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V e y s o n n a z a l ' a m b i t i o n d e f a i r e p a r t i e d e s s t a t i o n s d e p o i n t e d u V a l a i s . E lle d i s p o s e d ' o r e s e t d é j à d e 3 5 0 0 lits t o u r i s t i q u e s e t p e r m e t a u x v a c a n c i e r s d ' a c c é d e r d i r e c t e m e n t a u f a b u l e u x d o m a i n e s k i a b l e d e s 4 - V a l l é e s . G r â c e a u x c a n o n s à n e i g e , la p i s t e d e l ' O u r s e s t a c t u e l l e m e n t e n n e i g é e s u r t o u t e s a l o n g u e u r ( 2 k m 6 0 0 d e d e s c e n t e s u r u n e l a r g e u r d ' u n e c e n t a i n e d e m è t r e ) . L e s c o n d i t i o n s d e s k i y s o n t d é j à e x c e l l e n t e s e t v o u s p o u v e z la i s s e r v o t r e v o i t u r e a u d é p a r t d e la p is t e . .. V e y s o n n a z v o u s o f f r e le s j o i e s d u s k i, d e la p i s t e d e l' O u r s j u s q u ' à V e r b i e r : q u a t r e - v i n g t s i n s t a l l a t i o n s d a n s d e s p a y s a g e s i n o u b l i a b l e s .P R È S D E C H E Z V O U S
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ETOILES
Mensuel: janvier 1989
C o nseil de publication:
Président: J a c q u e s Guhl, Sion. M em bres: C h a n ta i Balet, avocate, Sion; Aubin Balmer, ophtalm ologue, Sion; M arc-A ndré Berclaz, indus triel, Sierre; Ami Delaloye, urbaniste, Martigny; Xavier Furrer, architecte, Viège; Gottlieb G untern, psychiatre, Brigue; R oger Pécorini, chimiste, Vouvry; J e a n -Ja c q u e s Zuber, jo u r naliste, Vouvry. •tV/ O rg an e officiel de l’O rdre de la C h a n n e Editeur: Im primerie Pillet SA D irecteur de la publication: Alain G iovanola R éd acteu r en ch ef: Félix Carruzzo
S e c réta ria t de rédaction:
A venue de la G are 19 C ase postale 171 1920 M artigny 1 Tél. 0 2 6 / 2 2 0 5 2 Téléfax 0 2 6 / 2 5 1 0 1 P h o to g r a p h e s: O sw ald R uppen, T h o m a s A n d en m atten S e r v ic e d es a nnonces:
Publicitas SA, av en u e de la G are 1951 Sion, tél. 0 2 7 /2 1 2 1 1 1 S e r v ic e d e s a b o n n em en ts, im pression: Im primerie Pillet SA A venue de la G are 19 1920 Martigny 1 Tél. 0 2 6 / 2 2 0 5 2 A bon n em en t: 12 mois Fr.s. 55.-; étran g er Fr.s. 6 5 - Elégant classeur à tringles blanc, p o u r 12 num é ro s Fr.s. 1 5
-Ont collab oré à c e numéro:
Ariane Alter, Brigitte Biderbost, Jean- Marc Biner, A m and Bochatay, Ber nard Crettaz, Françoise de Preux, D épartem ent de l’instruction publi que, X anthe FitzPatrick, Jocelyne G a gliardi, Kurt Grünwald, Stefan Lag- ger, Inès Mengis, Edouard Morand, Marie C laude M o r a n d , Ursula Oggier, Jean-M arc Pillet, Lucien Porchet, Pascal Thurre, Michel Veuthey, Gaby Zryd.
La reproduction de textes ou d ’illus trations est soum ise à autorisation de la rédaction.
C ouverture:
Le Bietschhorn vu de Bürchen P hoto: T h o m a s A n denm atten.
Tout est si près de nous
Le p a s s a g e d ’u n e a n n é e à l’a u tr e a é té e n d e u illé p a r les m o rts
d u tr e m b le m e n t d e te r r e d ’A rm é n ie , p a r les m o rts d e l’avio n
s a b o té d e L ockerbie, p a r la d e s tru c tio n e n vol d e d e u x c h a s s e u r s
libyens, p a r le d é c è s d e l’e m p e r e u r Hiro-Hito...
Le p a s s a g e d ’u n e a n n é e à l’a u tr e a é té ensoleillé p a r la v a g u e
d e solidarité q u ’a p r o v o q u é e la c a ta s tr o p h e a r m é n ie n n e , p a r
d e lég ères d é te n te s d a n s p lu sie u rs rég io n s tro u b lé e s d u m o n d e ,
p a r la libération d e d e u x fillettes...
D e u x visions d u m o n d e !
M ais n o u s n e p e n s o n s q u e les p la te a u x d e la b a la n c e soient
e n équilibre. U n e tr o p g r a n d e p a rtie d e la p la n è te vit d a n s
l’o m b re , d e la m isère, d e la h a in e , d e l’injustice... D e p u is
q u e lq u e s d é c e n n ie s d ’e x p a n s io n m é d ia tiq u e , n o u s n e l’ig n o ro n s
plus. Les é n o r m e s d ifféren ces d e s itu a tio n s h u m a in e s n o u s so n t
q u o t id i e n n e m e n t e x p liq u é e s et c r û m e n t illustrées. Q u e n o u s
les r e s s e n tio n s p r o f o n d é m e n t o u q u e n o u s n o u s e n d é t o u r
nions, t o u te vie e n est m a r q u é e , c h ez n o u s aussi. Ç a n o u s s o u d e
d a v a n ta g e à ce m o n d e si divers o ù les c o n c e p tio n s d e vie les
plu s é t o n n a n t e s n o u s s o n t révélées.
N o tre r e v u e n ’a p a s les m o y e n s d e m a n ife s te r ce t a t t a c h e m e n t
à la c o m m u n a u t é h u m a i n e la p lu s large... Elle est n é a n m o in s
c o n s c ie n te d e ce qui la relie à elle e t c ’est d a n s u n esp rit fra te rn e l
q u ’elle c h e r c h e à r e p r é s e n t e r le Valais, c e tte t o u te p e tite ta c h e
s u r la m a p p e m o n d e . Et, d a n s ce m ic ro c o s m e local, elle s ’e x e rc e
d é jà à r a p p r o c h e r d e s h o m m e s et d e s f e m m e s q u ’u n e rivière
p a rfo is s é p a r e p lu s q u e l’o c é a n q u a n d elle c h a rrie la m y o p ie
d u c œ u r e t la p e titesse d e l’esprit. N o u s e s sa y o n s d e la n o y e r
d a n s u n e vision p lu s a m p le e t g é n é r e u s e d e la réalité. A p p o r te z
d e l’e a u à n o tre m oulin.
SOMMAIRE
Editorial
10
J a c q u e s G la ssey , p eintre
C hoix culturels
M émento culturel - K ulturm em ento
12
Poésie
14
Notre patrimoine culturel
14
Musique: Lieder et airs tziganes au Petithéâtre, Sion
1 6
Philippe Ecklin
1 6
Jacq u es Glassey, «l’hom me, unique objet»
20
Musées cantonaux: quel avenir?
24
M usée d ’h isto ir e et d ’e th n o g r a p h ie
Nature
Les Follatères - G randeur Nature
32
Prémices du printemps
34
Fouillis
36
B eauté de l’hiver
37
Tourisme et loisirs
Nouvelles du tourisme valaisan
42
De notre terre
Au pays de Goethe
43
Wallis im Bild
Sir Ernest’s Eyrie (Part one)
46
Ferienregion Biirchen
47
Aus der B undeshauptstadt - Am Rande verm erkt
52
Tourismus in Schlagzeilen
53
Das Oberwallis und die Universitäten
54
Kulturgüterschutz
56
Repères d’information
Le bloc-notes de Pascal Thurre
57
Potins valaisans - Vu de Genève
60
Détente
Livres
61
O rthographe publique
62
Mots croisés - résultats du concours de Noël
62
Courrier du lecteur
62
P U B L I É P A R L E C O N S E I L V A L A I S A N D E L A C U L T U R E E T 1 3 É T O I L E S
M EM ENTO
II
w
KULTUR —
C IÌU U R E L B■V MEMENTO
M IT T EIL U N G D E S W ALLISER K U L TU R R A T E S U. D E R Z E IT S C H R IF T 13 É T O IL E S
Rencontres-Conférences
Tagungen - Vorträge
1 SIERRE I Hôtel de VilleLes rêves, leur sign ification
(2e partie) p a r B ernard Sartorius 2 février, 20 h
Initiation à la dég u sta tio n
p a r Axel Maye 15 février, 20 h - 22 février, 20 h C iném a Le Bourg A ustralie, un autre m on d e p a r Jac q u e s Villeminot 20 février, 20 h 30 I C R A N S -M O N T A N A | Le R égent E xpérien ce de Dieu p a r A ndré Frossard 1er février, 20 h 45 I SIO N I C iném a Arlequin A ustralie, un autre m on d e p a r Jac q u e s Villeminot 14 février, 20 h 30 1 MARTIGNŸH C iném a C asino A ustralie, un autre m on d e p a r Jac q u e s Villeminot 13 février, 20 h 30 I m o n t h e y ! C iném a M onthéolo A ustralie, un autre m o n d e p a r Jac q u e s Villeminot 21 février, 20 h 30
Poésie - Chanson_____
Gedichte - Lieder
I SIE RRE I S acocheEntr’a cte avec P eter Wyssbrod,
h u m o u r 10 et 11 février, 20 h 30 A le x a n d r e Révérend, chansons 2 4 février, 20 h 30 I M A R T IG N Ÿ ] C aves du M anoir G e o rg es C he lo n , chansons 9 février, 20 h 30
A llain Leprest, chansons
16 février, 20 h 30
S a brina O., chansons
23 février, 20 h 30
Musique - Danse
Musik - Tanz
I Z ER M A TT 1A lexander Seiler Saal
F e stiv a l Strings
3. Februar Pfarrkirche
Konzert für P an flöte und Orgel
14. Februar
I LO ÈC H E-LE S-B A IN S |
N ouvelle maison d ’école
Q uatuor S in e N o m in e
17 février, 20 h 30 I SIE RRE I
Eglise Sainte- C atherine
Flûte de Pan et orgue
p a r U rban Frey I I février, 20 h 15 Hôtel de Ville Q uatuor S in e N o m in e 16 février, 20 h 30 Eglise Sainte-Croix C o ncert spirituel C h œ u r Polyphonia,
solistes et ensem ble instrum ental Direction: Michel V euthey 18 février, 20 h 15 I M O N TA N A I Eglise catholique
N e w World Q uartet de Harvard
Œ u v r e s de H aydn et S chubert 10 février, 20 h 45
I C R A N S I
G ran d e salle du R égent
C a m era ta du M ozarteum de S a lzbourg
Œ u v r e s de H aydn, Berg, Mozart Direction : S a n d o r Vegh
17 février, 20 h 45
T h e r e sa B erganza, so p ran o N ik ita M agaloff, piano
Œ u v r e s de H aydn, M oussorgsky et G ranados 2 4 février, 20 h 45 I VER N A Y A Zl Eglise paroissiale C o ncert spirituel C h œ u r Polyphonia,
solistes et ensem ble instrum ental Direction: Michel V euthey Œ u v r e s de Carissimi et B uxtehude 19 février, 16 h 30
1 SIO N I
T h éâtre de Valére
Q uatuor T a lic h et J o s e f Suk, violon
Œ u v r e s de Mozart, Ja n acek , D vorak
26 février, 17 h
ISALVAN I Eglise paroissiale
V o ïco u V asin ca, D a nièle T h o m a s
Flûte de Pan, flûte traversière, orgue et clavecin
Œ u v r e s de Veracini, Bach, G eanalin
11 février, 20 h 30 1 SAINT-MAURIC E | G ran d e salle La C ha u v e-so u ris O pérette de J o h a n n Strauss, c h œ u r et solistes, ballet et orchestre du T h éâtre de Munich 2 février, 20 h 30
Lucie de L am m erm oor
O p éra de Donizetti
p a r l’O p éra d ’Etat de G dansk
27 février, 20 h 30
Théâtre - Cinéma
Theater - Filme
I SIE RRE I La S acoche
Kir royal pour bulles à bord
p a r Nicole Calarne, Marie Tripier et A nne Salam in 18 février, 20 h 30 I CR A N S-M O N T A N A Le Régent Dimitri, clown 23 février, 20 h 30 I SIO N I C iném a Arlequin Lola de Jac q u e s Demy 7 février, 20 h A elia de D om inique de Rivaz F reaks de T od Browning 21 février, 20 h I SAINT-MAURICE | G ran d e salle Les 7 m ir a c le s de J é s u s
avec Henri Tisot
R igueur ou fa n ta isie
I m o n t h e y ]
G ran d e salle
Inventaires
de Philippe Minyana
avec Judith Magre, Edith Scolb, Florence Giorgetti et H élène Force 16 février, 20 h 30
G rande salle
La M anivelle, et A bel et B ela
de R obert Pinget avec Je a n -P a u l Roussillon et Michel A u m o n t p a r la C om édie Française 22 février, 20 h 30
Arts visuels
Visuelle Künste
BRIG 1 Klubschule Migras O r d in a tœ u v res —- 10. MärzMontag-Freitag, 8-12 Uhr, 13.30-22 Uhr
N A T E R S I
K unsthaus Z ur Linde
A m bros Roten, Öl, Aquarell, Grafik
13. F eb ruar —- 7. April M ontag-Freitag, 14-18 U hr
1 L O ÈC H E-LES-B A IN S |
C entre culturel S ain t-L aurent
Rainer S toltz, peintures et dessins
—- fin février
I SIE RRE I
Maison de C o u rte n
Bertrand Rey, photographies
19 février —- 12 m ars
I MONTANA I
Galerie Annie
Jean Roll, huiles
4 février —- 31 mars Lundi-samedi, 15-18 h 30 I CR A N S I Le Régent 2e S a lo n d es antiquaires 3 —— 15 février Lundi-vendredi, 15-21 h Sam edi-dim anche, 11-21 h
Louvel, photos Inca, peintures
17 — 28 février Lundi-vendredi, 14-19 h Sam edi-dim anche, 14-20 h Galerie de l’Etrier M ichel O y h a rc a ba l Peinture figurative —- 28 février I SIVIEZ-NENDAZ | Résidence R osablanche
Jean-D aniel Maret et Jean-M arc T h ey ta z
Huiles, aquarelles ~~ 2 avril
Tous les jours, 8-22 h
A la fin de l’a n n é e dernière, les Valai- sans o n t appris avec fierté q u ’un m aître des classes d ’application de leur Ecole norm ale avait gagné le ch a m p io n n a t du m onde d ’o rth o g rap h e française. C o m me cela se passe à c h a q u e victoire de Pirmin Zurbriggen, c ’est le canton to u t entier qui se sentit hon o ré p a r la com pétence, la volonté et les efforts d ’un seul...
U ne petite cérém onie m a rq u a l’é v én e m ent, p e rm e tta n t au chef du D é p a rte m ent de l’instruction publique, M. B er nard Comby, de féliciter le vainqueur. D ans sa réponse, M. Francis Klotz é v o q u a la longue préparation dont cette victoire était le fruit, et p résenta un plaidoyer passionné en faveur de l’o r thographe. Les journalistes présents rendirent co m p te de l’événem ent. L ’un deux alla m êm e ju s q u ’à citer un e phrase particulièrem ent brillante de l’orateur, mais il la transcrivit avec un e superbe faute d ’orthographe!
Cela nous m on tre la fragilité de nos certitudes. Parm i les connaissances q ue nous utilisons c h a q u e jour, peu subis sent a u ta n t d ’o utrages q u e l’o rth o g ra phe.
Les causes de ces faiblesses sont multi ples. La principale coupable se recon naîtra sans d o ute d a n s notre m anière de travailler: pressés, inattentifs, nous négligeons cette surveillance de c h aq u e instant q u ’exige un e langue où to u t ne s ’écrit p as selon un e simple phonétique. D ans un pays com m e la Suisse, la confusion entre deux usages différents engendre aussi de n o m breuses erreurs: on le constate en particulier d an s la m anière d o n t on abrège les mots, un d o cteur ro m a n d se co n te n ta n t des deux lettres extrêm es du mot, tandis q u ’un H err D oktor devra y ajouter un point. Le plus souvent, ces confusions p ro viennent de l’ignorance de certaines règles, et de l’oubli de ce q u ’u ne école tro p lointaine avait p o u rta n t gravé soi gneu sem en t en nos mémoires. Q uel quefois, l’erreur naît d ’un désir incons cient d ’être à la h a u te u r de la difficulté: cela se produisit récem m en t d an s cette
1 SIO N I
G ran d e-F ontaine
D o n a tie n n e T h é ta z
Peintures, huiles
Karen Gulden
C éram iques, sculptures 3 — 25 février Mercredi-vendredi, 14 h 30-18 h 30 S am edi-dim anche, 14-17 h Maison de la Diète A n n ie C hristy, tapisseries 4 —- 26 février M ardi-dimanche, 14-18 h Ecole-club Migras
K ate Roduit, papier plié et découpé A lbain B la n c h e t, sérigraphies
— ■ 28 février
Lundi-vendredi, 8-12 h, 13 h 30-22 h
m êm e page, q u a n d un ty p ographe zélé affubla d ’un h m alencontreux le m ot «étymologie», tro p sav an t sans doute p o u r ne p as mériter à ses yeux q uelque difficulté supplém entaire.
L’observation attentive des m ots qu e nous lisons, un effort p o u r rafraîchir de te m p s à a u tre nos connaissances p a s sées, et surto u t un e vigilance constante au m o m e n t où nous écrivons, telles sont les règles banales qui p eu v en t nous p erm ettre d ’éviter tou te erreur.
Certes, d an s u ne é p o q u e où le laisser- aller se confond souvent avec la liberté, en un e a n n é e où nos voisins français célèbrent l’abolition des privilèges et la victoire de la rue, un c o u ra n t assez fort se manifeste p o u r l’a b a n d o n des s a v a n tes règles de la gram m aire et de l’o rth o graphe, accessibles aux yeux de certains à u ne petite élite. Ils p rô n e n t une écriture p u re m e n t phonétique, sans es sayer d ’im aginer les constantes co nfu sions q u ’un tel systèm e engendrerait. Observez, m a in te n an t déjà, certains te x tes p a ru s d an s la presse, en vous limitant à la simple ponctuation: c o m bien d ’imprécisions nées d ’u n e virgule oubliée!
Les puristes apprécient un e page co r rectem ent écrite, com m e on goûte le c h arm e d ’un e maison pro p re et bien entretenue. Mais, com m e l’a fort bien souligné Francis Klotz, un e bonne o r th o g ra p h e va b eau co u p plus loin: elle est signe de rigueur intellectuelle, de pensée claire, de précision et de logique, en un mot, elle révèle u n e form e d ’h o n nêteté, et, en m êm e tem ps, elle constitue u n e m a rq u e de respect envers le desti nataire d ’un écrit.
Et q u ’on ne vienne pas van ter la liberté totale a u nom de la fantaisie, car le respect de l’o rth o g rap h e n ’a jam ais em pêch é un bon écrivain d ’être drôle...
M ich el V eu th ey
A n n o n c e z p a r écrit to u tes vos m a n ifestations culturelles et folkloriques p o u r le 10 d u mois d e p a ru tio n , à l’a d r e ss e su iv an te:
M é m e n to cu ltu rel DIP, Service adm inistratif, R aw yl 47, 1950 S ion
1 SIO N I
R ue de l’Industrie 13
C o lle c tio n s d e s S e r v ic e s industriels de S io n
— 2 février
Lundi-jeudi, 7 h 30-12 h, 13 h 30-18 h Vendredi, 7 h 30-12 h, 13 h 30-17 h 30
I MART1GNY |
Fondation Pierre-G ianadda
Le peintre et l’a ffic h e
—- 26 février
Tous les jours de 10-12 h, 13 h 30-18 h Ecole-club Migras
Léonard-Pierre C losuit
P h o to s et films su r l’Islande —- 10 m ars
Notre patrimoine
culturel
POÉSIE
VIGNERON
(Aux vignerons
valdôtains, valaisans, vaudois)
Salut à toi, vigneron!
Ici la maigre terre
est une p eau de bronze
à la moraine ancienne de ton monde.
Et toi, sur cette pierre
tu as bâti la treille de ton vin,
forgeron de la terre!
Tu l’as pétrie dans la sueur,
et avec le sang
d e la blessure ancienne de tes mains.
Et tu enfantes chaque jour
par ton labeur sans fin,
cette vigne trop avare de son vin.
Oui, vigneron.
Je sais que le plaisir
de boire ce vin
qui fait chanter
-m e vient de tes souffrances répétées.
Je bois ta vie, vigneron.
A ta santé!
Tiré de A l’o ré e du tem p s d ’Am édée Bertolin
Le bois, le plus familier de nos m atériaux, possède un nom bre incroyable de propriétés. T o u t a u long des siècles il a fourni chauffage, outils, nourriture et abri. Il a servi a u ta n t le talent de l’artisan, du charpentier et du constructeur qu e celui de l’artiste. S on rôle d an s la société, l’église, le droit et d ’autres dom aines est unique.
Le bois s’est fait un e place de choix d an s l’art. A l’aide de ce noble m atériau, les artistes o n t pu s ’exprim er p o u r créer toute la production d ’autels, de saints, de statues, de crucifix, d ’orgues, de stalles, de chaires, de bahuts, de m a sq u es et autres meubles.
Le pont en bois ne relie p as seulem ent, mais développe les villages et la cam pagne. La m aison en bois est agréable et ch aude; son toit de tavillons lui confère un aspect séduisant; à l’intérieur, on tro u v e de beaux m eubles de bois.
Les bâtim ents agricoles, plus ou moins soignés selon leur destination, sont aussi en bois. S ’ils ne présen ten t p as une valeur historique particulière, ils o n t so uvent u ne im portance d o m in an te d an s l’aspect général d ’un site bâti.
D ans le dom aine des techniques, le bois a encore rendu d ’incom m ensurables services. P o u r s ’en rendre c o m p te il suffit d ’év o q u er les moulins, foulons et scies avec leurs engrenages et leurs roues hydrauliques.
Le paysan s’est fabriqué des outils et des objets de bois, plus particulièrem ent p o u r le travail et le tran sp o rt d an s les activités de la vigne et du vin: échalas, brantes, barils, entonnoirs, «fustes», tonneaux... et évidem m ent le pressoir. O n est au jo u rd ’hui conscient du rôle q u ’a joué le bois et on ne discute guère la nécessité de sauveg ard er les tém oins issus de cette substance vitale. Aussi, là où des efforts de conservation aboutissent concrètem ent ce n ’est qu e justice de les signaler. La co m m u n e d ’Eggerberg, soucieuse de laisser à ses enfants q u elques tém oignages de la vie ancestrale, vient de réaliser un petit m usée en m e tta n t particulièrem ent en valeur un gigantesque pressoir à levier avec vis, d até de 1750. P o u r bien m a rq u e r cet événem en t la co m m u n e d ’Eggerberg se signale encore p a r la publication d ’un superbe livre dont le point de d ép art de ses 168 pages richem ent illustrées est précisém ent son pressoir. A cet effet, elle s’est adjointe les services d ’un ethnologue com pétent, M. T h o m as Antonietti, de Viège, qui offre au lecteur un original et p assionnant p arcours à travers la vie quotidienne du village.
Le type de pressoir d ’Eggerberg, d o n t on trouve évidem m ent des variantes, est déjà cité au prem ier siècle après Jésus- Christ. Ces engins de taille, construits to u t en bois, étaient utilisés p o u r le vin, l’huile ou le cidre. Ils o n t peut-être été très ré p a n d u s en Valais. D ’im pressionnants spécim ens subsistent en to u t cas à H érém ence, à Ausserberg, à Lalden et à M und (notre photo).
O n connaît mieux, il est vrai, le pressoir à vis centrale qui est plus courant. L ’un et l’a u tre de ces systèm es s’inscrivent c e p en d an t dans la gran d e famille des presses et pressoirs qui tous ont p o u r fonction d ’extraire un liquide de corps solides: le vin du raisin, l’huile de la noix, le petit-lait du caillé... U ne étude exhaustive sur ces techniques et m écaniques serait u rgente p o u r ne pas perdre un e riche collection de m achines ainsi q ue m oultes connaissances encore bien vivantes dans la m ém oire des gens.
(Deutscher Text Seite 56.) j m b
P R O T E C T IO N DE S B IE N S C UL TU REL S N -A Office cantonal Kant. Amt für K U L T U R G Ü T E R S C H U T Z
P h ilip p e Ecklin
O ise a u p ro p h ète, o ise a u -ly r e , o is e a u lib re!
D es contours nets et précis, mais une personnalité
difficile à cerner... Sérieux, mais cultivant volontiers
l’humour... Ludique, mais abordant g ra vem en t toute
question... Philippe Ecklin est l’h o m m e des paradoxes.
L ’allure décidée, l’œil scrutateur et intense, le sourire
un brin narquois, la dém arche rapide et déliée, il ne
déam bulera plus, serviette à bout d e bras, dans les
rues du Vieux-Sion. S o n activité d ’administrateur a
trouvé son c o u ro n n em en t dans la magnifique réussite
du 2 5 e Festival Tibor Varga. Un départ regretté!
MUSIQUE
L i e d e r e t a i r s t z i g a n e s
a u P e t i t h é â t r e d e S i o n
Le P etithéâtre term inait avec faste sa saison d ’a u to m n e en accueillantles soprani d ’origine valaisanne
(l’un e p a r mariage) Jose tte F o n tan a et Hiroko Kawamichi. P o u r leur récital individuel, elles o n t su choisir les genres de m usique susceptibles de faire ressortir à leur av a n ta g e leur grande différence de timbre, de style et de te m p éram en t. D ans trois Lie
der de Schubert, H iroko Kawamichi
dévoile des aigus tra n sp a re n ts et pleins, un registre m édian moelleux et su rtout un e expressivité très affi née (G anym ed) alliant douceur, légè reté, vivacité et véhém ence. S a dic tion est claire et son timbre s ’affirme plus puissant q ue lors de ses derniè res prestations valaisannes. Trois pièces de C hausson, d o n t l’ineffable
Colibri, tout de nostalgie a m o u
reuse, et la triste C h a n s o n perpé
tuelle, ainsi q u e deux pages italien
nes com plètent le récital: La D anza de Rossini, enlevée avec volubilité et énergie, et l’air de La B o h è m e , Mi
C h ia m a n o Mimi, de Puccini, à
l’am ple dessin m élodique tracé par l’interprète avec u ne to u c h a n te d e n sité émotionnelle.
Le timbre plus charnu, plus m û re m e n t ép anoui de Jo se tte F o n tan a trouve son climat d an s les C h a n ts
t z ig a n e s de B rahm s et dans les C h a n s o n s tz ig a n e s de Dvorak,
ch antées en tchèque. La sop ran o en souligne avec générosité les inces san ts contrastes, les scansions et les impulsions rythm iques em p ru n tées à la m usique populaire. Elle est parti culièrem ent à l’aise d an s les in can descents déploiem ents et d an s les chaudes graves teintées de sen su a lité.
L ’éclatant contraste form é p a r les deux artistes ajoute du pim ent à la soirée! M enue et brune, l’un e est tou te délicatesse et c h arm e mutin! Sculpturale, pulpeuse et solaire, la seconde incarne la séduction! E n semble, elles interprètent avec un m ê m e sens de la phrase, mais certai nes différences d an s l’expression, cinq Lieder de M endelssohn. Leur drôlerie, leur virtuosité scénique et leur abattag e subjuguent d an s La
R eg a ta v e n e z ia n a de Rossini, où les
divas évitent le piège de l’exagération vocale, et d an s La P esca, du m êm e Gioacchino... Elles déploient d ’irré sistibles grâces félines et m in au d e ries... de voix d an s le non moins irrésistible d uo Les C hats, de R os sini, bien sûr! U n régal p o u r les yeux et les oreilles.
Au piano, Fabienne Théodoloz a tiré le meilleur d ’un instrum ent plutôt m onochrom e!
Bi
Sa distinction naturelle et sa
finesse attestent son a p p a rte
nance à l’une des plus anciennes
familles aristocratiques protes
tantes de Bâle.
M arqué dès son plus jeune âge
par une rigoureuse éducation
calviniste, Ph. Ecklin est d ’une
exigence difficile à satisfaire. Sa
vive intelligence et certaines affi
nités le portaient vers des études
de pharm acie; ses dons artisti
ques et un climat familial propice
ont orienté différemment sa tra
jectoire. Virtuosité de chant, con
certs, activités musicales diverses
l’am èn en t à assum er l’adminis
tration du Festival Varga; une
tâche ardue q u ’il vient d ’a b a n
donner après trois ans d ’activité.
L’expérience festivalière
La com pétence unanim em ent
reconnue de Ph. Ecklin et son
expérience du m onde musical
ont permis aux trois dernières
éditions de se dérouler sans
heurts et à celle du 25e anniver
saire de revêtir tout le faste
souhaité!
«Je
suis
heureux
d ’avoir collaboré au festival et
heureux de repartir! Il n ’y a pas
eu un m om ent où je n ’ai éprouvé
de plaisir! La qualité artistique
et l’am pleur du festival n ’ont
cessé de croître. Je n ’ai peut-être
pas réalisé tous mes objectifs,
mais la qualité de la promotion
m e semble meilleure q u ’il y a
trois ans. D ’autres progrès sont
certainem ent sensibles, mais le
m an q u e de recul q u ’impliquent
mes responsabilités à tous les
niveaux du festival com prom et
m a lucidité. C ’est aussi volontai
rem ent que je n ’ai pas pris de
recul lorsque je le savais difficile
à prendre! Car, pour m ener un
tel festival, les motivations doi
vent être définies en fonction de
nom breux critères: le passé, les
soucis financiers, l’identité de la
ville et les appétits frénétiques
des festivaliers. En effet, la su r
abondance de manifestations si
milaires doit sous-entendre un
certain dém arquage. Si je ne me
suis pas avancé davantage, c’est
q ue m a politique est plutôt d ’ac
tion à long terme, et aussi que
je n ’ai jamais constaté une dispo
sition à prendre des risques! Et
l’on ne sait exactem ent qui est,
en matière culturelle, l’interlocu
teur politique assum ant les pré
occupations d ’une ville par ail
leurs trop petite pour avoir une
identité culturelle! Je doute fort
q u ’aucun élu se soit jamais posé
la question! Ils ont d ’autres p ré
occupations et ont raison de les
avoir. Mais lorsque je vois
com-...l’œ il sc r u ta te u r et in te n se
m ent se définissent les intérêts
dans d ’autres domaines, je p ré
fère me retirer de la place...
La crise existentielle qu e je tra
verse en ce m om ent provoque
une remise en question et me
conforte dans m a décision. J ’ai
profondém ent envie de vivre ce
«passage». C ’est incompatible
avec les exigences du festival.
Aussi ai-je choisi!... « J ’ai pris
m on travail d ’administrateur très
au sérieux. Certes j’ai été surpris
de trouver le festival aussi fragile
structurellement et financière
ment. J ’ai dû ad apter ma ligne
aux structures existantes; une
adaptation im portante qui deve
nait un effort. C ependant, g ran
des ont été mes satisfactions: j’ai
été m agnifiquem ent soutenu par
mes
collaboratrices
Claudine
Kuffer et Liliane Martin qui ont
réussi à me supporter et ont très
bien compris mes intentions. El
les ont contribué à créer une
atm osphère à laquelle beaucoup
n ’ont pas été insensibles. Colla
borer avec des bénévoles et des
professionnels a été un plaisir et
j’ai vécu certains m om ents privi
légiés avec les artistes. Toutefois
le bénévolat s’épuise. Il coûte du
temps, de l’énergie et de la dispo
nibilité d ’esprit. Un travail rém u
néré gagne en qualité de co m p é
titivité et cette dernière sélection
ne... Le bénévolat n ’a pas assez
de punch! Pour être compétitif,
il faut savoir s’exprimer en fonc
tion d ’un festival qui accueille
des professionnels. Le profes
sionnalisme engendre la sécuri
sation.» Ph. Ecklin avoue des
soucis pour l’avenir: «Il faut aller
plus loin! Le festival a été p ro
fondém ent m arq u é par Me Tibor
Varga; il faudrait m aintenant
q u ’il élargisse sa motivation pour
que l’institution ne se sclérose
pas.» Un v œ u ? - «Des sous, des
sous, des sous... des moyens
financiers
reflétant
un
plus
grand engagem ent de la part des
pouvoirs politiques afin de p o u
voir engager des gens...»
La vie m u sicale v alaisanne
«Habitué du Valais, je ne la
connaissais cependant pas du
tout avant m on arrivée. Elle me
paraît suffisante pour le Valais:
chœ urs, fanfares, conservatoire
pour la formation, rep résenta
tions de ballet, concerts, orches
tres d ’am ateurs et les «locomoti
ves» que sont l’Académie d ’été
et la Fondation Gianadda avec
laquelle j’ai collaboré. C e p e n
dant, je sens cette vie à la recher
che d ’une conviction. Il ne s ’agit
pas d ’un m an q u e de motivation
de la part de ceux qui la font,
mais d ’une manifestation du cli
m at de crise aiguë qui domine
l’Europe et qui am èn e à prati
quer la culture pour la culture.
La vie musicale existante tém oi
gne d ’un besoin de se regrouper
«entre nous», car un certain
isolement force au regroupe
m ent; ainsi la politique d ’accueil
en matière de musique se heurte
à un scepticisme né de la trop
longue privation d ’apports exté
rieurs. Les Valaisans devraient
se méfier de l’autosatisfaction
dans les domaines politique, éco
nomique, musical...! Pourquoi ne
pas organiser, par exemple, une
semaine valaisanne à Lausanne
susceptible de faire naître l’inté
rêt pour des échanges musicaux
intercantonaux?
La
situation
tend cependant à évoluer: on
sort davantage, la curiosité s’ai
guise et nourrit l’espoir d ’une
amélioration.
On constate une prise de cons
cience des lacunes à combler. On
forme des professeurs, des élè
ves... C ’est une question de
temps. La musique classique est
liée à un problème d ’éducation...
Absorbé par «mon créneau», je
n ’ai pas eu le tem ps de m ’intéres
ser à la vie musicale dans son
ensemble. Je n ’ai pas observé de
phénom ène de saturation provo
qué par le festival. Celui-ci p o u r
rait se concevoir de deux façons:
un festival au sens étymologi
que, soit un m axim um de festivi
tés en une période très courte,
ou, com m e actuellement, un é ta
lement de manifestations rép on
dant à d ’autres exigences. Le
public valaisan est très attentif,
respectueux; les artistes sont ré
gulièrement frappés par sa q u a
lité d ’écoute. A. Charlet en a été
si émerveillé q u ’il a choisi Sion
pour l’organisation des «Schu-
bertiades » 1990. Le Valais, au
fond, est très culturel, mais trop
unilatéralem ent développé par
un nivellement institutionnalisé.
Tout le m onde connaît Bach!
Q uant à la formation musicale,
elle doit être toujours plus pous
sée. Le critère artistique n ’est
plus seul déterminant. Les exi
gences actuelles sont telles q u ’un
artiste
norm alem ent
doué
n ’ém ergera q u ’en faisant valoir
son ambition de réussir par ra p
port à un système économique.
Le talent doit être exploité, mais
il ne suffit plus actuellement... et
il y en a beaucoup!»
L’im passe de la vie m usicale
«La vie musicale est dans une
impasse. Je le constate comm e
interprète, organisateur, audi
teur. C ’est une de mes grandes
préoccupations. Existe-t-il de vé
ritables vocations pédagogiques
susceptibles de donner le goût
de la m usique? Tibor Varga sait
m ontrer toutes les possibilités à
ses élèves et leur indiquer la voie.
A eux de voir ce q u ’ils veulent
en faire. La voie est juste; il faut
prendre des risques, mais a d a p
tés à ce qu e chacun peut assu
mer. Dans les conservatoires, la
sélection devrait être plus sévère.
De plus en plus, on fait de la
m usique un «must», un objet de
consomm ation; le solfège de
vient un «passage obligé». Par
contre, on est «à sec» au niveau
de la créativité. C ’est l’impasse
totale, totale, totale! La culture
musicale c’est d ’abord apprendre
à écouter; c’est aussi la conjugai
son d ’un certain nom bre de con
naissances plus une bonne dose
de générosité. La musique est
devenue bruit de fond, l’oreille,
trop sollicitée, se fatigue, il y a
saturation sonore. Ecouter signi
fie se m ettre dans un climat de
réceptivité en face de soi-même
pour se situer. Je ne peux pas
écouter une oeuvre de musique
sans penser à moi d ’abord. Mais
au jo urd’hui on a peur de se
rem ettre en question! La musi
que est simple, directe et suffi
sante en elle-même. Elle est
m alheureusem ent souvent mise
au service d ’autres finalités: le
commerce, la médiatisation, l’o r
gueil humain, l’ambition... On se
sert soi-même et non plus la
musique.
Il n ’est pas besoin de co m p ren
dre la musique. Elle peut être
très instinctive. Je connais beau
coup de musiciens à la recherche
d ’expériences très intéressantes
sur le plan de la créativité. Leur
intelligence est plus intérieure
m ent intuitive que rationnelle;
c’est le cas de 85% des c h a n
teurs et ce sont les plus intéres
sants.»
Ph. Ecklin restera dans le do
maine musical. Il pense redonner
quelques concerts... «Je fais con
fiance à ma bonne étoile! B eau
coup de choses extraordinaires
sont venues à moi sans que je
les sollicite. Ma vie m ’a toujours
souri à travers des concours de
circonstances qui éch ap p en t à
toute analyse. Le meilleur horlo
ger s’y perdrait! Mais j’en suis
conscient et reconnaissant! ...Et
puis, je reviendrai en Valais que
j’adore et au festival. En audi
teur!»
Bi P h o to s: O sw a ld R uppen P h ilip p e E cklin
P h ilip p e E cklin:
p r é s e r v e r la lib e r t é e t la c r é a t iv ité
«Les contraintes, on les choisit ou on les subit: je suis libre de m e m ettre les m e n ottes au x mains!... J e lutte sans cesse p o u r préserver u ne certaine liberté d ’esprit, d ’action, de pensée, de m œ urs. Lorsque j’ai le sentim ent de m ’en a p p ro c h e r - on n ’y parvient jam ais to u t à fait et on la paie très cher - c’est p o u r moi le signal d ’alarm e d ’un e décision à p rendre p o u r aller plus loin... J ’ai aussi u n souci p e rm a n ent de lucidité q u a n t au point de d ép art et d ’arrivée d ’u n choix, le souci de m e situer p a r ra p p o rt à ces points. U ne liberté artificielle acceptée com m e telle dès le d ép art s’use très vite; elle n ’évolue plus, ne m ’ad h è re plus et en g en d re la liberté d ’aller plus loin... au-delà... en renonçant. C ’est u ne justification de m on départ... Un peu compliqué! Mais ce qui m ’intéresse d an s les êtres c’est l’aspect p sy c h a n a lytique! Le c h a n t est un e p sy c h a n a lyse, un révélateur intransigeant: il n ’existe a u c u n m é diateur entre vous et le public. Je n ’ai pas l’am bition de faire u n e carrière de chanteur.» Ph. Ecklin a d o n n é des concerts au Glynd- b ou rn e Festival, à Montevideo... «Mon plus g rand désir serait de ch a n te r l’air d e la Passion selon saint Mathieu
E rbarm e Dich ! Le c h a n te u r est le plus
m a lm e n é des interprètes d an s l’im passe m usicale actuelle. O n lui d e m a n d e de plus en plus de m o n tre r ses tripes, ses nerfs, sa vulnérabilité. O n est en train de fausser co m plètem ent la vocation.» Ph. Ecklin se dit très pessimiste, anim é d ’un négativisme constant... visant à atteindre des c o n clusions positives, constructives!... 11 se dépeint lucide «l’analyse consciente des év énem ents de m a vie p ro voque la clairvoyance, en qu elq u e sorte la création anticipée», ludique «on peut se d e m a n d e r si le festival, la vie, ne sont pas un jeu!», capricorne «je ne crois q u ’en moi» ...et capricieux «j’ai m e la G rande-B retagne, u n caprice». Et peu lui ch a u t q u ’on l’accuse de sentim entalism e: «N ’im porte quel o b jet en discussion doit avoir u n e âm e, être habité p a r le sentim ent. Les diffi cultés auxquelles j’ai été confronté m ’ont d o n n é raison de ne pas être opportuniste. T o u t projet doit conser ver u ne dim ension hum aine. J ’aim e ce qui est fragile, tout en visant la solidité
des choses. Je suis sensible à la
vulnérabilité liée à un degré élevé de réceptivité qui favorise les vrais c o n tacts.» G ran d a m a te u r d ’art, Ph. Eck lin est fin connaisseur en peinture. Il av oue u n e prédilection p o u r l’abstrac tion lyrique: Poliakoff, Klee... «Le surréalisme, en poésie com m e en pein ture, est un jeu qui m ’irrite p ro fondé
m ent; il lui m a n q u e le co urage d ’aller ju s q u ’a u bout!» En sa qualité de c h a n teur, il se dit aussi bien tou c h é p a r la plénitude de Bach q u e p a r l’aspect visualiste de Puccini ou l’a b o n d an ce parfois envahissante ju s q u ’à l’é c œ u re m ent de Richard Strauss, ou encore p a r Monteverdi ou Ravel... «Il n ’y a plus d ’espoir p o u r les créateurs. C e r tains veulent créer, mais ce n ’est qu e de la répétition, du plagiat. La science, les m édias et le d év eloppem ent de l’intelligence font q u e l’on arrive en to u t à u n e synthèse. L ’analyse et la com préhension ne laissent plus de place p o u r l’originalité, la nouveauté. Tout a été dit, on fait le to u r de tout! P a r notre système écono m iq u e et social qui sensibilise d a v a n ta g e à la quan tité q u ’à u ne petite différence, à une particularité difficile à faire valoir car elle est inconsom m able, on arrive a u nivellement, à la banalisation. T out devient ordinaire. O n com p en se cet ordinaire p a r u n e originalité gratuite qui passe p o u r de la création : c ’est le vide d e v a n t l’uniformité, o n tu e les identités. T outes les sociétés ren co n trent les m êm es problèmes. L’h o m m e va se retrouver en face de lui-m ême et ce sera la claque! C eux qui sont conscients sont encore plus blâmables. U n inculte, qui ne connaît p as les références, n ’a plus le droit d ’écrire. C réateur, c’est la profession la moins
recom m an d ab le actuellem ent, à
moins d ’être privilégié et d ’éc h a p p e r à toutes les règles! Certains, m ê m e d é p o urvus de talent, s ’en sortent grâce à leur am bition dém esurée; le système fait q u ’on les adopte. Le patrim oine culturel de dem ain, quasim en t nul, sera confondu avec des réalisations typiques de notre société liées aux problèm es économ iques, au x p h é n o m ènes politiques et scientifiques et a u x réalités industrielles. La notion d ’esthétique m usicale ou picturale a u ra disparu. P o u r renverser cette situa tion il faudrait p rendre conscience q ue d an s b eau co u p d ’évolutions il y a une trop gran d e p art de raisonnem ent qui nuit à l’instinctif. P o u r atteindre le bien-être absolu, il fau t un e com plé m entarité d an s tou te chose. Le sys tè m e actuel im plique trop de spéciali sation d an s c h a q u e dom aine, spéciali sation nécessitant d ’en explorer d ’a u tres dont la m éconnaissance co m p ro m et la com plém entarité. En Valais, la créativité reflète le visage du canton, ses m ontagnes, son climat. La vie en Valais m a n q u e de fantaisie. Le Valai- san est élevé d an s le respect des principes. Il est difficile d ’être artiste en Valais.»