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PROJETO E VALIDAÇÃODA PESQUISA DE TRIQUÍASE TRACOMATOSA

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Academic year: 2022

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(1)

GRUPO CONSULTIVO ESTRATÉGICO E TÉCNICO DE DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS GRUPO DE TRABALHO SOBRE MONITORIA E AVALIAÇÃO

PROJETO E VALIDAÇÃO

DA PESQUISA DE TRIQUÍASE TRACOMATOSA

(2)
(3)

Projeto e validação

da pesquisa de triquíase tracomatosa

Grupo Consultivo Estratégico e Técnico de Doenças Tropicais Negligenciadas Grupo de Trabalho sobre Monitoria e Avaliação

(4)

WHO/HTM/NTD/PCT/2017.08

© Organização Mundial da Saúde 2017

Alguns direitos reservados. Este trabalho é disponibilizado sob licença de Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 IGO (CC BY-NC-SA 3.0 IGO;

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/igo).

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Citação sugerida. Projeto e validação da pesquisa de triquíase tracomatosa, Grupo consultivo estratégico e técnico de doenças tropicais negligenciadas, grupo de trabalho sobre monitoria e avaliação, 2017. (WHO/HTM/NTD/PCT/2017.08) Licença: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.

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A OMS tomou todas as precauções razoáveis para verificar a informação contida nesta publicação.

No entanto, o material publicado é distribuído sem nenhum tipo de garantia, nem expressa nem

(5)

Conteúdo

Abreviaturas ... iv

Reconhecimentos ... v

1. Antecedentes ... 1

2. Simulações com dados existentes ... 2

3. Cicatriz da conjuntiva, e Triquíase da pálpebra inferior ... 6

4. Projeto do rascunho ... 6

5. Validar o projeto de rascunho: precisão ... 7

6. Validar o projeto de rascunho: custo ... 15

7. Discussão ... 17

8. Recomendações ... 18

References ... 19

(6)

Abreviaturas

TF Inflamação tracomatosa—folicular TT Triquiase tracomatosa

TS Cicatrização Conjuntival Tracomatosa WHO Organização Mundial da Saúde

(7)

Reconhecimentos

Este relatório foi elaborado por Rebecca Mann Flueckiger, Paul Courtright, David C. W. Mabey, Rachel L. Pullan e Anthony W. Solomon.

O trabalho de campo foi conduzido pelos ministérios da saúde dos Camarões, Chade, Uganda e República Unida da Tanzânia. O apoio e a supervisão do trabalho de campo por Lucienne Bella Assumpta, Gilbert Baayenda, Jérôme Bernasconi, Epée Emilienne, George Kabona, Mathias Kamugisha, Edward Kirumbi, Upendo Mwingira, Jeremiah Ngondi e Patrick Turyaguma.

Christopher Fitzpatrick, Katherine Gass, Charles Opondo e Rebecca Willis contribuíram para o desenvolvimento metodológico e análise de dados.

(8)

1. Antecedentes

1.1 A 51ª Assembleia Mundial da Saúde aprovou a resolução WHA51.11 de 1998, que visa a eliminação global do tracoma como um problema de saúde pública até 2020 (1). A estratégia recomendada para alcançar esse objetivo está contida na sigla "SAFE" que representa: Cirurgia para indivíduos com triquíase tracomatosa (TT; fase avançada da cegueira causada pelo tracoma);

tratamento antibiótico, lavagem facial e controle ambiental (2). As intervenções A, F e E são entregues aos distritos em que o tracoma ativo (inflamatório) é comum, afim de tratar a infeção ocular por Chlamydia trachomatis, o organismo causador do tracoma, e reduzir a sua transmissão de forma sustentável.

1.2 Numa série de reuniões científicas globais sobre o tracoma (3–6), os limiares de eliminação do tracoma foram definidos como sinais de prevalência do tracoma ativo “inflamação tracomatosa- folicular” (TF) (7) de < 5% em crianças de 1 -9 anos, e uma prevalência de TT (7) desconhecida ao sistema de saúde de < 0.2% em adultos com idade ≥ 15 anos (8). A prevalência desses sinais deve ser medida a nível distrital onde os distritos são “a unidade administrativa para a gestão de cuidados de saúde”, que “para fins de esclarecimento, consiste por uma unidade populacional entre 100 000–

250 000 pessoas” (5).

1.3 A Organização Mundial da Saúde (OMS), apoia o uso de pesquisas de prevalência populacional para estimar a prevalência de tracoma (9). Em geral, a prevalência de TF em crianças de 1-9 anos e a prevalência de TT em adultos com idade ≥ 15 anos, são medidas ao mesmo tempo em qualquer distrito a ser pesquisado. Esta foi a abordagem do projeto do mapeamento global do tracoma (10), que fez pesquisas de linha de base em > 1500 distritos em todo o mundo, a fim de fornecer os dados necessários para iniciar as intervenções quando necessário (11).

1.4 O projeto de pesquisa recomendado pela OMS é um projeto de duas fases sobre a pesquisa aleatória de grupos que usa amostras de probabilidade igual à dimensão, para selecionar 20–30 aldeias (9), e amostras sistemáticas ou quase aleatórias para selecionar 25–30 famílias em cada uma dessas aldeias (10). Na maioria das pesquisas, são examinados todos os ≥ 1 ano de idade que vivem em casas de famílias selecionadas.

1.5 Geralmente, as pesquisas são para estimar a prevalência de TF em crianças de 1 a 9 anos (9,10).

A TF é mais comum em crianças mais pequenas, enquanto a TT torna-se cada vez mais comum quando vão crescendo e chegam na idade dos (12–15); na população em geral também é um sinal muito menos comum do que a TF. Por causa disso, e porque o número de adultos com idade ≥ 15 anos residentes num grupo de casas famílias selecionadas, geralmente não é muito mais do que o número de crianças de 1–9-aos de idade residentes nesses grupos, o número de adultos examinados numa pesquisa, geralmente não é suficiente para estimar a prevalência de TT com precisão. Essas pesquisas simplesmente aceitam a estimativa de TT pouco precisa (6,9,10).

1.6 Como a TT é a fase cegante do tracoma, a gestão clínica apropriada da TT (16–18) constitui uma prioridade dos programas de eliminação do tracoma. A obtenção de dados precisos sobre a prevalência de TT ajuda os programas a planear os serviços cirúrgicos, monitorar o progresso e avaliar se o componente da eliminação da triquiase do tracoma foi alcançado com sucesso.

1.7 Existem quatro cenários em que a pesquisa de TT pode ser justificada.

1) Se na pesquisa de linha de base, a estimativa de prevalência de TF em crianças de 1–9-anos de idade é < 5% e a estimativa de prevalência de TT em adultos é ≥ 0.2%, não está indicada a

(9)

pesquisa de impacto para medir novamente a prevalência de TF; após as intervenções, está indicada a pesquisa de TT para reexaminar a prevalência de TT.

2) Se na pesquisa de vigilância, a estimativa de prevalência de TF em crianças de 1–9-anos de idade é < 5%, e a estimativa de prevalência de TT em adultos é ≥ 0.2%, não estão indicadas as pesquisas de impacto para medir novamente a prevalência de TF; após as intervenções, está indicada a pesquisa de TT para reexaminar a prevalência de TT.

3) Se uma pesquisa em qualquer fase do programa tiver estimado a prevalência de TT com uma abordagem metodológica questionável, o programa pode desejar fazer a pesquisa de TT.

4) Se na pesquisa de linha de base, a estimativa de prevalência de TF em crianças de 1–9-anos de idade é ≥ 30%, e a estimativa de prevalência de TT em adultos é ≥ 0.2%, são

recomendadas pelo menos 5 anos de intervenções de A, F e E antes de se fazer novamene uma pesquisa de impacto para medir a prevalência de TF. Durante esse período, o programa talvez pode desejar fazer uma pesquisa de TT para avaliar o progresso no atendimento da acumulação de TT, facilitando ajustes na entrega de intervenções de S, se for necessário.

1.8 O trabalho descrito neste relatório foi elaborado pela OMS para orientar recomendações de otimizar o design de uma pesquisa de TT. Fazer esse trabalho deu a oportunidade de avaliar também a precisão das estimativas de prevalência de TT em geral.

2. Simulações com dados existentes

2.1 Foram feitas simulações para melhor compreender dois dos principais parâmetros que influenciam o design de uma pesquisa de TT: a distribuição etária da TT e a medida em que as observações da presença ou ausência de TT se correlacionam dentro dos grupos, expressos como o efeito do design.

2.2 Os ministérios da saúde do Benin, Malawi e Nigéria forneceram conjuntos de dados de 271 pesquisas feitas entre 2012 e 2016, com o apoio do projeto do mapeamento global do tracoma (10,19–26). Cada uma dessas pesquisas empregou a metodologia de pesquisa de prevalência baseada na população (10), delineada nos parágrafos 1.3–1.5 acima. Todas as pesquisas foram feitas antes da adição de recolha de dados sobre a presença ou ausência de Cicatriz da conjuntiva tracomatosa (TS) (7) nos olhos contaminados com a triquíase (6), no seio dos sistemas de treino e de campo do Projeto do Mapeamento Global do Tracoma (27,28): portanto, esses conjuntos de dados incluem dados sobre todas as triquíases, independentemente da presença ou ausência de TS, e não é possível pressupor quanto à etiologia dos casos. Os conjuntos de dados incluídos representaram uma diversidade de situações epidemiológicas para a triquíases (Tabela 1).

(10)

Tabela 1. Resumo dos dados da pesquisa usados em simulações País ([Estado], quando aplicável) Número de pesquisas

feitas

Faixa de prevalência de triquíase em adultos com idade

≥ 15 anos (%)

Benin 27 0.1–1.9

Malawi 24 0.0–0.6

Nigéria [Bauchi] 20 0.1–3.3

Nigéria [Benue] 23 0.0–0.4

Nigéria [FCT] 6 0.0–0.3

Nigéria [Gombe] 11 0.5–3.9

Nigéria [Jigawa] 4 1.9–3.1

Nigéria [Kaduna] 23 0.0–0.8

Nigéria [Kano] 44 0.0–2.9

Nigéria [Katsina] 34 0.0–3.6

Nigéria [Kebbi] 2 0.4–1.8

Nigéria [Kogi] 4 0.0–0.0

Nigéria [Kwara] 8 0.0–0.2

Nigéria [Niger] 25 0.0–0.4

Nigéria [Sokoto] 3 0.3–1.0

Nigéria [Taraba] 13 0.0–0.8

2.3 Usando o pacote sqldf em R (29), as prevalências de triquíase por idade e sexo, foram calculadas usando a mesma abordagem que a abordagem utilizada pelo projeto do mapeamento global do tracoma (10). Os dados brutos foram organizados por grupo, idade e género. Para cada grupo, o número de indivíduos examinados e o número de indivíduos com triquíase foram determinados por cada grupo de idade e de género; então a proporção de indivíduos com triquíase nesse grupo foi avaliada pela proporção de moradores com essa idade e género (com dados da população subjacente derivados do www.worldpop.org, usando a ferramenta de estatísticas zonais no ArcGIS 10.3 (30)). A soma das proporções avaliadas dentro de um grupo produziu uma proporção de nível de grupos ajustado por idade e género dos adultos com idade ≥ 15 anos. A média das proporções do nível do grupo foi calculada para determinar as prevalências ajustadas do nível de pesquisa resumidas na Tabela 1, e que estão apresentadas em mais detalhes em (19–26). A média das proporções de triquíase específicas à idade em todos os grupos foi calculada para explorar a distribuição etária das triquíase em cada pesquisa, e a média das prevalências do nível de pesquisa específico a idade foi calculada para produzir curvas de prevalência específicas a idade para cada país (Fig. 1).

2.4 Estes dados indicam que a triquíase aparece nessas populações com idade de mais ou menos 30- 40 anos, e daí aumenta conforme a idade avança mas que existe pelo menos heterogeneidade moderada entre as configurações.

(11)

Fig. 1. As Prevalências da triquíase específicas a idade por pesquisa (unidade de avaliação, UE) e país (Benin, Malawi e Nigéria), projeto do mapeamento global do tracoma, 2012–2016

Tabela 2. Proporção de casos de triquíase em diferentes faixas etárias, por país (Benin, Malawi e Nigéria), projeto do mapeamento global do tracoma, 2012–2016

País Proporção em (%) de todos os casos de triquíase em indivíduos, por idade

≥ 15 anos ≥ 30 anos ≥ 40 anos

Malawi 100 92 89

Benin 99 95 85

Nigéria 97 92 83

Entre os países, a proporção de todos os casos de triquíase em indivíduos com idade ≥ 40 anos, varia mais do que a proporção de todos os casos de triquíase naqueles com idade ≥ 15 anos (Tabela 2).

2.5 O efeito do design (para observações de triquíase naqueles ≥ 15-anos) decorrentes do projeto de amostra de grupos foi calculado para cada pesquisa como 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑒𝑒𝑒𝑒𝑑𝑑𝑒𝑒𝑒𝑒= 1 +𝑚𝑚𝛼𝛼2𝜇𝜇, onde 𝑚𝑚 é o

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

<15 15-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79 80+

Trichiasis prevalence

Age group (years)

Average Nigeria Average Malawi Average Benin EU level curve

(12)

Tabela 3. Distribuição dos efeitos de design para a triquíase (Benin, Malawi e Nigéria), projeto do mapeamento global do tracoma, 2012–2016

Efeito de design Percentagem acumulada

1.0 23.8%

1.0–1.5 76.2%

1.0–2.0 91.7%

1.0–2.5 97.7%

1.0–3.0 98.6%

1.0–3.5 99.1%

1.0–4.0 99.5%

1.0–4.5 99.5%

1.0–5.1 100.0%

2.6 Para investigar o que poderá ser exigido numa pesquisa de TT para estimar a prevalência de TT em diferentes faixas etárias, as seguintes foram vistas as seguintes hipóteses:

1. As intervenções reduzem uniformemente a prevalência de TT em toda a população.

2. A faixa etária ≥ 40 anos constitui 34% da população com idade ≥ 15 anos.

3. A faixa etária ≥ 40 anos inclui 85% dos casos de TT na população com idade ≥ 15 anos.

4. Deve ser usado um efeito de design de 1.47.

Com essas hipóteses, uma prevalência de 0.2% naqueles com idade ≥ 15 anos corresponderia a uma prevalência de 0.5% na faixa etária de ≥ 40 anos �0.002 × 0.85

0.34 �.

Para estimar uma Prevalência esperada de 0.5% com uma precisão absoluta de ± 0.25%, o tamanho da amostra seria o seguinte:

𝑑𝑑=𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑒𝑒𝑒𝑒𝑑𝑑𝑒𝑒𝑒𝑒 ×�𝑧𝑧2×𝑝𝑝(1− 𝑝𝑝)

𝑑𝑑2 � = 1.47 × �1.962× 0.005(1−0.005)

0.00252

onde 𝑧𝑧 = o padrão normal desvia-se correspondendo a intervalos de confiança de 95%, 𝑝𝑝 = Prevalência esperada, e 𝑑𝑑 = precisão absoluta desejada expressa como metade da largura do intervalo de confiança desejado.

Isso produz um tamanho de amostra de 4496 adultos com idades ≥ 40 anos.

O tamanho da amostra diminui à medida que a faixa etária ensaiada vai aumentando (Tabela 4), porque a variação aumenta à medida que a proporção esperada aumenta para 50%, depois diminui novamente para além de 50%. Se a precisão absoluta necessária for mantida constante, então é necessário um tamanho de amostra maior com a Prevalência esperada de 50%, para permitir que o sinal seja transmitido para além do som.

(13)

Tabela 4. Cálculos alternativos do tamanho da amostra para diferentes faixas etárias, precisões, e efeito de design = 1.47

Faixa etária do

grupo examinado Prevalência esperada(%)

Precisão absoluta

± 0.15% ± 0.20% ± 0.25% ± 0.50%

≥ 15 anos 0.2 5010 2818 1803 451

≥ 40 anos 0.5 12487 7024 4496 1124

2.7 Nas 271 fichas de pesquisas de dados do projeto de mapeamento global do tracoma do Benin, Malawi e Nigéria, havia uma média de 3.0 (nível de pesquisa em média 1.4–6.1) pessoas de idade ≥ 15 anos por famílias selecionada; uma média de 2.3 (1.2–4.6) pessoas com idade de ≥ 30 anos por famílias selecionadas; e uma média de 1.5 (1.0–2.2) pessoas com idade ≥ 40 anos por famílias selecionadas. Se 30 famílias forem examinadas por grupos (como costumava ser feito no Projeto global de mapeamento do tracoma), então seriam necessários 32 grupos para incluir 2818 residentes com idade ≥ 15 anos, ignorando a falta de resposta.

3. Cicatriz da conjuntiva, e Triquíase da pálpebra inferior

3.1 A segunda reunião científica global sobre a triquíase tracomatosa na (Cidade do Cabo, em novembro de 2015) (6) discutiu os critérios para o diagnóstico de TT em pesquisas de prevalência. A reunião propôs que a definição de TT fosse alterada para requerer a triquíase (ou evidência de epilação recente de cílios virados para dentro) E EM AMBAS (i) a presença de TS no mesmo olho, OU (ii) a incapacidade de o examinador virar a pálpebra para examinar a conjuntiva. (Supondo que o examinador seja competente e experiente, a incapacidade de virar a pálpebra é geralmente devido à falta de cílios - muitas vezes devido à epilação - e/ou a uma pálpebra severamente rígida e cicatrizada.) Esta proposta não foi totalmente aceita. Em vez disso, a reunião recomendou a continuação da recolha de dados de TS, e a questão fosse deve ser revisada numa data posterior.

3.2 A reunião também recomendou que os dados sobre a triquíase da pálpebra inferior e superior fossem recolhidos nas pesquisas de prevalência de tracoma (6).

4. Projeto do rascunho

4.1 O projeto preliminar de pesquisa de TT é uma pesquisa de prevalência baseada na população, projetada para estimar com precisão absoluta de ± 0.20%, uma prevalência esperada de TT de 0.2%

nos adultos com idade ≥ 15 anos, usando um efeito do design de 1.47. Conforme mostrado na

(14)

5. Validar o projeto de rascunho: precisão

5.1 Para testar a validade da proposta do projeto e comparar os custos relativos das diferentes abordagens com a precisão, foram implementadas quatro pesquisas distritais baseadas no terreno em 2016. Foram pesquisados quatro distritos nomeadamente (Am-Timan, Chad; Budaka, Uganda;

Monduli, República Unida da Tanzânia; e Touboro, Camarões). Os quatro distritos (Fig. 2) estavam em diferentes fases do progresso para a eliminação do tracoma. As características dos quatro distritos estão resumidas na Tabela 5.

Tabela 5. Características dos quatro distritos envolvidos na validação do exercício da pesquisa de triquíase tracomatosa (TT) 2016

Distrito População

Proporção de ≥ 15- anos de

idade adultos ≥ 40 anos de

idade (%)

Estimativa prevalência de

de base de TT nos ≥ 15

anos de idade (%)

[ano da pesquisa]

Estimativa de prevalência

de base de TT nos ≥ 1-9

anos de idade (%)

[ano da pesquisa;

ano do início da MDA]

Estimativa prevalência de da próxima TF (ano)

Argumentação para a realização da

pesquisa de TT1

Timan, Am-

Chad 233 447 30 6.2 [2002] 26.9

[2002, 2014] 2017 (3)2 Budaka,

Uganda 192 853 28 3.1 [2012] 2.2 [2012, indicado] Não

indicado Não (1) Monduli,

República Unida da Tanzânia

174 482 34 5.5 [2004] 57.6

[2004, 2015] 2018 (4)

Touboro,

Camarões 287 087 35 0.5 [2011] 3.0 [2011, indicado] Não

indicado Não (1)

MDA, administração de medicamentos em massa; TF, Inflamação tracomatosa —folicular

1Razões ou argumentações foram aqui codificadas usando as mesmas designações que no parágrafo 1.7 deste relatório, a saber: (1) se na pesquisa de linha de base, a estimativa de prevalência de TF em crianças é < 5% e a prevalência de TT em adultos é ≥ 0.2%, não está indicada uma pesquisa de impacto para medir novamente a prevalência de TF; após as

intervenções, está indicada uma pesquisa de TT para reavaliar a prevalência de TT; (3) se uma pesquisa em qualquer etapa do programa tiver estimado a prevalência de TT com uma abordagem metodológica questionável, o programa pode desejar fazer uma pesquisa de TT; (4) se, na pesquisa de linha de base, a estimativa de prevalência de TF em crianças é ≥ 30% e a prevalência de TT em adultos é ≥ 0.2%, são recomendadas pelo menos 5 anos de intervenções de A, F e E antes de uma pesquisa de impacto, para medir novamente a prevalência de TF. Durante esse período, o programa talvez deseje fazer uma pesquisa de TT para avaliar o progresso no atendimento da acumulação de TT, facilitando ajustes na entrega de

intervenções de S, se for necessário.

2Pesquisa de linha de base feita a nível regional.

5.2 Os protocolos foram aprovados pelo Ministério da Saúde Pública dos Camarões (18 de julho de 2016); Ministério da Saúde do Chade (002/PR/PM/MESRS/SG/CNBT/2014); o Ministério da Saúde de Uganda (HS 2012); Instituto Nacional de Pesquisa Médica, República Unida da Tanzânia (NIMR/HQ/R.8a/Vol.IX/2085); e o Comité de Ética de Pesquisa da Escola de Higiene e Medicina

(15)

5.3 Para maximizar a qualidade da pesquisa, um painel de especialistas criou um sistema padronizado para treinar equipes de campo. O programa e os materiais de treino foram baseados naqueles materiais desenvolvidos pelo projeto do mapeamento global do tracoma (27). O treino incluiu um exame objetivo clínico estruturado (OSCE) para os examinadores, para fornecer um método padronizado de avaliação sobre a prontidão dos examinadores no que respeita a sua contribuição no trabalho de campo. O trabalho de campo começou imediatamente após o treino de três dias.

5.4 Foi feita a sobreamostragem em cada pesquisa, a fim de gerar dados para simulações posteriores: foram testados 60 grupos por distrito. Em todos os 60 grupos em Monduli, e na metade dos (30) grupos em Am-Timan, Budaka e Touboro, foram incluídos todos os indivíduos voluntários ≥ 1 ano de idade que vivem em famílias selecionadas. Nos outros 30 grupos de Am-Timan, Budaka e Touboro, foram incluídos todos os indivíduos voluntários ≥ 40 anos de idade que vivem em famílias selecionadas.

Os indivíduos participantes foram examinados por um examinador certificado usando lupa binocular de tamanho × 2.5 e uma lanterna. Os olhos que foram examinados e foi detetada a triquíase, foram também examinados para detetar a presença ou ausência de TS e a TT definida como presença de triquíase, além da presença de TS ou incapacidade de virar a pálpebra no mesmo olho.

(16)

Fig 2. Localização dos distritos pesquisados no exercício de validação da pesquisa de triquíase tracomatosa de 2016, e os dados de prevalência de triquíase mais recentes nos distritos vizinhos (31,32)

A, Am-Timan; B, Budaka; C, Monduli; D, Touboro

A B

C D

(17)

Monduli enviou 12 examinadores que registaram os seus próprios dados. As equipes de pesquisa em Am-Timan, Budaka e Touboro foram compostas cada uma por um examinador e um registador designado; um total de quatro examinadores e quatro registadores em Am-Timan; seis examinadores e seis registadores em Budaka; e cinco examinadores e cinco registadores em Touboro.

Os dados foram inseridos no LINKS (33), o aplicativo de recolha de dados usando o telefone celular Androide foi usado em 29 países para o projeto do mapeamento global do tracoma, e noutros seis países para pesquisas de outras doenças tropicais negligenciadas. Foram utilizadas as melhores práticas recomendadas para a gestão de dados incluindo o uso de gestores de dados externos (objetivos), cálculos regulares de estatística descritiva e geração de mapas de localização mostrando os locais de grupos para comparar com os shapefiles distritais. Os dados foram armazenados num servidor seguro fazendo um backup de hora em hora. Os conjuntos de dados brutos e limpos, o registo de limpeza de dados e as estimativas de prevalência ajustadas por idade e género, foram revisados e aprovados pelo devido Ministério da Saúde.

5.5 Todas as análises foram feitas usando R (29,34-38). As prevalências foram calculadas utilizando as metodologias estabelecidas pelo Projeto do mapeamento global do tracoma (10), conforme descrito na seção 2.3. Isso envolveu o cálculo das proporções do nível de grupo ajustadas por idade e género das pessoas com triquíase, levando a média das proporções ajustadas ao nível do grupo como a prevalência do nível distrital. Para efeitos desse exercício de validação, foi feito o ajuste por idade e género para calcular as prevalências ajustadas do nível distrital para ambos ≥ 15 anos de idade e os ≥ 40 anos de idade. Para calcular os intervalos de confiança foi feito o bootstrapping (39) com substituição em mais de 10 000 repetições, primeiro reescrevendo 60 grupos (para determinar os intervalos de confiança de 95% da prevalência "verdadeira") e reexaminando 30 grupos; em cada conjunto de bootstrapping, o percentil 2.5 e 97.5 [2.5th e 97.5th centiles] das variações ordenadas obtidas foram usadas respectivamente como os limites inferior e superior do intervalo de confiança.

5.6 O número de famílias inscritas, as pessoas examinadas, as prevalências e efeitos de design para as diferentes faixas etárias de cada distrito estão resumidos na Tabela 7. As distribuições da frequência das estimativas de prevalência dos ≥ 15 anos de idade e ≥ 40 anos de idade, derivadas pelo bootstrapping, são mostradas para fins ilustrativos na Fig. 3.

5.7 As estimativas de prevalência produzidas com dados de 30 ou 60 grupos eram semelhantes, conforme se mostra nos de ≥ 40 anos de idade indicado na Tabela 6.

(18)

Tabela 6. As Estimativas de prevalência de triquiases tracomatosa nos ≥ 40 anos de idade, com 95%

dos limites do Intervalo de confiança (CI), determinados por bootstrapping com (a) amostras de 60 grupos, versus (b) amostras de 30 grupos com substituição em cada amostra de bootstrap, acima de 10 000 repetições.

Distrito

60 grupos 30 grupos

Estimativa prevalência de

(%)

Limite inferior de

95% do Intervalo de

confiança (%)

Limite superior de

95% do Intervalo de

confiança (%)

Estimativa prevalência de

(%)

Limite inferior de

95% do Intervalo de

confiança (%)

Limite superior de

95% do Intervalo de

confiança (%)

Am-Timan 2.3 1.9 3.9 2.3 1.5 4.4

Budaka 2.4 1.7 3.1 2.4 1.5 3.4

Monduli 3.0 2.1 4.1 3.0 1.8 4.6

Touboro 2.0 1.4 2.6 2.0 1.3 3.0

(19)

Tabela 7. Resumo dos resultados do exercício de validação da pesquisa da triquíase tracomatosa (TT) de 2016

Distrito (número de grupos,

famílias)

Grupo etário (idade

)

Pessoas examinad

as

Pessoas com TT

Proporção de todos os casos de

TT no distrito (%)

Grupo da faixa etária

bruta - prevalênci

específica a de TT (%)

Prevalência bruta de TT nos ≥ 15 anos de idade (%)

Prevalência de TT ajustada à idade e ao género nos

≥ 15 anos de idade (%) [95%

CI]

Efeito de design para TT nos ≥ 15

anos de idade

Prevalência bruta de TT nos ≥ 40

anos de idade (%)

Prevalência de TT ajustada à idade e ao género nos

≥ 40 anos de idade (%)

[95% CI]

Efeito de design para TT nos ≥ 40

anos de idade

Am-Timan (60, 1798)

< 15 1713 0 0.0 0.0

15–39 722 3 10.7 0.4 2.5 1.0

[0.5–1.5] 1.2

≥ 40 353 25 89.2 7.1 3.6 2.0 [1.0–3.6] 1.11

Budaka (60, 1729)

< 15 2541 0 0.0 0.0

15–39 1542 0 0.0 0.0 0.9 0.6

[0.3–0.8] 1.2

≥ 40 1340 50 100.0 3.7 3.2 2.5 [1.7–3.1] 1.03

Monduli (60, 1894)

< 15 2877 1 0.7 0.03

15–39 1782 4 2.8 0.2 1.9 1.2

[0.9–1.7] 3.5

≥ 40 3149 136 96.5 4.3 4.4 3.0 [2.1–4.1] 1.05

(20)

Fig. 3 A frequência da estimativa de distribuição da prevalência de triquíase tracomatosa (TT) nos ≥ 15 anos de idade e nos ≥ 40 de idade de idade obtidas por amostras de bootstrap de 60 grupos, com substituição de cada distrito, acima de 10 000 repetições

Monduli Budaka

Touboro Am-Timan

5.8 Como era de esperar, a maioria dos casos de TT encontrados em cada distrito foram nos indivíduos mais velhos: > 86% dos casos ocorreram nos ≥ 40 anos de idade. No entanto, a relação entre a estimativa de prevalência nos ≥ 40 anos, e a estimativa de prevalência nos ≥ 15 anos oscilou de 2.0 a 4.2 (Tabela 7). Além disso, em Am-Timan e Touboro, a prevalência de TT aumentou repentinamente nos de idades de 40-44 anos (Fig. 4, painéis (a) e (d)); é provável que represente um preconceito na notificação de idade nos indivíduos com TT, o que constitui um desafio fundamental introduzido pelo recrutamento específico da idade.

(21)

Fig. 4. Proporção de todas as pessoas examinadas (linhas vermelhas pontilhadas), e a proporção dos indivíduos com triquíase tracomatosa (linhas azuis sólidas), por faixa etária, em cada distrito.

(a) Am-Timan

(b) Budaka

(c) Monduli

(d) Touboro

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Proportion

Age group

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Proportion

Age group

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Proportion

Age group

(22)

5.9 Embora o tamanho da amostra-alvo de indivíduos com idade ≥ 15 anos seja de 2818, se 30 famílias forem selecionadas por grupo, e se o número médio de pessoas com idade ≥ 15 anos por casas de famílias for de 2.6 (Distrito de Monduli, Tabela 7), então a pesquisa precisaria de 37 grupos.

Para perceber a precisão associada à redução do número de grupos, os dados do conjunto de dados do Distrito de Monduli (em que todos com idades ≥ 1 ano foram convidados a serem examinados), foram feitos bootstrapping, com substituição acima de 10 000 repetições; primeiro selecionou-se 30 grupos, depois 40 grupos, e mais 50 grupos em cada nova recolha de amostras. Como esperado, o desvio padrão torna-se menor e os intervalos de confiança tornam-se mais rigorosos à medida que mais grupos são incluídos.

Tabela 8. Estimativa de prevalência da triquíase tracomatosa (TT) nos ≥ 15 anos de idade, com intervalos de confiança (CI) de 95% gerados pelo bootstrapping, com substituição, 30, 40 ou 50 grupos do conjunto de dados Monduli, com 10 000 repetições para cada exercício.

Número de grupos por cada nova recolha de amostras

Estimativa de prevalência de TT

(%)

Desvio padrão (%)

Limite inferior de

95% do Intervalo de confiança (%)

Limite superior de

95% do Intervalo de confiança (%)

30 1.23 0.30 0.69 1.86

40 1.23 0.26 0.77 1.77

50 1.22 0.23 0.80 1.76

6. Validar o projeto de rascunho: custo

6.1 Para ser viável, uma metodologia deve permitir que as pesquisas sejam implementadas a um custo o mais baixo possível, enquanto vão fornecendo informações epidemiologicamente válidas e, portanto, úteis para o planeamento do programa. As estimativas de prevalência que estão incorretas, podem fazer com que os recursos sejam enviados para as áreas que não precisam dos mesmos (no caso de uma prevalência sobrestimada) ou renegados às populações que necessitam de preservar a sua visão. Percebido neste contexto podemos considerar o equilíbrio razoável entre precisão e custo como um problema abordável, através de uma análise custo-eficácia. O objetivo do seguinte exercício, foi para comparar o custo e a precisão de examinar aqueles com idade ≥ 40 anos com o custo e precisão de examinar todos aqueles com idade ≥ 15 anos. O tempo foi usado como aproximação para o custo.

6.2 Foram explorados os dados de Monduli e Budaka. (Em Monduli, todos os indivíduos voluntários com idade ≥ 1 ano residindo em casas de famílias selecionadas foram incluídos em todos os 60 grupos; e em Budaka, o recrutamento foi igual a Monduli nos 30 grupos, enquanto nos outros 30 grupos, foram selecionados indivíduos voluntários com idades de ≥ 40 anos a residir em casas de famílias selecionadas). Os marcadores de tempo foram gravados automaticamente pelo LINKS em cada caso de inserção dos dados.

6.3 O tempo necessário para completar cada componente do processo da recolha de dados foi calculado pela determinação dos tempos médios em todas as observações relevantes. Ao nível do grupo, foi calculado o tempo decorrido desde a chegada ao grupo (ponto A) e a chegada a primeira casa de famílias nesse grupo (ponto B). Ao nível do famílias, calculou-se o tempo decorrido do ponto

(23)

diferença entre o início (ponto C1-n) e o fim de cada exame (ponto D1-n). Finalmente, calculou-se o tempo decorrido entre Dn na última casa de família de um grupo e o tempo de chegada no grupo (ponto A) (Tabela 9).

Tabela 9. Os tempos médios dispendidos (com 95% intervalos de confiança [CI]) ao fazer cada atividade de pesquisa sobre a triquíase tracomatosa, nos distritos de Monduli e Budaka em, 2016

Atividade Período (Hora, minuto e segundo) [95%CI]

Monduli1 Budaka1

Preparar para começar a recolha de dados, por

grupo 0:40:42 (0:33:15–0:48:10) 0:06:54 (0:04:59–0:08:49)

Configuração e diálogo antes do primeiro exame, por família

grupos de ≥ 1-ano

de idade 0:03:38 (0:03:05–0:04:10) 0:01:08 (0:01:02–0:01:14) grupos de ≥ 40-

anos de idade [não aplicável] 0:02:18 (0:01:46–0:02:50)

Examinar indivíduos, por indivíduo

grupos de ≥ 1-ano

de idade 0:01:27 (0:01:26–0:01:29) 0:00:30 (0:00:29–0:00:30) grupos de ≥ 15-

anos de idade 0:01:36 (0:01:34–0:01:38) 0:00:33 (0:00:32–0:00:33) grupos de ≥ 40-

anos de idade 0:01:43 (0:01:40–0:01:45) 0:00:53 (0:00:52–0:00:54) Tempo total nas casas das

famílias, por casa de família

grupos de ≥ 1-ano

de idade 0:15:10 (0:13:31–0:16:49) 0:04:58 (0:04:40–0:05:17) grupos de ≥ 40-

anos de idade [não aplicável] 0:05:00 (0:04:15–0:05:46)

Tempo total em casas de famílias, por grupo 0:29:31 3:10:15

1Em Monduli, as equipes foram compostas por dois examinadores, onde cada um dos quais registou os seus próprios resultados. Em Budaka, foi composta uma equipe de um examinador e um registador.

6.4 Examinar indivíduos com TT levou mais tempo do que examinar indivíduos sem TT (Tabela 10).

Tabela 10. Período de exame médio (com 95% de intervalos de confiança [CI]) para aqueles com e sem a triquíase tracomatosa (TT) nas pesquisas de TT nos distritos de Monduli e Budakaka em, 2016

Status da TT Periodo do exame (hora, minuto e segundo) [95%CI]

Monduli1 Budaka1

Presença de TT 0:03:35 (0:03:11–0:03:59) 0:01:59 (0:01:47–0:02:11) Ausência de TT 0:01:25 (0:01:23–0:01:28) 0:00:34 (0:00:33–0:00:34)

(24)

Tabela 11. Número de pessoas examinadas por famílias, o tempo necessário para examinar e a proporção de triquíase tracomatosa (TT) encontrada em diferentes categorias de idade em pesquisas de TT, nos distritos de Budaka e Monduli em, 2016

Distrito, faixa etária examinada

Idade (anos)

Contagem das casas de

famílias

Pessoas examinadas por

famílias

Periodo por grupo

Proporção de casos de TT encontrados nesse grupo etário

(%) Monduli,

≥ 1 ano de idade

≥ 40 32 1.8 4:43:08 96.5

≥ 15 32 2.6 5:25:19 99.3

≥ 1 32 4.1 6:47:32 100.0

Budaka,

≥ 1 ano de idade

≥ 40 31 1.7 4:40:22 100.0

≥ 15 31 3.1 5:16:41 100.0

≥ 1 31 5.8 6:30:58 100.0

Budaka,

≥ 40-anos de

idade ≥ 40 27 1.7 3:51:32 100.0

7. Discussão

Os dados aqui apresentados, demonstram que para uma pesquisa de TT existem várias dificuldades potenciais envolvidas na limitação do recrutamento para aqueles com idade ≥ 40 anos. Primeiro, existe a variabilidade na proporção de todos os casos de TT que são encontrados nos ≥ 40 anos de idade, e embora isso também seja verdade para a proporção de todos os casos de TT encontrados nos ≥ 15 anos de idade, o último está menos marcado do que o anterior. Em outras palavras, ganha- se alguma precisão ao incluir a população de 15 a 39 anos de idade na pesquisa, porque descarta-se a (maior) incerteza em torno da proporção de TT encontrada naqueles com idade ≥ 40 anos. Em qualquer caso o alvo de eliminação está definido como uma prevalência de TT naqueles com idade ≥ 15 anos (8).

Em segundo lugar, examinar indivíduos com idade ≥ 40 anos proporciona um incentivo para aqueles com idade inferior ou superior a este limiar de deturpar a sua idade caso estiverem entusiasmados ou relutantes a serem examinados. Esses incentivos também se aplicam aos que estão quase na idade de 15 anos, se esta for a idade limite para o exame, mas como a prevalência de TT é muito baixa na faixa etária dos 10-20 anos, isso irá influenciar ainda mais as estimativas de prevalência.

A pesquisa de 30 casas de famílias em que somente os ≥ 40 anos de idade são examinados, leva menos tempo do que pesquisar 30 residências onde todos os ≥ 15 anos de idade são examinados.

Por razões de comparabilidade, usando os dados de grupos em que todos os ≥ 1 ano foram examinados, teoricamente o tempo economizado ao examinar apenas os ≥ 40 anos de idade (em comparação com o exame feito a todos ≥ 15 anos de idade) teria levado 42 minutos (Monduli) e 36 minutos (Budaka). No entanto, o tempo total necessário para examinar somente os ≥ 40 anos de idade num grupo de 30 casas de familias ainda aproxima-se a meio dia de trabalho para uma equipe, mesmo antes de tomar em consideração o tempo de viagem de ir e voltar do lugar onde está o grupo. Os grupos selecionados aleatóriamente numa pesquisa de nível distrital, estão tipicamente situados distantes uns dos outros e, portanto, a possibilidade de uma equipe completar consistentemente o exame de dois grupos de ≥ 40 anos por dia é improvável. O tempo economizado

(25)

líderes das aldeias e as discussões a nível doméstico, o que não está necessariamente relacionado com a faixa etária a ser examinada.

8. Recomendações

8.1 As pesquisas de TT não são rotinas e são recomendadas para contextos epidemiológicos específicos, em particular:

1. Se na pesquisa de linha de base, a prevalência estimada de TF nas crianças de 1–9-anos de idade é < 5% e prevalência estimada de TT nos adultos é ≥ 0.2%, não está indicada a pesquisa de impacto para medir novamente a prevalência de TF; após as intervenções, está indicada a pesquisa de TT para reexaminar a prevalência de TT.

2. Se na pesquisa de vigilância, a prevalência estimada de TF em crianças de 1–9-anos de idade é < 5% e de TT em adultos é ≥ 0.2%, não estão indicadas pesquisas de impacto para medir novamente a prevalência de TF; após as intervenções, está indicada a pesquisa de TT para reexaminar a prevalência de TT.

3. Se uma pesquisa em qualquer fase do programa tiver estimado a prevalência de TT com uma abordagem metodológica questionável, o programa pode desejar fazer a pesquisa de TT.

4. Se na pesquisa de linha de base, a prevalência estimada de TF em crianças de 1–9-anos de idade é ≥ 30% e de TT em adultos é ≥ 0.2%, são recomendados pelo menos 5 anos de intervenções de A, F e E antes de uma pesquisa de impacto para medir novamente a prevalência de TF. Durante esse período, o programa talvez pode desejar fazer uma pesquisa de TT para avaliar o progresso da abordagem da acumulação de TT, facilitando ajustes na entrega de intervenções de S, se for necessário.

8.2 Quando realizada, deve ser implementada a pesquisa de TT como uma pesquisa de prevalência baseada na população, projetada para estimar a prevalência de TT nos adultos com idade ≥ 15 anos.

O tamanho da amostra é calculado para estimar com 95% de confiança, a prevalência esperada de TT de 0,2% com precisão absoluta de 0.2%, e um efeito de design de 1.47 obtendo 2818 como o número alvo dos adultos com ≥ 15 anos a serem examinados. Isso deve ser adequadamente inflacionado para responder à esperada taxa de não-resposta. O número de grupos c, que seria idealmente incluído é dado por c = (2818 × [inflador de não resposta])/(h × a) , onde h é o número de casas de famílias que podem ser examinadas por 1 equipe em 1 dia, e a é o número esperado de adultos residentes em cada casa, conforme determinado pelo recenseamento ou experiência mais recente da pesquisa de tracoma baseada na população. Se c, determinado pela fórmula acima é ≥ 30, devem ser usados 30 grupos.

(26)

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