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SUR LES DIFFÉRENTS SYSTÈMES DE VENTE DE L'ÉNERGIE ÉLECTRIQUE

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L A H O U I L L E B L A N C H E 155

Foucault s e r a p r o p o r t i o n n e l l e à i

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; elle est, d'autre part, proportionnelle à la vitesse V; elle s e r a d o n c K' P- V, K fiant aussi u n e c o n s t a n t e , et le travail résistant a b s o r b é : lorsque le m o b i l e ainsi c o n s t i t u é a u r a s o n r é g i m e n o r - mal, le travail m o t e u r s e r a é g a l a u travail résistant, o n aura d o n c

K P V = A " P V* d ' o ù 7 = = C o n s t . Le m o b i l e à vitesse c o n s t a n t e est d o n c réalisé p a r c e dispositif, et ce, i n d é p e n d a m m e n t d e la t e n s i o n ; il suffit alors, p o u r a v o i r le c o m p t e u r à d é p a s s e m e n t , d e régler celte vitesse c o n s t a n t e é g a l e à celle q u i serait o b t e n u e s u r le compteur A ' a u m o m e n t o ù la vitesse c o n s o m m é e atteint celle d u forfait.

La m a i s o n J. Richard, q u i s'est fait u n e spécialité d e s appareils e n r e g i s t r e u r s , e x p o s a i t à M a r s e i l l e u n certain nombre d'appareils d e m e s u r e et d e c o n t r ô l e fort intéres- sant, n o t a m m e n t : d e s g a l v a n o m è t r e s a p é r i o d i q u e s à cadre m o b i l e , d u s y s t è m e d ' A r s o n v a l , p o u r c o u r a n t c o n - tinu, p o u v a n t servir à la fois c o m m e a m p è r e m è t r e o u c o m m e v o l t m è t r e ; d e s v o l t m è t r e s et a m p è r e m è t r e s électro- magnétiques et t h e r m i q u e s , p o u r c o u r a n t s c o n t i n u o u alternatif, o r d i n a i r e s o u e n r e g i s t r e u r s ; d e s w a t t m è t r e s enregistreurs, d e s b o i t e s d e c o n t r ô l e , d e s a p p a r e i l s e n r e - gistreurs p o u r m é t é o r o l o g i e et d ' h y d r a u l i q u e .

Elle exposait a u s s i u n o h m è t r e à m a g n é t o p o u r e s s a i s d e résistance; u n a v e r t i s s e u r d e t e n s i o n , u n i n d i c a t e u r d e sens de p u i s s a n c e p o u r la m a r c h e e n parallèle d e s alterna- teurs, u n i n d i c a t e u r d e p l a c e , etc.

La m a i s o n Rousselle et Tourûaire, q u i exploite e n France les b r e v e t s et p r o c é d é s S i e m e n s et H a l s k e , e x p o s a i t divers appareils d e m e s u r e p o u r t a b l e a u x d e distribution : voltmètres et a m p è r e m è t r e s à c a d r e m o b i l e , é l e c t r o m a g n é - tiques et à c h a m p s - t o u r n a n t , e n r e g i s t r e u r s p o u r c o u r a n t s continu o u alternatif, ainsi q u e d e s a p p a r e i l s d e m e s u r e de précision p o u r l a b o r a t o i r e o u c o n t r ô l e : v o l t m è t r e s , a m p è r e m è t r e s , w a t t m è t r e s , p o u r c o u r a n t s c o n t i n u o u alter- natifs, c o n d e n s a t e u r s , g a l v a n o m è t r e s o r d i n a i r e o u balis- tique, é l e c t r o d y n a m o m è t r e s , p y r o m è t r e s t h e r m o - élec- triques, p h o t o m è t r e s , h y s t é r é s i m è t r e s , a p p a r e i l s p o u r la radiographie, etc.

Cette m a i s o n e x p o s a i t a u s s i d e s a p p a r e i l s t é l é p h o n i q u e s , des s i g n a u x p o u r m i n e s et c h e m i n s d e fer, d e s i n d i c a t e u r s à distance d e n i v e a u d ' e a u , ainsi q u e d e s a v e r t i s s e u r s d'incendie (*)•

La m a i s o n Olivetti, d e M i l a n e x p o s a i t d i v e r s a p p a r e i l s de m e s u r e p o u r c o u r a n t s c o n t i n u o u alternatif, e n r e g i s - treurs o u n o n . S i g n a l o n s u n w a t t m è t r e e n r e g i s t r e u r à relais, dont le p r i n c i p e est le m ê m e q u e celui d e l'électro- d y n a m o m è t r e a b s o l u .

L'appareil est c o n s t i t u é p a r u n e b o b i n e a m p è r e m è t r i q u e Axe, en série s u r le circuit, et u n e b o b i n e v o l t m é t r i q u e mobile, e n dérivation, et p l a c é e d a n s le c h a m p p r o d u i t p a r 'a première. L o r s q u e le c o u r a n t p a s s e d a n s l'appareil, la bobine m o b i l e est sollicitée p a r u n e force p r o p o r t i o n n e l l e à la puissance d e c e c o u r a n t . Cette force est c o n t r e b a l a n c é e par la torsion d ' u n r e s s o r t q u i t e n d , à c h a q u e instant, à repousser l ' é q u i p a g e m o b i l e à la p o s i t i o n d u z é r o . C e résul- tat est o b t e n u p a r le fait q u e l'autre e x t r é m i t é d u ressort

*st sollicitée p a r l'action a u t o m a t i q u e d ' u n petit m o t e u r électrique q u i est e n r e p o s t o u t e s les fois q u e l'action d u courant s u r l'équipe m o b i l e fera équilibre à la torsion d u rassoit. M a i s d è s q u e cette a c t i o n d e v i e n t i n é g a l e a u couple d e torsion d u ressort, l ' a r m a t u r e d u petit m o t e u r

()-a m a i s o n R o u s s e l l e et T o u r n a i r c e x p o s a i t é g a l e m e n t d e s petits

«ûieups, depuis '/m d o c h e v a l , p o u r c o u r a n t s c o n t i n u o u alternatifs

û t (!urs simples, polisseuses, p e r c e u s e s , ventillateurs, p o m p e s à air, etc.

tend à t o u r n e r d a n s u n s e n s o u d a n s l'autre, d e m a n i è r e à r e c o n d u i r e t o u j o u r s l'équipe m o b i l e à la position d u z é r o . S i g n a l o n s é g a l e m e n t u n a m p è r e m è t r e t h e r m i q u e e n r e - gistreur à d i a g r a m m e circulaire.

M . P

——- •• •• -tl^r~-

SUR LES DIFFÉRENTS SYSTÈMES DE VENTE DE L'ÉNERGIE ÉLECTRIQUE

Communication faite au Congres de Marseille, par M. Lucien Gnoncr, Ingénieur ciwl des Mines, Chef du Service commercial de la Compagnie d'électricité de l'Ouest-Lumière.

Nous n'avons pas la prétention de faire quelque chose de nouveau : tous les éléments de la Tarification ont déjà clé pris en considération dans les Ouvrages précédents. Nous allons les exposer et nous les discuterons. Jusqu'ici, les dilférenls auteurs se sont surtout appuyés sur des considérations théoriques ; sans négliger ces considérations, nous nous placerons surtout au point de vue pratique, ein nous basant sur des résultats d'exploitation commerciale que l'expérience nous a enseignés.

C O N S I D É R A T I O N S G É N É R A L E S S U R L E S T A R I F S

Qualités d'un bon tarif — Avant de passer en revue les bases de la Tarification et les divers systèmes de tarifs qui on résultent, nous tenons à préciser les qualités qu'il tant chercher à donner à ces tarifs. Ces qualités ont déjà élé décrites dans plusieurs articles (et les chlilérents auteurs sont sensiblement d'acord à ce sujet). Ce sont :

I. L a simplicité qui a, entre autres avantages, celui de dimi- nuer le travail du personnel chargé de la rédaction des polices, de l'établissement des quittances.

II. L a clarté. — Elle permet au public de conipreiiwli c faci- lement le tarif (ce qui augmente sa confiance) et de vérifier lui- m ê m e ses quittances sans difficulté.

TH. — L'Equité. — Il s'agit de ne pas faire, sans motifs vala- bles, de conditions spéciales à certains abonnés. Si une société emploie simultanément divers modèles de tarifications, il est nécessaire que des clients placés dans des conditions semblables, puissent obtenir, s'ils le désirent, des tarifs identiques. Il ne faut pas donner lieu aux contestations justifiées, aux critiques et au mécontentement de la clientèle.

IV. — U n bon tarif doit éviter tout contrôle inquisitorial chez l'abonné, surtout dans le cas des installations de lumière, qui comportent un grand nombre d'appareils et qui sont faites sou- vent dans des appartements privés, où les recherches deviennent vite gênantes et vexatoires.

U n tarif qui serait conforme aux bases de la Tarification et qui présenterait en outre tous ces caractères, serait idéal : il est irréa- lisable. E n fait, nous serons obligés d'abandonner, dans une cer- taine mesure, quelques-unes de ces qualités. 11 y a tant d'élé- ments, parfois contradictoires, à considérer pour établir un tant rationnel, que ce serait un rêve de vouloir obtenir une formule remplissant en m ê m e temps les qualités ci-dessus. Nous cher- cherons un système de vente aussi simple que possible, rigou- reusement équitable, et surtout facile à assimiler par la clientèle.

Bases de la tarification. — Nous ne saurions mieux' faire, à ce sujet, que de citer la définition de M . G. Siegcl (dont l'Ou- vrage a été traduit par M M . R. Ellissen et S. Allaiii-Lauuuay) :

« Les tarifs doivent être établis au profit c o m m u n de l'entrepre- neur et du consommateur. C'est pour satisfaire en m ê m e temps les intérêts des deux parties qu'il faut connaître, à côté des mul- tiples conditions régissant la produel ion de l'énergie éleeliique, les conditions économiques de la vente.

« Le prix d'un objet, en général, rôsulfe des cslimafion.s réci- proques du vendeur et de l'acheteur. Ces estimations déterminent pour le vendeur i'o//re, et, pour l'acheteur, la d e m a n d e .

u Ce sont, suivant l'expression de M . Lauriol, le prix de revient et le service rendu. »

Ainsi, le problème de la Tarification consiste à peser lous les facteurs, aussi bien économiques que techniques, qui influent, d'une part sur l'emploi, d'antre part sur la production de 1 énergie électrique, cf. à tenir compte, suivant son importance relative, de chacun de ces facteurs

PRIX DE REVIENT. — Sans nous appliquer à établir scientifique- ment tous les éléments du prix de revient (ce qui, d'ailleurs, a

Article published by SHF and available athttp://www.shf-lhb.orgorhttp://dx.doi.org/10.1051/lhb/1909041

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déjà été fort bien dit dans les Ouvrages précités), nous classeions seulement ces éléments en trois catégories :

1° Frais généraux constants. —• Ce sont ceux auxquels donne lieu lout client, du fait seul qu'il est client, quelles que soient la puissance de son installation et l'importance de sa consommation Irais d'établissement de quittances, d'encaissement, de relevé de compteurs, de contrôle des compteurs, et frais généraux divers.

2° Frais fixes variables avec le client et proportionnels à la puis- sance installée. — Ce sont ceux qui correspondent à rétablisse- ment de la partie d'usine théoriquement affectée au service de ce client, à l'augmentation des feeders, des branchements, des trans- formateurs (en alternatif), entretien des machines et des canali- sations, maintien des chaudières sous pression, frais de person- nel, etc.

3° Frais qui sont fonction de la c o n s o m m a t i o n . — Ce sont les dépenses de production proprement dites.

Tout exploitant devra tenir compte de ces trois catégories d'élé- ments. E n principe, le prix du courant devra être suffisamment rémunérateur pour couvrir la s o m m e de ces frais.

O u s occupera aussi, autant que possible, cle l'influence de la c o n s o m m a t i o n el de la façon de c o n s o m m e r sur ces éléments d u pi ix de revient. Pour les petits clients, tout en tenant compte de celte influence, il sera mutile de considérer pour chacun d'eux la valeur réelle du prix de revient, car les variations dams les frais fixes, variables avec le client, conduiraient à des différences inad- missibles dans les prix cle vente. Pour les gros clients, le prix cle vente est plus faible, et il devra rester supérieur au prix de revient calculé d'après les irais d'amortissement du matériel, mais ne comprenant qu'une fraction minime de frais généraux, la valeur de ceux-ci par kilowatt-heure vendu se trouvant consi- dérablement diminuée par suite de l'importance de la consomma- lion. D'ailleurs, les frais de production eux-mêmes par kilowatt- heure subissent la m ê m e influence.

Clients de secours. —• E n ce qui concerne le prix de revient, nous tenons à dire quelques mots de l'influence des clients chez qui l'exploitant n'a pu pénétrer qu'en secours. Nous rangerons ces clients en deux catégories : les petits et les gros

Nous pourrons admettre que les premiers soient assez nom- breux pour que ces consommations exceptionnelles ne se super: posent pas, et qu'elles soient équivalentes à la consommation régulière d'un seul d'entre eux consommant continuellement.

Ainsi, chacun ne nécessite pas une augmentation cle la centrale ou des canalisations principales, mais chacun donne heu à des frais lixes de la deuxième catégorie du prix de revient, qui, pour les petits clients, ont une importance appréciable.

Il n'en est pas de m ê m e des gros clients. E n supposant m ê m e que ces consommations exceptionnelles ne se superposent pas (ce qui n'aura pas lieu, parce qu'ils sont trop rares pour que la loi des grands nombres leur soit applicable), leur densité sera trop faible sur toute l'étendue du rfâseau pour ne pas nécessiter des canali- sations spéciales pour chacun d'eux.

D e plus, clans le cas cle l'alternatif, il y aura heu cle créer un posle chez les gros clients ou dans leur voisinage. Ce seront là des Irais d'établissement (importants, auprès desquels les frais fixes constants seront négligeables. U n remède partiel, clans le cas de l'alternatif, consiste à leur fournir du courant de haute tension, ce qui laisse à leur charge la dépense à vide des transformateurs, qu ils peuvent réduire en ne laissant pas inutilement ces transfor- mateurs en circuit.

Ainsi, ces clients de secours, les uns pour une raison, les autres pour une autre, sont-ils peu désirables en principe ; et si, en fait, on ne leur impose pas des tarifs sensiblement plus élevés, c'est non pas par un calcul do prix cle revient, mais par un raisonne- ment purement commercial. Il y a l'espoir et la grande probabilité de voir accroître l'importance cle leur consommation au point qu'ils puissent se transformer, de clients cle secours, en clients définitifs.

S u n ICE RENDU. — Etant donné un certain nombre de consom- mateurs de m ê m e importance, les uns demandent à l'électricité des qualités de commodité, cle propreté, de sécurité, de luxe, etc. ; d'autres, tout en reconnaissant ses nombreux avantages, exigent d'elle, c o m m e qualité primordiale, le bon marchlji, el ne consenti- ront à utiliser l'énergie électrique qu'à condition de la "payer moins cher que les autres ; ceux-ci, soit qu'ils puissent la produire eux-mêmes clairs d'assez bonnes conditions, soit qu'ils puissent la remplacer par un agent de nature différente.

Vendre uniquement suivant le prix de revient, avec un m ô m e pourcentage de bénéfice, sans tenir compte du service rendu,

serait illogique ; d'une part, ce serait céder une fraction du cou!

rant produit à un prix inférieur à celui que les abonnés sont sui ceptibles d'accepter, c'est-à-dire renoncer de plein grlô à une source cle bénéfice. Exemple : les clients d'été pour lesquels on peut main, tenir et m ê m e majorer le tarif d'hiver, etc. D'autre part, ce seiaii perdre une partie des clients : ceux pour lesquels le tarif établi selon tous les éléments du prix de revient serait supérieur à ]^{ estimation, alors qu'en se contentant d'un bénéfice moindre oa pourrait établir un tarif inférieur à leur estimation.

E n s o m m e , tout aussi bien que le prix de revient, le servie»

rendu intervient clans la vente de l'énergie électrique et jusliflc les différences cle prix clans diverses conditions que nous allons examiner dans les chapitres suivants.

C L A S S I F I C A T I O N D E S T A R I F S

Nous allons maintenant examiner les différents procédés d'éla- bhr un tarif qui ne soit pas uniforme pour tous les consomma, teurs, quelles que soient les conditions où ils se trouvent.

Antôiieurement, ces procédés étaient laissés, en toute liberté au choix cle 1 exploitant, mais un fait nouveau e s t intervenu : là loi du 1 5 juin 1906 sur les distributions cle l'énergie 'électrique a prévu la création d'un cahier des charges type, qui vient d'eue approuvé au Conseil d'Etat, et dans lequel nous relevons l'article suivant (art. 6) : « Si le concessionnaire abaisse pour certains abonnés le prix cle vente cle l'énergie pour l'éclairage, avec on sans conditions, au-dessous des limites fixées par le tarif maxi- m u m , il spm tenu de faire bénéficier des m ê m e s réductions tous tes abonnés placés dans les m ê m e s conditions de puissance, d'horaire, de consommation, d'utilisation et de durée d'abonne- ment. »

E n s o m m e , c'est une condition d'équité qui ne s'applique pas aux concessions anciennes, mais devient obligatoire pour les con- cessions nouvelles.

Actuellement, les rabais sur les tarifs m a x i m a peuvent se divi- ser' en deux classes très différentes :

A. Rabais donnant heu à des tarifs tels que la dépense faite par le client est rigoureusement fonction cle sa consommation,

B. Rabais donnant heu à des tarifs tels que la dépense est indé- pendante cle la consommation, ou n'en dépend que d'une manière indirecte.

Les premiers sont presque uniquement appliqués par les usines brûlant du combustible ; les seconds, plus généralement, par les usines hydr auhques.

I. — R A B A I S

S U I V A N T L A N A T U R E D E S A P P A R E I L S D'UTILISATION Avantages. — L u m i è r e el force motrice. — O n a l'habitude de vendre plus cher l'énergie électrique destinée à l'éclairage que colle destinée à la force motrice. Voici les considérations qui moti- vent cette différence.

O n admet que les consommations d'énergie sous forme de force motrice sont beaucoup plus considérables que sous forme de lumière. Elles se font d'une façon plus régulière, non seulement aux heures cle pointe, mais aussi le reste du temps. La durée d'utilisation moyenne des moteurs est donc plus grande que celle des lampes. Pour ces trois raisons, le prix cle revient du courant force serait inférieur au prix de revient du courant lumière.

Ces considérations, quoique assez souvent exactes, ne le sont pas d'une manière assez générale pour justifier l'application d'un tarif ainsi basé.

L a notion de service rendu, seule, justifie pleinement l'établis- sement de ce genre de rabais. E n effet, les consommateurs attribuent à l'énergie électrique une valeur plus haute quand ils l'emploient sous lorme cle lumière que lorsqu'ils remploie!"

c o m m e force motrice. L a lumière électrique a sur les autres modes d'éclairage des avantages multiples. Sans oublier qu'eue est un luxe nécessaire pour beaucoup cle particuliers, elle

offre,

par sa clarté, sa facilité de division, sa sécurité contre l'incenâie»

sa propreté, etc., des commodités sur lesquelles il est inutile d in- sister.

En tant que force motrice, l'ôlectncitié rencontre une plus fort*

concurrence. Elle se distingue sans cloute par le m o d o de traW- mission, la mise en marche, les prix de premier ôtablisseraen.

l'encombrement, etc., mais nombre d'industries qui nécessite", une force motrice continue peuvent avoir intérêt à produire elles- m ê m e s leur énergie. Cette concurrence faite à l'électricité fore motrice est d'autant plus grande que la force motrice enlre gt«8'

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L A H O U I L L E B L A N C H E

1 5 7

ralenienl pour une part plus importante que la lumière, clans le niix de revient des consommateurs industriels.

D'ailleurs, le principe de cette différence a été déjà (et très juslemcii.l) comparé aux tarifs de chemins de fer et aux tarifs postaux. Ces tarifs sont en effet variables, les uns, suivant les diverses denrées a transporter ou suivant les classes de voya- geurs, les autres, suivant la nature des missives (lettres, impri- més), parce que le service rendu est différent, quoique dans tous )es cas le travail nécessité soit le m ô m e .

('kmillutje. — N o u s pensons, non seulement qu'il faut faire des prix différents pour la lumière et pour la force, mais qu'il faut aussi faire un prix tout spécial pour le chauffage. Le chaullage par l'électricité est encore très peu répandu, parce qu il est beau- coup plus cher que les autres modes de chauffage Le seul m o y e n den développer l'emploi est de vendre l'énergie électrique destinée ,'t cet effet à un prix encore plus bas que celle qui est utilisée dninme force motrice.

Eu résumé, pour chaque catégorie d'appareils d'utilisation (appareils d'éclairage, de force motrice, de chauffage, etc ), il y a •

1° Une valeur maximum du prix de vente, au-dessus de laquelle l'exploitant ne trouverait pas de client ;

2° Une valeur minimum du prix de vente, au-dessous de laquelle le bénéfice obtenu par l'accroissement du nombre de clients ne compenserait pas la perte résultant de la diminution des prix pour chacun d'eux.

Ces deux valeurs sont essentiellement différentes pour chaque catégorie, les intervalles entre elles pouvant parfois chevaucher.

Inconvénients. — Cette chflérentiation, suivant la nature des appareils d'utilisation, déjà ancienne, a été un premier pas vers le perfectionnement des tarifs. Elle est insuffisante en ce sens que pour une m ê m e catégorie (lumière, force, chauffage) elle ne tient compte ni de l'importance de la fourniture, ni du m o m e n t où cette fourniture est effectuée.

Cas de consomalion simultanée de lumière et de force motrice.

— Un cas se présente : celui où le m ê m e client utilise l'énergie électrique sous deux formes différentes. L a question se pose prin- cipalement quand il y a consommation simultanée de lumière et de force motrice. O n a prétendu, très justement, que si le tarif est dilférent pour la lumière et pour la force, le producteur est amené i't employer Y inquisition pour vérifier que le consommateur ne prend pas de lumière sur un compteur de force motrice C'est vrai dans le cas des abonnés dont l'installation est importante ; mais, chez les petits clients, les moteurs, peu nombreux, ne sont pas en g.incral à une grande distance des compteurs, et la visite de ceux- ci permet une surveillance facile de l'installation.

Nous tenons à. faire une différence entre la petite et la grosse clientèle. L a fusion des prix de lumière et de force motrice, qui nous semble mauvaise d'une façon générale, peut par contre être acceptée chez l'industriel où l'éclairage ne joue qu'un rôle secon- daire ou encore chez celui que nous supposons important, qui peut recourir à une autre source de lumière (c'est alors un client à conserver).

Pour tourner la difficulté sans créer de précédent, on peut n'ad- mettre cette fusion que chez les clients assez importants pour justifier l'installation d'un poste de transformateur spécial pour eux (et par conséquent chez eux), permettant ainsi la vente du courant haute tension, ce qui évite la dépense à vide des transfor- mateurs et justifie une diminution de prix, principalement sur la lumière. Cette distinction ne peut être faite, il est vrai, pour les centrales qui distribuent du courant continu, mais nous ne croyons pas au développement de la grosse clientèle dans les régions desservies par de pareilles centrales.

H. — R A B A I S S U I V A N T L A N A T U L E D E S L O C A U X Ï>ANS L E S Q U E L S L ' E N E R G I E E L E C T R I Q U E E S T U T I L I S E E

Le rabais sur le prix m a x i m u m du courant suivant la nature

«es locaux a été souvent appliqué dès le début des différentes exploitations, surfout dans le cas de la lumière.

Lumière. — Avantages. — Ce rabais se justifie d'abord au point de vue dû prix de revient, par ce fait que les boutiquiers, commerçants, etc., sont susceptibles de faire une consommai ion plus régulière que les particuliers, et une consommation plus considérable aussi par rapport à l'importance de leur installation.

, Service rendu. — L'industriel, le boutiquier, etc , n'acceptent Pas, en général, de payer la lumière aussi cher que les parti- culiers parce qu'elle est un élément de leurs frais généraux, alors lue, pour les particuliers, elle est, le plus souvent, un luxe. Ainsi,

on peut constituer deux groupes : d'une part, l'éclairage privé ; do l'autre, l'éclairage industriel et commercial comprenant les lampes installées dans les fabriques, ateliers, boutiques, bureaux, etc Pour les m ê m e s raisons, il est intéressant de faire des diminutions de prix pour l'éclairage des escaliers, les affiches lumineuses, etc.

Inconvénients. — Ce système ne tient compte que. d'une façon hypothétique de la valeur de l'abonné : certains particuliers sont plus avantageux c o m m e clients, que nombre de boutiquiers et de commerçants. Puis il y a des limites difficiles a établir • clans quelle catégorie ranger les petits ouvriers en chambre, les com- merçants en appnilornent ? Il y a là une source de réclamations et de mécontentement.

Force motrice. — Pans le cas de la force motrice, ce rabais a été beaucoup moins appliqué U n e différence de prix se justifie peut-être uniquement pour les moteurs à marche inlermillente : ascenseur, monte-charges, etc., qui peuvent subir une majoration (cette majoration est appliquée dans plusieurs grandes villes allemandes). En résumé, ce procédé donne quelque satisfaction en ce sens que, tout en étant simple, il permet d'élabhr des rabais pour certaines catégories de consommateurs. Mais c'est une solu- tion très incomplète et quoique peu arbitraire du problème de la tarification.

III. — T A R I F S U I V A N T L A Q U A N T I T E D'ELECTRICITE C O N S O M M E E D A N S L ' A N N E E

Avantages. — Ce rabais semble équitable au premier abord, parce qu'il permet de faire aux clients imporlants un prix moins élevé qu'aux petits

Inconvénients. — Mais il ne tient aucun compte de l'impor- tance de l'installation. En s o m m e , il n'est pas équitable d'admellrc qu'un client de grosse puissance, qui ne c o n s o m m e que pendant quelques heures chaque année, puisse payer le kilowall-houre beaucoup moins cher qu'un petit client qui consomme d'une façon plus régulière, pendant la plus grande partie de l'année • ceci parce que sa consommation totale serait plus grande.

Modes d'application. — Quoique ce fnnf ne nous paraisse pas intéressant, nous allons exposer et discuter ses modes d'appliea- Iion, parce que nous les retrouverons à propos des aulies tarifs.

Les rabais suivant la nature des appaicils d'ulilisntion et sui- vant la nature des locaux ne clélermmcnl qu'un prix unique moins élevé que le prix ordinaire.

Dès qu'on considère des quantités d'électricité, on peut appliquer la diminution de prix de trois manières dil'lércnles, soif dès le début, soit pendant le cours, soif à la fin de l'année do la police, d'où les tarifs suivants :

1° Tarif minimum. — L'abonné s'engage à consommer un certain nombre d'heclowalls-heure dans l'année, pendant une ou plusieurs années ; les liectowalls-heure lui sonl, dès le début, facturés à un prix unique inférieur au tarif m a x i m u m Les heelo- wats-heure non consommés doivent être payés on fin d'année, soit au prix des heclowatls-heure consommés, soit à un prix inféueur si le contrat le prévoit.

2° Tarif dégressif. — Les premiers hectowaUs-henre sonl fac- turés au prix m a x i m u m , les hectowalts-heure suivants à des prix décroissants.

3° Tarif à ristourne. — Tous les heclowatts-heuro sont facturés au prix m a x i m u m ; mais, si la consommation do l'année ntlcinl un certain nombre d'heclowaUs-heure, une ristourne est faite en fin d'année, de façon à ramener le prix de l'hectowatl-heure à un prix moins élevé.

Tarif à m i n i m u m . — Avantages — La comptabilité on est simple ; ce tarif est facilement compris par le public. Les clients payent dès le début le prix réduit. Enfin, ceux qui n'achètent sous forme élec- trique qu'une partie de l'énergie dont ils ont besoin, ont tendance, avec un engagement à m i n i m u m , à se servir tout de suite de colin énergie électrique et arriver peu à peu à ne se servir que d'elle seule

Inconvénients. — Les clients hésitent souvent à prendre un engagement de ce genre, et, parmi ceux qui y consc-iiilonl, certains peuvent ne pas arriver jusqu'à la consommation garantie. Alors il est difficile de leur faire payer la différence. C'est une soin ce de mécontentements. Cette dernière difficulté peul être évitée, la plupart du temps, par l'expérience cl la bonne foi de l'exploi- tant.

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Tarif dégressif.— Avantages — E n principe, d es! rationnel. Il esl m ê m e ovciul«ig<ui.\ en ce sens que les abonnés n'onl aucun engagement à prendre

Inconvénients. — Il fait payer cher les premières quantités de courant cl surtout il a le tort d'obliger l'exploitant à laisser les deiiiieis hcolownlts-heiire de l'année à ,un prix 1res bas pour déterminer le prix moyen en rapporl avec la consommai ion. Par exemple, si 1 exploitant désire un prix m o y e n de (i eenlimcs par lieclowatt-licuie, le prix initial étant de 8 centimes, il faut taire figurer dans la. police le prix de i centimes. Dans cerlaines circons- tances, la clientèle, voyant qu'il est possible de lui vendre le cou- lanl à un piix aussi bas ne comprend pas que dans le cas général on le lui Inclure le double. El ces! là, quoiqu'on dise, un danger au point de vue cominieicial. Enfin, ce tarif complique la oompla- bihliX

Tarif à ristourne. — Avantages. — C o m m e le tarif dégressif, ce tarif n'oblige les clients à aucun changement, el il est plus simple que lui au point de vue de la comptabilité.

Inconvénients. —• C o m m e le tarif dégressif, il comence à faire payer le prix forl, et, surtout dans certain cas, le client a intérêt a consommer mutilemenl pour avoir droit à une ristourne Pour éviter cet inconvénient de la. ristourne, on pourrait supprimer celle-ci en ne faisant plus payer le courant au client dès que sa consommation annuelle serait égale au total qu'il doit finalement débourser. Cela reviendrai! à supprimer les pointes dans le gra- phique ayanl c o m m e abscisses les heclowatls-heurc et c o m m e ordonnées les s o m m e s à payer. N o u s pensons que ce tarif ainsi présenté aurait un certain succès auprès des clients • ceux-ci auraienl droit à une prime en couranl, lorsque leur consommation aurait atteint une valeur déterminée.

IV — R A B A I S

S U I V A N T L A R E G U L A R I T E D E L A C O N S O M M A T I O N a) — La régularité esl définie par le rapporl de la quantité d'élec-

tricité anuellenienl consommée à la puissance installée.

Avantages. — Le rabais, fonction de la régularité ainsi définie, ol'lre les avantages du rabais suivant quantité sans en présenter les inconvénients. E n elfet, pour un m ê m e client, il favorise le dévcloppemeril de la consommation. Il favorise sur tout le client qui, avec une petite installation, arrive à une consommation rela- tivement nnporlanle. Ce tarif se justifie au point de vue du piix de revient, car, pour une installation donnée, celui-ci diminue quand le nombre des hoclowalts-heure c o n s o m m é s augmente

inconvénients — Il ne tient pas compte du m o m e n t de la journée où l'énergie esl consommée. Il entraîne le client, pour réduire la puissance de son installation au m i n i m u m , à supprimer des lampes qui lui seraient utiles. 11 peut donner lieu à des fraudes.

M o d e s d'application. — Dans l'application de ce rabais, il y a deux systèmes, suivant que la réduchon se fait ou non automati- quement : 1° Le tarif à prime que nous examinerons plus loin ; el 2° Le tarif à m i n i m u m , le larif dégressif ou le tarif à ristourne.

Pour le premier, le m i n i m u m d'heclowatts-heure à gaiantir esl calculé proportionnellement à la puissance installée. Pour le tarif dégressif, c'est le nombre d'iiectowatts-heure de chaque échelon qui est proportionnel à celle puissance. Dans le Iroisiôme tarif, pour avoir choit à un rabais déterminé sur le prix du m a x i m u m cle l'hcclowalt-heure, il faut avoir c o n s o m m é un nombre d'hcclo- vcalts-heurc proportionnel à la puissance installée.

b) — Régularilé définie par le rapporl du nombre d'heelowalis- heure annuellement consommée à la puissance m a x i m u m ins- tantanée.

Avantages sur le sijslème précédent. — Le client n a plus heu de réduire son mslallalion. Ce système (dit de lirighlon) est plus équitable que le précédent, parce que le deuxième lerme du rap- port peut 61 rc mieux établi. Dans la plupart des cas, la puissance mslallée est supérieure à la puissance m a x i m u m uliliséc C o m m e le précédent, et mieux que lui, ce rabais se justifie au poin! de vue du prix de revient, car, en pratique, les frais fixes conslanls dépendent plus de la puissance m a x i m u m inslanlnnée que de la puissance installée.

Inconvénients. — Il ne lient, pas complc de l'heure à laquelle le couranl esl c o n s o m m é En outre, il nécessite un appareil sup- plémentaire d'un prix relalivenienl élevé, desliné à enregislrer le m a x i m u m instantané. Ces! une augmentahon des frais fixes m e n -

suels. Aussi ce système n'esf-il pratique que pour les abonnés dont la puissance est assez importante pour justifier l'installation d'un pareil enregistreur.

Dans le cas des petits chenls, il n'est pas admissible, mais on peu! tourner la difficullé en remplaçant la puissance maximum instantanée par la puissance d u compteur. O n place alors «n compteur, non d'après la puissance installée, mais d'après ce que le client déclare devoir êlre sa puissance m a x i m u m en service C o m m e garantie, on n'a que la bonne foi de l'abonné et sa crainte d'une avarie au compteur, dont il pourrait être responsable.

Modijicalions c o m m u n e s aux rabais précédents. — Ces dein rabais, lels qu'ils ont clé exposés, ne tiennent pas compte de l'importance de l'abonné. C'est un défaut qu'on peut corriger en faisant décroître (lorsque la puissance du client augmente) le nom- bre d'iicctowatls-heure à consommer au jinx fort par liecto- walt, pour avoir droit soit à une ristourne, soil à une dégression ou en diminuant la valeur du m i n i m u m par heclowatl de puis- sance

c) — Tarif à prime. Dans ce cas, l'abonné verse annuellement à la Compagnie une s o m m e proportionnelle soit à la puissance mslallée, soit à la puissance m a x i m u m demandée, et paye les hectowalls-heure consommes à un prix unique inférieur au prix m a x i m u m .

Avantages — L a dégression s'y fait automatiquement, el il y a par suite une simplification de la comptabilité. E n supposant, en outre, que les consommations soient régulières, le prix cle 1 lieclowalt-heitre est constant.

Inconvénients. — Mais ce tarif tend à réduire l'importance de 1 installation à laquelle la prime est proportionnelle. Cet incomc- nient diminue quand la prime esl proportionnelle à la puissance m a x i m u m demandée, mais, c o m m e nous l'avons déjà vu, ce sjs- tèrne n'est applicable qu'à la grosse clientèle. Ce qui est plus grave, c'est que ce tarif oblige le client à payer périodiquement, m ê m e s'il ne c o n s o m m e pas, une fraction de la prime qui appareil alors c o m m e une lourde augmentation des frais fixes cle location, de branchements et cle compteurs.

Cependant, ce tarif peut rendre des services dans le cas des gros clients à grand horaire d'utilisation. Pour ceux-ci, avec l'emploi des tarifs dégressif à ristourne, la cliffiétrence peut être dis- proportionnée entre le prix cle l'heclowatl-heure au commencement et à la fin cle l'année : el, avec le tarif à m i n i m u m , l'engagement à prendre pour permettre au consommateur d'obtenir des prix qui, logiqnemenl, doivent êlre réduits, représente une s o m m e très ont- sidérable A u contraire, la prime est sensiblement inférieure à ce que serait le m i n i m u m à garantir par l'abonné.

O n peut, bien, entendu, faire varier avec la puissance (installée ou m a x i m a instantanée) soit le taux de la prime, soit le prit unique de l'hectowatt-heure.

V. — R A B A I S S U I V A N T L ' H E U R E A L A Q U E L L E L E C O U R A N T E S T C O N S O M M E Avantages. — L a seule question qui intervienne ici est celle du prix de revient. Ce rabais est excellent, parce qu'il permet, en vendant le courant moins cher, d'augmenter la production ci des moments où le personnel de l'usine el le matériel (usine et cana- lisation) sont mal utilisés (Notons que les heures dites de pointu sont assez variables d'une centrale à une autre, plus tardives clans les grandes villes que dans les régions industrielles. Néanmoins, toutes les usines présentent dans leur charge une chule énorme pendant un certain nombre d'heures de nuit.)

O n peut, arriver à ces heures mortes à vendre le courant à un prix moins élevé que le prix cle revient total (celui qui comprend tons les ('déments de l'énuméralion faite au sujet des bases délit tarification) : et ceci parce que la plus grande partie des frais autres que ceux cle production proprement dite existeraient à ces heures-là, m ô m e si la clientèle ne consommait pas. Ainsi le cou- rant fourni dans ces conditions peut êlre considéré c o m m e ayant un prix cle revient inférieur

Inconvénients. — 1° A u point cle vue de la production, ce sys- tème de tarif ne tient pas compte de la puissance instantané^

demandée par les clients. Et cela est surtout préjudiciable aux heures de pointe, car on conçoit qu'un client important, cjui con- sommerait généralement aux heures mortes pourrait exception- nellement, employer de l'énergie à un. m o m e n t cle la soirée. Sa mis;1 en marche entraînerai! dans le réseau une perturbation s a n S proportion avec la seule augmentahon cle prix déterminée Pa r

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L A H O U I L L E B L A N C H E

1 5 0

l'heure de la. consommation, parce qu'on ne tient pas compte de la

«émince demandée.

.» Ce lard vise principaloment les intérêts du producteur. 11 ne tient pas compte de ceux du consommateur, c'est-à-dire du srr- tiai rendu. Il arrive souvent que le service rendu varie dans le moine sens que le prix de revient du producteur, mais c'est une coïncidence qui ne se réalise pas en général.

30 c,,,.. tard donne lieu à des difficultés assez considérables au sujet des compteurs Pour l'appliquer convenablement, il faut modifier, au moins tous les trois mois, les heures de changement do (uni Ainsi au début de chaque trimestre, se lrouve-l-on dans lol)li"alion de visiter, en deux ou trois jours ou plus, tous les compteurs du réseau. C'est un travail qui nécessite, à ces époques, un peisonnet supplémentaire relativement nombreux, et qui, malgré cela, peut ne pas être termine" dans u n laps de temps aussi cuiirt. Ces abonnés réclament, ce sont des sources de méconten- taient pour eux. Ils n'admettent, pas, en général, les retards, même d'un jour, pendant lesquels les heures de tarif fort emplo- ient sur celles du mois précédent.

Cet inconvénient n'a pas lieu pour la clientèle spéciale de nuit, malheureusement trop limitée (exemple : industrie des voilures déplace, ele), parce qu'on peut lui appliquer un tarif spécial de mu! dont les limites sont les m ê m e s toute l'année (par exemple, de 10 li. du soir à G h. du matin).

Pour que la question des doubles tarifs à limites variables com- porte une solution pratique, il faudrait qu'il existât des compteurs jiei'fccltonnés qui changeraient d'eux-mêmes tous les trente jours, par exemple, et qui n exigeraient ainsi que de rares visites. Peut- être arrivera-l-on à fabriquer de pareils compteurs, et, s'ils ne coulaient pas trop chers, nous reconnaissons qu'un inconvénient grave à l'application, de ces doubles tarifs aura disparu.

i° Le prix des compteurs intervient encore dans certain cas, non pas pour les clients qui consomment à la fois de la lumière et de la force motrice, m pour les gros industriels, mais pour lu petite clientèle, au sujet de laquelle on doit s'ingénier à réduire les frais fixes à un taux aussi bas que possible.

Dans 1 application, le syslème change-tarif est mis en œuvre soit à l'aide d'un compteur présentant un seul cadran, et tel que les liectu'walts-heure au tarif fort soient automatiquement majorés, soil ù l'aide de compteurs à deux cadrans. N o u s ne saurions trop recommander ce dernier système. Il permet, en effet, à l'abonné de se rendre compte de l'instant du changement de tarif ; et en cas d'arrêt de l'horloge, il donne le nombre d'hectowalls-heure totaux consommés et permet ainsi do faire une répartition pro- bable de la consommation.

VI. — R A B A I S P O U R C A U S E D ' E X C L U S I V I T E Ce rabais a un caractère essentiellement commercial. Il résulte d'une sorte d'association, entre le producteur cl le consommateur, dont le but est, pour ainsi dire, de les solidariser dans leurs béné- fices respectifs. C'est un m o y e n indirect pour l'exploitant d'aug- menter sa production. C o m p a r é au tarif à m i n i m u m , le seul qui, avec lui, donne heu à un engagement de l'abonnie', il a l'avantage de 110 pas risquer do faire payer à celui-ci des quantités d'énergie élecliiijue non coi 1 sommées.

Dans la, plujiai't des cas, il serait très difficile de contrôler si cet engagement est loyalement rempli. Aussi, ce rabais employé sans dislinchon. pour toutes les catégories de la clientèle peut être la source de nombreuses contestations. Il ne nous semble guère applicable qu'aux boutiquiers et industriels chez qui le contrôle t'sl facile. C'est un nouveau procédé pour favoriser ces clients si difliciles à attirer. Rien entendu, il serait inadmissible que cette seule clause d'exclusivité donnai lieu à d'importants rabais • ce

s>sleino n'est légitime que s'il est combiné avec u n nuire, par exemple, avec le rabais suivant la durée de l'abonnement U n e exclusivité d'un an n'aurait pas de raison d'être : pour plusieurs années, elle peut être intéressante.

v"- - R A B A T S S U I V A N T L A D U R E E D E L ' A B O N N E M E N T L'engagement de durée, en assurant Tufilisalion pendant un certain nombre d'années d'un ensemble d'mslallalions faites spé- cialement pour l'abonné, agit sur le prix do revient en ce sens qnil reporte sur un plus grand nombre d'iiecloxvatts-heurc ceux

(|es frais fixes qui sont variables avec les clients.

_ J "mb i n a i s o n avec un engagement de minimum ou d'exclusivité.

L engagement de durée n'a de valeur que combiné avec celui

6 l ï u ni m n m ou avec celui d'exclusivité. Dans ce cas, le minimum

peut être global pour la durée de l'engagement, mais celle formule est, susceptible de donner lieu à des difficultés de paiement, et il nous semble préférable d'adopter quand m é m o le minimum annuel garanti à l'avance pour toute la durée de l engagement, d'autant plus qu'il en résulte une plus grande régularité dans lu consom- mation

Cette dernière clause, généralement acceptée par les commer- çants, peut cependant taire hésiter beaucoup d'industriels à pro- duction trop variable. O n peut alors adopter la solution suivante : fane prendre au client un engagement d'exclusivité pour plusieurs années, n'exiger de lui qu'un minimum actuel variable lous les ans et, dont l'importance déleimme chaque année le prix de 1 hectowalt-heurc d'après un Tableau fait à l'avance.

T A R I F A F O R F A I T

Avec ce tarif, le prix à. payer par l'abonné est fixé à l'avance, suivant la puissance installée, et parfois aussi suivant l'importance du travail accompli. Naturellement, lorsque la puissance installée augmente, le taux du forfait pair heclowatl de puissance doit diminuer. Pour les clients importants, on remplace la puissance installée par la puissance m a x i m u m instantanée.

Avantages. — L a pose, la vérification et le relevé des coinpleurs sonl évités. II y a simplification de la comptabilité. Enfin, le client connaît exactement sa dépense à l'avance.

Inconvénients. — 1° A u point de vue du prix de revient, ce système ne tient compte ni de l'heure à laquelle le courant est consommé, ni de la migularilé avec laquelle se l'ail la consomma- tion.

2° îl tend à limiter l'importance de l'installation Dans le cas de lumière, les chenils ne posent qu'un m i n i m u m de lampes, et natu- rellement ils les utilisent surtout aux heures de pointe. Los indus- triels n'installent que le nombre de moteurs stnclomenf néces- saire, les font fonctionner presque constamment et ai rivent ainsi à obtenir l'énergie à un prix très bas.

3° Les abonnés sont portés à. gaspiller le courant, cl, pour la lumière à. augmenter frauduleusement la puissance de loin s lampes Cela détermine un contrôle mquisitonal do la part du producteur. Ce tarif est inadmissible pour les usines qui 11 ont pas une source d'énergie hydraulique, et m ê m e , pour celles-ci, il peut donner lieu à de graves mécomptes.

Quelques-uns des inconvénients piécédenls sonl évités à l'aide des deux formules suivantes :

Modifications pour dépassement. — Cette solution perniel ,111 consommateur d'accepter le forfait pour une puissance limitée dont il fait généralement usage et de payer les lieclowalls n'hui- lants de l'emploi d'une puissance supplémentaire exceptionnelle à. un prix unitaire plus élevé que les lieetowalts précédents, niais moins fort, cependant que celui qu'il payerait s'il acceptait le forfait pour ce supplément de puissance. Par contre, les avantages du forfait simple, relatifs au compteur, n'existent plus. Des supplé- ments de puissance peuvent être demandés aux heures de ponde.

Modification pour dépassement et suivant l'heure. — Pour les clients dont l'importance le justifie, on installe, en plus du compteur à dépassement, un change tarif qui permet de facturer les pointes des consommateurs à deux prix dilléienls, suivant qu'elles se produisent ou non aux heures de charge do l'usine.

Modification suivant la proiluclion du consommateur — Nous ne l'indiquons que pour mémoire, parce que quelques sociétés 1 emploient el qu'elle peut parfois, quoique très cxeeplionnei- lernenl, faciliter certaines affaires. Elle 110 s'applique guère que si 1 industriel fabrique des produits facile à. contrôler.

C O N C L U S I O N S

Tout tarif se rapprochant du tarif théorique idéal devrait êlre une combinaison, sinon des sept rabais que mais avons énu- mérés, du moins d'un certain nonibio dVnlre eux II sciait évidemment, d'une complication inadmissible Toul tarif laisse do côlé une ou plusieurs des bases de la tarification Par suite, il peut êlre avantageux dans certains cas, mais il s'applique mal aux problèmes de vente de l'énergie électrique. Il est donc impossible de recommander un toril à l'exclusion des autres. O n peu simple- ment énoncer quelques îegles générales.

D'une manière générale, l'exploitant doit appliquer le rabais suivant la nature des appareils dans lesquels le coin an! est utilisé (n° 1). Il ne doit être l'ait exception à cotte règle que pour les clients à très forte consommation, auxquels on peut appliquer do

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préléicnec le rabais suivant 1 heure à laquelle le courant est con- s o m m é (n° Y), sans s'occuper de l'usage qui est. fait de ce cou- lant

Nous pensons qu il faut faire ensuite une distinction entre les petits et les gios clients, la lrontière entre ces deux catégories variant suivant l'importance de l'entreprise de distribution.

Pour les petits clients, nous estimons qu'il convient d'aban- donner complètement le rabais suivant la nature des locaux (n0 11), trop arbitraire cl assez mal justifié, et le rabais suivant la quantité consommée (n° III), qui ne tient guère compte du prix de revient pour le producteur el esl trop défavorable au petit consom- mateur. Le larii suivant l'heure à laquelle le courant est con- s o m m é (n° V ) doit être abandonné, en général, en raison des diffi- cultés d'exploitation que nous avons signalées et de l'importance des irais fixes mensuels qu'il entraîne. O n peut toutefois trouver avantage à appliquer, m ô m e aux petits clients, le tarif spécial de nuit, dont l'horaire n'est pas variable suivant les saisons, et qui est par conséquent d'une application plus facile.

Nous ne conservons donc que les rabais suivant régularité n° IV), puis ceux pour cause d'exclusivité (n° VI) et suivant la durée (n° V U ) 11 nous semble qu'on peut établir, en combinant ces trois rabais, un tarif simple, assez souple et répondant de laçon suffisante aux conditions d'un bon tant indiquées plus haut.

O n peut, par exemple, accorder des rabais dans les conditions suivantes :

A ) Engagement de plusieurs aimées ; — Pas d'engagement d exclusivité ; -— Tarif fort avec ristourne en fin d'année si la consommation annuelle pe.r hectowatt de puissance de compteur installé atteint un clutfre déterminé.

B ) Engagement de plusieurs années ; — Pas d'engagement d'exclusivité — Engagement de m i n i m u m garanti par hectowatt cle puissance de compteur — Rabais appliqué immédiatement.

Nous s o m m e s d'avis d'accorder un rabais pour la lumière aux clients ayant pris u n engagement pour la force motrice.

P o u r les gros clients, nous laissons de côté les rabais n° II el n° III. Mais les motifs pour lesquels nous rejetions le rabais suivant l'heure (n° V ) pendent ici beaucoup de leur valeur, et nous croyons que ce rabais peut être utilement appliqué. Il convient de le combiner avec le rabais suivant régularité (n° IV), appliqué cle préférence en se servant cle la puissance m a x i m a instantanée demandée à l'entreprise cle distribution (et non de la puissance installée ou cle la puissance du compteur). O n peut aussi, clans le m ô m e ordre d'idées, appliquer ici le tarif à prime (n° IV c) quand le client, le préfère au tarif à m a x i m u m , et que l'horaire cle marche est connu avec assez de certitude pour pouvoir calculer la prime en raison cle l'importance présumée de la consommation aux heures de pointe.

E n fait, dans les très grandes entreprises de distribution, on est a m e n é à n'exclure de façon absolue aucun des tarifs ciléls à cette étude. Mais en les appliquant, on doit, d'une pari, s'inspirer des principes généraux que nous venons d'exposer clans notre conclu- sion : d'autre pari, se souvenir cle ce que nous avons dit au début de cette étude dos qualités d'un bon tarif.

11 faut enfin, pour les entreprises soumises à un cahier des charges postérieur à la loi de 1906, ne pas perdre cle vue les con- ditions d'équité et cle publialiéi des tarifs imposés par l'article 6 du cahier des charges lype aux entreprises qui jouissent d'un monopole d'éclairage. Dans tous les autres cas (cahier des charges antérieurs à 1906, pas cle monopole d'éclairage, fourniture de force motrice), il est bon, sinon d'appliquer à la lettre l'article 6, ce qui sciait souvent difficile, du moins de se rapprocher le plus possible de son esprit.

UNIFICATION DES UNITÉS LUMINEUSES

D a n s le but de déterminer aussi soigneusement q u e pos- sible les rapports des unités photométriques d ' A m é r i q u e , de F r a n c e , d'Allemagne et de Grande-Bretagne, des c o m - paraisons furent faites à différentes reprises durant les dernières années entre les unités lumineuses conservées a u Bureau of Standards de W a s h i n g t o n , a u Laboratoire cen- tral d'Electricité de Paris, à la Physikalisch-Tedinische Reichsanstalt de Berlin, et a u National Physical Labora- lory de L o n d r e s .

L'unité lumineuse d u Bureau of Standards a été con-

servée par l'intermédiaire d'une série d e l a m p e s électriques à incandescence d o n t les valeurs avaient été déterminées!

l'origine en fonction d e l'Hefner.

L'unité l u m i n e u s e du..Laboraloire central d'Electricité est la beugie décimale, vingtième d e l'étalon défini par la Conférence Internationale des Unités d e 1884, et qui est prise c o m m e 0,104 de la l a m p e Carcel c o n f o r m é m e n t aux expériences de M . Violle.

L'unité l u m i n e u s e d e la PhysihilischTechnische Reick.

sanstalt est d o n n é e par la l a m p e H e f n e r brûlant dans une a t m o s p h è r e à la pression b a r o m é t r i q u e n o r m a l e (76 c/m)et contenant 8,8 litres d e v a p e u r d'eau par m è t r e cube.

L'unité l u m i n e u s e d u National Physical Laboratory est d o n n é e par la l a m p e d e 10 candies, a u pentane, de Vernon H a r c o u r t , brûlant d a n s u n e a t m o s p h è r e à la pression baro- métrique n o r m a l e (76 c / m ) et contenant 8 litres de vapeur d'eau par m è t r e cube.

O u t r e les c o m p a r a i s o n s directes des l a m p e s à flamme effectuées r é c e m m e n t d a n s les Laboratoires Nationaux d ' E u r o p e , des m e s u r e s furent faites e n 1 9 0 6 et en 1908 entre les unités e u r o p é e n n e s et américaines par l'intermé«

diaire d e l a m p e s électriques à filament d e carbone soigneu- s e m e n t étudiées, et le résultat de toutes ces comparaisons d o n n e les relations suivantes entre les unités lumineuses é n u m é r é e s ci-dessus.

A u x erreurs d'expériences près, l'unité anglaise au pen- tane a la m ê m e valeur q u e la bougie décimale; elle est de

1,6 p o u r 100 m o i n d r e q u e la bougie étalon des Etats-Unis d ' A m é r i q u e , et 11 p o u r 100 plus g r a n d e q u e l'unité Hefner, ht Bureau of Standards a pris l'initiative de provoquer l'unification des m e s u r e s lumineuses e n Amérique, en Angleterre et e n F r a n c e et, dans ce but, a 'proposé de réduire son unité l u m i n e u s e d e 1,6 % . L a date fixée pource c h a n g e m e n t est le 1e r juillet 1909. A partir d e cette date, dans les limites de précision nécessaires p o u r les besoins de la pra- tique industrielle, o n p o u r r a utiliser les rapports suivants;

1 B o u g i e D é c i m a l e = 1 B o u g i e A m é r i c a i n e = 1 Bougie Anglaise, et l'unité H e f n e r sera considérée c o m m e égale à 0,9 d e cette valeur c o m m u n e .

L e Bureau of Standards d ' A m é r i q u e , le National Phy- sical Laboratory d'Angleterre et le Laboratoire central d'Electricité se sont m i s d'accord p o u r assurer la constance d e cette unité l u m i n e u s e c o m m u n e .

S u r l'initiative d u C o m i t é électrotechnique français, puis d u C o m i t é électrotechnique britannique, la Commission électrotechnique internationale a été saisie d'une proposi- tion tendant à d o n n e r à celte unité l u m i n e u s e c o m m u n e le n o m de « B o u g i e Internationale ».

P . J a n e t ,

Directeur du Laboratoire central et il l'Ecole supérieure d'Electricité.

U E J Ï O I S flYDHO-ÉIiECTHIQUE

A C A D É M I E D E S

S C I E N C E S

MÉCANIQUE ET ÉLECTRICITÉ

D e l'influence des matières étrangères au métal, sur la thermo- électricité et la résistivité de l'aluminium. — Note de M . PÉCHEUX. Séance du 8 mars 1 0 0 9 .

L e s m a t i è r e s étrangères q u ' o n r e n c o n t r e d a n s les échantillons d ' a l u m i n i u m d u c o m m e r c e , et q u i p r o v i e n n e n t d e s minerais ou on été introduites p e n d a n t le traitement m é t a l l u r g i q u e , sont le fer.

c a r b o n e et le silicium.

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