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Le marché rizicole ouest-africain et la sécurité alimentaire : leçons et perspectives après la flambée des prix de 2008

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Le marché rizicole ouest-africain

227

? Volatility e Guinea aper N°16 irriers and îequence, ts? W orld ation pour îwi's Farm ? annuelle létique de rade Hub. g in South paper N° en t Policy ki, A n to n y ;rn Africa: nallholder frica Trade politiques la produc- 12 à Paris. •aints and ferm Food , Nairobi. i Research I

LE MARCHÉ RIZICOLE OUEST-AFRICAIN

ET LA SÉCURITÉ ALIMENTAIRE :

leçons et perspectives

après la flambée des prix de 2008

par Monsieur Frédéric Lançon

économiste

UMRART-Dev Acteurs, Ressources, Territoires dans le Développement, UMR n° 5281

Université de M on tpe llie r 3, CNRS, CIRAD

et Monsieur Patricio Mendez del Villar

économiste

UMR TETIS Territoires, Environnement, Télédétection et Inform ation Spatiale, CIRAD, Irstea, AgroParisTech

(2)

228

Le DéMéTeR 2 0 1 4

Sommaire

In t r o d u c t i o n : u n e n j e u r e n o u v e l é 1 . Le m a r c h é d u r iz e n Af r iq u e s u b s a h a r i e n n e 1 . 1 . Un m a r c h é e n c r o i s s a n c e r a p id e, d o m i n é p a r l'a f r i q u e d e l'o u e s t 1 . 2 . Un e c r o i s s a n c e q u i r e p o s e s u r u n c h a n g e m e n t d'h a b i t u d e a l i m e n t a i r e 1 . 3 . Un e b a l a n c e a l i m e n t a i r e e n r iz s t r u c t u r e l l e m e n t d é f i c i t a ir e 2 . Qu e l l e s s t r a t é g ie s d e d é v e l o p p e m e n t p o u r l a r iz i c u l t u r e o u e s t-a f r i c a i n e ? 2 . 1 . La q u e s t i o n r é c u r r e n t e d e l a c o m p é t i t i v i t é d e l a r i z ic u l t u r e o u e s t-a f r i c a i n e 2 . 2 . Le m a r c h é m o n d i a l n'e s t p a s u n e r é f é r e n c e 2 . 3 . Des p r é f é r e n c e s d e c o n s o m m a t i o n d é t e r m i n é e s p a r d e m u l t i p l e s f a c t e u r s Co n c l u s i o n :

DES SYNERG IES C R O ISS A N TE S ENTRE FILIÈRES D 'IM P O R T A T IO N ET FILIÈRES LOCALES ?

(3)

Le marché rizicole ouest-africain

229

Liste des illustrations

Ta b l e a u 1 Pr i n c i p a u x i n d i c a t e u r s d u m a r c h é d u r iz p a r g r a n d e s a i r e s g é o g r a p h i q u e s Ta b l e a u 2 Ré p a r t i t i o n d e l a c o n s o m m a t i o n d e r iz p a r Gr a n d e s r é g i o n s d'a f r i q u e s u b s a h a r i e n n e Ta b l e a u 3 Ré p a r t i t i o n d e s s u p e r f ic ie s r i z ic o l e s p a r s y s t è m e s d e c u l t u r e G r a p h i q u e 1 Év o l u t i o n d e p u i s 1961 d e l a c o n s o m m a t i o n m o y e n n e a n n u e l l e d e r iz

PAR HABITANT PAR GRANDES RÉGIONS D'AFRIQUE

Gr a p h i q u e 2 Év o l u t i o n d e l a p r o d u c t i o n e t d e s i m p o r t a t i o n s d e r iz e n Af r i q u e s u b s a h a r i e n n e Gr a p h i q u e 3 Év o l u t i o n d e s r e n d e m e n t s r i z ic o l e s m o y e n s e n Af r i q u e s u b s a h a r i e n n e e t d a n s le m o n d e d e p u i s c i n q u a n t e a n s Gr a p h i q u e 4 Es t i m a t i o n d e l'é v o l u t i o n d u p r i x c a f d u r iz i m p o r t é e n Af r i q u e d e l'o u e s t Gr a p h i q u e 5 R é p a r t i t i o n de l a v a l e u r des i m p o r t a t i o n s de r i z o u e s t - a f r i c a i n e s p a r pays d ' o r i g i n e Gr a p h i q u e 6 Po i d s r e s p e c t if s d e s d i f f é r e n t s a t t r i b u t s d e q u a l i t é d u r iz d a n s les p r é f é r e n c e s d e s c o n s o m m a t e u r s i v o i r i e n s e tn i g é r i a n s Gr a p h i q u e 7 Les f il iè r e s r i z ic o l e s e n Af r i q u e d e l'o u e s t C a r t e 1 De m a n d e t o t a l e d e r iz e tt e n d a n c e s d'é v o l u t i o n d a n s les p a y s d'a f r i q u e C a r t e 2 Co n s o m m a t i o n d e r iz p a r t ê t e e tt e n d a n c e s d'é v o l u t i o n d a n s les p a y s d'a f r i q u e C a r t e 3 Im p o r t a t i o n s t o t a l e s d e r iz e tt e n d a n c e s d'é v o l u t i o n d a n s les p a y s d'a f r i q u e C a r t e 4 Ta u x d e d é p e n d a n c e m o y e n e tt e n d a n c e s d'é v o l u t i o n p a r p a y s d'a f r i q u e C a r t e 5 Pr o d u c t i o n d e r iz e tt e n d a n c e s d'é v o l u t i o n p a r p a y s d'a f r i q u e

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(5)

Le marché rizicole ouest-africain

231

I

n t r o d u c t i o n

:

u n e n j e u r e n o u v e l é

i

Les marchés in te rn a tio n a u x du riz 1 o n t connu en 20 08 l'u n e des pires crises de leur histoire. Les prix m on dia ux se sont envolés, trip la n t en quelques semaines, et les pays im p o rta te u rs o n t subi un vérita ble choc éc o n o m iq u e et financier. Mais c'est su rto u t la lim itation des exportations, imposée par les gouvernem ents des grands pays asiatiques producteurs, qui a frappé les esprits car elle a brisé le para­ digm e néo-libéral du com m erce international, en ta n t que source de s ta b ilité e t de sécurisation p o u r ap p ro v is io n ­ ner les marchés déficitaires. Or, c'est ce paradigm e qui, dans les années q u a tre -v in g t-d ix , avait c o n d u it les pays d 'A friq u e de l'O uest à s'engager dans des politiques de libéralisation et de dém an tè lem e nt de leurs systèmes d 'in ­ terve n tio n pu bliq u e et d'en c a d re m e n t des filières céréa­ lières, en particulier celle du riz.

La crise de 20 08 2 a donc remis à l'ordre du jo u r la ques­ tio n de la rég ula tio n des marchés et d 'u n e in te rv en tion publique fo rte po ur relancer la production locale et assurer durab lem e nt la sécurité alimentaire. Ces dernières années, les États o u e s t-africa ins et leurs partenaires in te r n a tio ­ naux o n t consenti d 'é n o rm e s e ffo rts p o u r fin a n c e r des pro g ra m m e s de relance des riz iculture s locales. Ils o n t sub v e n tio n n é les in tra nts et m êm e, parfois, les o n t dis­ tribués g ra tu ite m e n t, telles les semences au Bénin. Ils se son t engagés dans des travaux d 'a m é n a g e m e n ts ou de réam énagem ent partiels de périmètres irrigués ou de bas- fonds. Pour te n te r de réguler leurs marchés intérieurs, des pays com m e le Ghana, le M ali, le Niger ou le Nigeria se sont efforcés de constituer des stocks céréaliers, même si ces mesures se sont g é n é rale m ent avérées insuffisantes en raison des faibles volum es concernés (m oins de 1 % de la dem ande locale). Seul le Mali aurait eu les moyens d 'in te rven ir en cas de nouvelle hausse brutale des prix du riz : ses stocks avoisinaient les 100 0 0 0 tonnes en 2010, d o n t la m oitié constituée par l'O ffice des produits agricoles du Mali (OPAM).

Cinq ans après la crise, le bilan apparaît donc contrasté. Certaines mesures d'accom pagnem ent, lancées du ran t la période post-crise afin de lim iter les hausses des prix à la consom m ation et soutenir la production, restent en vigueur en 2013. La Guinée, le Mali et le Sénégal ont, par exemple, m aintenu leurs restrictions sur les exportations et le Liberia, ses exonérations de taxes à l'im p o rta tio n . Dans le cas du riz, ces mesures o n t permis à la production de progresser de 5 % par an entre 2009 et 2012 3, avec des évolutions diverses selon les pays. Les im portations o n t effectivement été stabilisées sur les années 2009 et 2010, mais les mesures n 'o n t pas réussi à renverser la tendance et réduire significa­

1 - Sans autre précision, dans cet article, le terme de riz se rapporte au riz décorti­ qué, prêt à la consommation.

2 - L'Afrique de l'Ouest a été fortem ent touchée par l'envolée des prix mondiaux de 2008, même si la hausse y a été répercutée avec quelques mois de décalage. La facture rizicole annuelle serait passée d'environ 2,5 milliards de dollars à près de 4 milliards.

3 -U S D A , 2013.

tivem ent la dépendance rizicole. Depuis 2011, les im porta­ tions ouest-africaines connaissent même une forte reprise : + 20 % en 2011 et + 60 % en 2012 par rapport à 2 0 0 8 4 et elles restent indispensables pour couvrir près de 50 % des besoins des consommateurs régionaux. Résultat : l'Afrique de l'Ouest constitue l'un des pôles majeurs d'im portations de la planète. En 2012, avec 8 millions de tonnes importées sur un commerce mondial de 38 M t, elle a représenté plus de 20 % des échanges internationaux.

Il fa u t reconnaître que le contexte in te rna tiona l du m ar­ ché du riz n 'in c ite g u è re aux p o litiq u e s v o lo n ta ris te s , telles celles mises en place en 2 0 0 8 et 2 0 0 9 . Les pays africains peuvent de nouveau s'approvisionner à des prix relativem e nt faibles sur les marchés m ondiaux, m êm e si leur niveau est supérieur à celui d 'ava nt 2007. Les cours te n d e n t à se stabiliser depuis 2008, mêm e si en 2009 et en 2010, le spectre d 'un e nouvelle crise avait un peu secoué les marchés. En 2013, le potentiel d 'e xp ortatio n est excé­ dentaire grâce à la reprise de la production m ondiale et au retour en force de l'Inde com m e exportateur depuis 2011. Dans ce contexte, la reprise des im p o rta tio n s o u e s t-afri­ caines indique que l'élan initié en 20 08 pour relancer les rizicultures locales tend à s'essouffler.

Néanmoins, l'e ffe t de balancier post-crise - m arqué par le retour en force de I' État dans les sphères des marchés et des filières céréalières - ju s tifie de nous in te rrog er sur les c o n d itio n s et la capacité des pays ou e s t-a fric a in s à assurer leur sécurité a lim e n ta ire dans un c o n te x te plus in te rv e n tio n n is te . Et ce d 'a u t a n t que les p o litiq u e s de libéra lisa tion des marchés qui, dans les années q u a tre - v in g t-d ix , de vaient dynam iser le secteur p ro d u c tif local et ainsi réduire le dé ficit com m ercial du riz, n 'o n t jamais véritablem ent abouti. On peut donc lé gitim e m en t s'inter­ roger - com m e nous allons le faire dans cet article, après avoir analysé la situation de l'économ ie rizicole d 'A friq u e subsaharienne - sur les term es du débat selon lesquels est posée la question du dé velopp em en t de la riziculture en A friqu e de l'Ouest.

1. L

e m a r c h é d u riz

EN AFRIQUE SUBSAHARIENNE

1.1. Un m arché en croissance rapide,

d o m in é p a r l'A f r iq u e de l'O uest

Avec un volum e moyen de près de 18 millions de tonnes de riz con som m é par an, l'A friq u e subsaharienne (ASS) représente, a u jo urd'hu i, seulem ent 5 % du volum e total c on s o m m é dans le m o n d e (Tableau 1). Mais la p ro p o r­ tion a tte in t environ un tiers, lorsque l'on ne prend pas en c o m p te le marché asiatique qui réalise plus de 85 % de la c o n s o m m a tio n m ondiale. De plus, le marché africain se distingue des autres régions du m onde (hors Asie) par sa fo rte croissance. Selon les données du ministère américain

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2 3 2

Le D

émétêr

2 014

CARTE 1 - Demande totale de riz et tendances d’évolution dans les pays d ’Afrique

M oyenne 2005-2009 (en tonnes) 3 068 700 (Nigeria) Q 300 000 O 50 000 • 476 (Érythrée)

CARTE 2 - Consommation de riz par tête et tendances d’évolution dans les pays d’Afrique

Demande de riz en kg par habitant et par an

Tendance 1995-2009 (en %) Équateur Moyenne Absence de données Moyenne 2005-2009 (en %) S ource : FAOSTAT, 2013.

CARTE 3 - Importations totales de riz et tendances d’évolution dans les pays d’Afrique

M oyenne 2005-2009 (en tonnes) de l'Aç ASS s'< nières marchf O rient progre: mais p marchf m ation lion de

(7)

Le marché rizicole ouest-africain

2 3 3

CARTE 4 - Taux de dépendance moyen et tendances d’évolution par pays d’Afrique

Tendance 1 9 9 5 -2 0 0 9 (en 10 Seychelles R w a n d a 50 77 100 150 200 Moyenne 2005-2009 (en %) Moyenne Absence de données „ Source : FAOSTAT, 2013. Équateur 1 000 km

CARTE 5 - Production de riz et tendances d’évolution par pays d’Afrique

M oyenne 2005-2009

(équivalent décortiqué, en tonnes)

9

2 525 037 (Madagascar) 1 000 000 Q 300 000 O 50 000 • 112 (Swaziland) Source : FAOSTAT, 2013. Tendance 1995-2009 (en %)

Absence de données Pays non producteur

de l'A griculture (USDA), la consom m ation to tale de riz en ASS s'est accrue de + 4,1 % par an sur les cinquante der­ nières années, soit le double du rythm e de croissance du marché m ondial (+ 2,1 %). Seuls les marchés du M oyen- O rien t (+ 4,8 % ) et d'O céanie (+ 5,4 % ) o n t connu une progression légèrem ent plus élevée sur la m êm e période, mais p o u r des volum es la rg e m e n t in fé rieu rs puisque le marché du M oyen-O rient représente le tiers de la consom ­ m ation d'ASS et que celui d'Océanie n 'a tte in t pas le m il­ lion de tonnes.

A u sein mêm e de l'A friq u e subsaharienne, de fortes dis­ parités apparaissent en term es de volumes consommés et de dynam ique de marchés (Tableau 2 e t Carte ?). Si, dans les années soixante, le marché se répartissait à peu près

é q uita ble m ent entre A friq u e de l'Ouest et de l'Est, il n'en va plus de m êm e au jourd'hui. La part de l'A friq u e de l'Est a considérablem ent chuté, passant de 40 % à 27 % durant la dernière décennie en raison d 'u n rythm e de croissance de la dem ande in férieur à celui des autres régions. Les taux annuels de croissance les plus élevés sont enregistrés en A friq u e centrale et australe (+ 6 %), mêm e s'il s'agit de marchés m arginaux puisqu'ils ne représentent respective­ m en t que 5 % et 6 % du marché subsaharien total. Les cinquante dernières années o n t en fa it été marquées par la consolidation de la position d o m ina nte de l'A friq u e de l'Ouest. La région représente environ les deux tiers du riz consom m é en A friqu e subsaharienne et la consom m ation c ontinue d 'y a u gm e nter à un rythm e élevé.

(8)

2 3 4

Le DéMÉTeR 2014

Tableau 1

Principaux indicateurs du marché du riz par grandes aires géographiques

Production

(équivalent riz blanchi) Exportations Importations Consommation Moyenne 2 0 0 0 - 2010 (en 1 000 t) Tendance annuelle 2 0 0 0 -2010 Moyenne 2 0 0 0 - 2010 (en 1 000 t) Tendance annuelle 2 0 0 0 -2010 Moyenne 2000 - 2010 (en 1 000 t) Tendance annuelle 2 0 0 0 -2010 Moyenne 2 0 0 0 - 2010 (en 1 000 t) Tendance annuelle 2 0 0 0 -2010 Afrique subsaharienne 9 582 6,4 % 102 32,2 % 8 480 4 % 17 889 5 % Asie de l'Est 145 343 1,4 % 1 418 - 13,0 % 2 412 3 % 150 254 0 % Sud-est asiatique' 105 532 1,8 % 14 962 4,0 % 4 944 2 % 94 898 1 % Asie du Sud 132 454 2,3 % 7 904 3,0 % 1 140 0 % 125 861 2 % Moyen-Orient 2 165 0,5 % 67 4,1 % 5 254 4 % 7 450 3 % Afrique du Nord 4 198 1,2 % 734 - 2,6 % 317 7 % 3 815 2 % Amérique centrale 607 2,1 % 0 - 480 0 % 1 080 1 % Caraïbes 874 0,6 % 0 - 1 024 0 % 1 891 0 % Amérique du Sud 15 185 1,7 % 2 221 11,4 % 1 259 4 % 14 262 1 % Amérique du Nord 6 856 - 0,4 % 3 359 0,0 % 1 488 3 % 4 969 1 % Union européenne 1 902 2,5 % 211 - 1,1 % 1 295 2 % 2 982 3 %

Autres pays européens 10 7,2 % 0 - 118 3 % 124 4 %

Anciens pays de l'URSS 974 6,8 % 117 25,4 % 449 - 4 % 1 326 1 %

Océanie 406 - 1,9 % 216 3,9 % 331 3 % 543 - 1 %

Source : USDA PS&D, 2 0 1 3

Tableau 2

Répartition de la consommation de riz par grandes régions d'Afrique subsaharienne

1 9 6 0 - 1 9 7 9 1 9 8 0 - 1 9 9 9 Depuis 2 0 0 0 Taux de croissance annuel 1 9 6 1 - 2 0 0 9 Afrique de l'Ouest 55 % 65 % 63 % 5,1 % Afrique de l'Est 4 0 % 27 % 27 % 3,2 % Afrique centrale 3 % 3 % 5 % 6,2 % Afrique australe 3 % 4 % 6 % 6,7 %

Total Afrique subsaharienne 100 % 100 % 100 % 4,5 %

Source : calculs des auteurs d'après Faostat (2013).

1.2. Une croissance qui repose sur un

changem ent d 'h a b itu d e a lim entaire

La croissance du marché du riz en A friqu e subsaharienne s'explique évidem m ent, po u r une part, par la croissance d é m o g ra p h iq u e : sur les c in q u a n te dernières années, la population a augm enté à un rythm e annuel de + 2,7 %. Mais elle résulte surto u t du changem ent rapide des habi­ tu d e s a lim e n ta ire s rég io n a le s . A u niveau m o n d ia l, la consom m ation m oyenne annuelle est passée de 40 kg en 1961 à 55 kg en 20 09 et elle tend aujo urd'hu i à se stabi­ liser. C om m e le m ontre le G raphique 1, il n'en va pas de mêm e en A friqu e subsaharienne où, sur la mêm e période,

la con som m ation a progressé trois fois plus vite, passant de 10 kg à plus de 20 kg par an. Ce dynam ism e s'explique par le tr ip le m e n t de la c o n s o m m a tio n o u e s t-a fric a in e , alors que'celle d 'A friq u e de l'Est a peu évolué (Carte 2).

Les d é te rm in a n ts de la fo r te croissance de la c o n s o m ­ m atio n de riz en A friq u e subsaharienne son t m ultiples. C elle-ci résu lte d 'é v é n e m e n ts p a rtic u lie rs , c o m m e les vagues de sécheresse des années s o ix a n te -d ix qu i o n t d u re m e n t fra p p é la p ro d u c tio n de céréales locales (mil, sorgho, maïs) et favorisé la diffusion du riz via l'aide alim en­ taire. Elle a aussi été largem ent encouragée et entretenue par la con jo nction de deux phénom ènes : l'utilisatio n de

(9)

Le marché rizicole ouest-africain

235

ion idance nuelle ) 0 0 - 010__ ; % ) % I % i % i % ! % % ) % % % : % , % % 1 % 2 0 1 3 ice )09 2013). lassant cplique icaine, e 2). nsom - Itiples. n e les ui o n t s (mil, limen- îtenue ion de Graphique 1

Évolution dd la consommation moyenne annuelle de riz par habitant depuis 1961 par grandes régions d'Afrique

(En kilogram m es - Source : Faostat, 2013)

la po litique alim entaire pour assurer la stabilité socio-poli- tiq u e dans les zones urbaines au m o m e n t de l'in d é p e n ­ dance des États africains et, d'a u tre part, la disponibilité de surplus croissants sur le marché m ondial, avec l'ém er­ gence des grands exportateurs asiatiques (Thaïlande, puis V ietnam et Inde) qui o n t « o ffe r t » une dépendance ali­ mentaire à prix abordable. Il fa u t d'ailleurs souligner que ce tte p o litiq u e a lim e n ta ire fo n d é e sur la spécialisation in te rn a tio n a le a été mise en œ uvre dès la périod e c olo­ niale, la France u tilisan t les surplus rizicoles in dochinois po u r a lim e n te r à m o in d re c o û t les fo n c tio n n a ire s et les ouvriers d 'A friq u e occidentale 5.

Le c h a n g e m e n t d 'h a b itu d e s a lim e n ta ire s a aussi été sou tenu par l'u rb a n is a tio n rapide de l'A friq u e subsaha­ rienne. Le pource ntage de p o p u la tio n viva nt en ville est passé de 15 % dans les années soixante à plus de 35 % a u jo u rd 'h u i 6. Or, les m odes de vie urbains se tradu ise nt par l'accroissement des tem ps de déplacem ent, des form es de con som m ation plus individualisées à dom icile com m e à l'extérieur et des contraintes auxquelles les céréales et

autre produits vivriers traditionnels ne répondent pas aussi bien que le riz 7. Le riz présente l'avantage de se cuisiner facilem en t, sans avoir de connaissances culinaires, et ce quel que soit le nom bre de convives. De plus, il se conserve blanchi, c'e s t-à -d ire p rê t à être cu it, alors que le maïs, le mil, l'ig n a m e et le m anioc ne se conservent que sous une fo rm e brute nécessitant des opérations intermédiaires (pilonnage, meulage) avant d'être cuisinés.

Enfin, la croissance plus rapide de la c o n s o m m a tio n de riz en A friq u e de l'O uest que dans le reste de l'A friq u e subsaharienne prouve que les préférences alim entaires sont aussi déterminées par la tradition culinaire. C'est en e ffe t la seule région du c o n tin e n t où la p ro d u c tio n est e n d é m iq u e : des espèces de riz y son t cultivées depuis plusieurs milliers d'années 8 A u tre m e n t dit, le riz est à la fois un pro d u it tradition nel et un vecteur de la tra nsfo rm a­ tion du système alim entaire et cette singularité lui confère un poids beaucoup plus im p o rta n t que dans le reste de l'A friqu e.

5 - Harre D., 1991.

6 - World Development Indicator, 2013.

7 - Kennedy et Reardon 1994. 8 - Portères, 1976.

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236

Le DéMéTÊR 2 0 1 4

Graphique 2

Évolution de la production et des importations de riz en Afrique subsaharienne (En % p o u r le taux de dépendance e t en 1 0 0 0 tonnes p o u r les im p o rta tio n s e t la consom m ation

Équivalent riz blan chi - Source : Calculs d'après USDA PSD)

2 0 1 2 / 2 0 1 3 : 1 0 8 6 0

1.3. Une balance alim e n ta ire en riz

s tru ctu re lle m e n t d éficita ire

La croissance exponentielle de la consom m ation subsaha­ rienne n'a pas été satisfaite par une croissance similaire de la production locale : ni en A friq u e de l'Ouest, ni a fo rtio ri dans les régions où le riz ne constitue pas une com posante tra d itio n n e lle des systèmes de productions. Les im p o rta ­ tions se sont développées parallèlem ent à la consom m a­ tion (Carte 3). Leur poids dans la consom m ation totale est ainsi passé de moins de 20 % dans les années soixante à environ 45 % du ran t la dernière décennie (G raphique 2).

L'évolution de ce taux de dépendance n'a pas été linéaire. Sa progression a démarré au milieu des années soixante- dix et s'est poursuivie jusqu'au d é bu t des années quatre- vingt, avant de baisser puis de repartir à la hausse à par­ t ir du milieu des années qu atre-vingt-dix. Ces variations correspondent à des phases de hausse ou de baisse de la pro du ction locale en fo n c tio n des variations clim atiques, mais aussi à des m odifications de l'environnem ent écono­ mique, plus ou moins favorables au développem ent de la production et des im portations. Elles résultent égalem ent du décalage e n tre la ra p id ité du c h a n g e m e n t de styles alimentaires et la réponse de la production locale à la crois­

sance de la dem ande. La prem ière hausse de la d é p e n ­ dance résulte ainsi du tem ps nécessaire à la mise en place des premiers program m es de p ro m o tio n de la riziculture qui reposaient n o ta m m e n t sur l'accro issem e nt des sur­ faces irriguées. Par la suite, la crise financière qui a frappé l'A friq u e subsaharienne à partir des années quatre-vingt, a ré d u it le p o u v o ir d 'a c h a t des c o n s o m m a te u rs , aussi bien que la capacité des pouvoirs publics à subventionner le riz im p orté. La croissance de la dem ande c o m m e des im p ortatio ns a ralenti au m o m e n t où les effets des plans d'investissement dans la riziculture se concrétisaient et où la production augm entait. Dans ce contexte, les pouvoirs publics nigérians, principal marché en volum e d 'A friq u e de l'Ouest, o n t mis en place des mesures de protection en fra p p a n t les im portations d'em bargo. Enfin, le milieu des années quatre-vingt-dix a m arqué une nouvelle phase de hausse de la dépendance. Elle a résulté de la libéralisation des im p ortatio ns et de la levée de l'em b argo au Nigeria. Mais elle a aussi été favorisée par une période de prix inter­ nationaux bas, li£e à l'arrivée de deux nouveaux exporta­ teurs asiatiques, le V ietnam et l'Inde, d o n t les stratégies d'exportations o n t pesé sur les cours. Résultat : l'a u g m e n ­ ta tio n de la dem ande a co n d u it à un taux de dépendance proche de 50 % au dé bu t des années deux mille. Depuis, celui-ci a oscillé entre 40 % et 50 % (Carte 4). La hausse

(11)

Le marché rizicole ouest-africain

237

Graphique 3

Évolution des rendements rizicoles moyens

en Afrique subsaharienne et dans le monde depuis cinquante ans

vO O

o

de la produ ction n'est pas parvenue à réduire significati­ vem e nt le niveau des im portations, mêm e après le pic de hausse des prix m ondiaux de 2008.

C ette persistance du dé fic it de la balance alim entaire ne signifie pas que la riziculture subsaharienne, en pa rtic u ­ lier o u est-africa ine , n 'a it pas ré p o n d u à l'expansion du marché (Carte 5). Sur les cin qu ante dernières années, la production a crû à un rythm e annuel de + 3,4 % , soit un taux significativem ent plus élevé que celui de la production m ondiale (+ 2,1 %). Mais cette croissance n'a permis de couvrir que la part de l'expansion du m arché correspon­ dant à l'au g m e n ta tio n de la population. Elle n'a pas suffi pour répondre au cha ng em en t d'habitudes alimentaires. Par ailleurs, la croissance de la pro d u c tio n repose essen­ tie llem e nt sur l'extensification des surfaces (+ 2,5 % par an). Les rendem ents, eux, progressent s eu le m e nt d 'e n ­ viron + 1 % . Le re n d e m e n t régional m oyen - déjà l'un des plus faibles dans les années soixante - ne dépasse pas a u jo urd'hu i les 2 tonnes par hectare, alors que, sur la mêm e période, il est passé de 2 tonnes à plus de 4 tonnes à l'échelle m ondiale grâce à des variétés plus productives et à une meilleure maîtrise de l'eau (G raphique 3). En Chine, par exemple, la m oitié des surfaces rizicoles est cultivée en variétés hybrides à hauts rendements.

La s ta g n a tio n des re n d e m e n ts a frica ins ne résulte pas seu le m e nt des con tra in te s éco no m iqu es ou in s titu tio n ­ nelles ayant affecté les effets des program m es d 'ap pu i à la riziculture. Elle s'explique aussi par le type de systèmes rizicoles (Tableau 3). Produire du riz en irrigué constitue, po ur ainsi dire, une norm e planétaire. Mais cela reste un système m ineur sur le continent, hormis en A friq u e de l'Est et australe, une région qui ne réalise q u 'u n e part m ineure de la pro du ction. En A friq u e de l'Ouest, les surfaces irri­ guées occ u p e n t seulem ent 13 % des superficies contre 80 % po ur la riziculture pluviale. Or, cette dernière souffre d 'u n p o te n tie l de re n d e m e n t b e a u c o u p plus fa ib le : 2 tonnes m axim um contre 6, voire 7 tonnes en irrigué. De plus, elle n'a pas bénéficié d'investissements de recherche aussi im portants, mêm e si des innovations fortes o n t été réalisées depuis une dizaine d'années, n o ta m m e n t avec l'in tro d u c tio n des variétés New rice fo r A frica (N e ric a )9. Enfin, la riziculture pluviale n'a pas constitué une stratégie prioritaire po ur les pouvoirs publics et les agences de déve­ lo pp em en t : ceux-ci o n t concentré leurs moyens de déve­ lo pp em en t sur la riziculture irriguée, considérée com m e la seule fo rm e possible d'intensification 10.

9 - Defoer et al., 2002. 10 - Hirsch, 1998.

(12)

238

Le DéMÉTeR 2014

Tableau 3

Répartition des superficies rizicoles par systèmes de culture

Inondé Irrigué Plaine Coteau

Afrique de l'Ouest 8 % 13 % 38 % 41 %

Afrique centrale 0 % 5 % 23 % 71 %

Afrique de l'Est & australe 1 % 41 % 30 % 28 %

Monde 3 % 57 % 31 % 9 %

Sources : IRRI, 2006, Rice W orld Statlstics

900

8 00

700

Pourquoi l'expansion rizicole d 'A friq u e de l'O uest repose- t-elle d'ab ord sur la riziculture pluviale ?

♦ Dans les zones de forêt, elle est traditio n n e lle m e n t insé­ rée dans un système de défrichage - brûlis et l'expan­ sion s'est fa ite au d é trim e n t de la durée de la jachère dans la ro ta tio n : celle-ci d im in u e a fin d 'a c c ro ître le n o m b re d'an né es de p ro d u c tio n du riz et des autres cultures céréalières, favorisant l'épuisem ent des sols et rem e tta nt en cause la durabilité du système.

♦ Les b a s-fo nd s o n t c o n s titu é le d e uxièm e v e c te u r de croissance des superficies rizicoles. Ils sont mis en valeur grâce à des techniques plus ou moins intensives en capi­ tal (prise au fil de l'eau, m icro-barrages). Les plaines in on dab les de la bande sou da n ie n n e 11 o ffr e n t aussi un potentiel im p o rta n t dans un e n v iron ne m ent moins favorable à la production de plantes peu adaptées à des périodes de submersion.

♦ E n fin , da ns c e rta in e s z o n e s p ro c h e s des m arch és urbains, com m e au Bénin ou au Togo, la riziculture s'est substituée à d'autres cultures devenues moins rém uné­ ratrices, tel le coton.

2 . Q u e l l e s s t r a t é g i e s d e

DÉVELOPPEMENT POUR LA RIZICULTURE

OUEST-AFRICAINE ?

M êm e si la dernière décennie a été marquée par l'ém er­ gence de nouveaux pôles de c o n s o m m a tio n en A friq u e australe et centrale, le riz reste d'ab ord un enjeu alim en­ taire m ajeur en A friqu e de l'Ouest. Nous allons donc fo c a ­ liser notre discussion sur les politiques et les stratégies de développem ent rizicole de cette région.

2.1. La question récurrente

de la c o m p é titiv ité

de la rizicu lture ouest-africaine

Le c h o ix e n tre im p o r ta tio n s e t p r o d u c tio n lo c a le est con substantiel à l'ém e rg e n c e de la qu estio n rizicole en A friqu e de l'Ouest. La question a été soulevée dès 1981,

- La bande soudanienne correspond aux steppes arborées entre les zones de forêt humide au sud et la zone sahélienne au nord. En termes de précipita­ tions, elles se définit comme la zone comprise entre les isohyètes de 700 à 1 200 mm de pluie.

avec la publication de travaux a p p r o fo n d is 12 analysant les avantages com paratifs de la riziculture dans cinq pays de la région, et elle continue d'être discutée a u jo u r d 'h u i13. L'étu de de 1981 pose c la ire m e n t les te rm e s du d é b a t con c e rn a n t la capacité des agricultures africaines à être c o m p é titiv e s . Elle m e t en lu m iè re l'h é té r o g é n é ité des s itu a tio n s ré g io n a le s ( e n v iro n n e m e n ts m a c r o - é c o n o ­ miques différents selon les États, pays enclavés ou côtiers) et la coe xisten ce de systèmes de p ro d u c tio n au degré d 'in te n s ific a tio n très variable. Les chercheurs e s tim e n t ainsi que le ta u x de change fixe e n tre le Franc CFA - la devise de l'U n ion économ ique m onétaire de l'A friq u e de l'O uest (UEM OA) - et le Franc français s'est tr a d u it par une sur-évaluation du p re m ier et a d o n c c o n s titu é une source de distorsions en faveur des im portations. Par ail­ leurs, ils m o n tre n t que les pays enclavés, où une grande partie de la pro du ction est auto-consom m ée, bénéficient d 'u n e protection spatiale liée au coû t élevé du transp ort pesant sur les im p ortatio ns. Enfin, ils s ou lig ne nt que les systèmes rizicoles les plus c o m p é titifs son t les systèmes pluviaux à faible niveau d 'in tra nts et que les systèmes irri­ gués, intensifs en capital (engrais, énergie) et nécessitant des infrastructures im portantes (am énagements) o n t une com p étitivité plus faible.

Ces c o n c lu sion s o n t suscité de v iru le n ts dé ba ts entre, d 'u n côté , les p ro m o te u rs d 'u n e in te rv e n tio n p u b liq u e en faveur de l'intensification des rizicultures basée sur les principes de la Révolution verte (variétés, engrais et maî­ trise de l'eau) et, de l'autre, des experts plus circonspects c o n c e rn a n t l'e ffic a c ité é c o n o m iq u e de cette o p tio n . Le bilan de la po litique de libéralisation - mise plus ou moins s y s té m a tiq u e m e n t en oeuvre dans la région à p a rtir du m ilieu des années q u a tre -v in g t-d ix - ne p e rm e t pas de tranc h er Jte d é ba t de façon univoque. Mais, force est de constater que la production ne s'est pas effondrée, malgré la réduction drastique des soutiens publics à la riziculture (baisse des tarifs douaniers, suppression des subventions aux intrants, réform e des services de vulgarisations, arrêt des investissements (dans les am énagem ents h yd ro-a gri­ coles).

Pour autant, ce m aintien de la croissance de la production après la libéralisation ne pe ut être e n tiè re m e n t a ttrib u é

600 500 4 00 300 200 ■ \ 100

12 - Pearson, Stryker et Humphrey, 1981. 13 - Seck et al., 2010. aux réf effets c tée par par un« exempl Niger t instituti exploit; merce i Tous le après le lioratioi ouest-a en capi tiv ité re aussi di à partir sions cr 20 08 e la péric Le fa it m ainte 14 - Jamir 15 - Benz 1 6 -Seck,

(13)

Le marché rizicole ouest-africain

539

lysant les I pays de ' h u i ,3. lu d é b a t 2s à être é ité des - é c o n o - jcôtiers) u degré îs tim e n t CFA - la rique de d u it par tu é une . Par ail- 1 grande lé fic ie n t •ansport que les /stèm es mes irri- :essitant on t une ; entre, u b liq u e ! sur les et maî- nspects :ion. Le jmoins artir du pas de 1 est de malgré iculture entions s, arrêt o-agri-Juction ttrib u é Graphique 4

Estimation defl'évolution du prix CAF du riz importé en Afrique de l'Ouest (En US dollars / tonne - Sources : Osiriz, FAO - Food O utlooks)

1000 900 800 700 600 500 400 300

aux réform es. Il résulte sans d o u te aussi, en partie, des effets des investissements publics et de la réponse appor­ tée par les acteurs des filières riz aux o p po rtu nités offertes par une dem ande en pleine expansion. Ainsi, au Mali par exemple, le décollage de la production rizicole à l'O ffice du Niger té m o ig n e des effets con jo ints de la réorganisation institutionnelle d'accès au f o n c ie r 14 qui a permis de mieux exploiter le périm ètre irrigué, de la libéralisation du co m ­ merce des céréales et de la dévaluation du Franc CFA 15. Tous les indicateurs d'ava ntag es com p ara tifs, actualisés après la libéralisation 16 convergent et in diq ue nt une am é­ lioration de l'avantage com p a ra tif de la production rizicole ouest-africaine, m êm e pour les systèmes les plus intensifs en capital. Cette am élioration reflète les gains de produc­ tiv ité réels obtenu s dans certains systèmes. Mais elle est aussi due à la rem ontée progressive du prix du riz im porté à partir du d é bu t des années deux mille, en raison des te n ­ sions croissantes sur le marché m ondial qui culm ine ron t en 20 08 et du trip le m e n t des coûts du transp ort m aritim e sur la période (G raphique 4).

Le fa it qu'après le pic de 2008, les im p ortatio ns se soient m ainten u à un niveau com p ara ble à celui du d é b u t des

14 - Jamin et Coulibaly, 2002. 15 - Benz et al., 1995. 16-Seck, 2010; Lançon, 2008.

années deux mille et ce, m algré le m aintien de prix inter­ nationaux dépassant les 4 5 0 dollars la tonne, prouve que la question du riz en A friq u e de l'Ouest ne peut être débat­ tue suivant les term es du seul avantage com paratif.

2.2. Le marché m ondial

n'est pas une référence

L'une des principales critiques adressées à re n c o n tre des thèses libérales (et de son cadre conceptuel) porte sur le fa it que le marché m ondial - qui constitue la référence vis- à-vis de laquelle est évaluée l'efficience des filières locales de p ro d u c tio n de riz - n'est q u 'u n m arché « résiduel », d o n t les cours ne peuvent pas refléter la valeur optim ale du prix à l'échelle mondiale. En effet, seulement 7 % de la p ro d u c tio n m ondiale fo n t l'o b je t d'échanges in te rn a ­ tio n a u x . La m ajeure partie du riz p ro d u it sur la planète est consom m ée dans les pays producteurs, voire par les riz ic u lte u rs eux-m êm es. De plus, ce m arch é est f o r t e ­ m e n t asymétrique puisque cinq pays (Thaïlande, V ietnam , Inde, États-Unis et Pakistan) assurent plus de 80 % des e x p o rta tio n s face à une d e m a n d e m o n d ia le b e au c oup plus fra g m e n té e . Enfin, les volum es d 'e x p o rta tio n s ne sont pas nécessairement déterm inés par les variations des cours m ondiaux. Dans la p lu p a rt des pays exportateurs, ■ Coût Transport USA-Bangladesh □ Riz thai 2 5 % FOB

o

(14)

240

L

e

DéMéTeR 2014

Graphique 5

Répartition de la valeur des importations de riz ouest-africaines par pays d'origine

(En po urce ntage - Source : Calculs des auteurs d'après The atlas o f économ ie complexity, R. Hausmann e t al., 20 11 )

1 9 9 5 1 9 9 7 1 9 9 9 2 0 0 1 2 0 0 3 2 0 0 5 2 0 0 7 2 0 0 9

■T h a ïla n d e Inde “ Chine “ Vietnam Brésil “ États-Unis “ Pakistan “ Uruguay “ Égypte “ Argentine

ils rép on den t d'abord, à des considérations de politiques agricoles et alimentaires nationales. Le marché m ondial est en fa it un instru m en t de politique agricole qui perm et aux pays exportateurs de réduire la facture de leurs politiques de soutien à la riziculture 17 et cette déconnexion entre stratégies des pays exportateurs et évolutions des cours m o n d ia u x con stitue l'u n e des causes de la fo rte in certi­ tu d e pesant sur le niveau des prix internationaux. Ainsi, en 2 0 08 , l'in te rru p tio n des e x p ortatio ns indiennes et, dans une m oindre mesure, vietnam iennes et égyptiennes a joué un rôle-clé dans le décle nche m ent de l'envolée des prix in ternationaux, alors q u 'e lle visait à réduire les pressions inflationnistes sur les marchés alimentaires nationaux 18. Dans ce con texte, les in te rro g a tio n s des dé tra cteurs de la libéralisation du m arché du riz en A friq u e de l'O uest c o n c e rn a n t l'u tilis a tio n du prix m on dia l c o m m e prix de référence po u r évaluer des avantages com paratifs appa­ raissent légitimes. Néanmoins, le niveau des prix in te rna­ t io n a u x - mêm e s'il n'est pas un prix m ondial d'équilibre - reste un critère incontournable pour dé finir les stratégies nationales d 'o ffre , c o m p te te n u des c o n tra in te s b u d g é ­ taires im p ortan te s des États ouest-africains : d 'u n e part, parce que le prix m oyen sur le m arché m o n d ia l est un coû t d 'o p p o rtu n ité po ur les politiques de soutien aux rizi­

1 7 -Lançon, 2011.

18 - Lançon et Mendez del Villar, 2008

cultures locales et, d 'a u tre part, parce que les taxes sur les im p ortatio ns, aussi faibles soient-elles, a p p o rte n t des ressources fiscales non-négligeables.

De plus, la focalisation des détracteurs de la libéralisation sur le risque d 'in te rru p tio n de l'offre sur le marché m o n ­ dial n'a pas été corroborée par les faits du ran t la crise de 2 0 0 8 . La fa ib le c o n tra c tio n des im p o rta tio n s africaines enregistrée a tra d u it des reports tem poraires d'achats ou le recours aux stocks élevés accumulés avant le déclenche­ m en t de la crise afin d'approvisionner les réseaux de dis­ trib u tio n . Par ailleurs, le retrait indien du marché mondial des riz ordinaires et é tu v é s 19 a été rapidem ent compensé par le développem ent des exportations thaïlandaises vers l'A fr iq u e de l'O u e s t (G ra p h iq u e 5) et par l'é m e rg e n c e d 'im p o rta tio n s en provenance des nouveaux pays exporta­ teurs d 'A m ériqu e latine. Les exportations brésiliennes, qui se développaient sur la région depuis le d é bu t des années deux mille, sont ainsi passées de 4,5 % de la valeur totale des im portations régionales en 20 07 à plus de 1 7 % . Enfin, la reprise des exporta|ions indiennes de riz ordinaire depuis 2011 a permis de retrouver un marché m ondial beaucoup moins ten d u , où la concurrence entre pays exportateurs jo ue pleinem ent. La diver à une d en Afric qualité marché d em ent de 25 ki elles coi sur leur du riz si s'agisse peu d iff m ation sur la cc

2.3.

Comme dans pli des cho p rix res les caté la préfé brisure < À l'inve que le ri

(15)

Le marché rizicole ouest-africain

2 4 1

Graphique 6

Poids respectifs des différents attributs de qualité du riz dans les préférences des consommateurs ivoiriens et nigérians

(Source : Lançon e t al, 2 0 0 3 ; Lançon e t al, 2001)

7 ,3 %

Côte Nigeria d'ivoire

Choix du riz Importé

Côte Nigeria d'ivoire

Choix du riz local

■ Autres propriétés organoleptiques H Qualités nutritives | Goût P Facilité de cuisson Capacité de gonflement ^ Propreté et apparence £ Disponibilité H Prix

La diversification de l'origin e des im portations correspond à une diversification croissante des types de riz im portés en A friq u e de l'O uest : à côté des riz caractérisés par la qualité de leur usinage et leur aspect (taux de brisure), le marché des riz étuvés, ainsi que des riz parfum és croît rapi­ dem ent. De nouvelles form es de con d itio n n e m e n t en sacs de 25 kg, 10 kg et 5 kg fo n t égalem ent leur apparition car elles correspondent aux pratiques des firm es exportatrices sur leurs marchés nationaux. C ette « d é com o ditisa tion » du riz sur le marché ouest-africain - c'est-à-dire le fa it qu'il s'agisse de moins en moins d 'u n pro d u it de base standard, peu différencié et de plus en plus d 'u n pro d u it de consom ­ m ation élaboré - rem et en question les term es du débat sur la com pétitivité des filières locales.

2.3. Des préférences

de consom m ation déterminées

par de m ultiples facteurs.

C o m m e l'illu s tre le G ra p h iq u e 6, les enquêtes réalisées dans plusieurs pays ouest-africains révèlent la com plexité des choix des consom m ateurs, n o ta m m e n t u r b a in s 20. Le prix reste un é lé m e n t d é te rm in a n t, en p a rtic u lie r p o u r les catégories de riz les moins chères : té m oin, en 2001, la préférence des Ivoiriens p o u r le riz im p o rté à taux de brisure élevé, soumis à des droits de douane peu élevés21. À l'inverse, au Nigeria, le riz local était vendu moins cher que le riz im p orté car il s'agissait de riz étuvé plus coûteux

et sur lequel s'appliquaient des droits de douane élevés22. Pour autant, ni ce différentiel de prix, ni mêm e des caracté­ ristiques organoleptiques différentes de celles du riz local n 'o n t empêché la croissance des im portations nigérianes. D 'au tre s a ttrib u ts de qu a lité , c o m m e la p ro p re té ou la disponibilité, o n t pesé dans le choix des consommateurs.

A u tre m e n t dit, les structures de c o n s o m m a tio n ne sont pas déterm inées par le seul jeu des prix relatifs entre riz local et riz im p o rté ou avec les autres alim ents de base. Elles obéissent é g a le m e n t à d 'a u tre s critères. L'histoire récente du développem ent de la riziculture ouest-africaine prouve que les changem ents de stratégies de politiques ou les évolutions m acro-économ iques nationales et in te rn a ­ tionales n 'e m p ê c h e n t pas une coexistence durable entre productions locales et im portations. Celle-ci n'a été affec­ tée q u 'à la marge par les changem ents, m êm e radicaux, de p o litiq ue s tarifaires ou la hausse des prix in te rn a tio ­ naux. Le marché du riz africain est approvisionné via une filière locale et une filière d 'im p o rta tio n , les deux é ta n t fo rte m e n t segmentées et leur pro d u it final n'ayant pas les mêmes propriétés (G raphique 7).

Le riz paddy local, c'est-à-dire avec sa balle, est collecté par des intermédiaires qui von t le faire décortiquer dans de petites unités, disséminées dans les zones de production. Il est ensuite généralem ent vendu sur les marchés de rue. Mais cette technique ne perm et pas d 'o b te n ir un pro du it

20 - Chohin-Kuper et al., 1999. 21 -1 2 % ad valorem.

22 - Le Nigeria applique des tarifs douaniers (50 % ad valorem) nettement plus élevés que les pays de l'UEMOA.

(16)

242

Le DéMÉTÊR 2014

Graphique 7

Les filières rizicoles en Afrique de l'Ouest

N

\

\

___ Y ___ ‘ ' Rizerie Ind.

Ç

Filière locale

Ç

Filière import ► Riz paddy

Riz local décortiqué Riz importé

^ ^ ”jm p o r t a t e u r s ~ ^ ^ )

Grossiste

c

Détaillant ^ J > é t a i l l a n 7 ^ )

propre et hom ogène, com parable au riz décortiqué indus­ trie lle m e n t dans les pays exportateurs. La rém u né ra tion du décorticage local dépend d'ailleurs le plus souvent du volum e traité et prend rarem ent en com p te le taux de bri­ sure, ce qui lim ite l'in citation à am éliorer la transform ation. La qualité du décorticage souffre égalem ent de l'hétérogé­ néité des variétés produites dans une m êm e aire de pro­ duction, ainsi que d 'u n séchage incom plet qui augm ente le taux de grains brisés. A fin de te n te r de lim iter ce taux de brisure - encore plus élevé lorsque le riz est décortiqué m anuellem ent, au pilon - le riz paddy peut être étuvé dans les zones traditionnelles de production car l'étuvage (trem ­ page, passage à la vapeur) renforce la solidité du grain. De plus, il apporte des propriétés nutritives supérieures au riz blanchi grâce à l'absorption dans la graine des vitamines et des sels m inéraux contenus dans l'enveloppe. Enfin, il répond aux besoins culinaires de certains consom m ateurs car les grains collent moins. Mais t o u t le riz paddy produit n'est pas s y s tém atiq ue m ent étuvé car l'o p é ra tio n coûte cher en bois de chauffe et le pro d u it ob tenu ne convient pas à d'autres consommateurs.

La filière du riz im p orté est, elle, dirigée par un im p o rta ­ te u r qui assure les fon c tio n s logistiques (achem inem ent, stockage, conditionn em en t) et alim ente un réseau de dis­ tributeurs et de détaillants installés dans les grands centres urbains, mais aussi - de plus en plus souvent - dans les

zones rurales. C ette distrib u tio n est gé né rale m ent asso­ ciée à celle d'autres produits de base eux aussi im portés (huile, sucre, farine). Ces vendeurs au détail o n t des b o u ­ tiqu es ouvertes aux alen to urs des marchés de rue et ils proposent rarem ent du riz local, sauf dans les pays où les c on som m a te urs m a n ife s te n t une fo r te préférence po u r des riz locaux particuliers ou lorsque la production locale est s u ffis a m m e n t im p o rta n te p o u r g a ra n tir un a p p ro v i­ sionnem ent régulier. Par contre, les vendeurs au détail de riz locaux et autres produits du cru c o m p lète nt fré q u e m ­ m en t leur étalage avec du riz im porté.

Réduire la segm entation des circuits de distribution est l'un des enjeux que d o it relever la riziculture ouest-africaine. Pour cela, il lui fa u t am éliorer le c o n d itio n n e m e n t du riz local pour mieux valoriser ses propriétés organoleptiques. Depuis ung dizaine d'années, des opérateurs investissent ainsi dans des é q uipem e nts p e rfo rm a n ts afin de m ettre en m arché un riz c o n d itio n n é de fa ç o n sim ilaire au riz im p o rté . Parallèlem ent, des op éra te u rs in te rn a tio n a u x , com m e le groupe Olam au Nigeria, o n t lancé des projets- pilotes de rizeries industrielles pour intégrer la production locale à ses circuits de distribution. Mais il est trop t ô t pour d é term in er si ces initiatives p e rm e ttro n t d 'in té g re r d u ra ­ blem ent la filière du riz local et du riz im porté.

Paradoxalem ent, les partisans de l'o u v e rtu re du marché ouest-africain et ceux qui, au contraire, plaident pour l'élé­

vation d à savoir sont effi variatior com porl substitu thèse ne teurs gu tuelleme les cons< tra d itio r étuvé, rr Les enqi africaine au systè m êm e k sont rec im porté propre, lière. De propose consolid Dans ce local et par le se fic ie n t le caines. E les mod du riz loi l'étuvagi insuffise assurer I marchés un riz de à ceux c ta n t que rizicultei de leur t stratégie c oo rdin ; sation), rémunér C O N C I

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Les deu d o m iné I pas avoi en matiè de relan échange échange suffi pou

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Le marché rizicole ouest-africain

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nt asso- m portés ies bou- ue et ils /s où les ce po ur n locale approvi- Jétail de •équem-i est l'un fricaine. it du riz ptiques. astissent : m ettre e au riz :ionaux, projets- iduction tô t pour er dura-m arché )ur l'élé­

vation des droits de douanes f o n t la m êm e hypothèse : à savoir que les marchés alim entaires de la sous-région sont efficients et trans m e tte n t les incitations associées aux variations de prix qui devraient induire un changem ent de c om p ortem e nt. Les deux options présupposent une totale s u b stituab ilité entre riz local et im p orté. Or, cette h y p o ­ thèse ne se vérifie pas systém atiquem ent. Les çônsom m a- teurs guinéens, par exemple, privilégient le riz local habi­ tue lle m e n t vendu plus cher que le riz im porté, alors que les consom m ateurs ghanéens ou nigérians, qui o n t peu de tra d itio n culinaire en la m atière, préfèrent' le riz im p orté étuvé, m êm e si les taxes douanières au g m e n te n t son prix. Les enquêtes menées auprès des consom m ateurs ouest- africains m o n tre n t q u 'ils p riv ilé g ie n t la qu a lité associée au système de tra n s fo rm a tio n et de com m e rcialisatio n, mêm e lorsque les propriétés organoleptiques du riz local sont reconnues. Nom bre de citadins préfèrent ainsi le riz im p orté au riz local car le pro d u it est plus hom ogène, plus propre, m ieux c o n d itio n n é et disponible de façon régu­ lière. De plus, la capacité des distributeurs de riz im porté à proposer des facilités de paiem ent à leurs clients favorise la consolidation des parts de marché de celui-ci.

Dans ce contexte, il est clair que la concurrence entre riz local et im p o rté en A friq u e de l'O uest n'est pas biaisée par le seul jeu des aides, directes ou indirectes, d o n t béné­ fic ie n t les filières d 'e x p o rta tio n asiatiques ou sud -am é ri­ caines. Elle est aussi faussée par les contraintes pesant sur les m odalités de tra n s fo rm a tio n et de com m ercialisation du riz local : techniques artisanales, sinon sommaires pour l'étuvage et le décorticage, moyens de c o n d itio n n e m e n t in s u ffis a n ts et capacités de fin a n c e m e n t lim itées p o u r assurer la régularité des flux d'appro visio nne m en t sur les marchés urbains. La capacité des filières locales à fo u rn ir un riz d o n t les attribu ts com m erciaux soient comparables à ceux des riz im p ortés con s titu e un enjeu aussi im p o r­ ta n t que le niveau des prix relatifs et la p ro d u ctivité des riziculteurs ouest-africains pour améliorer la com pétitivité de leur riz. A u-delà des aspects techniques, une véritable stratégie de gestion de la qualité repose sur une meilleure c o o rd in a tio n des acteurs (in te rprofe ssion , c o n tra c tu a li­ sation), ainsi que des incitations partagées en term es de rém unération (prime à la qualité).

C

o n c l u s io n

:

des s ynergies

CROISSANTES ENTRE FILIÈRES

D'IMPORTATION ET FILIÈRES LOCALES ?

Les d e u x g ra n d e s référe n c e s qu i o n t s u cce ssive m e nt d o m iné la fo rm u la tio n des politiques rizicoles ne sem blent pas avo ir été d é te rm in a n te s en A friq u e de l'O u e s t : ni en m atière de réduction de la dépendance, ni en term es de relance de la pro d u c tio n . La simple libéralisation des échanges au niveau du com m erce intérieur, c om m e des échanges dom estiques prom us par la libéralisation n'a pas suffi pour que les bénéfices de l'échange soient effectifs.

La remise en cause de l'o p tio n libérale par « la crise ali­

m e n ta ire » de 2 0 0 8 a dé bouché sur le retou r de l'in te r­

v e n tio n pu bliqu e, centrée essentiellem ent sur la relance de la pro d u c tio n via des subventions aux semences, aux engrais et à l'a c h a t d 'é q u ip e m e n t de po m p a g e : a u tre ­ m en t dit, des « recettes » d o n t les résultats n'avaient pas nécessairement été probants il y a v in g t ans. Reform uler ainsi les politiques rizicoles vers plus d 'in te rven tion tend à ignorer ou, du moins, à minim iser l'im p ortance des proces­ sus d'in te rm é d ia tio n entre produ ction et consom m ation et à supposer, com m e dans l'o p tio n libérale, que le marché dom estique se développera spontaném ent.

C o m pte tenu des enjeux, cette conception d 'u n e simple alte rn a tiv e e n tre libéralisation et in te rv e n tio n est be au­ coup tro p m anichéenne. Elle ne prend pas en considéra­ tion les évolutions ayant m arqué l'organisation des filières rizicoles au niveau des circuits ta n t d 'im p o rta tio n que de commercialisation de la production locale.

Le d é m a n tè lem e nt des m onopoles publics d 'im p o rta tio n s'est d'ab ord tra d u it par la m ultiplication des im portateurs privés. Puis, le n o m bre de ceux-ci s'est progressivem ent réduit en raison de l'in certitud e qui caractérise le marché du riz, ainsi que des stratégies d 'in té g ra tio n verticale des exportateu rs asiatiques qui o n t créé des filiales dans les principaux pays de la région. Des firm es com m e Olam o n t com m encé à considérer l'o ffre locale com m e une source d 'a p p r o v is io n n e m e n t c o m p lé m e n ta ire p o u r a lim e n te r leur réseau. Dans un prem ier tem ps, elles o n t investi dans des rizeries pour usiner et c o n ditionn er du riz cargo (non encore blanchi) dans les ports d'im p ortatio ns. C ette stra­ tégie leur pe rm ettait aussi de p ro fite r de tarifs douaniers m oins élevés po u r le riz paddy (non décortiqué), en par­ ticulier au Nigeria. Enfin, elle correspondait à une volonté d'am éliorer leur image de m arque et leur réputation dans les pays im portateurs en devenant un acteur économ ique local.

La crise de 2 0 0 8 a accéléré ce processus car elle a fa it prendre conscience aux firm es op éra nt sur le marché m o n ­ dial du riz com m e aux États im portateurs que leurs sources d'ap pro visio nne m en t pouvaient s'interro m pre par simple dé c is io n des p o u v o irs p u b lic s des pays e x p o rta te u rs . Diversifier leurs sources d 'a p p ro visio nne m en t est devenu une im périeuse nécessité dans ce contexte d 'in c e rtitu d e croissante. Pour y parvenir, elles o n t d 'a b o rd élargi leur réseau d'ap pro visio nne m en t aux nouveaux pays exporta­ teurs asiatiques (Cam bodge et Birmanie), mais aussi inté­ gré des projets d'investissem ent dans des périmètres irri­ gués à développer ou à réhabiliter en A friqu e de l'Ouest. Il est tro p t ô t po u r évaluer la viabilité technique, éco n o ­ m ique et organisationnelle de ce type de systèmes rizicoles dans la région. Les enjeux fonciers, la m obilisation d 'un e m ain-d'œ uvre suffisante et stable ou la maîtrise de l'eau con stituen t en t o u t cas au tant de défis à relever. De plus, l'a rticu latio n de ces investissements agro-industriels avec les systèmes de production de l'agriculture fam iliale est une o p tio n encore non explorée. Enfin, ces périmètres irrigués

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émé

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privés ne se situent pas tou jou rs à pro xim ité des centres de con so m m a tio n et n 'é c h a p p e n t do nc pas au m anque d 'in fra s tru c tu re s de c o m m u n ic a tio n et aux c o n tra in te s entravant la circulation des marchandises dans la région. De son côté , l'o rg a n is a tio n de la filiè re rizicole locale con na ît, elle aussi, des év o lu tions rem arquables depuis une v in g ta in e d'années, t o u t c o m m e d 'a u tre s secteurs agricoles ouest-africains. Le vide laissé par le dém antèle­ m en t et / ou la baisse de moyens des services publics d 'a p ­ pui à l'agriculture a été partiellem ent com blé par l'ém er­ gence d'associations de p ro du cte urs et d 'o rg a n is a tio n s non-gouvernem entales de plus en plus im pliquées dans le débat public et expérimentées dans l'appui aux petits pro­ ducteurs. Cette professionnalisation des acteurs agricoles peut faciliter la mise en place de nouveaux types d 'arra n­ ge m e n ts in s titu tio n n e ls (c o n tra c tu a lis a tio n , norm es de qualité acceptées, adaptées et respectées), mêm e si ceux- ci ém ergent p lu tô t sur des filières à haute valeur ajoutées

tournées vers l'exportation. En aval de la filière, les chan­ gem ents institutionnels et techniques sont moins pro n o n ­ cés et le sort du petit et du moyen entreprenariat privé, qui assume des fo n ctions d 'in te rm é d ia tio n essentielles (com ­ mercialisation et transfo rm a tion ) ne représente pas encore une priorité, ni au niveau des politiques, ni au niveau des projets d 'a p p u i à la filière rizicole. Cela lim ite d 'a u ta n t l'é m e rg e n c e d 'o rg a n is a tio n s in te rp ro fe s s io n n e lle s qui pourraient jo ue r un rôle crucial dans le développem ent de filières rizicoles locales capables de concurrencer les autres systèmes de distribution du riz auprès des consom m ateurs ouest-africains.

Il serait utile que les décideurs p re n n e n t en c o n sid éra­ tion, dans leurs stratégies de relance, les acquis en termes d'actions d'appui au développem ent d 'u n marché rizicole efficace, afin de maximiser les in citations attendues sans lesquelles les options privilégiées - libéralisation ou protec­ tion - au ron t des effets limités.

• A kpo • h ttp :/ • Benz p ro d i Reche • Choh com n • Defoe Towa Bangl • FAOS' • Harre l'Afric • Hausr Econc • H irsd • Jamin et leu transi • Kenm oppoi • Lançc • Lanço in Nig • Lançc durab • Lançc agricc

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les chan- ; pronon- privé, qui les (com ­ as encore veau des d 'a u ta n t elles qui ?ment de es autres nmateurs jn sidé ra- n termes é rizicole lues sans u

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Références

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