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QUE SAIS-JE? BRUNO MAGLIULO

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Academic year: 2022

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Q U E S A I S - J E ?

B R U N O M A G L I U L O

(3)

DU MÊME AUTEUR

La formation permanente et les Chambres de Commerce et d'Industrie, Nice, Faculté des Lettres et des Sciences Humaines, Laboratoire de Sociologie, 1974.

Urbanisation, développement régional et pouvoir politique, Nice, Annales de la Faculté des Lettres et des Sciences humaines, n° 26, 1975 (en collaboration).

A quoi servent les impôts?, Paris, Hatier, 1979, coll. « Profil-dossier ».

Les Chambres de Commerce et d'Industrie, Paris, Presses Universitaires de France, 1980, coll. « Que sais-je ? ».

Sport et société, Paris, Hatier, 2 éd., 1985, coll. « Profil-dossier » (en col- laboration).

Les grandes écoles, Paris, Presses Universitaires de France, 1982, coll. « Que sais-je ? ».

Les grandes écoles de commerce et de gestion, Paris, Ellipses-Marketing, 1982, coll. « Profils économiques », n° 8.

Les petites et moyennes entreprises, Paris, Hatier, 2 éd., 1985, coll. « Profil- dossier ».

Que faire avec un bac B ?, Paris, Editions Générations-L'Etudiant, diffusion Bordas, 1985, coll. « L'Etudiant-pratique ».

Le budget de l'Etat, Paris, Hatier, 1985, coll. « Profil-dossier » (en collabo- ration).

L'économie de la France au XX siècle, Paris, Ellipses-Marketing, 1985.

ISBN 2 13 0 3 8 8 3 5 3

D é p ô t l é g a l — 1 é d i t i o n : 1985, m a r s

© P r e s s e s U n i v e r s i t a i r e s d e F r a n c e , 1 9 8 5 108, b o u l e v a r d S a i n t - G e r m a i n , 7 5 0 0 6 P a r i s

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I N T R O D U C T I O N

C ' e s t p a r l a l o i d u 2 6 j u i l l e t 1 9 2 5 q u ' o n t é t é i n s t i - t u é e s , e n F r a n c e , l e s C h a m b r e s d e M é t i e r s ( 1 ) . A u x t e r m e s d e c e t t e l o i — q u i t r a i t e d e l ' o r g a n i s a t i o n , d e s a t t r i b u t i o n s e t d e l ' a d m i n i s t r a t i o n f i n a n c i è r e d e c e s i n s t i t u t i o n s — « l e s C h a m b r e s d e M é t i e r s s o n t , a u p r è s d e s p o u v o i r s p u b l i c s , l e s o r g a n e s d e s i n t é r ê t s p r o f e s - s i o n n e l s , é c o n o m i q u e s e t s o c i a u x d e s a r t i s a n s , m a î t r e s e t c o m p a g n o n s d e l e u r c i r c o n s c r i p t i o n » ( a r t . 1 L e l i b e l l é d e c e t e x t e a é t é m o d i f i é p a r l e d é c r e t - l o i d u 2 0 m a i 1 9 5 5 , r e p r i s à l ' a r t i c l e 5 d u C o d e d e l ' a r t i - s a n a t , q u i d i s p o s e q u e « l e s C h a m b r e s d e M é t i e r s s o n t , a u p r è s d e s p o u v o i r s p u b l i c s , l e s o r g a n e s r e p r é s e n t a t i f s d e s i n t é r ê t s g é n é r a u x d e l ' a r t i s a n a t d e l e u r c i r c o n s - c r i p t i o n ».

(1) Notons qu'il existait, en Alsace et Moselle, des Chambres de Métiers héritées d'une loi allemande — le Code professionnel du 26 juillet 1900.

Cette situation est consécutive à l'annexion, en 1871, de l'Alsace et de la Lorraine à l'Allemagne. Lorsque ces territoires firent retour à la France, en 1918, notre pays hérita d'un certain nombre de situations particulières parmi lesquelles l'existence de Chambres de Métiers. C'est pourquoi la loi constitutive du 26 juillet 1925 ne s'est pas, dans un premier temps, appliquée en Alsace et Lorraine où les Chambres de Métiers continuèrent d'être sou- mises au régime spécial de droit allemand. Par la suite, ces règles se rappro- chèrent de celles des Chambres de Métiers de droit français, mais sans pour autant cesser de conserver plusieurs particularités qui survivent aujour- d'hui encore.

Cf. J. Fontegne et H. Ley, La Chambre de Métiers d'Alsace et de Lorraine, Paris, Association française pour la lutte contre le chômage, 1921.

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En tant qu' « organes de représentation des intérêts de l'artisanat », les Chambres de Métiers sont l'éma- nation d'une population économique et sociale — les artisans — qu'il convient de s'efforcer de définir. A cet égard, les difficultés sont nombreuses et s'expliquent par la grande hétérogénéité de cette catégorie. Com- ment donner une définition cohérente d'une popu- lation qui mélange des professionnels aussi divers que des boulangers, des réparateurs autos, des pro- thésistes, des maçons, des coiffeurs, des chauffeurs de taxis, des plombiers, des ébénistes, des horlogers- bijoutiers, des artisans d'art (poterie, vannerie, travail sur bois, sur métaux, sur verre...), etc. ? Comment regrouper des activités que l'on trouve dans les sec- teurs agricole, industriel, des services, parfois même dans deux voire trois secteurs conjointement comme, par exemple, le petit éleveur-boucher-détaillant ?

Ainsi s'explique, probablement, le fait que les défi- nitions de la population considérée soient si variables, dans le temps comme dans l'espace. En France, le débat parlementaire qui avait présidé à la loi consti- tutive du 26 juillet 1925 n'avait abouti qu'à une très vague définition, l'entreprise artisanale étant celle où

« les travailleurs de l'un ou de l'autre sexe exercent un métier manuel, à condition, d'une part, qu'ils accomplissent leur travail par eux-mêmes, seuls ou avec le concours de leur conjoint, de membres de leur famille ou de compagnons ou apprentis, et à con- dition, d'autre part, qu'ils l'exécutent sans se trouver sous la direction d'un patron ».

Notons donc que le législateur, dès le départ, a défini

l'entreprise artisanale en tenant compte d'un trait so-

ciologique qui demeurera, par la suite, parmi les

aspects caractéristiques de cette catégorie d'entre-

prises : le lien intime avec la famille de l'artisan. Cette

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d é f i n i t i o n n o u s r e n v o i e p a r a i l l e u r s a u d i f f i c i l e p r o - b l è m e d u c r i t è r e d e l a t a i l l e ( 2 ) .

A p r e m i è r e v u e , il s e m b l e a i s é d e d i s t i n g u e r l ' e n t r e - p r i s e a u s e i n d e l a q u e l l e u n a r t i s a n e t s a f e m m e p r o d u i - s e n t d e s s a c s à m a i n e n c u i r , d e c e l l e q u i , s i e l l e p r o - d u i t le m ê m e t y p e d ' o b j e t , l e f a i t e n e m p l o y a n t p l u - s i e u r s c e n t a i n e s d e t r a v a i l l e u r s . E n r é a l i t é , l e s c h o s e s s o n t l o i n d ' ê t r e a u s s i s i m p l e s . E x i s t e - t - i l v é r i t a b l e m e n t u n s e u i l p e r t i n e n t e n d e ç à d u q u e l u n e e n t r e p r i s e p o u r - r a i t ê t r e c l a s s é e d a n s l a c a t é g o r i e a r t i s a n a t , a l o r s q u ' a u - d e l à o n d e v r a i t p a r l e r d ' u n e e n t r e p r i s e i n d u s - t r i e l l e ? D e p l u s , f o r c e e s t d e c o n s t a t e r q u e l a d é f i n i t i o n d e c e s e u i l v a r i e c o n s i d é r a b l e m e n t d ' u n p a y s à l ' a u t r e , d ' u n s e c t e u r d ' a c t i v i t é à u n a u t r e e t , p o u r u n m ê m e p a y s , d ' u n e p é r i o d e à l ' a u t r e .

C ' e s t a i n s i q u ' e n F r a n c e , si l a l o i d e 1 9 2 5 s ' e s t c o n t e n t é e d ' é v o q u e r u n e v a g u e « t a i l l e l i m i t é e » , s a n s p l u s d e p r é c i s i o n , le d é c r e t n ° 6 2 - 2 3 5 d u 1 m a r s 1 9 6 2 f i x e c e s e u i l , d a n s s o n a r t i c l e 1 à c i n q s a l a r i é s ( 3 ) .

(2) Pour une réflexion plus approfondie sur les problèmes de définition des diverses catégories d'entreprises selon le critère de leur taille, on se reportera à la première partie de l'ouvrage intitulé Les petites et moyennes entreprises, Hatier, coll. « Profil-dossier ».

(3) Ces chiffres ne font référence qu'à la seule population des salariés non membres de la famille du chef d'entreprise. En effet, outre qu'une entre- prise artisanale peut disposer d'une population active supérieure en ajoutant aux salariés stricto sensu des membres non salariés de la famille, le décret n° 62-235, du 1 mars 1962, stipule dans son article 3 que « n'entrent pas en compte dans l'effectif des salariés, pour l'application de l'article premier, le conjoint du chef d'entreprise, ses parents, grands-parents, ses enfants, ses petits-enfants, frères, sœurs, neveux, nièces, même s'ils sont salariés de l'entreprise ». En outre, lorsque l'entreprise est sous la forme sociétaire,

« trois associés participant à la gestion de la société » peuvent ne pas être comptabilisés. Enfin, « trois salariés handicapés physiques ou débiles men- taux et trois apprentis » peuvent ne pas être pris en compte.

Ajoutons que l'article 2 du décret a prévu que la limite de cinq salariés peut être modifiée pour tenir compte des caractères spécifiques à certaines professions. Enfin, lorsque le nombre des salariés, compte tenu des possi- bilités qui précèdent, excède le chiffre de 5 de 1, 2, 3, 4 ou 5, le chef de l'entre- prise peut demander à demeurer au Répertoire des métiers pendant trois années. Passé ce délai, l'article 4 du décret prévoit que, s'il est titulaire

(7)

Il f a u t c r o i r e q u e c e c h i f f r e n ' é t a i t p a s s a t i s f a i s a n t p u i s q u e le d é c r e t n ° 7 6 - 8 7 9 d u 21 s e p t e m b r e 1 9 7 6 l ' a p o r t é à d i x ( 4 ) .

A u x t e r m e s d e c e s d é c r e t s , s o n t r é p u t é e s a r t i s a n a l e s

« l e s e n t r e p r i s e s n ' e m p l o y a n t p a s p l u s d e d i x s a l a r i é s , q u i o n t u n e a c t i v i t é d e p r o d u c t i o n , d e t r a n s f o r m a t i o n , d e r é p a r a t i o n o u d e p r e s t a t i o n d e s e r v i c e s , à l ' e x c l u - s i o n d e s e n t r e p r i s e s a g r i c o l e s o u d e p ê c h e , d e s e n t r e - p r i s e s d e c o m m i s s i o n , d ' a g e n c e s , b u r e a u x d ' a f f a i r e s , d e c e l l e s q u i s e l i m i t e n t à l a v e n t e o u à l a l o c a t i o n d e s c h o s e s a c h e t é e s e n l ' é t a t o u d o n t l e s p r e s t a t i o n s o n t u n c a r a c t è r e s t r i c t e m e n t i n t e l l e c t u e l » (5).

P o u r l ' e n s e m b l e , il e x i s t e u n e l i s t e c o m p o r t a n t p r è s d e 5 0 0 m é t i e r s r e g r o u p a b l e s d a n s l a c a t é g o r i e a r t i s a n a t . S a n s e n t r e r d a n s les d é t a i l s q u e le l e c t e u r i n t é r e s s é t r o u v e r a e n c o n s u l t a n t l a N o m e n c l a t u r e d ' A c t i v i t é s d u R é p e r t o i r e d e s m é t i e r s , d i s p o n i b l e a u p r è s d e t o u t e s l e s C h a m b r e s d e M é t i e r s , n o u s l e s p r é s e n t o n s c i - a p r è s , e n l e s r e g r o u p a n t p a r t y p e s d ' a c t i v i t é s :

— alimentation : boulangerie, pâtisserie, confiserie, charcuterie, boucherie, etc. ;

— bâtiment : maçonnerie, couverture, plomberie, plâtrerie, mar- brerie, carrelage, serrurerie, électricité, peinture, vitrerie, ins- tallation sanitaire, charpente, etc. ;

du titre d' « artisan en son métier », et s'il en adresse la demande au président de la Chambre de Métiers de sa circonscription, il peut être autorisé à rester immatriculé au Répertoire des métiers.

(4) Ibid.

(5) Il est intéressant de noter que le nombre des entreprises artisanales a fortement fluctué depuis la fin de la Seconde Guerre mondiale. Alors que les statistiques de 1948 font apparaître plus d'un million d'unités de pro- duction de cette catégorie, on est progressivement passé à un « creux » d'un peu plus de 750 000 unités en 1969 suivi, depuis lors, d'une nette progression puisqu'on dépassait le chiffre de 900 000 entreprises artisanales à la fin de l'année 1983. Le fait que le seuil légal soit passé, en 1977, de cinq à dix salariés n'explique que très légèrement ce phénomène puisque les entreprises dites

« du secteur des Métiers » dépassant le chiffre de cinq salariés, ne repré- sentent qu'environ 6 % de l'effectif considéré.

(8)

— équipement des ménages : literie, fabrication de meubles, tapis- serie, électroménager, etc. ;

— habillement : tailleur, bottier, cordonnerie, fourrure, fabri- cation de vêtements en peaux, couture, pressing, laverie, etc. ;

— imprimerie, reprographie ;

— loisirs, ornements : photographie, reliure, instruments de mu- sique, armes, maroquinerie, horlogerie, bijouterie, etc. ;

— soins des personnes : coiffure, manucure-pédicure, massage, soins esthétiques, fabrication de prothèses, lunetterie, optique médicale, etc. ;

— transports et véhicules : taxi, station-service, vente et répa- ration de cycles et motocycles, activités de réparation d ' a u t o - mobiles et autres véhicules, etc. ;

— autres activités de production o u de maintenance : vente, entretien et réparation de machines de bureau, fabrication et entretien de petit outillage, tôlerie, chaudronnerie, mécanique générale, etc.

I l c o n v i e n t d e n o t e r q u e , s u r l ' e n s e m b l e d e s a c t i v i t é s c o n c e r n é e s , d e u x — l e b â t i m e n t e t l ' a l i m e n t a t i o n — r e p r é s e n t a i e n t à e l l e s s e u l e s p l u s d e l a m o i t i é d u t o t a l d e s e n t r e p r i s e s a r t i s a n a l e s r e c e n s é e s e n 1 9 8 4 ( p l u s d ' u n t i e r s d u t o t a l p o u r le s e u l s e c t e u r d u b â t i m e n t , e n v i r o n u n s i x i è m e p o u r l ' a l i m e n t a t i o n ) .

C o m m e l e s C h a m b r e s d e C o m m e r c e e t d ' I n d u s - t r i e ( 6 ) e t l e s C h a m b r e s d ' A g r i c u l t u r e , l e s C h a m b r e s d e M é t i e r s s o n t c e q u ' i l e s t c o n v e n u d ' a p p e l e r d e s

« é t a b l i s s e m e n t s p u b l i c s r e p r é s e n t a t i f s d ' i n t é r ê t s p r o - f e s s i o n n e l s » . C e t r a i t , q u i l e u r a é t é c o n f é r é p a r l a l o i c o n s t i t u t i v e d u 2 6 j u i l l e t 1 9 2 5 e t s e s d é c r e t s d ' a p p l i - c a t i o n , a p l u s i e u r s f o i s é t é r a p p e l é d e p u i s d a n s d ' a u t r e s t e x t e s j u r i d i q u e s , e t t o u t p a r t i c u l i è r e m e n t p a r l e C o d e d e l ' a r t i s a n a t q u i , d a n s s o n a r t i c l e 6 , d i t e x p r e s s é m e n t d e s C h a m b r e s d e M é t i e r s q u ' « e l l e s s o n t d e s é t a b l i s - s e m e n t s p u b l i c s ».

(6) Cf. Les Chambres de Commerce et d'Industrie, PUF, coll. « Que sais-je ? », n° 1869. On y trouvera une étude plus approfondie de la notion d' « établissement public représentatif d'intérêts professionnels ».

(9)

Il résulte de ce caractère que les Chambres de Métiers sont des services dotés de la personnalité morale et de l'autonomie financière, et qu'il convient, au même titre que les Chambres de Commerce et d'Industrie et les Chambres d'Agriculture qui par- tagent ces traits avec elles, de les distinguer des syn- dicats patronaux.

Ces derniers ont pour vocation de défendre les intérêts purement professionnels de leurs membres, alors que les trois types de Chambres que nous consi- dérons doivent s'efforcer de dégager les intérêts com- muns de l'ensemble des entreprises — artisanales pour les Chambres de Métiers, commerciales et industrielles pour les Chambres de Commerce et d'Industrie, agri- coles pour les Chambres d'Agriculture — de leurs circonscriptions respectives, et non ceux de certaines branches d'activité particulières. En outre, les syndi- cats professionnels sont des institutions de droit privé alors que ces Chambres sont, nous l'avons vu, des établissements publics. Il en découle, entre autres choses, que l'adhésion aux premiers est facultative alors qu'elle est obligatoire pour les Chambres. Les res- sources financières des syndicats professionnels sont donc précaires par définition, alors qu'elles reposent sur le principe — que nous étudierons plus loin — de collecte d'un impôt obligatoire pour les Chambres.

Enfin, il découle de ces divers aspects que les Cham- bres, au contraire des syndicats patronaux, ont un

« domaine » (7) constitué d'un certain nombre d'équi- pements, d'établissements, ayant indéniablement le caractère de services publics (8).

Malgré le fait que le législateur s'est efforcé, progres- (7) Le mot « domaine » correspond, pour une personne morale de droit public, à celui de « patrimoine » pour les personnes de droit privé.

(8) Sur cette question, lire également notre conclusion.

(10)

sivement, de préciser la notion d'établissement public, tant en général qu'en ce qui concerne les Chambres de Métiers, de Commerce et d'Industrie ou d'Agriculture, le moins que l'on puisse dire est que le régime juri- dique des Chambres de Métiers n'est pas simple.

Bien que l'on ait, à plusieurs reprises, confirmé leur caractère d'établissement public et le fait que les établissements et services à l'usage de leurs ressor- tissants qu'elles fondent et administrent sont des ser- vices publics, il n'en demeure pas moins vrai que, compte tenu de la nature de leurs diverses fonctions et des milieux sociaux dont elles émanent, les Chambres de Métiers ne sont assurément pas des établissements publics stricto sensu.

Ainsi, lorsqu'elles créent ou administrent un équi- pement collectif telle une zone d'activité artisanale, elles peuvent exercer une activité les soumettant en partie à un régime de droit privé. Par contre, et c'est le plus souvent le cas, lorsqu'elles créent ou admi- nistrent un service public d'intérêt général — le Réper- toire des Métiers par exemple —, elles constituent à n'en pas douter des établissements administratifs.

Enfin, étant des organes de représentation des intérêts communs des artisans de leurs circonscriptions res- pectives, elles revêtent indéniablement un caractère d'établissements corporatifs. Du fait de la variété de leurs attributions et de certains de leurs caractères, les Chambres de Métiers ne peuvent donc trouver place dans la classification traditionnelle des établissements publics, et ce d'autant qu'aucun texte de portée géné- rale ne classe les Chambres de Métiers dans une caté- gorie définie d'établissement public (9).

(9) En gros, on distingue les établissements publics à caractère admi-

nistratif de ceux qui sont à caractère industriel et commercial. Mais, comme

(11)

L ' i n s t i t u t i o n s e c o m p o s e f o n d a m e n t a l e m e n t d e s 1 0 3 C h a m b r e s d e M é t i e r s l o c a l e s o u d é p a r t e m e n - t a l e s ( 1 0 ) . E n p r i n c i p e , il e x i s t e a u m o i n s u n e C h a m b r e p a r d é p a r t e m e n t ( 1 1 ) , s a u f d a n s le c a s d e s C h a m b r e s d ' A l s a c e ( 1 2 ) e t d e V e r s a i l l e s ( 1 3 ) . Il e x i s t e e n o u t r e 21 C o n f é r e n c e s r é g i o n a l e s d e s M é t i e r s (COREM) d o n t l e s l i m i t e s g é o g r a p h i q u e s c o r r e s p o n d e n t l e p l u s s o u - v e n t à c e l l e s d e s c i r c o n s c r i p t i o n s d ' a c t i o n r é g i o n a l e s a c t u e l l e s o u , d a n s q u e l q u e s c a s , a u x l i m i t e s d e s r é g i o n s a d m i n i s t r a t i v e s t e l l e s q u ' e l l e s e x i s t a i e n t a v a n t l a r é - f o r m e d e 1 9 6 4 ( 1 4 ) . C h a q u e COREM e s t c o m p o s é e d u p r é s i d e n t e t d e d e u x d é l é g u é s é l u s d e c h a q u e C h a m b r e d e M é t i e r s d e l a c i r c o n s c r i p t i o n . E n f i n , à l ' é c h e l o n n a t i o n a l , l ' A s s e m b l é e p e r m a n e n t e d e s C h a m b r e s d e M é t i e r s (APCM) ( 1 5 ) r e g r o u p e les p r é s i d e n t s d e l ' e n - s e m b l e d e s C h a m b r e s d e M é t i e r s d u p a y s .

le faisait remarquer le Conseil d'Etat dans un rapport publié en janvier 1971 :

« le domaine des établissements publics se prête difficilement à une rigou- reuse dichotomie. Ainsi, le classement des établissements publics dans l'une ou l'autre espèce n'est-il pas toujours aisé ». Nous ajouterons qu'en ce qui concerne les Chambres de Métiers — comme pour les Chambres de Com- merce et d'Industrie et les Chambres d'Agriculture — ce classement est d'autant moins aisé que, nous l'avons vu, la multiplicité de leurs fonctions renvoie aux deux catégories d'établissement public.

(10) Au 1 janvier 1985 ce total se décompose comme suit : 97 Chambres

« métropolitaines », 5 Chambres installées dans des départements d'Outre- Mer (Guadeloupe, Guyane, Martinique, Saint-Pierre-et-Miquelon et Réu- nion) et une dans le territoire d'Outre-Mer de Nouvelle-Calédonie.

(11) Cf. la rubrique « Adresses utiles », en fin de ce livre.

(12) La Chambre des Métiers d'Alsace couvre le Bas-Rhin et le Haut-Rhin.

Installée à Strasbourg, elle couvre les sections de Colmar, Mulhouse et Strasbourg.

(13) La Chambre interdépartementale de Versailles couvre les dépar- tements de l'Essonne, du Val-d'Oise et des Yvelines.

(14) Alsace, Aquitaine, Auvergne, Bourgogne, Bretagne, Centre, Cham- pagne-Ardennes, Franche-Comté, Languedoc-Roussillon, Limousin, Lor- raine, Midi-Pyrénées, Nord - Pas-de-Calais, Basse-Normandie, Haute-Nor- mandie, Région parisienne, Pays-de-Loire, Picardie, Poitou-Charentes, Provence-Côte d'Azur-Corse, Rhône-Alpes.

(15) Créée par le décret n° 66-137 du 7 mars 1966, en remplacement de l'ancienne Assemblée des Présidents des Chambres de Métiers de France (APCMF).

(12)

A première vue, l'institution présente l'image d'une structure pyramidale hiérarchisée. En fait, il n'en est rien. Comme nous le verrons plus en détail par la suite, le législateur, aussi bien par la loi constitutive du 26 juillet 1925 que par d'autres textes, a voulu consacrer la prééminence de la fonction de représen- tation et de défense des intérêts communs des artisans pris à l'échelon local. Il découle de ce principe que ce qui prédomine dans cette institution, ce sont les Chambres de Métiers de base, locales ou départemen- tales. En droit, chaque Chambre locale est indépen- dante de toutes les autres. En particulier, les Chambres régionales — les COREM — n'ont aucun pouvoir légal sur les Chambres locales, tout comme l'APCM ne peut obliger les COREM ou les Chambres de Métiers locales ou départementales. Certes, rien ne s'oppose à ce que ces diverses Chambres nouent des contacts, s'efforcent de rapprocher leurs vues, afin de rendre leurs décisions plus efficaces ou d'adopter des positions communes.

De larges possibilités existent pour cela et, en pra- tique, cela se réalise fréquemment, notamment par l'intermédiaire des COREM et de l'APCM qui ont pour vocation première de permettre la réalisation de cet objectif. Mais il convient de ne pas perdre de vue que le législateur a expressément exclu toute action suscep- tible de contrarier le principe fondamental de souve- raineté des Chambres locales ou départementales. Le décret du 30 décembre 1964 modifié, instituant les COREM, leur assigne comme but de délibérer de ques- tions strictement communes aux diverses Chambres qui les composent. De même, le décret du 7 mars 1966 stipule que l'APCM ne traite que de questions d'intérêt national.

Il est vrai que ce principe de souveraineté des

Chambres locales ou départementales a parfois pu

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poser problème. En diverses occasions, des respon- sables de Chambres de Métiers, de COREM ou de l'APCM ont pu regretter de ne pouvoir obtenir de cer- taines Chambres locales une adhésion à un projet ou à un vœu. Il est donc arrivé que certains dirigeants, en particulier au niveau de l'APCM, demandent une exten- sion du pouvoir des COREM ou de l'APCM, au détriment de celui des Chambres locales ou départementales, au nom de la recherche d'une plus grande cohérence ou efficacité. Outre le fait que ces tentatives se sont le plus souvent heurtées à une plus ou moins vive opposition des Chambres locales, il convient de dire qu'en l'état actuel des textes réglementaires une telle évolution est improbable et ce pour trois raisons principales.

Nous savons, d'une part, que le législateur a défini la compétence de chacune des trois catégories de Chambre de Métiers de telle sorte que soit premier le principe de la prééminence des Chambres locales ou départementales.

Par ailleurs, nous verrons plus loin en détail que les Chambres locales ou départementales disposent, pour le financement de leurs actions, de ressources provenant en grande partie d'un impôt perçu auprès des ressortissants. Il s'agit d'une contribution obliga- toire qui confère à ces Chambres de Métiers une assez large autonomie financière et donc une grande maî- trise de leurs décisions. A cela il convient d'opposer le contraste des COREM et de l'APCM qui dépendent, dansf une très large mesure, des contributions financières d e s Chambres locales ou départementales.

Enfin, et il nous semble que cette troisième raison

est majeure, les Chambres locales ou départementales

seules disposent de membres élus au suffrage u n i -

versel des artisans de leurs circonscriptions respec-

tives. Tout au contraire, les membres des COREM et d e

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Imprimé en France

Imprimerie des Presse Universitaires de France 73, avenue Ronsard, 41 100 Vendôme

Mars 1985 — N° 30 570

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