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Avaliação de espécies leguminosas na formação de cafezais no Estado do Espírito Santo.

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Academic year: 2021

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XXIX Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas XIII Reunião Brasileira sobre Micorrizas

XI Simpósio Brasileiro de Microbiologia do Solo VIII Reunião Brasileira de Biologia do Solo Guarapari – ES, Brasil, 13 a 17 de setembro de 2010.

Centro de Convenções do SESC

Avaliação de espécies leguminosas na formação de cafezais no Estado do

Espírito Santo

João Batista Silva Araujo

(1)

& Rogério Carvalho Guarçoni

(2)

(1) Pesquisador Incaper, CRDR-CS, Rod. BR 262 km 95, Venda Nova do Imigrante, ES, CEP 29375-000, jaraujo_vni@yahoo.com.br (apresentador do trabalho); (2) Engo. Agrícola, D.Sc. em Produção Vegetal, Bolsista do

CBP&D-Café / INCAPER, CRDR-CS, Rod. BR 262 km 95, Venda Nova do Imigrante, ES, CEP 29375-000, rogerio.guarconi@gmail.com

RESUMO – Os experimentos foram conduzidos na

Fazenda Experimental de Venda Nova, em Venda Nova do Imigrante, ES, com altitude de 740 m. O plantio do café ocorreu em 06/11/2008 no espaçamento de 2,0 x 0,8 m, sendo utilizada a variedade Catiguá no consórcio com o guandu e a crotalária e a variedade Pau-Brasil com a mucuna. A semeadura das leguminosas crotalátria (Crotalaria

juncea) guandu (Cajanus cajan (L.)) e mucuna-preta

(Mucuna aterrima) foi realizada em 10/09/2009, antes do início das chuvas, visando a máxima antecipação do consórcio. As épocas de corte das leguminosas foram contadas a partir da primeira chuva ocorrida em 20/09/2009. Nas datas previstas as leguminosas foram cortadas, pesadas e avaliadas quanto à massa fresca. Houve um aumento de massa fresca de crotalária e a mucuna, respectivamente, até os 100 e 134 dias após a semeadura. Com o guandu não foi atingida a máxima produção de matéria fresca até os 180 dias após a semeadura.

Palavras-chave: Cafeicultura orgânica, adubação

verde, Crotalaria juncea, Cajanus cajan (L.),

Mucuna aterrima.

INTRODUÇÃO - A adubação verde com

leguminosas possibilita o aporte de nitrogênio atmosférico pela fixação biológica (COOPAVEL, 2010). A adubação verde em consórcio com cafeeiros é um desafio a ser vencido, tendo em vista que, apesar do grande aporte de fitomassa pode não haver ganhos de produtividade (Paulo et al., 2001 e 2006)

Em cultivo consorciado com cafeeiros, com as leguminosas incorporadas no seu florescimento, PAULO et al. (2001) observaram que as maiores quantidades de fitomassa seca foram produzidas por

guandu e crotalária júncea respectivamente. Porém, o guandu e a Crotalária juncea reduziram a produção de café, e o guandu, a altura e o diâmetro do caule do cafeeiro. Em outro experimento, PAULO et al (2006) observaram também que o guandu e a crotalária júncea, respectivamente, produziram as maiores quantidades de fitomassa seca e que a produção do café se correlacionou inversamente com a fitomassa seca das leguminosas.

Bergo et al. (2006) observaram que Flemingia

congesta e Mucuna aterrima influenciaram

positivamente a produtividade de cafeeiros em relação a testemunha, e guandu e Canavalia

ensiformes influenciaram negativamente.

Apesar de ser comum o corte das leguminosas no florescimento, a maior produtividade da fitomassa pode ocorrer antes e a melhor época de corte deve ser avaliada. Nesse sentido, Araújo e Balbino (2007) observaram que a maior produtividade de matéria fresca de guandu em consórcio com o cafeeiro ocorreu em 1º de março, aos 150 dias e cerca de dois meses antes do florescimento. Por essa razão, sugeriram a antecipação do corte do guandu para antes do florescimento, a qual poderia reduzir prováveis problemas de competição.

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de massa fresca das leguminosas crotalátria (Crotalaria juncea) guandu (Cajanus

cajan (L.)) e mucuna-preta (Mucuna aterrina),

manejadas em diferentes épocas, como adubos verdes na formação de cafezais no Estado do Espírito Santo.

MATERIAL E MÉTODOS - Os experimentos

foram conduzidos na Fazenda Experimental de Venda Nova, em Venda Nova do Imigrante, ES, com altitude de 740 m. O plantio do café ocorreu em 06/11/2008 no espaçamento de 2,0 x 0,8 m, sendo

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utilizada a variedade Catiguá no consórcio com o guandu e a crotalária e a variedade Pau-Brasil no consorciado com a mucuna.

A semeadura das leguminosas foi realizada em 10/09/2009, antes do início das chuvas, visando a máxima antecipação do consórcio. Os tratamentos foram cinco épocas de corte contadas à partir da primeira chuva ocorrida em 20/09/2009. Os cortes da crotalária foram aos 40, 60, 80, 100 e 120 dias, com início em 30/10/2009 e término em 18/01/2010. O guandu e a mucuna-preta foram cortados aos 60, 90, 120, 150 e 180 dias, com início em 19/11/2009 e término em. 18/03/2010.

Nas datas previstas as leguminosas foram cortadas, pesadas e avaliadas quanto à massa verde. O delineamento experimental foi em blocos casualisados com cinco tratamentos e quatro repetições. As análises estatísticas foram feitas no programa SAEG.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A produtividade máxima de matéria fresca das leguminosas foi de 60 t/ha, 56 e 32 t ha-1, aos 103, 180 e 134 dias, para crotalária, guandu e mucuna-preta, respectivamente (Figura 1).

Valores médios de matéria fresca obtidos no florescimento por outros autores foram de 17,5 t ha-1 para crotalária e 28 t ha-1para o guandu (Paulo et al 2006); 79 t ha-1 para crotalária, 95 t ha-1 para o guandu. As altas produtividades observadas, em especial pelo segundo autor podem ser devidas ao maior espaçamento do cafeeiro (4 x 2m) e a semeadura de cinco linhas de leguminosas por entrelinhas de cafeeiros.

Com o guandu não foi atingido o ponto de máximo, indicando que seria necessária mais uma época de corte para melhor determinação do acúmulo de matéria fresca. Porém, a última época de corte aos 180 dias está de acordo com Araújo e Balbino (2007), que observaram máxima produção de 18,9 t ha-1 de matéria fresca aos 150 dias, em 01/03/2002, em um plantio realizado em 01/10/2001. Nesse caso, para avaliação de resposta do cafeeiro, o período de corte adotado neste trabalho seria apropriado, pois a expansão e maturação dos grãos e a maior demanda do cafeeiro ocorre entre os meses de dezembro e março (Laviola et al., 2008). Portanto, mesmo que a máxima produção fosse atingida após o mês de

março, a contribuição do guandu como adubo para a produção de frutos poderia não ocorrer.

CONCLUSÕES – Houve um aumento de massa

fresca de crotalária e a mucuna, respectivamente, até os 100 e 134 dias após a semeadura. Com o guandu não foi atingida a máxima produção de matéria fresca até os 180 dias após a semeadura.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, J. B. S. & BALBINO, J. M. S. Manejo de guandu (Cajanus cajan (l.) Millsp.) sob dois tipos de poda em lavoura cafeeira. Coffee Science, Lavras, 2:61-68, 2007.

BERGO, C.L.; PACHECO, E.P.; MENDONÇA, H.A. MARINHO, J.T.S. Avaliação de espécies leguminosas na formação de cafezais no segmento da agricultura familiar no Acre. Acta Amazonica. 36:19-24, 2006.

COOPAVEL 2010 apresenta cultivo de café orgânico em sistemas arborizados e adubação verde.

Disponível em: http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2010/feve

reiro/2a-semana/coopavel-2010-apresenta-cultivo- de-cafe-organico-em-sistemas-arborizados-e-adubacao-verde/. Acesso em 22 julho. 2010.

LAVIOLA, B.G.; MARTINEZ, H.E.P.; SALOMÃO, L.C.C.; CRUZ, C.D.; MENDONÇA, S.M.; ROSADO, L. Acúmulo em frutos e variação na concentração foliar de NPK em cafeeiro cultivado em quatro altitudes. Bioscience Journal,

Uberlândia, 24:19-31, 2008.

PAULO, E.M.; BERTON, R.S.; CAVICHIOLI, J.C.; BULISANI, E.A.; KASAI, F.S. Produtividade do café apoatã em consórcio com leguminosas na região da alta paulista. Bragantia, Campinas, 60:195-199, 2001.

PAULO, E.M.; BERTON, R.S.; CAVICHIOLI, J.C.; BULISANI, E.A.; KASAI, F.S. Produtividade do cafeeiro mundo novo enxertado e submetido à adubação verde antes e após recepa da lavoura.

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y = -0,001x3+ 0,222x2- 15,27x + 321,7 R² = 0,913 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 0 20 40 60 80 100 120 140 Matéria fresca (t ha -1)

Dias após semeadura Crotalária y = -0,0011x2 + 0,649x - 28,32 R² = 0,805 0 10 20 30 40 50 60 0 30 60 90 120 150 180 210 Matéria fresca (t ha -1)

Dias após a semeadura

Guandu y = -0,005x2+ 1,368x - 59,91 R² = 0,899 0 5 10 15 20 25 30 35 0 30 60 90 120 150 180 210 Matéria fresca (t ha -1)

Dias após a semeadura

Mucuna

Figura 1- Produtividade de Massa fresca de crotalária, guandu e mucuna em cinco épocas de corte, cultivados nas entrelinhas de cafeeiros.

Figure

Figura 1- Produtividade de Massa fresca de crotalária, guandu e mucuna em cinco épocas de corte,  cultivados nas entrelinhas de cafeeiros.

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