• Aucun résultat trouvé

ARTheque - STEF - ENS Cachan | Bulletin de l'Association des Anciens Élèves de l'ENSET et de l'ENS de Cachan n° 174-175

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Partager "ARTheque - STEF - ENS Cachan | Bulletin de l'Association des Anciens Élèves de l'ENSET et de l'ENS de Cachan n° 174-175"

Copied!
44
0
0

Texte intégral

(1)

BULLETIN DE L’ASSOCIATION DES ANCIENS ÉLÈVES DE

(W S

C « C H * N 61 a v e n u e du P ré sld e n t-W llso n 94235 CACHAN C edex Tél. : (1) 47 40 20 00 T élex : ENSC 250 948 F Fax : (1) 47 40 20 74

0

S O M M A I R E

Archeoastronomie 3

• La Recherche a l ENS de

Cachan

• Les plantes dites sauvages

• Comme le saule verdissant

• Tous ensemble

N* 174-175 1*' & 2* trim estres 1991 Abonnem ent (un a n ) ... 180 F Le n u m é r o ... 60 F

(2)

L’annuaire 1991

est sous presse.

Il vous parviendra

dans le courant

du dernier trimestre

de l’année 1991

(3)

ASSOCIATION

des A nciens et A nc ie n n e s E lèves des S ections N orm ales, de l’E cole N o rm a le S u p é rie u re d e l’E n s e ig n e m e n t T e c h n iq u e

et de l’E cole N o rm a le S u p é rie u re d e C ach an

P résid en ts d ’h o n n e u r :

M M . les D irecteu rs g én érau x h o n o ra ire s de l ’E nseig n em en t tech n iq u e.

M M . les an cien s D ire c te u rs d e l ’E cole N o rm a le S u p érieu re d e l’E nseig n em en t T e c h n iq u e . M . le D irecteu r de l’E co le N o rm a le S u p érieu re de C a c h a n .

M . le D irecteu r A d jo in t d e l ’E co le N o rm ale S u p é rie u re de C a c h a n . M m e la S o u s-D irectrice h o n o ra ire de l’E N S E T .

M . le R ecteur P . P A S T O U R .

Secrétaires g én é ra u x e t P résid en ts h o n o ra ires :

R. C A N T A R E L (B 56-59) In sp e c te u r général d e l ’E d u c a tio n n a tio n a le . P . P U E C H (A , 44-56), P ro fe sse u r h o n o ra ire .

J .M . R E F E U IL (E F 39-42), P ro fe s se u r h o n o ra ire . D. S A U V A L L E (B 46-48), P ro fe s se u r h o n o ra ire .

A . T H U IZ A T (A, 42-44), In sp e c te u r P rin c ip a l de l’E n seig n em en t T e c h n iq u e h o n o ra ire .

COM ITÉ

P ré sid e n te :

M lle M . M È G E (E F 46-48), 48 b is, ru e B o b illo t, 75013 P A R IS .

V ice-P résidents :

G . P O R C H E R (B 53-56), 10, ru e d u D o c te u r L a n c e re a u x , 75008 P A R IS . R. P R U N E T (A . 57-61), 10, ru e d e la C ro ix des M o rtie rs, Les L oges en Jo sa s,

78350 JO U Y -E N -JO S A S .

Secrétaire généra! :

B. B R A U N (A , 66-70), 20, allée A lb e rt-T h o m a s, 91300 M A SSY .

Secrétaire a d jo in t :

R. C H A S S IN A T (A, 44-47), 2 , ru e des Fossés S ain t-M a rc e l, 75005 P A R IS .

Trésorier :

M . R E S S A Y R E (D 56-59), 10, ru e A u g u ste R e n o ir, 78860 S A IN T -N O M -L A -B R E T È C H E .

T résorier A d jo in t :

M . JE A N E A U (A , 39-43), 20, ru e T o u rn e f o r t, 75005 P A R IS .

A U TR E S M EM BRES DU COM ITÉ

M . B E R M O N D (B 55-58), M M m es B E R N A R D (E F 46-48), B L A C H IE R (C 68), M . BO ISSIE R (B 46-48), M m e B O N T O U X (D 70), M . C H E F D E V IL L E (A , 52-55), M lle D U P U Y (E F 60-64), M m e JO N O N (D 49-51), M . L IÉ V R E M O N T (A , 61-65), M m e R E V E IL L È R E A nne- M a rie (C 49-51), M lle R IC A R D (A , 44-46), M . S C H W A R T Z (A , 48-50).

ADRESSE ET COMPTE COURANT POSTAL :

ASSOCIATION DES ANCIENS ÉLÈVES E .N .S.E .T . ET DE L’E.N .S DE CACHAN 6 1 , a v e n u e du P résid e n t W ilson, 9 4 2 3 0 C achan (Val-de-M arne)

C .C .P. P aris 5488-99-K

(4)

i^oiTAiDôaaA

■■■';; .^iKfhipl-! cifio S')e8 'î^'^éyéî^ »=>nr!'«o<iA i:^ s'îsj^n/; .-oc

<ïüpi<ina&T tnefn'*n^vfeap34 ^ tv ’^ ’w&rhSqijg o : i ç f f ( X ^ # . v 3 ' ; '

n r d - r ^ r - s b .'?'îuenèq''-3-3‘E.*rnûi4 î - j b t 9 • ; '} V ... . A^vf. ; . .. :.• -u ■ ' . • / . H ir,.’-. -•/ -i-'i î ' '{• j.-, • •.J'i'-’' •>• ■ ,\ V i . ■:»■>.'•>'■' ■•'=--■ . 2n . ■ • * ^ U l - . - r a î t / / ; - ■>• - ' . ’ ' î : i ■- ' :.; ':;-;.f* ; ■ î 'M' ■:' ruîî5;^-• ■ , ‘A. •.* ■ K - ■ *: •.■;;A •■■-;> fc-î; : ; . h • x ' = > r -, . ; i ÿ ; ' ' ‘ . . ' - i - » ' i , ' ' ■

.

:.->n.. : -■ • .'.nS ,•:" jj - .'iA^^ ■%t. 7 T « * M 0 '' ' ■ [ j - ^ ' ■ ^ A * ‘ ' ; ■ ; • ■; ^ •' ■ i ^ ' ■; -. . - ' ■ î . 1 , ' ; V . î i v V - .’■ ■ ' • > / ' . • • - • '*' À ' - -■->■ : / . > = ^ r . : > - o ■ i ^ ■ ■ V ^ ' ■ \ f c . î ^ - L , ,- - . - : o . ' ^ ..> . ^ ' / ■ ; ; i : ' i Y ' ; 9 , i / i > ; . ' '. h ' ■ r * ■ - i l ' V ; i . ' - ■ - " - A ' ■"'■ ■ A , ‘ Y ■ i-S-' - Î / ? A ■ A' .J' . V . : i X ' •■■ V;. ■ ; . 4 - / î ’ - * ' ^ - .'*>- . '.•'■î i -i -i Sr i t / ’ *; i ’ v i * ‘ •‘ •‘ '* Y ' • * . ' ■ • -- . -, -•' î ' Y - •• .' ' i ■ •*’! ■ 3 î i ! ÿ ? o D m à 3 F v à m ^ M e i p ^ ü . a : f ■■'- ■ > .J t U . î3 ■?. - « .T î '- '- V ’ '■ V ': '* . ï , } > '. '4'0: Oi r r i iH KiJ ,iî^. •;? /,; '> . ÿ x ;;-■ i - ’ 'i M ' i ’ -' .- / f t f ï j U ? v ' ( ^ y W i f i'-"; \ j - ‘ 3 i û ï ■ Aj > i : , f / i 1-À),üy.*->!û J.- - . ■ '-■-; v V i ' . V f - : ■ - . , 4 A T ? Æ W . Ï « A i ; i U C ? ' J j ^ 4 f ^ C a - r h ' 3 S a ^ H Ç ^ y ? / ' v ' ■ ; iîA H O A rî i u a v ; 3 -S 3 0 - S â C ' C ■• ■ ,'■ ■ .ï;v-2Jiy/VniéiÿèH-'vt-w-v* îh - ' 'M ê .

(5)

SOMMAIRE

> C om p lém en ts d ’A r c h é o a s tr o n o m ie ... 5

' A V A N T -P R O P O S

L a R ech erche à l ’E .N .S . de C ach an ... 1 6

' C es p lan tes d ites s a u v a g e s ... 21 ’ C o m m e le S au le verd issan t ... 23 ' E n s e m b le ... 2 5 N o s cam arad es p u b l i e n t ... 26 Vie f a m i li a l e ... 27 N é c r o lo g ie ... 28 T résorerie ... 3 5 A sse m b lée G é n é r a le ... 3 6 D i r e c t r i c e d e la p u b l i c a t i o n M lle M È G E - I m p r i m e r i e M a n c e l l e - D é p ô t lé g a l : 2*' t r i m e s t r e 1

(6)

1 » ^

''

.fer'--

■ i ' ^ - - ‘' - ' ^ : M - ' ' ' f ^ r ' W

rr^é- / ' ■

fe.

>1 -i '_ ^ - T-tj*» .y tc ^ .-. ,. • •'- ^-n-y'^'<««-<-^5a!t■*.••»■&2? .f e f e '- '> r’, v%;"'- .-- , ''k',; ,. .'Æt- f: j x ' ■. • "Æ :-^'4

.-

- î i f e r r ^ -

r;-.:--, . '■'< ' -.Æy.^.-’ ' \'yW iÿ 4 ^y ^-iy ^ ÿ y 'y iv y ^ 'ii^ i^ Æ

. *•■: ^ .v , '• ■-■ '% r.-•••• ^Æ-' -- ' .y" • \ ri-:*r-''^'ÿ^%1 * --Ji. •XL-ïi*y-î.v. - . y ',*.•??»*■.• >•-■-•%_ - . iÿ- i^ - — ^ - ■ • . T ^ # c ^ v ‘■/‘"■fe-e'^‘- ' '■ '• i r - ' ■ ;■ ...’ fe'". ■ s i ' '

B;

3 ? . ' ' S ' ■

teiSair

■ '• • ■■• -. '■*"* ‘'-Ali’’' ■ - '^'■^ •' ’ '-- ' ~ '--H .'' r 'yy-é^yi. ■ - : y y y . y - ' f e ! - ' s . .;.-:^*>4F-,«W,, . •'.' ' • .x-Q.-'-æ -■ "*-4?C3.-;- ' -iy*cV • - .■•'-iôii:->îik->A.ïT*:V«ta'-.r^^

fe-mlf

% • îièâi'-P

(7)

COMPLÉMENTS

D ’ARCHÉOASTRONOMIE

Fin de la conférence fa ite le 16 Janvier 1990

à l ’A cadém ie des Sciences, A rts et Belles Lettres de D IJO N

p a r R ené F A U G ÈRE ( A l 45-47)

7 - “ L ’épopée de Gilgamesh” , première légende connue de

l’humanité, n’est-elle pas un récit cosmique ?

7 - 1 - Gilgamesh est un personnage réel.

Il fut le cinquièm e roi d ’O u ro u k , ville créée p a r les Sum ériens sur l’E uph- rate en Basse M ésopotam ie. Il régna vers - 2 7 0 0 . C onsidéré com m e un héros, il devint un personnage m ythique. D ’où la légende, d ’ab o rd tra n s­ mise o ralem en t, puis gravée dans des tablettes d ’argile.

7 - 2 - Découverte de l ’épopée de Gilgamesh.

En 1888 J .-P . P eters au cours de ses fouilles, to m b a m iraculeusem ent sur la “ b ib lio th èq u e” de N ip p o u r, très ancienne cité sum érienne. M algré quel­ ques difficultés avec les indigènes il p u t expédier environ 40 000 fragm ents de tablettes dans des m usées à Philadelphie et Istanbul. O n put ainsi recons­ titu er le poèm e qui couvre 12 grandes tablettes couvertes de 6 colonnes de 300 lignes d ’écriture cunéiform e. O n retro u v a égalem ent des fragm ents du m êm e poèm e en T u rq u ie, en Syrie et en Israël. L a tra d u c tio n fu t facilitée p ar la découverte d ’une double inscription en vieux persan et en cunéiform e sur un rocher en Iran .

Le poèm e a une longeur com parable à l’Iliade, le célèbre poèm e d ’H om ére, m ais il fu t rédigé 2000 ans av an t ce dernier.

7 - 3 - 1 1 semble que le texte décrypté ait une signification

astronomique.

Quelques érudits l’ayant étudié eurent cette im pression et l’un d ’eux dem anda l’avis de G. H aw kins. Ce dern ier, après une étude a p p ro fo n d ie , pense que cette légende est une oeuvre collective destinée à distraire, en décrivant l’épo­ pée supposée de G ilgam esh, m ais aussi à tra n sm e ttre des connaissances astro n o m iq u es.

P o u r lui, G ilgam esh personnifie le Soleil, son rival et fu tu r am i E n k id o u la L une, et le d éroulem ent du récit ferait allusion aux différentes phases de la L une avec leurs durées et leurs aspects. E n p articulier, l’in tervention d ’une co u rtisan e évoquerait l’ap p a ritio n d ’un p ro fil de fem m e au prem ier qu artier. L a fem m e “ en traîn e E n k id o u ” puis son visage s ’estom pe et à la Pleine L une ap p a ra ît “ l ’hom m e dans la L u n e” : E n k id o u avec ses deux grands yeux, son petit nez rond et sa bouche ouverte. Ce so n t évidem m ent les “ m ers lunaires” qui fo n t le spectacle! (D oc. 1).

(8)

I )( K r v i l \ T I

m

m

i

La fe m m e de la légende d e G ilgam esh appa­ raît avec te Prem ier Q uartier de ia L une. On a p erço it so n visage su r ia p h o to ci-contre. S o n o p u le n te ch evelu re o ccu p e les ' 'm ers d e ia S é ré n ité 2 , d e ia T ra n q u illité 3 , d e ia F é c o n d ité 4 et d u N e c ta r 5 , so n œ il n o ir ia " m e r ” des V apeurs 6 et so n m e n ­ to n s ’a p p u ie su r ia " m e r ” d es N o c e s 7 . L ’h o m m e d e ia légende (E n k id o u ) a pparaît a vec ia P leine L u n e : ses y e u x o c c u p e n t les " m e r s ” d es P lu ies i et d e ia S é ré n ité 2 et sa b o u ch e s ’ou vre su r ia ' ‘m er ’’ des N oces

7 . R e c o n n a isso n s q u e les d e u x visages

se m b le n t sérieusem ent b o u rg e o n n e r d ’acné iu v é n iie "c ra té risé s”.

(9)

Au dernier q u artier, E nkidou p art en prem ier puis la fem m e le suit et dis­ paraît avec le dernier croissant. A lors, à la co n jo n ctio n (N ouvelle Lune) où la Lune rejoint le Soleil, E n k id o u rejo in t G ilgam esh p o u r l’a ffro n te r. G ilgam esh a le dessus et ils deviennent am is. D ans la suite des aventures de G ilgam esh et E n k id o u , on tro u v e le m onstre H o u m b a b a qui sem ble être la cause des éclipses et q u ’ils finissent p a r vaincre.

En in terp rétan t la suite de l’histoire, G . Haw'kins pense identifier la planète Vénus et quelques signes du zodiaque tels q u ’ils se présentaient 3000 ans avant Jésus C hrist.

Q uoi que l’on pense de cette in terp rétatio n de la prem ière légende connue des Sum ériens, il faut reco n n aître que leurs successeurs Babyloniens acq u i­ rent de solides connaissances astro n o m iq u es leur p erm ettan t de calculer la position de la Lune dès —500 et de prévoir les éclipses.

8 - L Archéoastronomie doit beaucoup aux remarquables

archives des Astronomes Chinois.

8 - 1 - Les Chinois, Fils du Ciel.

Les A nciens C h in o is, convaincus de cette filiation, étaient évidem m ent très intéressés p ar ce qui se passait dans le ciel. M ais p arad o x alem en t ils n ’ont pas laissé de traces de lieux spécifiques d ’observations astro n o m iq u es : pas de m égalithes à alignem ents, pas de pyram ides ni de to u rs en pierre. Leur m o tiv atio n ne sem ble pas avoir été la d éterm in atio n du tem ps. Louis Lecom te ayant voyagé en C hine en 1698 ra p p o rte avoir vu des m a th é m a ti­ ciens chinois observer le ciel depuis la terrasse (très dégagée) d ’un palais. L ’un observait au zénith et les q u a tre au tres aux q u a tre points card in au x ; ainsi rien ne leur échappait et ils no taien t scrupuleusem ent to u t ce q u ’ils observaient. C ette p ratiq u e rem onte sans d o u te à la nuit des tem ps.

8 - 2 - Les textes astronomiques les plus anciens sont chinois.

Paul C ouderc indique dans son ouvrage intitulé “ Les éclipses’’ que deux astronom es chinois. H o et H i, furent condam nés à m o rt p o u r n ’avoir pas anno n cé l’éclipse to tale de Soleil visible en C hine le 1 1 /1 0 /- 2 1 5 4 ! Ceci m ontre q u ’au troisièm e m illénaire avant Jésus C hrist les Chinois étaient déjà capables de prédire des éclipses.

Vers 1900, à 500 km au Sud-O uest de P ékin, près de A nyang, on a déco u ­ vert des com ptes rendus d ’observations astro n o m iq u es d a ta n t de - 1500, gravés dans des carapaces de to rtu es ou sur des os d ’anim aux. O n y trouve des éclipses de Lune, de Soleil et l’ap p aritio n d ’une étoile “ nouvelle’’ (nova ou supernova).

D ans les “ A nnales du P rin tem p s et de l ’A u to m n e ’’ de C o n fu ciu s, p o u r la période de — 720 à — 481, on tro u v e le relevé détaillé de 30 éclipses im p o r­ tantes ayant eu lieu (dont 3 totales de Soleil).

A p a rtir de - 200 les archives chinoises so n t très com plètes et co m p o rten t en o u tre des descriptions de co n jo n ctio n s, d ’o ccu ltatio n s, d ’au ro res p o la i­ res, de bolides et de pluies d ’étoiles filantes, sans ou b lier le passage de la com ète de Halley en - 12.

(10)

A p a rtir de - 2 8 , les taches solaires so n t m entionnées (obsevées à l’œ il nu au lever ou au coucher). Il fau t reco n n aître que les m o tiv atio n s chinoises n ’étaient pas vraim ent astronom iques mais essentiellement divinatoires ; p ar exem ple les inscriptions sur os ou écailles antérieures à la dynastie des Z hou ( - 1050) sont to u tes à caractère d ivinatoire. Le devin procédait à la lec­ tu re ” des fissures provoquées p ar brûlage à l’aide d ’un tison ou d ’une aiguille chau ffée sur un os (scapulom ancie) ou une écaille (chéloniom ancie). G éné­ ralem ent il s’agissait d ’om oplates de bovidés et de boucliers v en trau x de to rtu e s, et, sous les fissures, les inscriptions p o uvaient con cern er, 1 énoncé des questions posées, le nom du devin, la d atatio n , l’interprétation du “ m es­ sage” reçu et transm is et, plus rarem en t, la c o n firm atio n (ou l’in firm atio n ) a posteriori des prédictions. D ’où une foule de renseignem ents sur l’h is­ toire de la dynastie des Shang (o rganisation sociale, religieuse, éco n o m i­ q ue, rôle du souverain, ses chasses, ses guerres, fo n d a tio n des v illes...) et aussi sur l’A stronom ie. E n ce qui concerne les véritables com ptes rendus d ’observations astronom iques régulièrem ent inscrits depuis — 200, ils ém ient rassem blés p ar “ l’A stronom e de l’E m p ereu r” qui se livrait à des prévisions astrologiques réservées au souverain. Dans ces prévisions, les éclipses avaierit leur place, d ’où la nécessité de les prédire co rrectem ent. Le peuple n était pas in fo rm é de ces observations et de ces prévisions ; d ’ailleurs, sous la dynastie des T ang en 840 après Jésus C h rist, un E d it Im périal ra p p ela le secret absolu dem andé aux A stronom es sous peine de très graves sanctions!

8 - 3 - Les archives chinoises constituent un trésor archéoas-

tronomique inestimable.

P a r exem ple, à p a rtir de 1962, tro is astro n o m es chinois. H o , H si et P o , se so n t mis à com piler les archives p o u r y détecter les étoiles invitées , de façon à étudier les novae et supernovae du passé. (A ucune n ’est m en ­ tionnée dans les archives européennes av a n t le X V II' siècle). E n p a rtic u ­ lier, p o u r les deux derniers m illénaires o n t été recensées 4 supernovae cer­ taines (1006 dans le L o u p , 1054 dans le T a u re a u , 1572 dans C assiopée et

1604 dans O phiuchus), 2 p ro b ab les, 2 possibles et b eau co u p de novae. L a supernovae du T a u re a u , de 1054, qui a engendré la N ébuleuse d u C rab e (M l) et d o n t le résidu est le p u lsar du C rab e, (D oc. II, fig. I) a été observée aussi p a r les Indiens d ’A m érique du N o rd . O n a en effet découvert dans une g ro tte de C alifornie une p ein tu re rep résen tan t un croissant de L une à côté d ’une étoile, or une étude p ar ordinateur a m ontré que la nuit où explosa la supernova (4-5 juillet 1054) la Lune décroissante (croissant du m atin) était bien à proxim ité de l’en d ro it où ap p a ru t la su pernova. Q u atre dessins a n a ­ logues o n t été trouvés depuis en C alifornie, en A rizona et au N ouveau M exi­ q ue, ces dessins ay an t été auth en tifiés p a r d a ta tio n .

R em arque : Les C hinois o n t tendance à m ettre des D ragons p a rto u t et cette influence a subsisté p a r exem ple avec le m ois “ d ra c o n itiq u e ” de la L une, tem ps mis p ar la L une p o u r revenir au m êm e n œ u d (le D rag o n é ta n t le sym bole des nœ uds).

(11)

Le m ois d raco n itiq u e est un peu inférieur au mois sidéral car les nœ u d s viennent à la rencontre de la L une : 27, 21 jo u rs au lieu de 27, 32. M ais quittons les archives chinoises pour les prestigieux sites d ’Egypte, hauts lieux, eux aussi de l’A rchéoastronom ie.

9 - Les Pyramides et les Temples de l ’Egypte Ancienne

concernent au plus haut point l’Archéoastronomie.

9 - 1 - Les Pyramides d ’Egypte, monuments essentiellement

solaires.

9 - 1 - a - La Pyramide à degrés de Sakkarah et les Pyrami­

des de Snéfrou.

Les archéologues o n t longtem ps cru que les Pyram ides d ’Egypte étaient an té­ rieures à Stonehenge m ais la d atatio n au radiocarbone a m ontré que les deux entreprises étaient sim ultanées ; Stonehenge I a été com m encé vers - 2800 et la co n stru ctio n de la P y ram id e à degrés de S a k k arah fut lancée p a r le Roi D jeser (troisièm e D ynastie) vers - 2 7 8 0 . Elle co rresp o n d it à un c h a n ­ gem ent radical d ’arch itectu re p a r passage de la b rique et du bois à la pierre de taille. Ceci fut l’œ u v re d ’un hom m e génial, Im h o tep , m inistre de D je­ ser, m édecin, architecte, sculpteur et g ran d prêtre d ’H éliopolis (12 km du C aire), la ville dédiée au Dieu Soleil (Rê ou R a, représenté par un disque dans les hiéroglyphes).

La P y ram id e à degrés de S ak k arah (ou m astab a) de 61 m de h a u t et à 6 gradins fut la tom be du p h arao n , des reines et des enfants royaux. Elle com ­ p o rta it des ap p artem en ts so u terrain s luxueux co n ten an t de grandes riches­ ses (peintures, 40000 pièces de vaisselles en pierre!) p o u r la survie du so u ­ verain. Son rectangle de base de 123 m sur 107 m est orienté E st-O uest et N o rd-S ud à 4° prés.

Le p h a ra o n S néfrou (4° D ynastie) a u rait curieusem ent fait co n stru ire trois pyram ides :

à M eidoum une pyram ide à étages (3 subsistent sur 7) inachevée peut-être à la suite d ’un effo n d rem en t ;

à D ah ch o u r, la “ P yram ide R h o m b o ïd ale” ou “ à deux p en tes” (54° 30’ et 43° 20’) à revêtem ent in tact et une pyram ide régulière de pente 43° 40’ et de m êm e h a u te u r (100 m).

Ces pyram ides plus ou m oins réussies o n t dû p erm ettre la perfectio n des P yram ides de G uizeh.

9 - 1 - b - Les Pyramides de Guizeh.

Les P yram ides édifiées p a r les p h a rao n s de l’A ncien E m pire (an térieu r à - 2300) sont des m onu m en ts essentiellem ent solaires se p résen tan t com m e des rayons de Soleil pétrifiés to m b a n t de derrière les nuages et p erm ettan t au p h a ra o n m o rt (ou à son “ k a ” , corps invisible et étern el” ) de rejo in d re le Dieu Soleil Ra.

(12)

Les textes des Pyram ides découverts en 1881 m ettent constam m ent en relief l’idée de l’escalier ou de l’échelle de caractère divin p e rm ettan t au p h a ra o n d ’attein d re les régions célestes. L E .S . E dw ards, conserv ateu r des a n tiq u i­ tés du British M useum , qui a consacré sa vie à l’étude de l’Egypte et qui est arrivé à cette conclusion, prétend que le m ot égyptien “ m e r” qui signi­ fie “ p y ram id e” se tra d u it aussi p a r “ le lieu de l ’ascension” . C ’est C héops (ou K h o u fo u ), fils et successeur de S n éfro u , qui fit co n stru ire vers —2700 le plus ex trao rd in aire m o n u m en t de to u s les tem ps, la Grande Pyram ide. O n est stu p éfait de la perfectio n de ses dim ensions (sa base est un carré de 230, 3 m de côté à quelques cm près!) et de ses o rien tatio n s (les côtés de la base sont p arfaitem en t orientés E st-O uest et N o rd-S ud à m oins de 5 m inutes d ’arc près!). Le N o rd a sans d o u te été d éterm iné à p a rtir du lever et du coucher d ’une m êm e étoile (bissectrice de l ’angle) m ais la précision du tracé de cette m éridienne est vraim ent su rp ren an te. L a h a u te u r de la G ran d e P yram ide est de 146,7 m et ses q u atre faces sont inclinées de 51° 50’ : o n a ten u com pte p o u r ces m esures du fait que le revêtem ent en dalles calcaires lisses et blanches a été enlevé à l ’époque m usulm ane p o u r la co n stru ctio n du C aire. C ertains pensent que l’angle des faces et le septième du cercle céleste (le 7 est un nom bre mystique) et d ’autres o n t rem ar­ qué q ue, le site é tan t rigoureusem ent à la latitu d e de 30° (au tre précision énigm atique!) la G rande P yram ide (ainsi que ses 2 voisines d ’ailleurs) reçoit p erpendiculairem ent à sa face Sud les rayons solaires au solstice d ’hiver à m idi. E n effet, au solstice d ’hiver, à l’ép oque des P yram ides, la déclinai­ son du Soleil était ^ h = — 24° et sa h a u te u r à m idi hh = 90 — 30 — 24 = 36° c’est, à 2° près, l’orientation de la perpendiculaire à la face Sud (90-52 = 38°). Ce dernier p oint de vue ju stifie à la fois l’o rie n tatio n de la base et l’incli­ naison des faces et l ’on serait en présence du prem ier alignem ent jam ais réalisé en direction d ’un o b jet situé aussi h a u t dans le ciel. L a P y ram id e se c o m p o rterait com m e un m iro ir, afin q ue, au solstice d ’hiver à m idi, “ le Soleil affaibli contem ple son im age et connaisse la ren aissan ce” .

T o u jo u rs est-il que le travail réalisé fu t gigantesque : 2 300 000 blocs de pierre taillée de plus de 2 tonnes et d ’une factu re stu p éfian te (les blocs de calcaire, am enés des carrières de T o u ra h , à une quizaine de km au Sud, fu ren t taillés avec une telle précision que certains jo in ts en m o rtier de p lâ ­ tre n ’o n t pas plus de 0,5 m m !).

Le granite des sarcophages était ram ené des carrières d ’A sso u an à plus de 1000 km .

D ans la cham bre funéraire royale de la G ran d e P y ram id e, l ’énorm e c o u ­ vercle du sarcophage n ’a pas été retro u v é, on pense d o n c que la m om ie du p h a ra o n n ’y a jam ais été déposée : la G ran d e P yram ide ne serait q u ’un m o n u m en t funéraire sym bolique et sa finalité essentielle serait cosm ique.

La Pyramide de Képhren, co n stru ite vers — 2650 et voisine de la G ra n d e

P y ram id e, p a ra ît un peu plus h au te car le sol est un peu surélevé m ais fait en réalité une dizaine de m ètres de m oins. Sa base carrée, de m êm e o rie n ta ­ tio n très précise (à 5 ,5 ’ près!) a 215 m de côté.

(13)

Ses faces sont inclinées de 53° et sa face Sud reçoit d onc p erp en d icu laire­ m ent les rayons solaires au solstice d ’hiver à m idi à 1° près ( 9 0 - 5 3 = 37°). Elle a gardé une p artie de son revêtem ent au som m et. (D oc. II, fig. II).

La Pyramide de M ykérinos, co n stru ite vers - 2600 est plus petite (h a u teu r

62m, côté 108 m), un peu m oins bien orientée (écart 14’) et la pente de ses faces est de 50° 43’ (écart 3°).

L ’ensem ble colossal des 3 P yram ides est harm onieusem ent com plété p a r

le Sphinx, lion a tête hum aine taillé dans un m am elon calcaire, gardien

m ajestueux de la nécropole royale. M algré les d ép réd atio n s des hom m es (les M am elouks s’en sont servis de cible!) et l’érosion des sables, son visage a gardé sa souveraine et énigm atique beauté. La co n stru ctio n de pyram ides continuera ju sq u e vers - 2300 m ais on ne retro u v era plus la taille et la p e r­ fection des P yram ides de G uizeh.

9 - 2 - Les astronomes ont découvert de nombreux indices

intéressants en étudiant les statues et les Temples de l ’Egypte

Ancienne.

9 - 2 - a - Les Colosses de Memnon.

Ces deux statues jum elles m onolithes de 16 m de h a u t, érigées p a r A m éno- phis III vers - 1380 entre L o u x o r (Thèbes) et la Vallée des Reines so n t face au Soleil levant au solstice d ’hiver (Sud-Est). L a statu e du N ord fut fissu­ rée p a r un séisme en - 27 et depuis lors ém it un son au lever du Soleil, sans d o u te dû au changem ent de tem p ératu re, qui cessa après sa re sta u ra tio n p a r Septim e Sévère.

Le lever du Soleil au solstice d ’hiver co n stitu ait p o u r les Egyptiens une date capitale célébrée p a r une fête ainsi que d ’autres événem ents astro n o m iq u es (solstices, équinoxes, phases de la Lune). L eur calendrier co m p o rta it 3 sai­ sons de 4 m ois de 30 jo u rs auxquelles s ’a jo u taien t 5 jo u rs en fin d ’année, soit 365 jo u rs. A raison de 1 jo u r to u s les 4 ans, il pou v ait survenir au fil des siècles un décalage p ar rap p o rt aux saisons d ’où l’intérêt q u ’ils portaient au m ouvem ent ap p a re n t du Soleil p en d an t l’année.

9 - 2 - b - Temple d ’Abou Simbel.

Im m ense construction m onolithique creusée dans une falaise de la rive occi­ dentale du Nil sous le règne de Ramsès II, vers - 1280, face à l’Est, le fam eux Tem ple d ’A bou Sim bel est dédié au Dieu Soleil d ’H éliopolis et à A m o n Ra de T hèbes. U ne rangée de b ab o u in s assis est sculptée dans le h au t de la façade : les babouins sym bolisent le Soleil levant q u ’ils saluent de leurs cris. A la d ro ite de l ’entrée du T em ple, une petite chapelle est orientée avec p ré ­ cision vers le Soleil levant au solstice d ’hiver. A l’origine elle co n ten ait des statues de b ab o u in s. M enacé p a r les eaux du nouveau h au t barrage d ’A ssouan, le T em ple d ’A b o u Sim bel fut découpé et tra n sp o rté plus h au t à 1 km de son site d ’origine ; travail colossal réalisé grâce aux fonds recueillis p ar l’U N ESC O .

(14)

9 - 2 - c - Le Temple d ’Amon Ra et de Khonsou à Karnak.

A m o n , puissant D ieu de la h au te E gypte, représenté en hiéroglyphes p a r une plum e, une tab lette et une ligne ondulée fut réuni à R a, représenté p a r un disque. Dieu solaire du d elta de la Basse E gypte p o u r d o n n er A m o n R a, Dieu encore plus puissant de T hèbes (L ouxor).

Thèbes possède une trin ité de Dieux ; A m on R a, son épouse M out et K h o n ­ sou, Dieu de la L une. A chacune de ces divinités co rresp o n d en t de grands com plexes religieux à K arn ak , co n stru its sous fo rm e de ‘‘grilles” rectangulaires.

Le com plexe d’Am on Ra constitue le plus g ra n d T em ple jam ais co n stru it

dans l’A n tiq u ité. C om m encé vers — 1900 p a r les p h a ra o n s de la douzièm e D ynastie il fut sans cesse reconstruit et em belli sans que son alignem ent cos­ m ique sur le Soleil levant au solstice d ’hiver soit m odifié. C ette extension se p o u rsu iv ra ju sq u e vers — 100 sous les Ptolém ées! A insi, le Temple de

Karnak, qui se dresse sur la rive o rientale du Nil à 3 km au N o rd de L o u x o r

éto n n e p a r la com plexité, le gigantism e, la b eau té et la richesse de ses b â ti­ m ents (‘‘fo rê t” de colonnes d o n t certaines o n t 3,5 m de d iam ètre et plus de 20 m de h a u te u r, énorm es pylônes d o n t l’un a 43 m de h a u t et 113 m de long, innom brables bas-reliefs, le to u t co u v ran t plus de 450 m de longueur!).

Le com plexe d ’A m on Ra est réuni au Sud par une avenue de sphinx au com ­

plexe de M out, a u jo u rd ’hui en ruine m ais d o n t la ‘‘grille” est p arfa ite m e n t

visible (elle fait un angle de 8° avec celle d ’A m on Ra). Le complexe de M out co m p o rta it plusieurs petits tem ples près d ’u n lac sacré en fo rm e de crois­ sant qui existe encore.

Le Temple de Khonsou (Dieu lunaire) est situé à l’intérieur des m urailles

de briques et de b oue qui en to u re n t le T em ple d ’A m on R a. C o n stru it p ar Ram sès III vers - 1180, le T em ple de K honsou a son axe aligné avec le co u ­ chant de l’étoile C anopus (a de la Carène) à l’époque de Ram sès. Sa ‘‘grille” fait un angle de 2° avec celle d ’A m o n R a. Sur la terrasse un p etit tem ple à ciel ouvert possède une m eurtrière p e rm ettan t de viser p erp en d icu laire­ m ent à l’axe, vers les collines de T hèbes, de l’au tre côté du N il, en directio n de la Vallée des Rois qui recèle 64 to m b eau x de p h a ra o n s des 18, 19 et 20° D ynasties. R em arquons que l’u n des petits tem ples du com plexe de M o u t, consacré aussi à K honsou, visait aussi les collines de T hèbes, m ais plus au S ud, en direction de la Vallée des Reines qui recèle 70 to m b eau x de R eines, Princesses et Princes des 18, 19 et 20° D ynasties.

9 - 2 - d - Comportement de la Lune sur les collines de

Thèbes.

La latitude de Thèbes est relativem ent faible 25,7° à 2,2° seulem ent du T ro ­ pique du C ancer, ceci en traîn e trois conséquences :

— Le crépuscule y est c o u rt et la n uit rap id em en t som bre ;

— Im m édiatem ent après la N ouvelle L une, lorsque ‘‘le cro issan t du soir ap p a ra ît et se rap p ro ch e de l’horizon, la L une p araît ‘‘couchée sur le dos ;

(15)

— “ Le croissant du so ir” , m êm e fin, est plus lum ineux que sous nos la titu ­ des et su rto u t, le reste du disque lunaire illum iné p a r “ le clair de T e rre ” (lum ière cendrée) est plus visible que sous nos latitudes. O n appelle p o éti­ quem ent ce beau phénom ène : “ la vieille L une dans les bras de la N ouvelle L une” . E t c ’est exactem ent la représentation égyptienne du Dieu de la Lune K honsou : un disque soutenu par un mince croissant! (Doc. II, fig. III et IV). A S tonehenge, o n ne s’était occupé que de la P leine L une (en o p p o sitio n avec le Soleil), ici on va s’occuper de la Nouvelle L une (en co n jo n ctio n avec le Soleil) d o n t la prem ière m an ifestatio n visible est le fin croissant du soir. C om m e il s’agit d ’une c o n jo n ctio n avec le Soleil (Soleil et L une vus de la Terre dans la m êm e direction), c ’est la Nouvelle Lune la plus proche du

solstice d’été qui a u ra, com m e le Soleil, la plus grande déclinaison et se c o u ­

chera le plus au N ord dans l’année. A u cours du cycle lunaire de 18,6 années (tem ps mis p a r un n œ u d lunaire p o u r faire un to u r com plet) c’est l’année de Lune Haute que le fin croissant du soir se couchera le plus au Nord : ce phénom ène est observé to u s les 18 ou 19 ans à travers la m eu rtrière du T em ple de K honsou en direction de la Vallée des Rois (alignem ent A ). Il sem ble que le T em ple principal de K honsou qui fut co n stru it sous Rarnsès III assez longtem ps après le T em ple d ’A m o n R a, ait été fait dans le b u t de l ’alignem ent A . C om m e à S tonehenge, la période d ’o bservations a stro ­ nom iques et de m esures a dû être extrêm enent longue p o u r co n d u ire à la découverte du cycle lunaire de 18,6 années.

P a r co n tre, au milieu du cycle, au b o u t de 9,3 ans environ (année de Lune

Basse), le fin croissant du soir se couchera le plus au Sud (il s’agit to u jo u rs

du croissant qui suit la N ouvelle L une la plus proche du solstice d ’été) : c’est ce que l’on observe avec les alignem ents du com plexe de M out en direc­ tio n de la Vallée des Reines (alignem ent B). O n peut rem arq u er que le petit tem ple du com plexe de M out qui d o n n ait l’alignem ent B était dédié à K hon­ sou e n fa n t, com m e si le D ieu de la L une renaissait en ce p o in t précis. A k a rn a k com m e à S tonehenge, sont inscrits des alignem ents solaires et lunaires. M ais, à K arn ak , l’hypothèse est confirm ée p a r les hiéroglyphes : une inscription, très endom m agée il est vrai, au niveau de la m eurtrière con­ cern an t l’alignem ent A et s u rto u t, une ta b lette de 36 lignes découverte près du T em ple principale de K honsou p ar un collègue de Jean -F ran ço is C ham - pollion, tra d u ite p a r ce dernier, qui raco n te la “ Légende de la Princesse m a la d e ” . A la dem ande de L abib H ab ach i, inspecteur des m onu m en ts du H au t Nil et de Jo h n A. W ilson, directeur du centre de recherches de L ouxor, G. H aw kins étu d ia cette ta b le tte et découvrit q u ’en fait elle décrivait (avec nom bres à l’appui) le co m p o rtem en t du croissant de L une au-dessus des collines de T hèbes ce qui co n firm ait les alignem ents q u ’il avait détectés.

(16)

D O C U M E N T II

Eiu. I

“N é b u le u se d u C r a b e ” R este d e ta S u p e rn o va o b se rvée p a r tes C h in o is en 1054. A u c e n tre d e c e tte n éb u le u se se tro u v e te p u lsa r d u Crabe (étoile à n eutrons to u rn a n t sur elle -m ê m e 3 0 f o l s p a r se co n d e). L e p u lsa r d u C ra b e est situ é à 6500 a n n ées-lu m ière d e la Terre.

l iu. Il / </ l'v n n i i i d c (k k c p h r c n

' » ér

s f g è H auteur d u Soleil au solstice d ’hiver ■ a ù m id i à l ’é p o q u e d e K é p h ren : - hh = 9 0 - 3 0 - 2 4 = 3 6 ° (à 1 ° p rès).

Fig. III

Fig. IV

L a triade thébaine : A m o n , M o u t et L a lu m iè re cendrée d e la L u n e au p rin te m p s, a u -d essu s K h o n so u (D ieu d e la L u n e su rm o n té

d u G ra n rl-P a la is à P aris. d u s v iu h o lc d e la lu m iè r e c e iu lré e l.

(17)

ERRATA

B ulletin n ° 172. A rchéoastronom ie p a r R . Fougère

Lire... A u lieu de...

page 23 ligne 29

i

e

page 23 ligne 45 H près des H des

page 24 ligne 10

( S = o )

( =0)

page 24 ligne 20 Pleine Plaine

page 24 ligne 29 en opposition avec avec

page 28 ligne 31 gaélique gaéliqeu

page 29 ligne 34 Bretagne bretagne

page 29 ligne 19 Thom thom

page 32 Figure 6 A u solstice Pour Stonehenge, au

page 32 Figure 6 au-dessus de l ’horizon au-dessus de la ma

(18)

AVANT PROPOS

LA RECHERCHE A L’E.N.S. DE CACHAN

En prenant la direction de l’E .N .S . de Cachan en 1988, nous avons claire­ ment réaffirmé que la vocation de notre Ecole était avant tout la form ation de futurs cadres de l’Enseignement Supérieur Scientifique et Technique. Le flux d’élèves de notre Exole est à la hauteur de nos ambitions : sur les 688 Normaliens recrutés tous les ans, près de 300 viennent actuellement à Cachan.

N ous tenons particulièrement à ce que leur form ation durant les quatre années d’études à Cachan intègre de façon continue quatre com posantes : - l ’acquisition des connaissances et des m éthodes scientifiques dans la dis­ cipline choisie par l’étudiant,

- l’éveil aux méthodes et aux grands courants de pensée des autres disciplines, , . , - l’aptitude à la com m unication, y compris en langue étrangère, et a l ’enseignement,

- la recherche, que nous considérons com m e une com posante essentielle de la form ation.

C ette stru ctu re n ’est pas en place depuis très longtem ps. U n p ro fo n d débat o p p o sa souvent partisans d ’une Ecole exclusivem ent centrée sur 1 E nseigne­ m ent Technique et partisans d ’une Ecole m ultidisciplinaire. Suppression des sections littéraires et étude très avancée du départ des scientifiques vers Lyon constituèrent, un tem ps, les propositions de certains. La réforme des E .N .S .

et les excellents décrets pris en 1985 puis 1987 et relatifs à Cachan ont mar­ qué, au contraire, le choix définitif pour une Ecole Pluridisciplinaire com ­ portant des départements relevant des sciences de hase, des sciences pour l’ingénieur, des sciences humaines, des sciences sociales et des arts appliqués.

F lu x a n n u e ls des N o rm alien s

de C a c h a n p a r g ra n d s c h a m p s d isc ip lin aires en 1990

Sciences Sciences P h y siq u es p o u r l’in g én ieu r Sciences E co n o m iq u e s et d e G estio n et S ciences sociales A rts, C ré a tio n In d u strielle T o ta l 84 115 73 12 284

Outre sa taille et sa multidisciplinarité, l’ENS de Cachan est caractérisée par :

- l’affirm a tio n d ’une réelle politique de form ation de professeurs de haut

niveau in tég ran t dans leur scolarité le passage obligatoire par la recherche - la vocation particulière à intervenir dans tous les secteurs de la technolo­ gie (m écanique, économ ie, gestion etc.)

- les liens naturels avec le milieu industriel (grandes entreprises, P M E , P M I) - les liens quasi-statutaires avec les Universités d ’une p a rt, les Grandes Ecoles d ’ingénieurs, les Grands Organismes de Recherche d ’a u tre p a rt.

(19)

La recherche n ’est réellement ap p aru e à C achan q u ’à p artir des années 1970.

A près les im pulsions données successivem ent et avec une gran d e lucidité p a r le D irecteur T H U R E A U (entre 1970 et 1975), p a r le D irecteur M O N ­ T E E et le Professeur G A U T H E R IN au début des années 1980, C ette recher­ che tém oigne a u jo u rd ’hui d ’une relative m aturité.

S’agissant de la fo rm atio n p a r la recherche, nous croyons très im p o rta n t que ch aq u e N orm alien tro u v e, d u ra n t les tro is prem ières années, sur le site de C ach an , des lab o rato ires de dim ension in tern atio n ale aux thèm es relati­ vem ent proches de sa spécialité personnelle afin de faciliter son éveil à la

recherche. Il est tout aussi important que ces laboratoires s’attachent à recru­ ter leurs chercheurs en mélangeant largement les origines de ceux-ci p lu tô t

q u ’en privilégiant les seuls N orm aliens. E n fin , il est im p é ra tif q u ’une p art très im p o rta n te de nos élèves, après l’éveil, conduisent leurs trav au x de recherche, dès leur q u atrièm e année, à l’extérieur de l ’E cole, dans d ’autres in stitu tio n s (cette année nous en envoyons dans plus de cent lab o rato ires différen ts en F ran ce ou à l’étranger).

L a sc o la rité ty p e à C a ch an

1 " an n ée

F o rm a tio n sc ien tifiq u e u n iv ersitaire + F o rm a tio n p ro fessio n n elle

2 ' année

F o rm a tio n sc ien tifiq u e u n iv e rsta ire + F o rm a tio n p ro fessio n n elle + Stage in d u striel

3 ' an n ée

A g ré g a tio n e t/o u D E A

4‘ année

R echerche (F ra n c e o u étran g er)

A insi désorm ais, notre m ission à l’égard de la recherche est claire. Il s’agit :

1 - de la développer selon les o rien ta tio n s relatives à la p lu p a rt, sinon à

l’ensem ble des ch am p s disciplinaires de l’Ecole ;

2 - de co n d u ire ce déploiem ent dans le très riche environnement régional en sachant rechercher les opportunités thématiques q u ’un établissem ent plu­ ridisciplinaire est, peut-être, m ieux arm é que d ’autres p o u r a b o rd e r ; 3 - de cultiver la justification originelle de l ’Ecole et de veiller toujours à

la qualité de son ancrage dans les Sciences Appliquées et la Technologie ;

4 - de faire de la recherche à C ach an un outil de base pour initier et for­

mer les Normaliens à la Recherche et n o n de se satisfaire de la vitrine de

brillants lab o rato ires vivant, de fait, « à côté de l ’E cole» et, d o n c, à côté de nos étu d ian ts.

(20)

Chacun peut aujourd’hui vérifier l’application de ces quatre principes de bases énoncés en 1988.

En ce qui concerne les form ations de base, et les form ations pédagogiques, C ach an a acquis ses lettres de noblesse. D ésorm ais meilleure préparation à l’agrégation de F rance avec, cette année, 260 lau réats, l ’Ecole a p a rfa ite ­ m en t, à ce niveau, intégré la dim ension m ultidisciplinaire. A insi, au-delà des exceptionnelles - m ais norm ales réussites des disciplines techniques, tr a ­ ditionnels sym boles de C ach an , peut-être ne d it-o n pas su ffisam m en t q u ’il y a bien des années que les trente étu d ian ts du d ép artem en t M athém atiques réussissent ce concours ; ou que nos élèves de Sciences Sociales o n t pris l’hab itu d e d ’occuper les prem ières places de l’ag régation de cette discipline très difficile ; ou encore que 95 à 100% des lau réats français de Biologie, G énie biologique, viennent de n o tre p ré p a ra tio n .

R é p a rtitio n des élèves 5 an n ée ap rè s leu r so rtie d e l’Ecole U niversité,

O rg a n ism e s de R echerche, Ecoles d ’in g én ieu rs,

de C o m m erce E ta b lissem en ts seco n d -d e g ré. P o st B a ccalau réat (B T S-C lasses P ré p a .) A u tre s 50% 4 5% 5%

Sans d o u te aussi o ublie-t-on tro p souvent de souligner notre attachement

viscéral là ne pas être juge et parti, et donc à être le seul établissem ent d ’ensei­

gnem ent supérieur français d o n t les professeurs s ’h o n o re n t de refuser de p articiper aux trav au x des ju ry s d ’agrégation, et donc se refusent à p o rte r le ju g em en t final sur leurs pro p res élèves!

Il est désormais clair que, s’agissant de la recherche, notre ambition pour la prochaine décennie est de parvenir à la même réussite. C ’est dans cet esprit

que trav aillen t actuellem ent les 259 chercheurs et d o c to ra n ts installés sur le cam pus.

C ette am b itio n est ju stifiée. R endue possible p ar l ’im p o san t trav ail de nos prédécesseurs, elle ne peut être envisagée sans ressources hum aines et m até­ rielles. Il convient de souligner le remarquable consensus des Directeurs de

la Recherche de notre Ministère en faveur de cette évolution. T o u r à to u r,

B ernard D ecom ps, Jacques Jo u sso t-D u b ien , M ichel C o m b arn o u s et V in­ cent C ourtillot ont tém oigné d ’une attention particulière à nos projets. A près une réflexion sur les structures de l ’Ecole d o n n a n t les décrets que l’on sait et l’élan qui en est résulté, il est ju ste de reco n n aître, dans no m b re de p o s­ tes de professeurs dégagés p o u r les recrutem ents, la qualité et l’ampleur du

soutien apporté ces trois dernières années.

D ans le m êm e tem ps, le M inistère de la R echerche et de la T echnologie ne nous a pas m énagé son aide. P articulièrem ent fav o rab le à nos choix de f o r ­ m ation d ’enseignants et de chercheurs, il a n otam m ent su générer des excep­ tions à ses propres règles visant à favoriser les implantations nouvelles de

laboratoires C .N .R .S . en province, a fin de p e rm ettre l’association d ’équi­ pes de l’Ecole que les com m issions scientifiques avaient, p a r ailleurs, reco n ­

(21)

1991

1992

BORDEREAU D ’ENVOI POUR UN ISOLÉ OU UN RETRAITÉA remplir par l'amlcaliste

POUR UN ÉTABLISSEMENT

A remplir par le correspondant (1) ETABLISSEM ENT D én o m in atio n a b r é g é e e x a c te (ex. L.T.N.G.) Nom le c a s é c h é a n t N^ d e té lé p h o n e A d re s se C o d e p o stal - Ville A cad ém ie Nom d e l’iso lé ou d u co rre s p o n d a n t A d re s se p erso n n elle M.. M m e, Mlle M. M me Mlle

NOM (en c a p ita le s) e t prén o m u su el

NOM d e je u n e fille

F o n ctio n s a c tu e lle s

S ectio n P ro m o C o tisa tio n + a b o n . tarif réd .

Soli dari

1 8 0 F 1 5 0 F

... c o tis a tio n s à 1 8 0 F - TOTAUX

co tisatio n s à 1 5 0 F - TOTAL GÉN ÉRA L ... ou rep o rt

(1) Indiquer p a r o r d r e a lp h a b é ti q u e In té g ra l le s a m ic a liste s o u n on e n fon ctio n d a n s l'E ta b liss e m e n t a u 1"' o c to b re 1990 ou a u S erv ic e N ational.

(22)

Mentionner ci-dessous toutes informations, critiques et suggestions susceptibles d ’intéresser la vie d e l’am icale :

— Mutations (préciser en observations : arrivée ou départ et, si possible, établissem ent ancien ou établissem ent nouveau).

— Retraite (indiquer si possible a d re s se d e retraite). — C as particuliers (détachem ent, disponibilité,...). — M ariages, n aissances, décés.

Merci pour votre précision.

M Mme Mlle

Nom Prénom

usuel

Section Promo Observation

Renvoyer le présent bordereau, d è s que possible à

M. RESSAYRE Maurice, 10, rue Auguste Renoir

78860 SAINT-NOM-LA-BRETÊCHE

accom pagné | d ’un ou d e s chèques(s) bancaire ou d ’un ou d e s chèques(s) d e virement postal établi à l’ordre de :

A SS A N C ÉLÈVES EN SET ET ENS C A CH A N OOP PA R IS 5 4 8 8 -9 9 K

du m ontant correspondant au total général calculé au verso soit

le

(23)

Amicaliste □ Non Amicaliste □

1991-1992

En Activité □ Isolé □

Retraité □ Groupe d ’Etab. □

N O M ... PRÉNOM (u su e l)... NOM de jeune fille... S e c tio n ... P ro m o tio n ... Nom et a d re sse de l’établissem ent d ’e x e rc ic e ...

Fonction e x e rc é e .

Fiche à remplir avec soin recto-verso par tous les anciens élèves de i’ENSET.

Les cotisations sont recueillies :

— par le correspondant d ’établissement qui les transm et au trésorier, — par le trésorier lui-même pour les Isolés.

Pour la mise à jour du fichier et l’annuaire on considère q u ’un établissement

est le lieu d an s lequel est donné un enseignem ent (Lycée, Collège, D épartem ent d ’I.U.T., Université, G rande école...) et où exercent au moins 2 anciens élèves de l’E.N.S.E.T. ou de l’E.N.S. de CACHAN.

La m ise à jour de l’annuaire est effectué à partir du BORDEREAU D’ENVOI aussi bien pour un établissem ent, qu’un retraité ou un isolé.

La mise à jour du fichier d ’expédition est effectué à partir de la FICHE CI-DESSUS (recto-verso).

Sont considérés com m e Isolés, les retraités, les personnels d ’inspection, ou d ’administration ministérielle, académ ique ou départem entale, les professeurs du C.N.E.D.

L’envoi d e s bulletins et des annuaires se ra désorm ais effectué chez l’amica- liste à son adresse personnelle (diminution d e nos frais d ’expédition par la tarifi­ cation “ envoi en nom bre”).

(24)

A dresse personnelle ;

Mme, Mlle, M ...

Code p o s ta l... Ville .

Rectifications ou changem ent d ’a d re sse :

Collez ici l’étiquette d ’expédition corrigée

F ic h e à re m p lir a v e c s o in r e c to - v e r s o p a r to u s le s a n c ie n s é i è v e s d e l’E N S E T .

Montant d e la cotisation et de l’abonnem ent aux bulletins trimestriels — 180 F pour les am icalistes en activité.

— 150 F pour les am icalistes retraités.

Adresse de notre TRESORIER

M. Maurice RESSAYRE

10, rue Auguste Renoir

78860 SAINT-NOM-LA-BRETÊCHE

Mode de Paiement

N O M ... S e c tio n ... Promo C hèque : Bancaire Postal

M o n ta n t...

ASS ANC ELEVES ENSET ET ENS CACHAN

(25)

P a rle r de recherche à C ach an ne s ’est jam ais fait et ne se fait pas sans citer nos p arten aires industriels.

Ecole de l’E d u catio n N atio n ale trav aillan t presque exclusivem ent à la fo r­ m atio n de cadres de l ’E d u catio n N atio n ale et de la R echerche, elle mesure

tous les jours l’apport de la centaine de Partenaires Industriels - grandes sociétés ou PM E innovantes - avec lesquels, s’agissant de recherche, nous som m es liés par contrats.

Bien sû r, ne dissim ulons pas que cet a p p o rt représente un intérêt financier p u isq u ’il co n stitu e p o u r nous 74% de n o tre strict budget de fo n ctio n n e­ m ent recherche (hors salaires), m ais plus fond am en tal encore est cet ap p o rt au plan de l ’orien tatio n th ém atiq u e de nos activités et de l’état d ’esprit de leur déroulem ent (com pétition scientifique, p lanification, co n fro n ta tio n du je u n e chercheur avec les réalités socio-économ iques, etc.).

Ces contrats sont en fait les vrais garants, au sein des Ecoles Normales Supé­ rieures, du maintien de Cachan dans ses orientations originelles et de la per­ manence de la mesure du respect de nos devoirs particuliers à l’égard de la Technologie.

Parler de recherche ne peut se faire non plus sans évoquer l ’aspect international...

Les 243 missions scientifiques effectuées à l’étranger p a r nos chercheurs en 1990, les signatures d ’im p o rta n ts contrats européens, la m ultiplication d ’échanges scientifiques avec l’Amérique et avec l’Est, nos m issions d ’aide

à la recherche dans les Pays du Sud, la venue à C a ch an , en séjours scienti­

fiques, de nombreuses personnalités étrangères, co n stitu en t des indicateurs précieux m a rq u a n t n o tre volo n té d ’ou v ertu re. P lu tô t que nous féliciter de ces échanges, attach o n s-n o u s à les am p lifier encore ta n t ils co n stitu en t un vecteur essentiel p o u r attein d re nos objectifs.

...E t l’environnement local

E n fin , g ard o n s nous d ’o u b lier q ue notre Ecole est située dans une ville qui

détient un record national européen : un résident sur trois est un étudiant, un enseignant ou un chercheur. L a municipalité de Cachan est n atu relle­

m ent soucieuse d ’intégrer à son tissu u rb ain l ’Ecole N orm ale située sur son territo ire et qui p o rte son no m . C h acu n m esure l’aide ap p o rtée p a r M o n ­ sieur le S énateur-M aire Jacques C A R A T et son équipe, lo rsq u ’ils fa v o ri­ sent, p o u r le plus g rand bien des N orm aliens, les échanges culturels, sociaux et sp o rtifs, to u t en p o rta n t la plus gran d e atte n tio n au développem ent p rio ­ ritaire de la recherche d an s l’Ecole .

A vant de décrire de m anière plus concrète la recherche dans l’Etablissem ent, av an t d ’en préciser les m oyens, av an t de rappeler les prin cip au x résultats q u ’elle a o b ten u e en 1990, n o u s ne p o u v o n s term iner ce p réam b u le sans évoquer les très cruels problèmes de croissance auxquels n o tre Ecole est con­ fro n tée. Le plus crucial d ’en tre eux est certainem ent celui de l ’étroitesse,

de l’inadaptation, de la non spécificité des locaux utilisés par nos labora­ toires de recherche.

(26)

N ous ne d o u to n s pas q ue le clim at actuel de franches discussions, de co n certatio n s avec nos différen tes tutelles, co n fo rté p a r nos p ro p res résul­ tats scientifiques, ne perm ette de trouver rapidem ent solution à ce problèm e.

A l ’évidence, une solution sera apportée par la construction d ’un bâtiment dédié à la recherche. Cette construction normalement prévue au schéma directeur architectural de 1952 n ’a jam ais vu le jo u r autrem ent q u ’en incrus­

tatio n s dorées sur le g ran d m u r de la salle d ’ho n n eu r.

Les prem ières lignes techniques et financières de la reprise de ce p ro je t sont actuellem ent établies. Tracées p a r une co n certatio n étroite entre chercheurs et architectes, elles constituent désorm is les voies sur lesquelles po rtera notre

effort immédiat pour la recherche. N ous nous réjouissons que cette cons­ truction figure au plan bi-annuel de recherche signé entre l’Elcole et le Minis­ tère de l’Education Nationale, de la Jeunesse et des Sports.

Yves M ALIER et Maurice LIÉVREM ONT

L ’E .N .S . d e Cachan a p u b lié u ne p la q u e tte concernant La Recherche à t ’E .N .S . d o n t vous venez de lire l ’A v a n t P ropos.

L e s collègues et m em b res d e l ’A sso cia tio n des A n c ie n s E lèves d e l ’E .N .S . q u i seraient intéressés p a r les travaux scientifiques de l ’E .N . S. p e u v e n t rece­ voir la p la q u e tte q u i leur sera adressée su r leur d em a n d e contre l ’en v o i de 10 tim bres à 2 ,3 0 E.

11 f a u t contacter à l ’E .N .S . de Cachan, M o n sieu r J. B O D IN E A U D irec­ teu r de la F orm ation, 61, avenue du P résident W ilson - 94235 C A C H A N Cedex.

M o n sieu r le D irecteur Y. M A L I E R et M o n sieu r le D irecteur A d jo in t M . L I É V R E M O N T n o u s o n t autorisés à p u b lie r cet A v a n t P ro p o s q u ’ils en so ien t remerciés.

(27)

CES PLANTES DITES SAUVAGES...

En ce vieux tem ps, pas de co nteneurs en plastique gris et vert ou oran g e, dans les rues de ce village des A lpes avec des roulettes qui se laissent aller quelquefois en bas des pentes, pas de poubelles non plus, l’inventeur n ’était pas né. Le problèm e des déchets — actuellem ent un kg p ar jo u r et p a r h a b i­ ta n t — ne se po sait pas ; to u t était réutilisé, sau f les m orceaux de vaisselle en terre cuite et vernissée (la faïence restait un luxe) q u ’on jetait sur le fum ier. E t quelle surprise deux siècles plus ta rd : le citadin bêchant un coin de j a r ­ din d an s sa résidence secondaire s ’im agine dans un prem ier m ouvem ent, découvrir des vestiges gallo-rom ains ou m édiévaux !

T o u t ce d éb u t p o u r a ffirm er q u ’on n ’a u ra it pas vu, jetés dans les c o n te ­ neurs ou ab an d o n n és dans les caniveaux, dem i-baguettes de pain ou mieux encore, restes de gâteaux. Le “ pain q u o tid ie n ’’ était deux fois sacré : p ar la prière du P A T E R et du B E N E D IC IT E , p ar le travail stimulé p ar la crainte de la disette. C e p ain de blé — entendez p a r là le seigle et non pas le fro ­ m ent cuit p o u r six m ois, et placé sur un râtelier hors de la portée des enfants — co n stitu ait la base de l’alim en tatio n m ais à l’au to m n e il fallait prélever la p a rt de la sem ence si l ’hiver long et ru d e — c ’était fréquent — réveillait l’angoisse, “ N ous ne récolterons pas nos sem ailles” , selon E rck m an n C ha- trian : H istoire d ’un paysan, la “ peur de m an q u er” grandissait ne plus m a n ­ ger à sa faim p o u r réserver une deuxièm e fois la sem ence, ou m anger un peu plus, m ais alors s ’enchaîner à l’usurier.

Aussi préparait-on une “ farine de seigle allongée avec ...o rg e, avoine, terre- n o ix ...” C ’est l’occasion de connaître la châtaigne de terre (1) ou terre-noix, nom vulgaire du B U N IU M (du grec B U N IA S, le navet) B U LB O C Â ST A - N U M p lante vivace, à partie aérienne peu développée (0,50 m en m oyenne), une tige frêle avec des feuilles peu nom breuses, fines, à lanières linéaires, fleurs blanches en om belles grêles à 8 à 20 rayons.

C ette p lan te, inconnue dans l’o u est, rare vers la M éditerrannée, se p laît en m o n tag n e au niveau des prairies. E n b êch an t un ja rd in on m et souvent au jo u r sa racine globuleuse de 1 à 2 cm . Ce bulbe arro n d i, l’IN SO R O en patois au Sud du C ol d u L a u ta re t est com estible. P o u r le tro u v er, les sangliers re to u rn e n t les prés, et les pigeons suivent le lab o u reu r et son tracteu r. Bien grattée et nettoyée, la terre-noix o ffre u ne saveur sucrée un peu do u ceâtre. Elle se consom m ait aussi bouillie ou frite (2).

Le m êm e esprit d ’économ ie, la m êm e nécessité de survivre poussaient les m o n tag n ard s à réserver le chanvre (culture épuisante p o u r les sols e t... les hom m es : que d ’op ératio n s en effet des sem ailles à l’éto ffe p o u r les d rap s, les chem ises, les “ b o u rra s ” (grandes pièces de tissu p o u r les tra n sp o rts à dos de m ulets). O n ne co m m an d ait au cordier que les cordes indispensables p o u r les trav au x . Les fagots — p o u r le feu, p o u r le fo u r — étaient liés p ar le T A T IE R ou T A T . C ’est la V IO R N E -L A N T A N E dite aussi m ancienne ou m ancenne. ^

(28)

C ito n s M m e A ndrée C orvol “ l’hom m e au bo is” : le cerclier “ laissait sur place, les coudres (noisetiers) en bo ttes cerclées avec une m ancenne. Il fal­ lait choisir des ram eaux assez longs et assez jeu n es, les “ tra v ailler” et les utiliser verts p o u r lier ou “ se rrer” les fagots.

C om m e il est facile de se renseigner sur cet arb risseau de 1 à 3 m , aux fruits qui p assent du vert au rouge, puis au n o ir à l’au to m n e et qui est assez rép a n d u sur les versants ensoleillés et à l’ab ri des lisières des forêts de feuil­ lus, il ne p a rait pas utile de le décrire d av an tag e.

E n ce vieux tem ps, la m o n tag n e, c ’est-à-dire la p artie “ u tile” , au-dessus des divagations des to rren ts dans la vallée et Jusqu’aux pierrailles, à la limite supérieure de l’alpage était am énagée p o u r rester en l’éta t, a u ta n t que faire se p eu t : o n allait ju s q u ’à reco u v rir les chem ins de grosses pierres irréguliè­ res, bien encastrées. De nos jo u rs , la m o n tag n e s ’est ag ran d ie. Elle grim pe ju s q u ’à la ligne des crêtes : c ’est le pays de “ l ’o r b la n c ” . E t les bulldozers o n t creusé les ro u tes, aplani les pistes de ski, tracé des voies de service p o u r les rem onte-pentes.

Q ue la m ontagne resplendit l’hiver dans le soleil et la neige ; m ais l’été com ­ bien de blessures l ’enlaidissent : éboulis de blocs, couloirs de ruissellem ent, rocs d én u d és, blancs, polis com m e des ossem ents, rh o d o d e n d ro n s d éraci­ nés, fram boisiers cassés la m ontagne a perdu sa chair, la terre verte et fleurie. C ertes, les sp o rts d ’hiver (une idée venue des villes) o n t tiré vers n o tre ép o ­ q ue et son m ieux-être des régions com m e oubliées p a r les p ouvoirs et où la rudesse de la vie p o u ssait au d é p a rt les plus e n trep ren an ts de leurs fils. L a m o n tag n e d evrait rester ou redevenir belle l ’été, pas facile, de refaire ce qui a été d é fait, les forces, la n a tu re et les hom m es y avaient consacré com bien de m illénaires depuis la d ernière gran d e glaciation ? douze à q u a ­ to rze p o u r elle tro is à q u a tre p o u r e u x ... A ussi cherche-t-on des rem èdes. P rem ier essai : a p p o rte r un peu de terre, sem er des graines vendues dans le com m erce. M ais un orage peut lessiver la pente, les choucas (corneilles de m o n tag e) p ico ren t les sem ences et il arrive q ue le gel blanchisse les brins d ’herbe dès l’au b e du 15 A o û t. O n a cru bien faire en p ro tég ean t les p la n ­ tatio n s avec de la paille, paille traitée? h a sard ou coïncidence? O n a relevé u ne vingtaine de cadavres de lièvres variables (ou lièvres blancs). Finale­ m ent, le conservatoire botanique, en accord avec le P arc N ational des Ecrins, a passé m arché avec des agriculteurs des A lpes du Sud p o u r recueillir des graines d ’herbes sauvages, rustiques, adaptées au sol et au clim at, une cen­ taine d ’hectares seraient consacrés à cette production originale. Et voilà réha­ bilitées certaines herbes considérées com m e “ m auvaises” avec l’espoir q u ’un jo u r la m ontagne p o u rra reverdir. Est-il perm is de conclure : l’écologie ensei­ gne l’hum ilité.

(1) Il existe aussi u n e c h â ta ig n e d ’eau : le M Â C L E o u M Â C R E (M a ra is P o ite v in ? ) (2) F lo re d escrip tiv e et illu strée d e F ra n c e p a r FI. C o ste .

R E F E U IL J.-M . et M . C H A U D (R E F E U IL ) E F 39-41-42

(29)

COMME LE SAULE VERDISSANT...

D epuis quelques années, n o tre Ecole ne peut plus recru ter d ’élèves- professeurs dans les sections “ littéraires” cela m algré les p ro testatio n s et les luttes de to u s. Fini le tem ps où les “ littéraires” en treten aien t des rela­ tions quotid ien n es avec les scientifiques et les techniciens. E t plus grave encore : a-t-o n pris en co n sid ératio n les faits suivants ? L ’o rie n ta tio n vers 1 enseignem ent technique est tro p souvent ressentie p a r l’intéressé et sa fam ille, com m e un échec, tel est l’esprit général de la nation, en o utre, beau­ coup de nos élèves, issus de m ilieux socio-professionnels les m oins fa v o ri­ sés, ne disposent pas d ’un capital im p o rta n t de m ots et d ’idées. C laire E T C H E R E L L I a noté “ les en fan ts se pétrissent de p ain , d ’am o u r et de m ots . E n co re heureux, de la langue de la m ère — la langue m aternelle — de nos élèves a été la n ô tre. Est-ce sage de form er de la m êm e m anière les m aîtres enseignants F ran çais, A nglais, A llem and, E spagnol, P o rtu g ais, voire G éographie ou H istoire à des élèves de Section A ou E l, de Neuilly- sur-Seine ou de Vaux-en-V elin ? Et le supplém ent de salaire prévu p o u rra- t-il su ffire à réso u d re les problèm es ?

N o tre espoir subsiste q u ’un jo u r, une exacte prise de conscience des réalités fasse revenir les sections arrachées à n o tre Ecole. E sp o ir co n fo rté p a r les initiatives et l ’activité de nos jeu n es cam arades. C lub et A telier T h éâtre de l’E .N .S . so n t, cette année, m onté et présenté avec succès :

la pièce de J . A N O U IL H ”L a répétition ou l ’A m o u r P u n i” et dans le cadre d ’un Festival th é â tra l, les pièces suivantes : “ L a p u tain respectueuse” J .P . SA R T R E “ L e g o ra” G. C O U R T E L IN E “ Les A lpinistes” “ Sens In te rd it” A. SA L A C R O U “ L a la cu n e” E. IO N E SC O “ L a ch aise” j . R O U SIE R

Q ue les A nciens Elèves de la région parisienne que le TG V ag ran d it to u s les jo u rs voient là une in vitation à venir à C ach an encourager nos jeunes cam arades. E t n otre Ecole répond aussi à sa vocation internationale, le club th éâtre en A nglais a présenté la pièce d 'O sc a r W IL D E :

“ Very Im p o rta n t o f being ea rn e a st” .

De son côté, le C iné-club a p ro jeté : Le T a m b o u r

Film fran co -g erm an iq u e de V olker S ch lô n d o rf - 1979. A d a p ta tio n du ro m an de G ü n ter G rass.

Le Festin de B abette

Film dan o is de G abriel A xel - 1987.

(30)

Lolita

Film b ritan n iq u e de Stanley K ubrick - 1962.

Prick up you Ears

Film b ritan n iq u e de S tefan F rears - 1987.

(seco n d film de Frears après M y b e a u tifu l L aun drette p ro jeté en O cto b re 1990). Arizona Junior

Film am éricain de Joël C aen - 1986 - 1984.

1984

Film b ritan n iq u e de M ichael R edford 1984.

(a d a p ta tio n fid èle du rom an d ’O rw ell). Extérieur Nuit

Film français de J. Bral 1979.

Voici la preuve, avec un clin d ’œ il vers R o n sard , que le besoin de culture littéraire est to u jo u rs “ n a issa n t” ...

Figure

Fig.  III

Références

Documents relatifs

 Résolution 80 % de difficulté de gestion des VAS (Chan H et al. Annales francaises d’anesthésie et réanimation 2009)..  70 % participants EMERID connaissent et utilisent le

Voie intraveineuse en perfusion lente de 60 minutes minimum : 4 mg/kg/jour en 2 perfusions par 24 heures, avec relais par voie orale selon l’état du patient : 4 mg/kg /jour en

Une hypersensibilité confirmée à l’hydroxocobalamine ou à la vitamine B12 doit être prise en compte dans l’évaluation du rapport bénéfice-risque avant l’administration

Ils combinent toutes les fonctionnalités que vous attendez des masques laryngés de haute qualité avec un système exclusif de contrôle du gonflage du coussinet, qui vous

– par voie d’inscription au tableau annuel d’avancement, établi après avis de la commis- sion administrative paritaire par appré ciation de la valeur professionnelle et des acquis

La France n’échappe pas à ce mou- vement ; formation médicale continue (FMC) et évaluation des pratiques professionnelles (EPP) sont désormais obligatoires, au moins pour les

2 La crise psychotraumatique Désorga- nisation Récupération Etat d’équilibre Etat de vulnérabilité Etat de crise Confrontation à l’événement Phase aiguë ou

Dans notre expérience, chez 33 patients avec DHBN-FN en choc septique, un délai supérieur à 14 heures entre le diagnostic et la chirurgie est associé à une forte mortalité, puisque