Questions
d'aujouiti'hui
Les fascicules de cette série sont consacrés à un ou
plusieurs problèmes du monde d'aujourd'hui. Point
par point, chacune de leurs dimensions est abordée
à travers un texte, une illustration ou des statistiques,
éclairés, contredits ou approfondis par d'autres
textes ou d'autres documents.
Chaque fascicule constitue :
— pour les élèves ou les étudiants, un guide ou un
ouvrage de référence, maniable, adapté aussi bien
au travail en équipe qu'au travail individuel ;
— pour les professeurs, un outil qu'ils peuvent
mettre en œuvre selon le niveau et les intérêts des
groupes, sans être enfermés dans un schéma pré
établi ou dans une progression impérative, et sans
être contraints à la lourde tâche de rechercher et de
reproduire des documents complémentaires.
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SOMMAIRE
• U n ac c e sso ire logique ...
7• U tilis a tio n d e m a tr ic e s r e c t a n t u l a i r e s
d a n s q u e l q u e s p r o b l è m e s de p h y s i q u e ...
14
• T r i b u n e libre
Les f a u x r a t t r a p a g e s o u la
m a lig n ité d e l 'i m p ô t
...
3 6
• Le vin e t l ' e a u ...
4 3• B ib lio g ra p h ie
... 4 6
• Vie fa m ilia le
...
5 8
• O ffre s d ' e m p l o i s ...
5 9•
6e t 7 ju in , C a c h a n , c o n g r è s 1 9 7 6
6 0
• La vie d e n o s ré g io n s
... 61
• C o m i t é d u 19 o c t o b r e 1 9 7 5
6 3
• C o m i t é d u 2 9 fé v rie r 1 9 7 6 ...
6 4
• T r é s o r e r i e
...
6 7
• M o ts c ro isé s
...
7 3Pour répondre aux nouveaux programmes
d'Électrotechnique et de servo-mécanismes :
Groupe de Regulation do uiiesso a Tiiiirisiors
avec moteur C/C à entrefer plan et rotor discoïdai
i
Pour les
besoins
de TEnsei-
gnement
Technique,
la CEM
a étudié
à partir de
constituants
industriels,
un Groupe
de régulation
de vitesse
à thyristors.
CONSTITUTION :— 1 banc supportant : 2 moteurs courant continu à ro tor discoïdai A X E M — 500 W - 3000 tr/m n avec tachym étrie AXEM - (6 V par lOOOtr/mn) accouplés par manchon débrayable.
— 1 variateu r de vitesse à thyristors unidirectionnel à pont m ixte avec synop tique reprenant le schéma de principe de la régulation et perm ettant l'étude des signaux caractéristiques à partir de points tests.
La régulation peut se faire : par génératrice tachym étrique ou par compensation de la chute interne RI.
A lim entation : 220 V monophasé 50 Hz. Tension de sortie : 0 /1 70 v continue. Courant de sortie : 6 ampères continu.
— 1 self de lissage du courant d 'in d u it (20 mH - 6 ampères).
CE G R O U PE PER M ET :
— Les essais habituels des moteurs C /C conventionnels.
— Les essais propres aux caractéristiques du moteur AXEM (faible inertie - nom bre élevé de lames au collecteur - absence de fer au rotor) - Exemple : simulation de cycles de commande numérique.
— L'étude des circuits composant un variateur à thyristors.
C e t e n s e ig n e m e n t e st e x tra it d u c a ta lo g u e « Matériel Èlectrotecnlque pour l'enseignement » é d ité p a r la G E M .
S'adresser aux Agences régionales CEM ou écrire sous référence VEC 606 à :
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UN ACCESSOIRE LOGIQUE
Quel autom obiliste q u itta n t sa voiture pour la jo u rn ée n ’a jam ais
oublié ses veilleuses restées allumées après un tunnel ou une nappe
de brouillard ?
Mon but ici n ’est pas de philosopher sur la faiblesse hum aine,
mais de proposer un petit accessoire susceptible de rappeler sa
négligence au conducteur distrait.
UN TEM O IN SONORE
Le m oteur de ce tém oin de veilleuses est un circuit intégré m onté
en oscillateur et d éb itan t sur un petit haut-parleur.
Le circuit intégré est le TAA
611 de la S.G.S. ATES, prévu
com m e am plificateur, que l’on fait osciller en couplant l’entrée à la
sortie par un condensateur de
4,7 nF. Le circuit travaillant à
saturation on le charge par un haut-parleur d ’im pédance relative
m ent élevée
(20 à 30 ohms) pour lim iter l ’échauffem ent.
On pourra m odifier la fréquence du son émis en faisant varier la
valeur du condensateur C entre 4,7 juF et 25
juF-Ainsi réalisé le tém oin fonctionne en 6 V ou
12 V sans m odifica
tion, avec une consom m ation négligeable d ’électricité.
LA COMM ANDE LOGIQUE
Le m ontage n ’étan t étudié que pour des véhicules conçus avec
le pôle négatif à la masse, j ’utilise pour le calcul les conventions de
l’algèbre de Boole en appelant niveau
0 la masse et niveau 1 le
potentiel + 6 V o u +
1 2 V selon le cas.
Soit A le fil d ’alim entation des veilleuses ou des lanternes arrières,
et a son niveau électrique, la variable booléenne a a la valeur 1
quand les veilleuses sont allumées et 0 quand elles sont éteintes.
Q uand les veilleuses sont éteintes le reto u r vers la masse se fait
éventuellem ent à travers les lampes elles-mêmes.
n i v e a u 1 n i v e a u 0 i n t e r r u p t e u r c o m m o d 0 n i v e a u a v e i l l e u s e ;
De même B éta n t le fil d ’alim entation de la bobine (contact
m oteur) et h son niveau électrique, la variable booléenne h a la
valeur 1 quand le contact est mis, et 0 contact coupé ; un reto u r
éventuel à la masse se faisant par les instrum ents de bord.
n i v e a u 1 c o n t a c t n i v e a u 0
o-1
n i v e a u b i n s t r u m e n t s ....Pour com m ander le tém oin envisagé nous disposons donc de
quatre inform ations booléennes :
a
b
1
0
veilleuses allumées
contact m oteur
positif perm anent
masse
Trois principes de com m ande apparaissent alors, par ordre
d ’in térêt, utilisant une, deux, ou trois variables booléennes.
PREMIER MONTAGE
La solution triviale est de m onter le tém oin sonore en parallèle
sur les veilleuses.
a
v e 111 e u s e s t é m o i n
0 ^ 0 s o n o r e
r - O ---• t = a
Deux états sont alors possibles :
a t
0 0 les veilleuses so n t éteintes, le tém oin est éteint
1 1 les veilleuses sont allumées, le tém oin fonctionne
C ette solution simple n ’aura certainem ent pas l’agrém ent du
conducteur am ené à supporter longtem ps un tém oin sonore gênant.
SECOND MONTAGE
Une solution plus agréable est de ne faire fonctionner le tém oin
que lorsque le co n tact m oteur est coupé :
Pour réaliser cette option, il suffit d ’effectuer le reto u r à la masse
à travers les instrum ents de bord, une diode placée dans le circuit
bloquant la possibilité : “ contact ET non veilleuses” .
c o n t a c t
t é m o i n s o n o re
Q uatre états sont possibles :
a b t
0 0 0 veilleuses éteintes, co n tact coupé : tém oin éteint
0 1 0 veilleuses éteintes, co n tact mis : tém oin étein t
1 0 1 veilleuses allumées, co n tact coupé : tém oin fonctionne
1 1 0 veilleuses allumées, co n tact mis : tém oin étein t
Ce m ontage pratique ne perm et cependant pas de laisser in ten
tionnellem ent les veilleuses allumées en stationnem ent.
TRO ISIEM E MONTAGE
Pour perm ettre à l’utilisateur de rallum er ses veilleuses au sta tio n
nem ent il suffit que le tém oin ne se déclenche que si, les veilleuses
é ta n t allumées, il coupe le contact.
Pour réaliser cette condition j ’utiliserai une variable booléenne
tem porisée : la charge d ’un condensateur Ct de
0,47
mF-c o n t a mF-c t nI V e a u b
n i v e a u 0
X
n i v e a u c
La variable c n ’est pas indépendante de
la variable b : quand h
est au niveau 1, c est aussi au niveau 1, on d it que “b e n tra în e c ” .
Mais la variable c reste au niveau
1 quand on ram ène b à l ’état 0 .
Les six cas possibles sont alors :
a b c
0 0 0 m oteur arrêté et veilleuses éteintes
0 0 1 on vient d’arrêter le m oteur, veilleuses éteintes
0 1 1 m oteur en ro u te, veilleuses éteintes
1 0 1 on vient d ’arrêter le m oteur, veilleuses allum ées
1 1 1 m oteur en ro u te, veilleuses allumées
Seul l’avant dernier cas nous intéresse : t = a ■
b ■
c .
La tension c com m ande la gâchette d ’un th yristor Th qui devient
conducteur seulem ent quand les trois conditions sont réalisées :
Anode à un p o ten tiel positif
G âchette à un p o ten tiel positif
C athode au potentiel zéro
et reste co nducteur quand le courant de gâchette est supprim é.
V e 111 e u s e _ o -c o n t a -c t o ---b
-w-Tti c o m m a n d e l o g I qu e t é m o i n s o n o r eLes six états possibles sont alors :
a b c
0 0 0 le tém oin n ’est soumis à aucune tension
0 0 1 le condensateur se décharge sans effet
0 1 1 son anode au potentiel 0 , Th est bloqué
1 0 0 sa gâchette au potentiel 0, Th reste bloqué
1 0 1 le thyristor Th conduit, le tém oin fonctionne
1 1 1 le tém oin n ’est soumis à aucune tension
Le seul cas où le tém oin fonctionne est l’avant dernier :
les veilleuses sont allumées et on arrête le m oteur.
Si le conducteur désire laisser ses veilleuses allum ées pour un
stationnem ent, il lui suffit d ’arrêter le m oteur, puis, le contact
é ta n t coupé, de rallum er les veilleuses.
R E A LISA TIO N PRATIQUE
Le m ontage peut être fait sur une plaquette de cablage imprimé
de
60 X 77,5 mm, d o n t voici le dessin côté cuivre et côté com po
sants. On fera a tte n tio n à ne pas oublier le po n t “ strap ” .
ma s s e
LISTE DES COMPOSANTS
circuit intégré TAA
611 B ou équivalent
th yristor 1 am père, 100 volts
diodes silicium 1 am père, 100 volts
condensateur
220 juF, 63 volts
condensateur
100
63 volts
condensateur de
4,7 mF à 25 ixF, 63 volts (voir texte)
condensateur
0,47 mF métallisé
condensateur 0,1 juF
condensateur
4,7 nF
condensateur
1,8 nF céram ique
condensateur
100 pF céram ique
résistance
160 ohm s, 1/2 w att
résistance
24 000 ohm s, 1/2 w att
haut-parleur
7 cm, 20 à 30 ohms
Le boîtier au choix de l’utilisateur vous perm ettra de placer ce
petit accessoire, sous le capot ou derrière le tableau de bord, près de
la b o îte à fusibles de façon à le brancher facilem ent sur le fil des
veilleuses et sur le fil du contact m oteur.
utilisation de
MATRICES RECTANGULAIRES
dans quelques problèmes de physique
L’utilisation de m éthodes m atricielles est devenue banale ces
dernières années pour la résolution de tous problèm es faisant in ter
venir des systèm es linéaires, su rto u t grâce au développem ent du
calcul par ordinateur. Les m atrices qui interviennent dans ces
problèm es (à part les m atrices lignes et colonnes), dans la très
grande m ajorité des cas sont carrées et l’usage de m atrices rectangu
laires est à peu près ignoré. Il existe cependant des situations où la
m anipulation de telles m atrices est indiquée.
Les matrices carrées ont été utilisées intensivem ent d ’abord par
des m écaniciens étudiant les vibrations de structures aéro n autiqués*.
Ce sont encore des m écaniciens qui récem m ent ont in tro d u it la
no tion de m atrice de transfert (ou de transférance) rectangulaire^’^.
I - RAPPEL DE QUELQUES ELEMENTS DE LA TH E O R IE
DES QUADRIPOLES
Un quadripole est une “ b o îte noire’’ à quatre bornes qui assure
le transfert d ’une énergie, q u elqu’en soit la form e, sous la seule
restriction que les équations qui régissent le systèm e soient linéaires
(fig.
1). La co nstitution interne de la b o îte noire im porte peu. Un
tel systèm e s’appelle encore un transducteur. Les grandeurs interve
n ant à l ’entrée et à la sortie peuvent être le plus couram m ent des
l e
6e
Es
Fig. 1 — Q uadripole électrique.
tensions et des courants électriques, des forces et des vitesses m éca
niques, des longueurs et des angles optiques, des débits et des
pressions acoustiques, etc..."*.
Considérons l’exem ple classique du quadripole électrique. On
appelle Eg, E , la d.d.p. et le courant d ’entrée et
et E la d.d.p. et
le courant de sortie. On sait que les équations du quadripole s’écri
vent, sous la form e m atricielle :
ou
Eg
A B
Es
E
C D
E
= [T]
La m atrice T qui perm et de passer des grandeurs d ’entrée aux
grandeurs de sortie s’appelle m atrice de transfert dans la plupart
des ouvrages français. Il y a six manières de grouper deux à deux les
bornes d ’entree et de sortie : on définit donc six m atrices exprim ant
des relations linéaires entre Eg, E et Eg, E- La plus im p o rtan te est
la m atrice de transfert T. Q uand celle-ci est régulière, on désigne
son inverse T'* sous le nom de m atrice caractéristique ou encore de
transfert arrière ou rétrograde. T est alors la m atrice de transfert
avant ou directe selon la term inologie des ouvrages anglo-saxons.
Une autre m atrice im portante est la m atrice im pédance définie par
2 i i
Z2 I
' 2 2ou
= [Z]
h
Is
Q uand Z est régulière, son inverse est la m atrice adm ittance. Dans
la suite, nous n ’utiliserons que les m atrices de transfert et la m atrice
im pédance.
Il existe des relations entre les élém ents de ces différentes
m atrices. Le lecteur les trouvera dans les ouvrages de calcul
matriciel^
.
Dans le cas général, les grandeurs d ’entrée et de sortie sont des
quantités complexes. Les m atrices précédentes définissent donc une
application de
dans
. Les quantités apparaissant dans les
m atrices colonnes peuvent être considérées com m e les com posantes
d ’un vecteur que nous appellerons vecteur d ’état.
A ppliquons les notions précédentes à quelques exem ples simples
et classiques.
Exem ple
1 :
Soit le systèm e m écanique constitué par deux masses m j et m2
couplées par des ressorts de raideurs fei et ^2 et se déplaçant sans
fro ttem en t. Sur les masses on applique respectivem ent les forces
f i e ' “ ' et F2
,1 C J toù Fi et F2 sont des constantes et on étudie les
vibrations sinusoïdales du systèm e (fig. 2).
/
h
>
i i e '
R i
Fig.
2 — Système m écanique à deux degrés de liberté.
Pour la résolution de cet exercice, nous utiliserons les équations
de L a g r a n g e ^ Désignons par Xj et X2 les déplacem ents des
masses m j et m2, par XiCt X2 les vitesses. L’énergie cinétique est
L’énergie potentielle est
k i x ] + - | ^2 (^2 - X i Ÿ
.A partir du Lagrangien L — T — U, on déduit les équations de
Lagrange :
d
dt
d
df
(s)
3L
9x i
= m i ' x i + k i X i — fej (x2 —X i ) = F i e ' ^ ^ (1)
T - 1 : ^ 1 = " Î 2 ^ 2 + ^ 2 ( ^ 2 - ^ i) = - F 2 '“ ' O X jEn régime sinusoïdal de pulsation OJ : x = X e“*’
x = — OJ^x.
Les équations précédentes deviennent
{- m i
+ kl + fej ) -^1 ~ ^2 ^ 2 = -f^i
- ^2-^1 + (— m2
+ k2) X2 = p2 ,
ou, sous form e m atricielle,
Fx
- myCjJ^ + ky -1-^2
- ^2
F2
- ^ 2
— m2
-1- ^2
X2
(2
)Nous obtenons ainsi les solutions en régime perm anent. La
m atrice ci-dessus s’appelle m atrice d ’élasticité. La form e de ces
solutions ne perm et pas facilem ent des généralisations.
On sait que to u t systèm e vibratoire régi par des équations diffé
rentielles linéaires à coefficients constants possède un analogue
électrique. Nous ne nous étendrons pas sur ce sujet qui à lui seul
nécessiterait de longs développem ents et ne citerons que l’analogie
force-tension ou analogie série. Ainsi, au systèm e m écanique am orti
à un degré de liberté de la figure
3 com prenant une masse m suspen
due à un ressort de raideur k avec une constante d ’am ortissem ent
fluide c, régi par l’équation différentielle
correspond, dans l’analogie force-tension, le circuit électrique régi
par l’équation
Lq + R q + i =
.
/ U / / / / J
LU C
u
-nsam
L---/ywv—
R
Fig.
3 — Analogie force-tension.
A une masse correspond une self (m ^ L), à une raideur l’inverse
d ’une capacité (fe -»•
1/C), à un am ortissem ent fluide une résistance
[C ^ R), à une force une tension [ F V ) et à une abscisse une
charge électrique (x -> q).
Dans le cas de réseaux électriques, en régime perm anent où les
charges ne s’accum ulent pas, la n o tion même de charge est sans
intérêt. Les seules grandeurs que l’on recherche sont les tensions et
les courants. Pour conserver l’analogie entre systèm es m écaniques et
systèm es électriques, il est nécessaire, dans les équations des mouve
m ents, de faire intervenir, non les déplacem ents, mais les vitesses
qui sont les analogues des courants.
Dans l’exem ple
1, les équations aux vitesses s’o btiennent par
intégration des équations de Lagrange (
1), en rem arquant que pour
des grandeurs sinusoïdales x = icox :
d x
J dx
J
F (t) d t
ou
F in a le m e n t, on tro u v e, sous fo rm e m atricielle :
F i
F2
m iico + (fei + fei )/it^
- k 2 /icü
m2i(j0 + k2/'\u)
Xi
X2
(3)
Le circuit électrique analogue à ce systèm e est représenté figure
4 .
L x
I
^ i ( t )
Fig.
4 — Analogue électrique
du systèm e de la figure 2.
Le lecteur vérifiera que l’équation m atricielle correspondante est
I
L ,ico + (
1/ico) (1/C i + I/C2)
- l/icoC j
- l/icoC2
L2ico + l/icoC2
ou encore [ V] = [Z] [/] où [Z] est la m atrice im pédance. Par analo
gie, la m atrice figurant dans (3) est la m atrice im pédance m écanique.
D éterm inons alors la m atrice de tran sfert [T] du systèm e m écani
que.
F i
A B
C D
F
2X2
Pour calculer les élém ents de m atrice, il suffit de développer (4 )
et d ’identifier les expressions de F j et Xj dans (3 ) et (4 ). On trouve
A = — 1 +
jk2 — kl Ik2
B =
[mi
(1 — m2 tj/fe2 ) + W2 {1 + kl Ik2) — kl
]
C = — ico/feo
D = 1 — m2
Ik^
N otons que si la m atrice [Z] est sym étrique, la m atrice [T] ne
l’est pas. Par analogie, on o b tie n t im m édiatem ent les élém ents de la
m atrice im pédance électrique.
Cas de plusieurs q u ad rip o les en c h a în e (fig. 5).
C n j
Fig.
5.
C T î l
La m atrice de transfert de l’ensemble est [T] = [Tj ] ■
[T2 ] • [T3 ] ,
produit des matrices de transfert de chaque quadripole, d ’où l’in té
rêt fondam ental de la n o tion de m atrice de transfert.
- N O T IO N DE M ULTIPOLE
C ’est une “ b o îte noire” possédant p entrées et n sorties (fig. 6).
0----—0
Fig. 6 — M ultipôle.
Fig.
7.
"%7—
17— '
^
e '
C
1
1 •
yâDans la théorie des réseaux électriques^, on ne considère généra
lem ent que des
2N pôles (ou 2N + 1 pôles s’il y a une borne
cofnm une aux entrées et aux sorties). Donc on prend 2N — p = n .
En m écanique, cette restriction ne s’im pose pas et il peut se
présen-ter des structures telles que celles de la figure 7 qui est une grille
com posée de barres m étalliques identiques et do n t on peut se
proposer d ’étudier les petits m ouvem ents. Cet exem ple est très
com pliqué, mais il m ontre com m ent, intuitivem ent, s’im pose la
n o tion de m atrice de transfert.
Au point A s’exercent des forces
, des couples
qui produi
sent un déplacem ent
résultant de translations
et de ro tatio n s
• Il en est de même au point B. On peut, comm e déjà indiqué
plus haut, ranger les quantités F
a--Q
aet F
b—O
bdans des colonnes
appelées vecteur d ’é ta t ou état, et si le systèm e est régi par des
équations linéaires, on aura encore
F
aF
bC
a= [T]
C
b Xa XbA
B
ou
[2 ]
p représente le vecteur des forces généralisées (forces et couples) et
d celui des déplacem ents généralisés correspondants (translations et
rotations) ; [T] est la m atrice de transfert.
Sur la figure
7, les points A et B jo u e n t les mêmes rôles géomé
trique et m écanique. La m atrice [T] est donc carrée. Il n ’en est plus
de même pour les points C et D. Il y a moins de forces qui sollicitent
C que D et la situation est celle d ’un m ultipôle avec p entrées et n
sorties. Le vecteur d ’é ta t à l’entrée aura p com posantes et n à la
sortie. La m atrice qui perm ettra de passer de l ’entrée à la sortie sera
rectangualire avec p lignes et n colonnes. Si o;i...a!p désignent les
com posantes du vecteur d ’éta t à l’entrée et )
3i
celles du vecteur
d ’é ta t à la sortie, on a :
«1
a , 1 .
■ « in
“ 2
«2 1 •
«P
« p i • • «pn
( p x i ;
(p X n)
(n X
1 )
(5)
S i p > n, la m atrice a plus de lignes que de colonnes, nous l’appel
lerons m atrice haute. S ip < n , elle a plus de colonnes que de lignes,
nous l’appellerons m atrice large. Dans l ’exem ple de la figure
7, il est
in tu itif que, connaissant l’é ta t en D, on peut déterm iner l ’éta t en C,
mais qu’il est impossible de rem onter de C en D si l’on ne co n n aît
que les états avals sans autre inform ation sur les états am onts. Pour
passer de C en D, on dispose de p équations linéaires à n inconnues.
Si le systèm e est bien conditionné, seulem ent p — n de ces équations
sont linéairem ent indépendantes. Par contre, pour passer de C en
D,
on ne dispose que de n équations linéaires pour déterm iner p
in c o n n u e s; il m anque précisém ent p —n équations. Le systèm e
m atriciel (
5) est donc essentiellem ent irréversible.
Ill - FO R M A TIO N DES MATRICES DE TRAN SFERT
RECTANGULAIRES.
Nous allons exposer m aintenant un procédé p erm ettan t de passer
de la m atrice im pédance carrée à la m atrice de transfert rectangu
laire. Raisonnons sur un systèm e m écanique com m e celui de la
figure
7. Au point d ’indice i — 1, le vecteur des forces généralisées
est F,-. 1, celui des vitesses généralisées f,-. i , chacun ayant p com po
santes. Au point d ’indice i, le vecteur des forces est F,-, celui des
vitesses v,- avec n com posantes [n < p ) . L’équation m atricielle
d ’im pédance faisant correspondre les F aux v s’écrit de la manière
la plus générale :
nn
n 1~ "
np
(6)
p n
p p
La m atrice carrée est d ’ordre n + p . En vertu du théorèm e de
réciprocité de Maxwell**®, [F ] = [R ]^ où [R]^ est la m atrice
* Pour des systèm es excités sinusoîdalem ent en régime perm anent, la force produit la même réponse sur la coordonnée que la force
Qs = Qr
p ro d u it sur la coordonnée q^.transposée de [R]**. [Q] et [R] sont des m atrices sym étriques. Les
m atrices [Q] et [S] sont carrées, l’une d ’ordre n, l’autre d ’ordre p.
La sous-m atrice [R] est rectangulaire à p lignes et n colonnes. En
dévelopant (6), on a :
-F ,- = Q
Vi -f-
Vi
(n-1)
(n-n) (n-1)
{n-p) (p-1)
(7)
F,-. I = R
Vi + S
1 (8
)(p-1)
(p-n) (n-1)
( p . p ) ( p . l )
Les indices sous les lettres rappellent la règle de m ultiplication
des m atrices rectangulaires : dans un pro d u it de deux m atrices
rectangulaires, le nom bre de lignes de la prem ière m atrice est égal au
nom bre de colonnes de la seconde.
Faisons intervenir m aintenant la m atrice de transfert. Ce ne
pourra être qu’une m atrice de transfert arrière ou caractéristique
qui perm ettra de déterm iner les com posantes du vecteur d ’é ta t en i
connaissant celles en / — 1.
n
n
En développant.
p . l ^ R/x
l r
fF ,.n
l ' ü
F,- = U ,F m +
U^Vi.i
Vi = U 3F i.i + U^Vi.i
P
P
(9 )
(1 0
)(
1 1
)
** Chez certains auteurs, on trouve [^ '] = “ [ R ] F Le signe de [R j^ p r o v ie n t de certai- nés conventions sur les signes des forces et des déplacem ents, à l’une des ex trém ités du systèm e. La même difficulté se présente pour les signes de et dans la théorie des quadripoles {voir référence 6). Selon le cas, on rencontre donc des m atrices sym étriques ou antisym étriques. Dans les réseaux électriques, on rencontre le plus souvent des m atrices sym étriques. Dans un systèm e m écanique, si l’on veut conserver la sym étrie de la m atrice im pédance, il faut ad o p ter le signe pour les forces généralisées supposées appliquées à la sortie.
Le
problèm e consiste à obtenir
Ui , U-^, U^, U4 connaissant Q,
R, S.
Il suffit pour cela d ’isoler
v,- dans l’équation (8) et de le
rep o rter dans l’équation (7). Dans le cas de matrices carrées, on
m ultiplierait à gauche par R ' * . Ici R est rectangulaire.
Pour
continuer la résolution, il faut donc définir l’inverse d ’une m atrice
rectangulaire. Nous définissons l’inverse à gauche d ’une m atrice R à
p lignes et n colonnes par :
R-® = ( R ^
R)-*
R ^
(12)
{n-p)
{n-p) [p-n]
[n-p]
On vérifie que R"*^R = ( R^R)' * ( R ^ R ) = / où / est la m atrice
unité d ’ordre n. Pour que cette définition soit valable, il faut que R
soit
de rang n***. L’inverse à gauche n ’existe que si u < p . On
définirait de même l’inverse à droite par R"^, R"^ - R ^ (R R ^ ) ‘*.
Celui-ci n ’existe que si n ^ p et si le rang de R est p. Si n = p , on
retrouve R"^ - R ' ^ = R
"1
En m ultipliant à gauche les deux m em bres de l’équation (8) par
R ' ^ , il vient :
R-<^ Fi-1 =Vi + R - ^
5vm
Vi = R- ^ Fi - i - R - ^ S v i . i
(13)
En rep o rtan t dans (7),
- F i = Q R -c Fi. 1 - Q R -«
5 v,-_ 1 -P R ^ v,-. 1 = Q R ' ^ Fi. , +
+ { R ^ - Q R - ^ S ) V i . i
(14)
Les équations (
13) et (14) peuvent se com biner en une seule
équation m atricielle
n
n
H ] ^ r - Q R - ^
- R ^ + Q R - ^ S ]
[ f m ] P
. . . .
D ’où,
Ui = - Q
R- ^
U2 ^ - R ' ^ +
Q
R- ^
S
in-p) , [n-n) {n-p)
(^’P) (^ ’P)
{n-n) {n-p) (p-p)
t/3 = R- ^
D4 = - R - ^
S
(16)
(n-p)
{n-p)
{n-p)
{n-p) {p-p)
La m atrice obtenue est une m atrice à
2n lignes et 2p colonnes
(n < p ) . Elle contient moins de renseignem ents que la m atrice
im pédance. Elle correspond à un systèm e linéaire de
2n équations
indépendantes alors q u ’au départ nous avions n + p équations
linéairem ent indépendantes. Il m anque donc p — n équations pour
revenir au point de départ.
Si l’on veut la m atrice de transfert avant, on écrira de la même
façon :
P
P
n
17)
n
^
'
et, dans le cas seulem ent où
n > p ,
on trouve, à partir des sous-
m atrices Q, R et S de la m atrice im pédance, les relations
| / i = - S ( P ^ ) - ^
V2 = R - S {R' ^) - ^Q
V 2 = - { R ' ^ ) - ‘^ V ^ = - {r T ) -d q ( 1 8 )
La n o tatio n ( R ^ ) ' ^ désigne l’inverse à droite de la m atrice trans
posée de R.
Dans le cas n > p , nous obtenons encore une m atrice large à 2p
lignes et 2n colonnes. Si nous voulions revenir à la m atrice im pé
dance (ou adm ittance), il nous m anquerait n —p équations.
I V - APPLICATIONS
A ppliquons ce qui précède à un réseau électrique et à un systèm e
mécanique.
A)
Considérons le réseau passif suivant à
8mailles. Les tensions
d ’entrée sont F j-.-F g . On se propose de calculer les courants de
mailles /i.- ./g d ’où l ’on pourra déduire les tensions de sortie existant
entre les points
Les valeurs des résistances sont indiquées
sur la figure
8.
^ V w
-vw
0
T Q
O
^
1 2 . i / | I j i /
3 T
Fig.
8— Réseau électrique.
Fig. 9 — G raphe du réseau.
Le nom bre de mailles indépendantes est
8, ce que l’on peut véri
fier facilem ent en cherchant le graphe du réseau (fig. 9). En effet, il
y a 7 nœ uds, 14 branches et le nom bre m de mailles indépendantes
(ou degré de liberté du systèm e) est donné par la form ule :
où b est le nom bre de branches et n celui des nœuds* ^ . Pour établir
la m atrice im pédance Z du réseau, nous utiliserons la m éthode de
Kron* * désorm ais classique.
Nous choisissons un sens positif arbitraire pour les tensions et les
courants. Z se présente sous la form e :
[Z]
_
("R 11. . .
R 1s iI^R g 1 • • • R g s j
Les vecteurs d ’éta t sont ici les vecteurs tension [e] et intensité [/]
et l ’on a : [e] = [Z] [/]. Rrr est la résistance totale de la maille n°
r . Rrs est la résistance com m une aux mailles r et s . Le signe de Rrs
est positif si les courants Ir et
4traversent cette résistance com m une
dans le même sens, sinon il faut le prendre négatif, ce qui est le cas
dans cet exem ple. Dans le cas d ’élém ents passifs, la m atrice Z est
sym étrique et Rrs = R$r • S’il n ’y a rien de com m un entre les
mailles r et s, Rrs = 0 . On fait ensuite la som m e des tensions dans
chaque maille en co m p tan t les tensions positivem ent si le sens du
courant est en accord avec le sens de cette tension et négativem ent
dans le cas contraire. S’il n ’y a pas de tension dans une maille, on
m arque zéro. L’inspection de la figure
8fournit aisém ent les
élém ents de [ Z ] .
[ Z ] = R
1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 0 0 05
- 1 0 0 0 - 1 0 0 - 15
- 1 0 0 0 - 1 0 0 - 15
(19)
Le vecteur des tensions est :
Le vecteur des courants est :
e =
Vl - V2
h
V
2- V
3h
V3-V^
h
V^-Vs
h
Vs- Ve
m =
h
0
h
0
0
Pour calculer les intensités en fonction des tensions, il faut
inverser la m atrice im pédance :
m = [Z]-‘ [ e ] .
E tan t donné l’allure de la m atrice Z, la m éthode la plus simple et
la plus rapide consiste à l’inverser par le procédé de la partition* ^ .
On décom pose la m atrice [Z] d ’ordre n en 4 sous-matrices. Soit Y
son inverse (m atrice adm ittance). On peut ainsi écrire Y sous form e
partitionnée :
,4i
A
2
P
B,
B
2
[Z] =
[Y] =
A
3
A
4
9.
B
3
B
4
avec p + q = n. Ici p = 5, n = 3.
De l’identité Y Z = / , on tire
B
3
A
2
+ B
4
A
4
= /
d ’où
De ZY = / , on déduit
d ’où
B3A
1 +B^A
3 — 0B 3 = — B ^ A j A
I
=:: — B/xF
B4
(^4
- F / I2
) = /A
1B
2+ A 2 B h = 0
A i B i A A 2 B3 — I
82 = - A Ÿ A 2 B ^ = - E B ^
B i = A Ÿ - E B 4
Le calcul de Y com porte donc
8étapes :
Inversion de A i
Produit
E = A ' i A
2
Produit
F = A ^ A Ÿ
Produit et soustraction G —A ^ — F A
2
Inversion de G :
—G'^
Produit
B
2
= ~ B h F
Produit
B
2
= — FB^
Produit et soustraction
—A Ÿ ~ F B j
L ’inversion de la m atrice A i est im m édiate puisqu’elle est diago
nale. On trouve F = A
2
, F = A ^ et
1)
2
)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
G =
4
-
1 0-
14
- 1G
- 14
Pour inverser G on peut encore appliquer la m éthode précédente
utiliser celle des cofacteurs. Le calcul n ’est pas très long et l ’on
ou
trouve
15
4
1G-‘
= ^ 4= (1/56)
4
16
4
14
15
Les phases
6, 7 et
8s’ex écutent alors im m édiatem ent et, finale
m ent on trouve
h
^ 2^3
U
1h
56R
h
7?
7g
D ’où :
56
G
G
G
071
4
1 04
72
4
0 14
71
G
G
G
G
G 15
4
1G
4
16
4
G
14
15
0
0
0 15
0
0
36
00 15
0
0
h
- V1
- V2
R
0
4
0
14 16
4
1
4 15
0
4
4 16
1
4
0
1
4
15
Vi - V
2
V
2
- V
2
v ^ - v ^
V
4
- V S
Vs - V e
G
G
G
(2 0
)h =
71 [ V
2
- V ^ ) + A { V ^ - V ^ ) + { V ^ - V , )
56R
etc...
Supposons m aintenant que nous considérions non seulem ent les
tensions d’entrée
mais encore les c o u ra n ts /i
/g com m e des données (ce que l’on peut réaliser physiquem ent en
insérant dans les mailles des générateurs de courants convenables) et
que nous voulions seulem ent calculer les courants /g , I
t, Ig, réalisant
ainsi un cas semblable à celui de la figure 7. On écrira alors une
m atrice de transfert arrière analogue à (15) sous la form e :
= [T]
K l - K j 1^2 - f ^ 3 V3
- V4
V ^ - V s V s - 6II
h
I
3u
T est une m atrice rectangulaire à
6lignes et 10 colonnes. L’appli
cation des form ules (16) au systèm e (19) récrit sous la form e
n = 3
p = 5
- P i
Q
G
5 -
1G G
1G
0G
l
6
G
-
15 -
1G
G -
1G G
I?
_ _ 0_ _
_
0_
-
1_5
_0 0^
_G_ -
1 0J
l.
Kl -
V2
G
G
G
1G
G
G G
h
=
R
V 2 - V 3
-
1G
G G
1G
G G
h
K3-K4
G -
1G G
G
1G G
I
3
Ka-Ks
G
G -
1G
G
G
1G
U
Vs - Vs
G
G
G G
G
G
G
1h
(2 1)O n tro u v e ici
R
-G =R ^
,
Ui —- Q R ^
,
U
2
=R ^
( Q -
f ) .
0
0
5 - 1
0
»1
0 - 4
R
R
0
0
0
0
- 1
5 - 1
0 | 0
R -
4
R
R
0
_0_0 _
0 -
_ 1 _ __5 _0 i
0 _ __0
__ R _
_o
l 60
0
0
o | 0
1
0
0
0
R
1
h0
0 -
1
0
0
0
1
0
0
R
1
^8
0
0
0 - 1
ol 0
0
0
1
0
R
1 F i - K 2 K j - F3
F3
- F4
F4
- F sII
h
h
U
h
(2 2)En développant (22) on trouve a in si/g = —
y2
- y3
R
+ I-i
etc...
On vérifiera q u ’en rem plaçant I
2
par sa valeur trouvée par le sys
tèm e (
2 0), on o b tie n t bien la même valeur de
que celle que
fournit (
2 0) ;
Si on développe le systèm e (22), on s’aperçoit que les quantités
1 ^ 1
“
1^
2) b's ~ 1^6)
et /s n ’interviennent pas à cause de
4
colonnes de zéros de la m atrice de transfert rectangulaire. On m et
ainsi en évidence le caractère irréversible de cette m atrice. En
p artant de trois tensions (ici nulles) et de trois intensités, on ne peut
déterm iner que trois tensions et trois intensités. En d ’autres term es,
en p artant des mailles
6, 7 et
8, on rebâtira les mailles 2, 3 e t 4 mais
non les mailles
1et
2.
B)
E x e m p l e m é c a n iq u e .
Considérons le systèm e représenté sur la figure 10. Il s’agit d ’une
barre rigide de masse m, de m om ent d ’inertie J, mise en m ouvem ent
à l’aide de systèm es élastiques am ortis schém atisés par des ressorts
de raideur k et une constante d ’am ortissem ent C. La barre est
m obile dans son plan au to u r du centre de gravité G {AG = GB = h).
A l’entrée agissent les forces F j , F
2, F
3, les vitesses sont y ,, v^, Vj
une force unique - F appliquée au centre de gravité et un couple de
ro ta tio n de m om ent M. La vitesse de translation est v et la vitesse
angulaire
le déplacem ent x. Le vecteur d ’éta t à l’entrée a donc
trois com posantes [p = 3) et à la sortie deux com posantes {n — 2).
La m atrice im pédance s’o b tien t à partir des équations de
Lagrange.
c
Fig. 10.
Si T est l’énergie cinétique, U l’énergie potentielle, R l’énergie de
fro ttem en t, les équations s’écrivent :
i ( | I ) + P
+ | # = Q,
d f 0(j,- o q i o q ioù qi sont les coordonnées généralisées, q,- les vitesses généralisées et
Qj les forces extérieures. Ici :
T = i m x ^ + i 7 $ ^
2
2
U —
[ X i~
X 2 ) ^+ ^ k
[ X 2~
X —+ i f e ( X 3 —X +
Ù<L)2D ’où les équations du m ouvem ent :
— F = m x + 3 cv + 3 k x — cvi — CV
2
~ cvj — fexj — fexj ~ k x j
— M = /
+ 2h^c<F — hcv
2
+ hcv^ + 2 h } k ^ — h k x
2
+ hk x ^
F j = k (xi — x) + c (Vi — v)
F
2
— k {x
2
— X — h ^ ) + c (vj ~ v ~ h ^ )
F
3= fe (X
3— X + ù<ï>) + c (V
3— V + h'F).
Si l’on veut exprim er les forces uniquem ent en fonction des
vitesses, en régime sinusoïdal, on écrit :
X q = r - ^ (l^ = - 1 ) , iCq = iCOVq
ICU
De plus, pour sim plifier l’écriture, on pose m = m ic o , / =
_ 7 i c oc = c + -— •
ICO
Il vient alors le systèm e m atriciel :
Q
- F
m + 3c
0
- M
_ _ 0____
2
PF(J_ +
Fx
—
—~c
0F
2
—F
~ Pic
Fz
— F
Pic
— c
c
0 0F
0
0
R
S
L’application des form ules (16) donne
•
“ “
— C V— Pic
è
f i
0l
>2F
1^3
2
3
1 / ( 3 F 2 ) 0 0 i / ( 2 ù ^ c ^ ; R - ^ = ( R ^ R ) - ^ R ^ =1 /(3 F )
0
- 1 /( 3 F )
l / ( 2 ù c )- 1 / ( 3 F )
l / ( 2 / i c )u , =
1+ m/ { 3 c )
0
1 + m l { 3 c )
h [ J / c + 1 ) 1 + m l { 3 T )- h { J l c + 1)
=m/ 3
—m /3
—m /3
0- J h
J h
t / , =
[
- i / ( 3 c ;
0
- l / ( 3 c )
- 1 / ( 3 F )
- l l { 2 h c )
\ l [ 2 h c )
\
[
1/3
0
1/3
1/3
l i [ 2h)
- l / (
2/j)
D ’où :
- F - M l + m _ 1 + JZL3c
3c
0
3c
0
h { i + L )3c
- 1 2hc 1 + iîL I — m3 ^ I
3
- ù ( l + 1 ) I 0______ Ç-J_____
Z i
I
1
3c
I
3
1 2hc0
3
- h j
13
J_
2ù
— m 3 F i F î hJ F3 1 3 Vl V2
V3
2hSi l’on développe cette équation m atricielle, on s’aperçoit que
- F et V s’exprim ent uniquem ent en fonction de Fi + F
2
F F
3et
de
+ i
»2+ U
3, — M e t
en fonction de F
2
— F
3et V
2
■ On
ne peut pas rebâtir le systèm e à partir des données de sortie car il
m anque les grandeurs F j et Vj .
CONCLUSION
C ette étude a permis de m ettre en évidence quelques aspects
encore peu connus du calcul m atriciel. Les m odes de raisonnem ent
qui o nt été exposés s’appliquent à tous les problèm es linéaires où le
nom bre d’inconnues à calculer est inférieur au nom bre de param è
tres figurant dans les données.
BIBLIOGRAPHIE
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matrices. University Press. 1960.
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et Cie.
TRIBUNE LIBRE
LES FAUX RATTRAPAGES
ou la malignité de l’impôt
A la dem ande de no tre cam arade G ayrard, agrégé de physique, nous publions l’article suivant qui a paru égalem ent dans le Bulletin de la Société des Agrégés. Nous lui laissons l’entière responsabilité de ses affirm ations.
Chaque année, à pareille époque, on fait des bilans : bilans de Noël pour les Enfants, bilans de fin d ’année pour les Sociétés, bilans négatifs des p o rte feuilles après les Fêtes, bUans du m êm e genre mais dits d’augm entation des F o n ctionnaires par le M inistre des Finances...
C’est de ce dernier bilan que je voudrais parler.
On va nous annoncer to u t d ’ab o rd que la hausse officielle du co û t de la vie au cours de 74 aura ete de 12, de 14 ou de 19 % ... on ne saurait deviner le chiffre ta n t il est ordinairem ent loin des réalités q uotidiennes (surtout p our une famille) et des sauts d ’hum eur du prix du b ee f steack. Mais peu im porte d’ailleurs tel o u tel chiffre pour m on propos, car c’est sur une procédure générale, et non poin t sur son aspect particulier 73 ou 74 que je voudrais attirer l’atten tio n .
Ainsi donc nous pouvons nous aussi, choisir un ta u x arbitraire (...) pour servir de base à n o tre d ém onstration. Prenons par exem ple 18 % “ d ’augm enta tion reco n n u e” au cours de l’année, et adm ettons-la, un in stan t réelle.
S upposons m aintenant, dans une a ttitu d e euphorique, que les F o n ctio n naires, et n o ta m m e n t les Agrégés qui en so n t to u t de m êm e une catégorie d o n t u n Concours sérieux atteste des m érites, voient leurs ém olum ents augm entés de 20 % en valeur num érique, au cours de la même période... enfin supposons toujours, puisque j ’écris ces lignes quelques heures avant la Nuit de Noël...
Eh bien, on ne m anquerait pas de dire que nous avons non seulem ent rattra p é, mais dépassé l’augm entation du c o û t de la vie ; et de 2 % écrirait- on ; com m e si les pourcentages s’ad d itio n n aien t aussi aisém ent. Ainsi il ap p a ra îtra it au Public, et beaucoup d ’en tre nous s’y laisseraient prendre sur le m om ent (q u itte à déchanter ensuite) que n o tre niveau de vie se serait am élioré.