Psilídeo asiático dos citros
(Diaphorina citri)
Dr. Renan Batista Queiroz
Eng. Agrônomo, Pesquisador Incaper CPDI Norte/Linhares
Psilídeo-asiático-dos-citros
Hemiptera: Diaphorina citri
Foto: Jeffrey Lotz
Psilídeo-asiático-dos-citros
Ciclo de Vida: 15 dias (verão) a 40 dias (inverno)
10 gerações por ano
Até 800 ovos (período de 2 meses)
Inseto vetor da bactéria que causa o greening
Transmissão circulativa persistente
Psilídeo-asiático-dos-citros
Hogenhout et al. 2008
Transmissão circulativa persistente
Psilídeo-asiático-dos-citros
Psilídeo-asiático-dos-citros
(Hemiptera: Diaphorina citri)
Psilídeo-asiático-dos-citros
Monitoramento (Primavera – Verão)
Armadilhas (a cada 100 m - bordaduras do pomar)
Ramos (1% das plantas, 3 a 5 ramos/planta)
Foto: Ahmad Fuad Morad Foto: Fundecitrus
Psilídeo-asiático-dos-citros
Cerca de 70% dos psilídeos são encontrados na borda
dos talhões
Psilídeo-asiático-dos-citros
Controle = Psilídeo + HLB
Psilídeo-asiático-dos-citros
Controle Químico (início da Primavera a final do Verão)
Manejo Regional
Psilídeo-asiático-dos-citros
Controle Químico (início da Primavera a final do Verão)
Psilídeo-asiático-dos-citros
Controle Químico (início da Primavera a final do Verão)
Psilídeo-asiático-dos-citros
Resistência a Inseticidas (Flórida)
IRAC-BR (Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas)
Psilídeo-asiático-dos-citros
Controle Biológico
Vespa parasitoide (Tamarixia radiata)
Psilídeo-asiático-dos-citros
Controle Biológico
Fungo entomopatogênico (Isaria fumosorosea)
Koppert (Challenger)
Psilídeo-asiático-dos-citros
Controle Biológico
Fungo entomopatogênico (Beauveria bassiana)
Psilídeo-asiático-dos-citros
Controle Biológico
Bacillus thuringiensis
Aplicação via drench em mudas (translocação de raízes
para as folhas)
42–77% mortalidade de ninfas, 2 dias após inoculação
66–90% 5 dias após inoculação
Complexo de Cigarrinhas
(Insetos vetores de Xylella fastidiosa)
Cigarrinhas
Dilobopterus costalimai
- Alimenta-se de brotações e folhas novas.
- Os ovos, amarelados, são depositados dentro de folhas, ao longo das nervuras.
- Cinco estágios ninfais, com duração média de 65 dias.
- Mede cerca de 0,8 cm, apresenta linhas escuras na cabeça e os olhos são grandes e negros.
Cigarrinhas
Acrogonia citrina
- Localiza-se predominantemente na parte superior das folhas
- Os ovos são alongados e dispostos lado a lado, em duas camadas - Geralmente são recobertos com cera pela fêmea
- As ninfas são brancas, depois se tornam esverdeadas com duração de 50 dias.
Cigarrinhas
Oncometopia facialis
- Prefere ramos mais desenvolvidos
- Os ovos são depositados lado a lado, em uma única camada, e recobertos com cera pela fêmea.
- As ninfas são escuras e tem período de crescimento de 76 dias. - Mede cerca de 1,1 cm.
- Tem ocorrência na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Paraguai.
Cigarrinhas
Bucephalogonia xanthophis
- Muito encontrada em pomares em formação (maior responsável pela transmissão da CVC para mudas.
- Também está presente em plantas invasoras do pomar. - Os ovos são translúcidos e depositados em pares.
- Mede até 0,5 cm, é esverdeada e a final das asas é transparente. - Ocorre na Argentina e no Brasil.
Cigarrinhas
Plesiommata corniculata
- Espécie abundante, facilmente observada em gramíneas e em plantas cítricas.
- O tamanho varia entre 0,4 cm e 0,7 cm de comprimento
- Tem coloração palha, com nervuras marrons ou escuras nas asas. - Presente na Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Paraguai e Peru.
Cigarrinhas
Macugonalia leucomelas
- Prefere gramíneas, mas também se alimenta de plantas cítricas. - Apresenta grande diversidade de cores, com asas de coloração escura e manchas amarelas ou brancas.
Cigarrinhas
Sonesimia grossa
- Uma das maiores espécies de cigarrinhas, chegando a medir 1 cm - Raramente é observada em plantas cítricas, vive em gramíneas. - Tem coloração marrom e nervura clara nas asas.
Cigarrinhas
Ferrariana trivittata
- Ocorre abundantemente em vegetação rasteira, principalmente gramíneas.
- As asas têm faixas de cor azul e laranja. - Corpo e pernas são esbranquiçados.
Cigarrinhas
Homalodisca ignorata
- Tem aparência semelhante à Oncometopia facialis.
- A diferenciação entre essas duas espécies se dá pela cor do corpo, a Homalodisca é creme e a Oncometopia é roxa.
Cigarrinhas
Acrogonia virescens e Parathona gratiosa
- As duas espécies vivem preferencialmente em plantas cítricas. - A Acrogonia é verde e a Parathona tem uma mancha clara e
arredondada nas asas, que também são cobertas de pintas amarelas.
Foto: Ivan Dvojak
Acrogonia virescens
Foto: Edson Roberto Ribeiro da Silva
Cigarrinhas - Monitoramento
Armadilha adesiva amarela
- A sua distribuição deve ser uniforme pelo talhão. - O tamanho mais comum é 12x7cm.
- Devem ser colocadas, preferencialmente, na face norte das plantas, a uma altura de 1,5 a 1,8 m do chão.
- Tem duração de, no máximo, um mês e pode ser afetada por chuva e poeira.
- Entre as vantagens estão a possibilidade de coleta constante e a indicação da movimentação e da quantidade de cigarrinhas.
Cigarrinhas - Monitoramento
Observação visual
- Necessita de prática e treinamento para reconhecer as principais espécies. - Conhecer os hábitos das cigarrinhas para facilitar a sua localização na planta. - Pode fazer junto com as inspeções rotineiras de ácaros e outras pragas.
- Em pomares adultos, o ideal é fazer a amostragem nas replantas ou nas brotações novas.
- Nas áreas em formação não é preciso distinguir as plantas.
- A amostragem deve ser de 1% a 2% das árvores, com uma boa distribuição dentro do talhão.
Cigarrinhas - Monitoramento
Observação visual
Cigarrinhas - Monitoramento
Rede entomológica (puçá)
- É um método eficaz capaz de capturar cigarrinhas que escapam à observação visual.
- Com a rede é possível alcançar ramos mais altos da planta.
- Para uma amostragem confiável, prática e rápida, o ideal é aliar a observação visual com a rede entomológica.
Flutuação Populacional
Frequência de Cigarrinhas
Distribuição Espacial
Controle
Basicamente controle químico
Pomares de até 3 anos
- Pode-se usar somente de inseticidas de contato ou de inseticidas sistêmicos no período das chuvas aliados a inseticidas de contato no período seco do ano.
- Nas duas estratégias deve-se levar em consideração o período de controle de cada produto.
Controle
Em plantas com mais de quatro anos
- NC: uma cigarrinha em 10% das árvores vistoriadas ou, ainda, quando há cigarrinhas na armadilha adesiva amarela.
- Nos pomares em produção, a pulverização pode ser feita
juntamente com o controle de outras pragas, diminuindo os custos da aplicação.
- Em talhões com incidência da doença ou próximos a pomares com um grande número de plantas afetadas, a
recomendação é adicionar inseticidas aos acaricidas já utilizados, principalmente entre a primavera e o verão.
Controle
Em plantas com mais de quatro anos
- Evitar desequilíbrio ecológico no pomar e induzir o aparecimento
de outras pragas, uma vez que existem inimigos naturais nos pomares que reduzem entre 15% e 40% a população das cigarrinhas.
- O uso de inseticidas sistêmicos aplicados via tronco ou drench tem apresentado bom controle das cigarrinhas com baixo impacto ao
ambiente. (Fundecitrus)
- Acetamipride SL e imidaclopride têm sido eficientes no controle. - Piretroides
- Recomendação Técnica - Registro no MAPA