INFORMATIVO CLIMÁTICO MENSAL DO ESPÍRITO SANTO – OUTUBRO/2020
1 PRINCIPAIS SISTEMAS METEOROLÓGICOS ATUANTES
A Coordenação de Meteorologia do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) utiliza como referência, nos comentários contidos nesta publicação, a divisão das regiões climatologicamente homogêneas do Estado do Espírito Santo. O mapa contendo essa divisão pode ser visualizado aqui.
Em outubro, o primeiro decêndio foi marcado por dias seguidos de céu claro em todas as regiões capixabas por conta da atuação de um bloqueio atmosférico cuja característica é deixar a atmosfera com condições de estabilidade, dificultando a formação de nuvens. Com dias seguidos de céu claro, as temperaturas máximas e mínimas elevaram-se deixando as tardes e madrugadas mais quentes, enquanto a umidade relativa do ar caiu ficando, em alguns dias, abaixo dos 30% em trechos das regiões Sul e Noroeste do Estado. Na ocasião, inclusive, foram observadas as tardes mais quentes do ano até então, com 42,3 °C em Cachoeiro de Itapemirim e 41,5 °C em Alegre. No segundo decêndio, tivemos a rápida passagem de uma frente fria que organizou chuva bem-distribuída pelo Estado e diminuiu um pouco as temperaturas tão elevadas. Entre o final do segundo decêndio e começo do terceiro, o transporte de umidade do Oceano Atlântico para dentro do território capixaba, somado à presença de áreas de instabilidade em médios e altos níveis da atmosfera, aumentou a quantidade de nuvens, manteve as temperaturas diurnas amenas e as madrugadas não tão frias, provocando chuvas distribuídas pelo Estado. Já próximo ao final do mês, houve a formação da tempestade subtropical Mani na região costeira entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, que manteve o tempo instável com chuvas ocasionais e ventos acelerados nas áreas próximas ao litoral, além da formação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que provocou chuvas fortes pelo Estado no último dia do mês.
2 ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO MENSAL
Os maiores acumulados de precipitação entre 200 mm e 250 mm se distribuíram nas proximidades do Caparaó, seguiram pela Região Serrana e faixa central do Estado, subindo para as proximidades de Marilândia, Rio Bananal e Ecoporanga já no Norte. Esses acumulados representaram o dobro da chuva esperada segundo a média histórica (1984-2014). As demais áreas, com acumulados de até 200 mm, representaram em torno de 50% a 75% de chuva acima dessa média.
Refletindo a distribuição espacial da chuva ao longo do mês, o Índice de Precipitação Padronizada (SPI) mostrou que grande parte do Estado se enquadrou como moderadamente úmido. Já as áreas mais chuvosas das regiões Sul, Serrana, Norte e Noroeste estiveram enquadradas como severamente úmidas, e alguns trechos dessas áreas até extremamente úmidos.
Informativo Climático Mensal do Espírito Santo – Vitória/ES – ano 2, n. 10 – Outubro/2020
Elevadas temperaturas observadas no primeiro decêndio foram suficientes para equilibrar as temperaturas mais amenas observadas nos demais períodos do mês, quando houve maior cobertura de nuvens pelo Estado. Assim, a temperatura máxima esteve dentro da normalidade em grande parte do Estado e apenas ligeiramente acima da
média histórica (1984-2014) em áreas das regiões Sul, oeste da Serrana, Nordeste, Norte e na capital.
Elevadas temperaturas no primeiro decêndio e a frequente co-bertura de nuvens nos demais períodos que impedia a perda de calor da superfície para a atmosfera durante a noite/madru-gada fizeram com que a temperatura mínima ficasse de 1 °C a 2 °C acima da média histórica (1984-2014) em quase todas as regiões capixabas. Apenas nos extremos sudeste e noroeste as anomalias foram menores, e a temperatura mínima ficou até 1 °C acima dessa média.
Seguindo as anomalias positivas observadas principalmente na temperatura mínima ao longo do mês, a temperatura média esteve ligeiramente acima da média histórica (1984-2014) na metade norte do Estado e de 1 °C a 2 °C acima dessa média nas proximidades do Caparaó na Região Sul. Nas demais áreas, a temperatura média esteve dentro da normalidade.
3 ANÁLISE DA TEMPERATURA MÁXIMA MENSAL
4 ANÁLISE DA TEMPERATURA MÍNIMA MENSAL
5 ANÁLISE DA TEMPERATURA MÉDIA MENSAL
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