n t s obligataires contractés par.

plusieurs d'entre elles :

Société des H a u t s F o u r n e a u x et F o r g e s d ' A l l e v a r d , à

Allevard (Isère) ; 4.000 000

Compagnie u n i v e r s e l l e d'Acétylène et d ' E l e c t r o m é t a l l u r g i e .

' Les Clavaux, par R i o u p é r o u x (Isère) 3.800.000 Société des Etablissements Veuve Charles Bertolus, H , run

G a m b e t t a , Saint-Etienne (Loire)

C o m p a g n i e générale d'Electro-Chimie de Bnzel, 22, rue de

t'Arcado, P a r i s 6.000.000 Société des C a r b u r e s Méttalliques, 2Kr u e Blanche, P a n s . . . . 3.300 000

' Société d'Electro-Chimic, 2, rue Blanche, P a r i s 10 000 000 Société Electro-Chimique du Giffre, S a i n t - J e o i r e - e n - F a u c i g n y

(Haute-Savoie) " >.. 2.500 000 Société E l e c t r o m é t a l l u r g i q u e P r o c é d é s P a u l Girod, Ugine

(Savoie) . ..' ; ' ( 42.000.000

Société des E t a b l i s s e m e n t s Keller-Leleux, à Live't ( I s è r e ) . . . . 3.250 000 Société de M o n t n c h e r , a S a m t - J u h e n - d e - M a u r i e n n e (Savoie) 3.000.00- Société des Usines dé Rioupéroux, à Rioupérouj. (Isère) . . . 2'560.000 Société E l e c t r o m é t a l l u r g i q u e de Saint Béron, 37, rue de la

R é p u b l i q u e , Lyon (Rhône) 1.200.000

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