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4. Alentejo: Sinopse de Dados Estatísticos mais Marcantes

6.1. Principais Estatísticas da Produção

6. Evolução de Alguns Indicadores Agro Económicos

6.1. Principais Estatísticas da Produção

Segundo DG AGRI (2003):

- A produção agrícola portuguesa sofreu um decréscimo anual desde 1986 de 3,1%

e de 1,6% no período de 1995-2001, sendo assim ligeiramente inferior à média da UE (2,2% por ano). Consequentemente, a quota da agricultura portuguesa na produção agrícola total da UE aumentou ligeiramente, de 2,0%, em 1995, para 2,2%, em 2001. Desde a adesão, a produção agrícola interna tem crescido menos do que a oferta alimentar, estando assim na origem de um défice alimentar crescente ou, por outras palavras, de uma redução do grau de autossuficiência.

No período de 1990-2001, os volumes da produção vegetal desceram 0,3% por ano, ao mesmo tempo que os volumes da produção animal final aumentavam 1,5%, em média.

- Contudo, em termos de percentagem, o valor da produção vegetal na produção agrícola total é agora mais elevado. A produção agrícola total de Portugal é de todos os países do Sul da UE a mais irregular muito devido às condições climatéricas.

O vinho, os frutos e os produtos hortícolas frescos são os três principais produtos vegetais, que representam um pouco menos de um terço do valor total da produção agrícola.

- Quanto aos cereais, no caso de muitos produtos constata-se uma tendência para a redução da produção, à exceção do milho e do trigo duro, cuja evolução foi positiva.

Outras tendências dignas de registo têm sido as que se verificaram para o caso do arroz e do tabaco, que aumentaram significativamente a sua produção.

Na produção animal, a produção de leite, de suínos, de aves de capoeira e de bovinos são, por ordem decrescente, as principais atividades. O volume da produção de suínos tem crescido significativamente e a produção de aves está em franca expansão, na sequência do decréscimo da produção de bovinos. Por outro lado, em 2001 o mercado da carne de bovino não mostrava sinais de recuperação após a crise da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), que afetou significativamente a produção portuguesa.

61 - Efetivamente, apesar de se ter registado um ligeiro aumento do número de pedidos do prémio às vacas em aleitamento e do prémio especial para a carne de bovino, o declínio da produção de bovinos foi a principal razão que esteve na base da redução subsequente do peso da produção animal na produção agrícola total em Portugal.

- A carne de aves, pelo contrário, representa agora uma percentagem mais elevada da produção total do que há uma década, ao passo que a percentagem da carne de suíno desceu ligeiramente. Nestes últimos anos a procura de carne de suíno e de carne de aves tem continuado a crescer, mas ao passo que os preços da carne de suíno no produtor têm aumentado em termos reais, a evolução dos preços da carne de aves tem sido menos favorável, o que esteve na origem de uma queda do nível dos valores da produção. No período de 1993 a 2001, o consumo de carne de aves aumentou 37% e o de carne de suíno 29%.

- No sector leiteiro, tem-se verificado ao longo dos últimos dez anos um crescimento sustentado da produção, se bem que nos últimos dois anos a crise da EEB tenha provocado algumas perturbações na produção. Embora o valor económico da produção de leite não tenha registado um crescimento significativo, apesar de os preços terem aumentado nestes últimos anos, o sector dos lacticínios é um dos poucos cuja contribuição para a produção agrícola portuguesa aumentou.

Dados mais recentes (Quadro 3) indicam que as produções vegetais apresentam uma taxa superior às produções animais com uma diferença de 20,5 pontos percentuais. As taxas de variação entre 2010 e 2000 são positivas quanto ao valor e volume nos vegetais e produtos hortícolas, azeite e para outros produtos vegetais que não mencionados no Quadro sendo que o azeite é aquele que apresenta maior valor e outros produtos vegetais o maior volume.

Nas produções animais apenas o leite apresenta variação negativa em valor e volume, as aves de capoeira apresentam a maior taxa de variação para o valor e os suínos quanto ao volume. Relativamente a preços as maiores taxas de variação entre 2010 e 2009 verificam-se para a produções vegetais na batata e nos cereais e para as produções animais nos bovinos.

62 Quadro 3: Estruturas da produção agrícola e respetiva variação (%)

Estrutura em

Fonte: GPP (2012) a partir de CEA (Base 2000), INE. Data de versão dos dados: Março de 2012

Segundo FAO (a) (Food and Agriculture Organization), o leite de vaca é o produto mais produzido em Portugal (Gráfico 64) seguindo-se o tomate, a uva e as hortaliças, comparando valores da produção mantem-se o leite fresco de vaca, no topo, seguido de carne indígena de porco, tomate e uva (Gráfico 65).

0

Leite fresco de vaca Carne indígena de porco Tomate Uvas

Carne indígena de frango azeitonas Carne indígena de vaca Hortaliças

Maçãs Ovos Pêras Batatas

Carne indígena de ovino Arroz com casca Alfaces e achicórias

Fonte: elaborado pela autora a partir da FAO

Gráfico 64: TOP de produções em Portugal (2011)

63

0 200000 400000 600000

mil lares

Produtos

Leite fresco de vaca Carne indígena de porco Tomate Uvas

Carne indígena de frango azeitonas Carne indígena de vaca Hortaliças

Maçãs Ovos Pêras Batatas

Carne indígena de ovino Arroz com casca Alfaces e achicórias

Fonte: elaborado pela autora a partir da FAO

Gráfico 65: TOP valor da produção em Portugal (2011)