• Aucun résultat trouvé

The transport of electric power between the auto producer and the consumer

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Partager "The transport of electric power between the auto producer and the consumer"

Copied!
21
0
0

Texte intégral

(1)

DE ENERGIA ELÉTRICA

O TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉTRICA ENTRE AUTOPRODUTOR E CONSUMIDOR

SP

Laercio Deliani Dastre Renato Leite Arantes Luiz Alberto M.Awiroso Luiz Roberto Sebus1an1

Conpanhia Paulista de Força e Luz - CPFL

Blumenau, 13 a 18 de seteabro de 1992

(2)

3

ÍNDICE

1 . I NTROOUÇIO 04 2. COMPRA DE EXCEDENTES DE AUTOPRODUÇlO 04

2.1- O MERCADO 04 2.2- CONTRATOS EXPERIMENTAIS 06 2.3- SITUAÇIO TÉCNICO-COHERCIAL 07 3. LIMITAÇÕES DE PREÇO 09 4. A ALTERNATIVA DO TRANSPORTE DE ENERGIA 11 4.1- A COBRANÇA DO TRANSPORTE DE ENERGIA 12 4.2- O PREÇO PROPOSTO 13 5. IDENTIFICAÇIO DO "BLOCO DE TRANSPORTE" 14 6. OS CASOS PRÁTICOS 15 6.1- EFEITOS NO FATURAMENTO DO AUTOPRODUTOR 16 6.2- EFEITOS NO FATURAMENTO DA UNIDADE CONSUMIDORA 17 6.3- EFEITOS NA RECEITA DA CONCESSIONÁRIA 18

7. NECESSIDADES PARA EXPANSIO DOS NEGÓCIOS 19 8. CONCLUSÕES 20 Referências Bibliográficas 22

(3)

A e x p e r t S n c t a t é c n i c a e comerciai com a c o m p r a de e n e r g i a e l é t r i c a e x c e d e n t e p r o d u z i d a em p r o c e s s o de c o - s e r a ç ã o industrial vem sendo r e a l i z a d a d e s d e há a l 9 u n s anos na C P F i , com a v a n ç o s em d i v e r s o s a s p e c t o s .

A l e g i s l a ç ã o r e g u i a m e n t a d o r a do a s s u n t o p u b l i c a d a em 1988 e 8 9 , e s t a b e l e c e as c o n d i ç õ e s b á s i c a s para o s c o n t r a t o s do g i n e r o , f i x a n d o t a m b é m níveis m á x i m o s de p r e ç o s na compra d o s e x c e d e n t e s de a u t o p r o d u ç ã o .

A q u e s t ã o " p r e ç o " terá m e n o r e s l i m i t a ç õ e s a s s i m que se c o n s e g u i r a r e c u p e r a ç ã o t a r i f á r i a , tão p r o p a l a d a , em t o d o s V os n í v e i s de f o r n e c i m e n t o , i n c l u s i v e nos s u p r i m e n t o s e n t r e e m p r e s a s do setor e l é t r i c o .

Em c o n t i n u i d a d e ao p r o c e s s o e x p e r i m e n t a l de a q u i s i ç ã o de e x c e d e n t e s de c o - g e r a ç ã o , a p r á t i c a do " t r a n s p o r t e "

de e n e r g i a , já p r e v i s t o na l e g i s l a ç ã o , tem a b e r t o n o v o s c a m i n h o s para o a v a n ç o rumo ao m a i o r a p r o v e i t a m e n t o do potencial de a u t o p r o d u ç ã o de e n e r g i a e l é t r i c a em p r o c e s s o s

i n d u s t r i a i s .

A c r i a ç ã o de regras para essa p r á t i c a , f r u t o de n e g o c i a ç ã o entre a c o n c e s s i o n á r i a . o a u t o p r o d u t o r e c l i e n t e , com a liberdade n e c e s s á r i a aos e x p e r i m e n t o s do g ê n e r o , p o d e a u x i l i a r a c o n s o l i d a ç ã o do p r o c e s s o de inserção da i n i c i a t i v a privada no s i s t e m a de o f e r t a de e n e r g i a , de m o d o natural m e d i a n t e o a p r o v e i t a m e n t o dos s i s t e m a s e l é t r i c o s e x i s t e n t e s .

Na s e q ü ê n c i a do t r a b a l h o p r o c u r a - s e a b o r d a r esses a s p e c t o s a l é m de o u t r o s a s s o c i a d o s ao uso pela c o n c e s s i o n á r i a da e n e r g i a o r i u n d a de p r o c e s s o s de c o - g e r a ç ã o .

2 . C O M P R A DE E X C E D E N T E S DE A U T 0 P R 0 D U Ç I O 2 . 1 . O M e r c a d o

0 i n t e r e s s e da CPFL com a compra de e n e r g i a e l é t r i c a de a u t o p r o d u t o r e s está a s s o c i a d o ao e x p r e s s i v o potencial

i n s t a l a d o em sua área de c o n c e s s ã o , n o t a d a m e n t e no setor de a ç ú c a r e álcool que a b r i g a m a i s de 90 u s m a s / d e s t i lar ias.

Com base nos d a d o s da safra b r a s i l e i r a de cana de a ç ú c a r de 1991 ( a p r o x i m a d a m e n t e 240 m i l h õ e s de t o n e l a d a s de cana mo i d a ) , as i n d ú s t r i a s do ramo i n s t a l a d a s na á r e a da CPFL p r o c e s s a r a m 4 1 % (98 m i l h õ e s de t o n e l a d a s ) , r e p r e s e n t a n d o 7 3 % do que è p r o c e s s a d o no E s t a d o de Sio Paul o.

(4)

E s t u d o s r e a l i z a d o s pela C P F l e por e n t i d a d e s d o s s e t o r e s e l é t r i c o e s u c r o - a i c o o l e » r o , a p o n t a m e x p r e s s i v o p o t e n c i a l de p r o d u ç ã o de e n e r g i a e l é t r i c a e x c e d e n t e n a q u e l e s e t o r , f u n ç ã o do e m p r e g o de t e c n o l o g i a s c o n h e c i d a s , s e n d o n e c e s s á r i a s a d a p t a ç õ e s e s u b s t i t u i ç õ e s de e q u i p a m e n t o s ( p r i n c i p a l m e n t e c a l d e i r a s / t u r b i n a s ) n o s p r o c e s s o s f a b r i s .

B o a p a r t e d a s u s i n a s d e a ç ú c a r e á l c o o a u t o - s u f i c i S n c i a e m p r o d u ç ã o d e e n e r g i a , c o n c e s s i o n á r i a s o m e n t e no p e r í o d o ( d e z e m b r o a m a i o ) o u , d u r a n t e a s a f r a , e m e r g e n c i a i s d e f a l h a d e g e r a ç ã o p r ó p r i a .

já a t i n g i u a d e p e n d e n d o da de e n t r e s s a f r a n a s s i t u a ç õ e s

0 e m p r e g o de p r e s s õ e s m a i s e l e v a d a s na p r o d u ç ã o do v a p o r p r i m á r i o n e s s a s i n d ú s t r i a s , p e r m i t i r á s a l t o s de até 2 7 k W h / t o n e l a d a de c a n a mo ida, c o n s i d e r a n d o a p a s s a g e m de 21 K g f / c m 2 para 6 2 H.gf/cm£.

1/3 (ia C e r c a de

de 2 . 6 0 0 i ndústri as a d o t a s s e m

vapor p r i m á r i o

d e m a n d a m á x i m a anuüi da área da CPFl que é W, p o d e r i a ser p r o d u z i d a i n t e r n a m e n t e p e l a s de a ç ú c a r e á l c o o l , caso t o d a s as u s i n a s p r e s s õ e s de até 6 2 K g f / c m 2 na p r o d u ç ã o do

0 d i a g r a m a vi s u a i i z a r o o e m p r e g o p r i m á r i o .

esquemático a crescimento do de pressões

seguir na Figura 1 permite potencial de autoprodução, com mais elevadas no vapor

Figura 1 - Diagrama esquemático autoprodução

de

\ cana

! vapor caldeira ! >

! primário

\ turbina \

turbo

\

gerador

> — ! procer,í»o açúcar vapor baixa e álcool

(5)

S Pressão Vapor

! Priaário <Kgf/c»2)

I 21

! 42

! 62

kllh/TC Total

17,1

33,5

— — — —.

44,1

kllh/TC

! Excedente

4 , 1

1t

: 2t,5

1 1 1

31,1

mi : Excedente !

i— \

5 t t :

7&t i

OfiS.:- kiftt/TC (quilowatt-hora produzido por tonelada de cana

•oida - Referência III)

- MEGMMTT <MW) «édio calculado para 19* dias de safra e FC

= 75Z.

O u t r o s s e g m e n t o s industriais ( p e t r o q u í m i c o , q u í m i c o , t ê x t i l , e t c . ) completam o e x p r e s s i v o p a r q u e potencial de a u t o p r o d u ç ã o de energia elétrica na C P F L , que n ã o s i o a b o r d a d o s e s p e c i f i c a m e n t e n e s t e t r a b a l h o devido a e x p e r i ê n c i a se c o n c e n t r a r , no m o m e n t o , c o m o setor s u c r o - a l c o o i e l r o .

A c r e d i t a - s e q u e o d e s e n v o l v i m e n t o industriai d a q u e l e s o u t r o s s e t o r e s os levará a a n a l i s a r t a m b é m a l t e r n a t i v a s de implantação e expansão da g e r a ç ã o p r ó p r i a , p r i n c i p a l m e n t e se forem e f e t i v a d o s os p l a n o s de ingresso de maior q u a n t i d a d e de gás natural no E s t a d o de S ã o P a u l o . 2.2. Contratos Experimentais

Ano a ano, desde 1 9 8 7 , a CPFL v e m n e g o c i a n d o c o n t r a t o s para compra de e x c e d e n t e s de c o - g e r a ç ã o de i n d ú s t r i a s do setor de açúcar e á l c o o l .

P a r t i u - s e de m o d e l o s c o n t a b i l i z a v a a energia a ç ú c a r , d e v o l v e n d o - a s e g u i n t e . Eventual

de troca de e n e r g i a onde a CPFL recebida d u r a n t e a safra de cana de ao a u t o p r o d u t o r na e n t r e s s a f r a saldo p o s i t i v o à indústria era acertado na

num único técnico e

retomada da s a f r a . Foi u m c r i t é r i o u t i l i z a d o ano ( 1 9 8 7 ) tendo servido para a p r i m o r a m e n t o comercial v e r i f i c a d o nos a n o s s u b s e q ü e n t e s , onde já se aplicou critério de f a t u r a m e n t o mensal da energia recebida dos a u t o p r o d u t o r e s e t a m b é m da f o r n e c i d a a e l e s , nas p e r d a s de g e r a ç ã o .

(6)

O q u a d r o a s e g u i r m o s t r a a e v o l u ç ã o da coaipra d e e x c e d e n t e s no p e r í o d o 1 9 8 7 a 1 9 9 1 .

Q u a d r o 1 - E v o l u ç ã o d o s c o n t r a t o s de E x c e d e n t e s 87-91

:

N

! kU

:

HU

.0 contratos

excedente

ti excedente (safra)

4

2 87

•3

.9M

.756 1%

88

#3

.3M

.369 g

7 89

#4

.#5*

.351 16 9f

•7

»5M

.838

! 91 !

#8 !

8.631 !

25.661 !

2 . 3 . S l t u a ç i o Técnico-Coaterclai

T o m a n d o - s e por Dase os r e s u l t a d o s de 1991 p o d e - s e d e s t a c a r o s s e g u i n t e s a s p e c t o s a s s o c i a d o s ao d e s e m p e n h o d o s a u t o p r o d u t o r e s na e n t r e g a d o s e x c e d e n t e s , d e n t r e o u t r o s : - q u a l i d a d e do e x c e d e n t e

Por se t r a t a r de e x c e d e n t e de e l e t r i c i d a d e p r o d u z i d a e m p r o c e s s o de c o - g c r a ç ã o , a d i s p o n i b i l i d a d e da e n e r g i a o b r i g a t o r i a m e n t e s o f r e e f e i t o d a s o s c i l a ç õ e s do p r o c e s s o f a b r i l , s e n d o d e t e r m i n a n t e no caso da f a b r i c a ç ã o do a ç ú c a r e álcool o b a l a n ç o t é r m i c o da p r o d u ç ã o e c o n s u m o de v a p o r .

A i n i c i a t i v a de a l g u n s a u t o p r o d u t o r e s e m a d o t a r s i s t e m a s de c o n t r o l e da g e r a ç ã o , lhes t e m c o n f e r i d o lugar de d e s t a q u e q u a n t o a c o n f o r m i d a d e do b l o c o d e e x c e d e n t e s e n t r e g u e a c o n c e s s i o n á r i a . Na C P F L , t r i s d o s oito c a s o s de 1991 e n q u a d r a m - s e nessa s i t u a ç ã o ( U s i n a Vale do R o s á r i o , u s i n a S a n t a A d é l i a e U s i n a E s t e r ) . No e n t a n t o , do c o m p o r t a m e n t o geral d a s u s i n a s a u t o p r o d u t o r a s p a s s a a ficar m a i s clara a c o n v e n i ê n c i a de se i d e n t i f i c a r d o i s t i p o s de b l o c o s de e n e r g i a d i s p o n í v e i s de p r o c e s s o s de c o - g e r a ç i o na i n d ú s t r i a s u c r o - a i c o o l e i r a : um bloco f i r m e e o u t r o t e m p o r á r i o , a p l i c a n d o - s e c r i t é r i o s i m i l a r ao s i s t e m a h i d r e l é t r i c o p a r a i d e n t i f i c á - l o s .

(7)

- proteção

Em que pesem os 5 anos de experiência na operação em paralelo, tem-se notado excessivo zelo, justificado aliás, por parte do autoprodutor, ao adotar ajustes multo sensíveis para os equipamentos de proteção por ele controlado. 0 efeito disso i a elevada freqüSncia de atuação de sua proteção, sensível portanto a defeitos que ocorrem em 2ona de atuação da proteção da CPFL.

Em al9uns necessi dade retaguarda do

casos esse fato tem sido de nova adequação de sistema da CPFL (138 kV ou

motivado pela proteção na 69 k V ) .

Para o adequação complementam

ano em curso (1992) procura-se conseguir essa com a instalação de equipamentos de proteção que

as funções já exercidas.

- l i;..í t»-» operati vos

uma novidade introduzida nos contratos de 1991, a fixação de limites denominados "operativos", dizem respeito às potências ativas e reativas máximas para geração e consumo por parte do autoprodutor.

Essa iniciativa permitiu maior adequação comportamento do autoprodutor às condições locais rede elétrica, além de organizar o método acompanhamento do desempenho do autoprodutor entrega do

geral foi aspecto.

excedente de eletricidade. De uma bom o desempenho das nove usinas,

do da de na forma nesse - critérios de faturamento

Como destaque no critério de faturamento na excedente do autoprodutor tem-se:

aquisição de aplicação de tarifa Dinômia com preços para a componente de energia (kWh) e demanda de ponta ( k w ) ; uso de fator de redução ( 4 8 / n p ) , para a demanda faturável na ponta, no caso de entrega de demanda na ponta com valor inferior a 9 0 % do contratado;

tarifa de reativo a ser cobrada do entregar o excedente, demandou determinado limite.

autoprodutor que, ao reativo superior a

(8)

De uma análise g l o b a l , c o n c l u i - s e pela n e c e s s i d a d e de se aprimorar os c r i t é r i o s de m o d o a distinguir ainda m a i s p r e m i a n d o - o a u t o p r o d u t o r que a p r e s e n t a r d e s e m p e n h o a d e q u a d o , servindo a c o n c e s s i o n á r i a com bloco de e n e r g i a de q u a l i d a d e e respeitando os limites o p e r a t i v o s f i x a d o s . Por outro lado a oferta de pequenos m o n t a n t e s de e x c e d e n t e s tem se m o s t r a d o m a i s p r o b l e m á t i c a do que c a u s a d o r a de b e n e f í c i o s para o sistema e l é t r i c o . Já que a p r ó p r i a c o n t i n u i d a d e do fornecimento sobre f r e q ü e n t e s o s c i l a ç õ e s impostas pelo processo p r o d u t i v o .

3. L I M I T A Ç Õ E S DE PREÇO

A l e g a m os a u t o p r o d u t o r e s que o expressivo potencial de a u t o p r o d u ç ã o somente surgirá com preço a d e q u a d o , que remunere os e m p r e e n d i m e n t o s n e c e s s á r i o s . Nada m a i s j u s t o . P o r é m para o efetivo e p e r m a n e n t e e n g a j a m e n t o do s e g m e n t o de a u t o p r o d u ç ã o no processo oferta de energia e l é t r i c a a c o m u n i d a d e , há n e c e s s i d a d e de se ajustar a l g u n s p a r â m e t r o s de interesse na a v a l i a ç ã o dos n e g ó c i o s : o tempo de retorno dos i n v e s t i m e n t o s , por e x e m p l o , é um ponto crucial a ser e q u a c i o n a d o c o n v e n i e n t e m e n t e , ao se decidir por c o n t r a t o s de longo p r a z o . O setor elétrico (por força de l e i s ) , e a iniciativa p r i v a d a , adotam horizontes d i f e r e n t e s em a n á l i s e s e c o n ô m i c a s e isso requer convergência de p r o p ó s i t o s e c r i t é r i o s , sem a qual d i f i c i l m e n t e será e n c o n t r a d o o c a m i n h o comum.

Para uma c o n c e s s i o n á r i a como a CPFL, onde p r e d o m i n a a a t i v i d a d e de d i s t r i b u i ç ã o de energia, o nível de preço tomado como referência para pagamento dos e x c e d e n t e s de c o - g e r a ç ã o têm sido o p r a t i c a d o pela sua s u p r i d o r a tradicional no sistema Interligado.

Como os c o n t r a t o s tem se renovado ano a ano, c a r a c t e r i z a n d o c o m p r o m i s s o s de curto prazo, o preço o f e r t a d o ao a u t o p r o d u t o r tem se situado em torno do c o m p o n e n t e de energia da tarifa de suprimento C E S P / C P F L .

Esse n í v e l , de a p r o x i m a d a m e n t e US$ 18/HWh supera o valor c o r r e n t e para o custo marginal de curto prazo (US$ 4/MWh>, que c o n c e i t u a l m e n t e deveria balizar c o n t r a t o s de curto p r a z o .

Há portanto um e v i d e n t e sinal de que a CPFL a p o s t a nos f r u t o s desses e m p r e e n d i m e n t o s de co-geraçio e a q u i s i ç ã o de e x c e d e n t e s .

(9)

Caso fossem a s s i n a d o s c o n t r a t o s de longo prazo, estar-se-ia praticando cerca de US$ 2 2 / H W h . que é a própria tarifa de suprimento CESP (demanda + e n e r g i a ) .

nesmo esse nível, ainda se mantém distante do preço médio reinvídicado pelos a u t o p r o d u t o r e s para a efetiva expansão do parque a u t o p r o d u t o r , também referendado em recente projeto piloto que envolveu a C o p e r s u c a r , E l e t r o b r á s , B N D E S , CESP, CPFL. Cietropauio e Usina São Francisco ( S e r t â o z i n h o / S P ) . A justificativa por não se praticar preços m a i s arrojados e competi .ivos com as e x p e c t a t i v a s dos a u t o p r o d u t o r e s é composta de fortes a r g u m e n t o s f i n a n c e i r o s que tomam por base a comparação de preços de f o r n e c e d o r e s c o n v e n c i o n a i s (sistema i n t e r l i g a d o ) .

Para a CPFL, cuja m i s s ã o também tem sido de desenvolver o aproveitamento do enorme potencial de co-geraçáo de energia elétrica instalado em sua área de c o n c e s s ã o , outras dificuldades se somam no que se refere ao contrato de suprimento celebrado ao nível do GCOl - Grupo C o o r d e n a d o r da Operação interligada. Os atuais c r i t é r i o s de contratação exigem a fixação de c o m p o n e n t e s de demanda e energia para longo prazo (6 a n o s ) , para o programa de operação (1 a n o ) e plano de operação (tempo r e a l ) .

A Inserção dos c o n t r a t o s de co-geração nessa sistemática não tem ocorrido devido aos s e g u i n t e s m o t i v o s :

- não se assinou ainda com os a u t o p r o d u t o r e s , contratos de longo prazo, por q u e s t õ e s ligadas ao preço;

- os contratos de curto prazo, hoje e x p e r i m e n t a i s , garantem preço superior ao limite proposto pela legislação, não sendo portanto h o m o l o g a d o s pelo DNAEE, e por isso d i f i c i l m e n t e são c o n s i d e r a d o s no programa de o p e r a ç ã o .

A sensibilidade que se tem até o m o m e n t o indica que se deva adotar propostas m a i s flexíveis nas c o n t r a t a ç õ e s de suprimento no G C O l , até que sejam criadas condições para o surgimento de contratos de longo prazo com os a u t o p r o d u t o r e s .

isso não ocorrendo t o r n a r - s e - á e x t r e m a m e n t e difícil para uma concessionária d i s t r i b u i d o r a repetir e x p e r i m e n t o s na aquisição de e x c e d e n t e s , dadas as pressões internas s o f r i d a s , e até J u s t i f i c a d a s .

(10)

4. A ALTERNATIVA DO TRANSPORTE OE ENERGIA

O " t r a n s p o r t e d e onergi.i" jâ t e m l u g a r n a l e g i s l a ç ã o d e f o r n e c i m e n t o p u b l i c a d a p e l o O N A E E , a t r a v é s d a s P o r t a r i a s 246/JiH, 94/8!í e 5i?U'9i. A s d u a s p r i m e i r a s t r a t a m baj. i c a m e n t e < M r e g u l a m e n t a ç ã o d a c o m p r a d e e x c e d e n t e s d e e n e r g i a e l é t r i c a nro £ u z : d a e m p r o c e s s o s d e c o - g e r a ç ã o , a l é m do t r a n s p o r t e .

O u t r a f i g u r a c i t a d a n a P o r t a r i a 2*36/88 é a d a " p e r m u t a d e e n e r g i a " q u e t o m a o l u g a r d o t r a n s p o r t e q u a n d o t é c n i c a e e c o n o m i c a m e n t e nào f o r p o s s í v e l a r e a l i z a ç ã o d o t r a n s p o r t e , e , s e h o u v e r c o m p r o v a d a c a r ê n c i a d e e n e r g i a e l é t r i c a n o locai o n d e s e s i t u a r n a u t o p r o d u t o r g e r a d o r d o e x c e d e n t e d e e n e r g i a .

A d e n o m i n a ç ã o " t r a n s p o r t e " d e e n e r g i a v e m s e n d o r e s e r v a d a à t r a n s f e r ê n c i a , p a r a u m a o u m a i ;•. u n i d a d e s c o n s u m i d o r a s , d e b l o c o s d e e n e r g i a p r o d u z i d o s e m d e t e r m i n a d a u n i d a d e d e a u t o p r o d u ç ã o , a t r a v é s d ú u s o (te p a r t e d o s i s t e m a e l é t r i c o da c o n c e s s i o n á r i a .

C o m r e l a ç ã o à s d i f e r e n ç a s e n t r e t r a n s p o r t e e p e r m u t a , a l e g i s l a ç ã o s o m e n t e r e s e r v a par.* o o e g u n d o c a s o a c o n d i ç ã o de c o m p r o v a d a c a r ê n c i a d e e n e r g i a e l é t r i c a n o l o c a l o n d e e x i s t e o e x c e d e n t e d e a u t o p r o d u ç ã o , a l é m d e c o n d i c i o n a r à i m p o s s i b i I i d a d e t é c n i c a e e c o n ô m i c a d e r e a l i z a ç ã o d o

" t r a n s p o r t e " .

E s s a s r e s s a l v a s t e m l e v a d o a i n t e r p r e t a ç õ e s m a i s r e c e n t e s d e q u e o t r a n s p o r t e s e r i a a d e n o m i n a ç ã o d e s i t u a ç õ e s o n d e e s t á b e m d e f i n i d o , f i s i c a m e n t e , o s i s t e m a p e l o q u a l a e n e r g i a s e r á t r a n s f e r i d a : d e u m p o n t o A p a r a o p o n t o B , a t r a v é s d o l i n h a ( r e d e ) A B .

A " p e r m u t a " recitaria p o r t a n t o a o s i t u a ç õ e s « " d e e s s a i d e n t i f i c a ç ã o f í s i c a d o f l u x o d a e n e r g i a n ã o e s t á b e m d e f i n i d a , c o m o p o r e x e m p l o n a s s i t u a ç õ e s o n d e a s u n i d a d e s a u t o p r o a u t o r a e c o n s u m i d o r a e s t ã o d i s t a n t e s , d i f i c u l t a n d o a i d e n t i f i c a ç ã o d o p e r c u r s o d o b l o c o d e e n e r g i a o b j e t o d o t r a n s p o r t e .

N o e n t a n t o , c o m o s e r á vis,to a d i a n t e , a q u e s t ã o e s s e n c i a l d o p o n t o d e vist.i c o m e r c i a l e f i n u n c e i r o é s e d e f i n i r f o r m a s q u e e q u a c i o n e m a c o b r a n ç a d o s e r v i ç o p r e s t a d o a o s i n t e r e s s n d o s , s e j a e l e t r a n s p o r t e o u p e r m u t a , p o d e n d o - s e r e s e r v a r d c a d a um d e l e s d e t a l h e s m e n o s r e l e v a n t e s q u e p e r m i t a m o d i s c e r n i m e n t o d a s d u a s s i t u a ç õ e s .

C o m r e l a ç ã o a o t r a n s p o r t e a l e g i s l a ç ã o c i t a d a a n t e r i o r m e n t e t r o u x e , c a d a u m a , d i f e r e n ç a s q u e a f e t a m a a b r a n g ê n c i a d e a p l i c a ç ã o , c o n f o r m e s í n t e s e n o q u a d r o abaixo.-

(11)

Característica

Relação entre autoprodutor e consuaidor

Localização das unidades de autoproducão de consuao

Portarias DffftEE n 246/88 S 94/89 nao e necessário

ser de aesaa propriedade

•esBO Estado da Federação

e necessário ser de aesaa pro- priedade

•esao Estado da Federação

e necessário ser de aesaa propriedade Qualquer Estado da Federação

A situação atuai (Portaria 220/91) mantém portanto a limitaçio que exlse serem da mesma propriedade as unidades autoprodutora e consumidora, isso inibe sobremaneira a prática mais amp ia desse tipo de negócio, nun momento em que seria extremamente proveitoso tal experimento por parte de outros agentes do ramo.

A Cobrança do Transporte de Energia 0 Comitfi

Subcomlti de desenvolveu metodologia

transferência de (Projeto S C S C - 4 9 ,

de distribuição - C O D l , atravás de seu C o n s e r v a ç ã o , serviços e consuir'dores - SCSC em 1990/91 um trabalho q u e abordou uma de cálculo do preço a ser cobrado pela

energia entre referência l ) .

autoprodutor e consumidor 0 critério lá desenvolvido tem base na manutenção da

"margem de c o m e r c i a l i z a ç ã o " , que á a remuneração líquida da concessionária com a venda de energia elétrica para o mercado consumidor. Considera também que no transporte haja dois negócios d i s t i n t o s :

- a venda do excedente de eletricidade à concessionária pelo autoprodutor;

- o fornecimento de energia pela concessionária á unidade consumidora.

Pelo critério, o excedente entregue pelo autoprodutor é valorizado ao custo marginai de expansão da geração no sistema interligado, considerando-se o índice de perdas verificado entre a geração do sistema interligado (nível A O ) e o ponto de injeção d o s excedentes transportado da unidade autoprodutora.

(12)

Já no ponto valorizada ao onde se localiza

de consumo, a entrega da energia 6 custo marginal de f o r n e c i m e n t o do nível a unidade recebedora da e n e r g i a .

Oe forma simplificada, o preço do transporte pode ser obtido pela expressão a s e g u i r , que determina o q u e , no trabalho do C O D I , é d e n o m i n a d o Taxa de U t i l i z a ç ã o do Sistema ( T U S ) :

CME TUS = -

+ T P / 1 O O ) - CHF , onde TUS = Valor da taxa de

por kWh objeto do consumidor;

u t l I i z a ç í o t r a n s p o r t e

do S i s t e m a , cobrada entre autoprodutor e CME = Custo marginai de e x p a n s ã o da geração no

interligado, em Cr$/kWh ou US$/MWh;

sistema TP 3 Taxa de perdas (%) verificada desde a

sistema Interligado até o ponto de excedente de a u t o p r o d u ç ã o ;

CMF * Custo marginal de f o r n e c i m e n t o no nível onde se localiza a u n i d a d e c o n s u m i d o r a , ou USt/MWh;

geração Injeção

do do de tensão em crt/kwn A r i g o r o c r i t é r i o p r o p o s t o n o t r a b a l h o do C O D I leva e m c o n s i d e r a ç ã o a " f o r m a d e u s o " d a e n e r g i a na u n i d a d e c o n s u m i d o r a , a s s i m c o m o r e g r a s e s p e c í f i c a s p a r a s i t u a ç õ e s e m q u e o b l o c o d e e x c e d e n t e o b j e t o d o t r a n s p o r t e s e j a i n f e r i o r e s u p e r i o r a o n e c e s s á r i o na u n i d a d e de c o n s u m o .

No e n t a n t o , a i n t e n ç ã o n o p r e s e n t e t r a b a l h o é m o s t r a r a e s s ê n c i a do m é t o d o p r o p o s t o no C O D I , q u e s e r v i u d e r e f e r i n c i a p a r a a d e t e r m i n a ç ã o da t a x a d e u t i l i z a ç ã o d o s i s t e m a e f e t i v a m e n t e p r a t i c a d a p e l a C P F L , e m s e u s p r i m e i r o s e x p e r i m e n t o s d o g ê n e r o e m 1 9 9 1 , c o m o s e verá a segui r.

4 . 2 , O P r e ç o P r o p o s t o

Na o b t e n ç S o do p r e ç o d a T U S , f o r a m d e t e r m i n a n t e s o s n í v e i s t a r i f á r i o s e f e t i v a m e n t e a p l i c a d o s n o f o r n e c i m e n t o a s u n i d a d e s c o n s u m i d o r a s b e n e f i c i á r i a s d o t r a n s p o r t e , e n a c o m p r a de e x c e d e n t e s d e n t r o do p r o g r a m a de a q u i s i ç ã o d e e n e r g i a d o s p r o c e s s o s de c o - g e r a ç ã o .

E s t u d o s e l a b o r a d o s p e l a á r e a f i n a n c e i r a d a C P F L i n d i c a r a m i n i c i a l m e n t e u m n í v e l e q u i v a l e n t e a U S f 2 2 / M W h , q u e , a p ó s n e g o c i a ç ã o c o m o s a u t o p r o d u t o r e s e c o n s u m i d o r e s foi l e v a d o a U S $ 1 5 / M W h .

(13)

5 . IDCNTIFICACIO DO "BLOCO D E T R A N S P O R T E "

A entrega c o - g e r a ç ã o m o s t r a d o d do b a l a n ç o

da energia e l é t r i c a na indústria i f e r e n t e s níveis de

t é r m i c o da unidade c o n t r o l e da g e r a ç ã o d i s p o n í v e i s

p r o d u z i d a e m sistema d e s u c r o - a l c o o l e l r a , t e m d e s e m p e n h o que d e p e n d e m fabril e d o s s i s t e m a s d e no a u t o p r o d u t o r .

P e r c e b e - s e portanto s i t u a ç õ e s c o m entrega regular d a e n e r g i a e x c e d e n t e e , de outro lado, casos onde há g r a n d e o s c i l a ç ã o no valor m é d i o h o r á r i o da potência c o l o c a d a à d i s p o s i ç ã o do s i s t e m a da C P F L .

Em e s p e c i a l , t r a t a n d o - s e de " t r a n s p o r t e de e n e r g i a " , houve interesse de se p r e s e r v a r , e m termos de c o n t i n u i d a d e , uma e q u i v a l ê n c i a m í n i m a entre o bloco d e e n e r g i a e n t r e g u e na unidade c o n s u m i d o r a e o bloco de e x c e d e n t e s a d q u i r i d o do a u t o p r o d u t o r .

A d o t o u - s e o c r i t é r i o de análise de d u r a ç ã o " ( r e f e r ê n c i a II) onde se em q u e cada nível de demanda d e disponível à c o n c e s s i o n á r i a .

através de pode analisar o e x c e d e n t e foi

" c u r v a s p e r í o d o man ti do 0 e s q u e m a s i m p l i f i c a d o a s e g u i r , na Figura 2 , p e r m i t e m e l h o r v i s u a l i z a ç ã o do critério de seleção do bloco de e n e r g i a que e f e t i v a m e n t e será objeto da t r a n s f e r ê n c i a v i a t r a n s p o r t e .

F i g u r a 2 - M é t o d o da curva de D u r a ç ã o

ikW

Excedente Entregue Curva de Duração

Bloco de excedente!

objeto do I

> transporte I

te»po teipo

(14)

Esse bloco ao ser " t r a n s p o r t a d o " • que estará suje to ao preço definido para a T U S , sendo cobrado do consumidor beneficiário do t r a n s p o r t e . O autoprodutor não recebe portanto sobre esse bloco e n t r e g u e , mas sim pela parte r e m a n e s c e n t e da energia originalmente fornecida pelo a u t o p r o d u t o r , com remuneração de acordo com as condições e s t a b e l e c i d a s nos contratos normais de compra de excedentes de a u t o p r o d u ç ã o .

6. OS CASOS PRÁTICOS

A CPFL realizou em 1991 os seguintes e x p e r i m e n t o s de transferência de energia entre autoprodutor e c o n s u m i d o r . Caso 1

- Autoprodutor: Usina Virgolino de Oliveira S/A ( i t a p l r a / S P ) - excedente médio m e n s a l :

5 7 0 . 0 0 0 kWh

7 0 0 kw ponta

1.000 fcw fora de ponta - bloco objeto do t r a n s p o r t e :

3 5 0 . 0 0 0 kWh/mês 7 0 0 kW ponta

350 kW fora de ponta - C o n s u m i d o r : Usina C a t a n d u v a S/A ( A r l r a n h a / S P )

- consumo m é d i o m e n s a l :

8 0 0 . 0 0 0 kWh

2.000 kw ponta

2.000 kw fora de ponta - distância aproximada entre as duas unidades.-

250 km Caeo 2 :

- Autoprodutor: Usina Santa Adéiia ( J a b o t i c a b a l / S P ) - excedente médio m e n s a ' :

1.200.000 kWh

1.800 kW ponta

2.200 kW fora de ponta - bloco objeto do t r a n s p o r t e :

- C o n s u m i d o r e s : 1. usina 55o Carlos (Jaboticabai/SP).- - consumo médio mensal.- 2 1 9 . 0 0 0 kWh - d e m a n d a : 300 kW

(15)

E. Usina Santa Adéiia/Adubos (Jabou cabal/SP):

- consumo médio mensal: 8.000 kWh - demanda.- 60 kw

- distância mídia entre unidades autoprodutora e consumidoras.- ID km e 3 km respectivamente.

6.1. Efeitos no Faturamento do Autoprodutor

Considerando-se o "caso 1" referido no item 6 anterior, o faturamento do excedente de co-geraçâo na unidade autoprodutora é efetuado conforme Quadros 3.-

Quadro 3 - Simulação do Faturamento do Autoprodutor

Descrição

Bloco de energia produzida (kWh)

Bloco objeto do Transporte (kWt)

Faturado (USD Preço Médio (USI/HWh)

Situação

antes do transportei com o transporte 57«.fM

i t . 2 6 # , * t

18

57«.fft

278.6W

5.245,2#

9,2

OBS: 1) Tarifa de excedentes de co-geracão, negociada entre autoprodutor e concessionária, fixada e i USI ÍB/HWh?

2) Por simplificação adota-se na siaulacão uaa t a r i f a aédia efetivamente se pratique estrutura pinSaia no faturamento do excedente de eletricidade remanescente do transporte.

3) Não fora* considerados nos cálculos os

(eaprestimo compulsório, ICKS). encargos

(16)

6.2- Efeitos no Faturamento da Unidade Consumidora

Com relação ao faturamento da unidade consumidora, nas situações anterior e posterior ao transporte, tem-se o Quadro 4 seguinte:

Quadro 4 - Simulação de do Consumidor

Descrição

Situação

antes do transporte! coa o transporte Bloco total de consuao

(kWh)

Vindo via transporte (kWh)

Faturado (USt) Preço Médio (USi/MWh)

8M.M*

48.AA0 00

8#t.«#«

278.6§«

35.463 44,32 <red.26,iZ)

s s s M â ^ S B C i s - ' • z^SiSiSiMMfcr^r••?••?••• ••••?• « T ^ T ' S S • T T S S S T • • • • • ? • • • • • ss••• • s ? í r r » r i « S T Í S I r m r ^ z ^ y y s r E

OBSs i) Tarifa de fornecimento média no subgrupo tarifário do consuaidor, adotado USf 60/HWh;

2) TUS considerada, de USS 15/MUh;

3) Não fora» considerados encargos nos cálculos (eapréstiao coupulsório, ICHS).

A observação do efeito do transporte para o autoprodutor/consumidor e concessionária, nos Quadros 3 e 4 anteriores, leva aos seguintes pontos.-

- redução no autoprodutor,

(parcela do concessioner la;

preço médio do já que parte do transporte) não

kwn comprado do bloco de excedentes é remunerada pela redução do

fornecimento, preço da taxa

preço médio da energia na unidade de devido ao efeito de parte ser faturada a de utilização do sistema;

sob o ponto de vista do conjunto

"autoprodutor/consumidor" o ganho entre uma situação e outra poderá ser repartido entre ambos de modo a compensar, mesmo que parcialmente, a redução de receita com o excedente devido ao transporte. Espera-se que nessa repartiçãode ganhos haja diferenciação nas bases de negociação entre as situações de o autoprodutor ser ou não do mesmo grupo proprietário.

(17)

no c a s o e x e m p l i f i c a d o , m e s m o q u e o c o n s u m i d o r v e n h a a repor i n t e g r a l m e n t e a p a r c e l a q u e d e i x o u de s e r p a g a ao a u t o p r o o u t o r ( U S $ 5 . 0 1 4 , 8 / m ê s ) , o c o n s u m i d o r a i n d a p e r c e b e r á u m a r e d u ç ã o de 1 5 , 7 % .

6 . 3 . E f e i t o s na R e c e i t a C o n c e s s i o n á r i a

A a n á l i s e do e f e i t o do t r a n s p o r t e s o b o p o n t o de v i s t a da c o n c e s s i o n á r i a pode ser v e r i f i c a d a no Q u a d r o 5 a s e g u i r :

Q u a d r o 5 - 0 T r a n s p o r t e visto pela C o n c e s s i o n á r i a

! Descrição

! Bloco kWh produzido ' Bloco kWh fornecido ao

! consuaidor

: Faturamento (USf)

! Valor aédio do kWh

; (USS/HWh)

antes do tr no auto- produtor 57e.eee

-

- te.260 + 37.

18

Situação i ansporte

no con- suaidor

-

+ 48.eee ,74e

69

coa o t r ; no auto- i produtor

57e.eee

- 5.245,2 + 3e.

9,2

tnsporte ! no con- í suaidor !

RaM MA *

1 1

+ 35.463 ! ,217,8 ! 44,32 !

Para a c o n c e s s i o n á r i a , no e x e m p l o em e s t u d o , o t r a n s p o r t e a c a r r e t a uma r e d u ç ã o global de r e c e i t a de U S $ 7 . 5 2 2 , 2 q u e c o r r e s p o n d e a u m a v e n d a a m e n o r de 1 2 5 . 3 7 0 k w n / m t s , ou seja U S $ 7 . 5 2 2 , 2 / U 5 $ 6 0 / M W h .

O r a , esse m o n t a n t e de e n e r g i a c o r r e s p o n d e t a m b é m , por e x e m p l o , a u m a virtual p r o d u ç ã o de g e r a ç ã o p r ó p r i a i n s t a l a d a na u n i d a d e c o n s u m i d o r a , tal como v e m o c o r r e n d o n a s u n i d a d e s a u t o p r o d u t o r a s q u e p e r s e g u e m a cada d i a u m a m e n o r d e p e n d ê n c i a da c o n c e s s i o n á r i a , rumo a s u a a u t o - suf i c i â n c i a .

(18)

N ã o é c o r r e t a p o r t a n t o a i n t e r p r e t a ç ã o de q u e í p e r d a e s s a v a r i a ç ã o d e r e c e i t a v i s t o p e l a c o n c e s s i o n á r i a , p o i s a p r ó p r i a f i l o s o f i a d e c o b r a n ç a d a T a x a de U t i l i z a ç ã o d o S i s t e m a ( T U S ) l e v a e m c o n s i d e r a ç ã o a p r e s e r v a ç ã o d a m a r g e m d e c o m e r c i a l i z a ç ã o da c o n c e s s i o n á r i a . A l é m d o f a t o 3e g a r a n t i r a l u c r a t i v i d a d e do n e g ó c i o p o r p a r t e da c o n c e s s i o n á r i a , e s t a i n i c i a t i v a do s e t o r e l é t r i c o e s t i m u l a o a u t o p r o d u t o r d e e n e r g i a a m e l h o r a r a e f i c i ê n c i a d e s u a g e r a ç ã o p r ó p r i a ou a m p l i á - l a , c o m o o b j e t i v o de m a x i m i z a r s u a d i s p o n i b i l i d a d e d e e x c e d e n t e s d e e l e t r i c i d a d e p a r a e x p o r t a ç ã o .

7 . N E C E S S I D A D E S P A R A E X P A N S l O D O S N E G Ó C I O S

E m b o r a a e x p e r i S n c i a c o m a t r a n s f e r ê n c i a de e n e r g i a e n t r e a u t o p r o d u t o r e c o n s u m i d o r t e n h a o c o r r i d o por b r e v e p e r í o d o , a l g u n s f a t o r e s s e e v i d e n c i a r a m , p o d e n d o s u b s i d i a r a c o n t i n u i d a d e d e s s a s a ç õ e s .

N ã o é p o s i t i v a a l i m i t a ç ã o i m p o s t a p e l a l e g i s l a ç ã o r e g u i a m e n t a d o r a do D N A E E ( i t e m 4 , Q u a d r o 2 ) , q u e , d e s d e 1 9 8 9 , a n t e s m e s m o de se p r a t i c a r o q u e d i s p u n h a a l e g i s l a ç ã o o r i g i n a l de 1 9 8 8 , " n ã o p e r m i t i a q u e s e e f e t u a s s e a t r a n s f e r ê n c i a de e n e r g i a e n t r e u n i d a d e s a u t o p r o d u t o r a s e c o n s u m i d o r a s q u e n ã o f o s s e m de m e s m a p r o p r i e d a d e " .

M a i s l i b e r d a d e n e s s e s e n t i d o , d e v e s e r a d o t a d a c o m a l g u m a s c a u t e l a s p a r a q u e n ã o s u r j a m p l e i t o s d e a p l i c a ç ã o i n d i s c r i m i n a d a de t r a n s f e r ê n c i a de e n e r g i a e n t r e u n i d a d e s a u t o p r o d u t o r a s e c o n s u m i d o r a s , d e s o r g a n i z a n d o t a l v e z a a t u a ç ã o da e m p r e s a d e e l e t r i c i d a d e d e t e n t o r a da c o n c e s s ã o .

é e x t r e m a m e n t e n e c e s s á r i o q u e o u t r a s e x p e r i ê n c i a s d o g ê n e r o s e j a m e s t i m u l a d a s , p a r a q u e o p r o c e s s o se e f e t i v e , p e r m i t i n d o q u e a p r ó p r i a l e g i s l a ç ã o s e j a a p r i m o r a d a .

T a l v e z s e j a o p o r t u n o r e c o m e n d a r o f o m e n t o de i n i c i a t i v a s m a i s a r r o j a d a s da p a r t e d a s p r ó p r i a s c o n c e s s i o n á r i a s , a t u a l m e n t e ( j a n e i r o / 9 2 ) i n f l u e n c i a d a s p o r q u e s t õ e s c o n j u n t u r a i s t r a z i d a s p e l o a g r a v a m e n t o da r e c e s s ã o e c o n ô m i c a , e s o b os e f e i t o s a i n d a i m p r e v i s í v e i s d e d r á s t i c a s a l t e r a ç õ e s na l e g i s l a ç ã o q u e r e g u l a o f l u x o d e r e c e i t a e n t r e e m p r e s a s s u p r i d o r a s , d i s t r i b u i d o r a s e e n t i d a d e s f e d e r a i s do s e t o r e l é t r i c o ( D e c r e t o n. 4 0 9 d e 3 0 / 1 2 / 9 1 ) .

A f i n a i n ã o s e r á c o m s o l u ç õ e s t r a d i c i o n a i s q u e s e p o d e r á e f e t i v a m e n t e c o l a b o r a r p a r a a t r a n s p o s i ç ã o d a c r i s e h o j e v I vi d a .

(19)

8. C O N C L U S Õ E S

A mobilização do s e g m e n t o de a u t o p r o d u t o r e s do setor de açúcar e álcool tem se e v i d e n c i a d o rumo a busca de menor dependência em relação ao s i s t e m a da c o n c e s s i o n á r i a , ê um processo p r a t i c a m e n t e irreversível m o t i v a d o pela renovação de e q u i p a m e n t o s do p r o c e s s o p r o d u t i v o hoje p r a t i c a m e n t e d e p r e c i a d o s e t e c n i c a m e n t e s u p e r a d o s .

O passo s e g u i n t e , e i n e v i t á v e l , ao se atingir a auto-suf í c ü n c i a é a o p e r a ç ã o em p a r a l e l o dos s i s t e m a s e l é t r i c o s , o que confere notável e s t a b i l i d a d e ao ambiente f a b r i l . A venda de e x c e d e n t e s de e l e t r i c i d a d e o r i u n d o s de p r o c e s s o s de c o - g e r a ç ã o , e s b a r r a Hoje na q u e s t ã o do preço o f e r t a d o peía c o n c e s s i o n á r i a d i a n t e de limitações impostas pela po*>'tica t a r i f á r i a nos s e r v i ç o s públicos de e * e t r i c l u a d e .

E n t e n d e - s e que a prática do " t r a n s p o r t e " ou

" t r a n s f e r ê n c i a " de e n e r g i a , venha a fomentar o e n g a j a m e n t o de terceiros ao p r o c e s s o , desde que a legislação seja readequada à t e n d ê n c i a dos f a t o s , p e r m i t i n d o que se amplie a m a t r i z de r e l a c i o n a m e n t o entre a u t o p r o d u t o r e s e c o n s u m i d o r e s na prática do t r a n s p o r t e .

A formação de c o n s ó r c i o s por e x e m p l o , e n v o l v e n d o c o n c e s s i o n á r i a s , a u t o p r o d u t o r e s e c o n s u m i d o r e s , p r e t e n s o s u s u á r i o s da energia de a u t o p r o d u ç ã o , pode dar o n e c e s s á r i o impulso i m u l t i p l i c a ç ã o d e s s e s n e g ó c i o s , p r o p i c i a n d o de forma Independente o a p r o v e i t a m e n t o do imenso potencial de a u t o p r o d u ç ã o / c o - g e r a ç â o e x i s t e n t e no p a í s , em especial na área de concessão da C P F L .

A l g u m a s iniciativas p r o m i s s o r a s se identifica no atual cenário, num m o m e n t o em que se p r e p a r a a f o r m u l a ç ã o de um "Plano para o D e s e n v o l v i m e n t o da C o - g e r a ç â o no E s t a d o de São Paulo", com c o m p r o m i s s o s de parte a p a r t e , inclusive com a a p l i c a ç ã o de t e c n o l o g i a s p r o g r e s s i v a m e n t e m a i s avançadas em t e r m o s do p r o c e s s o fabril e, em e s p e c i a l , do processo a s s o c i a d o à p r o d u ç ã o de eletri et dade.

No setor elétrico têm-se notado p r e o c u p a ç ã o com a e x a t i d ã o do emprego do termo " t r a n s p o r t e de e n e r g i a " para s i t u a ç õ e s onde é clara a i d e n t i f i c a ç ã o física do m e i o pelo qual a e n e r g i a flui rumo à instalação do c o n s u m i d o r . No presente trabalho adotou-se o termo t r a n s p o r t e , m a s que também pode ser rotulado de transferirei a ou até m e s m o

"compensação f i n a n c e i r a " na f a t u r a de e n e r g i a , como preferem alguns t é c n i c o s .

(20)

A nosso ver a questão crucial neste caso nio é absolutamente o "rótulo" do produto, mas sim o efeito que ele pode produzir no mercado de autoprodutores, estimulando-os a expandir seu parque de geração e mais ainda, conduzindo para o agrupamento de interessados consumidores, fabricantes de equipamentos - na formação de empreendimentos conjuntos que possam definitivamente ser integrados no parque nacional produtor de eletricidade.

As modestas experiências até hoje conseguidas com a transferincia de energia entre autoprodutor e consumidor dão sinais positivos a todos os envolvidos. inclusive indicando que essa modalidade de negócio poderá ser adotada numa fase de transição que leve à efetiva prática de preços mais realistas para a aquisiçio de excedentes de co-geração. ocasião em que necessariamente haverá maior coerincia de preços na matriz dos energéticos.

Campinas, janeiro/92

(21)

Referincias Bibliográficas

I - Projeto SCSC.^9 - Plano de Ação Comerciai com Autoprodutores de Energia Elétrica

Comitê de Distribuição - CODI

li - Aplicação do método da convolução na estimativa do comportamento energético de sistema de co-geração

Luiz Antonio Horta Nogueira Afonso Henriques Moreira Santos

instituto de Engenharia Mecânica

Escola Federal de Engennaria de Itajubá/NG

M l - Co-geração - ExperiSncia da CPFL e Perspectivas José Roberto Si I va

Laércio Deliami Dastre Luiz Roberto Sebusiani Eduardo Hideo Toi

Eduardo Duarte Brasil Nogueira Jorge I. U a g o s t e r a Beltran Celso Teles Pena Bastos Renato Leite Arantes

Références

Documents relatifs

For the read and print associated data sets where no punch data set is used, stacker selection can be specified only with the read data set through the CNTRl

2. APELA aos Estados-Membros, às organizações internacionais, aos organismos de cooperação multilateral e bilateral, às instituições técnicas e científicas e

Correspondence analysis in practice, 2nd edition, Chapman &amp; Hall/ CRC Press, Boca Raton. Multiple correspondence analysis and related methods, Chapman &amp; Hall/CRC,

(hibridismo: covid + idiota, cf. inglês, francês covidiot, espanhol, italiano covidiota), 1) ‘(pessoa) que nega a existência ou menospreza a gravidade da co- vid-19, desrespeita

Para analisar o envolvimento produtivo dos alunos na aprendizagem elaboraram-se narrações de aulas (relato multimodal, feito pelo professor, baseados no que acontece na sala de

Assim, mesmo que os resultados sejam diferentes quando exploramos os vídeos após o estudo dos conteúdos ou de quando são apresentados para desenvolver os assuntos,

Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar a experiência de formação inicial de professores de química através da participação no grupo de teatro «Química

Assim, o acionamento de redes online de relacionamentos ocorre antes, durante e mesmo depois da experiência migratória estudantil propriamente dita: antes, no contato com