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Avaliação do vigor vegetativo de variedades de café após a recepa baixa.

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO DO VIGOR VEGETATIVO DE VARIEDADES DE CAFÉ APÓS A

RECEPA BAIXA

C.A. Krohling, Engº Agrº Incaper; J.B. Matiello, Engo Agro Mapa-Fundação Procafe, F. J. Eutrópio – Dr., Instituto Capixaba de Ciência e Administração (ICCA), V.R. Rodrigues, Engº Agrº Consultor autônomo e C.C.K. Krohling, Administrador

O vigôr vegetativo é uma característica importante do cafeeiro, pois define a sua sua capacidade de recuperação após uma alta carga, ou estresse, como os de origem climática (seca, geada), nutricionais ou ataque de pragas e doenças, se refletindo, também, na longevidade da lavoura. O vigôr das plantas é ainda mais necessário no sistema de cultivo a pleno sol e em espaçamentos largos, predominantes na cafeicultura brasileira, onde o estresse provocado pela carga é mais acentuado..

As cultivares plantadas em grande escala no Brasil, como a Mundo Novo e a Catuai, são reconhecidas como de alto vigor, não sendo, porém, resistentes à ferrugem, principal doença do cafeeiro. As novas variedades que vem sendo desenvolvidas para resistência à ferrugem são oriundas de Hibrido de Timor e Icatus, que deram origem, com cruzamentos com Caturra, VilaSarchi e Catuai, a Catimores, Sarchimores, Catucais, etc. Alguns desses materiais têm apresentado boas produtividades nas primeiras safras, resistência à ferrugem, porém baixo vigor após uma intervenção de poda.

Este estudo objetivou avaliar o vigor vegetativo após uma recepa baixa, em variedades/seleções de café arábica, com resistência à ferrugem, nas condições da Região de Montanhas do ES.

O trabalho está sendo conduzido no município de Marechal Floriano, na localidade de Santa Maria de Marechal, no “Sítio Santa Maria”, localizado nas coordenadas geodésicas S 20º 26’ 33,8’’ e W 40º 46’ 47,1’’, com 703 metros de altitude. A avaliação do vigor das plantas foi efetuada sobre um experimento de variedades resistentes à ferrugem, com delineamento experimental de blocos ao acaso, com 31 tratamentos (variedades/linhagens), com 4 repetições e 7 plantas por parcela, totalizando 28 plantas por tratamento. O plantio do café desse experimento foi feito em abril de 2002, no espaçamento éde 2,5 x 0,70 m. O solo é um Latossolo Vermelho Amarelo – LVA.

As plantas do experimento receberam uma poda por recepa baixa (20 cm) em outubro de 2014, ou seja, aos 12,5 anos após o plantio, devido ao fechamento da lavoura e dificuldade dos tratos culturais. Os tratos culturais adotados após a recepa foram os recomendados para a cultura.

As avaliações de vigor foram realizados aos 6 meses após a poda, determinandos-se a % de rebrota das plantas e ainda pela classificação do vigor em: alto (plantascom brotosde mais de 20 cm de altura); médio (entre 10 a 20 cm) e vigor baixo (plantas com menos de 10 cm). A análise dos dados foi pela dissimilaridade de Bray Curtis levando em consideração o vigor alto, médio e baixo das plantas. O programa estatístico utilizado foi o Fitopac 2.1.2.85.

Resultados e conclusões

Os resultados evidenciaram diferenças entre as variedades quanto ao percentual de rebrota, após à intervenção da recepa baixa e no vigor da rebrota, sendo formados 4 grupos diferentes. No grupo I está presente a variedade Caturra, que apresentou 80% da rebrota de baixo vigor (80,77%), no grupo II estão presentes as variedades de café arábica com melhor desempenho de rebrota, ou seja, apresentaram uma elevada porcentagem de rebrota com alto vigor (acima de 50% com vigor alto). No grupo III estão presentes as variedades que apresentaram uma porcentagem de vigor alto abaixo de 20%, porém com uma porcentagem de vigor médio elevada (acima de 50%). Já no grupo IV estão presentes as variedades que apresentaram uma porcentagem de vigor alto, médio e baixo equilibrada, variando de 20 a 40 % em cada faixa de vigor de rebrota (Figura 1 e Tabela 1).

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Figura 1. Analise de dissimilaridade de Bray Curtis relacionando as características do vigor (alto, médio e baixo) da rebrota após 6 meses da poda recepa baixa das 31 variedades/seleções de café arábica em sistema de plantio adensado após 10 safras em Marechal Floriano, ES.

Um grande número de variedades de cafeeiros arábica, muitas com resistência à ferrugem, apresentaram 100% de rebrota das plantas, independente do grupo a que pertence, indicando que a variável porcentagem de rebrota não deve ser a única usada para a seleção de variedades de maior vigor. Ela deve ser complementada pelo vigor da rebrota, um indicativo importante na adaptação da variedade à região de plantio.

Conclui-se que:

1- As cultivares estudadas, com 12 anos após o plantio, apresentaram diferenças grandes em relação ao vigôr vegetativo e ao percentual de rebrota após a intervenção da poda.

2-Existem excelentes variedades de café arábica disponíveis aos produtores que associam resistência à ferrugem, produtividade elevada e apresentam bom vigor vegetativo, com adequado percentual de rebrota após a intervenção de poda drástica, como a recepa baixa e com brotação vigorosa no campo.;

Tabela 1. Distribuição das variedades de café arábica dentro dos grupos formados pela análise de Bray Curtis,

percentagem de plantas com vigor alto, médio e baixo e a percentagem de rebrota por variedade de café após 6 meses da poda tipo recepa baixa de variedades/seleções de café arábica em sistema de plantio adensado após 10 safras(2005-2014) em Marechal Floriano, ES, 2015

GRUPO PLANTAS VIGOR (%) REBROTA (%) Produt. média em 10 safras (scs/ha) ALTO MÉDIO BAIXO

I 52 - CATURRA (CAK) 0.00 19.23 80.77 100 36 II 62 - CATUCAÍ V. IAC-81 82.14 17.86 0.00 100 47 65 - CATUAÍ V. IAC-44 75.00 17.86 7.14 100 44 66 - CATUAÍ V. IAC-99 75.00 14.29 10.71 100 48 63 - CATUAÍ A. IAC-39 71.43 25.00 3.57 100 49 71 - TOPÁZIO 67.86 32.14 0.00 100 46 76 - MUNDO NOVO 379-19 66.67 33.33 0.00 100 39 61 - CATUCAÍ A. 2 SL 57.69 34.62 7.69 100 55 75 - SARCHIMOR A. 57.14 39.29 3.57 100 51 III 55 - CATUCAÍ V. 785 CV.15 21.74 69.57 8.70 71,4 52 73 - SABIÁ CV. 708 - 17.86 60.71 21.43 100 46 58 - CATUCAÍ V. 24/137 15.38 61.54 23.08 100 51 57 - CATUCAÍ V. 19/08 CV. 380 14.29 67.86 17.86 100 54

72 - PALMA II (FRUTO GRANDE) 11.54 65.38 23.08 100 50

74-CATURRA aA. SEL. NANICÃO (MARCELO) 11.11 74.07 14.81 100 33 59 - CATUCAÍ A. 24/137 CV.250 0.00 79.17 20.83 100 52 51 - CATURRA A. COLOMBIANO 3.70 44.44 51.85 100 42 60 - CATUCAÍ V. 36/6 0.00 59.26 40.74 85,7 46 79 - IAPAR 59 0.00 53.33 46.67 57,1 38 IV 70 - CATUCAÍ V. 20/15 CV. 626 48.15 37.04 14.81 100 47 81 - TUPI 46.43 46.43 7.14 100 48 64 - CATUCAÍ A. (D. DR. IRAN) 44.44 37.04 18.52 85,7 48 77 - OBATÃ 42.86 50.00 7.14 100 48 84 - PARAÍSO 42.86 42.86 14.29 100 28 78 - RUBI 39.29 42.86 17.86 100 45 83 - CATUCAÍ A. 24/137 - CAK 39.29 32.14 28.57 85,7 48 56 - CATUCAÍ A. CV. 07 - SSP 32.00 44.00 24.00 71,4 43 82 - CATUCAÍ A. (F. G.) 26.92 46.15 26.92 100 47 80 - KATIPÓ 23.08 46.15 30.77 100 45 54 - CATUCAÍ-AÇU (F. G.) 22.22 48.15 29.63 100 48 69 - ACAUÃ 21.74 43.48 34.78 75,1 50 68 - ACAUÃ 20.83 37.50 41.67 100 51

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Figura 1. Analise de dissimilaridade de Bray Curtis relacionando as características do vigor (alto, médio  e  baixo)  da  rebrota  após  6  meses  da  poda  recepa  baixa  das  31  variedades/seleções  de  café  arábica  em  sistema de plantio adensado apó

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