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3. Caso de Estudo

3.1. Materiais

3.1.1. Caracterização da Unidade de Reciclagem

3.1.1.3. Equipamento da Pedreira

 Perfuradora AtlasCopcoRoc D5-11, Potência 117kW, Figura 10;

 Moinho de maxilas Sandevik JM1312HD, Potência 160kW, Figura 8;

 Moinho cónico Nordberg HP400, Potência 315 kW, Figura 9;

 Moinhos cónicos Nordberg HP300, Potência 200 kW

 3 Crivos, Potência 30 kW cada, Figura 11;

 Dumper Caterpillar 769D, Potência 365 kW, Figura 14;

 Pá Carregadora Caterpillar 980G, Potência 224 kW, ;

 Escavadora giratória DoosanDx 480LC, Potência 248 kW, Figura 12;

 Camião Volvo FMX D11C450, Potência 332kW;

Figura 8- Moinho de maxilas

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Figura 9 - Moinho cónico Nordberg

Figura 10- Perfuradora Atlas

32

Figura 11– Crivo

Figura 12 - Escavadora Giratória

Figura 13 - Pá Carregadora Caterpillar

33

Figura 14- Dumper Caterpillar

Na Quadro 6, está resumida a fonte de energia do equipamento, bem como a energia incorporada e emissões de CO2, por kg de material. As tabelas de cálculo encontram-se em Anexo.

Fonte

Energia (kWh/Kg)

Energia (MJ/kg)

Coeficiente CO2

(kgCO2/KWh)

CO2

(KgCO2/kg) Perfuradora (Atlas

CopcoRoc D5-11) Gasóleo 0,000815 0,00293 0,253 0,0002063

Escavadora giratória

(DoosanDx 480LC) Gasóleo 0,000321 0,00115 0,253 0,000812

Dumper (Caterpillar

769D) Gasóleo 0,001983 0,00714 0,253 0,0005018

Linha de britagem

Electricida

de 0,0106 0,03824 0,157 0,0016681

Pá Carregadora

(Caterpillar 980G) Gasóleo 0,000615 0,00221 0,253 0,0001557

Total - 0,01436 0,05169 1,169 0,0026133

Quadro 6 - Resumo do EE e EC do equipamento da Pedreira

34 3.2. Métodos

Neste capítulo descreve-se a metodologia adoptada na dissertação trabalho, os dados necessários foram obtidos através de cálculo, ou através de estudos de referência feitos sobre os materiais em questão.

Para os cálculos da EE e EC dos materiais areia, água e cinzas volantes foram utilizadas as tabelas do Inventário de Carbono e Energia da Universidade de Bath, do Reino Reino Unido, versão 1.6a (Hammond & Jones, 2008).

Para o cálculo da EE, e EC, do agregado natural britado e reciclado, foi necessário conhecer os consumos de todo o equipamento inerente à execução do processo. O equipamento considerado foi rigorosamente igual ao presente nas instalações, quer da pedreira, quer da unidade de reciclagem. As conversões foram feitas através das tabelas de conversão (ConversionFactors, Carbon Trust), uma adaptação de uma publicação do Department of Environment, Foodand Rural Affairs.

No que respeita ao cimento, foi utilizado o relatório de sustentabilidade da SECIL Outão de 2008, em que vêm referido EE e EC necessário à sua produção.

As emissões de CO2 inerentes à energia eléctrica utilizada foram contabilizadas através do “relatório e contas 2009”, da EDP. Este dá-nos o valor exacto das emissões de CO2 emitido para a produção da energia eléctrica, referente a Portugal.

Não foram contabilizadas as emissões de CO2, nem a energia necessária para produzir os produtos auxiliares, tais como: equipamentos, explosivos, consumíveis inerentes à utilização dos equipamentos. A contabilização destes seria extrapolar o objectivo do estudo, abrindo variáveis ao sistema difíceis de controlar e contabilizar, que envolviam a dependência de demasiados factores.

O âmbito do estudo não englobou a aplicação do betão, no entanto é importante referir que no processo de hidratação do betão há emissões significativas de CO2, que num estudo mais abrangente aumentaria as emissões.

35 3.2.1. Composições dos. Betões

Para este estudo foram escolhidas 4 composições de betões, sendo todas elas utilizadas na região. O cimento utilizado em todas as composições foi o CEM II/A – L 42,5 R.

Consideraram-se dois betões sem nenhuma adição de cinzas volantes e dois com a incorporação de cinzas volantes, cujas classes de resistência são C20/25 e C35/45, de acordo com a Quadro 7.

Quadro 7 - Composições dos Betões de referência

A partir das composições da Quadro7, procedeu-se à substituição dos agregados grossos por agregados reciclados grossos, nas proporções de 10%, 20%, 30% e 100. Optou-se por 10%, 20% e 30%, visto que segundo a revisão bibliográfica quando ultrapassados estes valores a classe de resistência do betão diminuí.

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Os valores das composições com substituição podem ser observados no Quadro 8 a 11.

Quadro 8 - Betão C20/25 (35%cinzas)

RCD 0% RCD 10% RCD 20% RCD 30% RCD 100%

Quadro 10 - C35/45 (35%cinzas)

RCD 0% RCD 10% RCD 20% RCD 30% RCD 100%

Para cada um destes betões serão efectuados os cálculos da EE e EC.

37

Para este estudo os valores dos betões sem RCD´s servem como referência para as restantes composições. As composições com incorporação de RCD´s, encontram-se nas tabelas em Anexo.

Também é importante referir que a utilização dos agregados reciclados, irá diminuir as resistências das composições, segundo os estudos abordados na revisão bibliográfica, pelo que para poder ter as resistências pretendidas com agregados reciclados, implica os aumentos do teor em ligante, sendo que este não foi contabilizado. No estudo assumiu-se que as resistências não decresciam com a substituição do agregado.

3.2.2. Transporte

Além dos cálculos de EE e EC para os materiais, também são considerados os seus valores para o transporte.

Neste estudo, foi considerada a distância média da proveniência de que cada material, desde a sua extracção até à central de Betão Pronto. É importante referir que a distância considerada, representa um ciclo, na qual o veículo terá de ir e voltar, pelo que os quilómetros contam a dobrar.

3.2.3. Custos

Um dos pilares do desenvolvimento sustentável contempla a parte económica, por isso é interessante fazer uma análise de custos dos betões com incorporação de resíduos de construção e demolição.

Nesta análise vão ser utilizados os mesmos parâmetros e fronteiras da análise da sustentabilidade, permitindo fazer um paralelismo com as componentes ambientais dos betões em estudo.

Deste modo, é definido como fronteiras o custo da fabricação das matérias-primas, (britas, areias, cimento, agregado reciclado, cinzas volantes) e o transporte à central de Betão. Extrapolar esta fronteira, não iria acrescentar interesse aos parâmetros seleccionados no estudo, visto que os custos de fabricação do betão serão iguais para quaisquer composições, após entrada do material na central.

38

Os valores considerados para o material e transporte, servem apenas como referência, pois existem variáveis difíceis de contabilizar para um estudo desta característica. Factores como o IVA, ou descontos por quantidades, variações nos custos dos combustíveis, custos indirectos associados aos equipamentos ou inflação anual.

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4. Resultados obtidos

Neste capítulo são apresentados os resultados referentes a cada uma das composições em estudo.

4.1. Composições dos betões

No Quadro 12 - Consumo de Energia do Emissões de CO2 do material, estão apresentados os consumos de energia e emissões de CO2, associados a cada material, bem como a respectiva fonte onde os valores foram identificados.

Consumo de Energia material (Mj/kg)

Emissões de CO2

mateiral(KgCo2/kg) Fonte Cimento CEM

Quadro 12 - Consumo de Energia do Emissões de CO2 do material

Verifica-se que o cimento é o principal responsável pelo consumo de Energia por kg e emissões de CO2.

40 4.2. Transporte

Na Quadro 13, são indicados os consumos por kg, associados a cada material e respectiva distância que os mesmos terão de percorrer, na Quadro 14 estão apresentadas as emissões de CO2, por kg, associadas ao material.

Transporte

Quadro 13 - Consumo de Energia no Transporte dos materiais

Transporte

Quadro 14 - Emissões de CO2 do transporte dos materiais

‡‡ Fonte: Transportation Energy Data Book, Edition 29, EUA 2010

§ Fonte: Sustainability Report, DB Mobility Networks Logistics, 2009

41

Assim, pudemos observar no Gráfico 9 - Consumo de Energia incorporada no transporte por material (%) e no Gráfico 10 - Emissões de CO2 no transporte por material (%), que as cinzas volantes apresentam 37% das emissões e consumo energético, seguido do cimento com 30%, da areia grossa com 25% e do agregado britado 4%, estes valores prendem-se com as distâncias nas quais os materiais têm que percorrer até ao local onde será produzido o Betão.

Gráfico 9 - Consumo de Energia incorporada no transporte por material (%)

Também se pode observar que os valores de Energia e emissões CO2 são iguais, isto deve-se à fonte de energia utilizada no, transporte Rodoviário, nomeadamente o Gasóleo, o que faz com que estes dois parâmetros sejam directamente proporcionais.

30%

4% 37%

4%

25%

0%

Consumo de Energia Transporte

Cimento CEM II/A -L42,5 R Cinzas Volantes Agregado natural britado Agregado reciclado

areia grossa Água

42

Gráfico 10 - Emissões de CO2 no transporte por material (%)

Constata-se que o transporte assume valores de EE e EC, que não devem ser negligenciados.

4.3. Custos

No Quadro 15, estão apresentados os custos (€/ton), de cada um dos materiais que fazem parte das composições dos betões, este encontra-se dividido em Matéria-Prima e transporte. Os materiais que têm custos mais elevados são o cimento, seguidos das cinzas volantes. O que tem menor custo é o agregado reciclado. É interessante ver que o cimento é o que têm custos mais elevados como matéria-prima, no entanto, as cinzas volantes têm maior custo no que respeita ao transporte.

O mesmo acontece com o agregado grosso, em que o custo da matéria-prima da matéria reciclada é menor, mas tem um custo de transporte superior ao do agregado natural britado.

30%

4% 37%

4%

25%

0%

Emissões de CO

2

Transporte (%)

Cimento CEM II/A -L42,5 R Cinzas Volantes Agregado natural britado

Agregado reciclado areia grossa Água

43

Custo (€/ton)

Matéria-prima Transporte Total

Agregado Natural Britado 6,35 2,4 8,75

Agregado reciclado 2 3 5

Areia 6,7 3,5 10,2

Cimento 103,45 8,75 112,2

Cinzas volantes 32,6 11,95 44,55

Quadro 15 - Custo do material e transporte

Na Quadro 16, estão apresentados os custos das várias composições de betões, com as diversas percentagens de substituição de agregado natural por agregado reciclado. As quantidades foram as utilizadas anteriormente, presentes nas Quadro 8, 9, 10 e 11, para cada composição.

Custo (€)por m3 RCD 0% RCD 10% RCD 20% RCD 30% RCD 100%

C20/25 (35%cinzas) 43,75 43,35 42,95 42,55 39,76

C20/25 (0% Cinzas) 43,08 42,72 42,35 41,99 39,43

C35/45 (35%cinzas) 52,00 51,64 51,28 50,91 48,36

C35/45 (0% Cinzas) 56,74 56,40 56,05 55,70 53,28

Quadro 16 - Custo de várias composições de betão, com incorporação de diversas quantidades de RCD´s

44

5. Análise e discussão dos resultados

O Presente capítulo é destinado à análise e discussão dos resultados obtidos.

5.1. Energia Incorporada e Emissões de CO2 dos Betões

Na Quadro 17 estão presentes os valores de consumo de energia, para todos os materiais que compõem o betão. Esta tabela esta dividida em energia incorporada pelo material e energia responsável pelo seu transporte, acontecendo o mesmo para as emissões de CO2, na Quadro 18.

Quadro 17 - Síntese do consumo de energia por materiais

Emissões de CO2

reciclado 0,0028 0,0027 0,0055

Areia grossa 0,005 0,015 0,0201

Água 0 0 0

Quadro 18 - Síntese das emissões de CO2 dos materiais

Ao analisarmos os resultados dos materiais apresentados dos Quadros 14 e 15 em conjunto com cada um dos betões em estudo, podemos obter os resultados apresentados no Gráficos 11 ao Gráfico 30.

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5.1.1. Betão C20/25 com 0% Cinzas Volantes

No Betão C20/25 sem cinzas volantes (Gráfico 11), o cimento é o material que apresenta mais energia incorporada com aproximadamente 615 MJ, seguido da areia grossa com 172,4MJ.Este facto está relacionado com a utilização da areia grossa em maiores quantidades. As emissões de CO2, seguem o comportamento idêntico ao da energia incorporada, com 141,8 KgCO2 emitida pelo cimento e 20,6 KgCO2 pela areia grossa.

Gráfico 11 - C20/25 (0% Cinzas) RCD 0%

Com a substituição de 10% dos agregados britados por reciclados (Gráfico 12), os números referentes ao cimento e areia ficaram iguais, mas o agregado britado reduziu a energia incorporada em 6,2 MJ, passando para 55,8 MJ. Quanto às emissões de CO2 houve aproximadamente uma redução de meio quilograma de CO2 emitido.

0 100 200 300 400 500 600 700

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

46

Gráfico 12 -C20/25 (0% Cinzas) RCD 10%

A mesma composição, mas com a substituição por 20% de agregados reciclados (Gráfico 13), resulta numa descida de 18,6MJ no agregado britado e com um impacto relativo do agregado reciclado que já possui 10,4 MJ. A emissão de CO2 por parte do agregado reciclado começa a ser significativa, com aproximadamente 1Kg de CO2 emitido. O agregado natural britado tem emissões na ordem dos 3,4Kg.

Gráfico 13 -C20/25 (0% Cinzas) RCD 20%

0 100 200 300 400 500 600 700

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

0 100 200 300 400 500 600 700

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

47

O betão com a substituição por agregados na ordem dos 30% (Gráfico 14), faz com que o consumo de energia do agregado britado passe para 43,4MJ e o agregado reciclado passa a ser responsável por 15,6 MJ da energia necessária para 1m3 daquela composição de betão. As emissões de CO2 dos agregados são 3,59kg e 1,6Kg, respectivamente para o agregado britado e para o agregado reciclado.

Gráfico 14 - C20/25 (0% Cinzas) RCD 30%

Com a substituição total do agregado britado (Gráfico 15), este deixa de ter expressão, pelo que o agregado reciclado passa a consumir 52,1 MJ e a emitir 5,3 KgCO2. Face ao valor de referência verifica-se que, com o agregado reciclado é necessária menos energia, mas ao invés, mais emissões de CO2.

0 100 200 300 400 500 600 700

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

48

Gráfico 15- C20/25 (0% Cinzas) RCD 100%

No Gráfico 16 podemos ver que a composição sem agregado reciclado, tem uma energia incorporada de 880 MJ, sendo que a composição que contem apenas agregado reciclado consome aproximadamente menos 10 MJ que a composição de referência, ou seja sem agregados reciclados.

Gráfico 16- Energia incorporada (MJ) C20/25 S3 (0% Cinzas) 0% RCD´s

No Gráfico 17 podemos ver que a composição sem agregado reciclado, tem umas emissões de CO2 de 167,5 kgCO2, sendo que a composição que contem apenas agregado reciclado consome 167,7 kgCO2 que a composição de referência, ou seja sem agregados reciclados.

49

Gráfico 17 - Emissões de CO2 (KgCO2) C20/25 S3 (0% Cinzas)

.

5.1.2. Betão C20/25 com 35% Cinzas Volantes

A diferença desta composição (Gráfico 18) em relação às referidas anteriormente está na utilização de cinzas volantes, na razão de 35%, sendo que as classes de resistência e de abaixamento são iguais. A incorporação de cinzas volante vai diminuir a quantidade de cimento necessária. Sendo que o cimento continua a ser o material preponderante a nível de consumo de Energia, com 549,2 MJ, seguido da areia grossa com 137,2MJ, do agregado britado, 67,8MJ, da água com 32,4MJ, por fim as cinzas volantes que requerem 20,9 MJ. No que respeita às emissões de CO2, o cimento emite 126,6Kg, seguido da areia grossa 16,4Kg, agregado britado 5,6kg e por fim cinzas volantes 3,4kg.

y = 0,209x + 167,5

167,5 167,55 167,6 167,65 167,7 167,75

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Emissões de CO2 (KgC02)

50

Gráfico 18- C20/25 (35%cinzas) RCD 0%

No gráfico 19 podemos ver que a substituição em 10% do agregado britado por agregado reciclado, não vai alterar a energia incorporada, nem as emissões de CO2, do cimento, cinzas volantes, areia grossa e água, no entanto, para o agregado britado à uma redução de aproximadamente 60,9 MJ, com emissões de aproximadamente 5,1kgCO2.No que concerne ao agregado reciclado este ainda não possui grande expressão nos totais.

Gráfico 19 - C20/25 (35%cinzas) RCD 10%

0 100 200 300 400 500 600

Energia incorporada (Mj) Emissões de CO2 (KgC02)

0 100 200 300 400 500 600

Energia incorporada (Mj) Emissões de CO2 (KgC02)

51

Com a substituição em 20% de agregados naturais por reciclados (Gráfico 20), verifica-se que os agregados naturais, passam a ter uma energia incorporada de 54,1 MJ e uma emissão de CO2 de aproximadamente 4,5 kg. O agregado reciclado tem um consumo de 11,4 MJ e emissões de aproximadamente 1,7 kgCO2.

Gráfico 20 - C20/25 (35%cinzas) RCD 20%

No gráfico 21 a composição incorpora 30% de agregados reciclados. Verifica-se um aumento significativo da importância que o agregado reciclado tem na energia incorporada, com valores na ordem do 17MJ e emissões na ordem dos 1,8 kgCO2, o agregado britado tem os valores de 47,4MJ e 3,9 kgCO2, respectivamente energia e emissões.

0 100 200 300 400 500 600

Cimento Cinzas Volantes

Agregado Britado

Agregado reciclado

areia grossa

Água

52

Gráfico 21 - C20/25 (35%cinzas) RCD 30%

A substituição total (Gráfico 22) do agregado britado faz com que o agregado reciclado seja totalmente responsável pela energia incorporada e pelas emissões, pelo que é respectivamente 56,9MJ e 5,8 kgCO2.Assim, o valor da energia está abaixo do valor de referência, no entanto nota-se um ligeiro aumento das emissões de CO2.

Gráfico 22 - C20/25 (35%cinzas) RCD 100%

0 100 200 300 400 500 600

Energia incorporada (Mj) Emissões de CO2 (KgC02)

0 100 200 300 400 500 600

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

53

No Gráfico 23, verifica-se que a composição de referência, tem uma energia incorporada de 807,6 MJ face aos 796,8 MJ, da composição apenas com agregados reciclados.

Gráfico 23 - Energia incorporada (MJ) C20/25 S3 (35% Cinzas)

No Gráfico 24, verifica-se que a composição de referência, tem umas emissões de CO2 de 152 kgCO2, face aos 152,2 kgCO2, da composição apenas com agregados reciclados.

Gráfico 24 - Emissões de CO2 (KgC02) C20/25 S3 (35% Cinzas)

y = -10,82x + 807,5

796 798 800 802 804 806 808 810

0% 20% 40% 60% 80% 100%

y = 0,228x + 152,0

152 152,05 152,1 152,15 152,2 152,25 152,3

0% 20% 40% 60% 80% 100%

54

5.1.3. Betão C35/45 com 0% cinzas Volantes

A composição referente ao Gráfico 25 tem como diferença das composições anteriores, o aumento da resistência à compressão. No entanto, pode assinalar-se que o cimento continua a ser o principal consumidor de energia, 1001,2 MJ e emissor de CO2, 230,8 kg. De seguida vem a areia grossa, com 155 MJ e 18,6 kgCO2, e o agregado britado com 58,8 MJ e 4,9 kgCO2, por fim vem a água com uma energia incorporada de 32,6 MJ. Para esta composição, não existem cinzas, nem agregados reciclados, como tal, não assumem nenhum valor.

Gráfico 25 - C35/45 (0% Cinzas) RCD 0%

No gráfico 26, para a composição com a substituição de 10% de agregados britados por reciclados, os valores de cimento, areia e água não vão ser alterados, no entanto o agregado britado passa a ter uma energia incorporada de 52,9 MJ e emissões de 4,4 kgCO2.O agregado reciclado ainda não tem grande expressão no consumo e emissões.

0 200 400 600 800 1000 1200

Energia incorporada (Mj) Emissões de CO2 (KgC02)

55

Gráfico 26 - C35/45 (0% Cinzas) RCD 10%

A substituição de 20% dos agregados britados por reciclados indicados no Gráfico 27, faz com que haja uma diminuição da energia incorporada de 11,7 MJ no agregado britado e 0,98 nas emissões de CO2. Os agregados reciclados já incorporam energia no valor de 9,9 MJ e emitem 1 kgCO2.

Gráfico 27 - C35/45 (0% Cinzas) RCD 20%

0 200 400 600 800 1000 1200

Energia incorporada (Mj) Emissões de CO2 (KgC02)

0 200 400 600 800 1000 1200

Energia incorporada (Mj) Emissões de CO2 (KgC02)

56

No Gráfico 28, a substituição dos agregados britados é de 30%, pelo que o agregado britado possui uma energia incorporada de 41,1 MJ e emissões de CO2 de 3,4 kg. O agregado reciclado assume um valor significativo com energia incorporada de 14,8 MJ e 1,5 kgCO2.

Gráfico 28 - C35/45 (0% Cinzas) RCD 30%

No Gráfico 29, esta apresentada a composição do betão C35/45 sem cinzas volantes, com a incorporação na sua totalidade de agregados reciclados, os agregados reciclados têm uma energia incorporada de 49,4 MJ e emissões de CO2

de 5,1 kg.

0 200 400 600 800 1000 1200

Energia incorporada (Mj) Emissões de CO2 (KgC02)

57

Gráfico 29 - C35/45 (0% Cinzas) RCD 100%

No Gráfico 30, podemos ver que a composição sem agregado reciclado tem uma energia incorporada de 1247,8 MJ, sendo que a composição que contem apenas agregado reciclado consome aproximadamente menos 9,4MJ que a de referência, ou seja 1238,4 MJ.

Gráfico 30 - Energia incorporada (MJ) C35/45 S4 (0% Cinzas) 0

200 400 600 800 1000 1200

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

y = -9,387x + 1247,

1236 1238 1240 1242 1244 1246 1248 1250

0% 20% 40% 60% 80% 100%

58

No Gráfico 31, podemos ver que a composição sem agregado reciclado tem umas emissões de CO2 de 254,2 kgCO2, sendo que a composição que contem apenas agregado reciclado consome aproximadamente menos 0,2 kgCO2, que a de referência, ou seja 254,4 kgCO2.

Gráfico 31 - Emissões de CO2 (KgC02) C35/45 S4 (0% Cinzas)

5.1.4. Betão C35/45 com 35% cinzas Volantes

A composição apresentada no Gráfico 32 corresponde a um betão da Classe C35/45, a diferença que este tem para com o anterior é que esta composição contém 35% de cinzas volantes. Não obstante, o cimento continua a ser o material que consome mais energia, com 743,8 MJ e emite 171,4 kgCO2, seguido da areia grossa com 133,6 MJ e 15,9 kgCO2, agregado britado com 61 MJ e 5,1kgCO2, água 30,6 MJ e por fim as cinzas volantes com 28,5 MJ e 4,6kgCO2.

y = 0,198x + 254,2

254,15 254,2 254,25 254,3 254,35 254,4 254,45

0% 20% 40% 60% 80% 100%

59

Gráfico 32 - C35/45 (35%cinzas) RCD 0%

O Gráfico 33 apresenta uma composição idêntica ao do gráfico anterior, no entanto com uma substituição de 10%, de agregado reciclado por agregado britado. Face à composição anterior, o cimento, cinzas volantes, areia grossa e água tem o valor de energia incorporada e emissões de CO2 igual ao valor de referência. O valor da energia do agregado britado, nesta composição, desce para 55,7 MJ e as emissões 4,6kgCO2.

Gráfico 33 - C35/45 (35%cinzas) RCD 10%

0

60

No gráfico 34 a substituição de 20% dos agregados britados por reciclados, faz com que haja uma diminuição da energia incorporada de 12,4 MJ no agregado britado e 0,53 nas emissões de CO2. Os agregados reciclados incorporam energia no valor de 10,4 MJ e emitem 1,1 kgCO2.

Gráfico 34 - C35/45 (35%cinzas) RCD 20%

No Gráfico 35, a substituição dos agregados britados é de 30%, pelo que o agregado britado possui uma energia incorporada de 43,3 MJ e emissões de CO2 de 3,6 kg. O agregado reciclado assume um valor significativo com energia incorporada de 15,6 MJ e 1,6 kgCO2.

0 100 200 300 400 500 600 700 800

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

61

Gráfico 35 - C35/45 (35%cinzas) RCD 30%

No Gráfico 36, está apresentada a composição do betão C35/45 com 35% cinzas volantes, com a incorporação na sua totalidade de agregados reciclados, os agregados reciclados têm uma energia incorporada de 52 MJ e emissões de CO2 de 5,3 kg.

Gráfico 36 - C35/45 (35%cinzas) RCD 100%

0 100 200 300 400 500 600 700 800

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

0 100 200 300 400 500 600 700 800

Energia incorporada (MJ) Emissões de CO2 (KgC02)

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Podemos ver no Gráfico 37, que a composição com 0% de substituição de agregados britados tem uma energia incorporada de 967,9 MJ, sendo que a composição com 100% de agregado reciclado tem 958 MJ de energia incorporada.

Gráfico 37 - Energia incorporada (MJ) C35/45 S4 (35% Cinzas)

Por fim, podemos ver no Gráfico 38, que a composição com 0% de substituição de agregados britados tem emissões de CO2 de 197,16 kgCO2, sendo que a composição com 100% de agregado reciclado tem 197,37 kgCO2 de energia incorporada.

Gráfico 38 - Emissões de CO2 (KgC02) C35/45 S4 (35% Cinzas)

y = -9,886x + 998,4

988 990 992 994 996 998 1000

0% 20% 40% 60% 80% 100%

y = 0,208x + 197,1

197,15 197,2 197,25 197,3 197,35 197,4

0% 20% 40% 60% 80% 100%

63 composições, é compreensível visto que elas estão directamente relacionadas.

Gráfico 39 - Betões com 0% RCD

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Gráfico 40 - Betões com 10 % RCD

Também é possível observar que as composições com mais energia e emissões são aquelas que têm maior resistência, nomeadamente as C35/45. Neste caso a

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Gráfico 42 - Betões 30%RCD

Gráfico 43 - Betões com 100% RCD

Gráfico 43 - Betões com 100% RCD

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