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13 étoiles : reflets du Valais = Wallis im Bild = Treize étoiles : reflets du Valais = Wallis im Bild

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Academic year: 2021

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(1)

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(2)

Centre de sports d ’hiver dans le Valais pittoresque - Téléférique, 3 Monte-pentes - Ecole de ski - Patinage Curling - Hockey - Luge.

C H E M I N D E F EH A I G L E - OLLON - M O N T H E Y - C H A M P E K Y

N ouvelles autom otrices rapides et confortables

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H o m e - E c o le « E d e n », p e n s io n p o u r f ille tte s e t g arço n s d ès 3 ans. H o m e - E c o le J a c c a r d , C h a l e t d e la F o r ê t, p o u r e n fa n ts j u s q u ’à 10 ans. H o m e d ’e n f a n ts « J o li- N id » V a c a n c e s id é a le s p o u r e n ­ fa n ts d e 3 à 12 ans. P e n s io n n a t J u a t (N y o n ), co u rs d e v a c a n c e s , h iv e r e t été à C h a m p é r y . I n s t i t u t « M o n n iv e r t » ( S a in t- P r e x ) , co llè g e in t e r n a t io n a l d e g a rç o n s d e 9 à 19 ans. H o m e - f a m il le p o u r e n f a n ts S t- G e o r g e s , M m e A v a n th a y .

A partir du 5 janvier, vous bénéficierez des tarifs les plus réduits.

Accès à la belle région de Planachaux par L E T E L E F E R IQ U E E T LES 3 SKI-LIFTS Arrangements pour sociétés

(3)

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'Dœcances tuezoeLUeuses à

D u soleil D e la bonne neige

Skilifts — Patinoire

C entre de sports d ’hiver offrant de nombreuses possibilités NOUVEAU : L E SENSA TIO N NEL

T É L É F É R I Q U E L A N G E F L U H

1800 m. - 2450 m. — Pistes balisées

■ Ecole suisse de ski — Route automobile — Autocars postaux — Chalets à louer ( R o u te a v e c p r o te c ti o n s )

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MORGINS

8 heures de soleil _Lv J L X _ J 7 _U_ J L _L n k _ v N eige ju squ’en avril 1 4 0 0 -2 2 0 0 m.

par A i g l e (ligne du Sim plon) - M o n t h e y - M o r g in s

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C~[séléski

-

siège ?n dczbcau

Centre de ski réputé. A 75 km. de Genève et 71 km. de Lausanne. 30 différentes excursions à ski. 5 pistes balisées. Ecole suisse de ski. Patinoire de 8000 m 2, hockey. Luge. Cabanes de Savolaire

(CAS) et Chermeux (ESS).

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~Oos vacances il’ftioez inoubliables

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ZERMATT

1620 le centre idéal de sports au cœ ur des Alpes. A l’abri des vents avec une durée d ’insolation maximum. Tou­ jours une neige et une glace favorables. D ’innombrables pistes de descente pour tous les goûts avec les commodités qu’assure un équipem ent m écanique complet. Le chemin de fer du Gornergrat (3089 m.), le télésiège (2280 m.) et le skilift de B lauherd (2602 m.) vous am ènent confortablement à votre point de départ. Hôtels et pensions pour toutes les bourses vous soignent au maximum et vous garantissent un séjour heureux. Ecole suisse de ski dirigée par Gottlieb Perren, assisté d ’instructeurs diplômés. 6000 m 2 de pati­ noire. Curling. Mars, avril et mai : les excursions zermattoises de ski.

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P rix fo r f a ita ire s (7 jours tout com.) S e ile r ’s M o n t C e r v in 1 5 0 2 0 . — à 3 4 . — 1 7 5 .— à 2 8 3 . 5 0 S e ile r’s V illa M a r g h e r i ta 5 5 1 8 .5 0 à 3 0 . — 1 6 4 .5 0 à 2 5 2 . — S e ile r’s V ic to r ia 1 8 0 17.— à 2 6 . — 1 5 4 .— à 2 2 4 . — S c h w e iz e r h o f 7 0 1 6 .5 0 à 2 5 .— 1 4 7 .— à 2 1 0 . — N a ti o n a l e t 1 80 1 6 .5 0 à 2 5 . — 1 4 7 .— à 2 1 0 . — B e llev u e — 15.— à 2 2 .5 0 1 3 7 . 5 0 à 1 9 2 .5 0 B e a u - S ite 9 0 1 6 .5 0 à 2 5 .— 1 4 7 .— à 2 1 0 . — M a t t e r h o m b l i c k 6 6 1 3 .— à 1 8 .— 1 1 5 .— à 1 5 4 .— P e r r e n j 6 0 1 6 .5 0 à 2 3 .— 1 4 7 .— à 1 9 6 .— P e r r e n D é p e n d a n c e 14.— à 18.— 1 2 6 .— à 1 5 4 .— d u G o r n e r g r a t 5 6 12.— à 1 7 .— 1 0 8 .5 0 à 1 4 7 .— D o m 5 0 1 2 .5 0 à 1 7 .— 1 1 2 .— à 1 4 7 .— H O T E L S L its P rix d e p e n s io n

P rix fo rfa ita ire s (7 jours tout corn.) J u le n 4 5 13.— à 18.— 1 1 5 .5 0 à 1 5 4 .— W e is s h o m 4 0 1 2.— à 1 6 .— 1 0 5 .— à 1 2 6 .— K u r h a u s St. T h é o d u l 3 0 15.— à 2 7 . — 1 3 3 .— à 2 2 4 . — M is c h a b e l 3 0 1 1 .5 0 à 16.— 1 0 5 .— à 1 3 6 .— A lp e n b lic k 2 8 12.— à 1 6 .— 1 0 8 .5 0 à 1 4 0 .— S c h ö n e g g 2 8 1 1 .5 0 à 16.— 1 0 1 . 5 0 à 1 3 6 .5 0 W a lli s e r h o f 2 4 1 3 .5 0 à 1 7 .5 0 1 1 9 .— à 1 5 0 .5 0 W e ls c h e n 2 4 1 3 .5 0 à 1 9 .— 1 2 2 . 5 0 à 1 6 8 .— S U R Z E R M A T T S e ile r’s R if f e la lp R e s ta u r a ti o n ( 2 3 1 3 m.) S e ile r ’s S c h w a r z s e e S k ih ü tt e ( 2 5 8 9 m .)

Informations par les Agences de voyage, les Agences de l’Office national suisse du Tourisme à l’étranger, ou par le Bureau officiel de renseignements à Zermatt, téléphone 028 / 7 72 37.

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VERBIER

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station au soleil Il '-i II IV J L J I J L II '-i II 'S , L e s pistes à l’om bre 1500 - 1800 m.

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Bars - Tea-rooms - Epiceries - Boulangeries - Laiteries - Primeurs - Coiffeur - Cordonnerie - Bazars Location de skis - Médecin

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Janvier 1955 - N» 1 P a r a î t le 1 0 d e c h a q u e m o is R E D A C T E U R E N C H E F M ° E d m o n d G a y , L a u s a n n e Av. J u s t e - O liv i e r 9 A D M I N I S T R A T I O N E T I M P R E S S I O N I m p r i m e r i e P ill e t, M a r ti g n y R E G I E D E S A N N O N C E S I m p r i m e r i e P ille t, M a r ti g n y té l. 0 2 6 / 6 1 0 5 2 A B O N N E M E N T S m iss e : F r . 1 0 , — ; é t r a n g e r : F r . 1 5 ,— L e n u m é r o : F r . 1 ,— C o m p t e d e c h è q u e s I I c 4 3 2 0 , S ion S O M M A I R E Page blanche Le Valais pleure son conseiller fédéral

L a Super-Dixenee H onneur au Haut-Pays

« Treize Etoiles » au ciel de décembre

L ’enfant qui sourit en dormant « Treize Etoiles » en famille

L ’art dans la publicité Les curieuses mues du lièvre des Alpes Peinture murale L a cabane au fond des bois

Le théâtre à Monthey Avec le sourire Les petits moulins se meurent...

Aspects de la vie économique Mots croisés

Vingt ans déjà... Un mois de sports

Elle Vêtait, il y a un in sta n t à peine.

B la n ch e c o m m e ces p e n te s sans fin où l'on hésite u n p eu à se lancer sur la neige qui scintille.

E t voici que, déjà, elle se m acule. Il le f a u t bien, après tout.

Mais il fa u t s u r to u t que cela en vaille la peine. Alors, p r o fito n s -e n !

Car c e tte page, c’est u n p e u celle de Vannée qui s’o u v re à nous.

E t nos y e u x sont c u rieu x, im p a tie n ts , in q u iets m ê m e de ce q u ’ils v o n t découvrir.

L ’autre s’est to u rn ée. P o u r toujours. U n p e u fr o is ­ sée, p e u t-ê tre , m ais b ien re m p lie , en so m m e.

C o n c e n tro n s désorm ais nos regards sur celle-ci. Que n ous réserve-t-elle ?

N u l ne le sait.

C e p e n d a n t, chacun est r e m p li d ’espoir. De cet espoir qui fa it vivre.

Q u ’il soit dès lors co m b lé !

P o u r vo u s et p o u r tous ce u x qui a im e n t le pays, q u ’on d it « v ie u x ». A to r t d ’ailleurs, p u is q u ’il est é te r n e lle m e n t jeune.

C’est le v œ u de « T r e iz e E to ile s » . S im p le , mais ard en t.

C o u v e r t u r e :

(8)

Le V a la is pleure

son c o n s e ille r fé d é r a l

Il y a u n p e u p lu s d e q u a tr e ans, n o tr e c a n to n fê ta it d an s u n u n a n im e élan d ’allégresse, u n é v é n e m e n t q u i fera d a te d a n s son h isto ire : p o u r la p re m iè r e fois, l’un des siens é ta it a p p e lé à siég er a u C o n seil fé d é ra l.

H é la s, c e tte joie, c e tte fie rté aussi, le V alais n ’a u r a p a s e u le p riv ilè g e d ’y g o û te r d a n s to u te le u r p lé n i­ tu d e , c o m m e il s’a p p r ê t a it à le fa ire en s a lu a n t son p re m ie r p r é s id e n t d e la C o n fé d é ra tio n .

A la veille d ’a c c é d e r à la c h a rg e su p rê m e , M. J o se p h E s c h e r e st m o r t à son p o ste , o ff ra n t sa vie a u pays.

11 est des h o n n e u rs d o n t on n e m e su re n i le p oids, n i l’ex igence, q u i m è n e n t a u sacrifice.

L a p re sse suisse to u t e n tiè re , d e to u te s les rég io n s co m m e d e tous les p a rtis , s’e st in c lin é e a v e c ém o tio n d e v a n t ce d e u il n a tio n a l, s o u lig n a n t a v e c re s p e c t les b rilla n te s q u a lité s d e l’é m in e n t m a g istra t.

Q u ’il n o u s soit p erm is, a v e c c e tte sim p licité q u i lui é ta it ch ère, d e re n d r e à n o tr e to u r u n p ie u x h o m m a g e à sa m ém oire.

M . le c o n s e ille r f é d é r a l E s c h e r p r ê t e s e r m e n t C i- d e ss o u s : sa r é c e p ti o n s u r sol v a l a is a n

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S’il é ta it u n v ra i h o m m e d ’E ta t , d 'u n e a u to r ité e t d ’u n e c o n sc ie n c e in c o n te sté e s, M. le c o n seiller fé d é ra l E s c h e r é ta it a v a n t to u t u n h o m m e d e c œ u r. Sa té n a c ité d e m o n ta g n a r d l’a c o n d u it a u p o u v o ir des g ra n d s , m a is sa b e lle â m e a su re s te r p e n c h é e su r le so rt des petits. Je m e souviens d ’av o ir é té fr a p p é p a r sa p r o f o n d e sen sib ilité alors q u e , p r é s id a n t n o tr e co m m issio n d e M alévoz, il s’a v o u a it in c a p a b le d e n o u s a c c o m p a g n e r d a n s u n e c h a m b r e d e m a la d e s, ta n t sa com passion l’é tre ig n a it.

Je le vois aussi, plus ré c e m m e n t, h e u re u x e t so u ­ r ia n t p a rm i ses c o m p a trio te s v en u s à B ern e d ’u n p e u p a r t o u t p o u r c é lé b re r le V alais, q u ’il c h a n t a it a u m ilieu d ’eux av ec u n e fe r v e u r juvénile.

C o m m e il a su lui re s te r fid è le à c e V alais, t o u t en a c c o m p lissa n t u n e m ission p lu s v a ste q u i le fit se c o n ­ s a c re r à u n e p a t r ie p lu s la rg e aussi !

Sa te rre n a ta le le lui a b ie n re n d u en l’a c c u e illa n t a v e c la d o u c e u r d e so n a r d e n te foi, to u jo u rs e n éveil, sous le r e g a r d e m b u é d ’u n e fo u le m u e tte , si ce n ’é ta it p o u r la p rière.

C elu i q u i l’a ta n t a im é e y re p o s e p r é m a tu r é m e n t sous u n tapis de n e ig e fra îc h e , d a n s la to m b e d e Glis q u e des m ains p a y sa n n e s v ie n d ro n t fle u rir a u p re m ie r soleil d u p rin te m p s.

C e tte o ffra n d e d ’u n p e u p le , d a n s sa m o d e stie , a v i­ v e ra m ieux en c o re q u e to u t a u t r e té m o ig n a g e de re c o n n a issa n c e le so u v e n ir d u g r a n d m a g is tr a t d o n t la

vie f û t u n ex em p le. E d m o n d G ay . (P h o to s P o le n g h i , B rig u e , e t P r e s s e - D if fu s io n , L a u s a n n e )

L e p r é s id e n t d e la C o n f é d é r a ti o n p r o n o n c e l ’o r a iso n f u n è b r e

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Les chantiers établis pour perm ettre la réalisation de ce gigantesque b ar­ rage sont situés entre 2000 et 2700 m. d ’altitude.

Gigantesque n ’est pas trop dire, puisque celui-ci — barrage à gravité plein — atteindra la h au teu r de 281 m. La tour Eiffel ne le dépassera que de 19 m. ! La largeur du couronnem ent sera de 22 m. avec 216 m. d ’épaisseur

à la base. D

D ’une longueur totale développée de quelque 700 m., il retiendra une

masse d ’environ 700 millions de mè- N très cubes d ’eau dans un lac de 7 km.

de longueur. L ’ancien ouvrage, qui, à

l’époque, avait la réputation de celui- E ci, sera submergé par 124 m. d ’eau !

Pour sa réalisation on emploiera envi­

ron 5.800.000 m 3 de béton. Q uatre Q blondins travaillent jour et nuit et

m ettent en place 3000 à 4000 m3 de A N T E V I S I O N Q U

béton en vingt-quatre heures. E

L A

S U P E R - D I X E N C E

On occupe actuellem ent plus de 1600 hommes. Ils se recrutent un peu partout. La majorité des cantons suis­ ses y sont représentés, ainsi que plu­ sieurs pays d ’Europe, voire d ’outre­ mer. La nourriture y est saine et abondante et les ouvriers sont relati­ vem ent bien logés.

Au point de vue social, rien n ’est négligé pour que chacun, malgré l’éloignement, conserve entrain, bonne

hum eur et, p ar cela même, goût au travail. Le service des loisirs, institué sous l’égide de la Grande-Dixence S. A., m et à disposition des salles de jeux e t projette chaque semaine des films que l’on peut voir dans les meil­ leures salles de Suisse romande.

La Grande-Dixence, cité ouvrière, possède ses propres sociétés : football, fanfare, chorale. Le 9 juin dernier, la société de tir a été définitivement

reconnue par l’autorité fédérale. Tout ceci perm et aux ouvriers de se délas­ ser et d ’oublier, pour un moment, le dur et dangereux labeur de la journée.

O n vient de term iner le « Ritz », vaste building de huit étages. Le gros œ uvre de cet édifice, commencé en novembre 1953, a été effectué par une maison valaisanne. L a charpente métallique sort en effet des usines Giovanola Frères, à Monthey. Les monteurs — les « acrobates », comme on les appelait là-haut — ont bravé le froid et la neige et, en mai 1954, le « Ritz » était en partie habitable.

Il perm et de loger 450 hommes et com prend salles de bains, douches, en u n m ot tout le confort des grands hô­ tels. Il abrite également les divers b u ­ reaux de l’entreprise, bazar, restau­ rant, coiffeur, banque, cure, gendar­ merie, salle de conférences, etc. On l’a qualifié à juste titre de plus «h au t» gratte-ciel du monde (au point de vue altitude, bien sûr !).

Cent seize kilomètres de tunnels convergent vers le nouveau barrage, soit pour les adductions Zermatt-Arol- la-C heilon : galeries Cheilon-Arolla, 19 km. ; Arolla-Zermatt, 61 km. Ad­ ductions de Bagnes : 23 km. Chute Fionnay-Dixence : 8,5 km. Chute Mar- tigny-Dixence : 4,5 km.

Gens de la plaine qui n ’avez q u ’à tourner un bouton pour vous éclairer ou vous chauffer, ayez une petite pen­ sée pour ceux qui, là-haut, près des neiges étemelles, travaillent loin des leurs e t risquent même leur vie pour votre bien-être et pour assurer l’exis­ tence de leurs familles !

Pierre Fornage. V u e g é n é r a le d u C h a r g e u r . A u p r e m ie r p la n , le « R itz » e t l a c o u p e s c h é m a ti q u e d u f u t u r g r a n d

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C i- d e ss o u s : le b a r r a g e a c tu e l e t fo u illes d u n o u v e a u b a r r a g e

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^ P e r s o n n a l i t é s d e c h e z n o u s

M. Edgar M o ttie r, ch ef de la Division de ju s tic e

Les Valaisans ont appris avec autant de joie que de fierté la flatteuse nomination de leur compatriote à l’un des postes les plus im portants de l’administration fédérale.

E nfant d u Haut-Pays, q u ’il a quitté de bonne heure pour ses études, mais auquel il voue un attachem ent d ’une rare fidélité, M. E dgar Mottier a fait toute sa carrière de juriste au D épartem ent de justice et police. Avec une modestie qui n ’a d ’égales que ses vastes connaissances et sa profonde conscience professionnelle, il a gravi un à un les échelons hiérarchiques qui viennent de le conduire aux plus hautes fonctions.

Les nombreux et sincères amis que Je nouveau prom u com pte en Valais, plus particulièrement à Sion et à Saxon où il aime à revenir régulièrement, sont heureux de féliciter M. Mottier de cette brillante ascension qui fait grand honneur à notre canton.

M. Arnold de Ka lb erm a tte n , ins pe cteur féd éral des tra va ux publics

Dans sa dernière séance de l’année, le Conseil fédéral a nommé M. l’ingénieur Arnold de Kalberm atten inspecteur fédéral des travaux publics.

C ’est donc une seconde bonne nouvelle qui nous parvient de Berne et qui réjouira notre canton, coup sur coup à l'honneur.

Enfant de Sion, M. de Kalberm atten est, lui aussi, un Valaisan fidèle qui n ’attend que le moment d'avoir rempli entièrement sa belle mission pour rentrer au pays.

Après avoir été successivement prem ier adjoint, puis rem plaçant de l’inspec­ teur fédéral, il accède aujourd’hui aux plus hautes charges du D épartem ent de l’intérieur. Q u’il en soit chaleureusement félicité à son tour. G.

Ce mois de décem bre 1954, qui a plongé le Valais dans le deuil, a encore ravi à la cité sédunoise un magistrat dont le nom lui dem eurera attaché.

Ancien conseiller national, M. Joseph Kuntschen avait en effet présidé aux destinées d e notre capitale pendant plus de vingt ans, lui donnant son cceur et son intelligence.

D ’une vaste culture, doué d ’un talent oratoire exceptionnel, il était l’affabilité même et savait séduire chacun.

Le départ prém aturé de cet édile a vivement chagriné tous ses anciens administrés qui lui vouaient une respectueuse estime.

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«TREIZE ETOILES»

au c ie l 2>e iécem bte...

ci au sczoice ?es azchioistes !

Un c a d e a u à 2 0 0 0 e n f a n t s !

Sait-on que l’Industrie de l’aluminium à Chippis dis­ tribue depuis dix-sept ans des cadeaux aux quelque deux mille enfants de ses ouvriers et employés ?

C’est cependant exact. E t ce ne sont point des étrennes quelconques, mais bien des présents de valeur, consistant en chaussures, lainages et vêtements divers, selon les désirs et besoins de famille et l’âge de l’entant.

La distribution de ces cadeaux a lieu à l’issue de la fête de l’arbre de Noël, au cours de laquelle ont lieu des productions musicales et chorales, un « Jeu » de la N ati­ vité et un film récréatif pour les enfants. La D irection elle-même adresse des vœux à ce jeune monde qui se présente en trois après-midi groupant les garçonnets et fillettes de la région de Sion, Sierre, puis du Haut-Valais. U ne de ces séances a été honorée de la présence de M. Antoine Barras, président du G rand Conseil, des conseil­ lers d ’E tat Marcel Gard, président du gouvernement, et Marius Lam pert, chef du D épartem ent de l’intérieur.

Un p r o j e t d 'u n e b e lle h a r d ie s s e

C ’est celui que l’ingénieur Albert Coudray vient de m ettre a u point et qui concerne l’utilisation des eaux du Rhône à partir d ’Oberwald, mais surtout de Brigue, car dans la vallée supérieure elles font déjà l’objet de façon presque intégrale de divers aménagements hydro-élec­ triques.

Le tronçon Brigue-Sion, avec une pente de 3,6 %«, peu utilisé si ce n ’est dans la déviation La Souste-Chippis ; le tronçon Sion-Collonges, pente moyenne 1,6 %c, non encore utilisé ; le Bas-Rhône, de Saint-Maurice au Léman, avec un avant-projet Saint-Maurice-Saint-Triphon.

L e point le plus im portant du projet de M. Coudray est sans conteste celui qui a trait à la construction, en partie sous les Follaterres, d ’un canal rectiligne d ’un diam ètre de 9 mètres et d ’une longueur de 15 km., reliant Saillon à Collonges, avec une hauteur de chute de 30 mètres environ. O utre la production d ’énergie escomptée, qui serait de 240 millions de kWh., le canal projeté supprimerait, a u m om ent des hautes eaux, le danger d ’inondation dans la plaine du Rhône. L ’affaire, on le voit, est aussi d ’une im portance capitale du point de vue agricole ; elle est à même d ’intéresser l’E ta t à ces am énagements devisés à quelque 140 millions de francs.

Un Noël t r a g i q u e

La veille de ce dernier Noël a été m arquée en Valais par des inondations qui ont causé de gros dégâts en cer­ taines régions et par des avalanches meurtrières.

A Leytron, le torrent, d ’ordinaire inoffensif, qui tra­ verse le vignoble et sert plutôt aux irrigations, a fait des siennes. Il a débordé et ses eaux boueuses ont envahi le paisible village et pénétré dans les caves et écuries de certains quartiers. Il a fallu faire appel aux sapeurs pour évacuer le bétail qui menaçait d ’être noyé et pom per l’eau des sous-sols.

Les crues et débordem ents ont affecté une partie du vignoble de Vétroz, des routes et voies ferrées ont été coupées. Aux Esserts, sur Verbier, six chalets inhabités en cette saison ont été emportés. Mais le coup du sort le plus tragique de ces sombres journées est celui qui a frappé la région de Fionnay, où quatre hommes, dont deux citoyens de Nendaz, MM. Gabriel Fournier et Lucien La- thion, et leurs camarades Marcel Mauron, Fribourgeois, et C laude Amstutz, Bernois, ont perdu la vie. « Treize E toi­ les » com patit de tout cœ ur au chagrin des familles si douloureusem ent éprouvées.

C rans h o n o r e un h ô t e d e choix

M. René Payot, rédacteur en chef du « Journal de Genève » et universellement connu par ses chroniques internationales à la radio, est un habitué fidèle de Crans, où il vient passer ses loisirs depuis de nombreuses années.

Fervent du golf, son sport favori, il dirige les desti­ nées du Golf-Club de cette station depuis 1927 déjà et a largement contribué au développement et à la vulga­ risation du magnifique golf alpin qui fait la fierté de Crans-sur-Sierre.

E n témoignage de reconnaissance pour les services q u ’il a ainsi rendus à sa station favorite qui, chacun le sait, fait partie de la commune de Chermignon, le Con­ seil de celle-ci vient de conférer à M. Payot la bour­ geoisie d ’honneur.

La course a u x forces h y d r a u li q u e s

On assiste depuis des années à une véritable course aux forces hydrauliques en terre valaisanne. C ’est à qui arrivera le premier à obtenir e t à exploiter des conces­ sions.

D ernièrement, trois grandes sociétés ont eu une séance à Berne aux fins de faire valoir leurs droits dans l ’utili­ sation des forces des Vièges de Zerm att et de Saas : la Grande-Dixence, l ’E lectrow att et la Lonza. Cette séance n’a donné aucun résultat et les prétendants restent sur leurs positions.

Comme bien l’on pense, les communes intéressées suivent attentivem ent les pourparlers ; elles souhaitent en tout cas q u ’une solution soit enfin trouvée et que les travaux puissent commencer le plus rapidem ent possible.

La p r e s s e v a l a i s a n n e à M o n th e y

L ’Association de la presse valaisanne a fait coïncider son assemblée annuelle avec une prise de contact avec M. le D r André Repond, directeur de la Maison de santé de Malévoz. Non point que les ouvriers de la plum e fussent atteints de névrose — comme certains eussent pu le penser ! — mais parce q u ’il leur avait paru q u ’une orientation générale sur cet établissement de cure mentale ne pourrait pas être sans profit pour le public en général.

Les journalistes ont pu se convaincre, d ’autre part, de l ’apostolat fécond q u ’exercent les assistantes sociales de l ’établissement, appelées à s’occuper de l’enfance défi­ ciente et délinquante.

Relevons à ce sujet que Mlle Marie Carraux, de Vou- vry, attachée à la délicate mission d’entourer les jeunes délinquants, vient d'être fêtée par la direction et le p er­ sonnel de Malévoz à l’occasion de ses quatre-vingts ans, dont une partie passés au Service social de la maison valaisanne de santé.

Le b o n h e u r d e s uns...

... fait le m alheur des autres, parfois. La semaine de Noël, pendant qu'il pleuvait à torrent en plaine et sur le-s coteaux, il neigeait en montagne à une cadence tout à fait extraor­ dinaire. Par endroits, l’épaisseur de la couche atteignait près de deux mètres ! Il n ’ost dès lors pas surprenant q u ’au pre­ mier « redoux », de formidables coulées se soient produites, causant les catastrophes que l’on sait.

Mais les amis du sport blanc peuvent s’en donner à cœur joie dans nos stations de montagne qui ont connu, durant les fêtes, la fréquentation des meilleurs jours. Ceci dédom ­ magera un peu nos hôteliers des caprices d ’une saison d ’été qui ne leur fut guère propice.

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L’ENFANT QUI SOURIT

EN DORMANT

N o u v e l l e d e F r a n ç o is C o u c lie p in

Les autres sont partis ce m atin, mais lui, depuis sa fenêtre, les a regardés s’en aller, joyeux de vivre et pleins de force. L u i est resté à sa fenêtre, parce qu’il ne p eu t pas, com m e eux, aller faire des courses sur les montagnes qu’il voit depuis le village.

Il y a déjà longtem ps q u ’il a, u n jour, dem andé à ses parents de pouvoir aller, avec des amis, là-haut.

Alors sa m ère lui a d it q u ’il ne devait pas faire d ’effort, parce qu’il avait une maladie dans le sang et qu’il ne doit pas se fatiguer.

E t il est resté chez lui.

Mais m aintenant — il a treize ans — cela lui coûte bien p im , quand il voit ses am is partir.

E t ce soir en particulier, il regrette de n’avoir jamais p u être jeune. Il pense que, depuis sa jeunesse, il est vieux ; il réfléchit à to u t cela e t il se m et à pleu­ rer, to u t seul, à sa fenêtre, en regardant ces m ontagnes q u ’il voudrait tant voir de plus près.

E t, p etit à p etit, sans qu’il s’en rende com pte, une idée lui arrive dans la tête. Elle a dû entrer sur la pointe des pieds, sans quoi, il l’aurait sentie venir. Mais non, elle est venue sans se faire remarquer, profitant de ce qu’il était occupé à contem pler les montagnes.

E t m aintenant, elle est là. Il ne peut plus rien y faire, elle le tourm ente, il la renvoie d ’où elle est venue et elle fait sem blant de partir pour m ieux re­ venir.

Toute la journée, il se dispute avec elle, lui expliquant q u e lle est mau­

vaise, q u e lle doit s’effacer. Mais elle est tenace, et toujours elle revient à la charge.

E t encore si elle se tenait tranquille dans u n coin de sa tê te ! Mais il fa u t toujours q u e lle bouge, q u e lle se fasse remarquer : on dirait u n enfant m alade qui se tourne et se retourne dans son lit.

E t, insensiblem ent, elle se développe, et lui fin it par l’accepter com m e s’il l’avait eue depuis toujours.

Il pense, com m e elle le lui fait p en ­ ser, qu’il devrait essayer, m algré tout, de m onter là-haut, et il se d it que rien ne lui arrivera.

E t, com m e l’idée a eu raison de lui sur ce point, elle s’enfle, elle se com ­ plique et il im agine un m oyen de par­ tir sans se faire voir.

o o o

Il est descendu à la cave e t a trouvé des souliers que son frère m et pour aller faire des courses de m ontagne ; il a pris de vieux pantalons, mais il a pensé qu’il ne devait pas m ettre de vieux pantalons, parce qu’il faudra q u ’il soit beau pour se présenter devant les montagnes.

Il a trouvé dans l’armoire aux provi­ sions de quoi se nourrir et il a pris un sac pour porter tout ça.

E t le soir, sa m ère Va v u m onter, com m e s’il allait se coucher.

Q uand to u t a été tranquille, quand il a été sûr que to u t le m onde dormait, il s’est habillé, il a m is ses souliers et il est sorti.

Il avait bien u n peu peur, parce que c’est to u t de m êm e im pressionnant de quitter sa fam ille com m e ça, sans rien dire à personne. Il a regardé la cham ­ bre de ses parents, il leur a dit au revoir dans sa tête e t il est parti.

Il est m onté très, très lentem ent le long de la vallée, puis à flanc de co­ teau ; il croyait qu’il marchait vite (c’est parce qu’il n’a pas l’habitude) et il a été fatigué. Q uand il s’est arrêté, il a vu qu’il n’était pas bien loin ; alors il a fait u n gros effort et il est reparti.

E t il m archait com m e une m achine. Sa seule idée était qu’il devait aller là- haut, qu’il voulait aller là-haut. (Et, au fond, il ne savait pas où il voulait aller exactement.)

A va n t le p etit m atin, il a passé près de l’hôtel qu’il y a sur le chem in, et il a continué.

Il avait de la peine à respirer et son cœ ur tapait très fort, mais il se disait que c’était normal, qu’il n’avait pas l’habitude et que c’était pour cela.

E t devant lui, les m ontagnes sont devenues plus claires, puis plus claires encore et ensuite roses, puis dorées et le soleil a percé entre deux pointes de rochers. E t c’était com m e quand il pas­ sait devant chez la Marie — c’est sa m eilleure am ie — et qu’il l’appelait. Alors elle venait à la fenêtre, e t lui sen­ tait com m e un rayon de soleil q ui lui aurait chauffé le cœur.

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Alors le soleil d ’aujourd’hui allait plus profond q u e d ’habitude, il s’infil­ trait dans to u t son corps, le caressant du haut en bas, com m e quand il était couché dans un pré, e t que le vent agitait l’herbe autour d e lui, le soir, en été.

E t c’est la joie q ui lui entre par tous les m em bres, e t par les yeux e t par la bouche, par les oreilles et par le nez aussi, parce que l’air est pur e t qu’on est heureux.

E t le soleil a q uitté sa fenêtre, parce que son m étier, à lui, c’est d e passer d ’un côté du ciel à l’autre, et q u ’il n’a pas le tem p s de s’am user à regarder, par une fenêtre de m ontagne, u n p etit hom m e qui m onte to u t seul, alors qu’il ne connaît pas le chem in. (Mais s’il avait le tem ps, le soleil, il s’arrêterait quand m êm e, non pas pour s’amuser, mais parce q u ’il voit bien que ce p etit hom m e ne suit pas le chem in habituel et qu’il se dem ande ce qui va arriver.)

E n bas, sur la m ontagne, Pierre — c’est son nom — avance en pensant au soleil qui était <i sa fenêtre, à la Marie qui doit se réveiller m aintenant, e t aux montagnes q u ’il va aller voir.

E t il se dem ande ce q u e lle s vont penser de lui, si elles trouveront ses pantalons jolis et q u ’il est courageux de venir les voir, com m e ça, to u t seul.

E t il m arche toujours. Son cœ ur bat bien un p eu fort, m ais il ne s’en soucie pas, parce qu’il est sûrem ent guéri.

M aintenant, il pense à ses parents. Ils doivent se dem ander ce qu’il est de­ venu, mais, sûrem ent, ils ne se feront pas trop de soucis, parce qu’il leur a laissé une lettre, leur disant qu’il est m onté pour voir les m ontagnes de plus près.

D ’ailleurs, il sera bien rentré ce soir, il pourra leur dire q u ’il est guéri, qu’il est enfin jeune et qu’il va pouvoir aller avec son père, ou les pères de ses amis, faire des courses.

E t il est arrivé sur le glacier. Il s’est arrêté u n to u t p etit m om ent pour manger, et puis il est reparti.

Il fa it bien u n p eu chaud, mais il ne le sent pas.

M aintenant, le glacier fa it une grosse bosse et il ne vo it pas ce q u ’il y a derrière. Alors, il va m onter sur la bos­ se et il sera arrivé, certainem ent, tout près des montagnes.

E t il m onte. Mais c’est long, parce qu’à m esure qu’il m onte, la bosse se prolonge encore plus haut.

E t le soleil com m ence à s’approcher des rochers, e t puis il se cache derrière eux. Pierre a froid, m ais il m arche en­ core e t arrive enfin au som m et de la bosse.

D evant lui, il y a u n e grande place toute blanche de neige. E lle va jus­ qu’à une m ontagne qui sem ble sortir d ’un trou com m e un e d en t et Pierre veut aller jusqu’à elle. (Mais il n’a pas l’habitude, alors il croit q u e lle est tout près, m ais elle est encore bien loin.)

I l continue à inarcher, vite, dans sa pensée, m ais lentem ent en réalité.

E t il com m ence à faire plus frais. L a neige est devenue plus profonde et il enfonce souvent e t c’est fatigant de devoir ressortir sa jam be, quand elle est prise, com m e ça, dans la neige.

Au-dessus de lui, il y a u n oiseau qui tourne. Il a l’air de se dem ander ce qui m arche, to u t seul sur le glacier, à un endroit où il ne passe presque ja­ mais personne, et encore moins à ces heures.

M aintenant, il voudrait bien se repo­ ser, m ais il pense qu’il se reposera près de la dent, là-bas, et il continue.

E t les m ontagnes ont com m encé à devenir roses, puis rose foncé ; alors Pierre s’est assis dans la neige pour les regarder, e t il lui sem blait q u ’il enten­ dait, autour de lui, toutes ces m onta­ gnes lui dire bonjour, et il les voyait qui lui souriaient.

Il s’est blotti contre la neige dure et leur a souri.

a a a

O n est parti à sa recherche dès q u ’on a compris ce qu’il avait fait, mais on

ne savait pas quelle vallée il avait prise. Enfin, on s ’est divisé.

L ’équipe de son père est partie vers Ferpècle et son grand frère est allé vers Arolla, avec d ’autres hom m es qui étaient venus pour les aider.

Ils ont m arché toute la journée en cherchant partout, en appelant partout, et sont père avait l’air d ’avoir vieilli de dix ans, parce qu’il était inquiet.

Ceux de Ferpècle sont allés m anger un p etit peu à Bricolla, puis ils ont pris des falots et ont continué les recher­ ches.

Ils sont arrivés sur le glacier. E t la lune est sortie, derrière une pointe de rocher, éclairant les m onta­ gnes et le glacier de sa lum ière creuse. Ils ont continué de chercher e t le soleil a rem placé la lune. I l a regardé le glacier : il a vu des hom m es qui avaient l’air de chercher quelque chose (et il pensait bien que c’était le petit hom m e d ’hier qu’ils cherchaient).

Il les a vus chercher to u t le jour, et les jours suivants.

Il les a vus rentrer chez eux, sans avoir trouvé le p etit hom m e qui, là- bas, sur le glacier, les yeux pleins de m ontagne, dort en souriant.

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Eloge d e la folie

Les personnes d ’âge m ûr ont tout un répertoire pour condamner les hardiesses des jeunes : « Prudence est mère de sûreté », « Chi va piano va sano »... D evant une entre­ prise jugée téméraire, elles s’exclament : « Quelle folie ! Ah ! si jeunesse savait, si vieillesse pouvait 1 »

Cet aveu d ’impuissance, elles le font sans paraître y attacher d ’importance, et se targuent de la sagesse acquise. Notre intention n ’est pas de sous-estimer la pondération, mais de relever q u ’elle s’acquiert en échange d ’un trésor : le goût du risque.

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P a p a , m a m a n , l a b o n n e e t m o i

Pour commencer l’année nouvelle, il nous semble à propos de rappeler les ressources infinies de la jeunesse. C ’est elle qui sait prendre les audaces nécessaires en temps difficiles, c’est elle qui va de l’avant contre vents et m a­ rées ; elle seule peut agir sans tergiverser.

O n a, dit-on, l’âge de ses artères. Si nous décidions, au déb u t de l'année, d ’avoir l’âge de notre enthousiasme ? Si nous décidions d ’accueillir l’expérience sans perdre de notre élan ? Car, dit Erasme, « l’espérance a toujours rai­ son ».

L'école d e s fe m m e s

J ’ai connu une jeune mariée que la jalousie rongeait : son mari partait tous les après-midi une dem i-heure trop tôt pour le bureau. Elle l’aperçut qui entrait chaque fois dans u n quick-bar pour prendre — enfin ! — un repas con­ venable. La jeune femme se mit à l’étude et sut bientôt distinguer entre la colle d ’amidon et les spaghetti.

Elle se promit d'initier soigneusement ses filles aux traditions ménagères. Car une adolescente qui tire ses draps, cire ses chaussures e t époussette les meubles de sa chambre, c’est bien, certes, mais guère suffisant.

Les filles ayant grandi, savez-vous à qui cet appren­ tissage ménager coûta le plus de sacrifices ? A la jeune mère. Supporter patiem m ent le gâchis d ’un apprentissage, attendre en silence le résultat d ’une m anœuvre q u ’on pré­ sume vouée à l’échec, accepter des changements à la rou­ tine étudiée, et surtout, surtout, lâcher ta n t soit peu les leviers de commande... II fallut tout d ’abord surmonter ses propres répugnances. Puis, les collégiennes regimbèrent. Mais leur mère réussit à leur inculquer les connaissances indispensables, en usant de tact, de charme, d ’astuce, d ’en­ jouement. E t surtout pas d ’autorité. Parce que, vous le savez bien, avec la jeunesse actuelle, la m éthode « j’or­ donne » = zéro.

C ôté cuisine

Noté sur le nouveau calendrier, en date de décembre prochain : « Pas de canapés pour les goûters de fin d ’an­ née. » Motif : toutes les maîtresses de maison interrogées ont servi cette année des rondelles de pain de mie à leurs invités. E t les dits invités ont passé d ’une famille à l’autre...

/ ? 7 °* '

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L ' A R T

D A N S L A P U B L I C I T É

D an s l’a r t p u b lic ita ire , l’a c c e n t doit-il ê tre m is s u r le p re m ie r m o t o u le se c o n d ? L ’a r t d o it-il ê tre m is a u serv ice d e la p u b lic ité ou la p u b lic ité a u serv ice d e l’a r t ? C e tte q u e s tio n sans cesse c o n tro v e rs é e a d éjà p r o v o q u é e t p ro v o q u e r a e n c o re d e vives discussions p a rm i les p ro fessio n n els e t les a m a te u rs d e p u b lic ité . Q u e l est le c ritè r e p e r m e tta n t d e se fa ire u n e idée ju s te d e c e p h é n o m è n e e t d e tir e r les co n sé q u e n c e s p o u r la p u b lic ité ?

Q u i d it p u b lic ité , d i t v e n d re . U n e p u b lic ité q u i n e v e n d p a s, n e re m p lit p a s sa fo n c tio n : é ta b lir la liaison e n tr e le v e n d e u r e t le c o n s o m m a te u r. U ne te lle p u b li­ cité p o u r r a sans d o u te ê tre a rtis tiq u e , in té re s s a n te e t a m u s a n te , m ais e lle n ’a t te in d r a p a s so n b u t essentiel = v e n d re . T a n d is q u e l’o b je c tif d e la p u b lic ité reste to u jo u rs le m ê m e : fa ire c o n n a ître , c o n v a in c re , p e r s u a ­ d e r, ses m o y e n s c h a n g e n t sans cesse.

P re n o n s l’e x em p le d e l’affiche. D a n s son d e r n ie r o u ­ v ra g e : « V o tre a ffa ire e t v o tr e p u b lic ité », M. P a u l A n d ré d i t ceci : « E n q u o i co n siste la v a le u r d ’u n e a ffi­ c h e illu s tré e ? U n iq u e m e n t d a n s le re lie f q u ’elle d o n n e à u n e m a rq u e . L a m a r q u e d o it s’in c o rp o re r si b ie n a u m o tif, q u e le m o tif d e v ie n n e e n so m m e la m a r q u e v iv a n te , la m a r q u e p a rla n te , la m a r q u e c ria n te , la m a r q u e h u rla n te . U n e te lle a ffic h e , c ’e st e n se m b le l’illu s tra tio n e t la co n clu sio n d ’u n e a n n o n c e à la d ix iè­ m e p u is sa n c e . L e p o in t d e v u e e x c lu siv e m e n t a rtis tiq u e p asse e n su ite ; m ê m e p a ss e e n su ite la v irtu o sité d e l’a u t e u r c o m m e affichiste. M éfiez-v o u s des pro u esses q u i vous f o n t d ir e : q u e l h a b ile h o m m e ! C e n ’e s t pas d e l’h o m m e q u ’il s’ag it, c ’e st d u b u t visé. V oilà p o u r ­

q u o i je n e crois g u è re a u x jurys q u i e n t e n d e n t d é c o u v rir les m e ille u re s affiches. »

Il n o u s se m b le q u e M . P a u l A n d ré a b ie n raison. L ’exem p le d e l’a ffich e e st fr a p p a n t. L es séries d ’affi­ ches d a n s nos villes p a r le n t u n la n g a g e é lo q u e n t. B e a u ­ c o u p d e ces affiches o n t c e rte s u n e v a le u r a rtis tiq u e ; elles é v e ille n t l’in té r ê t e t s o n t p arfo is a m u sa n te s . M ais c e tte v a le u r a rtis tiq u e e st u n e n o n -v a le u r p u b lic ita ir e si le b u t visé n ’e s t p a s a tte in t. Il e st facile d e su sc ite r l’in té rê t, d ’a m u s e r le p u b lic ; m ais il e s t difficile d e p a s s e r c e c a p e t d e p e r c e r le m u r d e l’in d iffé re n c e e n c o n v a in c a n t le c o n s o m m a te u r q u e l’a c h a t d u p r o d u i t affich é e s t d an s son in té rê t, q u ’il e st u tile, q u ’il e st n écessaire.

L e p ro b lè m e ainsi p o sé d é m o n tr e to u te la c o m ­ p le x ité d ’u n e p u b lic ité efficace. Q u e l e st le m o y e n le plus s û r p o u r u n p r o d u i t d é te r m in é e t q u e lle e x p re s­ sion p u b lic ita ir e d o it-o n d o n n e r à ce m e ille u r m o y e n ? L es ré a c tio n s d e l’a c h e t e u r p o ssib le s o n t si v ariées e t in c e rta in e s q u ’il n ’e s t p a s p o ssib le d e c a lc u le r e x a c te ­ m e n t l’e ffe t p r o d u it p a r te l o u te l m o y e n p u b lic ita ire . C e tte c o n s ta ta tio n co n firm e n o tr e avis q u e le p rin c ip e « l’a r t p o u r l’a r t » n ’a pas d e raiso n d ’ê t r e d a n s la p u b li­ cité. U n e b o n n e p u b lic ité g a g n e ra c e rte s en é ta n t é g a le m e n t a rtis tiq u e , m ais la p lu s g ra n d e v a le u r a r tis ­ tiq u e n e p o u r r a p a s « v e n d r e » si la p u b lic ité n e sait pas jo u e r le p r e m ie r rôle q u i lui e s t a ttrib u é .

C /fc iA M

I O

nouveau Dont

du TPIßnt

automobilistes qui, l’an passé encore, abordaient avec angoisse le fameux pont du Trient à Vernayaz sont désormais délivrés de ce cauchemar. De grands travaux conduits avec intelligence et célérité, ont fait d ’un point nevralgique de notre route cantonale une belle œ uvre d ’art appelée à durer. Aujourd’hui, la chaussée enjambe avec bonheur la ligne du M artigny-Châtelard dans une large courbe offrant une excellente visibilité et

supprimant du même coup les multiples dangers que présentait ce tronçon de notre grande artère, tant en hiver q u ’à la saison du haut trafic touristique. Une cérémonie s’est déroulée le 20 décembre, en présence des autorités, pour l’inau­ guration officielle et la bé­ nédiction de l’ouvrage dont peuvent s’enorgueillir ses auteurs.

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B ien des gens n ’o n t ja m ais v u le lièv re b la n c o u lièv re des A lpes. C e t a n im a l a d é jà fa it c o u le r b e a u c o u p d ’e n cre, c a r il p o ssè d e la fa c u lté d e c h a n g e r d e c o u le u r su iv a n t les saisons. Il c o n stitu e u n e esp è c e t o u t à f a it d is tin c te d u lièv re o rd in a ire 1 e t h a b ite les rég io n s se p te n trio n a le s, les A lpes suisses e t f r a n ­ çaises, le T y ro l, à u n e a ltitu d e v a r ia n t e n tre 1500 e t 3 0 0 0 m è ­ tres. O n le lè v e m ê m e e n é té ju s q u ’à la lim ite d e la v é g é ta tio n . E n Ir la n d e , to u tefo is, il fr é q u e n te aussi les basses a ltitu d e s.

P lus ra m a ssé q u e le lièv re o rd in a ire , a v e c des oreilles e t u n e q u e u e p lu s c o u rte s, le lièv re v a ria b le p o ssè d e c e p e n d a n t d es m e m b re s p o sté rie u rs p lu s longs q u e c e u x d e so n cousin d e p la in e , ce q u i lu i d o n n e u n e d é m a r c h e p a rtic u liè r e e t s a u ­ tillan te. L e lièv re d e s A lpes d é p a ss e r a r e m e n t le p o id s d e trois kilos, m ais sa grosse f o u r ru re h iv e rn a le le fa it p a r a îtr e so u v e n t v o lu m in e u x e t tr o m p e m a in ts c h asseu rs ! E n F ra n c e , il est c o n n u sous le n o m d e « b la n c h o t », d a n s la v a llé e d ’A oste on l'a p p e lle aussi « la p in » e t « c o u ë n n e », en V alais, e t p lu s s p é ­ c ia le m e n t d a n s le v al d ’A nniviers, « c o u n i ». C e m o t sem b le d é riv e r d ir e c te m e n t d u v ieux fra n ç a is « co n il » e t d u m o t la tin « c u n ic u lu s » (lapin). E n effet, les fo rm es p lu s tr a p u e s d u lièv re des neiges l’a p p a r e n t e n t d a v a n t a g e a u la p in q u ’a u lièv re o rd in a ire , d ’où c e tte d e rn iè re a p p e lla tio n . Il existe d ’ailleurs p e u d ’a n im a u x aussi b ie n a d a p té s à la vie sé v è re e t difficile d e la h a u t e m o n ta g n e . E t les tra n s fo rm a tio n s d e son p e la g e o n t d e to u t te m p s p a ss io n n é les n a tu ra liste s, les c h asseu rs et les m o n ta g n a rd s , en d o n n a n t lieu p arfo is à d ’é tra n g e s lé g en d es.

C ’e st à la fin d e s e p te m b r e o u a u d é b u t d ’o c to b re q u e le lièv re des A lpes, d e gris b r u n â t r e ou ro u x q u ’il é ta it d u r a n t la b e lle saison, se d é c o lo re p e u à p e u p o u r d e v e n ir c o m p lè ­ te m e n t b la n c e n n o v e m b re , sa u f le b o u t d es oreilles q u i d e m e u re noir. P e n d a n t lo n g te m p s , on a p r é t e n d u q u e ce c h a n ­ g e m e n t d e c o u le u r c o rr e s p o n d a it à l’é p o q u e d e la m u e . M ais des re c h e rc h e s ré c e n te s s e m b le n t p ro u v e r , à l’h e u r e actu elle, q u ’il f a u t p lu t ô t le c o n s id é re r co m m e u n p h é n o m è n e d e d é c o ­ lo ra tio n assez a n a lo g u e a u b la n c h im e n t des c h e v e u x c h ez l’h o m m e e t d û sans d o u te à u n e a u g m e n ta tio n des acid es d e la p e a u p ro v o q u é e p a r le fro id . C e p e n d a n t, le lièv re des A lpes ép aissit sa f o u r ru re aux a p p ro c h e s d e l’h iv e r e t le p o il la in eu x o u d u v e t q u i se fo rm e alors sous le p e l a g e e x té rie u r e st f r a n ­ c h e m e n t b la n c . O n a v u d ’a ille u rs des lièvres v a ria b le s c a p tu ré s en é té d e v e n ir b la n c s sans p e r d r e d e poils. Il f a u t d o n c bien

N o tr e c o l la b o r a te u r , le c h a s s e u r d ’im a g e s R e n é P ie r r e B ille, à l ’a f f û t

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L e I è v re c o m m u n n e c h a n g e n as d e c o u l e u r e n h iv e r. L ’a n i m a l p h o to g r a p h ié e n p le in b o n d . L e l è v r e d e s A lp e s (o u liè v r e v a r i a b le ) a u d é b u t d e sa m u e e t d e sa d é c o lo r a t io n a u t o m n a l e . P h o to p ris e à f in o c to b r e . a d m e ttr e q u e le b la n c h im e n t jo u e u n g r a n d rô le d a n s ce c u rie u x c h a n g e m e n t d e co lo ra tio n aux a p p ro c h e s d e s p re m ie rs froids. L ’on p e u t so u rire e n so n g e a n t q u e les an cien s n a t u r a ­ listes a v a ie n t tr o u v é u n e ex p licatio n b e a u c o u p p lu s sim p le d e v a n t le p h é n o m è n e : p o u r eux, le p e la g e d e v e n a it b la n c p a r c e q u e le lièv re des A lpes m a n g e a it d e la n e ig e !

A u p rin te m p s , les choses se p a s s e n t a u tr e m e n t e t n o tr e lièv re s u b it b e l e t b ie n u n e m u e q u i le d é p o u ille p e u à p e u d e sa fo u r ru re h iv e rn a le , la q u e lle e st re m p la c é e p a r u n e liv rée d ’u n b r u n ro u s s â tr e m ê lé de gris, a v e c la g o rg e e t la p o itrin e p lu s claires. C e tte m u e a lieu p ro g re ssiv e m e n t, en a ff e c ta n t d ’a b o r d les p a rtie s a n té rie u r e s d e l’a n im a l e t e n p a rtic u lie r la tê te , c o m m e o n p e u t s ’e n re n d r e c o m p te p a r les p h o to s ci-contre. E lle d é b u t e e n avril e t n ’e s t s o u v e n t te rm in é e q u ’e n juin. L e lièv re des n eig es, m a lg ré sa r e m a r q u a b le fa c u lté d e se c o n fo n d r e p a r f a it e m e n t a v e c le te rra in q u i l’e n to u re e t son m e rv e ille u x m im é tism e , n ’é c h a p p e p a s to u jo u rs à ses n o m b re u x e n n em is. L ’aigle, n o ta m m e n t, e t le re n a r d , e n f o n t s o u v e n t le u r

> \ y ' t

p ro ie, e t l’h o m m e le crib le d e sa g re n a ille a p rè s l’a y p ir la n cé, av ec ses ch ien s, d a n s les h a u ts d é se rts m o n ta g n a rd s !

D iso n s e n c o re , p o u r te rm in e r, q u e c e lièv re p o ssè d e u n très p ro c h e p a r e n t p a r m i la f a u n e d e l’E x tr ê m e -N o rd : le lièv re p o la ire q u i, lui, d e m e u re b la n c to u te l’a n n é e . A insi, des espèces a rc tiq u e s , telles q u e le la g o p è d e (a p p e lé aussi p e rd r ix des n eig es) e t le lièv re p o la ire se s o n t p r o p a g é e s ju s q u ’à nos jours n o n s e u le m e n t d a n s le u r v é rita b le p a tr ie n o rd iq u e , m a is aussi d a n s nos A lpes, où elles o n t tr o u v é des co n d itio n s d e v ie à p e u p rè s a n a lo g u e s e t o ù elles s o n t restées, c o m m e d a n s u n îlo t a rc tiq u e a u m ilie u d e la z o n e te m p é ré e , telles d e v éritab les re liq u e s d e l’é p o q u e g la ciaire.

1 L e li è v r e c o m m u n n e d é p a s s e q u e très r a r e m e n t la lim ite s u p é r ie u r e d es fo rêts e n h iv e r .

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Au début de décem bre on a inauguré à la caserne de Sion une assez vaste peinture murale du peintre Charly Menge. Il n’est pas trop ta rd pour parler d ’elle, car cette œuvre suscite un vif intérêt. Elle représente surtout un bon exem­ ple de ce que peuvent faire les pouvoirs publics quand ils veulent bien se souvenir d e l’existence des artistes. R appe­ lons à ce propos une intervention au G rand Conseil, vieille de trois ou quatre ans, de l’honorable député François de Preux qui dem andait q u ’en toutes constructions d ’Etat, le 1 % du coût de l’édifice fût affecté à une œ uvre d ’art : peinture, mosaïque, sculpture, etc. M. de Preux aurait pu citer à ce propos -l’exemple d e la France où les 2 % du devis sont autom atiquem ent attribués à des œuvres de ce genre. C’est la meilleure façon d ’incorporer l’art dans la cité, d ’aider les artistes, d ’enrichir le patrimoine esthétique d ’un pays.

Soyons justes : ce que l’on a réalisé chez nous, depuis quelques années en ce domaine, n’est pas négligeable. Le directeur de la Banque cantonale, en particulier, a donné l’exemple d'une large compréhension à l’égard des artistes. D e Monthey à Brigue, par Martigny et Sierre, quatre édi­ fices ont été ornés de sculptures et de décorations murales. L ’adm inistration communale de Chamoson, pour sa part, n ’a pas oublié le peintre quand elle a construit la maison d ’école de Saint-Pierre-des-Clages ; Provins a fait exécuter une œ uvre im portante dans ses caves. Nos édifices reli­ gieux se sont enrichis de nombreux vitraux, peintures et mosaïques. Ç à et là, sur nos places publiques, nous voyons naître quelques témoins réconfortants de l’intérêt que vouent

P flM T U R l

nos magistrats aux questions artistiques. Ce n ’est vraiment pas mal.

Nous savons bien que ce pourrait être mieux encore. Toutes les maisons d ’école, en particulier, devraient pos­ séder, si modeste fût-elle, l’œ uvre d ’un artiste. Ce serait-là une bonne occasion de rappeler aux enfants la valeur im p é­ rative de F« inutile ». A l’heure même où nous glissons vers un matérialisme de grand style, il convient de lutter par tous les moyens contre ses effets abrutissants. Il convient de rappeler que l’argent n’est pas tout, ni les statistiques de la Cham bre de commerce. Q u’il existe des raisons de vivre plus hautes et plus belles que celles que prônent nos économistes les plus distingués... Nous sommes tous heu­ reux que notre pays échappe enfin à une pauvreté qui le paralysait. Nous voudrions seulement q u ’il n e s’abandonne pas du m êm e élan à toutes les illusions de la galette.

Donc, l’œ uvre de Charly Menge est un bon exemple de ce que peuvent faire les autorités quand elles ont le souci des valeurs q ue nous défendons ici. Berne et Sion ont p ar­ faitem ent su s’accorder pour dem ander au peintre une œ uvre qui transforme un m orne réfectoire de caserne en une salle où le rêve et la joie sont permis. Que de murs, dans nos hôpitaux, dans nos collèges, dans nos bâtiments

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( P h o to C o u c h e p in , Sion)

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U R A L I :

administratifs ' pourraient devenir' pareillem ent des sources de plaisir ! Nous avons de nombreux artistes dans notre vallée ; on les ignore encore trop ; ils n ’attendent que le signe de qui possède le pouvoir pour nous dispenser l’en­ chantem ent et le bonheur.

Ici, l’artiste avait à s’inspirer d ’un épisode de l’histoire. Il convient d e rappeler à de jeunes recrues le sens des sacrifices qu’on leur dem ande d’accomplir. Il n ’avait, à la vérité, que l’embarras du choix. Si les grands faits du passé helvétique ont suscité d ’innombrables gravures, tableaux, vitraux, mosaïques, l’histoire valaisanne, elle, n ’a jamais inspiré un grand peintre. On a peint nos cascades jusqu’à satiété, nos Cervins jusqu’à la nausée, mais on s’cst peu souvent préoccupé de nos temps héroïques. Si Jean- Jacques Rousseau conçut le projet d ’écrire l’histoire valai­ sanne, aucun grand peintre ne songe, à notre connaissance, d e l’imager.

Menge aurait pu s’arrêter à quelques-unes de nos vic­ toires : Ulrichen, la Planta... Il préféra u n e défaite : la prise de la ville de Sion par le jeune comte Vert de Savoie, en 1352. Pourquoi cette fantaisie ? Parce q u ’il est des défaites plus significatives que des succès. L a prise de la ville en fut une, sans doute, puisqu’elle cim enta l’esprit

de résistance et contribua, sans doute, par là même, à l’affranchissement total et difficile du pays.

Menge a traité le sujet en toute indépendance, s’am usant à bouleverser la géographie, à superposer les scènes avec un beau mépris de la chronologie. Nous sommes loin, de la sorte, d ’une sèche docum entation. L a qualité principale de son œ uvre c’est la vie. Elle court, elle frétille, elle circule comme une sève souterraine d ’un bout à l’autre de cette vaste entreprise. Rien n’est figé, rien ne s’arrête jamais dans ce fourmillement de personnages qui s’agitent sous le ciel gris de novembre. Tandis que les grandes torches des incendies illuminent la plaine, le rem part crève sous les coups, l’huile bouillante coule, les coups pleuvent, les trom pettes sonnent, les béliers frappent, les héros meurent, le tout dans un rythm e d ’affolement et de désastre vérita­ blem ent cinématographique.

Plaisir presque enfantin de peindre : on retrouve ici l’imagier naïf et m agique qui, déjà, nous captiva. Mais l’échelle est ici vaste et la réussite complète. Sans vocifé­ ration ni tapage, Menge va son chem in d ’un pas assuré. Il a bien m érité l’hommage q u ’une grande foule lui a rendu parce q u ’il possède un sûr talent.

Figure

table  afin  d ’alim enter  facilem ent  les  réserves  de  combustible.  L ’idéal  con­

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