CURTA-METRAGEM | 122 a geometria que dava esse gesto afirmativo de contraste com o natural, mas que ao
mesmo tempo fizesse parte deste. Deste modo, a uma coisa muito importante e dois materiais, que desde cedo como materiais a utilizar, um era o xisto, porque a maior parte das locais utilizam o xisto (as vinhas e as gravuras feitas em xisto), mas as construtivas que existem para utilizar o xisto obrigavam que o fosse uma coisa fragmentada, fosse por
placagem ou fosse por muros e a uma coisa tendo
assim, surgido o interessou pelo O permitia que fosse feito ou seja, era feito por placagem e permitia construir uma Por outro lado, estava associado grandes obras de da paisagem que as barragens na zona do Douro e tinha a particularidade de ser com a negativa. Assim, achamos interessante que se juntar as melhores
destes dois materiais, seria o ideal para fazer o portanto o foi com essa busca: um material com as do mas que tivesse as texturas e cor do xisto.
Camilo R.: E o permitiu-nos retirar da sua atitudes e gestos do homem Portanto texturamos, gravamos, escavamos, polimos, furamos e conseguimos usando os da
expressar coisas, da mesma forma que o Homem dos seus bisturis e das suas silex's, conseguim expressar as suas inquietudes.
Tiago P.: A rampa.
Havia uma dificuldade neste que era um que deveria ter porta, quase ao do que normal, porque a porta o momento onde as pessoas chegam, de certa forma a cara do e este precisava de ter uma porta.
Portando a procura de resolver de como que se entra num sem ser de uma porta, foi criar uma fenda, com diferentes momentos e no fundo esse que percorre todo esse que a espinha dorsal digamos, permite criar diversas quer com a paisagem visual, quer com a paisagem no sentido da luz, fazendo a de uma paisagem que era muito intensa, principalmente no que uma luz brutal e agressiva, para uma quase de penumbra, que era o que
Tiago P.: A coisa que eu pessoalmente tenho pena foi de algumas que foram feitas. Isto foi um processo muito longo e ao longo desse processo houve muito ensaios e muitos testes. Tenho pena que pouco e bastante se tenham perdido alguns elementos que estudamos e que aqui iriam contribuir para uma maior diversidade em da paisagem dentro do a coisa que se fosse hoje com certeza batido mais por essa ideia.
Camilo R.: Eu estou totalmente de acordo com o Tiago, eu acho que as
existem uma vez. O projecto demorou de 2004 a 2010, seis anos e demos o nosso melhor, utilizamos o que e o que Ante ontem ouvi uma entrevista do Sebastian Vettel e eu nunca tinha visto nem ouvido falar e foi interessante PROJECTO
Quando surgiu este projecto, qual foi a primeira imagem que lhes ocorreu? Qual a
Camilo R.: Bem a primeira coisa que eu acho que importante dizer que foi um concurso ou seja, tem duas fases. Concorremos com mais 41 candidatos, portanto uma fase muito livre e a grande vantagem de fazer um concurso que tu a interagir com um cliente, ou seja, mais abstracto e nesse sentido ocorreu-nos muitas coisas e passou-nos muitas pela frente. Depois a partir da segunda fase, uma figura, uma e a partir dai um muito mais assertivo no sentido de fechar portas.
Assim, as foram muito vastas. Durante a fase de concurso usamos de tudo, desde a muralha da china, barragens. Depois durante o processo, propriamente de de uma ideia, houve que foram determinantes: Richard Serra, que nas suas de paisagem,
e afirmativas marcam uma geometria no o Richard Long, que trabalha
com a do e desenha e com a e depois o
Eduardo Chillida, porque efectivamente tivemos oportunidade de visitar a sua a San que efectivamente trabalha a massa no sentido do escavar, do esculpir, de criar texturas, retirar texturas e portanto esse
Tiago P.: Curiosamente, por mania, nem por preconceito, as foram muito e isso tinha exactamente a ver com a especificidade de ser um num contexto e num local com aquela simbologia toda e com aquela realidade muito marcante, aquela paisagem sem nada volta. Quase intuitivamente o nosso referencial baseou-se mais em do que exactamente por causa disso, os artistas de certa maneira livres de alguns constrangimentos que, por vezes, arquitectos tendemos a atrofiar e para era fundamental libertarmo-nos disso e isso foi quase inconscientemente, as acabaram por ser pouco mas claro que sempre porque estamos a fazer uma na paisagem, estamos a fazer um Nesse aspecto houve uma obra que foi importante que a Casa Malaparte, exactamente por causa da entre o que a paisagem e a casa, era o tipo de resultado que em termos formais, a ser na cobertura pela de ser uma de palco e isso era uma ideia que ia de
Camilo R.: Do ponto de vista a forma mais de descrever o dizer que tem um percurso em continuidade que nos distribui ao longo do programa e que nos leva a uma de da Ou seja, uma rampa que desce, distribui esquerda e direita os programas, parque, museu, entra num serve bilheteira loja, distribui as e permanente e chega ao fim e tem a grande sala da Isto um acto ou seja, passa de um exterior para
Tiago P.: