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C h a p i tr e 6 L e l i o n p o l t r o n P e n d a n t to u t c e te m p s , D o r o t h é e e t s e s c o m p a g n o n s a v a i e n t c h e m i n é à t r a v e r s l e s b o s q u e ts t o u f fu s . L a r o u t e é t a i t t o u j o u r s p a v é e

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Academic year: 2022

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(1)

C h a p i tr e 6

L e l i o n p o l t r o n

P e n d a n t to u t c e te m p s , D o r o t h é e e t s e s c o m p a g n o n s a v a i e n t c h e m i n é à t r a v e r s l e s b o s q u e ts t o u f fu s . L a r o u t e é t a i t t o u j o u r s p a v é e d e b r i q u e s

j a u n e s , m a i s e l l e s d i s p a r a i s s a i e n t s o u s l e s b r a n c h e s c a s s é e s e t l e s f e u i l l e s m o r te s , c e q u i r e n d a i t l a m a r c h e p é n i b l e . L e s o i s e a u x s e

f a i s a i e n t r a r e s à c e t e n d r o i t d e l a

f o r ê t , c a r l e s o i s e a u x r e c h e r c h e n t l e s

(2)

c l a i r i è r e s i n o n d é e s d e s o l e i l ; p a r c o n tr e , o n e n te n d a i t p a r fo i s l e

g r o g n e m e n t p r o fo n d d e q u e l q u e a n i m a l

s a u v a g e c a c h é p a r m i l e s a r b r e s . C e l a faisait battre très fort le cœur de la p e ti t e fi l l e , c a r e l l e s e d e m a n d a i t c e que c’était ; mais Toto, lui, avait

c o m p r i s , i l n e q u i t ta i t p a s D o r o t h é e d’une semelle et n’osait même pas r é p o n d r e e n a b o y a n t .

– Combien de temps allons -nous

m e t tr e , d e m a n d a l a f i l l e t t e a u

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B û c h e r o n - e n - fe r - b l a n c , p o u r s o r ti r d e l a fo r ê t ?

– Je n’ai aucune idée, s’entendit -elle répondre, c’est la première fois que je vais à la Cité d’Émeraude.

A u tr e fo i s , m o n p è r e a v a i t f a i t l e

v o y a g e , d a n s m o n e n fa n c e , e t i l a v a i t gardé le souvenir d’une longue

m a r c h e à t r a v e r s u n p a y s d a n g e r e u x ,

t o u t e n r e c o n n a i s s a n t q u e l a r é g i o n

était belle quand on s’approchait de

l a c i té o ù h a b i te O z . M a i s j e n e

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crains rien avec mon bidon d’huile et o n n e p e u t p a s fa i r e m a l à

l’Épouvantail ; quant à vous, vous p o r te z a u f r o n t l a m a r q u e d u b a i s e r d e l a Bo n n e So r c i è r e , q u i v o u s

p r o tè g e d e t o u t d a n g e r .

– Mais Toto ! dit la fillette inquiète, qu’est-ce qu’il a pour le protéger ?

– C’est à nous de le protéger s’il

e s t e n d a n g e r , r é p l i q u a l e Bû c h e r o n -

e n - fe r - b l a n c . C o m m e i l p r o n o n ç a i t c e s

mots, la forêt retentit d’un formidable

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rugissement et l’instant d’après, un Lion bondissait sur la route. D’un c o u p d e p a t t e , i l f i t v a l s e r

l’Épouvantail qui retomba de l’autre c ô t é d u c h e m i n , p u i s i l d o n n a a u

B û c h e r o n - e n - fe r - b l a n c u n c o u p d e s e s g r i f f e s a c é r é e s . L e B û c h e r o n s e

r e tr o u v a p a r t e r r e e t r e s t a é te n d u ,

i m m o b i l e , m a i s à l a g r a n d e s u r p r i s e

d u L i o n , l e f e r - b l a n c p o r ta i t à p e i n e

u n e é r a f l u r e . Q u a n t a u p e t i t T o to ,

maintenant que l’ennemi était là,

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i l /c o u r u t v e r s l e L i o n e n a b o y a n t ; l a grosse bête s’apprêtait à le mordre q u a n d D o r o t h é e , c r a i g n a n t l e p i r e p o u r T o to , e t a u m é p r i s d u d a n g e r , s e p r é c i p i ta e t , d e to u te s s e s f o r c e s ,

d o n n a u n e t a p e s u r l e m u s e a u d u Lion, en s’écriant :

– Vous osez mordre Toto ! Vous

d e v r i e z a v o i r h o n t e , u n e g r o s s e b ê te

c o m m e v o u s , d e m o r d r e u n p a u v r e

p e ti t c h i e n !

(7)

– Je ne l’ai pas mordu, dit le Lion e n s e fr o tt a n t l e m u s e a u a v e c s a patte, là où Dorothée l’avait tapé.

– Non, mais vous avez essayé, r é p l i q u a - t - elle. Vous n’êtes qu’un g r o s p o l tr o n .

– Je sais, dit le Lion en baissant la tête d’un air penaud, vous ne

m’apprenez rien. Mais qu’y puis -je ? – Comment voulez -vous que je le

s a c h e ? Q u a n d j e p e n s e q u e v o u s

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a v e z fr a p p é u n h o m m e e m p a i l l é c o m m e l e p a u v r e Ép o u v a n ta i l !

– Il est empaillé ? demanda le Lion t o u t s u r p r i s , e n l a r e g a r d a n t r e l e v e r l’Épouvantail et le remettre sur ses pieds, tandis qu’elle le tapotait pour l u i r e d o n n e r f o r m e .

– Bien sûr qu’il est empaillé, rétorqua D o r o th é e , e n c o r e s o u s l e c o u p d e l a c o l è r e .

– Je comprends maintenant pourquoi

i l a r o u l é s i fa c i l e m e n t , r e m a r q u a l e

(9)

Lion. J’ai été étonné de le voir

t o u r n o y e r s u r l u i - m ê m e . E t l’autre, il e s t e m p a i l l é a u s s i ?

– Non, dit Dorothée, il est en fer -

b l a n c . E t e l l e a i d a l e B û c h e r o n à s e remettre d’aplomb.

– Voilà pourquoi j’ai failli me casser l e s g r i f f e s , d i t l e L i o n . Q u a n d e l l e s o n t c r i s s é c o n tr e l e f e r - blanc, j’en ai e u l a c h a i r d e p o u l e . E t c e p e ti t

a n i m a l q u e v o u s a i m e z s i t e n d r e m e n t,

q u i e s t - c e ?

(10)

– C’est Toto, mon chien, répondit D o r o th é e .

– Est-il en fer-blanc ou empaillé ? d e m a n d a l e L i o n .

– Ni l’un ni l’autre. C’est un chien...

e u h . . . e n c h a i r , d i t l a f i l l e t t e .

– Oh ! quel curieux animal ; il me s e m b l e r e m a r q u a b l e m e n t p e t i t, à

p r é s e n t q u e j e l e r e g a r d e . Il fa u t ê tr e u n p o l tr o n c o m m e m o i , p o u r o s e r

s’attaquer à une si petite créature.

(11)

– Pourquoi êtes -vous un poltron ? s’étonna Dorothée en examinant la g r o s s e b ê te q u i a v a i t b i e n l a t a i l l e d’un petit cheval.

– C’est un mystère, répliqua le Lion.

J’ai dû naître ainsi. Natur ellement, t o u s l e s a u t r e s a n i m a u x d e l a f o r ê t

m e c r o i e n t c o u r a g e u x , c a r l e L i o n -

c’est bien connu - est le Roi des

Animaux. J’ai appris par expérience

q u e s i j e r u g i s tr è s f o r t , t o u t c e q u i

respire s’écarte de mon chemin. J’ai

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t o u j o u r s e u h o r r i b l e m e n t p e u r e n

p r é s e n c e d e s h o m m e s ; m a i s i l s u f fi t que je rugisse pour qu’ils s’enfuient à t o u te s j a m b e s . Si l e s é l é p h a n ts , l e s

t i g r e s e t l e s o u r s a v a i e n t e s s a y é d e m’attaquer, c’est moi qui me serais s a u v é , te l l e m e n t j e s u i s p o l t r o n ; m a i s , a u m o i n d r e d e m e s

r u g i s s e m e n ts , i l s d é c a m p e n t to u s , e t

n a tu r e l l e m e n t , j e n e l e s r e t i e n s p a s .

(13)

– Cela n’est pas bien du tout. Le R o i d e s An i m a u x n e d e v r a i t p a s ê tr e un poltron, dit l’Épouvantail.

– Je sais, répliqua le Lion en

e s s u y a n t d u b o u t d e s a q u e u e u n e

larme qui perlait. C’est le drame de ma vie, et j’en suis très malheureux.

Mais au moindre danger, mon cœur s e m e t à b a t tr e tr è s fo r t .

– Peut-être avez-vous une maladie de cœur, dit le Bûcheron -en-fer-blanc,

v o u s d e v r i e z v o u s r é j o u i r , c a r c e l a

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prouve que vous avez un cœur. Je n’en ai pas, moi ; je ne peux donc p a s a v o i r d e m a l a d i e de cœur.

– Si je n’avais pas de cœur, réfléchit l e L i o n , j e n e s e r a i s p e u t - ê tr e p a s u n p o l t r o n .

– Avez-vous de la cervelle ? demanda l’Épouvantail.

– Je l’espère. Je n’ai jamais cherché à l e s a v o i r , r é p l i q u a l e L i o n .

– Je vais voir Oz le Grand pour lui

demander de m’en donner, fit

(15)

remarquer l’Épouvantail, car ma tête e s t b o u r r é e d e p a i l l e .

– Et moi, je vais lui demander de

me donner un cœur, dit le Bûcheron.

– Et moi, je vais lui demander de m e r e n v o y e r a v e c T o t o a u K a n s a s , a j o u ta D o r o t h é e .

– A votre avis, Oz pourrait -il me

d o n n e r d u c o u r a g e ? d e m a n d a l e L i o n P o l tr o n .

– Pourquoi pas , s’il peut me donner

de la cervelle, dit l’Épouvantail.

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– Ou me donner un cœur, dit le B û c h e r o n - e n - fe r - b l a n c .

– Ou me renvoyer au Kansas, dit D o r o th é e .

– Dans ce cas, si vous n’y voyez pas d’inconvénient, je vais vous

a c c o m p a g n e r , d i t l e L i o n , c a r m a v i e e s t t o u t s i m p l e m e n t i n s u p p o r ta b l e s i o n n e m e d o n n e p a s u n p e u d e

c o u r a g e .

– Vous êtes vraiment le bienvenu,

r é p o n d i t D o r o th é e , c a r v o u s a l l e z

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n o u s p r o té g e r d e s a u t r e s b ê te s

s a u v a g e s . E l l e s d o i v e n t ê tr e e n c o r e p l u s p o l tr o n n e s q u e v o u s , s i e l l e s s e l a i s s e n t e ff r a y e r p a r v o u s a u s s i

f a c i l e m e n t .

– En effet, dit le Lion, mais cela ne m e r e n d p a s p l u s c o u r a g e u x , e t c e l a me désole d’être un poltr on.

U n e fo i s d e p l u s , n o t r e p e ti t g r o u p e

s e r e m i t e n r o u te ; l e L i o n fa i s a i t

d’imposantes enjambées à côté de

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D o r o th é e . A u d é b u t , T o to a c c e p t a m a l

ce nouveau compagnon ; il n’arrivait pas à oublier qu’il avait failli finir en m a r m e l a d e e n tr e l e s p u i s s a n te s

m â c h o i r e s d u L i o n ; m a i s a u b o u t d’un moment, ses ressentiments se d i s s i p è r e n t e t i l s d e v i n r e n t v i te u n e

paire d’amis. La journée passa sans qu’une autre aventure vînt troubler la p a i x d e l e u r v o y a g e .

A u n m o m e n t d o n n é , t o u te fo i s , l e

B û c h e r o n - e n - fe r - b l a n c m i t l e p i e d s u r

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u n s c a r a b é e q u i c h e m i n a i t s u r l a

r o u te , t u a n t a i n s i l a p a u v r e p e t i te

créature. Lui qui n’aurait pas fait de m a l à u n e m o u c h e , s e s e n t i t tr è s

m a l h e u r e u x ; e t t o u t e n m a r c h a n t , i l v e r s a i t d e s l a r m e s d e r e g r e t . S e s

l a r m e s r u i s s e l è r e n t l e n te m e n t s u r s o n visage, roulèrent jusqu’aux ressorts de s e s m â c h o i r e s , q u i e n r o u i l l è r e n t . P e u a p r è s , D o r o t h é e l u i p o s a u n e

q u e s t i o n , e t l e B û c h e r o n - e n - f e r - b l a n c

n e r é p o n d i t p a s : i l n e p o u v a i t p l u s

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d e s s e r r e r l e s d e n ts . C e c i l u i fi t t r è s

peur ; il s’adressa par gestes à Dorothée pour qu’elle le secourût,

p e i n e p e r d u e , c a r e l l e n’arrivait pas à l e c o m p r e n d r e . L e L i o n a u s s i é t a i t

i n tr i g u é : q u e s e p a s s a i t - i l d o n c ?

Mais l’Épouvantail saisit le bidon

d’huile dans le panier de Dorothée et o i g n i t l e s m â c h o i r e s d u Bû c h e r o n ; l’instant d’après, i l reparlait

n o r m a l e m e n t .

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– Cela m’apprendra, dit -il, à regarder où je mets les pieds. Car s’il

m’arrivait de tuer un autre insecte, je n e p o u r r a i s r e t e n i r m e s l a r m e s , l a

r o u i l l e m e c o i n c e r a i t l e s m â c h o i r e s e t m’empêcherait de parler.

P u i s i l p o u r s u i v i t s o n c h e m i n a v e c

m a i n te p r é c a u ti o n , l e s y e u x fi x é s s u r la route, et dès qu’il voyait la

m o i n d r e p e t i te f o u r m i a v a n ç a n t

péniblement, il l’enjambait pour éviter

d e l u i f a i r e d u m a l . L e B û c h e r o n - e n -

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f e r - blanc savait pertinemment qu’il

n’avait pas de cœur, c’est pourquoi il prenait grand soin de n’être jamais cruel ni méchant, à l’égard de qui q u e c e s o i t .

– Vous autres qui avez un cœur pour v o u s g u i d e r , d i t - i l , v o u s n e r i s q u e z

j a m a i s d e f a i r e d u m a l ; m a i s m o i , qui n’en ai pas, je dois être très

prudent. Dès qu’Oz m’aura donné un

cœur, naturellement, je n’aurai plus

(23)

b e s o i n d e m e s u r v e i l l e r à c h a q u e

i n s ta n t .

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