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Le cotonnier glandless : 350 000 hectares en 1994

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(1)

Le cotonnier

glandless :

350 000 hectares

en 1994

J. LANÇON C IR A D -C A , BP 5 0 3 5 , 3 4 0 3 2 M o n tp e llie r C e d e x 1, France Remerciements à : B. BACHELIER (IRA, C am eroun), F. BERNARD (IRA, C am eroun),

B. BUFFET (INERA, Burkina), S. DEMBELE (1ER, M a li), C . GABOREL (INRA, Bénin), P. G U IBO RD EAU (CIRAD-CA, Tchad),

B. H A U (CIRAD-CA, France), N . T. M 'B A IO R B E (Station d e B e b e d jia , Tchad), Y. O U R A G A (IDESSA, C ô te d'ivo ire).

Les cotonniers sans glande à gossypol, dits glandless,

offrent la particularité d'une graine à haute valeur

nutritionnelle directement utilisable dans l'alimentation

humaine et animale. En Afrique de l'Ouest et du Centre,

la recherche sur ce type de cotonnier a commencé

dans les années 60. Elle aboutit aujourd'hui

à des variétés plus compétitives que des cultivars

ordinaires, à gossypol. Toutefois, le développement

de ces variétés, qui a atteint un maximum

en 1994-1995, semble freiné aujourd'hui, faute d'avoir

pu valoriser leur spécificité glandless.

E

n 1984, la Côte d'ivoire a testé à g r a n d e é c h e l l e la c u l t u r e de c o t o n n i e r sans g la n d e s à g o s s y p o l ( g l a n d l e s s ) sur prè s de 25 000 hectares. M algré la réussite a g r o n o m iq u e de cette e x pé rien c e, e lle n'a pas été re c o n d u ite l'année suivante, dans l'attente d'une variété d o n t le r e n d e m e n t à l'é g re n a g e * 1* et la q u a l i t é de la f i b r e s e r a i e n t su ffisam m ent c o m p é titifs p o u r être p r o p o s é e a u x a g r i c u l t e u r s . Les variétés GL 7 et GL 8 — créées en 1987 en Côte d 'i v o i r e par l'in s t it u t des s a v a n e s (ID ESS A), le C e n t r e de c o o p é r a t i o n i n t e r n a t i o n a l e en r e c h e r c h e a g r o n o m i q u e p o u r le déve lo pp em e nt (CIRAD, France), a v e c la c o l l a b o r a t i o n de la

Com pa gn ie iv o irie n n e de d é v e lo p ­ p e m e n t du t e x t i l e ( C I D T ) e t de TR IT U R A F (société c h a rg é e de la tritu ra tio n de la graine p ro d u it e en C ô t e d ' i v o i r e ) — o n t p e r m i s de relancer cette production.

G râce à leur p o u rc e n ta g e de fib re tr è s é l e v é , ces d e u x v a r i é t é s o n t in t é r e s s é p l u s i e u r s s o c ié t é s de d é v e l o p p e m e n t c o t o n n i è r e s d ' A f r i q u e de l ' O u e s t , en C ô t e d ' i v o i r e , au B u r k in a , au M a l i , au B é n i n , au T o g o , au T c h a d et à Madagascar (figure 1).

(1) : pourcentage de fibre par rapport au p r o d u it ré c o lté a p p e lé c o to n g ra in e (graine + fibres + déchets).

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^ f t l P ' Cu|tu re du cotonnier glandless Zone de culture cotonnière O CEAN ATLANTIQUE 1 0 ° OCEAN INDIEN 3 % des s u rfa c e s c o t o n n i è r e s en 1 99 0 à 34 % en 199 4 (tableau 2). Cette te ndance cache to utefois des disparités, l'engagement de chacun va rian t selon les o bjec tif s fixés par les s o c ié té s de d é v e l o p p e m e n t et les d i f f i c u l t é s r e n c o n t r é e s . En C ô t e d ' i v o i r e , c o m m e au M a l i , la s u r f a c e de v a r i é t é s g l a n d l e s s couvrait environ 50 % de la surface c o t o n n i è r e . La p r o p o r t i o n est de 4 0 % au B u r k in a . Le p r o g r a m m e glandless du Bénin reste à un niveau fa ib le , l im it é à la z o n e c o to n n iè re du C A R D ER de l 'A t a c o r a (C e ntre d ' a c t i o n r é g i o n a l e p o u r le d é v e ­ l o p p e m e n t r u r a l de l ' A t a c o r a ) . A Madagascar, la variété glandless GL 7 c o u v r e p r o g r e s s i v e m e n t l'e n s e m b le de la z o n e n ord-ou est. Au Tog o et au T c ha d, les surfaces restent c irc o n s c rite s à une é c h e lle expérimentale. La principale variété g la n d le s s c u lt iv é e est GL 7, q u i a p erm is d 'a u g m e n t e r le re n d e m e n t à l ' é g r e n a g e d ' e n v i r o n 3 p o i n t s par rap po rt aux variétés o rd in aires v u lg a r i s é e s ISA 2 0 5 et S T A M F (tableau 3).

Figure 1. Les zones cotonnières en Afrique de l'Ouest et du Centre et à Madagascar (MORANT, comm. pers.).

D a n s c e t t e r é g i o n , la s u r f a c e semée en c o to n n ie r gla ndless s'est n o t a b le m e n t a c c ru e d e p u is 1 99 1, c o u v r a n t, en 1 994, la plus grande s u r f a c e j a m a i s c u l t i v é e d an s le m o n d e : 3 3 8 5 0 0 h e c t a r e s (tableau 1). L'expérience de ces pays a été observée pendant la campagne 1 9 9 1 - 1 9 9 2 g râ c e à u n e e n q u ê t e m e n é e a u p rè s des c h e r c h e u r s concernés par cette culture. L'auteur fait un bilan des résultats et apporte ses commentaires, en s'appuyant sur sa pratique acquise en Côte d'ivoire.

L'évolution

par pays

Dans ces pays, la progression de la culture du co to nnier glandless a été régulière depuis 5 ans : de moins de

Le choix de la zone

de culture

Le choix d'une zone de production la m i e u x a d a p t é e à c e t t e c u l t u r e dépend d o n c de plusieurs facteurs d ' o r d r e é c o l o g i q u e , l o g i s t i q u e , agronomique et institutionnel : - le niveau d'infestation naturelle par

les populations de ravageurs et leur répartition ;

- l'organisation de la m u ltiplic atio n semencière sur le plan national ou rég io n a l, dans le but de ré u n ir les c o n d i t i o n s d ' u n e p r o d u c t i o n de semences satisfaisante ;

- l ' i s o l e m e n t g é o g r a p h i q u e de la zone ;

- la p r o x im i t é d 'u n e usine d 'é gre- nage, facilitant la mise en œuvre des circuits de ramassage et la fabrication de la s e m e n c e a v e c un r i s q u e moindre de mélange de graines ; - un h a u t c o e f f i c i e n t de m u l t i ­ p li c a t i o n p o u r la z o n e c o nc e rn ée , ce q u i s i g n i f i e un b o n n iv e a u

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Tableau 1. Evolution des surfaces semées en cotonnier sans gossypol (glandless) et de la surface totale en cotonnier (ordinaire + glandless) (sources : CIRAD-IRCT, 1992 ; CORAF, 1995).

Pays 1990 1991 1992 1993 1994 1995* Côte d'ivoire 19 900 80 590 61 760 128 000 1 33 800 135 000 Burkina 700 6 320 42 000 60 000 65 400 52 000 Mali 340 6 090 16 660 65 300 126 500 111 000 Bénin 490 3 150 7 270 9 100 10 700 14 500 Togo 370 180 80 1 600 2 100 1 400 Tchad 0 200 200 200 0 0 Total glandless 21 800 95 330 127 770 264 000 338 500 308 900

Total glandless + ordinaire 780 000 720 000 860 000 780 000 980 000

Madagascar 0 100 500 2 500 8 000 11 000

* : estimation

Tableau 2. Pourcentage des surfaces cultivées en cotonnier glandless par rapport à la surface cotonnière totale (sources : CIRAD-IRCT, 1992 ; CORAF, 1995).

Pays 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Côte d'ivoire 10 42 28 55 55 54 Burkina 0 3 24 40 38 24 Mali 0 3 7 33 47 41 Bénin 0 2 6 6 5 5 Togo 0 0 0 3 3

-Total des cinq pays 3 13 15 34 34 28

Madagascar 0 0 2 11 36 55

technique des producteurs de coton et des rendem ents élevés, lim i t a n t a in s i le n o m b r e de v a g u e s de m ultiplication ;

- l'intérêt affiché dans le pays pour le caractère glandless et sa valorisation. Il s'agit aussi de s'affra nchir le plus possible des contraintes techniques ou c l i m a t i q u e s , en r e t e n a n t des zones où le danger de p ro d u ire de mauvaises semences est faible. Au Bénin et en Côte d'ivoire, la zone de savane à une saison des plu ies

a été re te n u e p o u r d e u x raisons : un m o i n d r e ris q u e p h y t o s a n it a ir e l ié a u x r a v a g e u r s de la c u l t u r e ; le d y n a m i s m e et la c o m p é t e n c e m arqués des a g r ic u lte u r s de cette ré g io n . Au M a l i , c 'e s t la se c o n d e raison qui a privilégié le choix de la r é g io n n o r d , a u t o u r de S ika sso. En C ô t e d ' i v o i r e , ce c h o i x a été d é t e r m i n é c o n j o i n t e m e n t p ar la CIDT, la société TRITURAF et les t u t e l l e s n a t i o n a l e s . A u B é n i n , la s o c ié t é de d é v e l o p p e m e n t S O N A P R A et le C A R D E R de l'Atacora étaient concernés.

Les difficultés

rencontrées

en cours de culture

La c u lt u r e du c o t o n n i e r g la n d le s s présente trois difficultés essentielles, d 'o rd re phytosanitaire et génétique.

Tableau 3. Performances en milieu paysan des variétés ordinaires et glandless cultivées durant la campagne 1991-1992 (c'est-à-dire semées mi-1991, récoltées fin 1991, traitées en usine d'égrenage début 1992).

Variétés principales Pourcentage de fibres Rendement de coton graine kg/ha ordinaire glandless ordinaire glandless ordinaire glandless écart

Côte d'ivoire ISA 205 GL7*, GL8 43,6 46,4 1 013 1 023 + 10

Burkina ISA 205 GL7 41,3 45,0 897 974 + 77 Mali ISA 205 GL7 42,0 44,0 1 330 1 237 - 9 3 Bénin STAMF GL6*, GL7 42,8 45,6 1 240 1 353 + 113 Moyenne pondérée de l'ensemble 42,4 45,3 1 134 1 144 + 10 * : variété majoritaire.

Seules les données obtenues à partir de cultures présentes sur des surfaces supérieures à 1 000 hectares dans chaque pays, ont été retenues. En effet, les cultures expérimentales, réalisées sur des surfaces plus petites, ne sont pas représentatives du milieu réel, de fortes distorsions étant observées pour le degré d'intensification et l'intensité du parasitisme.

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Dégâts d'altises sur plant de cotonnier non traités avec imidacloprid.

C lic h é P. Silvie

En premier lieu, elle est plus sensible à certains parasites qui sont d 'im p o r ­ tance secondaire pour les variétés de c o to n n ie r o rd in aires . En d e u x iè m e lieu, le caractère de plante vivriè re de ces variétés entraîne la m o d i f i ­ c a t i o n de la f a u n e d é p r é d a t r i c e (m am m ifè res, oiseaux) des fe uilles et des g ra in e s . En d e r n i e r lie u , la v a lo ris a tio n a g ro -a lim e n ta ire de la g ra in e sans gossypol nécessite un maintien de la pureté variétale, grâce à u n e o r g a n i s a t i o n s t r i c t e de la m ultiplication des semences.

Enfin, il peut arriver que la sensibilité a c c ru e des va rié té s g la n d le s s aux h e rb ic id e s entraîne des a c c id ents , spécialement pour les traitements de pré-levée.

La pureté variétale

La pureté v a riétale est p rim o r d ia le p o u r b ie n e x p l o i t e r le c a r a c t è r e glandless. Les résultats de l'enquête o n t m o n t r é q u ' e n 1 9 9 1 - 1 9 9 2 , les services semenciers du Burkina et du Togo ont éprouvé des difficultés pour la maintenir. Cela a donc c ompromis la ré u s s ite du p la n s e m e n c i e r et la v a lo r is a t io n de cette q u a li t é en h u i l e r i e . En r e v a n c h e , en C ô t e d'ivoire, le plan semencier glandless o b é i t à c e r t a i n s p r i n c i p e s q u i p e r m e t t e n t , j u s q u ' à p r é s e n t , de garder la pureté variétale souhaitée.

Les ravageurs de la culture

U n e m o d i f i c a t i o n du s p e c tr e parasitaire (insectes) est observée, en relation avec l'absence de gossypol dans la p la n te . Par e x e m p le , on a remarqué en Côte d 'iv o ire de fortes attaques de Podagrica puncticollis et de P. p a llid a (altises), souvent liées à la p r é s e n c e d ' a r b r e s d a n s les parcelles, à une mauvaise maîtrise de l 'e n h e r b e m e n t , à la p r o x i m i t é de friches, de bois et de bas-fonds marécageux. Les altises se c o n c e n ­ t r e n t d an s les p a r t ie s o m b r a g é e s ou h u m id e s des c h a m p s , ou près des ta c h e s d ' a n c i e n s b r û l i s . A v a n t l ' a p p l i c a t i o n des p r e m ie r s traitements, les dégâts peuvent être s i g n if ic a t if s si la c u lt u r e a eu une a li m e n t a t io n en eau d é f i c i t a ir e et si le r e t a r d de c r o i s s a n c e ren d la plante trop vulnérable par rapport à des infestations trop fortes.

Au B u rk in a , des atta ques fortes et localisées du coléoptère Syagrus cal- caratus ont été observées sur racines, pouvant entraîner de sévères pertes de rendements. Cependant, ce para­ site a été signalé sur des cotonniers ordinaires et il est peu probable que sa p ré s e n c e s o it f a v o r i s é e p a r le c a r a c t è r e g l a n d l e s s de la p a r t i e a é rie n n e (quel q ue so it le ty p e de cotonnier, les racines ne comportent pas de glande à gossypol).

Enfin, les parasites observés sur les g r a in e s s to c k é e s s o n t d i f f é r e n t s (VAISSAYRE, comm. pers.) : en Côte d 'iv o ir e , on trouve essentiellem ent Corcyra sp. sur les graines de coton o r d in a ir e . Les autres parasites, en p a r tic u lie r T rib o liu m castaneum et Cryptolestes pusillus se développent s u r t o u t sur les g r a in e s g la n d l e s s q u i ne b é n é f i c i e n t pas de l ' e f f e t d'antibiose du gossypol.

La faune déprédatrice

Le c o t o n n i e r g la n d le s s n 'e s t p lu s s e u l e m e n t une p la n t e à v o c a t i o n t e x t i l e et i n d u s t r i e l l e m a is aussi une p la n t e v iv r i è r e . A ce titre , en Côte d'ivoire, l'extension de la zone Dégâts de rats dans un champ de cotonnier glandless à maturité (Côte d'ivoire).

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Nisotra delecta sur feuille de cotonnier. C lic h é J .-P . D e g u in e

Le déterminisme

génétique

des cotonniers

glandless

Le c o to n n ie r p o rte des gla n d e s à pigments dans ses parties végétatives et fructifères. Le principal pigment qu'elles contiennent, le gossypol, est toxique pour l'hom m e et les monogastriques. Le cotonnier dit glandless est dépourvu de ces glandes à gossypol.

Vers 1 9 6 0 , au T c h a d , une lig n é e américaine sans glandes Cg (Complété glandless) est introduite. Son intérêt agronomique est lim ité : productivité faible, sensibilité aux jassides et à la bactériose, rendem ent à l'égrenage bas, fibre trop courte... Mais elle est utile aux chercheurs pour comprendre le d é te rm in is m e g é n é tiq u e du caractère glandless et pour le transférer : d e u x gènes récessifs, g12 e t g13, c o m b in é s à l 'é t a t h o m o z y g o te , donnent des cotonniers sans glandes. Les p re m iè re s v a rié té s g la n d le s s africaines sont nées à la fin des années 60 au T c h a d . Il a p p a ra ît très v ite qu'elles ne sont pas assez productives par rapport aux variétés ordinaires de l 'é p o q u e . Des c ro is e m e n ts avec d'autres cultivars ordinaires africains et a m éricains sont e ntrepris au Tchad puis en Côte d 'iv o ire . Les premières variétés glandless, dont la productivité égale ou surpasse m êm e c e lle des variétés o rdinaires, apparaissent au début des années 80.

Actuellem ent, les meilleures variétés g la n d le s s c u lt iv é e s en A fr iq u e de l'Ouest et du Centre sont GL 7 et GL 8 (HAU e tO U R A G A , 1991).

c o t o n n i è r e g la n d le s s a p e r m is un inventaire de la faune se nourrissant volontiers des feuilles et des graines d épourvues de glandes à gossypol. D i f f é r e n t s d é g â ts s o n t s ig n a lé s : les oiseaux (perdreaux) et les petits rongeurs (souris) au semis, les petits ruminants sauvages et les lapins sur les plantules, les ruminants sauvages ou d o m e s t i q u e s en c o u r s de v é g é t a t io n et, en f in de c y c le , les singes fria n d s des ca psu le s vertes et les rats palmistes, les souris et les é c u r e u i l s , a m a t e u r s de g r a in e s . B ie n q u e ces a t t a q u e s s o i e n t fr é q u e m m e n t citées, en p a r t ic u lie r en z o n e f o r e s t i è r e , e ll e s o n t généralement une incidence mineure sur le rendement final. Des mesures faites sur des essais et des champs de p r o d u c t i v i t é m o y e n n e (1 0 0 0 à 2 000 kilogrammes de coton graine par hectare) m o n tr e n t que la perte serait de 0,5 à 2 %. En outre, ce type de dégât affecte p lu tô t les bordures des petites parcelles dispersées dans les régions boisées. Ces pertes sont m o in s fr éq ue ntes sur les p arcelles de grande superficie, dans le cas des villages où un assolement c o ll e c t i f est pratiqué.

Au Bénin, et plus exceptionnellement en Côte d'ivoire, le gardiennage ou la p r o t e c t i o n p ar des b r a n c h a g e s é p i n e u x de la r é c o lt e de c o t o n , entreposée en vrac à l'extérieur, ont été nécessaires pour limiter les dégâts des rats et du b é t a i l d o m e s t i q u e (bœufs, chèvres, moutons).

Les conséquences

sur les itinéraires

techniques

Les p r a t i q u e s c u l t u r a l e s r e c o m ­ m a n d é e s s o n t g é n é r a l e m e n t les m ê m e s q u e p o u r le c o t o n n i e r ordinaire, mais l'accent est mis sur la p ro te c t io n p hy to s an itaire en d éb ut de cycle. Le traitement des semences par poudrage est pratiqué plus systé­ matiquement que sur cotonnier o rd i­ naire p ou r p ré v e n ir la d égradation des gra ines p o u r la p r o d u c t i o n de semence (lindane en Côte d 'iv o ir e ,

c h l o r p y r i p h o s à M a d a g a s c a r ) en p articulier contre les altises et pour protéger les jeunes plantules contre les insectes parasites de d é b u t de c y c l e ( c a r b o s u l f a n au B u r k i n a ) . A u M a l i , en C ô t e d ' i v o i r e e t au Bénin, les services de la vulgarisation ont davantage surveillé les cham ps pendant la phase végétative. Le per­ s o n n e l d ' e n c a d r e m e n t e t les o r g a n i s a t i o n s p a y s a n n e s a v a i e n t dans ce cas des produits phytosani- t a i r e s à l e u r d i s p o s i t i o n p o u r c o n t r ô l e r des a t t a q u e s p r é c o c e s d 'a c r i d i e n s ou d 'a lt is e s , a u x q u e ls le c o t o n n i e r g l a n d l e s s est p lu s s e n s i b l e . Il é t a i t a in s i p o s s i b l e d'a ppliquer un traitement insecticide r e l a i s a v a n t la d a te du p r e m i e r t r a i t e m e n t , q u i d é b u t e le p lu s souvent au 45e jour après la levée. A t i t r e i n d i c a t i f , au T c h a d , d a n s des c o nd it io ns semi-expérimentales de grande culture, une moyenne de 0,3 traitement relais supplémentaire a été nécessaire.

A u T o g o et en C ô t e d ' i v o i r e , une faible pro portio n des champs a bénéficié soit d'u n traitement relais, s o it d ' u n d é m a r r a g e a n t i c i p é du program me classique sur calendrier — c o m p e n s é ou n o n p a r la suppressio n du d e r n ie r t r a it e m e n t de la p h a s e de f r u c t i f i c a t i o n . Au B é n in , au B u r k in a et au M a l i , les s t r u c t u r e s d ' e n c a d r e m e n t , s 'a p p u y a n t sur des c a lc u ls é c o n o ­ m i q u e s et s u r des o b s e r v a t i o n s e n t o m o l o g i q u e s , n ' o n t pas ju g é nécessaire de renforcer la protection phytosanitaire.

La perception

des acteurs

de la filière

Les points de vue sont très différents s e lo n q u e l ' o n se p l a c e du c ô té des p r o d u c t e u r s ou du c ô t é des s o c ié t é s de d é v e l o p p e m e n t et des i n d u s t r i e l s , c a r les risques à su pp orter ne sont pas les mêmes que pour le cotonnier ordinaire.

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La richesse de la graine de cotonnier

Schématiquement, l'opération d'égrenage permet de détacher la fibre de coton de la graine. La graine comprend trois parties : la coque (40 % du poids de la graine), l'amande (50 %) et le duvet (10 %). La c o q u e , fo rm é e de lig n in e , de cellulose et d'hémi-celluloses, constitue l'e n v e lo p p e pro te ctrice de l'am ande. Le d u v e t, ou (lin te r ) , est c o m p o s é de fib re s c e llu lo s iq u e s très courtes. L'amande renferme 20 à 30 % d'huile, 20 à 30 % de protéines, de la cellulose, des sucres, des pigments (tanins, acides p h é n o liq u e s , m a tiè re s m in é ra le s et, p o u r les v a rié té s o r d in a ir e s , du gossypol).

La valeur nutritionnelle

La v a le u r n u tr itio n n e lle de l'a m a n d e est très comparable à celle de la graine de soja. Elle dépend de la qualité des protéines et des lipides qu'elle contient, ainsi que de l'absence de com posés toxiques comme le gossypol (ce qui est le cas des c o to n n ie r s g la n d le s s ). La valeur n u tritio n n e lle des protéines c o rr e s p o n d assez b ie n a u x r e c o m ­ mandations de la Food and Agricultural O r g a n iz a tio n (FAO) p o u r les acides aminés essentiels dans l'a lim e n ta tio n humaine.

L 'h u i le de c o to n est très ric h e en vitamine E et en antioxydants naturels. Elle se conserve bien et résiste mieux à la chaleur que les huiles de soja ou de maïs.

En c u is in e t r a d it io n n e l le a fr ic a in e , les am andes de c o to n sont d 'a b o r d grillées po u r être consomm ées telles quelles ou utilisées com m e la graine d'arachide, pour la confection d'huile, de fa r in e , de sauce, de b e ig n e t, de b is c u it, de b o u i l l i e , de l a it. .. La to r r é f a c t io n des g ra in e s est in d is p e n s a b le p o u r d e u x ra is o n s : la destruction des germes pathogènes et leurs toxines qui se trouvent à la surface des amandes ; la présence d'acides gras c y c lo p ro p é n iq u e s , to x iq u e s à fortes doses.

Un atout pour l'industrie agro-alimentaire

L 'u tilis a tio n a lim e n ta ire de la graine repose n o rm a le m e n t sur l'e x tra c tio n c h im iq u e du g o s s y p o l au stade i n d u s t r ie l. Le p ro c é d é a c tu e l de tritu ra tio n rend cette extraction facile pour l'huile, très consommée en région tropicale, mais pas pour les tourteaux. C e u x - c i s ont s e u le m e n t c o n s o m ­ mables par les polygastriques et leur

transformation en farine sans gossypol n 'e s t pas re n ta b le . Il fa u t n o te r que l 'h u i l e c o n v ie n t à to u s les usages a lim e n ta ire s ; e lle est très em p lo yé e dans les industries de la margarinerie et de la savonnerie.

Le c a ra c tè re v a r ié ta l d 'a b s e n c e de g o s s y p o l est un c r itè r e a ttra y a n t. Ainsi, utiliser des variétés de cotonnier glandless réduirait fortement les coûts d 'e x t r a c t io n de l'h u i le . En o u tre , la graine glandless est consommable sans transformation importante. Elle devrait donc être directement concurrentielle des to u rte a u x de soja et mêm e plus in té re s s a n te q u e la g ra in e de soja d o n t la c o n s o m m a tio n n é cessite la détoxification par la chaleur.

A u jo u r d ' h u i , les e x p é rie n c e s particulières de la Côte d 'iv o ire et de M a d a g a s c a r d é m o n tr e n t l 'a t o u t économ ique des cotonniers glandless. Les to u r te a u x q u i en d é r iv e n t s ont u tilis a b le s par les m o n o g a s triq u e s . La farine constitue une base de choix p o u r des p ro d u its variés, c o m m e la n u t r it io n i n f a n t i le , la b o u la n g e r ie , l'enrichissement des jus de fruits ou des p la ts p r é c o n d itio n n é s , l 'e x t r a c t io n d'isolats ou de concentrés protéiques.

glandless

Coupe transversale de graines de cotonnier. Cliché J. Bourely

(7)

Le point de vue

des producteurs

Les a g r i c u l t e u r s q u i o n t a c c e p t é de c u l t i v e r le c o t o n n i e r gla n d le s s o n t g é n é r a l e m e n t u n e r é a c t i o n de défiance au début de la culture, voire en cours de campagne, à cause de la sensibilité aux altises. Cette atti­ tude est accentuée si de mauvaises co nd it io ns clim atiques de début de cycle provoquent un affaiblissement

de la p l a n t e , q u i a p o u r c o n s é ­ q u e n c e s une v u l n é r a b i l i t é a c c ru e aux attaques d'insectes et une perte de poids à la récolte.

C e t t e p e r c e p t i o n n é g a t i v e est co n firm é e par une image du coton « qui ne pèse pas ». En effet, le coton gla n d le s s a une masse v o l u m i q u e p lu s f a i b l e , c 'e s t - à - d i r e une p lu s g r a n d e masse de f i b r e p o u r une g r a i n e p lu s p e t i t e q u e le c o t o n ordinaire. Or, pour le producteur, il

n 'y a pas de co m p en s atio n directe puisque la récolte de c o ton graine g la n d le s s est payée le m ê m e p rix q u ' u n e r é c o l t e é q u i v a l e n t e de coton graine ord inaire, alors que la p r o p o r t i o n de f i b r e ( r e n d e m e n t à l'égrenage) est supérieure.

T ou te fois , lorsqu e les a gric u lte u rs s o n t b ie n i n f o r m é s de l ' i n t é r ê t a l i m e n t a i r e de la g ra in e , c o m m e dans le cas du Bénin, ils acceptent plus volontiers les inconvénients de la c u lt u r e , t o u t en s o u h a ita n t être m ieux rétribués pour la plus grande qualité de leur produit.

Les orientations

des industriels

Les sociétés de développement et les industriels s'intéressent au cotonnier sans g o s s y p o l p o u r des r a is o n s é c o n o m iq u e s . P re m ière m e nt, leur p o u r c e n t a g e de f i b r e p lu s é le v é permet de vendre plus de fibre pour une même quantité de coton graine achetée. C'est la raison p rin c ip a le évoquée au Mali, en Côte d'ivoire et au Bukina pour le développement de la v a r i é t é G L 7. D e u x i è m e m e n t , l 'e x p l o i t a t i o n a g r o - a lim e n t a ir e du caractère glandless devrait, à terme, permettre de réaliser une plus-value sur la vente de la graine.

Le Bénin et le Burkina se déclarent in t é r e s s é s p a r u n e v a l o r i s a t i o n a l i m e n t a i r e a r t i s a n a l e , m a is les reto m bées en reste ront c e p e n d a n t l i m i t é e s sur le p la n n a t i o n a l . Par exemple, au Bénin, en 1993, la transformation artisanale de la graine p ar des g r o u p e m e n t s de fe m m e s n 'a p e r m i s de v a l o r i s e r q u ' u n e c in q u a n t a in e de tonnes de graines s u r les 5 0 0 0 t o n n e s r é c o lt é e s (MARQUIE, 1994). A M a d a g a s c a r , u n e e x p é r i e n c e d ' é l e v a g e de c r e v e t t e s a v e c du tourteau sans gossypol est poursuivie à grande échelle.

A u j o u r d 'h u i , l'u s in e de TRITURAF en Côte d'ivoire maîtrise la technolo ­ gie de transformation pour valoriser les récoltes glandless. En effet, les procédés classiques d'extraction de

L'exemple du plan semencier

de Côte d'ivoire

Le laboratoire de technologie de la graine de l'IDESSA à Bouaké suit la production de graine de chaque campagne en opérant des échantillonnages réguliers. Les analyses montrent les zones les plus favorables à la multiplication des semences. Actuellement, les régions du nord et du nord-est offrent les meilleurs résultats quant à la faculté germinative, les caractéristiques physiques (poids, taille, taux d'amande) et chimiques (acidité, teneur en huile et en protéines) des graines.

Le choix de la zone de multiplication

A la suite de ces études, la zone de m ultiplication est choisie par l'organisme de développement en concertation avec la recherche, de façon à ce que les contraintes destinées à minimiser les risques de mélange physique entre matériels génétiques glandless et ordinaire soient respectées :

- bon niveau te c h n iq u e des agriculteurs, y co m p ris leur fo rm a tio n au risque parasitaire et à la nécessité de ne pas mélanger les variétés ;

- zone géographique aussi compacte et isolée que possible, à l'échelle du village, du district ou de la région (par exemple, zone de Mbingué dans l'Extrême-Nord) ; - spécialisation d'usines dans l'égrenage du coton glandless (par exemple les usines de Korhogo 1 puis Korhogo 2, Boundiali et Ouangolodougou).

Les contrôles nécessaires

En Côte d'ivoire, au cours de la campagne, la production glandless est contrôlée en quatre étapes : au champ, à l'égrenage, après le conditionnement et à la distribution des semences.

Au champ, les plants ordinaires sont aisés à détecter. Les champs de production de semences sont inspectés, soit par échantillonnage (cas de la Côte d'ivoire), soit sur avertissement de l'encadrem ent, soit systématiquement. Les résultats peuvent conduire à écarter du plan semencier des parcelles, des producteurs ou des villages. Au cours de l'égrenage, le ch a rg e m e n t de c haque c a m io n de ramassage est é c h a n tillo n n é et q uelques centaines de graines sont prélevées. La présence de graines à gossypol et l'aspect de l'amande sont observés. Si les taux de graines abîmées et de graines à gossypol sont trop élevés, le chargement est dirigé vers l'huilerie.

Après le conditionnement en lots, les semences doivent de nouveau être examinées pour vérifier si les procédés appliqués n'ont pas altéré leurs qualités. Un échantillon est analysé sur place à l'usine et un autre au laboratoire de technologie de la graine sur le taux de graines glandless et sur la faculté germinative. Les lots non conformes sont retirés.

Enfin, si les durées de stockage sont longues, ou les c o n d itio n s mauvaises (températures élevées, forte humidité, parasites), un dernier contrôle sur la faculté germinative est effectué au moment de la distribution des semences.

(8)

Stockage villageois du coton graine récolté en Côte d'ivoire.

C lic h é J . Lançon

l ' h u i l e p a r p r e s s io n et s o l v a n t nécessitent le rajout d'environ 10 % de coques aux amandes. TRITURAF a installé une filière de trituration qui permet un d éshuilage c o m p le t par solv ant et sans a d d it io n de coques ( B O U R E L Y et H A U , 1 9 9 1 ) . Le p r o d u i t o b te n u (to urte au) est plus r i c h e en p r o t é i n e s et sa v a l e u r énergétique est accrue parce q u'il est q u a s im e n t d é p o u rv u de c e llu lo s e . Malgré cela, la Côte d'ivoire n'a pas pu valoriser significative ment sur le marché mondial le tourteau de coton sans g o s s y p o l. C o n c u r r e n t i e l des to urte au x de c o ton o rd in a ir e et de

Tableau 4. Part de la graine et de la fibre de coton dans le produit récolté.

Variété Aliéné' Variété L-299-10<1> Variété GL7<2>

Poids (% ) Fibre 39,5 41,6 46,0 Graine 55,5 53,4 49,0 Valeur marchande ( % ) (3) Fibre 93,4 94,0 94,9 Graine 6,6 6,0 5,1 (1) : Hau (1988).

(2) : chiffres de nord Côte d'ivoire en 1991 (LANÇON, comm. pers.).

(3) : hypothèse de rapport de prix en sortie d'usine d'égrenage : fibre, 20 ; graine, 1 sans valorisation supplémentaire de la graine glandless.

s o ja , il ne p e u t a p p o r t e r q u ' u n e plus-value de 5 à 10 % par rapport à ces d e rn ie rs , selon la t e n e u r en gossypol résiduel. Or, co m p te tenu de la part de la graine dans le produit récolté (tableau 4), cette plus-value ne peut être répercutée significative­ ment sur le prix payé à l'agriculteur.

Conclusion

La progression des surfaces de ces d e r n i è r e s a n n é e s au B é n i n , au Burkin a, en Côte d 'i v o i r e , au M a li et au Togo, a p ro u v é la f a is a b ilité agronomique de la culture du coton­ n ie r g l a n d l e s s à g r a n d e é c h e l l e . Les conditions techniques sont bien définies. Mais, en même temps, elle a c o n f i r m é un a c c r o i s s e m e n t du risque de mauvaise récolte lorsque les conditions de culture ne sont pas optimales.

Un avantage pour la filière

Les sociétés de d é v e lo p p e m e n t et les i n d u s t r i e l s o n t t i r é a v a n t a g e des rendements à l'égrenage élevés apportés en particulier par la variété GL 7 p o u r r é d u i r e le u rs c o û t s et co ntrib u e r à é q u ilib re r les comptes de la f i l i è r e en p é r i o d e de c r is e é c o n o m iq u e et de c hute des cours i n t e r n a t i o n a u x . Les a g r i c u l t e u r s d o i v e n t s u p p o r t e r les r is q u e s au champ. Mais dans certains cas (Côte d ' i v o i r e , B u r k i n a ) , des m e s u re s ont accompagné l'intro duction de la culture glandless, comme la gratuité du t r a i t e m e n t des s e m e n c e s . T o u t e f o i s , l ' a u g m e n t a t i o n des s u rf a c e s s 'e s t f a i t e , p ar la s u it e , dans un c o n t e x t e de s u p p re s s io n p r o g r e s s iv e des s u b v e n t i o n s aux intrants. Actue lle m e nt, ces orien ta ­ tions ont contraint les agriculteurs à dim inuer le niveau d'intensification, avec, pour conséquence, une baisse de pro ductivité de la culture c o ton ­ nière. De su rcroît, le p rix payé au producteur est resté identique à celui du c o t o n o r d i n a i r e p a r c e q u e les tentatives de valoriser la graine sans g o s s y p o l n ' o n t pas é té très fructueuses.

(9)

Culture de cotonnier glandless.

Une question

de volonté politique

A u s s i, il a p p a r a î t q u e les pays ayant introduit des variétés glandless s o n t p lu s p r u d e n t s d a n s le u rs o b j e c t i f s . P o u r la c a m p a g n e 1 9 9 5 - 1 9 9 6 , la C ô t e d ' i v o i r e a m a in t e n u les 55 % de l'e n s e m b le des s u r f a c e s c o t o n n i è r e s m a is p o u rr a it sto pper ce p ro g ra m m e en 1 9 9 6 - 1 9 9 7 . M a d a g a s c a r e t le B u r k i n a m a i n t i e n n e n t l ' a i r e de culture glandless, alors que le M ali et le Bénin la réduisent. Le Togo n'a pas de v é r i t a b l e p r o g r a m m e , à cause des d if f ic u lt é s rencontrées p o u r la

C lic h é B H a u m ultiplication des semences.

Seule, une v o l o n t é p o l i t i q u e lié e à u n e s t r a t é g ie d ' a u t o s u f f i s a n c e a l i m e n t a i r e p o u r r a i t r e n v e r s e r la te nd an c e q u i s 'a m orce. Pour cela, une répartition équitable des gains, des s u rc o ûts (liés aux t r a ite m e n ts p hy tosanita ires et à l 'o b t e n t io n de semences de qualité) et des pertes est nécessaire entre tous les acteurs de la filiè r e . Egalement, il fa u t créer les conditions favorables à une véritable v a l o r i s a t i o n de la g r a i n e sans g o s s y p o l p a r la f a b r i c a t i o n de produits à haute v a le u r ajoutée c o m m e , par e x e m p l e , les fa rin e s a l i m e n t a i r e s ou les e x t r a i t s

Capsules de cotonnier avant maturité. C lic h é B. H a u

p r o t é i q u e s . E n f in , de n o u v e l l e s o r i e n t a t i o n s de la r e c h e r c h e p o u rra ie n t permettre la relance du g l a n d l e s s : la m is e au p o i n t de v a r i é t é s c o n t e n a n t du g o s s y p o l d a n s les p a r t i e s a é r ie n n e s m ais pas d a n s les g r a in e s . C e t t e v o i e s u p p r i m e r a i t en p a r t i c u l i e r les p ro b lè m e s p h y to s a n ita ir e s liés au parasitisme de la culture.

Pour en s a vo ir plus

CORAF (Conférence des responsables de la recherche a g ro nom ique africains), 1995. C a t a lo g u e des v a rié té s de c o t o n n ie r s sélectionnés. CORAF, Dakar, Sénégal, 56 p.

BOURELY J., HAU B., 1991. Le cotonnier sans gossypol : source d'huile et de protéines pour l'a lim e n ta tio n humaine. Bilan de cinq a n n ée s de r e c h e r c h e s . C o to n e t f ib re s t r o p i c a l e s , Série D o c u m e n t s , Etudes et Synthèses 12, 68 p.

C IR A D -IR C T , 1 9 9 2 . C a t a lo g u e des variétés de cotonnier sélectionnées en 1992. CIRAD-IRCT, Montpellier, France, 55 p.

HAU B., 1988. Histoire de la sélection du c o to n n ie r en Côte d 'iv o ire . Coton et fibres tropicales 43 : 177-204.

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HAU B., RICHARD G., 1986. Résultats de la p r e m iè r e c u l t u r e à g ra n d e é c h e lle de variétés sans gossypol en Côte d'ivoire. Coton et fibres tropicales 41 : 97-101.

LANÇON J., O UR AG A Y., HAU B., 1991. Cotonniers glandless : étude de la variabilité des dégâts provoqués par les attaques d'altises

(Podagrica sp.) en Côte d 'ivo ire . In comptes

rendus des Troisièmes journées de génétique et de te c h n o lo g ie c o to nn iè re , M o n tp e llie r, F ra n c e , 2 2 - 2 6 j u i l l e t 1 9 9 1 , v o l u m e 1, p. 15-30. CIRAD-IRCT, Montpellier, France.

M A R Q U I E C., 1 9 9 4 . La g ra in e de c o t o n n i e r g la n d le s s dans l'a l i m e n t a t i o n t r a d i t i o n n e l l e au B é n in . C IR A D -C A , Montpellier, France, 36 p.

VAISSAYRE M ., L A N Ç O N J., 1991 . La protectio n phytosanitaire du c otonnier sans glande. Bilan de dix années d'expérimentation en Côte d 'iv o ir e . In c om ptes rendus de la Réunion de coordination phytosanitaire pour l'Afrique de l'Ouest, Ouagadougou, Burkina, 26-31 janvier 1991, p. 152-181. CIRAD-IRCT, Montpellier, France.

cotonnier ordinaire cotonnier glandless

(10)

Résumé... Abstract... Resumen

J. LANÇON — Le cotonnier glandless :

350 000 hectares en 1994.

La c u ltu re du co to n n ie r sans g landes à gossypol

(glandless) a couvert près de 350 000 hectares en 1994

pour l'ensemble des pays suivants : Mali, Burkina, Côte d'ivoire, Togo, Bénin, Madagascar, Tchad. Cette culture présente un atout particulier lié à l'absence du gossypol, composé toxique, dans ses feuilles et dans ses graines. Ces d e rn iè re s, o lé o p ro té a g in e u se s, p e u ve n t être valorisées p our l'a lim e n ta tio n de l'h o m m e et des m o n o g a s triq u e s. Leur v a le u r n u tr itio n n e lle est comparable à celle de la graine de soja. Les variétés de cotonnier glandless africaines, comme GL 7 ou GL 8 créées en Côte d'ivoire, ont un potentiel de rendement en coton graine au moins égal à celui des variétés o rd in a ire s , de ty p e ISA 2 05 ou STAM F, et un pourcentage de fibre de 45,3 % en moyenne, au lieu de 42,4 pour les variétés ordinaires. Elles montrent une plus grande sensibilité aux insectes phyllophages (altises). Il est p a rfo is nécessaire d 'e ffe c tu e r un tr a ite m e n t insecticide très précoce, avant le 45e jour après la levée. La valorisation de la graine nécessite le maintien de la pureté variétale pour le caractère glandless, c'est-à-dire une multiplication semencière rigoureuse. Les sociétés de développement ont généralement favorisé cette culture pour son rendement en fibre élevé. Actuellement, la tendance est à la stagnation, voire à la réduction des programmes nationaux. L'avenir du cotonnier glandless dépend, en A friqu e de l'O uest et du Centre, de la capacité des industries agro-alimentaires à valoriser les qualités technologiques et nutritionnelles de la graine et des orientations nouvelles de la recherche.

Mots-clés : cotonnier, Gossypium hirsu tum , glandless, gossypol, culture, ravageur, graine, technologie, voleur n utritio nn elle , filiè re , Bénin, Burkina, Côte d 'ivo ire , Madagascar, Mali, Tchad, Togo.

J. LANÇON — Glandless cotton: 3 5 0 ,0 0 0 ha in 1994.

In 1994, the growing of glandless cotton covered o total of 350,000 ha in the following countries: Mali, Burkina, Côte d'ivoire, Togo, Bénin, Madagascar and Chad. This type of cotton has the spécifié advantoge of being free of gossypol — which is a poisonous compound — in its leaves and seeds. The seeds are oleaginous and contain proteins, and their nutritional value is similar to that of soybean seeds. Thus, they can be used in human diets and in feed for monogastric animais. Africon glandless cotton cultivars such os GL 7 or GL 8, created in Côte d'ivoire, have at least the same potential yield of seed-cotton as such ordinary ones as ISA 205 or STAM F. Their mean percentage of fibres is 45.3% compared with 42.4% for o rd in a ry c u ltiv a rs , b u t th e y a re less ré s is ta n t to phyllophagous insects (Allica). So, insecticide treatment is sometimes started very early — before 45 days after emergence. Developing this seed requires maintaining cultivar purity for the glandless character, i.e. multiplying the plants rigorously. Development firms hove generally preferred growing glandless cotton because of its high of fibre yield. At the present, the national programmes are not well developed; some are even being reduced. In central and western Africa the future of glandless cotton depends on the ability of agro-industrial firms to develop the nutritional and technological qualifies of this seed and on new orientations of research.

Keywords: cotton plont, Gossypum hirsutum , glandless, gossypol, cotton g ro w in g , insect pest, cottonseed, technology, n u tritio n a l value , cotton sector, Bénin, Burkina, Côte d'ivoire, Madagascar, Mali, Chad, Togo.

J. LANÇON — 350 000 hectâreas de algodon

glandless en 1994.

En 1994, el cultivo del algodân glandless cubriô casi 350 000 hectâreas en total en los siguientes paises: Mali, Burkina Faso, Costa de Marfil, Togo, Bénin, Madagascar y Chad. Este cultivo présenta una ventaja particular debido a la ausencia de gosipol, compuesto tâxico, de sus hojas y semillas. Estas ültimas son ricas en lipidos y proteinas, por lo que se pueden aprove ch ar para la a lim e ntaciô n humana y de los monogâstricos. Su valor nutritivo es com parable al de la sem illa de soja. Las variedades africanas de algodân glandless creadas en Costa de Marfil, como GL7 o GL8, tienen un rendim iento potencial de semillas por lo menos igual al de las variedades comunes, como ISA 205 o STAM F, y un porcentaje medio de fibras de un 45,3%, en lugar de un 42,4% de las variedades comunes, pero son mâs sensibles a los insectos filâfagos (alticas). A veces, es necesario realizar un tratam iento insecticida muy precoz, antes del 4 5 ° dia después del brote. La valorizaciân de la semilla précisa conservar la pureza de esta variedad en lo re ferente al carâcter

g la n d le ss , es decir, una m ultip lica ciô n por sem illas

cuidadosa. Las sociedades de desarrollo han lavorecido generalmente este cultivo por su elevado rendimiento en fibras, pero, actualmente, se tiende al estancamiento e induso a la reducciân de los programas nacionales. El futuro del algodân glandless en el oeste y el centro de A frica depende de las nuevas o rie n ta c io n e s de la in v e s tig a c iâ n y de la capacidad de las in d u s tria s a g ro -a lim e n tic ia s para v a lo r iz a r las cualid ad e s tecnolâgicas y nutritivas de la semilla.

Palabras dave: algodân, Gossypium hirsutum , glandless, gosipol, cultivo, plaga, semilla, tecnologia, valor nutritivo, sector algodonero, Bénin, Burkina, Costa de M arfil, Madagascar, Mali, Chad, Togo.

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La graine de cotonnier glandless dans l'alimentation traditionnelle au Bénin

C. MARQUE, CIRAD-CA, 1994, 36 p.

Les graines de cotonnier glandless ont une haute valeur nutritionnelle liée à la qualité de leurs protéines et à la composition de leurs lipides. Produit localement, notamment en A friq ue , cet alim ent peut compléter un régime riche en glucides et déficitaire en protéines. A u Bénin, une action est conduite sur ce thème auprès des groupements villageois ; la transformation artisanale et culinaire des graines de cotonnier glandless est effectuée p ar les femmes.

N o m ...O rganism e Adresse d 'e x p é d itio n ... ..

Références

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Malgré l a faible précision de la méthode d'observation appliquée, la rapidité de l'infestation apparaît clairement dans le tableau 1 , notamment sur les

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La longueur de fibre est supérieure à celle d&#34;ISA 205. ce qui constitue son principal intérêt. La tènaci.té est un peu plu,; faible. mais l'allongement est un peu

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glandless en milieu paysan, il faut donc parvenir à semibiJ.i... ser les cultivateurs au problème du parasitisme de début de végétation pour que ceux-ci ,oient capables

n est peu pNbable que, pendant cette période, la sélection classique améliore de façon significative le rendement à l'égrenage de ISA 203 qui constitue, pour le