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ARTheque - STEF - ENS Cachan | Bulletin de l'Association des Anciens Élèves de l'ENSET et de l'ENS de Cachan n° 178

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(1)

BULLETIN DE LASSOCIATION DES ANCIENS ÉLÈVES DE

(W S

C A C H A N

61 avenue du Président-W ilson 94235 CACHAN Cedex Tél. : (1) 47 40 20 00 Télex : ENSC 260 948 F Fax : (1) 47 40 20 74

(WS

LU

S O M M A I R E

Archeoastronom ie preco

lombienne par R. FAUGERE

Quelques propriétés peu

connues du nombre d ’or

M. SCHWARTZ

• Assem blée Generale

de NANTES

- Déroulement

Notes pratiques

- Fiche d ’inscription

• Le club voile de l ENS

• Nos cam arad es publient

trimestre 1992 190 F 65 F N® 178

A bonnement (un an) Le numéro

(2)
(3)

ASSOCIATION

des Anciens et Anciennes Elèves des Sections Normales, de l’Ecole Normale Supérieure de l’Enseignem ent Technique

et de l’Ecole Normale Supérieure de Cachan

Présidents d ’honneur :

M M . les Directeurs généraux honoraires de l’Enseignement technique.

MM . les anciens D irecteurs de l’Ecole N orm ale Supérieure de l’Enseignement Technique. M. le D irecteur de l’Ecole N orm ale Supérieure de Cachan.

M. le D irecteur A djoint de l’Ecole N orm ale Supérieure de C achan. M. le Recteur P . PA STO U R.

Secrétaires généraux et Présidents honoraires :

R. C A N TA R EL (B 56-59) Inspecteur général de l’E ducation nationale. P. PU E C H (A, 44-56), Professeur honoraire.

J.M . R EFEU IL (EF 39-42), Professeur honoraire. D. SA U V A LLE (B 46-48), Professeur honoraire.

A. T H U IZ A T (A, 42-44), Inspecteur Principal de l’Enseignement T echnique honoraire.

COMITE

Présidente :

Mlle M. M ÈG E (EF 46-48), 48 bis, rue Bobillot, 75013 PA R IS. Vice-Présidents :

Secrétaire général :

B. BRAU N (A, 66-70), 20, allée A lbert-T hom as, 91300 MASSY. Secrétaire adjoint :

R. CFIASSINAT (A, 44-47), 2, rue des Fossés Saint-M arcel, 75(X)5 PA RIS. Trésorier :

M. RESSAYRE (D 56-59), 10, rue A uguste Renoir, 78860 SA IN T-NOM -LA -B RETÈC HE. Trésorier A djoint :

M. JE A N EA U (A, 39-43), 20, rue T o u rn efo rt, 75005 PA RIS.

A U TR ES M EMBRES DU COMITE

M. BERM OND (B 55-58), MM mes BERN A RD (EF 46-48), B LA C H IER (C 68), Mme BON TO U X (D 70), M. C H E FD EV ILL E (A, 52-55), Mlle DU PU Y (EF 60-64), M. LIÉV REM O N T (A, 61-65), M me R EV EILLÈR E A nne-M arie (C 49-51), Mlle RIC A R D (A; 44-46), M. SA N TIN (B, 77-81).

ISSN II6 4 - 1967

ADRESSE ET COMPTE COURANT POSTAL :

ASSOCIATION DES ANCIENS ÉLÈVES E.N.S.E.T. ET DE L’E.N.S DE CACHAN 61, avenue du Président Wilson, 94230 Cachan (Val-de-Marne)

C.C.P. Paris 5488-99-K

(4)

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(5)

SOMMAIRE

• A rchéoastronom ie précolom bienne (suite) A. FAU G ÈRE . . . 5

• Quelques propriétés peu connues du nom bre d ’or M. S C H W A R T Z ... 31

• L ’Assemblée Générale - Notes pratiques - Fiche d ’inscription 38 • Le Club voile de l’ENS ... 43

• Nos cam arades p u b lie n t... 44

• Vie fa m ilia le ... 46

• T ré s o r e r ie ... 47

D irectrice de la publication Mlle M ÈG E - Im prim erie M ancelle - D épôt légal : 1*'^ trim estre 1992

(6)

; ’ .= T ; ^ V '- '

(7)

ARCHÉOASTRONOMIE PRECOLOMBIENNE

par A . FAUCÈRE

(suite)

VI - 7 - Quelques étonnants succès astronomiques mayas. (Doc. IV) VI - 7 - a - Connaissance très précise de l’année tropique.

En 1553, l’évêque Landa observa que l’année vague commençait le 16 juillet du calendrier julien ; cette année dut avancer constamment sur l’année solaire (1/4 de jo u r par an) et se décaler par rapport aux saisons car les Mayas ne réajustèrent jam ais leur année de 365 jours.

Cependant, ils calculaient soigneusement le décalage par rapport à l’année des saisons en suivant attentivement le mouvement du Soleil. D ’après Eric Thom pson, les Mayas auraient atteint, sur la durée moyenne de l’année des saisons (année tropique), une précision de l’ordre de celle de notre calen­ drier grégorien (10^^).

Comme ils ne savaient mesurer l’écart du Soleil par rapport à leur calen­ drier q u ’en termes de jours, cela supposait de sérieuses et patientes obser­ vations pendant de nom breux siècles, avec transm ission d ’une génération à l’autre par des érudits aux esprits assez souples pour éliminer les résultats erronés.

VI - 7 - b - Très bonne connaissance du mouvement de la Lune et de la durée de la lunaison.

Les dates de Com pte Long sont souvent suivies de Séries Lunaires où sont précisés l’âge de la Lune dans le mois lunaire considéré et la durée de ce dernier (29 ou 30 jours). On pense que les Mayas connaissaient le cycle de M éton (19 années tropiques), durée nécessaire pour que les mêmes phases de la Lune tom bent aux mêmes dates de l’année.

Dès 682, les scribes de Copan utilisaient dans leurs calculs la corres­ pondance 149 lunaisons = 4400 jours ce qui donne pour une lunaison 29,5302 jours (au lieu des 29,5306 actuels), encore une précision de 10“ ^ ! Dans le codex de Dresde un cycle de 405 lunaisons est utilisé : il com porte 11960 soit exactement 46 années sacrées de 260 jours. On notera l’étonnante précision : 11960/405 = 29,53086 (encore lO"^ i).

VI - 7 - c - Prédiction des éclipses.

Les Mayas avaient découvert q u ’une éclipse de Soleil ou de Lune ne peut se produire qu ’à moins de 18 jours d ’un “ n œ u d ” (quand la trajectoire de la Lune croise la trajectoire apparente du Soleil).

Le codex de Dresde com porte des tables d ’éclipses solaires couvrant 405 lunaisons soit 46 années sacrées (environ 33 ans). Dans cette période 69 éclipses de Soleil sont prédites (dont peut-être une douzaine seulement sont visibles en pays maya).

(8)

D O C . IV

l ^ ^ Q u e l q u e s r a p p e l s r e l a t i f s a u g m ouvem ents d e s a s t r e s e t aiix c a l e n d r i e r s . T e r r e t o u r n e a u t o u r du S o l e i l d*un m ouvement moyen e l l i p t i q u e p r e s q u e c i r c u l a i r e e n 3 6 $ |2 5 6 3 3 0 u r s ( a n n é e s i d é r a l e ; r a p p o r t é e a u x é t o i l e s ) . 2 5) P r é c e s s i o n d e s é q u in o x e s : du f a i t de l a l e n t e r o t a t i o n de l ' a x e de l a T e r r e e n 2 5 8 0 0 a n s , l e te m p s moyen é c o u l é e n t r e 2 é q u in o x e s de p r in t e m p s e s t un p e t i t p e u p l u s c o u r t : 385 * 2 4 2 2 j o u r s ( a n n é e t r o p i q u e : m oyenne d e s a n n é e s d e s s a i s o n s ) . 3 * ) Une a n n é e de 3 6 5 joui*s s e d é c a l e r a i t à l a l o n ^ e p a r r a p p o r t au x s a i s o n s , I*® c a l e n d r i e r j u l i e n , e n i n t r o d x i i s a n t u n e a n n é e b i s s e x t i l e t o u s l e s 4 a n s , a r a ­ mené l 'a n n é e j u l i e n n e è, 385*25 j o u r s . D e p u is I 5 8 2 , l e c a l e n d r i e r g r é g o r i e n ( p l u s p r é c i s ) , e n r e t i r a n t d e s a n n é e s b i s s e x t i l e s 3 a n n é e s s é c u l a i r e s s u r 4* a ram ené l ' a n n é e g r é g o r i e n n e à 385*2425 j o u r s .

4 ^ ) L 'è r e c h r é t i e n n e commence l e l / l / l , do n c l e 3ème m i l l é n a i r e com m encera l e 1/ 1/ 2 0 0 1 ( c e s e r a a u s s i l e d é b u t d u 21ème s i è c l e é v id e m m e n t). 5 * ) L a Lune t o u r n e a u t o u r de l a T e r r e e n 27*3215 j o u r s ( r é v o l u t i o n s i d é r a l e ) - m a i s , à c a u s e de l a r o t a t i o n de l a T e r r e a u t o u r du S o l e i l , l e te m p s é c o u l é e n t r e 2 c o n j o n c t i o n s Lune—S o l e i l ( n o u v e l l e L u n e) e s t de 29*5308 j o u r s ( c ' e s t l a l u n a i s o n ) , _ ^ ) Y én u s( p l à n è t e i n t é r i e u r e ) t o u r n e a u t o u r du S o l e i l e n 224*701 ■1our8(né r i o d e s i d é r a l e ) m a is l e te m p s é c o u l é e n t r e 2 c o n j o n c t i o n s i n f é r i e u r e s a v e c l e S o l e i l e s t de 583*92 j o u r s ( p é r i o d e s y n o d iq u e ) , V énus e s t à s o n p é r i g é e ( à l a d i s t a n c e m in im a le de l a T e r r e ) à l a c o n j o n c t i o n i n f é r i e u r e e t à s o n a p o g é e à l a c o n j o n c t i o n s u p é r i e u r e .E x e m p le de c y c l e v é n u s ie n : ^ ^ c o n j o n c t i o n i n f é r i e u r e l e l S / l / 9 0 j * ^ t o i l e du m a tin ” ( é l o n g a t i o n m ax im ale O u e s t l e 3 0 / 3/ 9 0 ) 5 c o n j o n c t i o n s u p é r i e u r e l e I / I 1/ 9O5" é t o i l e du 8 o i r ” ( é l o n g a t i e n m ax im ale E s t l e 13/ 8/ 9 1 ) 5 e t n o u v e l l e c o n j o n c t i o n i n f é r i e u z ^ l e 22/ 8 /9 1 s o i t 5 8 1 | o u r s a p r è s l a p r é c é d e n t e . 7 ^ ) l l a r s ( p l a n è t e e x t é r i e u r e ) a u n e p é r i o d e s i d é r a l e de 6 8 7 j o u r s m a is l e t o n p s é c o u l é e n t r e 2 o p p o s i t i o n s a v e c l e S o l e i l ( v o i s i n e s d e s p é r i g é e s ) e s t de 7 8 O j o u r s ( p é r i o d e s y n o d iq u e ) . Exem ple de c y c l e m a r t i e n : , o p p o s i t i o n l e 2 8 / 9 / 8 8 ( p é r i g é e l e 2 2 /9 c o n j o n c t i o n l e 2 9 / 9 / 8 9 ( a p o g é e l e I 8/ 9 ) ; e t n o u v e l l e o p p o s i t i o n l e 2 7 / I I / 9 0 s o i t 7 9 0 j o u r s a p r è s l a p r é c é d e n t e ( a v e c p é r i g é e l e 2 0 / I I / 9 0 ) . 8 ” ) L o r s q u 'u n e p l a n è t e e t l a T e r r e s o n t e n c o n j o n c t i o n h é l i o c e n t r i q u e ( e x : c o n jo n c t i o n i n f é r i e u r e d e V é n u s l è n o o p ^ s i t i o n de M a rs) l e mouvem ent g é o c e n t r i c u e de l a p l a n è t e e s t r é t r o g r a d e d 'o ù u n e t r a j e c t o i r e a p p a r e n t e s i n u e u s e o u b o u c lé e de l a p l a n è t e d a n s l e c i e l (phénom ène g é n é r a l e m e n t b i e n o b s e r v é p a r l e s A n c ie n s ) , I l ^ ^ ^ ^ u c ^ s a s t r o n o m i ÿ i e ^ ^ e ^ J l a j a ^ ( o b s e r v a t e i i r s p a t i e n t s e t a c h a r n é s du c i e l ^ ” *^^ ^ ^ 5 ^ 5 a T ë u r s ^ 5 f t e r i t e s e n t e r a ê s de j o \ i r s )I 1° ) B ie n q ue l e s M ayas n 'a i e n t ja m a is r é a j u s t é l e u r " a n n é e v a g u e ” de 3 8 5 j o u r s p a r r a p p o r t a u x s a i s o n s , i l s o n t é v a l u é d a n s l e u r s c a l c u l s l 'a n n é e t r o p i q u e a v e c u n e é t o n n a n t e p r é c i s i o n ( d e l ' o r d r e de l 'a n n é e g r é g o r i e n n e ) . 2 ^ ) E t o n n a n te p r é c i s i o n a u s s i d e l ' é v a l u a t i o n de l a l u n a i s o n : l e c o d e x de D re sd e c o m p o rte l e s c o r r e s p o n d a n c e s , 1 4 9 l u n a i s o n s » 4 4 0 0 j o u r s ( c e q u i d o n n e r a i t 29>5302j ) e t 4 8 a n n é e s s a c r é e s « 4 0 5 l u n a i s o n s ( c e q \ i i d o n n e r a i t 4 8 x 2 6 o /4 0 5 " 2 9 * 5 3 0 9 jO 3 * ) E t o n n a n te p r é c i s i o n e n c o r e ^ æ a a e e de l 'é v e t l u a t i o n de l a p é r i o d e s y n o d iq u e de V ^ u s ; o n t r o u v e d a n s l e s c o d e x l e c y c l e de 8 a n s p o u r 5 p é r i o d e s s y n o d ic u e s ( s o i t 8 ^ 6 5 "5 3 c 5 8 4 “ 2 9 2 0 j) e t l a c o r r e s p o n d a n c e I 4 8 a n n é e s s a c r é e s » 6 5 p é r i o d e s s y n o d iq u e s ( s o i t 1 4 8 x2 8 0 »6 5 z 5 8 4 «3 7 9 8 0 3 c e q u i r e p r é s e n t e 2 c y c l e s de 5 2 a n n é e s v ague E r i c Thom pson a f f i r m e q u e , d a n s l e c o d e z de D re s d e , o n t r o u v e d e s c o r r e c t i o n s re v e ­ n a n t à r e t i r e r 24 j o u r s sxir 301 c y c l e s v é n u s i e n s , ce q u i d o n n e r a i t u n e p r o d i g i e u s e p r é c i s i o n à l a p é r i o d e s y n o d iq u e ( 5 8 3 * 9 2 j! ) 4 ” ) R em arq u ab le s t a b l e s d 'é c l i p s e s de S o l e i l : 69 p é r i o d e s d * é c l i p s e s p r é v u e s en 4 0 5 l u n a i s o n s c e q u i d o nne u n é c a r t moyen e n t r e é c l i p s e s de 1 7 3 * 3 j ( v a l e u r a c t u e l l e ! 5 ^ ) P e u t - ê t r e d e s c o n n a i s s a n c e s p r é c i s e s s u r M ars ( t a b l e s de 7 8 d a n s un c o d ex ) e t s u r J u p i t e r (é v é n e m e n t d y n a s t i q u e a c c o r d é s u r l a f i n du m ouvement r é t r o g r a d e ) , 6 ° ) C o n n a is s a n c e p r é c i s e de l ' e n se m b le du c y c l e v é n u s ie n q u i a p p a r a î t d a n s d e s l é g e n d e s .

(9)

Remarques :

On sait que les éclipses de Soleil se succèdent en moyenne tous les 173,3 ans or 173,3 x 3 = 2 x 260 donc 2 années sacrées couvrent en moyenne 3 éclipses de Soleil ; il est logique que 46 années sacrées couvrent

3 X 46/2 = 69 éclipses de Soleil.

Ces tables d ’éclipses perm ettent de vérifier les corrélations entre calen­ driers : par exemple, pour une éclipse solaire prévue à la date 9 16 4 10 8 12 LAM AT 1 MU AN soit le 8/11/775 dans le calendrier julien les astro­ nomes ont pu vérifier que ce jour-là correspondait bien à une conjonction Soleil-Lune (Nouvelle Lune).

Les éclipses solaires étant très redoutées, la m otivation pour les pré­ dire était forte.

VI - 7 - d - Remarquable connaissance du cycle vénusien.

Rappel de nos connaissances actuelles sur la planète Vénus.

La planète Vénus tourne autour du Soleil en décrivant une trajectoire peu inclinée sur l’Ecliptique (i = 3°23’) et presque circulaire (excentricité de l’ellipse e = 00068) en une durée moyenne de 224,701 jours (période sidé­ rale Tv), le rayon moyen de cette trajectoire étant de 0,7233 UA (l’unité astronom ique UA est le rayon moyen de l’orbite terrestre soit environ 150 millions de km).

P our la Terre, l’excentricité de l’ellipse est encore faible (e = 0,0167) et la période sidérale Tt est de 365,256 jours (T t> T v car Rt = lU A > R v ). Vénus peut présenter 2 alignements avec le Soleil et la Terre : (Doc. IV).

- il y a conjonction inférieure si Vénus est entre la Terre et le Soleil, elle est alors au périgée, à la distance minimale de la Terre (0,276 UA) et son diam ètre apparent est d ’environ 61” .

- il y a conjonction supérieure si Vénus est séparée de la Terre par le Soleil, elle est alors à l’apogée, à la distance maximale de la Terre (1,7233 UA) et son diam ètre apparent est d ’environ 10” .

Dans l’hypothèse simplificatrice (mais de précision convenable) de 2 mouvements coplanaires et circulaires uniform es on peut calculer la période synodique T de Vénus (intervalle moyen entre 2 conjonctions inférieures)

en écrivant : T x 2»j/Tv - T x 2i}/Tt = 2t/ (Vénus a fait un to u r de plus

que la Terre) d ’où T = Tt x T v /(T t — Tv) = 583,92 jours.

Il se trouve q u ’à 5 x 10“ '* près 5T = 8Tt = 13 Tv ; donc une période de 8 années correspond à 13 années vénusiennes et à 5 périodes synodiques de Vénus. En 8 aimées, Vénus décrit autour du centre de la Terre supposé fixe une immense étoile à 5 branches, les 5 périgées correspondant à 5 bou­ cles. O n peut voir que Vénus a au périgée un m ouvem ent rétrograde par rapport à la Terre. (Fig. 12).

(10)

Remarque :

Le calcul de T donne une valeur moyenne, la valeur réelle pouvant être 584 ± 4 jours du fait de la complexité des mouvements et des perturba­ tions. A titre d ’exemple, examinons le déroulement du cycle vénusien dont les bornes sont la conjonction inférieure du 18/1/90 et celle du 22/8/91 soit 581 jours (en réalité, le périgée a lieu 20 h avant en 90 et 8 h après en 91 d ’où une durée entre périgées de 582 jours : ceci m ontre bien la com ­ plexité des mouvements réels).

Quelques jours après la conjonction inférieure du 18/1/90 (qui corres­ pond à la distance minimale d = 0,268 UA) on observe le lever héliaque de Vénus : première apparition de Vénus en “ étoile du matin’’.

Supposons par exemple une observation le 2 5 /1 /9 0 :

Vénus se lève à Paris à 6 h 19 (UT) soit 1 h 12 avant le Soleil, en phase de croissant (fraction illuminée du disque k = 0,02) mais de grand diam è­ tre apparent a = 61,3” et de grande luminosité (magnitude visuelle m = - 4) sa distance à la Terre est alors de d = 0,274 UA (en augm entation).

En février et mars, le croissant s’élargit, le diam ètre apparent diminue et Vénus s’éloigne angulairement du Soleil vers l’Ouest.

Exemple : Le 30/3/90, Vénus se lève à 3 h 5 5 ( l h 4 0 avant le Soleil) à sa plus grande élongation Ouest (angle Vénus-Terre-Soleil de 46°28’) avec k = 0,5 (demi-disque éclairé), a = 24,8” (en dim inution), m = - 4,1 (grande luminosité) et d = 0,679 UA (en augm entation).

Ensuite Vénus se rapproche angulairement du Soleil (l’élongation Ouest décroît), elle s’éloigne de la Terre et devient de moins en moins visible dans le jo u r naissant. Son disque passe par la phase gibbeuse.

Exemple : Le 16/10/90, Vénus se lève à 5 h 47 (26 minutes avant le Soleil) avec k = 0,997 (disque complet), a = 9,8” (minimal), m = - 3,7 (moins brillante) et d = 1,711 (presque maximale).

Vénus, devenue invisible à l’aube atteint sa conjonction supérieure le

1 /1 1/90 avec d = 1,715 UA (maximale).

Invisible en novembre, Vénus commence à émerger lentement comme

“ étoile du soir” la deuxième quinzaine de décembre.

Exemple : Le 19/12/90, Vénus se lève à 8 h 37 soit 55 minutes après le Soleil donc Vénus est bien devenue “ étoile du soir” : elle se couche à 16 h 41 soit 47 minutes après le Soleil avec k = 0,981 (disque légèrement gibbeux), a = 10,1” (en légère augm entation), m = - 3,7 (stationnaire), d = 1,664 UA (en légère diminution).

En janvier, Vénus devient de plus en plus visible le soir (même avant le coucher du Soleil) et s’éloigne angulairem ent du Soleil à l’Est cette fois.

Exemple : Le 3 1/1/91, Vénus se couche à 18 h 40 soit 1 h 54 après le Soleil avec k = 0,933 (en dim inution, a = 10,9” (en augm entation), m = - 3,3 (moins brillante) d = 1,544 UA (en diminution).

(11)

F ig . 12

Axes g r a d u é s e n U n i-té s A s-tro n o raig u es (1U A »149|6.1C km )t L a p o s i t i o n de l a T e r r e s u p p o s é e f i x e e s t in d iq ^ u é e ( o r i g i n e ) . L a t r a j e c t o i r e a p p a r e n t e de V énus e s t d é c r i t e P é r i o d e s y n c d io u e de Vénus, T s jS 'l j o u r s . UA' T e r r e On v o i t ^ u 'à c h aq u e p é r i g é e i l y a r a l e n t i s s e m e n t e t r é t r o g r a d a t i o n . En 3 a n s Vénus d é c r i t u ne m a g n ifiq u e é t o i l e à 5 ‘b ra n c h e s a u t o u r de l a T e r r e . (5T*8T «2920 j o u r s ÜA

(12)

A u cours des mois suivants, Vénus, “ étoile du soir” , s’éloigne angu- lairement du Soleil à l’Est, se rapproche de la Terre, devient de plus en plus brillante bien que de plus en plus gibbeuse, et brille longtemps la nuit.

Ex : Le 13/6/91, Vénus se couche à 22 h 50 soit 2 h 56 après le Soleil,

à sa plus grande élongation Est (45°23’) avec

k

= 0,5 (demi-disque éclairé),

a = 23,6” (en augm entation), m = 3,9 (plus brillante), d = 0,715 UA

(en dim inution). Ensuite Vénus continue à se rapprocher de la Terre mais se rapproche aussi angulairem ent du Soleil. Son éclat passe par un maxi­ m um le 15/7/91 (m = - 4,2) mais dim inue ensuite du fait de l’amincisse­ m ent du croissant.

Exemple : le 9 /8 /9 1 , Vénus se couche à 19 h 21 soit 4 minutes après le Soleil avec k = 0,068 (fin croissant), a = 53,2” (presque maximal), ™ = “ 3,8 (moins brillante), d = 0,316 UA (presque minimale), vénus disparaît dans les brumes du crépuscule et sa conjonction inférieure a lieu le 2 2/8/91 avec d = 0,2875 UA (minimale). Le cycle vénusien est terminé.

Remarque :

La planète Vénus présente la particularité de tourner sur elle-même dans le sens rétrograde (les autres tournent dans le sens direct). Sa période sidé­ rale de rotation sur elle-même est T ’v = 243,01 jours. On peut calculer sa période par rapport au Soleil (jour solaire vénusien T ’) en écrivant T ’ x 2 t; / T ’v -I- T ’ X 2 i//Tv = 2 rj (car les 2 mouvements de rotation et de révolution sont en sens inverse) ce qui donne T ’ = T ’v x Tv (T’v -i- Tv) = 116,75 jours or 116,75 x 5 = 583,75 donc T = 5T’; d ’où une autre com m ensurabilité étonnante de Vénus : la période synodique que corres­ pond à 5 jours solaires vénusiens. Donc au bout d ’un cycle vénusien, la planète présente le même méridien au Soleil (ou à la Terre).

En résumé, un période de 8 années correspond à 5 périodes synodi- ques de Vénus, à 13 années vénusiennes et à 25 jours solaires vénusiens.

8 T t = 5 T = 13 Tv = 25 T ’ à 5 X 1 0 -“ près.

Connaissances des Mayas sur le mouvement apparent de Vénus.

Les M ayas s’étaient aperçu très tô t que “ l’étoile du m atin” et “ l’étoile du soir” étaient le même astre et ils suivirent attentivement son mouvement. Ils repéraient le plus précisément possible le lever héliaque de Vénus : sa première apparition en “ étoile du m atin” après la conjonction inférieure. Il semble que leur relevé portrait sur le 4 ' jo u r après la conjonction infé­ rieure : observation plus facile en zone tropicale q u ’en zone tempérée car le jo u r se lève plus vite et l’aurore dure moins longtemps.

Nous sommes assez bien renseignés p ar le codex de Dresde qui traite essentiellement d ’astronom ie. Les Mayas avaient découvert le cycle de 8 ans (5 cycles vénusiens) ; leurs calculs utilisaient le double du calendrier cycli­ que de 52 ans pour 65 cycles vénusiens (soit 104 années vagues ou 146 années sacrées) : en effet, 104 x 365 = 146 x 260 = 65 x 584 = 37960 jours.

(13)

La valeur adoptée était donc de 584 jours au lieu de 583,92 ce qui n ’est déjà pas m al. Mms, en plus, le codex de Dresde fait état de corrections par lesquelles les Mayas auraient retiré 24 jo u rs après 301 cycles vénusiens, ce qui ram ènerait la période synodique à (301 X 584 - 24)/301 = 583,92 jours (prodigieux !).

Si les Mayas s’intéressaient particulièrement à la 1" apparition de Vénus “ étoile du m atin’’, c’est q u ’ils lui attribuaient un rôle maléfique, aussi les sacrifices et autom utilations en tous genres devaient être bien synchronisés avec ce phénomène.

Mais ils s’intéressaient aussi à to u t le cycle vénusien q u ’ils divisaient en 4 périodes : la “ rencontre brève” avec le Soleil (environ 8 jours) enca­ drant la conjonction inférieurCj “ l’étoile du m atin” , la “ rencontre longue” avec le Soleil (environ 90 jours) encadrant la conjonction supérieure et “ l’étoile du soir” .

Vénus, très im portante p our les M ayas, était représentée par plusieurs dieux et avait des implications avec la guerre ; ses rencontres avec le Soleil entraient dans des légendes dont on connaît la version Aztèque : la légende de Vénus-Quetzalcoatl. Les panneaux totonaques de El Tajin illustrent aussi une légende analogue dont on cherche à décrypter toute la signification astro­ nom ique : Vénus, le Soleil et la Lune y sont concernés. Les codex ne nous livrent m alheureusement par la version M aya.

Des tables de multiples de 78 dans le codex de Dresde suggèrent que les M ayas ont dû aussi observer et étudier le mouvement de la planète Mars dont la période synodique est de 780 jo u rs (779,94).

C ertains anniversaires (prises de pouvoir, apothéoses) coïncident avec la fin du m ouvement apparent rétrograde de Jupiter : il semble bien que les M ayas se soient intéressés aussi à cette planète très lumineuse.

VI - 8 - La cosmologie m aya était com plètem ent aberrante.

Malgré les succès “ astronomiques” que nous avons vus, les Mayas n ’ont pas été à proprem ent parler des astronom es. Ils furent d ’exceptionnels et persévérants observateurs du ciel et de brillants calculateurs grâce à leur système à base 20 mais leurs m otivations n ’étment aucunem ent scientifi­ ques : elles étaient religieuses et astrologiques. Les mouvements apparents du Soleil, de la Lune et des planètes n ’étaient étudiés que dans le but d ’inter­ préter des présages, d ’énoncer des oracles et de fixer les dates des nombreuses cérémonies rituelles destinées à apaiser les dieux maléfiques comm e par exemple “ l’étoile du m atin” . Les M ayas étaient persuadés que les dieux n ’accordaient pas “ gratuitem ent” la survie de l’hum anité : il fallait les “ payer” par des offrandes, des autom utilations et des sacrifices qui devaient avoir lieu à des dates précises, d ’où leur obsession des calendriers et de l’écou­ lement du temps. Les Mayas se représentaient apparem m ent la Terre comme plate et quadrangulaire avec à chaque angle un point cardinal caractérisé par une couleur : rouge pour l’Est, blîmc pour le N ord, noir pour l’Ouest et jaune pour le Sud ; le vert étant réservé pour le centre.

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Le ciel, soutenu par 4 BACAB (dieux Atlantes), était composé de 13 niveaux (6 marches m ontantes à l’Est, 6 marches descendantes à l’Ouest et le 7 ' niveau au sommet) ; le monde souterrain, de 9 niveaux où se tro u ­ vaient les 9 “ Seigneurs de la N uit” . C ’est le monde souterrain que traver­ saient les astres sous l’horizon, et où allaient les Mayas après leur m ort. (Fig. 14)

Si on ajoute à cela une quantité ahurissante de dieux, on obtient un ensemble d ’une complexité extrême où il est impossible de s’y retrouver !

VI - 9 - Les plus célèbres réalisations architecturales mayas pendant la splendeur classique (de 250 à 900 après J.C .).

En 1946, 116 sites étaient explorés dans les zones centrale et septen­ trionale, actuellement ce nom bre est plus que doublé !

VI - 9 - a - TikaI (Guatemala) (au Peten en zone centrale).

Au cœ ur d’une épaisse jungle, d ’innom brable constructions à grand im pact mystique furent érigées pendant toute la période classique malgré un certain ralentissement tem poraire au début du 7 ' siècle.

On dénom bre 3000 structures sur 1600 ha !, ce qui fait de Tikal le plus grand de tous les sites mayas. (Fig. 17)

L ’ensemble est dom iné par 5 impressionnantes pyramides dont la plus haute culmine à 65 m. Faite de blocs calcaires, chaque pyramide (souvent à 9 étages) est dotée d ’un escalier vertigineux conduisant au temple supé­ rieur, lui-même surm onté de l’énorme “ crête faîtière” qui accentue la ten­ dance verticale du m onum ent construit pour dépasser les hautes frondai­ sons de la forêt tropicale. L ’importance de la crête faitière reléguée à l’arrière de l’édifice obligeait d ’augm enter l’épaisseur du mur postérieur ju sq u ’à 5 m et plus, réduisant parfois l’intérieur du temple à quelques 75 cm ! (Fig. 13).

Tikal est caractérisé aussi par une série de 6 complexes qui furent sans doute édifiés pour célébrer des fins de katuns (7200 jours) : chaque com ­ plexe com prend sur une vaste plate-form e, à l’Est et à l’Ouest, 2 pyramides jumelles (sans temple au sommet) chacune ayant 4 escaliers (un sur chaque face), au Nord un enclos avec stèle et autel et au Sud un ensemble de 9 cham­ bres à voûte maya s’ouvrant vers l’intérieur du complexe. Parfois, l’ensemble est complété par une rangée de 9 stèles-autels. Certains auteurs soulignent le caractère solaire de ces complexes soigneusement orientés où les heures du jo u r déterm inent un jeu vivant et spectaculaire d ’ombres et de lumières.

Places du centre cérémoniel, acropole, temples, palais, jeux de balle et une m ultitude de stèles et d ’autels com plètent le site, sans oublier quel­ ques modestes habitations, des avenues et 10 réservoirs artificiels pour l’eau de la population (10 à 4(XXX) habitants).

Le décryptage progressif des stèles va perm ettre bientôt d ’écrire l’his­ toire de Tikal : par exemple, 2 souverains im portants se sont succédés, A (681 à 733) et B (733 à 768), A est un descendant du célèbre Storm y Sky

(15)

hig. 13 - Grande pyramide de Tikal.

Fig. 14 - Les 4 Dieux BACAB.

Fig. 15 - Stèle de Copan.

(16)

Fig. 17 - M aquette de Tikal.

(17)

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Fig, 18 - Uaxactum, L ’Observatoire,

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AZA O f G R O U P / z

Du point d ’observation, au-dessus duquel a été prise la photo ci-dessus, les 3 temples et les 2 stèles 19 et 20 donnent :

au centre la direction du lever du Soleil aux équi­ noxes (à l’Est),

à gauche au solstice d ’été (au N ord-Est),

à droite au solstice d ’hiver (au Sud-Est).

Les visées seraient gênées par la végétation actuelle.

Fig. 20 - Uaxactum.

(18)

qui fut intronisé 13 katuns avant lui ; ce n ’est sans doute pas un hasard car les Mayas pensaient que l’histoire doit se reproduire tous les 13 katuns (en effet, à la fin d ’un cycle de 13 katuns, 360 années sacrées, on retrouve la même date sacrée 13 Ahau).

Des fouilles récentes, commencées en 1982, ont mis en évidence des structures plus anciennes (du préclassique) m ontrant l’influence de Téoti- huacan et l’existence d ’un observatoire astronom ique.

VI - 9 - b - Uaxactun (Guatemala) (Peten, zone centrale). (Fig. 18 et 20)

C ’est un site de m oindre im portance que Tikal mais dont un ensem­ ble, com prenant une place centrale et 4 édifices, form ait aussi un observa­ toire où étaient matérialisées 3 directions de visées de levers de Soleil : à l’Est pour les équinoxes, au Nord-Est pour le solstice d ’été et au Sud-Est pour le solstice d ’hiver. Fouillé et restauré en 1985, le site d ’Uaxactun a tendance à être à nouveau envahi par la forêt.

VI - 9 - c - Piedras Negras (Guatemala) (Peten, zone centrale).

Célèbre pour ses belles sculptures commémorant la fin de tous les quarts de katuns (18(X) j) pendant 200 ans (de 608 à 810), ce site im portant pré­ sente des lignes de référence exactement orientées vers les points cardinaux. Piedras Negras possède 35 m onum ents datés dont les stèles ont fait pro­ gresser la connaissance des glyphes ainsi que 8 bains de vapeur. Mais le site, d ’un accès très difficile, se perd de plus en plus dans la forêt tropicale.

VI - 9 - d - Bonampak (Mexique) (zone centrale). (Fig. 16)

Ce site possède une acropole p ourtant modeste mais qui présente un intérêt exceptionnel par la beauté de ses peintures murales : elles relatent une bataille et ses suites vesr l’an 800. D ’ailleurs Bonam pak signifie “ murs peints” .

VI - 9 - e - Palenque (Mexique) (Chiapas, zone centrale).

Considéré comme le plus beau des centres mayas, Palenque est dans un site incomparable, au pied de basses collines, dans une magnifique végé­ tation tropicale. Du haut de ses vastes esplanades on dom ine la plaine très verdoyante dont l’un des nom breux cours d ’eau a été capté dans un aque­ duc souterrain à voûte en encorbellement et conduit sous le Palais com­ plexe le plus im portant du site. (Fig. 19)

L ’originalité de Palenque réside dans ses merveilleuses sculptures et dans son architecture. Les traditionnelles stèles mayas sont abandonnées au béné­ fice de magnifiques panneaux finement sculptés à l’intérieur des édifices. A l’extérieur, les artistes de Palenque ont excellé dans le travail du stuc avec un code des couleurs bien précis : peau des hommes en rouge, celle des dieux en bleu etc...

(19)

L’architecture présente une harm onie et une délicatesse exceptionnel­ les : à la différence de Tikal où les crêtes faitières massives reposent sur la partie arrière de l’édifice, ici, elles sont plus légères, à clairevoie et dispo­ sées au centre du toit. Tout en conservant les voûtes en encorbellement, les structures sont élargies et les pièces plus “ habitables” avec parfois d ’élé­ gantes ouvertures en forme de T ou de croix.

Le complexe du Palais, véritable labyrinthe, est dominé par une tour carrée à 4 niveaux qui fut vraisemblablement un observatoire car on y trouve le glyphe de Vénus peint sur l’un des piliers. (Fig. 21)

Le Temple des Inscriptions, placé sur une pyramide de 20 m de haut, renferm ait 3 grands panneaux gravés de 620 hiéroglyphes portant sur une dizaine de katuns ju sq u ’en 692. Une dalle du sol s’étant révélée amovible permit de découvrir en 1952 un extraordinaire escalier voûté conduisant, dans les profondeurs de la pyramide, à la plus somptueuse Cryte Funéraire du m onde maya. Avec ses 9 m de longeur et 7 m de hauteur, elle renferme de m agnifiques bas-reliefs en stuc et une énorme dalle sculptée recouvrant le sarcophage monolithe qui contenait les restes et les bijoux du Seigneur Pacal (Bouclier du Soleil) m ort en 683 après avoir régné 68 ans sur Palen- que. (Fig. 22)

Trois temples-pyramides furent construits également en 683 pour com­ mémorer l’accession au trône du Seigneur Chan-Balhum (“ Serpent-Jaguar” ) successeur de Pacal :

- Le Temple du Soleil, renfermant le masque du Dieu Jaguar du Monde Souterrain (aspect nocturne du Soleil) ; (Fig. 23)

- Le Temple de la Croix ;

- Le Temple de la Croix Feuillue.

Beaucoup d ’autres constructions sont maintenant enfouies dans l’enva­ hissante forêt tropicale.

VI - 9 - f - C opan (H onduras) (zone centrale). (Fig. 24 et 15)

Ce site particulièrement riant, qui forme avec Tikal et Palenque le “ Triangle Maya Classique” , réunit le plus grand nombre de stèles, de m onu­ ments sculptés et de statues du m onde m aya, et com porte de somptueuses inscriptions du plus haut intérêt. Ce fut sans doute le centre culturel et astro­ nom ique m aya le plus actif et l’on a pu dire que C opan fut “ l’Alexandrie du m onde m aya” .

Les sculpteurs de Copan furent servis par une pierre verte volcanique, l’andésite, meilleure que le calcaire des autres sites mayas. Ils réalisèrent des hauts-reliefs et des statues au modelé extraordinaire (qui rappelle un peu l’art olmèque). Des personnages se détachent de leurs stèles, leurs autels représentent des anim aux fantastiques et leurs m onum ents foisonnent de sculptures (il s’en dégage une sensualité qui confine au baroque) : ce sont des temples sur des esplanades et des escaliers im posants comme l’Escalier Hiéroglyphique aux 63 marches. Les 2500 glyphes de cet escalier révèlent

(20)

une trentaine de dates entre 544 et 744. A utour de la G rand-Place et de rA cropole sont groupés de nombreux édifices dont quelques temples riche­ ment décorés et des jeux de balle avec “ m arqueurs” de pierre en têtes d ’aras.

Les progrès récents réalisés sur le décryptage des glyphes font que l’on connaît m aintenant les 16 souverains qui se sont succédés à C opan. On leur donne des noms fictifs inspirés des glyphes, par exemple : “ Fumée-Singe” , “ Fumée-Coquille” , “ Fumée-Imix” (glorieux de 628 à 695), “ Dix-FIuit- L apin” (son successeur malchanceux décapité par le souverain de Quiri- gua) et le dernier “ Yax-Pac” (763 à 820).

Les fouilles continuent et une équipe du CNRS cherche à interpréter la pensée des Mayas et leur vision du m onde par l’étude des “ images de C opan” (sculptures et statues) et de l’architecture.

Toujours est-il que C opan a été longtemps un très actif centre intellec­ tuel maya et ce sont ses glyphes qui nous ont révélé certains étonnants suc­ cès astronom iques comme la durée de l’année tropique (365,2420 j.) et les mouvements apparents de Vénus et de la Lune.

En particulier, c’est à C opan que sont apparues sur les stèles, à la suite du Com pte Long, les “ Séries Lunaires” qui constituent un complément d ’exactitude chronologique. Il semble que de véritables congrès astronom i­ ques se soient tenus à C opan au 8' siècle. D ’ailleurs, sur le site, des aligne­ ments de stèles et de fines ouvertures dans les temples jalonnent beaucoup de directions d ’intérêt astronom ique.

VI - 9 - g - Quirigua (Guatemala) (zone centrale).

Le site de Quirigua révèle des stèles (5 à 10 m) et des monolithes “ zoo- m orphes” (4 m de long) encore plus grands q u ’à C opan mais moins raffi­ nés. Le style de certains glyphes de “ corps entiers” est unique dans le monde maya. En 1975 on mit à jo u r un m ur de 23 m orné d ’une magnifique mosaï­ que représentant le dieu Soleil (Kinich Achau). La dynastie de Q uirigua est également connue grâce aux stèles.

VI - 9 - h - Originalité de la zone septentrionale du Yucatan.

En sim plifiant un peu, on peut dire que contrairem ent à l’aire centrale qui privilégie les sculptures aux courbes raffinées, les stèles, les glyphes, les monuments datés, l’aire septentrionale qui foisonne aussi de sites mayas, privilégie l’architecture dont la décoration utilise des motifs géométriques où domine la ligne droite dans une com position rigoureuse.

Ainsi, le style PUUC s’est affirmé sur le site d’Uxmal (NE du Yucatan).

Ce site est l’un des triom phes de la civilisation m aya par la perfection de ses façades avec leurs parem ents faits de très fins carrés de placage en calcaire, leurs pierres en forme de crochets, leurs corniches décorées, leurs colonnes et leurs figures de serpent-ciel aux longs nez en forme de trom pe.

(21)

Fig. 21 - P A LE N Q U E . Le Palais et la Tour observatoire.

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(22)

Fig. 22 - P A L E N Q U E . L e Temple des Inscriptions.

(23)

Dominé par la G rande Pyram ide aux 9 niveaux et par la Pyram ide du Devin au soubassement elliptique et à la porte du temple en forme de gueule béante du dieu C hac, le site com porte essentiellement : (Fig. 25 et 26)

- Le Quadrilatère des Nonnes : ensemble harmonieux de 4 construc­ tions rectangulaires autour d’une cour intérieure, dont les façades sont ornées de mosaïques représentant des huttes à toit de chaume stylisées ;

- Le Palais du Gouverneur, sommet du style PU U C avec ses trois p ar­

ties séparées par 2 passages à voûte en encorbellement et sa frise en m osaï­ que très complexe, harm onieux ensemble de crans, de grecques, de losan­ ges et de masques de serpent-ciel. Le glyphe de Vénus, sculpté sur la façade, suggère que ce palais fut dédié au culte des planètes. D ’ailleurs, des orien­ tations astronom iques ont été observées en différents points du bâtim ent.

- La maison des Tortues à l’architecture harmonieuse ; - Un Jeu de balle com portant des “ bu ts” en anneau de pierre.

D ’autres constructions complètent le site avec un cimetière et plusieurs citernes et bassins pour recueillir l’eau de pluie : en effet, le site ne com­ porte ni cours d ’eau (comme l’ensemble du Yucatan septentrional), ni puits naturel.

Du fait de l’absence de m onum ents datés on a longtemps pensé q u ’Uxmal était postérieur à l’époque classique, et c’est la datation au radio- carbone qui a permis de préciser la chronologie : pour un linteau de bois d ’un temple de l’intérieur de la pyramide du Devin ( F ' structure) on a trouvé 569 ± 50, pour des linteaux du Q uadrilatère des Nonnes on a trouvé 893

± 100 et 653 ± 100.

O n pense q u ’Uxmal a été édifié entre 600 et 900.

Parm i les nom breux sites de la zone septentrionale, on peut citer : - Labna et son “ arche” , audacieuse voûte en encorbellement faisant com m uniquer deux vastes cours ; (Fig. 28)

- Sayil dont la façade du Palais présente des colonnes alternant avec de simples portes, avec, au-dessus, des m otifs serpentiformes et des m as­ ques de Chac ;

- et Kabah dont l’énorm e façade de l’édifice appelé “ Codz P o o p ” (Natte Enroulée) est ornée d’une multitude de masques (près de 300) ; l’édi­ fice com porte 2 rangées de 5 chambres à voûte en encorbellement et est sur­ m onté d ’une crête faîtière à claire-voie.

VII - L ’EFFONDREMENT DE LA CIVILISATION CLASSIQUE MAYA.

On peut suivre cet effondrem ent par le nom bre de cités érigeant des m onum ents datés à la fin d ’un katun : en 790, 19 cités ; en 810, 12 cités ; en 830, seulement 3 m onum ents datés ! L ’interruption s’est faite à C opan en 801, à Piedras Negras et Q uirigua en 810, à Tikal en 869, à U axactun en 889 etc.

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Fig. 25 - U X M A L . Jeu de balle.

Quadrilatère des Nonnes. Pyram ide du Devin.

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Fig. 26 - U X M A L. Quadrilatère des Nonnes.

(25)

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(26)

Le débat sur les causes de l’effondrem ent n ’est pas clos. On a envisagé des fléaux naturels (sécheresse, inondations, séismes, épidém ie...) et des fléaux “ humains” (surpopulation, épuisement des sols, invasions, militarisme crois­ sant illustré à Bonam pak en 792, “ jacquerie” avec destruction de la classe dirigeante...). En 1974, G ordon Willey a proposé une autre hypothèse : prise au piège de ses propres oracles, l’élite intellectuelle m aya aurait plié bagage devant l’échéance d ’un 13' katun (où l’histoire “ recommence” ) ; c’est en effet en 534 q u ’eut lieu le début du “ hiatus” (défaillance passagère du 6 ' siècle), 13 katuns après (256 ans) soit en 534 -l- 256 = 790 aurait eu lieu le début de la défaillance “ prévue” , des circonstances néfastes auraient empêché le redressement et abouti à l’effondrement et à l’abandon des Cités- Etats. En tout cas, il s’agit “ de l’un des plus profonds échecs culturels de l’histoire hum aine” .

VIII - LES TOLTEQUES DE TULA ET DE CHICHEN ITZA, DERNIER SURSAUT DU GENIE MAY.

VIII - 1 - Influences réciproques entre Tula et Chichen Itza.

D ’après de récentes découvertes des archéologues, il semble q u ’un groupe Itza (branche maya du Tabasco qui développa Chichen Itza) s’aven­ tu ra ju sq u ’à Tula dont il influença l’art Toltèque. Puis ce fut le retour à Chiche Itza sous la conduite de Quetzalcoatl-K ukulcan accom pagné d ’une élite et de guerriers Toltèques. Il semble que cette “ occupation” , pacifique “ au début, devint de plus en plus astreignante du fait du militarisme toltèque.

VIII - 2 - Tnla, capitale toltèque. (Fig. 27 et 29)

Créée par les Toltèques, Indiens belliqueux venus du N ord, T ula com ­ bla le vide provoqué par la disparition de Téotihuacan.

Le site de Tula, d ’où l’on a une belle vue sur la vallée et les m ontagnes environnantes, est caractérisé par des Atlantes et des piliers devant suppor­ ter les charpentes en bois des toitures, des banquettes décorées, des Chac- Mool (sculpture représentant un personnage à demi couché sur le dos tenant un plat destiné à recueillir du sang ou des cœ urs hum ains) et des frises de reliefs où l’on voit des jaguars, des pum as ainsi que des aigles et des vau­ tours tenant des cœ urs humains dans leurs serres (les sacrifices humains étaient très fréquents chez les Toltèques).

L ’architecture toltèque était imprégnée du culte de Quetzalcoatl, “ le Serpent à Plum es” , que l’on retrouve dans beaucoup de sculptures.

En plus de divers palais, on trouve les vestiges du temple dédié à “ l’étoile du m atin” , Vénus qui dans cette phase était identifiée au dieu de la guerre et des sacrifices hum ains. On peut voir la pyramide de 5 étages ornés de dalles sculptées, qui supportait le tem ple, les A tlantes représentant le dieu Quetzalcoatl qui, orientés vers le Sud, soutenaient le toit, ainsi que les colon­ nes représentant des serpents à plumes ou des guerriers toltèques.

(27)

BORDEREAU D’ENVOI

1991

1992

POUR UN ISOLE OU UN RETRAITE

A remplir par l'amicaiiste

POUR UN ÉTABLISSEMENT

A remplir par le correspondant (1) ETABLISSEMENT D énom ination a b r é g é e e x a c te (ex. L.T.N.G.) Nom le c a s é c h é a n t ' N° d e té lé p h o n e A d re sse C o d e p o stal - Ville A cad ém ie N om d e l'iso lé ou du c o rre s p o n d a n t A d re s se p e rso n n elle M., M me, Mlle M. Mme Mlle

NOM (en cap itales) e t prén o m u su el

NOM d e je u n e fille

F o n ctio n s a c tu e lle s

S ectio n P rom o C o tisatio n + a b o n . tarif réd. Soli­ d arité 1 9 0 F 1 7 0 F • 7 7 c OTAUX ...

... co tisatio n s à 1 7 0 F OTAL GÉNÉRAL ... u report

(1) Indiquer p a r o r d r e a l p h a b é tiq u e in té g r a l le s a m icalistes ou non en fonction d a n s l'E ta b lisse m e n t a u 1^ ou au S erv ic e N ational.

(28)

Mentionner ci-dessous toutes informations, critiques et suggestions susceptibles d ’intéresser la vie de l’amicale :

— Mutations (préciser en observations : arrivée ou départ et, si possible, établissement ancien ou établissement nouveau).

— Retraite (indiquer si possible adresse de retraite). — Cas particuliers (détachement, disponibilité,...). — Mariages, naissances, décés.

Merci pour votre précision.

M Mme Mlle

Nom Prénom

usuel

Section Promo Observation

)

Renvoyer le présent bordereau, dès que possible à

M. RESSAYRE M aurice, 10, ru e A u g u ste Renoir

78860 SAINT-NOM-LA-BRETÊCHE

accompagné d ’un ou des chéques(s) bancaire ou d ’un ou des chèques(s) de virement postal établi à l’ordre de ;

A SS ANC ÉLÈVES ENSET ET ENS CACHAN OOP PARIS 5488-99 K

du montant correspondant au total général calculé au verso soit ...

l e ... Le correspondant

(29)

Amicaliste □ Non Amicaliste □

1991-1992

En Activité □ Isolé □

Retraité □ Groupe d’Etab. □

NOM... PRÉNOM (usuel)... NOM de jeune fille...

S ectio n ... Prom otion...

Nom et adresse de l’établissement d’exercice...

Fonction ex e rcé e.

Fiche à remplir avec soin recto-verso par tous les anciens élèves d e l’ENSET.

Les cotisations sont recueillies :

— par le correspondant d ’établissem ent qui les transmet au trésorier, — par le trésorier lui-même pour les Isolés.

Pour la mise à jour du fichier et l’annuaire on considère qu’un établissem ent est le lieu dans lequel est donné un enseignement (Lycée, Collège, Département d ’I.U.T., Université, Grande école...) et où exercent au moins 2 anciens élèves de l’E.N.S.E.T. ou de l’E.N.S. de CACHAN.

La mise à jour de l’annuaire est effectué à partir du BORDEREAU D’ENVOI aussi bien pour un établissement, qu’un retraité ou un isolé.

La mise à jour du fichier d ’expédition est effectué à partir de la FICHE CI-DESSUS (recto-verso).

Sont considérés comme isolés, les retraités, les personnels d’inspection, ou d’administration ministérielle, académique ou départementale, les professeurs du C.N.E.D.

L’envoi des bulletins et des annuaires sera désormais effectué chez l’amica- liste à son a d re sse personnelle (diminution de nos frais d ’expédition par la tarifi­ cation “envoi en nombre”).

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F ic h e à re m p lir a v e c s o in r e c to - v e r s o p a r to u s le s a n c ie n s é l è v e s d e l'E N S E T .

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A d r e s s e d e n o tr e TR ESO R IER

M. Maurice RESSAYRE

10, rue A uguste Renoir

78860 SAINT-NOM-LA-BRETÊCHE

NOM

Chèque : Bancaire Postal

M o n ta n t...

Mode de Paiem ent

Section Promo

ASS ANC ELEVES ENSET ET ENS CACHAN

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Fig. 28 - L A B N A . Voûte M aya.

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Le site com porte encore 2 jeux de balle et quelques temples et palais disposés autour de 2 places. On trouve en particulier un m ur décoré sur ses 2 faces d ’une frise de serpents dévorant des squelettes humains. Les Tol- tèques n ’étaient pas particulièrem ent “ rigolos” !

VIII - 3 - Chichen Itza, immense site-maya-toltèque (300 ha).

Le site est installé à proxim ité de 2 cenotes (puits naturels formés par l’effondrement d ’une voûte calcaire), seules réserves d ’eau possibles au Yuca­ tan septentrional.

D ’ailleurs Chichen Itza signifie “ au bord du puits Itza” .

Existant déjà modestement à l’époque classique maya, mais abandonné à la fin du 7 ' siècle, Chichen Itza ne connut son essor q u ’après l’invasion toltèque et l’arrivée de Quetzalcoatl-Kukulcan, souverain divinisé. Bien que fondamentalement maya, son architecture incorpora des éléments d ’origine toltèque : colonnes, piliers. A tlantes, Chac-M ool et diverses divinités mexi­ caines (Quetzalcoatl, Tlaloc dieu de la pluie, etc.)

L ’entrée principale du site donne sur une immense esplanade où l’on trouve de magnifiques m onum ents, c’est la partie N ord du site (la moins ancienne) entre les 2 cenotes.

- Le Castillo où Pyramide de Kukulcan (hauteur 30 m) avec ses 9 éta­

ges et ses 4 escaliers rayonnants de 91 marches aboutissant au temple voûté qui s’ouvre vers le N ord avec 2 colonnes serpentiform es. On peut rem ar­ quer que si l’on ajoute “ l’em m archem ent” du temple aux 4 x 91 = 364 marches d ’escalier on trouve 365 degrés (comme l’année solaire). D ’ailleurs, aux équinoxes, le Soleil donne un spectacle exceptionnel pendant les 3 der­ nières heures qui précèdent son coucher : en effet, sur la face N ord, les 2 rampe de l’escalier se terminent par 2 énormes têtes de serpent, et, aux équi­ noxes, les rayons du Soleil déclinant, graduellement interceptés par les angles des massifs de la pyramide, donnent du côté de la ram pe Ouest de l’escalier des triangles qui partant du sommet vont rejoindre la tête du serpent de la base ; pendant une dizaine de minutes le phénom ène concerne toute la hauteur de la pyramide puis reflue vers le haut lorsque le Soleil achève sa course ; c’est comme si le corps ondoyant et immatériel du serpent avait fait un étrange et silencieux aller et retour le long de la pyramide. Certains auteurs pensent que cela devait symboUser la descente sur Terre de Kukul­ can et sa remontée vers le ciel. C ’est le décalage d ’une vingtaine de degrés vers l’Est de la base de la pyramide par rapport aux points cardinaux qui permet ce phénom ène (coupde chance ?).

Remarque : Il existe une 2' structure plus ancienne, interne à la précédente,

com portant aussi une pyramide à 9 étages et un temple voûté avec des déco­ rations où serpents et jaguars dom inent. (Fig. 32)

- Le Grand Jeu de balle, (il y en a 9 sur le site). (Fig. 35)

Ce jeu rituel, symbolisant la marche du Soleil, consistait à faire passer une grosse balle de caoutchouc (1,5 kg et 20 cm de diamètre) dans un anneau

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de pierre sans l’aide des mains ; la vie des joueurs dépendait souvent de l’issue de la partie. De grands panneaux de pierre illustrent en bas-reliefs la décapitation d ’un perdant et m ontrent 2 équipes de 7 joueurs. On dénom ­ bre sur les différents panneaux 4 Mayas décapités et 2 Toltèques seulement !

- Le Temple des Guerriers.

Sa structure intérieure plus ancieime constitue le Temple du Chac-Mool orné de belles peintures murales et de bas-reliefs où les personnages mayas semblent plus nom breux et non soumis. P a r contre, la structure extérieure plus récente (Temple des Guerriers proprem ent dit) révèle dans ses peintu­ res murales des Mayas soumis et même sacriFiés entourés de nombreux guer­ riers toltèques triom phants : ceci montre la détérioration des relations mayas- toltèques entre les 2 constructions.

Le grand Temple, sur la haute plate-forme à 4 étages décorés de jaguars et d ’aigles tenant des cœ urs humains (culte du guerrier Jaguar-Aigle), était préalablement voûté mais il ne reste plus que les colonnades supports sculp­ tées de guerriers toltèques et les 2 colonnes serpentiformes de l’entrée.

La façade est richement décorée de m asques de C hac (dans sa version “ N arigon” : dieu au grand nez) et de portraits de Quetzalcoatl-K ukulcan sous form e “ d ’hom m e-oiseau-serpent” .

- Le Tzompantli ou mur des crânes (Plateforme des sacrifices).

Exemple typique du m acabre répertoire toltèque, “ décorée” de files de crânes humains et de guerriers toltèques à corps en squelettes, cette struc­ ture renferm ait aussi 2 crânes (sans doute de victimes sacrifiées).

- Le Temple de Vénus : petite plate-form e avec glyphe vénusien.

- La Plate-forme des Jaguars et des Aigles, (ordre militaire du Jaguar-Aigle).

- Le Cenote Sacré. (Fig. 33 et 34)

Lieu de cérémonies et de pèlerinages, ce puits naturel de plus de 50 m de diam ètre, d ’une quarantaine de mètres de profondeurs, contenant 16 à 17 m d ’eau verdâtre, était en relation avec l’oracle associé au culte de l’eau et à la pluie (dieu Chac). O n y découvrit de nom breux et beaux objets jetés comme offrandes mais aussi des squelettes de sacrifiés.

D ’autres temples et colonnes com plètent l’ensemble Nord. L ’ensem­ ble Sud, parm i de nombreuses structures plus anciennes, com porte l’obser­ vatoire :

- Le Caracol. Cet observatoire astronom ique est form é d ’une to u r de

11 m de diam ètre s’élevant sur une double plate-form e. O n accède à l’inté­ rieur de la tour par 4 portes droites ; 2 corridors annulaires voûtés très étroits entourent la partie centrale qui renferm e l’escalier en colimaçon (caracol) conduisant à la cham bre d ’observation. Actuellement délabrée, elle com ­ portait une porte et 7 orifices rectangulaires très étroits permettant des visées astronom iques précises concernant les solstices, les équinoxes et des posi­ tions extrêmes de la Lune et de Vénus. (Fig. 30 et 31)

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Fig. 32 - C hichen Itza. L e Castillo.

Fig. 33 - C hichen Itza. L e C enote Sacré.

Fig. 34 Sur un disque d ’or repêché dans le C enote Sacré.

Fig. 35 - C hichen Itza. B as-relief du G rand Jeu de balle. Scène de décapitation.

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Chichen Itza fut la dernière m anifestation du génie artistique et astro ­ nom ique des Mayas.

IX - EPILO G U E.

Après la chute de Chichen Itza au début du 13' siècle et la perte du Com pte Long au bénéfice du “ C om pte co u rt” beaucoup moins rigoureux, M ayapan entourée de son vaste m ur défensif, tenta en vain de renouer avec les coutumes mayas. M ayapan s’effondra à son tour un siècle avant la con­ quête espagnole du Yucatan (privé de pouvoir central) qui s’acheva en 1542. P ar contre, sur le haut plateau mexicain central, après diverses inva­ sions, les Aztèques (encore plus sanguinaires que les Toltèques) finirent par s’imposer et créèrent au 15' siècle un vaste et puissant empire.

Leur capitale M exico-Tenochtitlan opposa une forte résistance aux Espagnols qui eurent beaucoup de mal à la conquérir en 1521... mais ceci est une autre histoire.

Bibliographie

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Les M aya. Mille ans de splendeur d ’un peuple par Michael Coe. (A rm and Colin 87).

Que sais-je ? (1734). Les Mayas par Paul G endrop. (P .U .F . 1985). Teotihuacan, la cité des dieux par A drian Garcia Valadés. (G.V. 1989). Uxmal par A lfredo Herrera Rubio. (Inah-Salvat 1985). (en anglais) Chichen Itza par William J. Folan. (Garcia Valadés 1987).

Musée National d ’Anthropologie (Mexico) par Silvia Gomez Tagle. (G.V.). (1989).

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L ’écriture maya déchiffrée par H . de Saint Blanquat (1990). Science et Vie :

Décembre 89 : p. 84. La langue maya a livré ses mystères par A. Dorozynsky. L ’A stronom ie (SAF) :

Ephémérides 1990. Ephémérides 1991.

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