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A Água no Alentejo num clima em mudança

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Academic year: 2022

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(1)

Rui Salgado* com Pedro Soares, Rita Cardoso, Miguel Potes, Maria João Costa, Carlos Policarpo, Manuela

Morais, Carlos M. Rodrigues e Pedro Miranda

*Instituto de Ciências da Terra, Universidade de Évora

A Água no Alentejo num clima em mudança

CONFERÊNCIA

Estratégia Regional de Adaptação às Alterações Climáticas no Alentejo

(2)

O que sabemos: clima actual

Precipitação média em

Portugal 1971-2000 (dados IPMA

A precipitação anual varia entre 400 mm e 700 mm, excepto nas serras

Évora: 581 mm (81-10)

Beja: 557 mm (81-10)

Elevada variabilidade interanual

Valores muito baixos no

Verão, ~30 mm, quase

nulos em Julho e Agosto

(3)

O que sabemos: tendência da precipitação

Diminuição da precipitação anual, em Portugal continental

Dados do IPMA, 2016

(4)

Tendência observada no Alentejo

Diminuição da precipitação anual, em Portugal continental e no Alentejo

Exemplos de evolução da precipitação. Dados de estações udométricas da APA (antigo INAG)

Evolução da precipitação anual acumulada.

Séries progressiva e regressiva (teste de Mann-kendal): tendências são significativas

Azaruja Santa Susana

(5)

Tendência é mais acentuada na Primavera

Diminuição da precipitação anual, em Portugal continental e no Alentejo

Particularmente na Primavera

Evolução da precipitação sazonal na estação udométrica da Azaruja

Tendência de decréscimo é estatisticamente significativa

Resultados da tese de mestrado de Miguel Potes (Potes, M. 2008)

(6)

A precipitação no futuro

O que dizem os modelos climáticos regionais Resultados de Soares et al., 2016

(2071–2100 minus 1971–2000)

Os resultados das simulações WRF (IDL/UL) e EURO-

CORDEX (Coordinated Regional Downscaling

Experiment) projectam uma redução considerável da precipitação anual.

No cenário RCP8.5 a

diminuição anual pode situar- se entre os 20 a 40% no

Alentejo

Soares et al. 2016,

Fig. 8

(7)

A precipitação na Primavera

De acordo com o estado da arte, a redução mais significativa ocorrerá na Primavera

No Alentejo esta redução pode ser superior a 40 % (RCP8.5)

Mesmo no cenário RCP4.5 a redução pode atingir os 20%

No Inverno as variações não serão tão significativas, no entanto a maioria dos modelos projecta redução no Alentejo (< 10%)

Soares et al. 2016, Fig. 8

(8)

Frequência da precipitação (projecções)

Todas as projecções indicam que:

– significativa redução do número de dias com precipitação fraca, moderada e mesmo elevada

– aumento da frequência de eventos de precipitação intensa (acima de 20 mm)

– Esta conclusão é válida para o país e também para o vale do Guadiana

Soares et al. 2016

(9)

Alqueva e o Clima local

Conhecer o impacto de Alqueva no clima actual é importante para estimar a sua interacção com o ciclo hidrológico sob efeito do aquecimento global de larga escala..

– impacto nos campos da temperatura e humidade do ar evaporação →

na escala regional os efeitos mais acentuados resultam da criação doperímetro de rega e não da introdução do lago.

Resultado de simulações numéricas de casos de estudo representativos do estado do tempo no Verão.

Salgado et al. 2006

Miranda et al.,

(10)

Alqueva e o Clima local (Precipitação)

Conhecer o impacto de Alqueva no clima actual é importante para estimar a sua interacção com o ciclo hidrológico sob efeito do aquecimento global de larga escala..

impacto na precipitação

– – – – – – – – –

É marginal. Simulações indicam ligeira diminuição sobre a albufeira e zona irrigada e ligeiro aumento na vizinhança. Aparentemente, não existe

reciclagem da água evaporada na região.

(11)

Alqueva e o Clima local (Nevoeiro)

Observações (base aérea de Beja) indicam um aumento de dias de nevoeiro (e da sua persistência no inverno depois da construção da barragem.

O decréscimo do número de dias de nevoeiro durante o verão não pode ser atribuído a Alqueva, mas sim a

alterações de escla maior.

Simulações numéricas – casos de estudo - indicam tendência para menos

nevoeiro sobre a albufeira e mais sobre a vizinhança

Monthly mean days of Fog in Beja Air Base in the 9 years periods:

Policarpo et al., 2017

(12)

Alqueva e o Clima local (Evaporação)

Resultado de simulação de caso de estudo: Anomalia na evaporação:

depende das culturas, mas pode

corresponder a cerca de 8 kg/m2 de área irrigada (cálculos para culturas com LAI=4)

– Salgado, 2006

Evaporação da albufeira.

(13)

Alqueva e o Clima local (Evaporação)

Evaporação da albufeira.

Medições em plataforma da APA

– eddy covariance

(14)

Melhorar a caracterização das interacções água-atmosfera

Projecto inter-disciplinar, campanha no Verão 2014, com a participação de:

Instituto de Ciências da Terra, Universidade de Évora

Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva, EDIA SEGAL, Universidade da Beira Interior

Instituto D. Luís

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, CCDR - ALentejo Department of Meteorology, University of Reading, UK

CNRM-GAME, Météo-France/CNRS, France

Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto Instituto Português do Mar e da Atmosfera

Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (INTA), Spain

Instituto Politécnico da Guarda

(15)

O que precisamos de conhecer melhor

Melhorar a representação da precipitação nas simulações climáticas

– Modelação de clima na escala quilométrica (resolver as nuvens e os efeitos orográficos)

– Caracterização do actual uso dos solos e cenários futuros

Relação entre a precipitação o escoamento nas bacias do Guadiana, Sado e Tejo e o armazenamento da água nas albufeiras Alentejo

– melhor precipitação e

– modelação hidrológica

A evaporação de Alqueva e das zonas irrigadas (em função das culturas)

– Modelos e estimativas empíricas

Índices de aridez e de risco

Efeitos do aquecimento global na qualidade da água

– Observação simultânea da qualidade da água e do estado da atmosfera

– Modelar a evolução de parâmetros fisico-químicos em função do clima

Fluxos de CO

2

(16)

Programa de observações em curso

ALOP

Observação

simultânea da

qualidade da

água e do

estado da

atmosfera

(17)

Observações

em 4 plataformas;

em 4 linhas de água.

(18)

Obrigado pela Atenção

(19)

Agradecimentos

COMPETE 2020 através do ICT (UID / GEO / 04683/2013) com a

referência POCI-01-0145-FEDER-007690 e do projecto ALOP (ALT20-

03-0145-FEDER-000004).

(20)

References

Policarpo, C., Salgado, R. and Costa, M. J. (2017): Numerical Simulations of Fog Events in Southern Portugal. Advances in Meteorology, vol. 2017, Article ID 1276784, 16 pages, 2017.

doi:10.1155/2017/1276784

Miranda, P.M.A., F. Abreu e R. Salgado, 1995; Estudo de Impacte Ambiental do Alqueva - Clima;

Relatório Final. Relatório Técnico do ICAT, 186pp.

Potes, 2008: Climatologia e qualidade da água da bacia hidrográfica do Guadiana, Tese de Mestrado em Ciências da Terra e da Atmosfera, Universidade de Évora.

Potes, M. Salgado, R., Costa M.J., Morais, M., Bortoli, D., Kostadinov, I. and Mammarella, I.

(2016). Lake–atmosphere interactions at alqueva reservoir: a case study in the summer of 2014.

Tellus A 2016, 00, 1272787, http://dx.doi.org/10.1080/16000870.2016.1272787

Salgado, R., 2006: Interacção solo - atmosfera em clima semi-árido. Dissertação apresentada à Universidade de Évora para a obtenção do grau de Doutor em Física.

Soares PMM, Cardoso RM, Miranda PMA, Medeiros J, Belo-Pereira M, Espirito-Santo F. 2012.

WRF high resolution dynamical downscaling of ERA-Interim for Portugal. Clim. Dyn. 39: 2497–

2522. https://doi.org/10.1007/s00382-012-1315-2.

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