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Trafics et crimes en Amérique centrale et dans les Caraïbes

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Trafics et crimes en Amérique centrale

et dans les Caraïbes

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COLLECTION CRIMINALITÉ INTERNATIONALE dirigée p a r X a v i e r R a u f e r

avec le concours scientifique du Centre de recherche

sur les menaces criminelles contemporaines Université Paris II - Panthéon-Assas

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PATRICE MEYZONNIER avec la collaboration de

Stéphane Quéré

Trafics et crimes en Amérique centrale

et dans les Caraïbes

Presses Universitaires de France

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L'auteur tient à remercier l'Office central de répression du trafic illicite de stupéfiants (OCRTIS) de la Direction centrale de la police judiciaire pour l'aide apportée à la confection de cet ouvrage.

ISBN 2 13050516 3 ISSN 1275-3149

Dépôt légal édition : 2000, août

© Presses Universitaires de France, 2000 108, boulevard Saint-Germain, 75006 Paris

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«Je résolus de me diriger vers le sud-ouest pour y chercher de l'or et des pierres précieuses. » Christophe Colomb, Journal de voyage, 1492.

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Carte 1. - Routes Caraïbes de la cocaïne, vers l'Amérique du Nord, l'Asie et l'Europe.

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Carte 2. - Route atlantique de la cocaïne : façade atlantique du Brésil Afrique occidentale Europe.

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Carte 3. - Route occidentale de la cocaïne, de la Colombie aux États-Unis, via l'isthme de l'Amérique centrale.

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Carte 4. — Route est de la cocaïne.

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Introduction

15 OCTOBRE 1999, L'OPÉRATION « MILLENNIUM » OU LA RÉVÉLATION DE LA VÉRITABLE GÉOGRAPHIE

DE L'AMÉRIQUE CENTRALE ET DES CARAÏBES

Le 15 octobre 1999, la Drug Enforcement Administration (DEA) américaine lançait, en étroite liaison avec les autorités colombien- nes, mexicaines et une quinzaine de nations des Caraïbes', la plus gigantesque opération antidrogue menée depuis dix ans. Les mégacartels de Medellin et de Cali démantelés, le marché nord- américain de la cocaïne saturé, les narcotrafiquants désormais voués au profil bas de microcartels : on pensait le trafic de cocaïne en stagnation depuis la fin des années 1980, voire en régression. Mais l'opération « Millénnium », du nom du vaisseau spatial du film La guerre des étoiles, réservait à ses organisateurs une surprise de taille : l'enquête, partie il y a un an de la capitale colombienne, Bogota, conduisait - encore et toujours - aux villes narcotrafiquantes traditionnelles de MedellÍn et de Cali ; 30 narcos de ce nouveau cartel, dirigé par Alejandro Bernal, dit «Jube- nal », narcotrafiquant quasi inconnu, étaient interpellés à Bogota, Cali et Medellin. Un trente et unième n'était, lui, pas un inconnu : il s'agissait de Fabio Ochoa, bras droit de Pablo Esco- bar, de l'ancien cartel de Medellin. Ochoa, qui s'était livré de lui- même à la police colombienne en 1991 pour échapper à son

1. Dont : Trinité et Tobago, Grenade, la Barbade, Saint-Vincent et les Grena- dines, Sainte-Lucie, Aruba, Curaçao, la Jamaïque...

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e x t r a d i t i o n a u x É t a t s - U n i s , a v a i t é t é l i b é r é p o u r b o n n e c o n d u i t e e n 1 9 9 6 .

L ' o r g a n i s a t i o n « J u b e n a l » a v a i t r e p r i s t o u t e s les b o n n e s vieil- les m é t h o d e s d e la d é c e n n i e p r é c é d e n t e : la c o c a ï n e p a r t a i t d e C o l o m b i e p o u r r e j o i n d r e le S a l v a d o r p u i s le M e x i q u e o ù elle é t a i t r é c e p t i o n n é e p a r d e u x c a r t e l s m e x i c a i n s q u e n o u s r e t r o u v e r o n s p l u s l o i n , c e u x d e J u a r e z e t d e T i j u a n a , a v a n t d e r e j o i n d r e H o u s - t o n a u T e x a s . R i e n d e n e u f s o u s le soleil : o n a v a i t a f f a i r e à la r o u t e s u d / n o r d d e la c o c a ï n e , a u x liens é t r o i t s e n t r e c a r t e l s c o l o m b i e n s e t m e x i c a i n s . M a i s les c h i f f r e s d o n n é s p a r la DEA d é p a s s a i e n t t o u t c e q u ' a t t e n d a i e n t les a u t e u r s d e c e c o u p d e filet i n t e r n a t i o n a l : le n o u v e a u c a r t e l e x p o r t a i t 8 0 % d e la c o c a ï n e c o n s o m m é e a u x É t a t s - U n i s , 3 0 t p a r m o i s t a n t , p o u r les É t a t s - U n i s q u e p o u r l ' E u r o p e . À 16 0 0 0 $ le k i l o g r a m m e ( 1 0 0 0 0 0 f r a n c s f r a n ç a i s ) a u d é p a r t d e la C o l o m b i e , le C a r t e l t o u - c h a i t 3 m i l l i a r d s d e f r a n c s f r a n ç a i s p a r m o i s , p r è s d e 4 0 m i l l i a r d s d e f r a n c s f r a n ç a i s a n n u e l s : a u c o u r s d e c e t o u v r a g e , n o u s r e t r o u - v e r o n s d e s s o m m e s e n c o r e p l u s i n v r a i s e m b l a b l e s q u e celles-là.

E n m ê m e t e m p s q u e l ' o p é r a t i o n « M i l l é n n i u m », 15 p a y s c a r i - b é e n s s o u s l ' é g i d e d e la DEA l a n c e n t l ' o p é r a t i o n « C o l u m b u s » q u i a b o u t i t à 1 3 0 0 i n t e r p e l l a t i o n s et 3 8 0 0 m a n d a t s d ' a r r ê t à la J a m a ï q u e , T r i n i t é et T o b a g o , P u e r t o R i c o , G r e n a d e . . . Ici, c ' e s t l a d e u x i è m e g r a n d e r o u t e d e la c o c a ï n e , celle q u i c o n d u i t v e r s la F l o r i d e et l ' E u r o p e , q u i est visée ; 27 b a t e a u x , 9 0 0 k g d e c o c a ï n e p o u r u n e v a l e u r d e 9 0 m i l l i o n s d e f r a n c s f r a n ç a i s é t a i e n t saisis.

C e s d e u x o p é r a t i o n s p e r m e t t a n t d e r é é v a l u e r l a p r o d u c t i o n a n n u e l l e d e la z o n e c e n t r a l e a m é r i c a i n e et c a r i b é e n n e à 1 0 0 0 t d e c o c a ï n e .

A l ' h e u r e d e la m o n d i a l i s a t i o n , l a g é o g r a p h i e p a s s e s o u d a i n d ' u n e d é f i n i t i o n très é t a t i q u e et t r a d i t i o n n e l l e à u n e a u t r e , b e a u - c o u p p l u s é c o n o m i q u e . L ' E u r o p e , p a r e x e m p l e , n e v a p l u s « d e l ' A t l a n t i q u e à l ' O u r a l » : c ' e s t celle d e s Q u i n z e , s a n s f r o n t i è r e é c o n o m i q u e . Il e n v a d e m ê m e p o u r l ' A m é r i q u e c e n t r a l e e t les C a r a ï b e s . S u r c e t t e z o n e , les o u v r a g e s d e g é o g r a p h i e l i v r e n t d e s d é f i n i t i o n s o u r é d u c t r i c e s , o u e x a g é r é e s , c h e r c h a n t u n e h o m o g é - n é i t é t e r r e s t r e , c l i m a t i q u e et m ê m e q u e l q u e f o i s t e c t o n i q u e d e p a y s b i e n difficiles à f a i r e c o ï n c i d e r . O n f a i t l ' i m p a s s e s u r l ' e s s e n t i e l : l ' é c o n o m i e . C e q u i lie, à d e s m i l l i e r s d e k i l o m è t r e s d e

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distance, Miami en Floride - où l'on parle souvent d'avantage espagnol dans les rues qu'anglais - à Cali ou Medellin en Colombie, c'est l'économie parallèle de la drogue. Inutile désor- mais de parler d' « économie souterraine » de la drogue lorsqu'on sait qu'une bonne part des pays de la zone centrale américaine échappe à la classification de pays du Tiers Monde par cette nou- velle économie illicite mais d'une visibilité quotidienne. De plus, depuis la conquête espagnole du XVI siècle, les milliers d'îles des Caraïbes ont toujours été dans l'obligation économique d'échan- ger, de se livrer à tous les trafics, d'être reliées au continent. Le cabotage, puis l'aviation, maillent étroitement l'ensemble de l'Amérique centrale et chaque État insulaire.

UNE DÉFINITION ÉCONOMIQUE STRICTE

Aussi, la meilleure définition de l' « Amérique centrale » et des « Caraïbes » est celle que donnent les Editions Ramsès (1999). Près de 230 millions d'habitants, vivant sur 41 territoires différents et des milliers d'îles et d'îlots. Territoires, parce que les régimes politiques se répartissent déjà en six groupes différents :

— Antilles françaises : trois départements assimilés à la métro- pole française ;

— 5 territoires encore dépendants du Royaume-Uni, comme les îles Caymans, par exemple ;

— 6 territoires dépendant encore des Pays-Bas, comme Curaçao ou Sint-Marteen ;

— 2 États dépendants ou libres associés aux États-Unis : îles Vierges américaines et Puerto Rico ;

— 13 îles totalement indépendantes mais souvent de langues dif- férentes comme Cuba, Haïti, la Jamaïque... ;

— 12 pays continentaux indépendants, souvent de langues diffé- rentes ; 7 pays de l'isthme reliant l'Amérique du Nord à l'Amérique du Sud, comme le Nicaragua ou le Guatemala. Il faut ajouter le Mexique de 95 millions d'habitants et sa formi-

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Alfonso et Gerlando Caruana, respectivement âgés de 54 et 56 ans, ont été condamnés le 25 février 2000 à dix-huit ans de prison pour trafic de cocaïne et blanchiment par la justice cana- dienne. Leur frère Pasquale a, lui, reçu une peine de dix ans de prison. Les juges italiens estiment la fortune personnelle d'Alfonso à 30 millions de dollars (195 millions de francs français) : il avait 100 $ en poche (environ 1 000 francs français de l'époque) quand il quitta en 1968 la Sicile pour Montréal comme électricien.

LA GUYANA

La Guyana, ex-colonie britannique de 215 000 habitants, est l'un des pays les plus pauvres de la zone avec le Nicaragua, le Honduras et Haïti. Sur un territoire ingrat grand comme 1,5 fois la France, elle doit faire face à deux encombrants voisins, le Vene- zuela et le Surinam, avec lequel elle est perpétuellement en guerre pour des revendications territoriales datant de 1966 et 1975. La marijuana jamaïquaine y fait son apparition dès 1970, les planta- tions se multiplient, à un tel point que dès 1994 on estime les exportations de cannabis à 100 t/an. Les aéroports clandestins sont nombreux, réceptionnent la cocaïne de Colombie et du Vene- zuela : près de 500 000 Guyanais, le double de la population, vivent aux États-Unis, au Canada, au Surinam et en Guyane fran- çaise. La « mafia » guyanaise est également très présente à Trinité et en Guyane française, alors que la capitale Georgetown doit faire face, elle, à des flux migratoires massifs du Pakistan et du Brésil.

LE SURINAM, ÉTAT NARGOTRAFIQUANT

Si son indépendance a été proclamée en 1975, le Surinam continue à entretenir des relations ambiguës avec son ancien pro- tecteur, les Pays-Bas. On parle toujours néerlandais au Surinam,

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pays de 425 000 habitants du pays, dont plus de 200 000 habitent à Paramaribo, la capitale portuaire. À cela s'ajoutent 250 000 Suri- namiens établis aux Pays-Bas. Ce pays, tout en créditant son ancienne colonie de 450 millions de francs par an d'aides, réclame l'extradition du chef réel de l'Etat, Desire Bouterse, millionnaire en dollars, sous le coup d'un mandat d'arrêt international pour trafic de stupéfiants, impliqué dans seize dossiers d'instruction différents au Pays-Bas.

Le chef d'état-major des armées, lui, est sous le coup d'une condamnation par défaut des États-Unis depuis 1997. L'année précédente, avait été élu un président de la République fantoche, qui nomma peu après l'ancien dictateur Bouterse « conseiller d'Etat » dans lequel la communauté internationale reconnaît de fait le dirigeant du pays.

Depuis un siècle, le Surinam produit du haschisch et plus récemment de la cocaïne, mais sa production demeure limitée.

Quand on saisit 100 kg de stupéfiants au Surinam, la police hol- landaise en saisit 500 en provenance directe aux Pays-Bas. La quasi-totalité des drogues saisies en Guyane française provient du Surinam : la DICCILEC refoule chaque année 9 000 Surinamais candidats à l'immigration sur le fleuve Maroni. Le Surinam est ainsi devenu le troisième distributeur de cocaïne pour la France (10%) après le Brésil (20%) et le Venezuela (10% également) Par la diaspora surinamienne aux Pays-Bas et les vols réguliers entre les deux pays, le trafic vers les Pays-Bas et le reste de l'Union européenne est considérable : 5 000 à 10 000 Surinamais émigrent clandestinement chaque année aux Pays-Bas, alors que le gramme de cocaïne est à 6 ou 7 francs français dans les rues de Paramaribo. La cocaïne vient de la Bolivie, de la Colombie et du Pérou par la forêt brésilienne : 25 000 Brésiliens sont installés au Surinam et leur migration perdure. Le sud du pays se couvre de pistes d'atterrissage pour un cheminement par air des narcoti- ques. Les 300 policiers du pays, suivant l'exemple de la corrup- tion venue d'en h a u t n'iront pas s'égarer dans la forêt équato-

1. Rapport de la Direction centrale de la police judiciaire, sur la situation au Surinam, 21 avril 1999.

2. Le 3 septembre 1998, l'hebdomadaire français Courrier international, n" 409, titre, à propos du Surinam : « Un État narco sans foi ni loi ».

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riale o u les reliefs m o n t a g n e u x d u p a y s . L ' e n s e m b l e d e l ' a p p a r e i l m i l i t a i r e est é g a l e m e n t i m p l i q u é d a n s le t r a f i c q u i e m p r u n t e q u a t r e g r a n d e s r o u t e s a é r i e n n e s , m a r i t i m e s o u t e r r e s t r e s :

— d u S u r i n a m a u x A n t i l l e s n é e r l a n d a i s e s ( A r u b a , C u r a ç a o ) , la c o c a ï n e r e j o i n t soit les P a y s - B a s , soit M i a m i p u i s N e w Y o r k ;

— u n e r o u t e d i r e c t e relie P a r a m a r i b o , A r u b a , M i a m i ;

— u n e t r o i s i è m e e m p r u n t e les a v i o n s et c a r g o s r é g u l i e r s s u r A m s t e r d a m ;

— p a r la G u y a n e , c o c a ï n e et h a s c h i s c h p a s s e n t p a r P a r i s a v a n t d e r e g a g n e r A m s t e r d a m .

D ' a u t r e s vols s o n t s i g n a l é s s u r C u r a ç a o , P o r t o f S p a i n , S a i n t e - L u c i e , S a i n t - M a r t i n / M a r t e e n , et d i r e c t e m e n t s u r les É t a t s - U n i s . A la c o c a ï n e s ' a j o u t e f r é q u e m m e n t la c o n t r e b a n d e d e l ' o r . L a G u y a n a , le p l u s p e t i t p a y s d ' A m é r i q u e l a t i n e , e m p o i s o n n e les r e l a t i o n s e n t r e les P a y s - B a s e t l ' U n i o n e u r o p é e n n e q u i n ' a l o n g - t e m p s p a s p r i s e n c o n s i d é r a t i o n l ' a m p l e u r d u p h é n o m è n e : l ' h y p o t h è s e très b a s s e d e s e x p o r t a t i o n s d e c o c a ï n e d u S u r i n a m est a u m i n i m u m d e 10 t / a n , d o n t 8 0 % à d e s t i n a t i o n d e l ' U n i o n e u r o p é e n n e .

L a G u y a n a s'illustre é g a l e m e n t d a n s le t r a f i c d ' a r m e s . E n p r o - v e n a n c e d e L i b y e o u d u L i b a n , l a n c e - r o q u e t t e s , AK 4 7 et U z i s o n t c o n v o y é s à d e s t i n a t i o n d e s FARC c o l o m b i e n n e s p a r d e p e t i t s a v i o n s q u i t t a n t le S u r i n a m . A P a r a m a r i b o , u n e a r m e a u t o m a - t i q u e s ' é c h a n g e c o n t r e 1 k g d e c o c a ï n e e t l ' é t a t - m a j o r d e l ' a r m é e est s u s p e c t é d e d i r i g e r le trafic.

1. Miami Herald, 12 septembre 1999.

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AGENCES NATIONALES ET INTERNATIONALES DE LUTTE CONTRE LE TRAFIC DE STUPÉFIANTS

INTERVENANT DANS LA ZONE

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L'OCRTIS

L'Office central de répression du trafic illicite de stupéfiants constitue la 7 division de la Direction centrale de la police judi- ciaire. Créé par un décret interministériel du 3 août 1953, l'Office emploie 120 personnes à Nanterre (92). Il agit en tant qu'organe d'administration centrale : liaison avec Interpol et Europol, coordination des affaires importantes en matière de tra- fic de stupéfiants, tenue des statistiques de ces trafics, service de police judiciaire spécialisée dans le trafic de stupéfiants. Il dirige les enquêtes les plus importantes sur le sujet tant sur le territoire national que hors frontières avec ses homologues étrangers. Il dis- pose d'un fichier spécial, le FNAILS (Fichier national des auteurs en infraction avec la législation sur les stupéfiants) et de 14 anten- nes à l'étranger, dont: Bogota (Colombie), Caracas (Venezuela), Miami et Puerto Rico.

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Le SRPJ Antilles-Guyane

Vingtième et plus récent Service régional de police judiciaire de la direction centrale de la police judiciaire, le SRPJ Antilles- Guyane doit exercer ses compétences sur plus de 2 000 km d'îles et d'îlots. Le siège du Service est aux Abymes, en Guadeloupe, mais il dispose également d'un détachement à Fort-de-France en Martinique, d'une antenne en Guyane à Cayenne et d'une autre dans l'île de Saint-Martin. Employant 110 fonctionnaires, ses compétences sont celles d'un SRPJ métropolitain, disposant d'une section criminelle, d'une section économique et financière et d'une section de police technique et scientifique. Mais son activité est désormais dévolue à 75 % à la répression des trafics illicites de stupéfiants.

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Le SCTIP

Le Service de coopération technique internationale de police a été créé en 1961 au moment de la mise en œuvre du processus de décolonisation en Afrique francophone. Il dépend directement de la Direction générale de la police nationale et emploie 150 fonctionnaires à son siège de Nanterre (92). Il assure la for- mation, le conseil, la liaison entre ses 52 postes à l'étranger et la France. 47 ambassades françaises à l'étranger sont sécurisées par des policiers français. Une majorité d'entre elles disposent d'un attaché de police, commissaire principal ou divisionnaire du SCTIP, disposant de l'immunité diplomatique et conseillant direc- tement l'ambassadeur de France en matière de sécurité. En Amé- rique centrale et aux Caraïbes, le SCTIP dispose de délégations permanentes au Salvador, au Mexique, à Cuba, à Haïti et à Sainte-Lucie.

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La DEA

La Drug Enforcement Administration des États-Unis est la pre- mière agence antidrogue du monde. Créée en 1973, elle dépend du ministère de la Justice, emploie 4 500 « agents spéciaux » et personnels administratifs. Elle dispose de 20 divisions territoriales et de 7 laboratoires interrégionaux aux Etats-Unis, d'une flotte aérienne et maritime. Son plus grand centre de renseignement est à El Paso, sur la frontière mexicaine - le centre employant égale- ment des représentants de l'US Custom, des US Coast Guards, du FBI et de la CIA. La DEA à l'étranger est représentée par 76 bureaux employant 470 agents, dont plus de la moitié sur la zone Amérique centrale / Caraïbes / Amérique latine. Une représentation, distincte de l'ambassade des Etats-Unis, existe également à Paris.

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L'HONLEA

L'HONLEA, Heads of National Law and Enforcement Agency, est une réunion normalement annuelle des chefs des polices nationales ou de leurs représentants placée sous l'égide des Nations Unies par continent :

— Europe ;

— Afrique ;

— Asie Pacifique ;

— Amérique latine / Caraïbes.

L'OIPC-Interpol et, pour la France, les Offices centraux comme l'OCRTIS y participent. Pour l'Amérique latine / Caraï- bes, l'HONLEA réunit 60 directeurs de police désormais tous les deux ans, la dernière réunion s'étant tenue à Buenos Aires en 1997.

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Le PNUCID

Le Programme des Nations Unies pour le contrôle internatio- nal des drogues a été constitué en décembre 1990 par l'Assemblée générale des Nations Unies. De Vienne, il prépare et met en œuvre les décisions de la Commission des stupéfiants créée en 1946 et réunissant 53 pays qui se rassemblent deux semaines par an à Vienne.

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La représentation de la police colombienne en Europe

Depuis 1998, la police colombienne dispose de quatre repré- sentations dans l'Union européenne : deux fonctionnaires à Madrid (dont un général commandant la « zone Europe ») ; un colonel à Paris (en charge de la France et du Bénélux) ; un autre à Londres (chargé des relations avec la Grande-Bretagne).

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Bibliographie

L e s r a p p o r t s d e l'OCRTIS, d u SCTIP, d e l'HONLEA e t d e l a DEA, a i n s i q u e les d é p ê c h e s d e s a g e n c e s d e p r e s s e f r a n ç a i s e s e t a n g l o - s a x o n n e s , o n t f o u r n i le p l u s g r o s d e s i n f o n n a t i o n s c o n t e n u e s d a n s c e t o u v r a g e . O n p e u t a u s s i c o n s u l t e r les o u v r a g e s e t les sites I n t e r n e t s u i v a n t s :

— A S T O N M a r g a r e t , P a n o r a m a du type="BWD"e siècle, F l a m m a r i o n , 1 9 6 9 .

— A U T R E P A R T / L e s c a h i e r s d e s S c i e n c e s h u m a i n e s n ° 8 , Drogue et repro- duction sociale dans le Tiers Monde, o u v r a g e c o l l e c t i f O R S T O M / E d i t i o n s d e l ' A u b e , 2 1 3 p . , o c t o b r e 1 9 9 8 .

— A Z O C A R A l c a l a G u s t a v o E n r i q u e , Los barones de la Droga. L a historia del narcotrafico en Venezuela, C a r a c a s , E d i t i o n s A l f a d i l , 1 9 9 4 .

— BALENCIE J e a n - M a r c e t D E LA G R A N G E A r n a u d (sous l a d i r . d e ) , M o n d e s rebelles. Guerres civiles et violences politiques, M i c h a l o n , 1 9 9 9 .

— BONIFACE P a u l ( s o u s l a d i r . d e ) , A t l a s des relations internationales, H a t i e r , 1 7 4 p . , 1 9 9 7 .

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— C H A R L E S N i c o l a s A i m é , Crack et cannabis dans la Caraïbe, L ' H a r - m a t t a n , 3 2 1 p . , o c t o b r e 1 9 9 8 .

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— D E MAILLARD J e a n , Un monde sans loi. L a criminalité financière en images, S t o c k , 1 9 9 8 .

— D O M I S. e t R O L L E W . , Crack et prostitution en M a r t i n i q u e , U n i t é d ' é c o u t e e t d e s o c i o - a n t h r o p o l o g i e d e l ' U n i v e r s i t é d e F o r t - d e - F r a n c e , 1 9 9 7 .

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